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Investimento Social Privado no Brasil

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
SAULO NUNES FERREIRA JUNIOR 
 
 
 
 
INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO NO 
BRASIL: um estudo sobre o Grupo de 
Institutos Fundações e Empresas (GIFE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SAULO NUNES FERREIRA JUNIOR 
 
 
 
 
INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO NO BRASIL: um estudo sobre o Grupo de 
Institutos Fundações e Empresas (GIFE). 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
apresentado como requisito parcial à 
obtenção do título de Bacharel em 
Administração. 
 
 
 
Orientador: Sérgio de Sousa Montalvão 
 
 
 
Niterói, RJ 
2021 
4 
 
SAULO NUNES FERREIRA JUNIOR 
 
INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO NO BRASIL: UM ESTUDO SOBRE O 
GRUPO DE INSTITUTOS FUNDAÇÕES E EMPRESAS (GIFE) 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Graduação em 
Administração como requisito parcial à 
obtenção do título de Bacharel em 
Administração. 
 
Aprovado em 10 de fevereiro de 2022 . 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 ________________________________________________________________ 
Prof. Dr. Sérgio de Sousa Montalvão (STA/UFF- Orientador) 
 
______________________________________________________________ 
 Profa. Dra. Andrea Oliveira Ribeiro (STA/UFF) 
 
______________________________________________________________ 
Prof. Dr. Fernando Vieira de Oliveira (STA/UFF) 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Em primeiro lugar e mais importante, a minha esposa, Larissa. Devo dizer que este 
trabalho não seria possível sem o seu incentivo e o seu apoio. Ela tem sido, mais do 
que minha companheira, minha melhor amiga desde a nossa união, não havendo 
espaço suficiente para expor o quanto ela é fundamental em minha vida. 
Aos meus pais, Saulo e Selma, que entenderam as minhas ausências e não 
mediram esforços para essa graduação se tornasse uma realidade. 
Ao meu orientador Prof. Dr. Sérgio Montalvão, pelo incentivo e presteza no auxílio 
as atividades, principalmente sobre o andamento e normatização deste trabalho, onde 
com toda a certeza seus conhecimentos foram fundamentais. 
A todos os professores do Departamento de Administração da Universidade 
Federal Fluminense, que inapelavelmente foram corresponsáveis pelo meu 
crescimento pessoal e intelectual. 
Aos meus colegas do grupo de pesquisa CERS, que sempre me incentivaram a 
buscar conhecimento. E com eles aprendi que o conhecimento só é válido, quando se 
é compartilhado. 
Aos meus colegas de classe pela espontaneidade e alegria na troca de ideias e 
ajuda mútua. Juntos conseguimos avançar e ultrapassar todos os obstáculos. 
Por fim, sou grato a todos de que alguma forma, direta ou indiretamente, 
participaram da realização desse trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
RESUMO 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é o resultado de uma pesquisa teórico-
empírica sobre o Investimento Social Privado (ISP) no Brasil, tendo por objeto de 
estudo o Grupo de Fundações, Institutos e Empresas (GIFE). O objetivo do estudo 
foi compreender esse fenômeno como parte de um movimento mais amplo em torno 
da Responsabilidade Social Empresarial (RSE), considerando as relações entre o 
empresariado e a sociedade civil. O tema é relevante na medida em que o processo 
de integração empresa-sociedade em curso no Brasil desde o início do período 
democrático da Constituição Federal de 1988 (CF/1988) e sua revisão nos anos 1990 
permanece atual. Os objetivos específicos foram: a) estudar o repertório conceitual 
pertinente à responsabilidade social, considerando a transição da filantropia 
empresarial para o ISP; b) analisar a emergência do ISP em um quadro de transição 
política delineado pelas contradições encontradas na sobreposição entre políticas 
neoliberais e expectativas da ampliação de direitos trazida pela CF 1988; c) 
apresentar os resultados do ISP no Brasil por meio do Censo GIFE e d) relacionar o 
Censo GIFE com a redefinição do conceito de ISP. O problema que mobilizou a 
pesquisa, foi: Como a RSE, na forma de ISP, contribuiu para mobilizar um segmento 
expressivo da comunidade de negócios em atividade no Brasil? A metodologia 
utilizada foi a revisão bibliográfica em sites como o Google Acadêmico e outras bases 
de dados a partir das palavras-chave. No primeiro capítulo, o Investimento Social 
Privado é apresentado como uma medida inovadora, sobretudo, a partir da nova 
Constituição Brasileira em 1988. No segundo capítulo o GIFE é apresentado, seus 
associados, sua história e objetivos. No terceiro capítulo, o Censo GIFE é 
apresentado, considerando seus investidores, recursos financeiros e modos de 
atuação. No quarto e último capítulo, temos a interpretação de resultados, em que 
foram apresentados e analisados os aspectos mais relevantes dos capítulos 
anteriores. 
 
Palavras-chave: GIFE, investimento social privado, responsabilidade social, 
empresariado, sociedade civil. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURAS 
Imagem 1: Tripé da sustentabilidade..........................................................20 
Imagem 2: Demonstração de Resultados Contábeis 2020 GIFE................49 
Imagem 3: Política Associativa 2021 do GIFE............................................50 
 
GRÁFICOS 
Gráfico 1 – Organizações respondentes do Censo GIFE e 
organizações associadas GIFE (total e por tipo de investidor) ..................53 
Gráfico 2 – Organizações Censo do GIFE 2020 e 
organizações associadas GIFE (1995 - 2021) ...........................................54 
Gráfico 3 – Organizações por tipo de investidor.........................................55 
Gráfico 4 – Média de idade das organizações 
em anos (por tipo de investidor) .................................................................56 
Gráfico 5 – Organizações por ano de constituição 
 (total e por tipo de investidor) ....................................................................56 
Gráfico 6 – Organizações por títulos ou certificados...................................57 
Gráfico 7 – Organizações por percepção da crise causada 
 pelo COVID-19 em alterações no ambiente de atuação............................58 
Gráfico 8 – Organizações por envolvimento em 
diferentes agendas de sustentabilidade das OSC......................................59 
Gráfico 9 – Investimento realizado (2018-2020) ........................................61 
Gráfico 10 – Evolução do investimento (2010-2020) ................................ 62 
Gráfico 11 – Orçamento previsto e valor investido. .................................. 63 
8 
 
Gráfico 12 – Investimento realizado (por relação 
com iniciativas de enfrentamento da COVID-19. ...................................... 64 
Gráfico 13 - Investimento realizado (2019 e 2020) e 
investimento previsto 2021. ....................................................................... 65 
Gráfico 14 – Participação de incentivos fiscais no 
investimento total........................................................................................ 66 
Gráfico 15 – Organizações por tipo de atuação 
(2014, 2016, 2018 e 2020). ........................................................................67 
Gráfico 16 – Organizações por tipo de atuação 
 e investidor (2020 e variação em relação a 2018) ....................................68 
Gráfico 17 – Organizações com atuação na área de 
 educação (2016, 2018-2020). ...................................................................69 
Gráfico 18 – Organizações por área temática de atuação. ........................70 
Gráfico 19 – Abordagem tridimensional do foco 
 de atuação de iniciativas em operação em 2020. .....................................71 
Gráfico 20 – Organizações por área temáticadas iniciativas.....................72 
Gráfico 21 – Organizações que aturam no enfrentamento 
 da COVID-19, por subáreas das iniciativas. ..............................................73 
Gráfico 22 – Organizações por perfil indicado como 
 foco das iniciativas.....................................................................................74 
Gráfico 23 – Organizações por tipo de parcerias formais 
estabelecidas nas iniciativas mais significativas. .......................................75 
Gráfico 24 – Institutos, Fundações e Fundos Filantrópicos por 
existência de conselho deliberativo (total e por tipo de investimento) .......76 
Gráfico 25 – Institutos e Fundações Filantrópicas por vínculo 
de conselhos (na composição do conselho deliberativo total e 
por tipo de investidor). ................................................................................77 
9 
 
Gráfico 26 – Institutos, Fundações e Fundos Filantrópicos 
por composição de gênero do conselho deliberativo 
(total e por tipo de investidor). ....................................................................78 
Gráfico 27 – Instituto, Fundações e Fundos Filantrópicos 
por presença exclusiva de homens no conselho deliberativo 
 (total e por tipo de investidor: 2016, 2018 e 2020). ...................................79 
Gráfico 28 – Proporção de conselheiros/as por gênero 
nos conselhos deliberativos de Institutos, Fundações e 
Fundos Filantrópicos. .................................................................................80 
Gráfico 29 – Institutos, Fundações e Fundos Filantrópicos 
 por composição racial do conselho deliberativo (2018-2020). ................. 80 
Gráfico 30 – Organizações por composição racial do 
 conselho deliberativo (2016, 2018 e 2020). ..............................................81 
Gráfico 31 – Institutos, Fundações e Fundos Filantrópicos 
 por existência de políticas para promover, ampliar e/ou 
assegurar a diversidade. ............................................................................82 
Gráfico 32: Organizações por adoção de práticas e 
políticas de controle financeiro e de uso dos dados. ..................................83 
Gráfico 33 – Organizações por realização de avaliação 
institucional e de iniciativas (total e por tipo de investidor). ........................85 
Gráfico 34 – Organizações por tipo de prática e política de 
avaliação de iniciativas. ..............................................................................86 
Gráfico 35 – Organizações por barreiras na realização 
de avaliações de iniciativas. .......................................................................87 
Gráfico 36 – Organizações por principais critérios para 
decidir avaliar iniciativas. ............................................................................88 
 
 
 
