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A IMPORTÂNCIA DAS PARCERIAS PÚBLCO-PRIVADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF)
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO 
MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO 
MATHEUS ESTEVES RODRIGUES 
A IMPORTÂNCIA DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
PARA O DESENVOLVIMENTO DO SANEAMENTO BÁSICO
NO BRASIL
Niterói/RJ
2022
MATHEUS ESTEVES RODRIGUES 
No. de matrícula: 817023048 
A IMPORTÂNCIA DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS PARA
O DESENVOLVIMENTO DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL
Trabalho de Conclusão do Curso apresentado
ao Curso de Graduação em Administração do
Instituto de Ciências Humanas e Sociais da
Universidade Federal Fluminense, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Administração.
Orientador: Prof. Fábio Roberto Barbolo Alonso
“Declaro que o presente trabalho é de minha autoria e que não recorri para realizá-lo, a 
nenhuma forma de ajuda externa.”
_________________________________________________________
Niterói/RJ
2022 
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer aos meus familiares, em especial a minha mãe Elisabeth, por todo
o apoio e pela ajuda, que muito contribuíram para a realização deste trabalho.
As opiniões expressas neste trabalho são de responsabilidade única e exclusiva do 
autor.
RESUMO
No cenário econômico brasileiro as parcerias público-privadas (PPP) ganham
papel de destaque quando o tema é a infraestrutura, ou seja, mais especificamente
saneamento básico. O Estado tem recorrido a esta modalidade de contrato com o setor
privado para levar à população, principalmente, água e esgoto sanitário. Neste trabalho
de conclusão do curso de Administração é feita análise do atual panorama nacional, dos
pontos de vista administrativo, legal, político e prático, tomando como exemplo o
município paulista de Piracicaba. Este trabalho é recomendado como base para futuros
trabalhos sobre o tema.
Palavras-chave: Administração; contratos; parceria; público; setor privado;
infraestrutura.
SUMÁRIO 
1 Introdução 8
1.1 Metodologia 11
2 O ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL 11
2.1 O Estado Liberal e o neoliberalismo 13
3 As PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS 14
3.1. Criação e Evolução de PPP 14
3.2. PPP no Brasil 15
4. ESTUDO DE CASO: O MOMENTO HISTÓRICO BRASILEIO 19
4.1 Infraestrutura no Brasil 20
4.2. O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e o Novo Marco do
Saneamento Básico 24
4.3. A Parceria Público-Privada no Saneamento de Piracicaba/SP 26
4.4. O Contrato e a estrutura do Projeto 36
5. O FUTURO DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS NO SANEAMENTO
DO BRASIL 38
6. CONCLUSÃO 40
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 42
 
Lista de Ilustrações e Tabelas 
Figura 1: Tabela do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) .... 22
Figura 2: Efeitos negativos da falta de saneamento básico …………………………..23
Figura 3: Valorização ambiental em Piracicaba/SP ………………………………….26
Figura 4: Site do Semae ………………………………………………………………27
Figura 5: Semae informa …………………….……………………………………….27
Figura 6: Canal de comunicação do Semae ………………………………………….29
Figura 7: Ranking de Saneamento, segundo o Instituto Trata Brasil ..........................31
Figura 8: Portal da Transparência - Despesas e Receitas - Despesas (Semae) ……….36
8
1 INTRODUÇÃO
 Este trabalho propõe-se a realizar uma análise criteriosa de uma recente
modalidade para a provisão de serviços públicos no Brasil, a Parceria Público Privada
(PPP). Criada no início da década de 90, no Reino Unido, é adotada em diversos países,
mas somente em 2004 foi introduzida no Brasil com a Lei nº 11.079, que ficou
conhecida como a Lei da PPP, cujo alicerce são os modelos vencedores construídos na
Inglaterra. Diante de uma profunda crise econômica que permeia o Brasil e
consequentemente seu poder de investimentos, a Lei vem como mais uma forma de
catalisar maiores parcerias entre as iniciativas públicas e privadas. Após árduo esforço
de diversas instituições no Brasil que, por muitos anos, vêm se dedicando a aprimorar o
ambiente brasileiro de PPPs. O Brasil vive um momento histórico, com o recente
avanço do modelo no que tange principalmente a Infraestrutura do país. 
