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ANÁLISE DA GESTÃO EM CLUBES FUTEBOLÍSTICOS BRASILEIROS

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1 
 
 
Niterói – RJ, Brasil 
2022 
 
ANÁLISE DA GESTÃO EM CLUBES FUTEBOLÍSTICOS 
BRASILEIROS 
 
Orientador: Prof. Dr. JOÃO ALBERTO NEVES DOS 
SANTOS 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF 
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO - STA 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VICTORIA RAMOS VELASCO LACERDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. 
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS. 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. 
 
 
 
VICTORIA RAMOS VELASCO LACERDA 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA GESTÃO EM CLUBES FUTEBOLÍSTICOS BRASILEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI 
2022 
3 
 
 
VICTORIA RAMOS VELASCO LACERDA 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA GESTÃO EM CLUBES FUTEBOLÍSTICOS BRASILEIROS 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado à Faculdade de Administração e 
Ciências Contábeis da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção 
do título de Bacharel em Administração. 
 
 
 
 
Orientador: 
Prof. Dr. JOÃO ALBERTO NEVES DOS SANTOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI 
2022 
4 
 
VICTORIA RAMOS VELASCO LACERDA 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA GESTÃO EM CLUBES FUTEBOLÍSTICOS BRASILEIROS 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado à Faculdade de Administração e 
Ciências Contábeis da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção 
do título de Bacharel em Administração. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
 
 
__________________________________________ 
Dr. João Alberto Neves dos Santos DSc 
Universidade Federal Fluminense 
 
 
__________________________________________ 
Ivando Silva de Faria DSc 
Universidade Federal Fluminense 
 
 
__________________________________________ 
Fabio Roberto Bárbolo Alonso DSc 
Universidade Federal Fluminense 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha catalográfica automática - SDC/BAC 
 Gerada com informações fornecidas pelo autor 
Bibliotecário responsável: Debora do Nascimento - CRB7/6368 
L131a Lacerda, Victoria Ramos Velasco 
ANÁLISE DA GESTÃO EM CLUBES FUTEBOLÍSTICOS BRASILEIROS / 
Victoria Ramos Velasco Lacerda ; João Alberto Neves dos 
Santos, orientador. Niterói, 2022. 
26 f. : il. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em 
Administração)-Universidade Federal Fluminense, Faculdade de 
Administração e Ciências Contábeis, Niterói, 2022. 
 
1. Futebol. 2. Clube-empresa. 3. Lei. 4. Gestão. 5. 
Produção intelectual. I. Santos, João Alberto Neves dos, 
orientador. II. Universidade Federal Fluminense. Faculdade de 
Administração e Ciências Contábeis. III. Título. 
CDD - 
6 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Gostaria de agradecer em primeiro lugar à minha família, que a todo momento proveu 
para que eu pudesse ter acesso à educação. 
À minha mãe Alessandra, por todos os ensinamentos; sem ela não seria possível estar 
aqui agora. Agradeço por sempre apoiar meus estudos, minhas escolhas, pelas conceções feitas, 
pela maneira como me criou para que eu pudesse ser independente, como ensinou como o 
mundo funcionava e como me preparou para ele, e como esteve ao meu lado a todo momento. 
Não poderia escolher uma pessoa melhor para ser minha mãe. Te amo mais que o universo. 
À minha avó Nice, pelo suporte na minha criação para que minha mãe pudesse trabalhar 
para sustentar a família, por ser a segurança da família, por todas as orações e proteção, por ser 
essa pessoa incrível e guerreira. Tenho sorte de ter você. 
Ao meu avô Adilson, por tudo que fez por mim em sua vida. Por todos os momentos, 
passeios, conversas, desavenças, e principalmente os ensinamentos de como ser uma pessoa 
íntegra e correta. Agradeço por todos os anos ao seu lado e como estes me formaram como ser 
humano que sou hoje. 
Ao meu tio e padrinho Mozart, por desde sempre cuidar de mim. Por todo incentivo aos 
estudos, saúde e ao amor, saiba que tudo foi devidamente aproveitado. 
À minha tia Fabiana, por estar ao meu lado a todo momento. Minha segunda mãe, meu 
exemplo de como devemos encarar a vida, sempre de cabeça erguida e com um sorriso no rosto. 
Ao meu tio Flávio, por ter o melhor coração que eu conheço, por me apoiar e aceitar, 
por todo o conforto que o seu colo me proporciona, por não ser o pai que eu queria, mas o que 
eu preciso. 
Aos meus amigos Giulia, Matheus e Isabel pela paciência comigo, pelo suporte, pela 
ajuda, pelas risadas, por estarem ao meu lado independente do momento. À Giulia por ser meu 
porto seguro, ao Matheus por ser o melhor amigo que eu poderia pedir e à Isabel por sempre 
acreditar em mim mesmo quando eu não acreditava. 
Às minhas amigas Bruna e Estefany por estarem ao meu lado desde o primeiro período 
da faculdade e por toda ajuda para que eu pudesse entregar esse trabalho final. Vocês são o 
melhor presente que a UFF poderia me dar. 
Ao meu orientador João, por ter me direcionado e auxiliado neste momento tão 
desafiador. 
E, por fim, gostaria de agradecer a mim mesma, por não ter desistido e ter me permitido 
viver momentos memoráveis ao lado das pessoas que eu amo. 
7 
 
RESUMO 
 
Esta pesquisa teve por objetivo central analisar os modelos de gestão presentes em clubes 
brasileiros de futebol, e compará-la com os modelos europeus. Esse estudo se justifica por 
diversos fatores, como o amor do Brasil pelo futebol, a influência que o esporte tem em culturas 
e regiões do país, e devido aos esforços para a transformação dos clubes em empresas. Foi 
realizado um levantamento de informações e documentos acerca dos novos projetos de lei sobre 
o assunto, para entender a legislação e como funciona a organização dos clubes. A análise 
desses dados não provou a eficiência do clube-empresa, e, comparando com os modelos 
europeus, não houve uma conclusão assertiva sobre a superioridade ao modelo de Associação. 
Contudo, foi possível demonstrar a força de alguns governos, a necessidade de investimento no 
futebol brasileiro, dentre outros pontos. O estudo de fato contribui para criar novas indagações 
acerca do real motivo para a resistência de clubes e da Confederação Brasileira de Futebol 
acerca da mudança para o modelo de empresa. 
 