10 
 
QUADROS 
Quadro 1: Rumos da pesquisa. ..................................................................13 
Quadro 2: As vinte e uma empresas brasileiras no 
ranking Global 2000/Forbes -2021..............................................................16 
Quadro 3: Missão de RSE das 21 empresas brasileiras 
listadas no ranking Global/2021- Forbes.....................................................17 
Quadro 4 – Objetivos PNBE .......................................................................25 
Quadro 5 - associados GIFE e suas missões.............................................28 
Quadro 6 - Tipos de associados do GIFE...................................................41 
Quadro 7- Áreas de atuação dos associados GIFE....................................44 
Quadro 8 – Atividades GIFE.......................................................................46 
Quadro 9 - receitas GIFE............................................................................48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................12 
2. INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO COMO INOVAÇÃO 
DA SOCIEDADE CIVIL PÓS-1988. .............................................................15 
2.1. O que é Responsabilidade Social Empresarial (RSE)? .....................15 
2.2. O que é Investimento Social Privado (ISP)?........................................21 
2.3. Uma nova sociedade civil: mercado, cidadania e direitos.................22 
2.4. Neoliberalismo e Consenso de Washington: 
o contexto econômico da RSE.............................................................24 
3. EMPRESARIADO E ISP: A EXPERIÊNCIA DO GIFE.................................27 
3.1. Síntese histórica da instituição............................................................27 
3.2. Gestão dos recursos financeiros.........................................................48 
3.3. Associados.............................................................................................50 
4. O CENSO GIFE............................................................................................53 
4.1. Tipos de investidores sociais e ambiente de atuação.......................53 
4.2. Investimento financeiro.........................................................................60 
4.3. Modos de Operação...............................................................................66 
4.4. Focos de atuação...................................................................................68 
4.5. Relação com outros atores e articulações entre pares......................74 
4.6. Gestão Institucional...............................................................................75 
4.7. Monitoramento, avaliação e comunicação..........................................84 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS.....................................................89 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................92 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................94 
7.1. Fontes primárias...................................................................................98
12 
 
1. INTRODUÇÃO 
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Administração é o resultado de 
uma pesquisa teórico-empírica sobre o Investimento Social Privado (ISP) no Brasil, 
tendo por objeto de estudo o Grupo de Fundações e Institutos Empresariais (GIFE). 
Pretendeu-se compreender esse fenômeno como parte de um movimento mais amplo 
em torno da Responsabilidade Social Empresarial (RSE). 
A pesquisa foi feita considerando as relações entre o empresariado e a sociedade 
civil. A escolha do tema se justifica pela relevância do processo de integração 
empresa-sociedade em curso no Brasil desde o início do período democrático da 
Constituição Federal de 1988 (CF/1988) e sua revisão nos anos 1990. Os objetivos 
da pesquisa foram: 
a) Estudar o repertório conceitual pertinente à responsabilidade social, 
considerando a transição da filantropia empresarial para o ISP. 
b) Analisar a emergência do ISP em um quadro de transição política delineado 
pelas contradições encontradas na sobreposição entre políticas neoliberais 
e expectativas da ampliação de direitos trazida pela CF 1988. 
c) Apresentar os resultados do ISP no Brasil por intermédio do Censo GIFE. 
d) Relacionar o Censo GIFE com a redefinição do conceito de ISP. 
O problema de pesquisa deste TCC foi: como a RSE, na forma de ISP, 
contribuiu para mobilizar e transformar a atuação de um segmento expressivo da 
comunidade de negócios em atividade no Brasil? O trabalho partiu da hipótese de 
que essa comunidade, a partir da década de 1990, readequou o seu discurso de modo 
a incluir a temática da cidadania e dos direitos humanos, expondo a necessidade de 
atuação no oferecimento de direitos fundamentais relacionados à educação, saúde, 
cultura e meio ambiente. Um outro ponto relevante (e que toca diretamente na 
administração das empresas) tem a vercom a introdução de formas de governança 
corporativa, admitindo pensar a diversidade como capital relevante na gestão das 
organizações. 
Na montagem do quadro conceitual, buscou-se a definição corrente de RSE 
em um conjunto relevante de sites corporativos e na bibliografia pertinente ao tema. 
Na parte empírica da monografia, a metodologia utilizada foi a do estudo de caso, 
13 
 
entendido como “um estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de 
maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado (GIL, 2008, pp. 57-58). As 
ações dos associados GIFE a favor do ISP foram o objeto do estudo, em especial 
aquelas registradas pelo Censo GIFE, a principal fonte de pesquisa deste TCC. Para 
um melhor entendimento dos rumos da pesquisa, procuramos resumi-la no quadro 
abaixo: 
Quadro 1: Rumos da pesquisa. 
Tipo de pesquisa Meios Fins 
Historiográfica Bibliográfica Descritiva 
Quali-quanti Documental Explicativa 
 
O tipo de investigação aqui desenvolvida foi de cunho historiográfico, isto é, 
uma pesquisa que “visa ao resgate dos acontecimentos e das atividades humanas ao 
longo do tempo, possibilitando desvendar e compreender as mudanças, as 
contradições e as tendências da realidade social” (VERGARA, 2005, p.130). Da costa 
et al (2010) ressaltam a importância e a relevância da perspectiva histórica em 
administração na medida em que cumpre os seguintes objetivos: 
a) busca de maior relevância e contribuição teórica das pesquisas por meio da 
ampliação do uso do método histórico; 
b) o resgate dos aspectos históricos em interculturais em oposição à reprodução 
ideológica dominante que tende a excluir o passado ou o contexto das teorias e 
práticas organizacionais; e 
c) aproximação dos pesquisadores ao contexto da realidade brasileira 
potencializando uma posição de engajamento e compromisso consciente com sua 
realidade social (DA COSTA et al, 2010, p. 289). 
O TCC fez uso do levantamento contido no censo GIFE, cujo modo de 
apresentação dos resultados é quantitativo. A finalidade da pesquisa foi descrever 
como o Censo GIFE funciona, explicar e analisar as empresas que participam dele, 
suas respectivas áreas de atuação além de compreender o processo de crescimento 
do ISP no Brasil. 
Neste sentido, a compreensão, apresentação e resultados obtidos teve uma 
estreita relação com o contexto não só da Administração, mas da política, da 
economia, da educação e de outras áreas que se articulam e que atravessam o tema 
em questão. 
14 
 
 No primeiro capítulo, tentamos responder à pergunta: o que é investimento 
social privado? Essa reposta partiu de uma discussão mais abrangente acerca do 
conceito de RSE. Em seguida, foi dado o contexto em que essa prática emerge: um 
tempo de redemocratização da sociedade brasileira, a partir do término da década de 
1980. Esse período representou um momento de inovação em diversos setores da 
sociedade, com a retomada de valores associativos e comunitários. Por outro lado, a 
partir da década seguinte, o país enfrentou o desafio de efetivar os valores 
democráticos expostos no texto constitucional, desenvolvendo a cultura dos direitos 
humanos como expressão da cidadania. Parte dessa prática foi fomentada pelas 
Organizações Não Governamentais (ONGs). 
No segundo capítulo, apresentamos uma síntese histórica do GIFE, 
considerando os seus objetivos e conquistas. O GIFE reúne institutos, fundações e 
empresas dedicadas ao ISP. São organizações que trabalham em rede, se 
caracterizando como uma forma de associação civil, sem fins econômicos e lucrativos 
imediatos. Segundo o último senso GIFE (2020) são 160 associados com o objetivo 
de difundir e promover o ISP através do fortalecimento político e institucional, além de 
apoiar institutos e fundações de origem empresarial e demais instituições e fundações 
privadas que administram, com recursos próprios, projetos e programas diversos. 
No terceiro capítulo, destacamos a principal ferramenta da atuação do GIFE: o 
Censo GIFE. Realizado desde 2001, o Censo GIFE é uma pesquisa bienal, auto 
declaratória e voluntária, com o objetivo de fornecer um panorama sobre recursos, 
estrutura, formas de atuação e estratégias dos associados, que destinam recursos 
privados para projetos de finalidade pública. 
No quarto e último capítulo, analisamos os principais resultados encontrados 
nos dois capítulos anteriores, fazendo análises mais aprofundadas dos principais 
tópicos, como por exemplo o comportamento do GIFE em relação a pandemia, além 
da exposição da metodologia e do critério utilizado para realização da pesquisa. 
 
 
 
15 
 
2 - INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO COMO INOVAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL 
PÓS-1988. 
 Neste capítulo inicial, a partir de um conjunto representativo de informações 
recolhidas em sites empresariais e na bibliografia acadêmica, serão expostos os dois 
conceitos centrais desta pesquisa. São eles: a Responsabilidade Social Empresarial 
(RSE) e o Investimento Social Privado (ISP). 
Certamente não há um consenso definitivo a respeito de ambos, mas, após 
décadas de aceitação desses conceitos no mundo corporativo, é possível obter um 
delineamento minimamente satisfatório. É o que se tentará fazer a seguir, com o 
objetivo de investigar uma determinada conjuntura histórica em que esses conceitos 
fizeram parte da montagem de uma sociedade democrática, como a brasileira a partir 
de 1988, tendo o empresariado entre os atores sociais mais relevantes desse quadro. 
2.1– O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE)? 
O conceito de RSE está atualmente presente em uma parte relevante do 
discurso empresarial, especialmente entre as grandes corporações multinacionais. 
Para obtermos uma visão panorâmica da sua presença na comunidade de negócios 
em atividade no Brasil, a princípio, necessitamos de uma referência a respeito da 
economia brasileira, a qual podemos encontrar na composição do Produto Interno 
Bruto (PIB). De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI): 
Em território brasileiro são desenvolvidos negócios nos setores 
primário, secundário e terciário, sendo o último o mais forte do país. O 
setor terciário, é, atualmente, responsável por mais da metade do PIB 
e pela geração de 75% dos empregos, sendo o maior ramo da 
economia do país. Este setor é composto pela venda de produtos e 
pela prestação de serviços. Fazem parte dele o comércio, 
telecomunicações, serviços públicos, computação, comunicações e 
tecnologia, entre outros. Mesmo com todo o cenário da economia e a 
dependência econômica de outros países, há, no Brasil, um forte 
desenvolvimento nos diversos tipos de indústrias, desde a base até a 
alta tecnologia. Esse crescimento industrial é motivado pelo capital 
externo e pelas multinacionais instaladas em território brasileiro. Com 
o avanço e consolidação do sistema capitalista, bem como a difusão 
do processo de globalização, o setor terciário, além de detentor da 
maior parcela econômica no Brasil, é também o que mais cresce no 
mundo. 1 
 