 Devido ao crescimento da sociedade e suas necessidades, os Estados vêm
precisando agir cada vez mais rápido nas áreas de serviços e infraestrutura. No entanto,
o Estado como conhecemos tende a ser por muitas vezes pesado e engessado não
conseguindo assim acompanhar tais anseios e demandas da sua população. Eis que
surge a necessidade de maior agilidade e maior eficiência em tais aspectos. Para tanto,
as iniciativas públicas e também as privadas vêm buscando unir forças com o intuito de
buscarem maiores entregas e de melhor maneira para o bem-estar da sociedade.
 No Brasil, essa diminuição do Estado e maior entrada do capital privado na
coisa pública - que deriva do latim RES PUBLICA (aquilo que diz respeito ao interesse
público de todos os cidadãos) - tiveram maior aceleração na década de 90 com as
privatizações e maiores contratos de concessões tais como Vale, linhas telefônicas,
licitações de rodovias, entre outros. 
 Uma das maiores dificuldades para o desenvolvimento econômico do Brasil
atualmente é a precariedade da infraestrutura (VELASCO, 2020.). Um exemplo é o
saneamento básico do país, onde grande parte da população brasileira não possui rede
de saneamento básico até suas casas, segundo pesquisa do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS), referência 2018. 
9
 As PPPs consistem em uma associação entre o governo e a iniciativa privada,
permitindo estudo, planejamento e realização de grandes projetos tendo como um 
ganho muito relevante a não oneração imediata dos cofres públicos. A grande vantagem
é que o agente privado realiza este investimento up-front e o governo tem como papel a
amortização no decorrer do contrato vigente. Deve-se levar em conta outro grande
benefício quanto à transparência e eficácia, pois muitos dos contratos são vinculados à
remuneração baseada em desempenho da concessionária. 
 O modelo de Parcerias Público-Privadas é considerado uma alternativa 
inovadora, para projetos tidos como de grandes investimentos e de longo prazo. Projetos
de longo prazo de implementação e execução levam consigo muitos riscos. Baseado
nesta premissa, o Estado tem como prática disponibilizar garantias e fazer aportes de
recursos para atrair a iniciativa privada para estes contratos. Este modelo possui uma
mudança bastante marcante quanto à natureza do papel do Estado, onde este passa a
exercer um papel fiscalizador em detrimento do papel de operador do serviço.
 A divisão de responsabilidades e capacidade de entrega entre o setor público e o
privado alcança um ganho de eficiência natural, na medida em que ambos otimizam a
sua participação no que forem mais capazes de entregar. Desta forma menores custos e
maior qualidade nas entregas chegam até o maior beneficiado, a população.
 Os benefícios das parcerias público-privadas são muito evidentes para o
desenvolvimento de um país, desde que haja atenção em alguns pontos, tais como,
ambiente político, social, regulatório, macroeconômico e técnico do país. Na medida em
que, caso haja situações que possam desestabilizar a iniciativa, a cautela deve ser
redobrada ou haverá risco de comprometimento dos orçamentos futuros dos cofres
públicos, pressionando tanto a parceria quanto a opinião pública.
 Um dos objetivos deste trabalho é fazer uma análise sobre a revolução silenciosa
no Brasil a partir da evolução das PPP´s focadas principalmente em infraestrutura. É
sabido que faltam recursos financeiros no país, a poupança é pequena e há sempre
dependência do investimento externo, aquele em que o capital é pesado e busca retorno.
As empresas estrangeiras têm interesses, pois afinal, são investidoras. Com vários
fatores de risco, o Brasil não é um país muito atraente para investimentos. Vale destacar,
por exemplo, o risco social (desigualdade entre as classes), o risco econômico
10
(volatilidadedas taxas, inflação e outras variáveis), o risco moral (corrupção) e ainda os
riscos político, legal, fiscal etc.
 Os capítulos seguintes serão dedicados à base teórica para o desenvolvimento do
tema e irão abordar o conceito de PPP, sua origem como alternativa para viabilizar
projetos de infraestrutura, e condições institucionais e instrumentais para o êxito dos
projetos. Entre as diversas vantagens deste tipo de parceria vale destacar a interação
entre os setores público e privado na realização dos projetos (como o aumento da
qualidade e eficiência nos serviços prestados, maior transparência dos gastos públicos e
redução da pressão orçamentária).