Palavras-chave: clube-empresa; futebol, lei, gestão. 
 
8 
 
ABSTRACT 
 
The main objective of this research was to analyze the management models present in Brazilian 
soccer clubs, and compare it with European models. This study is justified by several factors, 
such as Brazil's love of football, the influence that sport has on cultures and regions of the 
country, and due to efforts to transform clubs into companies. A survey of information and 
documents on the new bills on the subject was carried out to understand the legislation and how 
it works the organization of clubs. The analysis of this data did not prove the efficiency of the 
club-company, and, comparing with the European models, there was no assertive conclusion 
about the superiority to the Association model. However, it was possible to demonstrate the 
strength of some governments the need for investment in Brazilian football, among other points. 
The study actually contributes to creating new questions about the real reason for the resistance 
of clubs and the Brazilian Football Confederation regarding the change to the company model. 
 
Keywords: club-company; soccer, law, management. 
9 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
 
PL – Projeto de Lei 
 
FIFA – Federação Internacional de Futebol 
 
CBF – Confederação Brasileira de Futebol 
 
SAD – Sociedade Anônima Desportiva 
 
S/A – Sociedade Anônima 
 
SDUQ – Sociedade Unipessoal de Quotas 
 
SAF – Sociedade Anônima do Futebol 
 
LTDA – Sociedade Limitada 
 
 
10 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 01: Detalhamento das fases da pesquisa..................................................................2211 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 12 
1.1 O Tema ..................................................................................................................................... 12 
1.2 O problema .............................................................................................................................. 13 
1.3 Objetivos .................................................................................................................................. 14 
1.4 Justificativa .............................................................................................................................. 14 
1.5 Delimitação .............................................................................................................................. 15 
1.6 Organização do Texto ............................................................................................................. 15 
2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA ............................................................................... 17 
2.1 Histórico da Gestão de Clubes de Futebol ............................................................................ 17 
2.1.1 Na Europa ............................................................................................................................ 17 
2.1.2 No Brasil ............................................................................................................................... 18 
2.2 Legislação e Diretrizes de Gestão de Clubes ......................................................................... 19 
2.2.1 Lei nº 14.193 de 06/08/2021 ................................................................................................. 19 
2.2.2 Projeto de Lei 5082/2016 ..................................................................................................... 20 
3. METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................................................ 22 
3.1 Etapas da Pesquisa .................................................................................................................. 22 
3.2 Limitação do Método .............................................................................................................. 23 
4. ANÁLISE COMPARATIVA ..................................................................................................... 24 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 26 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 28 
 
12 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 O Tema 
 
 O futebol é o esporte mais popular no Brasil, a camisa amarela da seleção é um símbolo 
de garra e paixão, é quando o brasileiro sente orgulho de ter nascido neste país, de ser o único 
pentacampeão mundial. Esta paixão não é de hoje, foi construída ao longo de muitos anos, 
desde a chegada do esporte no país no fim do século XIX até o momento de profissionalizá-lo. 
 Para ser possível entender o contexto do futebol brasileiro hoje, se faz necessário voltar 
até sua chegada em nosso país. O título de percursor do esporte no Brasil é dado a Charles 
Miller, filho de um engenheiro escocês criado em São Paulo. Ao chegar de uma viagem feita à 
Inglaterra em 1894, com uniformes, bolas e um livro de regras, ele começa a difundir o esporte 
em São Paulo. Contudo, há outras versões sobre como o futebol foi introduzido no Brasil: 
grupos de marinheiros disputando uma partida perto da morada da Princesa Isabel, o esporte 
sendo praticado em quadras de escolas em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, ou 
até mesmo um amistoso entre funcionários de companhias inglesas em Belém. 
 O futebol no mundo era reservado à elite, e quando chegou no Brasil o rumo não foi 
diferente – em seu começo era praticado apenas por essa seleta parte da população. Contudo, 
ele não se manteve exclusivo por muito tempo; entre o fim do século XIX e início do século 
XX, o país ainda dependia da economia agrária e a grande desigualdade social se fazia presente, 
mas sendo um esporte simples e de fácil adaptação a qualquer terreno, o futebol atraiu a atenção 
de todas as classes sociais. 
As fronteiras sociais do futebol começaram a ser transportadas desde cedo com a 
formação de times improvisados pelos setores populares, que passavam da 
curiosidade ao mimetismo. Sem equipamentos adequados e jogando com bolas 
desgastadas e mesmo improvisadas, em terrenos ainda não ocupados pelo processo de 
urbanização, o futebol dos grupos subalternos tornava-se um modo de representação 
da existência negada em outros campos sociais. ¹ 
 