1 Qual é a maior atividade econômica do Brasil? In. A indústria de A à Z. Entenda a economia do Brasil, seu 
contexto, sua atualidade e perspectiva. Disponível em https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-
z/economia/ [Acesso em 20.08.2021]. 
 
https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/economia/
https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/economia/
16 
 
O Setor Terciário, também conhecido como setor de serviços, é aquele que 
engloba as atividades de serviços e comércio de produtos. Conforme a citação acima, 
é o setor dominante da economia brasileira. Sendo assim, vamos considerá-lo em 
termos desta pesquisa, tomando como referência as definições de RSE das maiores 
empresas atuantes neste setor. Para tanto, partiremos do ranking denominado Global 
2000, da revista Forbes, que em 2021 incluiu vinte e uma empresas brasileiras.2 
Abaixo segue a listagem das empresas e seus respectivossetores a que representam: 
Quadro 2: As vinte e uma empresas brasileiras no ranking Global 
2000/Forbes -2021 
Ranking Empresa Setor Pertencente 
1 Itaú Unibanco Bancário 
2 Vale Mineração 
3 Bradesco Bancário 
4 Petrobras Petróleo e gás 
5 Banco do Brasil Bancário 
6 JBS Alimentício 
7 BTG Pactual Bancário 
8 Itaúsa Finanças 
9 Eletrobras Energia 
10 B3 Finanças 
11 Marfrig Global Foods Alimentício 
12 CSN Siderúrgico 
13 WEG Automação Industrial 
14 Suzano Papel e Celulose Papel e celulose 
15 Gerdau (Cosigua) Metalurgia 
16 Magazine Luiza Varejo 
17 CPFL Energia Energia 
18 Companhia Brasileira de Distribuição Varejo 
19 Braskem Químico 
20 Ultrapar Participações Óleo e gás 
21 Rede D’Or São Luiz Hospitalar 
 
Fonte:https://forbes.com.br/forbes-money/2021/05/global-2000-as-maiores-empresas-de-capital-
aberto-do-mundo-em-2021 
Percebemos que dessa listagem, nove empresas pertencem ao setor terciário, 
dentre elas quatro instituições bancárias (Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e 
 
2 Global 2000 Forbes: as maiores empresas de capital aberto do mundo em 2021. Disponível em 
https://forbes.com.br/forbes-money/2021/05/global-2000-as-maiores-empresas-de-capital-aberto-do-mundo-
em-2021 [Acesso em 11.01.2022]. 
 
17 
 
BTG Pactual), duas instituições financeiras (ITAUSA e B3), duas empresas varejistas 
(Magazine Luiza e Companhia Brasileira de Distribuição) e uma empresa de serviços 
hospitalares (Rede D`Or São Luiz). Abaixo segue a listagem com as definições de 
RSE/sustentabilidade encontradas em seus respectivos sites: 
Quadro 3: Missão de RSE das 21 empresas brasileiras listadas no ranking 
Global/2021- Forbes. 
Ranking Empresa Responsabilidade Social Empresarial / Sustentabilidade 
1 
Itaú Unibanco 
Holding 
 
Manter permanente e ativa a agenda de comprometimento 
com os principais desafios do desenvolvimento 
sustentável das comunidades em que o Itaú Unibanco se 
faz presente. Apoiar mecanismos de mercado, políticas 
públicas e iniciativas que promovam melhorias contínuas 
para a sociedade e mitiguem desafios sociais e 
ambientais. Compartilhar conhecimentos sobre educação 
e orientação financeira, contribuindo para o 
desenvolvimento do tema na sociedade. 
 
Fonte: Itaú Unibanco Holding. Disponível em: 
https://www.itau.com.br/sustentabilidade/ [Acesso em 11.01.2022]. 
2 
Banco 
Bradesco 
Em um cenário de constantes e desafiadoras mudanças, 
as organizações precisam seguir resilientes e capazes de 
gerar valor aos clientes, funcionários, investidores e à 
sociedade. A gestão de aspectos ambientais, sociais e 
de governança (ASG ou ESG, na sigla em inglês), além 
dos fatores econômicos, se tornou essencial para a 
consistência e o sucesso de longo prazo das empresas. 
 
Fonte: Banco Bradesco. Disponível em: 
https://banco.bradesco/html/classic/sobre/sustentabilidade/internas 
/governanca-estrategia-sustentabilidade.shtm [Acesso em 
11.01.2022]. 
3 Banco do Brasil 
 
O Banco do Brasil é uma instituição compromissada com 
o desenvolvimento sustentável de seus negócios, o que 
significa considerar os aspectos e conceitos da 
sustentabilidade no processo de tomada de decisão e 
desenhar produtos, serviços e soluções que levem em 
consideração os possíveis impactos à sociedade e ao 
meio ambiente. 
 
Fonte: Banco do Brasil. Disponível em: 
https://www45.bb.com.br/docs/ri/ra2013/port/ra/10.htm [Acesso 
em 11.01.2022]. 
4 
Banco BTG 
Pactual 
 
Apoiamos diversos projetos focados em Educação, Meio 
Ambiente e Empreendedorismo que visam o impacto 
socioambiental dentro de uma sociedade mais justa e 
igualitária. Os projetos contemplados demonstram nosso 
compromisso com as regiões e comunidades onde 
operamos, principalmente no Brasil. 
 
https://www.itau.com.br/sustentabilidade/
https://banco.bradesco/html/classic/sobre/sustentabilidade/internas%20/governanca-estrategia-sustentabilidade.shtm
https://banco.bradesco/html/classic/sobre/sustentabilidade/internas%20/governanca-estrategia-sustentabilidade.shtm
https://www45.bb.com.br/docs/ri/ra2013/port/ra/10.htm
18 
 
Fonte: Banco BTG Pactual. Disponível em: 
https://www.btgpactual.com/cidadania/responsabilidade-social 
[Acesso em 11.01.2022]. 
5 Itaúsa 
Acreditamos que o desenvolvimento e a execução de 
ações perenes fortalecem o compromisso com o 
desenvolvimento sustentável do Brasil, diminuem o 
impacto no meio ambiente e garantem a gestão ampliada 
de riscos e oportunidades para os nossos acionistas, 
colaboradores e sociedade. 
 
Fonte: Itaúsa. Disponível em: 
https://www.itausa.com.br/Sustentabilidade [Acesso em 11.01.2022]. 
6 B3 
A Companhia busca estar alinhada às melhores práticas 
de sustentabilidade e de governança corporativa, 
contando com estrutura de gestão socioambiental em 
diferentes instâncias da organização e prezando pela 
transparência na disponibilidade de informações. 
 
Fonte; B3. Disponível em: https://ri.b3.com.br/pt-
br/b3/sustentabilidade/ [Acesso em 11.01.2022]. 
7 Magazine Luiza 
Valorizar pessoas, promover esforços em torno de 
causas comuns e investir no cultivo da alma dos seus 
clientes e colaboradores são atributos reforçados 
diariamente no Magazine Luiza, que acredita que deve 
muito do que construiu até hoje à sociedade. 
 
Fonte: Magazine Luiza. Disponível em: 
https://www.magazineluiza.com.br/quem-somos/compromisso-com-
a-sociedade/ [Acesso em 11.01.2022]. 
8 
Companhia 
Brasileira de 
Distribuição 
 
O Instituto GPA realiza diversas ações durante o ano que 
buscam sensibilizar e despertar a solidariedade de 
clientes, colaboradores(as) e 
fornecedores(as), através de campanhas como: a 
Páscoa Solidária, a Campanha do Agasalho e o Dia de 
Solidariedade. 
 
Fonte: Companhia Brasileira de Distribuição. Disponível em: 
https://institutogpa.org.br/projeto/agenda-solidaria/ [Acesso em 
11.01.2022]. 
9 Rede D’Or São 
Luiz 
Referência em saúde, a Rede D’Or São Luiz sempre atua 
para minimizar os impactos e construir uma relação 
positiva e transparente com os colaboradores e a 
sociedade, de modo a aprender e contribuir para um Brasil 
melhor. 
 
Fonte: Rede D’Or São Luiz. Disponível em: 
https://www.rededorsaoluiz.com.br/o-grupo/sustentabilidade 
[Acesso em 11.01.2022]. 
 
 
https://www.btgpactual.com/cidadania/responsabilidade-social
https://www.itausa.com.br/Sustentabilidade
https://ri.b3.com.br/pt-br/b3/sustentabilidade/
https://ri.b3.com.br/pt-br/b3/sustentabilidade/
https://www.magazineluiza.com.br/quem-somos/compromisso-com-a-sociedade/
https://www.magazineluiza.com.br/quem-somos/compromisso-com-a-sociedade/
19 
 
Quando analisamos as definições acima, percebemos que existe muita 
similaridade em seus discursos, visto que das 9 empresas citadas, 7 constam como 
sua missão o Desenvolvimento Sustentável, ou seus sinônimos, como diminuição 
impacto socioambiental ou gestão de aspectos ambientais. 
As únicas duas empresas que tem missões diferentes são as empresas 
varejistas (Magazine Luiza e Companhia Brasileira de Distribuição), onde busca a 
valorização das pessoas, tanto seus clientes, colaboradores ou fornecedores. 
Diante da expressiva presença do termo, se faz necessário sua definição. De 
acordo com o Relatório Brundtland (Nosso Futuro Comum), elaborado pela Comissão 
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1987), o desenvolvimento 
sustentável é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a 
possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades.3 
É impressionante vermos esse resultado, porque nos anos 60 e 70, não havia 
consenso sobre a RSE, sendo esta criticada pelo economista Milton Friedman ao 
defender uma visão tradicionalista da atividade empresarial. Disse ele em um artigo 
publicado no The New York Times: 
A responsabilidade social da empresa consiste em aumentar seus 
próprios lucros(...). A maior parte daquilo que se deblatera a propósito 
de responsabilidade da empresa não passa de tolices. Para começar, 
apenas indivíduos podem ter responsabilidades; uma organizaçãonão 
pode tê-las. Eis portanto a questão que devemos nos colocar: será 
que os administradores - desde que permaneçam dentro da lei - 
possuem outras responsabilidades no exercício de suas funções além 
daquela que é aumentar o capital dos acionistas? Minha resposta é 
não, eles não têm (FRIEDMAN, 1970). 
Ao compararmos os conceitos apresentados acima com a visão de Friedman, 
percebemos que houve uma transformação no pensamento a respeito da RSE. Essa 
transformação acontece na década de 1980, exatamente quando a economia dos 
Estados Unidos começa a se afastar do predomínio de um capitalismo industrial para 
se tornar uma economia focada no setor de serviços (altamente sofisticados em 
termos de assimilação tecnológica), deixando aos países do extremo oriente o papel 
de “oficina do mundo”. 
 