 Neste trabalho também será analisada a legislação brasileira associada às
diversas formas de delegações de serviços públicos, de modo a diferenciar a PPP das
demais modalidades. E o case em questão é o momento histórico vivido pelo Brasil,
que tem registrado mais e maiores investimentos, inclusive internacionais, para a
infraestrutura do país. 
No último capítulo será analisado o futuro da PPP no Brasil, feitas as
considerações finais e a conclusão do presente trabalho. 
 
11
1.1 Metodologia
A pesquisa para elaboração deste trabalho foi feita seguindo os três tipos de
natureza: exploratório, descritivo e explicativo. O primeiro foi um mergulho no tema
saneamento básico, investimentos, efeitos, história… Descritivo porque foi feita análise
tanto do momento político nacional quanto da situação na cidade de Piracicaba/SP,
escolhida como case, e a relação com variáveis. E também explicativo devido ao retrato
apresentado do momento atual.
Foi um verdadeiro mergulho na literatura, papers, material jornalístico, portais,
sites e blogs, fundamentais e absolutamente necessários em tempos de pandemia,
quando os encontros pessoais devem ser evitados. Na web, pesquisei, revisei literatura
em fontes primárias e secundárias. A pesquisa começou pelas páginas do Governo
Federal (AGU e ministérios), passou por especialistas nas áreas jurídica, meio ambiente,
economia e de infraestrutura, e terminou na cidade do interior paulista.
Com conceitos, ideias e muitos números, os resultados desta pesquisa são aqui
apresentados de forma qualitativa e também quantitativa.
2 O ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL
Os trabalhadores das fábricas do século XIX enfrentavam longas jornadas de
trabalho. Jornadas extenuantes de mais de 12 horas diárias por muitas vezes insalubres.
Não possuíam descanso remunerado, como férias e descanso semanal, além de não
terem previdência e uma remuneração satisfatória que lhes permitisse uma vida digna.
A fome era parceira de jornada e no caso dos desempregados um mal ainda maior.
Na passagem do século XIX para o século XX, surgiram teorias que defendiam
que o Estado deveria ser o provedor do bem-estar mínimo para a população em geral. A
primeira grande teoria a defender essa prática foi promovida pelo estadista alemão Otto
von Bismarck, na Alemanha, em 1880. Bismarck foi o responsável por unificar os
reinos germânico e o prussiano na grande nação alemã. Bismarck tinha como proposta
uma nova alternativa a todas já vistas até então, a ideia consistia em ser uma política
alternativa ao liberalismo econômico e ao socialismo.
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/otto-von-bismarck.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/otto-von-bismarck.htm
12
Havia, na política bismarckiana, um controle estatal sobre a economia e a gestão
dos recursos recebidos por meio de impostos era responsável por distribuir os recursos
em benfeitorias para a população. (PORFIRIO, 2002.)
No século XX, John Maynard Keynes, um economista inglês, revolucionou a
política econômica mundial ao propor um novo sistema que segue os passos
da promoção do bem-estar social. A macroeconomia, era regida até a década de 1930,
pela teoria econômica neoclássica, essencialmente liberalista. Para Keynes, o Estado
deve regular a economia, regulando os salários e os direitos dos trabalhadores, além de
atuar como um órgão que cobra impostos de todos, inclusive dos empresários, e reverte
esses impostos em serviços para a população, criando um Estado de bem-estar social.
(PORFIRIO, 2002.)
A Segunda Guerra Mundial, à medida em que deixou nações e economias
destruídas e sua população à mercê de miséria, fome, alastramento de doenças, e
crescimento exponencial da violência e da desigualdade social, serviu como terreno para
que esta nova forma proposta tivesse mais adeptos nos países ocidentais.
O objetivo do Estado de bem-estar social é o de garantir aos cidadãos a plena
igualdade de oportunidades e a distribuição justa das riquezas. Cabe, assim, ao Estado
ser o responsável pelos cidadãos que não possuem condições mínimas e dignas para
viver. Auxílios, subsídios e outras concessões são as fórmulas empregadas para alcançar
a população. Políticas públicas são outras ações tomadas por governos que visam
a garantia de direitos.
