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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DANIEL VERISSIMO DE SOUZA LISBOA EVELYN ALVES FONTES FLÁVIA MACEDO DE ARAÚJO PEDRO HENRIQUE SOARES AGRA VILSON DA SILVA FREIRE DEVERES ADMINISTRATIVOS Campina Grande – PB 2023 1. INTRODUÇÃO O Direito Administrativo é responsável por fundamentar o sistema jurídico que rege a atuação do Estado e sua relação com os cidadãos. Essa área do direito se concentra nas normas, princípios e regulamentos que governam a administração pública e suas relações com os cidadãos, desde o federal até o municipal. Neste trabalho, será explorado o conceito de Direito Administrativo, com enfoque nos deveres da Administração Pública que estão expressos na Constituição Federal de 1988, como parte dos elementos que norteam a estruturação e funcionamento do Estado. Os deveres administrativos referem-se às obrigações legais que recaem sobre as autoridades e servidores públicos no exercício de suas funções e responsabilidades. De maneira detalhada, abordaremos os quatro deveres impostos aos agentes da Administração Pública pelo ordenamento jurídico, que são eles; Poder-Dever de Agir, Dever de Eficiência, Dever de Probidade e Dever de Prestar Contas. Veremos como esses deveres influenciam as ações da administração pública e servem como mecanismos de controle para garantir a transparência, a responsabilidade e a legalidade na atuação do Estado. 2. DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E SEUS DEVERES Ramo do Direito Público, o Direito Administrativo é a matéria responsável pelas regras, normas, princípios, deveres e poderes aplicáveis à administração pública, para que a mesma seja capaz de coordenar a atuação do Estado de maneira que satisfaça o interesse público. Ela opera em todos os níveis do governo e abrange uma ampla gama de funções e responsabilidades. A atuação da administração é fortemente moldada pela combinação, sobretudo, dos princípios que envolvem a supremacia do interesse público e a indisponibilidade desse interesse. A administração pública está sujeita aos princípios do Direito Administrativo, em particular aos princípios fundamentais estabelecidos no artigo 37, parágrafo inicial, da Constituição da República. Estes princípios incluem a legalidade, imparcialidade, moralidade, publicidade e eficiência. Porém, além de envolver os princípios, para que se haja um bom desempenho, também confere-se a administração poderes e deveres. Com enfoque nos deveres da Administração Pública, eles consistem em um conjunto de responsabilidades de natureza legal conferidas aos funcionários públicos, com o propósito de viabilizar que o Estado atinja seus objetivos. Esses deveres têm sua base no Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público, que estipula que, dado que a administração pública é um instrumento do Estado para atingir suas metas, os funcionários públicos não podem utilizar seus poderes para satisfazer interesses pessoais ou de terceiros. Com base nessa norma, conclui-se que esses agentes não têm a prerrogativa de dispor do interesse público, uma vez que este não lhes pertence, mas sim à coletividade. A responsabilidade de gerenciar a administração pública em benefício da sociedade é atribuída ao público em geral. 3. DEVERES ADMINISTRATIVOS 3.1. PODER-DEVER DE AGIR O dever de agir refere-se à obrigação e irrenunciabilidade da administração pública em agir em caso de determinação legal, tendo como fim beneficiar os interesses da coletividade. Em caso de inércia o agente público responderá por omissão ou silêncio. A omissão pode ocorrer de forma genérica ou específica, a primeira não é ilegal e ocorre quando o agente avalia a oportunidade e conveniência, então, vendo que seria impossível, decide por não agir. Ex: a reforma de uma escola sem possuir verbas suficientes, nesse caso é considerado a reserva do possível ou o mínimo existencial, isto é, será feito o que é possível com as condições dispostas. Já a omissão específica é ilegal, pois o agente tem o dever de agir porém decide não o fazer, nesse caso pode o administrado pedir por vias administrativas para que seja feito ou obigar o administrador público por meio da esfera juridica. Por fim, o art. 37, § 6º da constituição federal dispõe que a administração pública responderá pelos danos patrimoniais ou morais decorrentes da omissão por esfera cível. Ex: policiais em serviço que presenciam um cidadão ser assaltado e morto e nada fazem. Possibilidade de indenização por parte do Estado, com base na responsabilidade civil do Estado. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. (Art. 37, § 6°, Constituição Federal, 1988). 3.2. DEVER DE EFICIÊNCIA O dever da eficiência, representa um marco fundamental na evolução da administração pública no país. Ele se fundamenta na premissa de que a gestão pública deve ser conduzida de forma eficaz, econômica e ágil, sempre visando a excelência na prestação de serviços públicos e a otimização dos recursos. Sua consagração na dogmática do direito administrativo brasileiro é um passo significativo na evolução do sistema jurídico-administrativo nacional. A inclusão do princípio da eficiência na Constituição Federal de 1988 é um momento de destaque nessa trajetória. O artigo 37 da Constituição estabelece que a administração pública, direta e indireta, de todos os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, deve obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, sobretudo, eficiência. Essa inclusão explícita na Constituição representa uma mudança de paradigma, da burocracia para a gestão, na administração pública brasileira. O fundamento primordial da eficiência na Constituição é assegurar que a administração pública seja ágil em atender às necessidades da sociedade. Isso envolve a busca por processos decisórios mais céleres, a otimização do uso dos recursos públicos e a entrega de serviços de alta qualidade. Em essência, a eficiência visa garantir que o governo aja de forma pragmática, gerando benefícios tangíveis para os cidadãos. A dogmática associada ao princípio da eficiência é multifacetada. Ela inclui a necessidade de constante avaliação dos resultados alcançados pela administração pública. Isso requer a implementação de mecanismos de mensuração de desempenho, a identificação de áreas que demandam melhorias e a adoção de práticas de gestão eficazes. Além disso, a eficiência exige o estímulo a uma cultura organizacional voltada para a excelência, fomentando a inovação e o aprimoramento contínuo. Em resumo, o princípio da eficiência representa uma mudança fundamental na concepção e na operacionalização da administração pública no Brasil. Ele não apenas estabelece uma obrigação para a gestão pública, mas também transforma a cultura administrativa, promovendo uma abordagem voltada para resultados, responsiva e centrada no cidadão. Com sua sólida base na Constituição, a eficiência continua a ser um dos princípios mais relevantes e essenciais do direito administrativo brasileiro, moldando a forma como o Estado brasileiro atende à sociedade e gerencia seus recursos. 3.3. DEVER DE PROBIDADE 3.3.1 MORALIDADE ADMINISTRATIVA E DEVER DA PROBIDADE A obrigação de probidade decorre de um dos princípios mais importantes da administração pública: o princípio da moralidade. A posição deste princípio no artigo 37º da CF representa o reconhecimento de uma espécie de moralidade administrativa, intimamente relacionada ao poder público. A administração pública não atua como um particular, de modo que enquanto o descumprimento dos preceitos morais por parte deste particular não é punido pelo Direito (a priori), o ordenamento jurídico adota tratamento rígido do comportamento imoral por parte dos representantes do Estado.O princípio da moralidade deve se fazer presente não só para com os administrados, mas também no âmbito interno. Está indissociavelmente ligado à noção de bom administrador, que não somente deve ser conhecedor da lei, mas também dos princípios éticos regentes da função que ocupa. A moralidade administrativa constitui pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública, que deve obedecer não somente à lei jurídica, mas também a padrões éticos que podem ser estabelecidos em cada instituição. No caso da USP, existe um código de ética que deve ser observado, inclusive por docentes e discentes. A violação de regras éticas e morais pode eventualmente configurar infração disciplinar e, em casos mais graves, improbidade administrativa. Além disso, todo e qualquer cidadão pode ajuizar ação popular contra atos públicos que afrontem a moralidade administrativa. 