3 Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Relatório Brundtland. Nações Unidas no 
Brasil. 1987. Disponível em: https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente [Acesso em 11.01.2022]. 
https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/
20 
 
No caso brasileiro, a RSE ganha destaque após o redimensionamento da 
presença do Estado na economia. É então que, após um ciclo econômico de 
crescimento fomentado pelo investimento público e a entrada de capital estrangeiro 
parar montar um parque industrial diversificado, que a RSE entra em cena atraída por 
uma visão de mundo “neoliberal”. 
Porém, retomando a pesquisa resumida no Quadro 3, podemos dizer que os 
tópicos mais relevantes hoje em relação à RSE, envolvem a discussão sobre 
desenvolvimento sustentável, governança corporativa e valorização das pessoas. Isso 
coincide com o tripé da sustentabilidade, conforme a imagem abaixo, em que o 
desenvolvimento sustentável mostra o engajamento com o planeta, a valorização das 
pessoas mostra o engajamento com a sociedade e a governança corporativa mostra 
a atenção com o próprio negócio e o objetivo de continuar gerando lucro e mantendo 
a sustentabilidade financeira. 
Imagem 1: Tripé da sustentabilidade. 
 
21 
 
2.2– O QUE É INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO (ISP)? 
O que é Investimento Social Privado (ISP)? Recorrendo à página do Grupo 
de Institutos e Fundações Empresariais (GIFE), encontramos a seguinte definição: 
“Investimento social privado é o repasse voluntário de recursos privados de forma 
planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais, culturais e 
científicos de interesse público” 4 
 
Entendemos, portanto, que se trata de uma maneira dos agentes privados 
atuarem em causas de interesse público, nas quais entendem estarem habilitados a 
intervir devido à sua capacidade de gestão. Continuando a leitura da página do GIFE, 
encontramos os “elementos fundamentais” que “diferenciam essa prática das ações 
assistencialistas”: 
1 – Preocupação com planejamento, monitoramento e avaliação de projetos. 
2 - Estratégia voltada para resultados sustentáveis de impacto e transformação 
social. 
3 – Envolvimento da comunidade no desenvolvimento da ação. 5 
Por essas razões, é possível afirmar que o ISP representa um afastamento em 
relação ao modo tradicional do empresariado tratar as questões sociais. Este modo é 
conhecido como “filantropia empresarial”. 
Estudos apoiados pelo próprio GIFE discutem esse ponto, mostrando que a 
ação filantrópica é uma ação tradicional, figurando na História do Brasil desde o 
período colonial, pelas mãos da Igreja Católica (UNTERBERGER, 2020). A filantropia 
empresarial propriamente dita, porém, é algo muito mais recente, coincidindo com a 
modernização do país a partir de finais do século XIX. Contudo, a filantropia 
empresarial não se desgarra completamente da mentalidade tradicional. Pode ser 
entendida como uma forma de secularização das práticas tradicionalmente religiosas. 
 
 
_____________________________ 
 
4 Investimento social privado. Disponível em https://gife.org.br/investimento-social-privado/ [Acesso em 
05.01.2021]. 
5 Idem. 
https://gife.org.br/investimento-social-privado/
22 
 
Apenas muito recentemente, justamente no período abordado nessa 
monografia, completa-se a ruptura com a mentalidade tradicional, desenvolvendo-se 
no seu lugar uma visão estratégica, racional e pragmática da relação entre empresas 
e questões sociais. No entanto, o emergir dessa nova visão não ocorreu em um 
ambiente consensual. Com muito custo, chegou-se à noção de que “responsabilidade 
social não implica necessariamente gasto extra, mas racionalização de investimento” 
(BOMENY, 2003). 
 O ISP pode ser entendido então como um “estágio” da responsabilidade social, 
localizado entre a filantropia empresarial e o alinhamento da RSE ao negócio. Não se 
quer dizer com isso que ele esteja atualmente superado, pois não se trata de uma 
relação evolucionista, mas acumulativa quanto ao aprendizado corporativo. Antes de 
mais nada, porém, é importante entender que o ISP faz parte da construção de uma 
nova sociedade civil no Brasil contemporâneo. Construção esta, em que o 
empresariado possui um papel relevante e ainda pouco estudado. 
2.3 – UMA NOVA SOCIEDADE CIVIL: MERCADO, CIDADANIA E DIREITOS 
O Brasil atravessou, durante a transição democrática, inúmeros desafios 
envolvendo os diversos grupos culturais, religiosos, étnicos e regionais da sua 
sociedade civil. A força que ganhou esse conceito no período imediatamente após a 
ditadura civil-militar mostra a vontade dos brasileiros em conquistarem a democracia. 
Um dos pilares desta nova sociedade democrática se sustenta na ampliação 
do consumo e nos direitos do consumidor. Esse aspecto nos é especialmente 
importante dado que os consumidores são os cidadãos que se relacionam mais 
diretamente com as empresas mediante a aquisição dos seus produtos e serviços. 
Aliás, o aprofundamento do mercado (seja ele de consumo, de trabalho ou financeiro) 
foi a característica primordial dessa sociedade, sendo ele o mediador da aquisição de 
uma parte relevante dos direitos civis (considerando a propriedade privada entre eles). 
Os novos direitos adquiridos a partir da CF/1988, todavia, ainda enfrentam 
inúmeros obstáculos para serem colocados em prática. Isso porque: “o sistema de 
cidadania, entendida como um conjunto de direitos compartilhados em pé de 
igualdade pelos membros de uma comunidade nacional, é no Brasil ainda uma 
realidade particularmente frágil e parcial” (SORJ, 2000, p. 30). No entanto, nesse 
mesmo tempo, cresceu a percepção de que: 
23 
 
Sem dúvida a cidadania no Brasil continuará a ser mais uma utopia 
que um conceito descritivo se não se cumprirem certas condições de 
igualdade social, especialmente em termos de acesso a bens 
coletivos, como educação, emprego e previdência. São condições 
para a participação ativa no mundo moderno, de inserção produtiva na 
vida social e do sentimento de pertencer a uma comunidade com um 
destino compartido (SORJ, 2000, p.31). 
 
Mais de vinte anos depois, o texto de Sorj permanece atual, embora muitos 
direitos adquiridos por lei tenham obtido um maior impacto social. Retomando o 
processo de redemocratização, deve-se lembrar que este começou na década de 
1970, pela atuação de grupos bem definidos, representantes de uma classe média 
que se expressava pela chamada “imprensa nanica”, através de jornais como: 
Opinião, Movimento, O Pasquim. Fora os intelectuais, que organizaram centros de 
pesquisa, como o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). 
Além desses, outros grupos também se manifestaram contra a ditadura, em um 
movimento que adquiriu mais densidade social ao envolver a Ordem de Advogados 
do Brasil (OAB), a Igreja católica (através das suas pastorais), a Conferência Nacional 
dos Bispos do Brasil (CNBB) e o novo sindicalismo, sobretudo aquele localizado na 
região do ABC paulista (SORJ, 2007). Esses eram grupos distintos, mas que tiveram 
um objetivo comum na redemocratização do país. Porém, apesar da importância 
desses atoressociais, ainda resta estudar um grupo específico: o empresariado na 
transição e afirmação da República democrática. 
Qual relação o empresariado mantém com essa sociedade? A resposta a esta 
pergunta nos leva a enfrentar uma dubiedade. Certamente, depois de duas décadas 
de autoritarismo, o empresariado encontrou na democracia um valor. Mas este é um 
valor utilitário, no sentido em que possui limites muito nítidos. O tratamento da questão 
social é um deles. Apesar das capacidades estatais terem sido ampliadas, o 
empresariado manteve uma visão crítica quanto à administração pública. Em certa 
medida, o ISP é uma resposta empresarial às expectativas causadas por esta 
ampliação das responsabilidades públicas. 
 