A regulação pública da economia, em sentido amplo, consiste num conjunto de
medidas convencionadas de natureza legislativa e administrativa, por meio das quais os
poderes públicos, diretamente ou mediante delegação, determinam, controlam ou
influenciam o comportamento dos agentes econômicos, com o objetivo de evitar que
tais comportamentos gerem efeitos danosos aos interesses socialmente legítimos, bem
como de orientá-los no sentido de serem socialmente desejáveis (MARQUES,
SANTOS, GONÇALVES, 2014, p. 207)
No Brasil, os direitos estão garantidos na Constituição Federal de 1988, e as
políticas públicas são mecanismos do Poder Executivo (às vezes, em parceria com a
iniciativa privada) para colocar em prática os direitos garantidos por lei. 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-guerra-mundial.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/constituicao-1988.htm
13
Um exemplo de política pública alicerçada na ideia de bem-estar social é
a política de educação brasileira, na medida em que todo cidadão possui acesso gratuito
à educação básica desde que assim o queira.
2.1 O Estado Liberal e o neoliberalismo
Sabe-se que o liberalismo, ou liberalismo clássico, foi um conjunto de doutrinas
econômicas e reflexões políticas que vigorou entre os séculos XVIII e XIX,
influenciando uma grande geração de intelectuais e políticos. Adam Smith e David
Ricardo estão entre os principais nomes da tradição liberal clássica. O termo
neoliberalismo, a princípio, deveria indicar apenas uma simples renovação ou uma
reafirmação das doutrinas liberais, entretanto, não é bem assim. (FERNANDES, 2022).
Os neoliberais (ou “novos liberais”) da virada do século XIX para o início do
século XX possuíam certa interferência de ideologias mais à esquerda e
pendiam a uma posição socialmente reformista e intervencionista, o que ia
contra as bases do pensamento liberal clássico. Esses “novos liberais” ainda
davam especial ênfase nas políticas de justiça social e em práticas reformadas
de controle estatal da economia, expressando, segundo José Guilherme
Merquior, um desejo de substituir a economia do laissez-faire (“deixe fazer”),
isto é, da livre iniciativa.(FERNANDES, 2022)
A partir da década de 1960, as economias de grandes nações como Estados
Unidos e Inglaterra começaram a passar por momentos mais complexos, dando espaço a
ideias mais próximas aos Neoliberais, fundamentadas principalmente por economistas
da Escola Austríaca, como Ludwig von Mises, e, principalmente, da Escola de Chicago,
como Milton Friedman.Na década de 1970, líderes como Margaret Thatcher, chefe de
governo britânica e Ronald Reagan, dos Estados Unidos, defendem a diminuição do
Estado na economia.
A teoria neoclássica, entende que o livre mercado gera empregos e que os
empregos são suficientes para solucionar os problemas sociais. Segundo (Fernandes
2022), no Brasil o termo neoliberal após os anos de 1990 foi associado à política das
privatizações pelos críticos de posição de esquerda, que qualificavam tais medidas
como “entreguismo”, ouseja, a “entrega” das riquezas da nação a potências
https://www.todamateria.com.br/margaret-thatcher/
14
estrangeiras. Já os mais alinhados à corrente liberal clássica não enxergaram tais
medidas como sendo propriamente liberal, sendo apenas uma forma menos ostensiva de
controle estatal sobre a economia.
3 As PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
Elas vieram para ficar, principalmente nos países que dependem de
investimentos e expertises.
3.1. Criação e Evolução de PPP
 Foi em 1992, na Inglaterra, durante o governo de John Major, que surgiu a PPP.
O governo inglês lançou o Private Finance Iniciative (PFI), um programa de parcerias
com a finalidade de promover a modernização da infraestrutura e a eficiência dos
serviços públicos. No entanto, somente durante o governo de Tony Blair, anos depois, o
programa foi rebatizado de Parceria Público-Privada (PPP). O Tesouro Britânico o
definiu assim: 
As Parcerias Público-Privadas (PPP) são arranjos caracterizados 
pelo trabalho conjunto entre o setor público e privado. No 
sentido mais amplo, as PPP podem abranger todos os tipos de 
colaboração através da interface entre os setores público e 
privado para proporcionar políticas, serviços e infraestrutura. Se 
a entrega dos serviços públicos envolve investimentos do setor 
privado em infraestrutura, a forma mais comum de PPP é a 
Iniciativa de Financiamento Privado (HM TREASURY, 2008, 
tradução nossa). 