 Assim, o esporte caiu no gosto de toda a população, deixando de ser exclusivo da elite. 
Em São Paulo, eram criados os torneios na várzea com times de operários; no Rio de Janeiro, 
surgia uma rivalidade entre o subúrbio com equipes mistas contendo negros, brancos e pobres, 
e os clubes de elite da zona sul; em Porto Alegre foi disputada a Liga das Canelas Pretas, onde 
os participantes eram negros excluídos pelos clubes tradicionais. 
 Essa popularização acelerada trouxe a discussão acerca da profissionalização dos 
atletas, mas esse debate durou muito tempo. A elite temia que, se esse espaço fosse cedido às 
13 
 
classes mais baixas ou aos negros, a “pureza” do jogo iria se perder. Esse debate se manteve 
até meados da década de 1930; quando foi finalmente posto um fim, o futebol se tornou um 
grande sucesso de público, atrativo que foi usado como ferramenta política, principalmente pelo 
Estado Novo. 
 Se faz necessário entender o contexto histórico para que possamos entender o cenário 
atual do esporte, em que diversas mudanças foram feitas. As diferenças de classes sociais e de 
pele ainda estão presentes no jogo, porém não há impedimentos quanto à prática do esporte 
neste sentido. Hoje, a grande diferença entre clubes de sucesso e clubes normais está no setor 
administrativo. Isso se dá devido a importância do setor financeiro, que quando mal 
administrado pode levar um clube à decadência. 
 
1.2 O problema 
 
 Atualmente, os clubes brasileiros ainda são associações, mas há algumas décadas 
esforços são feitos para que estes se tornem empresas. A resistência acerca do clube-empresa 
advém do fato que, ao se organizarem como associações, as obrigações ficais, responsabilidades 
e o controle sobre diversos âmbitos do clube são amenos quando comparados a empresas 
estruturadas. 
 Fernandes (2000) comenta sobre este tema, pois na década de 1990 este assunto já era 
tratado como possibilidade. O autor traz a “Lei Zico” e a “Lei Pelé” para exemplificar isto. A 
“Lei Zico” era sobre a transformação dos clubes em bases empresariais, em que essa troca era 
optativa. Já a “Lei Pelé” era sobre oferecer a transição dos clubes para sociedades comerciais 
ou para sociedades civis de fins econômicos. Na visão dos clubes, nenhuma dessas opções 
oferecia benefícios. Amparados pelo artigo 217 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), as 
entidades esportivas possuem autonomia para decidir sobre seu funcionamento, assim 
decidindo por se manterem na configuração de sempre. 
 Em 2019, foi aprovado pela Câmara dos Deputados, e no momento se encontra em 
processo no Senado, o Projeto de Lei 5082 (BRASIL, 2016). De autoria do Deputado Federal 
Otavio Leite (RJ), e tem o Deputado Pedro Paulo como relator, o documento pretende 
estabelecer as condições para que os clubes de futebol, federações e ligas se transformem em 
sociedades anônimas (S/A). Dentre os vários incentivos para essa mudança, podem-se citar 
vantagens tributárias e facilidade na renegociação de dívidas. 
Além disso, recentemente, foi aprovado o Projeto de Lei 5516 (BRASIL, 2019) de 
autoriado Senador Rodrigo Pacheco. Este, que se tornou a Lei nº 14.193 de 06/08/2021, 
14 
 
consiste na criação da Sociedade Anônima do Futebol, que dispõe sobre normas de constituição, 
governança, controle e transparência, meios de financiamento da atividade futebolístico, 
caracterizando um modelo de empresa especialmente para o futebol. 
 Visando uma análise das leis e projetos de lei, dos clubes, do cenário do futebol 
brasileiro e mundial, o presente trabalho se inicia com uma revisão bibliográfica e documental 
sobre o histórico de gestão de clubes de futebol e discorre sobre diferenças e conformidades 
entre Brasil e mundo, entre legislações e adesões ao modelo clube empresa. 
 
1.3 Objetivos 
 
Esta pesquisa tem como principal objetivo analisar a administração de clubes 
futebolísticos brasileiros e como a legislação e diretrizes a influenciam. 
Os seguintes objetivos específicos serão revisados ao longo desta pesquisa: 
• Realizar uma pesquisa acerca da história do futebol no Brasil, visando identificar 
possíveis ligações com leis envolvendo clubes futebolísticos, possibilitando a análise do Projeto 
de Lei substitutivo ao PL n. 5082/16 e suas possíveis mudanças no cenário brasileiro de futebol; 
• Identificar diferenças nas gestões entre clubes empresa europeus e clubes brasileiros, e 
como a legislação influencia nestas diferenças; 
• Apresentar comentários sobre a gestão profissional de clubes, e de qual forma ela 
influencia ou não o cenário futebolístico. 
 
1.4 Justificativa 
 
 Esta pesquisa se justifica devido a alguns pontos importantes. Primeiro, o amor do 
brasileiro pelo futebol, superando barreiras como cor, poder aquisitivo e idade. Em termos 
comparativos, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) possui mais membros afiliados – 
no total contabilizando 211 em 2022 – que o número de países-membros da Organização das 
Nações Unidas (ONU), que hoje possui 193 países. 
Outros influenciadores importantes no desenvolvimento desta pesquisa foram as 
recentes mudanças em relação à criação dos clubes empresa. O Projeto de Lei 5082 (BRASIL, 
2016), já citado anteriormente, incentiva os clubes a aderirem a esse modelo, ao mesmo tempo 
em que influencia certa transparência em troca de alguns benefícios como recuperação judicial. 
A criação da Lei nº 14.193 (BRASIL,2021) para a implementação da Sociedade Anônima do 
15 
 
Futebol também contribui para isso, com normas, controle e transparência. A partir de uma 
legislação e fiscalização adequada, os clubes com maior segurança e credibilidade serão 
capazes de atrair mais investidores e patrocínios, evitando, assim, a corrupção dentro do clube 
e sonegação de impostos ao governo. 
Devido à importância do futebol para a cultura brasileira, podemos dizer que ele não é 
apenas um jogo, mas um grande gerador de receitas, e por isso deve ser estudado como tal. 
 