 
24 
 
2.4 – NEOLIBERALISMO E CONSENSO DE WASHINGTON: O CONTEXTO 
ECONÔMICO DA RSE 
A década de 1990 no Brasil foi um período de aprofundamento da sociedade 
de classes. Os anos imediatamente posteriores à CF de 1988, elaborada com a 
participação de diversos setores da sociedade civil, foram de revisão desta, em que 
se procurou acentuar a presença do mercado. Assim, mesmo que tivéssemos 
avanços no sentido dos direitos humanos e do cidadão, na forma da lei, como se 
verifica pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pelo Código do 
Consumidor, a efetivação desses e outros direitos, concorreram com as demandas 
específicas do empresariado (acumulação de capital), embora uma fração significativa 
dessa classe também tenha apresentado uma postura cidadã, renovando seu 
discurso e suas práticas a partir da recepção da RSE. 
O Consenso de Washington (1986) foi um dos acontecimentos internacionais 
mais importantes do período. A economia brasileira foi se adaptando aos seus 
princípios e, com isso, tivemos mudanças consistentes rumo ao neoliberalismo. Foram 
aprovadas medidas reformistas a partir do pressuposto da maior eficácia do mercado. 
O país procurou atrair o investimento estrangeiro apostando na liberalização tarifária 
e na taxa de câmbio flutuante (SANTOS, 2006). 
Segundo Carinhato (2008), a inclusão dos países da América Latina no 
Consenso de Washington (1986) se deu pela renegociação das dívidas externas, que 
obrigaram a pôr em prática o receituário neoliberal, com o objetivo de quitar essas 
dívidas com seus países credores, tudo sob a orquestração das instituições 
financeiras multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial. 
O primeiro presidente da República Federativa do Brasil, eleito diretamente 
pelo povo após a redemocratização, Fernando Collor de Mello, assumiu em 1990. 
Batista (1944) afirma que seria com Collor que se produziu de fato a adesão do Brasil 
aos postulados neoliberais recém-consolidados. Collor se comprometeu desde a 
campanha e em seu discurso de posse com uma plataforma neoliberal e de 
alinhamento aos Estados Unidos. 
O Brasil foi apresentado às políticas neoliberais a partir do governo Collor, mas 
foi Fernando Henrique Cardoso quem aplicou o seu escopo. Como caracteriza 
Carinhato (2008), FHC é o personagem que irá viabilizar no Brasil a coalizão capaz 
25 
 
de dar sustentação ao programa de estabilização do FMI. Um estudo recente de Victor 
Leonardo de Araújo e Denise Lobato Gentili (2021) corrobora com essa tese, ao 
caracterizar o governo FHC 1 (1995-1998) como um período de “neoliberalismo 
escancarado”. 
Nesse contexto, ainda em 1988, houve a criação do primeiro grande movimento 
em prol da RSE. Trata-se do Pensamento Nacional das Bases Empresariais. Sobre o 
PNBE, Garcia (2004, p.38) afirma que este representou: “a construção de um novo 
modelo de empresariado, bastante identificado com o que, mais tarde, integraria a 
campanha pela responsabilidade social.” Essa afirmação se justifica pelo próprio 
repertório de questões que esse grupo, na sua origem, destacou como sendo 
fundamentais. Essas foram as questões: 
 Quadro 4 – Objetivos PNBE 
 
Aprofundamento da democracia em todas as instâncias do país; 
Economia de mercado, combatendo os abusos de poder econômico; 
Melhor distribuição de renda; 
Exercício da cidadania; 
Opção pela negociação como sendo o melhor processo para a resolução de 
conflitos; 
aceitação da diversidade como elemento enriquecedor dos processos e defesa 
do patrimônio material e humano do país. 
Fonte: https://www.pnbe.org.br/origem. 
E, neste movimento de transformações e adaptações, além da PNBE, outra 
grande organização criada em 1988 e consolidada oficialmente em 1995, foi o GIFE 
– Grupo de Institutos Fundações e Empresas. Trata-se do período em que o 
empresariado brasileiro começou a buscar novos modos de associação na sociedade 
civil. O resultado foi a promoção da RSE, através do PNBE, do Instituto Ethos e do 
GIFE, instituições que desenvolveram recursos e ferramentas capazes tanto de atuar 
junto e na sociedade promovendo ações significativas, quanto agregando valor à 
imagem das empresas participantes junto aos consumidores em geral. Garcia (2004, 
p. 39) afirma que: 
A partir da constituição do GIFE, houve maior incremento das iniciativas 
empresariais no âmbito social, assim como uma certa influência no formato e 
na gestão dos programas sociais. Sem dúvida, para o que antes se 
caracterizava como um movimento, o Gife representou um nível maior de 
institucionalização e qualificação. Ser associado a esse grupo passou a 
26 
 
representar uma condição mais bem definida no campo da responsabilidade 
corporativa. 
De certo modo, todas as transformações políticas implicadas no processo de 
redemocratização abriram espaço tanto para a teoria quanto para a prática de novos 
valores por parte do setor empresarial, isto é, era preciso se alinhar com a nova 
sociedade civil através de práticas que garantissem a credibilidade, o respeito e uma 
imagem positiva diante do consumidor. 
 No caso do Brasil, a emergência do conceito de sustentabilidade dependeu 
da criação de um cenário que alinhasse a sua postura com os novos ideais 
democráticos, contribuindo de algum modo para o desenvolvimento e crescimento do 
país não apenas mais no âmbito econômico, mas, em certa medida, educacional, 
cultural e ambiental. O modo mais eficaz foi desenvolver projetos e programas em que 
a RSE estivesse em evidência. Foi necessário então destacar os aspectos ético-
humanitários dos projetos sociais. Segundo Rico (2004) essa espécie de 
protagonismo empresarial está diretamente relacionada ao processo de 
redemocratização no qual a responsabilidade social seria um valor central. 
Em meio a discursos e práticas de sustentabilidade, de filantropia de 
responsabilidade socioambiental, o Brasil segue desenvolvendo uma política 
neoliberal (SORJ, 2007) em que as leis do mercado regulam até mesmo esse tipo de 
prática; avalia-se até que ponto tais medidas sociais, ambientais, comunitárias terão 
impacto positivo e relevante tanto da imagem dela quanto no aumento de seus lucros 
e clientes. No próximo capítulo veremos como este processo se desenvolve e é 
avaliado, medido através do GIFE, quem são as empresas que participam entre outras 
características fundamentais para a compreensão do cenário empresarial brasileiro 
no século XXI. 
 
 
 
 
 
 
27 
 
3 – EMPRESARIADO E ISP: A EXPERIÊNCIA DO GIFE 
Este capítulo reúne informações para se chegar a uma síntese histórica do 
GIFE. A pesquisa esteve norteada por perguntas como: Quais e quantas empresas 
dele participam? Em quais setores atuam? Qual a origem da instituição? Quais são 
os seus objetivos? Qual é a sua visão a respeito do ISP enquanto prática de RSE? 
Também serão apresentadas as suas principais atividades, a partir dos dados 
atualizados no último censo (2020). 
Trata-se, portanto, de uma pesquisa descritiva e de base documental (apoiada 
também por uma pesquisa bibliográfica). A abordagem histórica leva em conta o 
conceito de síntese, destacando os “momentos decisivos” da instituição. Com base 
nessa metodologia chega-se a um estudo de casorelevante, acerca da apropriação 
do conceito de ISP por agentes econômicos poderosos no Brasil de hoje. 
3.1 – SÍNTESE HISTÓRICA DA INSTITUIÇÃO 
O GIFE instituiu uma nova forma de ação empresarial a partir dos anos 1990. 
Elaborou diretrizes para a atuação no campo social das fundações e instituições, 
empresariais. 
Essa nova forma de ação esteve relacionada a um método mais coeso, amplo 
e organizado de enfrentamento da questão social. Buscou-se superar a cultura 
filantrópica dos empresários, marcada por ações especificas, segmentadas e 
assistencialistas para adquirir uma forma mais homogênea no campo de atuação 
social, fixando, assim, uma outra orientação político-ideológica. 
Estruturado na conjuntura do neoliberalismo e com o objetivo de alçar os 
empresários à condição de classe hegemônica da sociedade civil, isto é, multiplicar 
suas ações de cunho ideológico para diversos aspectos da sociedade, tendo como 
justificativa para isso a incapacidade do Estado em suprir a todas as questões sociais, 
os empresários viram em um novo discurso, o da ética, da responsabilidade social e 
da contribuição direta à sociedade através de institutos e Fundações, uma 
possibilidade e oportunidade de atuação. Segundo Tenório (2006, p.05): 
Esse movimento intensificou-se no Brasil a partir da década de 1990, 
com o surgimento de diversas organizações não governamentais e 
com o desenvolvimento do terceiro setor, instituições como a 
Fundação Abrinq, o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas 
(Gife), o Instituto Ethos de Responsabilidade Social e a Rede de 
28 
 
Informação do Terceiro Setor (Rits) foram criadas com o objetivo de 
destacar a importância das ações sociais para os negócios e para a 
sociedade. Assim, temos termos e expressões como filantropia, 
cidadania, empresarial, ética nos negócios, voluntariado empresarial 
e responsabilidade social foram incorporados ao vocabulário 
corporativo. 
O GIFE é formado por institutos, fundações e empresas voltadas ao 
investimento social privado com interesse público. A sua atuação se dá em forma de 
rede e se caracteriza como associação civil, sem fins econômicos e lucrativos. Na sua 
fundação, contava com 25 associados. Sendo que, atualmente segundo seu site, o 
quadro social do GIFE é composto por 160 empresas, somente aparecem na lista 157, 
pois a organização Alana é atua em três frentes: Instituto Alana, AlanaLab e e Alana 
Foundation. 
Quadro 5 - associados GIFE e suas missões 
ORGANIZAÇÃO MISSÃO 
Alana 
Descortinar questões sensíveis à criança e iluminar 
valores humanistas, conectados com a dimensão 
socioambiental, reconhecendo a potência de cada 
pessoa e das ações coletivas, co-criando e 
disseminando conteúdos capazes de construir imagens 
que inspirem um futuro melhor para todos. 
Associação UMANE 
Apoiar iniciativas transformadoras de prevenção e 
promoção à saúde que impactem a qualidade de vida 
dos brasileiros. 
B3 Social 
Trabalhamos para desenvolver e viabilizar uma 
educação pública qualidade, potencializando o 
crescimento do Brasil. 
Banco J.P.Morgan 
Aproveitar os ativos filantrópicos da empresa para elevar 
os negócios, a marca e a comunidade. 
Bank of America 
Merrill Lynch 
Ajudar a tornar a vida financeira melhor por meio do 
poder de cada conexão. 
Beneficência 
Portuguesa de São 
Paulo 
A BP é um polo de saúde que proporciona interações 
revigorantes para médicos, parceiros e clientes. 
Childhood Brasil 
Promover e defender os direitos das crianças e 
adolescentes, desenvolvendo e apoiando programas 
que visem preservar sua integridade física, psicológica 
e moral, com foco na questão da violência sexual. 
https://gife.org.br/associados/instituto-alana/
https://gife.org.br/associados/associacao-umane/
https://gife.org.br/associados/b3social/
https://gife.org.br/associados/banco-j-p-morgan/
https://gife.org.br/associados/bank-of-america-merrill-lynch/
https://gife.org.br/associados/bank-of-america-merrill-lynch/
https://gife.org.br/associados/beneficiencia-portuguesa-de-sao-paulo/
https://gife.org.br/associados/beneficiencia-portuguesa-de-sao-paulo/
https://gife.org.br/associados/beneficiencia-portuguesa-de-sao-paulo/
https://gife.org.br/associados/childhood-brasil/
29 
 