 O período de privatizações, além de aliviar em parte as finanças públicas e além
disso transferir companhias do Estado para o setor privado, gera uma ampliação da
capacidade produtiva de determinados setores da infraestrutura. Mas o resultado das
privatizações no Reino Unido teve conclusões diversas. Se nos setores mais
competitivos foi verificado um ganho de eficiência na atividade das empresas, redução
nos preços e custos e melhores serviços ao consumidor, também foram registrados 
15
casos de baixo valor de venda das empresas, preços ao consumidor elevados e a
qualidade dos serviços prestados ficou aquém das expectativas dos consumidores. Isto
se deu principalmente nos monopólios.
 Algumas das principais privatizações no Reino Unido se deram da seguinte
forma: British Telecom em 1984, British Gas em 1986, British Airways em 1987,
sistema de água e de tratamento em 1989, sistema de geração e distribuição de
eletricidade em 1990/91 e sistema ferroviário em 1994. (PARKER, 2007]).
 De 1992 a 2011 foram firmados 920 contratos de PPP/PFI no Reino Unido,
segundo dados da Partnerships UK (2012). A maior parte dos contratos foi nos setores
de saúde, educação, transporte e habitação, com investimento total de 72 bilhões de
libras. A experiência inglesa com tantos projetos de parceria vem servindo até hoje
como referência mundial na padronização, estruturação, agilidade, eficiência e
transparência dos contratos de concessão. 
 As PPPs vêm atingindo grande protagonismo, muito por conta de uma tendência
mundial de enfraquecimento ou redução do papel do Estado. O fato de não haver
qualquer tipo de desembolso por parte do Estado, neste primeiro momento, e, com isso,
ser possível desenvolver várias iniciativas de forma simultânea fez com que diversos
países adotassem o modelo britânico. A implementação do modelo é motivada de um
lado por parte do poder público, devido aos anseios da prestação de forma mais
eficiente de serviços aos contribuintes e do outro lado, por parte das empresas com o
desejo da expansão de mercado e assim atingimento de maior market-share e lucro para
si e seus acionistas. 
 O contrato de concessão tem como base a divisão de deveres e responsabilidades
quanto ao projeto, planejamento e execução do projeto tendo como contrapartida o
direito de cobrança de tarifas dos usuários ou recebimento do Estado. Esta dinâmica
divide os riscos e os benefícios entre as partes. 
3.2. PPP no Brasil
 No Brasil, as duas formas existentes até a lei nº 11.079/2004 que instituiu
normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, eram a
16
privatização e a concessão comum como forma de unificar negócios entre a iniciativa
privada e o Estado.
 A lei nº 11.079/2004 estabelece que as Parcerias Público-Privadas podem ser de
dois tipos: Patrocinada, em que há recurso público e cobrança de tarifa por parte do
usuários; Administrativa, ou seja, quando o pagamento aos prestadores de serviço é
realizado de forma integral pelos cofres públicos. Sendo esta, a principal diferença para
a Concessão Comum.
Na Concessão Comum a tarifa cobrada do usuário e outras receitas da
administração são suficientes para remunerar o prestador de serviços, ou seja, o governo
não precisa contribuir financeiramente.
Já na Privatização o bem público é vendido para a iniciativa privada que será
responsável a partir de então por quaisquer investimentos e formas de gestão e obtenção
de receita.
Ao contrário do que ocorre nas privatizações, as parcerias público-privadas não
importam em alienação definitiva do controle da política pública. E os contratos de
parceria têm abrangência maior em relação aos objetos cuja delegação é permitida.
Privatização e parceria público-privada são contratos administrativos distintos e não se
confundem.
 Segundo a Lei nº 11.079/2004, o entendimento de parceria público-privada se dá
em um contrato de prestação de serviços de médio e longo prazo (de 5 a 35 anos)
firmado pela Administração Pública e regulado cujo valor não seja inferior a dez
milhões de reais, sendo vedada a celebração de contratos que tenham por objeto único o
fornecimento de mão-de-obra, equipamentos ou execução de obra pública.
Na PPP, a implantação da infraestrutura necessária para a prestação do serviço
contratado pela Administração dependerá de iniciativas de financiamento do setor
privado e a remuneração do particular será fixada com base em padrões de performance
e será devida somente quando o serviço estiver à disposição do Estado ou dos usuários.
Dos contratos devem constar as penalidades, remuneração e reajuste, critérios de
avaliação do parceiro e, ainda, as garantias para execução da obra e/ou serviço.