1.5 Delimitação 
 
 A pesquisa será realizada no Brasil, definindo como recorte principal a liga “Brasileirão 
Série A”; outras ligas poderão ser usadas para fins comparativos como “Premier League”, e 
“LaLiga”. Por ser uma liga em ascensão no cenário mundial, no Campeonato Brasileiro há 
várias possibilidades de crescimento. Logo, é mais proveitoso usá-lo nesta pesquisa, visto que 
uma liga mais consolidada ou com mais poder aquisitivo não acrescentaria para o objeto de 
estudo deste trabalho. O foco da análise serão os dados fornecidos pela Confederação Brasileira 
de Futebol (CBF), pelo Estado, jornais esportivos e sites oficiais dos clubes apontados. 
Neste trabalho, será feita a análise da administração de clubes brasileiros de futebol e 
como o modelo clube-empresa pode influenciá-la. Busca-se explicitar a importância ou 
irrelevância da administração profissional e suas influências em diversas áreas dos clubes, tais 
como patrocinadores, financeiro, torcedores, contratações, estrutura, entre outras. 
 
1.6 Organização do Texto 
 
 No capítulo 1, sendo este introdutório, são apresentados o Tema deste estudo, 
discorrendo sobre o futebol como prática esportiva e o correlacionando com os pontos a serem 
abordados. Assim, é estruturado o problema principal através dos objetivos geral e específicos 
desta pesquisa, da justificativa da pesquisa, delimitação do estudo e pela organização da 
dissertação. 
No capítulo 2 é feita a revisão bibliográfica do tema do estudo, discutindo as questões 
da administração nos clubes de futebol e descrevendo projetos de lei atualmente em debate que 
se aplicam aos clubes-empresas no Brasil. 
No capítulo 3 é descrita a metodologia utilizada na pesquisa. 
No capítulo 4 é desenvolvida a análise do conteúdo apresentado. 
16 
 
No capítulo 5 são descritas as conclusões do estudo e são feitos comentários e 
recomendações para os clubes de futebol que visam adotar o modelo de gestão de clube-
empresa futuramente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA 
 
2.1 Histórico da Gestão de Clubes de Futebol 
 
2.1.1 Na Europa 
 
Visando uma comparação futura, nesta parte da pesquisa será feita uma pequena análise 
sobre como se organizam clubes de países da Europa, se há leis para gestão e regulamentação 
destes, e como estão dispostos na liga. 
Paulo (2019) começa explicando a Alemanha, a principal liga do país é a Fußball-
Bundesliga (Bundesliga). No país, cada clube escolhe como se organizar e não há nenhum tipo 
de obrigatoriedade sobre clube-empresa, desde que se enquadre do Estatuto da Bundesliga. Este 
regula os clubes, já que na Alemanha não há uma lei específica de regularização. Os clubes 
podem se organizar de quatro maneiras diferentes: Associações, Sociedade Limitada, 
Sociedade Anônima aberta ou fechada, e Sociedade em comandita por ações administrada por 
limitada. Em 2019, na primeira divisão da Bundesliga havia três Sociedades Anônimas, seis 
Associações, cinco Sociedades Limitadas e cinco Comanditas. Desta forma, as Associações 
representavam apenas 33% da elite do futebol alemã. 
Quando Paulo (2019) passa para a Espanha, o cenário muda. A Primera División da 
Liga de Fútbol Profesional, conhecida como LaLiga, passou por uma mudança na década de 
noventa. Os clubes só podem se encaixar em dois modelos: Associações (clube) ou Sociedade 
Anônima Desportiva (SAD). Isso se deve a “Lei del Deporte nº 10/1990”, que tornou 
obrigatória a conversão em clube-empresa, possuindo apenas uma condição que coloca à 
disposição do clube a mudança: o clube possuísse algum saldo patrimonial líquido positivo 
entre 1985 e 1990, eles poderiam permanecer como associações. Em 2019, na primeira divisão 
da LaLiga as Associações representavam apenas 17% da elite do futebol espanhol: havia quatro 
Associações e 16 SAD. 
Já ao expor a Inglaterra, Paulo (2019) explica que a liga principal é a Premier League. 
Não há qualquer lei específica que regularize o futebol inglês, e a própria Premier League 
realiza auditorias sobre os sócios e diretores de clubes. O modelo de clube é qualquer um do 
tipo societário, como Public Limited Company (S.A. de capital aberto) ou Private Limited 
Company (S.A. de capital fechado). O único modelo que não é aceito é o de empresário 
individual, e não há nenhuma obrigatoriedade quanto o modelo a ser seguido – ou seja, cada 
18 
 
clube pode escolher como se organizar. Em 2019, havia dezessete S.A. de capital fechado e três 
S.A. de capital aberto, não havendo Associações na elite do futebol inglês. 
Quando Paulo (2019) expõe a Itália, ele aponta a Legge 23 marzo 1981 n 91, ela é 
aplicável para todos os esportes profissionais do país. A transformação é facultativa, mas caso 
os clubes desejem ingressar em competições profissionais é necessário adotar o modelo 
empresarial, podendo ser qualquer do tipo societário empresarial. Em 2019, no Campeonato 
Italiano de Futebol – Série A (Série A), havia duas sociedades limitadas, 2 S.A. de capitalaberto e quinze S.A. de capital fechado, sem associações devido à proibição. 
Paulo (2019) termina explicando Portugal, a principal liga de futebol é Liga Portugal 
Bwin, também conhecida como Primeira Liga. Há quatro determinações legais sobre o futebol 
no país, sendo elas o Decreto-lei nº 67/97, a Lei nº107/97, o Decreto-lei nº 303/99 e o Decreto-
Lei nº10/2013. Os clubes podem se organizar de três maneiras diferentes: como Associações 
(Clube), Sociedade Anônima Desportiva (SAD) e Sociedade Unipessoal de Quotas (SDUQ). 
No começo, não era obrigatória a conversão para clube-empresa, mas com o Decreto-lei de 
2013, para poderem participar das competições profissionais do país, os clubes devem se 
organizar como SAD. Em 2019, havia dezenove SAD e três SDUQ caracterizando o fim das 
associações na elite do futebol português. 
 