FTD Educação 
Transformamos nossa sociedade por meio de soluções 
educacionais conectadas com o futuro, que garantam 
preparo e prazer no ensino e aprendizagem de crianças 
e jovens, propiciando um diferencial na vida das pessoas 
com nossa presença significativa. 
Fundação ABH 
 Transformar o mundo, na qualificação das pessoas, no 
investimento em talentos e na utilização de 
conhecimento e tecnologia para minimizar a pobreza, 
gerar renda e otimizar recursos em benefício de todos. 
Fundação Alphaville 
Estimular o protagonismo social, por meio da construção 
coletiva, da inclusão socioeconômica e da educação 
para a sustentabilidade, contribuindo com o 
desenvolvimento de territórios resilientes. 
Fundação 
Amazonas 
Sustentável 
Promover o envolvimento sustentável, a conservação 
ambiental e a melhoria da qualidade de vida das 
comunidades moradoras e usuárias das unidades de 
conservação no Estado do Amazonas. 
Fundação André e 
Lucia Maggi Contribuir para o desenvolvimento local e humano. 
Fundação 
ArcelorMittal Brasil 
Seu principal foco é a formação de crianças e 
adolescentes para que se tornem cidadãos mais 
conscientes, produtivos e participantes. 
Fundação Arymax 
Apoiar iniciativas que impulsionem a inclusão produtiva 
de pessoas em vulnerabilidade econômica, visando a 
geração de trabalho e renda e o aumento da 
produtividade no País. Apoiar organizações da 
comunidade judaica, auxiliando no desenvolvimento 
institucional e o fortalecimento comunitário. 
Fundação Avina 
Contribuir para mudanças concretas e relevantes para 
um desenvolvimento mais sustentável na América 
Latina. 
Fundação Banco do 
Brasil Valorizar vidas para transformar realidades. 
Fundação Bradesco 
Promover a inclusão social por meio da educação e 
atuar como multiplicador das melhores práticas 
pedagógico-educacionais em meio à população 
brasileira socioeconomicamente desfavorecida. 
Fundação Bunge 
Contribuir para o desenvolvimento sustentável por meio 
de ações que valorizem o avanço da ciência, a educação 
e a conservação dos recursos naturais. 
Fundação Cargill 
Promover a alimentação segura, sustentável e 
acessível. 
https://gife.org.br/associados/ftd-educacao/
https://gife.org.br/associados/fundacao-affonso-brandao-hennel-fabh/
https://gife.org.br/associados/fundacao-alphaville/
https://gife.org.br/associados/fundacao-amazonas-sustentavel/
https://gife.org.br/associados/fundacao-amazonas-sustentavel/
https://gife.org.br/associados/fundacao-amazonas-sustentavel/
https://gife.org.br/associados/fundacao-andre-e-lucia-maggi/
https://gife.org.br/associados/fundacao-andre-e-lucia-maggi/
https://gife.org.br/associados/fundacao-arcelormittal-brasil/
https://gife.org.br/associados/fundacao-arcelormittal-brasil/
https://gife.org.br/associados/fundacao-arymax/
https://gife.org.br/associados/fundacao-avina/
https://gife.org.br/associados/fundacao-banco-do-brasil/
https://gife.org.br/associados/fundacao-banco-do-brasil/
https://gife.org.br/associados/fundacao-bradesco/
https://gife.org.br/associados/fundacao-bunge/
https://gife.org.br/associados/fundacao-cargill/
30 
 
Fundação Casas 
Bahia 
contribuir com a ampliação das oportunidades de acesso 
à educação, fomento à negócios sociais inclusivos, a 
difusão da cultura periférica das comunidades de alta 
vulnerabilidade social do entorno das lojas e a 
mobilização social que permeia as atividades por meio 
do engajamento da sociedade civil e dos colaboradores 
voluntários da Via Varejo. 
Fundação CSN 
Ser o elo social da Companhia Siderúrgica Nacional 
(CSN) em âmbito nacional e, especialmente, nas 
comunidades onde está inserida, atuando nas áreas da 
educação, cultura, e esporte, como agente de 
transformação social. 
Fundação Demócrito 
RochaPromover estudos, pesquisas e ações e colaborar com 
empreendimentos públicos e/ou privados que visem 
preservar a memória nacional e fomentar, difundir e 
desenvolver a cultura, inclusive com o apoio e oferta de 
cursos de qualificação e formação artístico, cultural e 
profissional, na perspectiva de uma educação integral e 
cidadã, alinhadas às políticas públicas de âmbitos e 
esferas governamentais diversos; 
Fundação Dom 
Cabral – FDC 
Contribuir para o desenvolvimento sustentável da 
sociedade por meio da educação, da capacitação e do 
desenvolvimento de executivos, empresários e gestores 
públicos. 
Fundação Educar 
Dpaschoal 
Promover a educação para a cidadania como estratégia 
de transformação social. 
Fundação FEAC 
A promoção humana, a assistência e o bem-estar social, 
com prioridade à criança e ao adolescente, em 
Campinas (SP). 
Fundação Ford 
Ajudar a mudar as estruturas e políticas que aprofundam 
as desigualdades enfrentadas pelos grupos 
marginalizados. 
Fundação Grupo 
Boticário Promover e realizar ações de conservação da natureza. 
Fundação Grupo 
Volkswagen 
Promover transformações positivas que impulsionem 
melhorias na educação e que mobilizem cidadãos para 
atuarem como protagonistas do desenvolvimento de 
comunidades. 
Fundação Iochpe 
Educação para o desenvolvimento integral de crianças 
e jovens. 
Fundação John 
Deere 
Concentrar as ações estratégicas de relacionamento 
das empresas John Deere no Brasil com as 
comunidades onde a empresa possui operações e 
interesses institucionais. 
https://gife.org.br/associados/fundacao-casas-bahia/
https://gife.org.br/associados/fundacao-casas-bahia/
https://gife.org.br/associados/fundacao-csn/
https://gife.org.br/associados/fundacao-democrito-rocha/
https://gife.org.br/associados/fundacao-democrito-rocha/
https://gife.org.br/associados/fundacao-dom-cabral/
https://gife.org.br/associados/fundacao-dom-cabral/
https://gife.org.br/associados/fundacao-educar-dpaschoal/
https://gife.org.br/associados/fundacao-educar-dpaschoal/
https://gife.org.br/associados/fundacao-feac/
https://gife.org.br/associados/fundacao-ford/
https://gife.org.br/associados/fundacao-grupo-boticario/
https://gife.org.br/associados/fundacao-grupo-boticario/
https://gife.org.br/associados/fundacao-volkswagen/
https://gife.org.br/associados/fundacao-volkswagen/
https://gife.org.br/associados/fundacao-iochpe/
https://gife.org.br/associados/fundacao-john-deere/
https://gife.org.br/associados/fundacao-john-deere/
31 
 
Fundação José Luiz 
Egydio Setubal 
Promover a saúde infantil por meio da assistência, 
desenvolvimento da pesquisa e disseminação do 
conhecimento para influenciar a sociedade a cuidar das 
crianças do Brasil. 
Fundação Lamb 
Watchers 
Desenvolvimento, implantação, execução e o 
monitoramento de projetos, programas e serviços de 
proteção social, socioeducativos e de desenvolvimento 
de potencialidades, melhoria da saúde e inclusão 
socioeducacional de crianças e adolescentes em 
situação de risco e vulnerabilidade. 
Fundação Lemann 
Colaborar com pessoas e instituições em iniciativas de 
grande impacto que garantam a aprendizagem de todos 
os alunos e formar líderes que resolvam os problemas 
sociais do país, levando o Brasil a um salto de 
desenvolvimento com equidade. 
Fundação Maria 
Cecilia Souto Vidigal 
Gerar e disseminar conhecimento para o 
desenvolvimento integral da criança. 
Fundação Maurício 
Sirotsky Sobrinho 
Desenvolver ações inspiradoras, mobilizadoras e 
inovadoras que contribuam na formação de jovens 
protagonistas de um novo mundo. 
Fundação Nestlé 
Brasil 
Promover o impacto social, conectando-o cada vez mais 
ao propósito da Nestlé de “melhorar a qualidade de vida 
e contribuir para um futuro mais saudável". 
Fundação Norberto 
Odebrecht 
Educar para vida, pelo trabalho, para valores e 
superação de limites. 
Fundação Ormeo 
Junqueira Botelho 
Promoção do respeito e na valorização da cultura de 
nossa região de atuação. 
Fundação Otacílio 
Coser 
Promover a educação das novas gerações para o 
desenvolvimento sustentável. 
Fundação Raízen 
Estar próxima às comunidades onde a mantenedora 
possui alguma unidade (interior de São Paulo e Goiás) 
oferecendo educação, qualificação profissional, inclusão 
social e cidadania. 
Fundação Rede 
Amazônica 
Capacitar pessoas, desenvolver projetos por meio da 
comunicação e articular parcerias em torno de iniciativas 
nos pilares da educação, inovação e meio ambiente. De 
forma que contribuam para o fortalecimento da região 
Amazônica e do homem que vive nela. 
Fundação Renova 
Implementar e gerir os programas de reparação, 
restauração e reconstrução das regiões impactadas pelo 
rompimento da barragem de Fundão, localizada no 
subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas 
Gerais. 
https://gife.org.br/associados/fundacao-jose-luiz-egydio-setubal/
https://gife.org.br/associados/fundacao-jose-luiz-egydio-setubal/
https://gife.org.br/associados/fundacao-lamb-watchers/
https://gife.org.br/associados/fundacao-lamb-watchers/
https://gife.org.br/associados/fundacao-lemann/
https://gife.org.br/associados/fundacao-maria-cecilia-souto-vidigal/
https://gife.org.br/associados/fundacao-maria-cecilia-souto-vidigal/
https://gife.org.br/associados/fundacao-mauricio-sirotsky-sobrinho/
https://gife.org.br/associados/fundacao-mauricio-sirotsky-sobrinho/
https://gife.org.br/associados/fundacao-nestle-brasil/
https://gife.org.br/associados/fundacao-nestle-brasil/
https://gife.org.br/associados/fundacao-norberto-odebrecht/
https://gife.org.br/associados/fundacao-norberto-odebrecht/
https://gife.org.br/associados/fundacao-ormeo-junqueira-botelho/
https://gife.org.br/associados/fundacao-ormeo-junqueira-botelho/
https://gife.org.br/associados/fundacao-otacilio-coser/
https://gife.org.br/associados/fundacao-otacilio-coser/
https://gife.org.br/associados/fundacao-raizen/
https://gife.org.br/associados/fundacao-rede-amazonica/
https://gife.org.br/associados/fundacao-rede-amazonica/
https://gife.org.br/associados/fundacao-renova/
32 
 