3.3.2 DEVER DE PROBIDADE O dever de probidade está constitucionalmente integrado na conduta do administrador público como elemento necessário à legitimidade de seus atos. Este conceito está presente na Constituição da República, que pune a improbidade na administração. Trata-se de um dos deveres mais relevantes, correspondendo à obrigação do agente público de agir de forma honesta e reta, respeitando a moralidade administrativa e o interesse público. A violação desse dever caracteriza ato de improbidade, punível, conforme artigo 37º, §4º, CF e Lei nº 8.429/92(lei de improbidade administrativa). 3.3.3 LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA O presidente Fernando Collor sancionou a Lei 8.429, materializando a famosa Lei de Improbidade Administrativa – LIA, também conhecida como “Lei do colarinho branco”. Improbidade administrativa é o conceito técnico para conceituar corrupção administrativa, ou seja, o que é contrário à moralidade. Foram estabelecidos quatro tipos de atos considerados como de improbidade administrativa: ● Os que surgem o enriquecimento ilícito; É considerado enriquecimento ilícito quando o patrimônio de um indivíduo cresce às custas de outra pessoa. Resumidamente falando, a pessoa que promove essa ação enriquece causando prejuízo a outrem. É importante salientar, que esse termo também se dá a forma de enriquecimento injustificado, ou seja, onde não existe uma justificativa legal para tal crescimento monetário ou patrimonial. ● Os que causam prejuízo ao erário; O prejuízo ao erário consiste no desfalque que agentes públicos e particulares causam aos recursos financeiros, os quais seriam utilizados em prol da coletividade. O erário público ou também conhecido por cofre público é o dinheiro, ou seja, é o recurso financeiro que o Governo utiliza para administrar sua gestão, os entes federativos União, Distrito Federal, Estados e os Municípios possuem um erário próprio para que sejam custeadas suas atividades de gestão dos governos atuais. ● Os decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário; Esse tipo de ato de improbidade foi incluído por meio da Lei Complementar 157/2016. Essa lei teve como objetivo atuar contra a guerra fiscal entre os municípios e a corrupção de prefeitos que concediam indevidamente isenções ou benefícios fiscais ou tributários, diminuindo significativamente a arrecadação municipal em benefício de poucas empresas. Nesse contexto, foi estabelecido que constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário que venham resultar em carga tributária de ISS inferior a 2%. ● Os que atentam contra os princípios da Administração Pública. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11594/Atos-de-improbidade-administrativa-que-causam-prejuizo-ao-erario-e-suas-penalidades#:~:text=15%20a%2018%20da%20LIA).&text=Diante%20do%20exposto%2C%20tem%2Dse,improbidade%20e%20as%20puni%C3%A7%C3%B5es%20cab A lei define que constitui ato que atenta contra os princípios da Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições. Portanto, nesse caso, há improbidade administrativa quando o sujeito ativo não respeita os princípios impostos pela administração pública. 3.3.4 SANÇÕES AOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Primeiramente, é importante notar que nenhuma das sanções dispostas no art. 12º da “LIA” tem natureza criminal. Essa constatação já fica evidente a partir do disposto no art. 37º, § 4°, da Constituição, na locução “sem prejuízo da ação penal cabível”. Sendo assim, tem-se que podem ser identificadas sanções com quatro naturezas distintas, conforme apontam os especialistas. Há sanção de natureza política, efetivada na suspensão dos direitos políticos. Sanção de natureza político-administrativa, que é a perda da função pública. Observa-se ainda sanção de natureza administrativa, consistente na proibição de contratar com o Poder Público e receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. E, finalmente, na seara civil há três sanções previstas, que são a multa civil, o ressarcimento integral do dano e a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. 