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Segunda semana de desenvolvimento · A implantação do blastocisto é concluída durante a segunda semana de desenvolvimento; · Há mudanças, produzindo um disco embrionário bilaminar composto por duas camadas, o epiblasto e o hipoblasto; · O disco embrionário dá origem às camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião. · As estruturas extraembrionárias formadas durante a segunda semana incluem a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino (vesícula umbilical), pedúnculo e saco coriônico. Implantação do blastocisto · A implantação do blastocisto é concluída durante a segunda semana; · Normalmente ocorre no endométrio, na parte superior do corpo do útero e na parede posterior em vez da anterior; · O sinciciotrofoblasto, erosivo, invade ativamente o tecido conjuntivo endometrial que contém capilares e glândulas uterinas; · O blastocisto se aprofunda vagarosamente no endométrio; · As células sinciciotrofoblásticas dessa região deslocam as células endometriais da parte central do local da implantação; · As células endometriais sofrem apoptose, facilitando a implantação; · As enzimas proteolíticas produzidas pelo sinciciotrofoblasto estão envolvidas neste processo; · As células do tecido conjuntivo uterino ao redor do local da implantação ficam carregadas de glicogênio e lipídios; · As células deciduais –degeneram‐se adjacentes ao sinciciotrofoblasto que está se aprofundando; · O sinciciotrofoblasto fagocita essas células em degeneração, fornecendo uma fonte rica de nutrição para o embrião; · O citotrofoblasto, é uma camada de células mononucleadas que são mitoticamente ativas; · O sinciciotrofoblasto produz um hormônio, gonadotrofina coriônica humana (hCG); · O HCG mantém o desenvolvimento das artérias espiraladas no miométrio e a formação do sinciciotrofoblasto. Ele também forma a base para os testes de gravidez. Formação da cavidade amniótica disco embrionário e saco vitelino · As mudanças que ocorrem no embrioblasto resultam na formação de uma placa achatada e quase circular de células, o disco embrionário, consistindo em duas camadas; · O epiblasto, a camada mais espessa, consiste em células colunares altas e mantém relação com a cavidade amniótica; · O hipoblasto, a camada mais fina, consiste em células cubóides pequenas adjacentes à cavidade exocelômica; · Ao mesmo tempo, uma pequena cavidade aparece no embrioblasto, o qual é o primórdio da cavidade amniótica; · Os amnioblastos separam‐se do epiblasto e se organizam para formar o âmnio, que reveste a cavidade amniótica; · O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e se continua perifericamente com o âmnio; · O hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica,bem como forma a membrana exocelômica; · A membrana e a cavidade exocelômica se modificam e formam o saco vitelino primário; · A camada mais externa de células do saco vitelino forma uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o mesoderma extraembrionário; · A comunicação dos vasos uterinos erodidos com as lacunas representa o início da circulação uteroplacentária; · O sangue oxigenado das artérias espiraladas no endométrio passa para as lacunas; · O sangue pobremente oxigenado é removido das lacunas através das veias endometriais. · No embrião de 10o dia (embrião e membranas extraembrionárias), o concepto está completamente implantado no endométrio; · Por aproximadamente mais 2 dias, há uma pequena área de descontinuidade no epitélio endometrial que é preenchida por um tampão, um coágulo sanguíneo fibrinoso; · Por volta do 12o dia, o epitélio uterino está quase completamente regenerado e substitui este tampão; · Com a implantação do concepto, as células do tecido conjuntivo endometrial sofrem uma transformação – a reação decidual – resultante da sinalização por meio da adenosina monofosfato cíclica e da progesterona; · A função primária da reação decidual é fornecer um local imunologicamente privilegiado para o concepto. · No embrião de 12 dias, as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes se anastomosaram para formar redes lacunares, o início do espaço interviloso da placenta; · Os capilares endometriais ao redor do embrião implantado se tornam congestionados e dilatados para formar sinusoides, que são vasos terminais de paredes finas maiores que os capilares comuns; · O sinciciotrofoblasto, em seguida, erode os sinusoides, e o sangue materno flui para as redes lacunares; · As células do estroma endometrial e glândulas degeneradas, junto com o sangue materno, fornecem uma rica fonte de material para a nutrição embrionária. · Conforme as mudanças ocorrem no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário aumenta e dentro deste aparecem espaços celômicos extraembrionários; · Esses espaços rapidamente se fusionam para formar uma cavidade grande e isolada, o celoma extraembrionário; · Essa cavidade cheia de líquido circunda o âmnio e o saco vitelino, exceto onde eles estão ligados ao cório pelo pedúnculo; · À medida que o celoma extraembrionário se forma, o saco vitelino primário diminui de tamanho e se forma o saco vitelino secundário; · Durante a formação do saco vitelino secundário, uma grande parte do saco vitelino primário é removido. O saco vitelino não contém vitelo; no entanto, pode ter um papel na transferência seletiva de materiais nutritivos para o disco embrionário. Desenvolvimento do saco coriônico · O final da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias; · A proliferação das células citotrofoblásticas produz extensões celulares que crescem no interior do sinciciotrofoblasto; · As projeções celulares formam as vilosidades coriônicas primárias, o primeiro estágio no desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta; · O celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas; · O mesoderma somático extraembrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio; · O mesoderma esplâncnico extraembrionário, que envolve o saco vitelino; · O crescimento dessas extensões citotrofoblásticas é induzido pelo mesoderma somático extraembrionário adjacente; · O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o cório; · O cório forma a parede do saco coriônico; · O embrião, o saco amniótico e o saco vitelino estão suspensos na cavidade coriônica pelo pedúnculo de conexão; Locais de implantação extrauterinos · Às vezes, o blastocisto se implanta fora do útero. Essas implantações resultam em gravidezes ectópicas; · 95% a 98% das implantações ectópicas ocorrem nas tubas uterinas, mais frequentemente na ampola e no istmo; · As causas da gravidez tubária são geralmente relacionadas com fatores que atrasam ou impedem o transporte do zigoto durante a fase de clivagem para o útero; · As gravidezes ectópicas tubárias geralmente resultam na ruptura da tuba uterina e hemorragia para dentro da cavidade peritoneal durante as primeiras 8 semanas, seguido da morte do embrião. Locais de implantação dos blastocistos · Os blastocistos geralmente se implantam no endométrio uterino na parte superior do corpo do útero, um pouco mais frequentemente na parede posterior que na anterior do útero; · A implantação do blastocisto pode ser detectada pela ultrassonografia ao final da segunda semana.
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