Fundação Roberto 
Marinho 
Mobilizar pessoas e comunidades, por meio da 
comunicação, de redes e parcerias, em torno de 
iniciativas educacionais que contribuam para a melhoria 
da qualidade de vida da população brasileira 
Fundação Semear 
Proporcionar a participação da sociedade em ações de 
responsabilidade social. 
Fundação SM 
Contribuir para a melhoria da qualidade da educação no 
Brasil, 
Fundação Stickel 
Promover a inclusão social de pessoas e comunidades 
por meio das artes visuais. 
Fundação Telefônica 
Vivo 
Pessoas e Instituições juntas podem transformar o 
futuro, tornando – o mais generoso, inclusivo e justo. 
Fundação Tide 
Setubal 
Pessoas e Instituições juntas podem transformar o 
futuro, tornando –o mais generoso, inclusivo e justo. 
Fundação Toyota do 
Brasil 
Promover a sustentabilidade por meio de ações de 
cunho ambiental e educacional que beneficiem a 
sociedade brasileira e sua riqueza cultural, reafirmando 
os valores e o compromisso da "Toyota do Brasil" com o 
desenvolvimento social do Brasil. 
Fundação Vale 
Contribuir para o desenvolvimento integrado - 
econômico, ambiental e social - dos territórios onde a 
Vale atua, articulando e potencializando os 
investimentos sociais, fortalecendo o capital humano 
nas comunidades, e respeitando as identidades culturais 
locais. 
Fundo Elas 
Promover e fortalecer o protagonismo das mulheres 
mobilizando e investindo recursos em suas iniciativas 
Fundo Vale 
Impulsionar soluções de impacto socioambiental 
positivo que fortaleçam uma economia sustentável, justa 
e inclusiva. 
Gerdau 
Gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e 
a sociedade, atuando na indústria do aço de forma 
sustentável. 
Hydro 
Nosso propósito é criar uma sociedade mais viável, ao 
desenvolver recursos naturais em produtos e soluções 
de forma inovadora e eficiente. 
Insper 
Ser um centro de referência em educação e geração de 
conhecimento nas áreas de administração,economia, 
direito e engenharia, explorando suas 
complementaridades para agregar valor às 
organizações e à sociedade. 
https://gife.org.br/associados/fundacao-roberto-marinho/
https://gife.org.br/associados/fundacao-roberto-marinho/
https://gife.org.br/associados/fundacao-semear/
https://gife.org.br/associados/fundacao-sm/
https://gife.org.br/associados/fundacao-stickel/
https://gife.org.br/associados/fundacao-telefonica/
https://gife.org.br/associados/fundacao-telefonica/
https://gife.org.br/associados/fundacao-tide-setubal/
https://gife.org.br/associados/fundacao-tide-setubal/
https://gife.org.br/associados/fundacao-toyota-do-brasil/
https://gife.org.br/associados/fundacao-toyota-do-brasil/
https://gife.org.br/associados/fundacao-vale/
https://gife.org.br/associados/fundo-elas/
https://gife.org.br/associados/fundo-vale/
https://gife.org.br/associados/gerdau/
https://gife.org.br/associados/hydro/
https://gife.org.br/associados/insper/
33 
 
Instituto 3M 
Atuar na descoberta de tecnologias sociais e no 
desenvolvimento de programas próprios e em parcerias 
com foco na formação de nossas futuras gerações para 
empreendedorismo, nas áreas de ciências e tecnologia, 
prioritariamente nas comunidades onde a 3M atua. 
Instituto ABCD 
Contribuir para que brasileiros com transtornos de 
aprendizagem tenham acesso a serviços apropriados 
para que atinjam seu potencial de aprendizagem e 
desenvolvimento, a fim de que participem como 
membros ativos da sociedade. 
Instituto ACP 
contribuir para o fortalecimento institucional das 
organizações da sociedade civil brasileira para que 
sejam vetores de desenvolvimento do país 
Instituto Aegea 
Apoiar e promover iniciativas e projetos que visem à 
melhora do ambiente e da qualidade de vida, sobretudo 
nas comunidades que estão inseridas nas regiões em 
que o Grupo AEGEA atua. 
Instituto Alair Martins 
– IAMAR 
Desenvolver o potencial de adolescentes e jovens para 
construir visões do futuro e transformá-las em realidade 
por meio da Educação para o Empreendedorismo, 
contribuindo para o seu crescimento nos campos 
pessoal, social e produtivo e na promoção de uma 
cultura de preservação ambiental. 
Instituto Alcoa 
Promover a educação e o desenvolvimento dos 
territórios nos quais atuamos. 
Instituto Algar 
Educar, articular e mobilizar pessoas e organizações 
para a prática da sustentabilidade. 
Instituto Arapyaú 
Contribuir para articular a transição para uma sociedade 
mais justa, solidária e sustentável 
Instituto Arcor Brasil 
Contribuir para que crianças e adolescentes tenham 
igualdade de oportunidades por meio da educação 
Instituto Avon 
Ser referência na articulação da sociedade para o 
empoderamento da mulher. 
Instituto Ayrton 
Senna 
Levar educação de qualidade para as redes públicas de 
ensino no Brasil. 
Instituto Bancorbrás 
Ser o agente social das Empresas Bancorbrás , 
promovendo o progagonismo de pessoas e instituições, 
por meio da oferta de qualidade de vida à comunidade, 
com práticas que fomentem a educação, o 
desenvolvimento sustentável e a cidadania. 
Instituto BAT 
Contribuir para a redução das desigualdades por meio 
de oportunidades que gerem impacto positivo e 
transformação social no campo e na cidade 
Instituto Bauducco 
Promover práticas pedagógicas que estimulam os 
jovens a desenvolverem habilidades socioemocionais e 
aprenderem o ofício da panificação. 
https://gife.org.br/associados/instituto-3m/
https://gife.org.br/associados/instituto-abcd/
https://gife.org.br/associados/instituto-acp/
https://gife.org.br/associados/instituto-aegea/
https://gife.org.br/associados/iamar/
https://gife.org.br/associados/iamar/
https://gife.org.br/associados/instituto-alcoa/
https://gife.org.br/associados/instituto-algar/
https://gife.org.br/associados/instituto-arapyau/
https://gife.org.br/associados/instituto-arcor-brasil/
https://gife.org.br/associados/instituto-avon/
https://gife.org.br/associados/instituto-ayrton-senna/
https://gife.org.br/associados/instituto-ayrton-senna/
https://gife.org.br/associados/instituto-bancorbras/
https://gife.org.br/associados/instituto-bat-brasil/
https://gife.org.br/associados/instituto-bauducco/
34 
 
Instituto Beatriz e 
Lauro Fiuza 
Contribuir para a construção de novas perspectivas de 
futuro para crianças e adolescentes, através da música, 
do karatê, da cidadania, da cultura e da educação. 
Instituto Betty & 
Jacob Lafer 
Apoiamos iniciativas que contribuam para um país mais 
justo e menos desigual. 
Instituto BRB 
Incentivar a educação, a cultura, o esporte, a 
preservação do meio ambiente e a melhoria social, 
promovendo o crescimento sustentável e a saúde 
integrada. 
Instituto BRF 
Levar vida melhor e inclusão socioeconômica por meio 
do alimento, principalmente nas comunidades onde a 
BRF está. 
Instituto C&A 
Existimos para fortalecer comunidades por meio da 
moda. Articulamos uma rede sólida de voluntários e 
apoiamos empreendedores sociais de grupos 
vulneráveis. 
Instituto Cactus 
Nossa missão é promover a saúde mental. Em particular 
a de adolescentes e mulheres, através do uso e do 
conhecimento de ferramentas socioemocionais, a fim de 
empoderá-los para enfrentarem as adversidades da 
vida. Ressignificar positivamente suas jornadas e elevar 
de maneira significativa seu bem-estar e qualidade de 
vida. 
Instituto Camargo 
Corrêa 
Articular e fortalecer organizações que contribuam para 
a formação integral de crianças, adolescentes e jovens, 
visando ao desenvolvimento comunitário sustentável. 
Instituto CCR 
Viabilizar soluções de investimentos e serviços em 
infraestrutura. 
Instituto Center 
Norte 
Criar um ambiente de aprendizado e inovação para que 
pessoas e instituições empreendam soluções capazes 
de melhorar a vida na Zona Norte de São Paulo. 
Instituto Claro 
Aliar as tecnologias da informação e da comunicação à 
educação e ao desenvolvimento social. 
Instituto Clima e 
Sociedade 
Promover iniciativas e políticas estratégicas que 
assegurem o desenvolvimento próspero e de baixa 
intensidade em carbono do Brasil, através do fomento 
de organizações e projetos da sociedade civil e de 
governos, engajando o setor filantrópico nas questões 
climáticas e servindo como uma ponte entre parceiros e 
outros atores. 
Instituto Coca-Cola 
Brasil 
Promover a transformação social em larga escala por 
meio da articulação de parceiros e da capilaridade do 
Sistema Coca-Cola Brasil. 
Instituto Conceição 
Moura 
Contribuir para transformar Belo Jardim em uma cidade 
atraente e melhor para si viver. 
Instituto Cooperforte 
Transformar realidades socioeconômicas de pessoas e 
organizações sociais. 
https://gife.org.br/associados/instituto-beatriz-e-lauro-fiuza/
https://gife.org.br/associados/instituto-beatriz-e-lauro-fiuza/
https://gife.org.br/associados/instituto-betty-jacob-lafer/
https://gife.org.br/associados/instituto-betty-jacob-lafer/
https://gife.org.br/associados/instituto-brb/
https://gife.org.br/associados/instituto-brf/
https://gife.org.br/associados/instituto-ca/
https://gife.org.br/associados/instituto-cactus/
https://gife.org.br/associados/instituto-camargo-correa/
https://gife.org.br/associados/instituto-camargo-correa/
https://gife.org.br/associados/instituto-ccr/
https://gife.org.br/associados/instituto-center-norte-2/
https://gife.org.br/associados/instituto-center-norte-2/
https://gife.org.br/associados/instituto-claro/
https://gife.org.br/associados/instituto-clima-e-sociedade/
https://gife.org.br/associados/instituto-clima-e-sociedade/
https://gife.org.br/associados/instituto-coca-cola-brasil/
https://gife.org.br/associados/instituto-coca-cola-brasil/
https://gife.org.br/associados/instituto-conceicao-moura/
https://gife.org.br/associados/instituto-conceicao-moura/
https://gife.org.br/associados/instituto-cooperforte/
35 
 