3.4. DEVER DE PRESTAR CONTAS De modo geral, a prestação de contas implica na obrigação de um ente de prestar esclarecimentos acerca do uso dos recursos disponibilizados, isto é, prestar informações, de forma documentada, acerca da aplicação dos recursos públicos. A prestação de contas tem, portanto, como propósitos centrais assegurar a transparência a respeito de como os recursos públicos estão sempre empregados, garantir a responsabilidade no que tange a administração pública, dar suporte às decisões dos entes responsáveis por empregar os recursos públicos, garantir o acesso dos cidadãos no que diz respeito aos gastos da administração pública e promover a defesa do patrimônio público, assim como do interesse coletivo. A prestação de contas é disciplinada pela Constituição Federal que em seu artigo 70, parágrafo único define “Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária”, Ou seja, cabe a todo administrador de recursos públicos, seja ele de natureza pública ou privada, “prestar contas a respeito dos resultados alcançados pelo emprego dos recursos confiados a sua responsabilidade em face dos objetivos de interesse coletivo estabelecidos pelo poder público (accountability)”, define o Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com o artigo 70 caput. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Isto é, a fiscalização no que tange a prestação de contas ocorrerá em dois âmbitos: o interno e o externo. De acordo com Justen Filho, o controle administrativo: Se configura como interno quando realizado no âmbito do próprio Poder. (...) Ou seja, todos os Poderes estatais têm o dever de promover o controle dos atos administrativos que produzem os seus próprios órgãos e autoridades (JUSTEN FILHO, 2005, p. 741). Internamente, o órgão que realiza o controle do Executivo Federal é a CGU, controladoria geral da União. Conforme o caput do art. 70 CF/88, ocorre também o controle externo, no âmbito nacional, realizado pelo Congresso Nacional auxiliado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), no âmbito estadual e municipal ficando a cargo das respectivas casas legislativas, auxiliados pelos Tribunais de Contas dos Estados, como explica Aguiar: O controle externo, de competência privativa dos Poderes Legislativos de cadaesfera de governo, é exercido com o auxílio dos tribunais de contas da União, dos Estados ou dos Municípios, aos quais compete, em essência, verificar a regular aplicação dos recursos pelos órgãos e entidades de cada uma das esferas governamentais, nos termos da lei e demais normas internas. (AGUIAR, 2004, p. 17). O Tribunal de Contas, ao realizar a análise das contas da administração pública poderá emitir parecer que considere as contas públicas regulares, regulares com ressalvas ou irregulares. Serão regulares as contas que atenderem os princípios descritos no artigo 70 CF/88, a legalidade, a legitimidade, a economicidade dos atos da gestão. Regulares com ressalvas quando ocorreram falhas de natureza formal que resultem em danos ao interesse coletivo, sendo indicadas medidas necessárias para que tais falhas sejam reparadas, e, finalmente irregulares quando ocorrerem falhas graves nas contas do gestor, prática de ato ilegal, fraude contábil ou financeira, desvios de bens públicos, etc. Caso julgue necessário, o Tribunal de Contas poderá aplicar multas aos administradores os quais tiverem suas contas reprovadas, suspenderem estes de ocuparem cargos de comissão ou função de confiança na administração pública. Após a emissão do parecer do parecer pelo Tribunal de Contas juntamente com o relatório produzido por este órgão as contas do gestor são enviadas à respectiva casa legislativa onde os deputados deverão votar pela aprovação ou desaprovação das contas do administrador. Como explica Helio Mileski: No julgamento das contas do Presidente da República, o parecer prévio elaborado pelo Tribunal de Contas, juntamente com o Relatório realizado, é procedimento constitucionalmente obrigatório que possui caráter técnico opinativo de assessoramento ao Poder Legislativo, devendo conter uma análise aprofundada sobre os reflexos de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos atos e fatos jurídicos registrados nas peças contábeis de encerramento do exercício, em face do cumprimento do programa de