2.1.2 No Brasil 
 
No Brasil, os esforços para a transformação dos clubes de futebol em clube-empresa não 
são novidade; na realidade, como já mencionado anteriormente, esses esforços são antigos. Na 
década de 1990, duas tentativas foram feitas através da “Lei Pelé” e “Lei Zico”, assim como 
nos dias atuais há o Projeto de Lei 5082/2016 e a Lei nº 14.193 (2021). 
Rodrigues (2006) explica que a Lei nº 8.672/93, “Lei Zico” dizia respeito a uma nova 
legislação para o futebol, possibilitando a existência de clubes-empresa no Brasil. Segundo 
Proni (1998), o anseio para modernizar e democratizar as instituições esportivas era o que 
movia essa nova legislação, a partir da inspiração pelos bons resultados nos clubes europeus 
organizados como empresas: 
Os princípios centrais da proposta do Governo foram expostos pelo então 
Secretário Nacional de Esportes, Artur Antunes Coimbra (o Zico), em Forum 
realizado em Porto Alegre, no final de 1990. Quanto à transformação 
obrigatória dos clubes em empresas, ele esclarecia que era uma medida que 
vinha dando bons resultados em países da Europa e que estavam previstas três 
opções para as equipes brasileiras: (a) transformar-se em sociedade comercial 
de natureza desportiva; (b) constituir sociedade comercial de natureza 
19 
 
desportiva independente, controlando a maioria do seu capital com direito a 
voto; ou (c) contratar sociedade comercial para gerir suas atividades 
profissionais. Não há dúvida de que uma das metas principais do projeto era 
induzir a tão propalada revolução do futebol brasileiro, obrigando os clubes e 
federações a adotarem métodos empresariais de gestão e abrindo espaço para 
que se solucionassem os seus problemas financeiros (PRONI, 1998, p. 218). 
 
O projeto dessa lei, como indica Proni (1998), não foi recebido da melhor maneira, pelos 
clubes que não se encontravam dispostos a passar por uma mudança drástica a partir da 
transparência nas negociações, pagamento de impostos sobre rendimento líquido, necessidade 
de participação em campeonatos rentáveis e modificação no vínculo dos atletas com o time. 
Ainda que os clubes não aceitassem, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) poderia 
defender novos paradigmas. No entanto, isto não ocorreu; a CBF enxergava, neste projeto, uma 
imposição de um novo sistema eleitoral e autonomia para criação de ligas e campeonatos e a 
transferência de poder para grandes equipes. Isto levou a “Lei Zico” a ser aprovada com 
diversas alterações, possibilitando, mas não obrigando a transformação de clubes de futebol em 
empresas. 
 A “Lei Zico” foi revogada e substituída pela Lei 9.615/98 (Lei Pelé). Um dos pontos 
mais marcantes desta alteração era a obrigatoriedade da conversão em clubes-empresa em até 
dois anos por todos os clubes que participam de competições profissionais no Brasil. Porém, 
esta lei também sofreu alteração devido a um artigo da Constituição Federal (BRASIL, 1988), 
no qual consta que entidades de esporte possuem autonomia para decidir quanto à sua 
organização. Assim, a transformação em clubes-empresa continua sendo facultativa. 
 Deste modo, no Brasil, possuímos diversos modelos de empresa que os clubes podem 
escolher: Sociedade em nome coletivo, Comandita simples, Sociedade Limitada, Sociedade 
Anônima e Comandita por ações. Hoje, na principal liga do país – o Campeonato Brasileiro de 
Futebol (Brasileirão A) –, apenas um clube se enquadra na condição de SAF, o Botafogo de 
Futebol e Regatas. Outros clubes de outras séries do futebol brasileiro, o como Cuiabá Esporte 
Clube e Red Bull Bragantino, também se encaixam na condição de clube-empresa, e todos os 
outros dezessete clubes do Brasileirão A são associações. 
 
2.2 Legislação e Diretrizes de Gestão de Clubes 
 
2.2.1 Lei nº 14.193 de 06/08/2021 
 
20 
 
A ementa da Lei nº 14.193 (BRASIL, 2021) consiste em instituir a Sociedade Anônima 
do Futebol (S.A.F) e dispõe sobre normas de constituição, governança, controle e transparência, 
meios de financiamento da atividade futebolística, tratamento dos passivos das entidades de 
práticas desportivas e regime tributário específico. Além disso, altera as Leis nºs 9.615, de 24 
de março de 1998, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). 
No entanto, é necessário entender esse modelo e como ele busca profissionalizar as 
gestões de clubes de futebol brasileiro. Essa lei permite que os clubes sejam transformados em 
Sociedades Anônimas do Futebol, e, segundo João Paulo di Carlo (2022), a SAF é uma empresa 
cuja atividade principal consiste na prática do futebol em competições profissionais, diferindo 
do modelo atual empregado nos clubes, em que não há fins lucrativos. 
A lei possui uma série de exigências para um clube se constituir como SAF; algumas 
dessas obrigações são a adoção de medidas de gestão, transparência e responsabilidade. Além 
destas medidas, é necessária a aprovação dos Conselhos Deliberativos dos interessados no 
modelo. Cada clube tem os seus procedimentos internos, passando por todos os trâmites e 
aprovados por conselho ou assembleia; logo, o Estatuto da SAF também passará por análise. 
Depois de todos os processos alinhados e documentos regularizados, o clube e acionistas devem 
comparecer à Junta Comercial para oficializar a criação da nova empresa. 
Apesar das exigências, a lei proporciona algumas vantagens, como segurança jurídica 
aos investidores estrangeiros e uma sobrevida aos clubes com altas dívidas. Assim, dívidas 
trabalhistas e cíveis poderão ser parceladas por meio do Regime de Centralização, 
comprometendo até 20% das receitas; para elas, ainda há a possibilidade da negociação com 
deságio, diminuindo o passivo do clube. 
Alguns clubes brasileiros já aderiram a esse novo modelo, com o Cruzeiro Esporte Clube 
(Cruzeiro) e o Botafogo de Futebol e Regatas (Botafogo). O Clube de Regatas Vasco da Gama 
(Vasco) está no processo para vender 70% de sua futura SAF para a empresa 777 Partners, 
mas, como apontado acima, a aprovação do conselho é imprescindível e ainda não ocorreu, 
apesar do acordo já estar feito com a empresa. 
 