Instituto CPFL 
Queremos criar experiências que aproximem pessoas e 
conhecimento, gerando reflexão e trazendo esperança. 
Instituto Criança é 
Vida 
Colaborar para a construção de um paíscom mais 
saúde. 
Instituto Cultural 
Vale 
Valorizar o patrimônio, fomentar as expressões 
artísticas e democratizar o acesso à cultura, gerando 
impacto positivo na vida das pessoas e construindo 
legado para as futuras gerações. 
Instituto Cyrela 
Gerenciar os investimentos sociais da companhia e 
busca produzir benefícios para a sociedade e para a 
empresa simultaneamente. 
Instituto de 
Cidadania 
Empresarial 
Articular líderes transformadores no desenvolvimento de 
iniciativas que potencializem impacto social positivo na 
população de baixa renda. 
Instituto Desiderata 
Promover soluções que garantam prevenção, 
diagnóstico e cuidado tempestivos para a saúde de 
crianças e adolescentes. 
Instituto Diageo 
Promover uma relação responsável da sociedade com 
as bebidas alcoolicas 
Instituto Ecofuturo 
O Instituto Ecofuturo contribui para transformar a 
sociedade por meio da conservação ambiental e 
promoção de leitura, integrando livros, pessoas e 
natureza 
Instituto EDP 
Promover a sustentabilidade empresarial com o 
alinhamento de suas três dimensões – econômica, 
social e ambiental. 
Instituto Embraer 
O Instituto Embraer investe o capital social privado da 
Embraer em programas voltados para educação. As 
iniciativas têm como base 3 frentes de atuação: 
educação, engajamento com a sociedade e preservação 
da memória. 
Instituto Estre 
Fortalecer a educação ambiental e o diálogo acerca dos 
desafios socioambientais relacionados aos resíduos 
sólidos no Brasil. 
Instituto Eurofarma 
Promover a inclusão sócio-econômica e o 
desenvolvimento sustentável por meio da educação 
transformadora. 
Instituto Galo da 
Manhã 
Apoiar organizações que atuam no fortalecimento da 
sociedade civil e na redução de injustiças, em especial 
contra populações vulneráveis. 
Instituto General 
Motors 
Multiplicar oportunidades e contribuir para a construção 
de um futuro mais criativo, tecnológico e responsável. 
Instituto GPA 
Promover a empregabilidade e empreendedorismo por 
meio de ações sociais, educacionais e culturais, 
voltadas às comunidades de atuação do GPA. 
Instituto Grupo BIG 
Promover o autodesenvolvimento para as pessoas 
viverem melhor 
https://gife.org.br/associados/instituto-cpfl/
https://gife.org.br/associados/instituto-crianca-e-vida/
https://gife.org.br/associados/instituto-crianca-e-vida/
https://gife.org.br/associados/instituto-cultural-vale/
https://gife.org.br/associados/instituto-cultural-vale/
https://gife.org.br/associados/instituto-cyrela/
https://gife.org.br/associados/ice/
https://gife.org.br/associados/ice/
https://gife.org.br/associados/ice/
https://gife.org.br/associados/instituto-desiderata/
https://gife.org.br/associados/instituto-diageo/
https://gife.org.br/associados/instituto-ecofuturo/
https://gife.org.br/associados/instituto-edp/
https://gife.org.br/associados/instituto-embraer/
https://gife.org.br/associados/instituto-estre/
https://gife.org.br/associados/instituto-eurofarma/
https://gife.org.br/associados/instituto-galo-da-manha/
https://gife.org.br/associados/instituto-galo-da-manha/
https://gife.org.br/associados/instituto-general-motors/
https://gife.org.br/associados/instituto-general-motors/
https://gife.org.br/associados/instituto-grupo-pao-de-acucar/
https://gife.org.br/associados/instituto-grupo-big/
36 
 
Instituto Grupo 
Boticário 
Contribuir para a disseminação da beleza por meio da 
cultura. 
Instituto Hidrovias do 
Brasil 
Prover serviços de qualidade utilizando modal 
hidroviário e priorizando sempre o desenvolvimento 
sustentável e a ética 
Instituto Humanize 
Estimular o desenvolvimento sustentável e a educação 
de qualidade, por meio do apoio à atuação estratégica 
de entidades que desenvolvem ações, projetos e 
programas voltados para a equidade social e a melhoria 
da qualidade de vida no planeta, com foco no Brasil. 
Instituto Ibirapitanga 
Apoiar organizações da sociedade civil e ações que 
contribuam para a garantia de liberdades e o 
aprofundamento da democracia no Brasil. 
Instituto Iguá de 
Sustentabilidade 
Contribuir para a universalização do saneamento no 
Brasil, por meio da promoção da inovação no setor e da 
educação para o desenvolvimento sustentável. 
Instituto InterCement 
Ser um catalizador do potencial das localidades onde a 
InterCement está presente, criando relações de 
confiança mutua que fortalecem pessoas e 
comunidades comprometidas com a superação dos 
seus desafios. 
Instituto Invepar 
Mobilizar e apoiar a Invepar nas iniciativas de 
responsabilidade social em que as empresas do grupo 
atuam, articulando as ações e potencializando os 
resultados dos investimentos sociais. 
Instituto Itaú Cultural 
Inspirar e ser inspirado pela sensibilidade e pela 
criatividade das pessoas para gerar experiências 
transformadoras no mundo da arte e da cultura 
brasileiras. 
Instituto Jatobás 
Influir para a ampliação da consciência e oferecer 
conhecimento para a construção de um caminho coletivo 
solidário e sustentável 
Instituto JCPM de 
Compromisso Social 
Qualificar a juventude das comunidades em que atua, 
para inserção no mercado de trabalho, promovendo o 
desenvolvimento social com foco na empregabilidade, 
cidadania e empreendedorismo social. 
Instituto João e 
Maria Backheuser 
Proporcionar uma educação de qualidade para crianças 
oriundas de famílias de baixa renda, através da ações 
que auxiliem na formação de todos os envolvidos no 
processo educacional. 
Instituto Julio 
Simões 
Promover ações e conhecimento que fortaleçam a 
segurança no transporte rodoviário e que qualifiquem o 
capital humano no setor logístico. 
https://gife.org.br/associados/instituto-grupo-boticario/
https://gife.org.br/associados/instituto-grupo-boticario/
https://gife.org.br/associados/instituto-do-hidrovias-do-brasil/
https://gife.org.br/associados/instituto-do-hidrovias-do-brasil/
https://gife.org.br/associados/instituto-humanize/
https://gife.org.br/associados/instituto-ibirapitanga/
https://gife.org.br/associados/instituto-igua-de-sustentabilidade/
https://gife.org.br/associados/instituto-igua-de-sustentabilidade/
https://gife.org.br/associados/instituto-intercement/
https://gife.org.br/associados/instituto-invepar/
https://gife.org.br/associados/instituto-itau-cultural/
https://gife.org.br/associados/instituto-jatobas/
https://gife.org.br/associados/instituto-jcpm-de-compromisso-social/
https://gife.org.br/associados/instituto-jcpm-de-compromisso-social/
https://gife.org.br/associados/instituto-joao-e-maria-backheuser/
https://gife.org.br/associados/instituto-joao-e-maria-backheuser/
https://gife.org.br/associados/instituto-julio-simoes/
https://gife.org.br/associados/instituto-julio-simoes/
37 
 
Instituto Justiça 
Dialogar com todo o ecossistema associado à prestação 
jurisdicional, incluindo Poder Judiciário, Poder 
Executivo, Poder Legislativo e Ministério Público e as 
entidades representativas da comunidade jurídica. Por 
meio desse diálogo, queremos contribuir para entregar 
à sociedade os benefícios essenciais da segurança 
jurídica e da celeridade no provimento jurisdicional. 
Instituto 
LafargeHolcim 
Contribuir para a construção de uma sociedade 
sustentável e agregar valor para o negócio da 
LafargeHolcim e de seus parceiros. 
Instituto Lina Galvani 
Ampliar capacidades para comunidades liderarem a 
transformação social local. 
Instituto Lojas 
Renner 
Promover o empoderamento econômico e social de 
mulheres na cadeia têxtil. 
Instituto Mosaic 
Promover o desenvolvimento mútuo e sustentável nas 
comunidades, com base na realidade regional, atividade 
operacional, índices sociais, vocações, necessidades e 
desejo dos habitantes. 
Instituto Natura 
Contribuir para o fortalecimento das pessoas e 
organizações que participam da educação, promover 
processos e ambientes de aprendizagem mais eficazes 
e transformadores. 
Instituto Neoenergia 
Contribuir para a melhoria da qualidade de vida das 
pessoas mais vulneráveis e apostar pelo 
desenvolvimento sustentável. 
Instituto

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