trabalho consubstanciado orçamentariamente. Concluindo pela aprovação ou desaprovação das contas apresentadas, com as recomendações e ressalvas que resultam do exame técnico procedido, visa esse procedimento encaminhar as informações necessárias para o julgamento político do Poder Executivo pelo Congresso Nacional (MILESKI, 2003, p. 269). É importante salientar que o dever de julgar as contas do gestor é da respectiva casa administrativa, os tribunais de contas, define o STF, atuam como órgãos opinativos. […] INELEGIBILIDADE - PREFEITO - REJEIÇÃO DE CONTAS - COMPETÊNCIA. Ao Poder Legislativo compete o julgamento das contas do Chefe do Executivo, considerados os três níveis – federal, estadual e municipal. O tribunal de contas exsurge como simples órgão auxiliar, atuando na esfera opinativa. (RE n° 132.747/DF). Caso ocorra a reprovação de contas, pela respectiva casa administrativa, define a lei da inelegibilidade que o gestor público deverá ficar inelegível por 8 anos. Art. 1° São inelegíveis, I- Para qualquer cargo público. Letra g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) (Vide Lei Complementar nº 184, de 2021). (Lei completar N° 64, de maio de 1990). https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art71ii https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art71ii https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp135.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp135.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp184.htm#art1 4. CONCLUSÃO O Estado e sua administração são entidades investidas de poder e responsabilidade para atender aos interesses coletivos da sociedade. Esses deveres são alicerces essenciais para garantir que essa atuação ocorra de maneira ética, eficiente e de acordo com os princípios democráticos. Além disso, eles são ferramentas importantes para o exercício do controle social sobre a administração pública, permitindo que os cidadãos exerçam seus direitos e participem ativamente na supervisão e no aprimoramento das políticas públicas. A observância dos deveres supracitados no trabalho não apenas reforça a legitimidade das ações estatais, mas também contribui para a consolidação do Estado de Direito e para o fortalecimento das instituições democráticas. Em um contexto de desafios complexos e em constante evolução, como os enfrentados pelas sociedades modernas, a adesão a esses deveres torna-se ainda mais crucial para garantir que o Estado cumpra seu papel de promotor do bem-estar e da justiça social. 5. REFERÊNCIAS AGUIAR, Ubiratan; MARTINS, Ana Cláudia Messias de Lima; MARTINS, Paulo Roberto Wiechers; SILVA, Pedro Tadeu Oliveira da. Convênios e Tomadas de Contas Especiais: Manual Prático. 2. ed. ver. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2005. Acesso em: 15 set. 2023. CONTEXTO geral das prestações de contas. Brasilia, 11 out. 2022. Disponível em:https://portal.tcu.gov.br/contas/contas-e-relatorios-de-gestao/contexto-geral-das-pr estacoes-de-contas.htm#:~:text=A%20Presta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Contas% 20Anual,consolidadas%20de%20todo%20o%20governo. Acesso em: 15 set. 2023. Dos SANTOS, Josimar W. Prejuízo ao erário por atos de improbidade administrativa - o efetivo e integral ressarcimento. Jus Brasil. [S. l.] [2017?]. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/prejuizo-ao-erario-por-atos-de-improbidade-admi nistrativa-o-efetivo-e-intregral-ressarcimento/406487068#:~:text=J%C3%A1%20o%2 0preju%C3%ADzo%20ao%20er%C3%A1rio,utilizados%20em%20prol%20da%20co letividade. JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005. MILESKI, Helio Saul. O Controle da Gestão Pública. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003. MORAIS, JANAINA JACOLINA. "Princípio da eficiência na Administração Pública." ETHOS JUS: revista acadêmica de ciências jurídicas. Avaré: Faculdade Eduvale de Avaré 3.1 (2009): 99-105. Oliveira, Rafael Carvalho Rezende Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 9. ed., – Rio de Janeiro: Forense; MÉTODO, 2021. SUPREMO Tribunal Federal recurso extraordinário n° 132.747/DF. [S. l.], 6 dez. 2016. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stf/14708923. Acesso em: 15 set. 2023.
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