2.2.2 Projeto de Lei 5082/2016 
 
O Projeto de Lei nº 5.082-A de 2016 tem a seguinte ementa: 
Dispõe sobre o clube-empresa, o Regime Especial de Tributação de Entidades de 
Prática Desportiva Profissionais de Futebol (Simples-Fut), as condições especiais para 
quitação acelerada de débitos das entidades desportivas profissionais de futebol, o 
parcelamento especial de débitos das entidades desportivas profissionais de futebol 
21 
 
perante a União, a recuperação judicial do clube-empresa, a cessão e denominação 
dos símbolos e o Regime Centralizado de Execução na Justiça do Trabalho; altera as 
Leis nºs 9.615, de 24 de março de 1998, 11.438, de 29 de dezembro de 2006, e 13.155, 
de 4 de agosto de 2015; e dá outras providências. 
 
Belfiore (2022) esclarece o significado do termo clube-empresa: ele faz referência a um 
clube constituído sob a forma de empresa (usualmente uma limitada), o que a diferencia da 
associação civil sem fins lucrativos, modelo que a maioria dos clubesbrasileiros adota. Esse 
PL possui o intuito de incentivar os clubes a adotaram essa modalidade de gestão, para além 
das SAF. Ademais, esse PL propõe outros modelos de clube-empresa e possui uma série de 
incentivos para a transformação. 
Alguns dos incentivos chamam investidores, como a transparência total que a empresa 
terá, dívidas fiscais que possuirão pagamento incentivado e dívidas privadas que usufruirão de 
recuperação judicial de acordo com as regras especiais da lei. A alteração na Lei Pelé facilita a 
contratação de profissionais do futebol, e, na Lei de Incentivo ao Esporte, a mudança seria para 
que todos os clubes realizassem projetos através de incentivos fiscais. 
No primeiro momento, a Lei e o PL podem parecer ser a mesma coisa, mas Marcondes 
(2022) explica que a SAF será um clube-empresa, porém a recíproca não é verdadeira. Um 
clube-empresa pode ser constituído por outro modelo empresarial, como uma empresa limitada 
(LTDA). Logo, para simplificar, podemos dizer que o clube-empresa é o “gênero” e a SAF é 
uma “espécie” dela. 
A premissa das duas é a profissionalização da gestão em clubes de futebol, deixando 
para trás o modelo associativo e se aproximando de um modelo empresarial, profissionalizando 
ainda mais o futebol brasileiro. Di Carlo (2022) explicita que o clube-empresa já existia no país 
antes mesmo da SAF, e que a principal diferença entre a SAF e os formatos de clube-empresa 
já existentes é a tributação, em que, para as SAF, esta é muito mais favorável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
3. METODOLOGIA DE PESQUISA 
 
 Nesta parte do estudo, será apresentado o processo de pesquisa empregado para a 
realização deste trabalho. Em um primeiro momento, foi realizada uma pesquisa bibliográfica 
e documental sobre histórico de gestão de clubes futebolísticos, a história do futebol e a 
legislação acerca do futebol brasileiro. Gil (2008) indica que a pesquisa bibliográfica é 
desenvolvida com base em material já elaborado, principalmente de artigos científicos e livros; 
já a pesquisa documental é semelhante à bibliográfica, mas a diferença está na nas fontes, pois 
usa materiais que ainda não receberam um tratamento analítico. 
 Acima, é apresentado como o processo de pesquisa se desenrolou. Este modelo foi 
escolhido pois essa pesquisa é exploratória e básica; exploratória devido ao pouco 
conhecimento (artigos, documentos, leis) acerca da área estudada, e básica pois não será 
aplicada a esta área. Logo, o estudo realizado tem o intuito de agregar conhecimento sobre a 
gestão de clubes futebolísticos, preferencialmente aumentando a base de informações sobre o 
assunto. 
 
3.1 Etapas da Pesquisa 
 
O desenvolvimento do processo de pesquisa pode ser visualizado de maneira sucinta no 
Quadro 1, em que são elencados os procedimentos e a finalidade de cada etapa. 
 
Quadro 01: Detalhamento das fases da pesquisa 
 
Fases da Pesquisa Procedimento Utilizado Finalidade da Fase 
1 – Análise documental e 
revisão bibliográfica 
Qualitativo: pesquisa documental 
e bibliográfica 
Identificar o material disponível 
sobre gestão de clubes 
brasileiros e internacionais 
2 – Identificar os modelos de 
clubes e possíveis mudanças 
Qualitativo: pesquisa documental 
e bibliográfica 
Identificação das características 
presentes em cada modelo e 
influências nos clubes 
23 
 
3 – Análise comparativa dos 
modelos e melhorias 
Qualitativo: desenvolvimento da 
análise comparativa 
Elaborar a análise final da 
pesquisa, entendendo os dois 
cenários e como se manifestam. 
Fonte: A autora, 2022. 
Cada fase é essencial para a conclusão deste estudo, sendo elas: 
• Fase 1 – Análise documental e revisão bibliográfica: foi realizado um trabalho de 
pesquisa sobre a gestão de clubes de futebol brasileiros e internacional, para construir o objeto 
de pesquisa. Foram realizadas pesquisas sobre a origem do futebol no Brasil, projetos de leis 
passados, e atuais projetos e eventuais aprovações, possibilitando a criação de uma base teórica 
para o trabalho. 
• Fase 2 – Identificar os modelos de clubes e possíveis mudanças: essa etapa envolve uma 
pesquisa atualizada dos modelos vigentes, quais são as mudanças possíveis, estas devidos a 
projetos de leis ou novas leis vigentes. 
• Fase 3 – Análise comparativa dos modelos e melhorias: esta sendo a parte final do 
trabalho, consiste em analisar e comparar os modelos atuais de gestão com o modelo novo 
proposto pelo Projeto de Lei 5082 (BRASIL, 2016), pontuar possíveis mudanças, melhorias e 
como isso influencia no “Brasileirão A”. 
 
3.2 Limitação do Método 
 
 Vergara (2013) explicita que todo método tem limitações e possibilidades, assim, nesta 
seção serão apontadas as limitações da metodologia escolhida, ainda que esta seja a mais 
apropriada aos propósitos da investigação. 
O método escolhido não permite generalizações com as conclusões sobre o tema, porque 
esta pesquisa está restrita à análise de gestão em clubes futebolísticos brasileiros e não permite 
sua aplicação em outro tema ou país. Além disso, não há uma grande gama de material teórico 
disponível sobre o assunto, o que complexifica a apresentação de algumas definições e 
conceitos. Ao longo da pesquisa, fez-se necessário elaborar definições operacionais baseadas 
no material disponível, de forma a dar prosseguimento ao trabalho. 
 
24 
 
4. ANÁLISE COMPARATIVA 
 
A seguir, será feita uma análise comparativa dos fatos apresentados até o momento; o 
principal foco será compreender o motivo de tamanha discrepância entre o cenário europeu e 
brasileiro de gestão de clubes. 
Países europeus incentivaram a transformação dos clubes em clubes-empresa desde a 
década de 1980, Motta (2022) explica a ordem dos incentivos, sendo a Itália a primeira em 23 
de março de 1981. Nesta ocasião, assinou uma lei válida para todos os esportes profissionais 
do país; a mudança não foi obrigatória, mas, para fazer parte de qualquer competição 
profissional, era necessário estar no modelo clube-empresa. Esta mudança foi seguida pela 
França em 1984, e então a Espanha em 1990, que decretou que todos os clubes sofreriam a 
transformação, e apenas os que obtiveram um saldo patrimonial líquido entre 1985 e 1990 
poderiam permanecer como estavam. Já Portugal, em 1996, não tornou a mudança obrigatória, 
e somente a partir de 2013 todos os clubes deveriam ser SAD. 
Essa foi o modo que os governos encontraram de melhorar a administração dos clubes 
e diminuir o número de dívidas. Todavia, não há uma pesquisa concreta para que esse fato seja 
comprovado, mas levando em consideração o nível dos campeonatos europeus, pode-se dizer 
que a mudança para clube-empresa proporcionou diversas transformações no cenário do futebol 
na Europa. 
Já no Brasil, esse incentivo começou a surgir apenas em 1993 com a “Lei Zico”, que se 
empenhou em estimular a conversão de associação civil sem fins lucrativos para clube-
empresas. Em 1998, a “Lei Pelé” pretendia tornar a conversão obrigatória, mas logo foi 
impedida devido a um artigo da Constituição Brasileira (BRASIL, 1988). Esse artigo permite 
as entidades de esporte possuam autonomia para decidir quanto à sua organização, e, assim, a 
obrigatoriedade não se torna uma realidade. Para contornar esse cenário, surge o Projeto de Lei 
5082/2016, que promove incentivos para essa transformação. É necessário considerar, ao se 
comparar a realidade brasileira com a dos outros países europeus, que estes não possuíam 
impedimentos por lei para a obrigatoriedade da transformação dos clubes em empresas. 
Apesar da proposta chamar investidores, ela não garante a melhoria financeira e 
esportiva, já que depende do modo a ser executada. Di Carlo (2022) explica que, como toda 
empresa, o clube-empresa está suscetível a falência, pois, em casos negativos, eles são regidos 
pelas mesmas regras em vigor para outras atividades econômicas, podendo sofrer com perdade 
identidade, e a falta de vínculo do investidor com o clube pode distanciar a torcida e a história. 
25 
 
Segundo a CBF, hoje no Brasil há 136 clubes-empresas, representando 13% de todos os 
clubes registrados como profissionais. O número, se analisado levianamente, deixa o país 
próximo de países como França, Itália e Espanha (Motta, 2022), mas, como apontado 
anteriormente, apenas três clubes-empresas estão atualmente na elite do futebol brasileiro. 
Esses três clubes representam apenas 2,21% dos 136 clube-empresa registrados, e representam 
apenas 15% da série A do “Brasileirão”. 
Esse fato isolado já representa uma parcela pequena de clube-empresas na elite 
brasileira, mas quando comparados com dados de 2019 de clubes europeus, a discrepância 
aumenta consideravelmente. Não foi possível encontrar dados atualizados devido à pandemia 
de COVID-19, e muitos clubes e ligas não atualizaram informações. Em razão disso, a 
comparação será feita com os números de 2019, mas mesmo assim deixará mais evidente a 
diferença entre as regiões. 
Os dados a seguir, apontados por Paulo (2019), apresentam a porcentagem de clube-
empresas nas principais ligas europeias em 2019: na Alemanha, 67% dos clubes na primeira 
divisão da Bundesliga eram empresas organizadas de maneiras diversas; já na Espanha, 83% se 
organizavam como SAD; na Inglaterra, todos os clubes se organizam como empresa, já que 
associações não são uma opção; na Itália, também nenhum clube se organiza como associação, 
uma vez que a condição para participar de competições profissionais é ser um clube-empresa; 
por fim, em Portugal não há associações desde 2013, quando uma lei impôs a transformação 
para clubes-empresa para participação em competições profissionais. 
Outra comparação que pode ser feita neste momento é em relação ao Mundial de 
Futebol. A última vez que o Brasil foi campeão foi há vinte anos, e desde então nenhum país 
não europeu levantou o troféu (FIFA, 2021). A sequência após a última vitória do Brasil é Itália 
(2006), Espanha (2010), Alemanha (2014) e França (2018). Somente esse fato isolado não é 
capaz de provar a superioridade dos clube-empresa, porém demonstra a necessidade de 
melhorar o desenvolvimento dos atletas brasileiros, e isto começa com uma boa gestão dos 
clubes. Eles são responsáveis por recrutar, desenvolver e lançar no momento correto cada atleta, 
e a base é importante para o clube, devendo possuir investimentos para a obtenção de lucros. 
Uma gestão profissional irá atentar a cada área do clube, desenvolvendo-o e investindo nele 
para melhor rentabilidade e crescimento, como uma empresa executa. 
 
26 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O futebol, hoje, é o esporte mais popular no Brasil, surgindo como uma atividade de 
lazer e recreação em diversos lugares e presente em várias classes sociais. Somado a isto, é a 
área de atuação de atletas profissionais e responsável por gerar empregos. Desde a mudança do 
paradigma do esporte como apenas atividade de lazer para área profissional e altamente 
lucrativa, surgem leis e projetos de lei com a pretensão de transformar o modelo atual de 
associação civil sem fins lucrativos em clube-empresa. Esses esforços se devem ao fato que, 
enquanto associações, os clubes brasileiros contam com menos obrigações fiscais e falta 
controle sobre suas ações. A “Lei Pelé” e “Lei Zico” demonstram que os esforços começaram 
ainda na década de 1990. 
Para ser possível entender o contexto histórico dos esforços, uma revisão de literatura 
foi realizada, permitindo levantar a bibliografia, autores e especialistas que abordam o tema da 
profissionalização do futebol, e documentos acerca de leis e projetos de lei. Nesse 
levantamento, foi possível identificar o PL 5082/2016 e a Lei 14.193 (BRASIL, 2021), ambos 
focados em incentivar a transformação de clubes em empresas pelos clubes brasileiros. A partir 
dessa pesquisa, foram feitos apontamentos e uma análise comparativa entre o modo que os 
clubes de elite europeus se organizam e clubes da série A brasileira se organizam. As diferenças 
entre a legislação europeia e a legislação brasileira demonstram possíveis impedimentos para 
obrigatoriedade da transformação de clubes em empresas, entre outros fatores. 
O principal objetivo deste trabalho foi investigar como é a gestão em clubes 
futebolísticos brasileiros, e como diretrizes e legislações a influenciam. O resultado não foi 
plenamente alcançado; ao considerar os fatos apresentados pela autora ao longo do estudo é 
impossível afirmar com certeza se o modelo de clube-empresa representa uma melhora na 
gestão. É importante citar a discrepância atual de qualidade do futebol apresentado entre as duas 
regiões analisadas, mas não é plausível admitir e não há provas suficientes que é devido ao 
modelo de gestão dos clubes. 
Apesar da impossibilidade desta afirmação, outros fatores foram demonstrados como 
importantes. Por exemplo, a presença do governo e como ele se constitui foi importante na 
transformação dos clubes europeus, já que por muitas vezes o Estado tornou obrigatória a 
mudança. Além disso, verificou-se a força do governo em regulamentar e taxar de maneira 
correta os clubes, já que estes são instituições que movem muito dinheiro e movimentam a 
economia, principalmente das cidades onde estão atuando. 
27 
 
Essa pesquisa também levanta indagações sobre qual seria o real motivo para a 
resistência à alteração para clubes-empresa, visto que a Confederação Brasileira de Futebol 
demonstrou descontentamento com a proposta já nos anos 1990 (PRONI, 1998). A organização 
alegou possível soberania dos clubes mais influentes de cada estado, quando na verdade isso 
poderia equilibrar o campeonato com novos investimentos. É importante que esses 
questionamentos surjam e sejam abordados para que, em pesquisas futuras, tais indagações 
possam vir a ser analisadas e esclarecidas. Desta maneira, este estudo não conseguiu atingir as 
primeiras expectativas, mas criou novos questionamentos acerca de toda tramitação e 
resistência à mudança dos clubes. 
 
 
28 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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de Tributação de Entidades de Prática Desportiva Profissionais de Futebol (Simples-Fut), as 
condições especiais para quitação acelerada de débitos das entidades desportivas profissionais 
de futebol, o parcelamento especial de débitos das entidades desportivas profissionais de futebol 
perante a União, a recuperação judicial do clube-empresa, a cessão e denominação dos símbolos 
e o Regime Centralizado de Execução na Justiça do Trabalho; altera as Leis nºs 9.615, de 24 de 
março de 1998, 11.438, de 29 de dezembro de 2006, e 13.155, de 4 de agosto de 2015; e dá 
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junho de 2022. 
 
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dispõe sobre normas de constituição, governança, controle e transparência, meios de 
financiamentoda atividade futebolística, tratamento dos passivos das entidades de práticas 
desportivas e regime tributário específico; e altera as Leis nºs 9.615, de 24 de março de 1998, e 
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