 Ainda na lei, segundo o artigo primeiro, parceria público-privada é o contrato
administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. Sendo a
modalidade patrocinada definida como a concessão de serviços públicos ou de obras
17
públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro
público ao parceiro privado.
 A parceria público-privada na modalidade administrativa é definida ainda em
artigo primeiro da lei, como contrato de prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
 Na contratação das parcerias, algumas diretrizes são observadas como
premissas para que se tenha sucesso e foco em nortear os negócios e contratos. Sendo
no artigo quarto, possível constatar algumas delas:
 I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da
sociedade;
II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados
incumbidos da sua execução;
III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de
polícia e de outras atividades exclusivas do Estado;
IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
V – transparência dos procedimentos e das decisões;
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;
VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria
A concessão de rodovias é uma das principais experiências brasileiras na
efetivação de contratos de parceria público-privada. Milhares de quilômetros da malha
rodoviária brasileira são gerenciados por concessionáriasprivadas. Todas elas
constituídas em Sociedades de Propósito Específico. Antes mesmo da lei, já ocorria no
Brasil a associação entre Estado e particular visando à satisfação de interesses públicos.
O advogado Bruno Sanna Camacho, em artigo publicado no portal Migalhas,
destaca a influência internacional e conclui o quanto é vantajoso:
O contrato administrativo de parcerias público-privadas é considerado um
meio eficaz na obtenção de recursos da iniciativa privada destinados a
serviços públicos e setores de pouca viabilidade econômica quando prestados
exclusivamente pelo Poder Público. Países como Inglaterra – no qual as
parcerias público-privadas são denominadas Private Finance Initiative –,
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm
18
Portugal, Chile, além de outros países, já comprovaram a eficiência
econômica da parceria e cooperação entre o particular e o ente da
Administração Pública na prestação de serviços. Experiências internacionais
comprovam a eficácia da atuação da iniciativa privada nas políticas públicas,
com vantagens não somente econômicas como também práticas, em que o
particular contratado detém condições de prestar um serviço público mais
qualificado. Assim, interessa cada vez mais à sociedade a aproximação do
Estado da iniciativa privada, direcionada à arrecadação de capital privado
para investimento e financiamento de obras e serviços públicos.
Portanto, dentre os contratos administrativos que possibilitam essa
relação entre os setores públicos e privados, a parceria público-privada se
destaca pelo compartilhamento dos riscos e pela arrecadação de valores
elevados, assumindo fundamental importância nos investimentos em
infraestrutura, e, de consequência, no crescimento econômico brasileiro.
(MIGALHAS, 2008)
Com o objetivo de facilitar a compreensão dos aspectos jurídicos e regulatórios
das concessões e PPPs para Gestores Públicos, em 2016, a Frente Nacional de Prefeitos
(FNP) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançaram o Guia para o
Gestor Público sobre Concessões e Parcerias Público-privadas. Com 104 páginas, o
trabalho é assinado por Fernando Vernalha Guimarães e quatro colaboradores. Vernalha
é Doutor e Mestre em Direito Administrativo, autor de diversos livros na área de
infraestrutura, dentre eles: Parceria Público-Privada (São Paulo: Saraiva, 2012) e
Concessão de Serviço Público (São Paulo: Saraiva, 2012). Ele também foi Consultor da
Unidade de PPP – Parceria Público-Privada do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão. Na apresentação do Gui, Aprofundar o conhecimento:
Momentos de crise são portas abertas para o fracasso ou oportunidades para a
construção de novos caminhos. Depende do olhar e da disposição de cada
um. Acostumados com a repetição de ciclos de retração, os empresários
brasileiros têm um instinto natural para arregaçar as mangas, enfrentar
problemas e se reinventar. Nesse momento, em que o Brasil atravessa mais
uma crise, a construção civil busca saídas e trabalha para recuperar seu
desempenho. É nesse contexto que as modalidades de concessões e parcerias
público-privadas (PPPs) entraram na agenda do setor e passaram a ser
enxergadas como vetor para a abertura de um novo horizonte para a
construção, ferramentas que abrem a possibilidade de recuperar a capacidade
de investimento hoje sufocada pela crise. (...)
A construção pode fazer muito pelo Brasil e está se preparando para disputar
e executar obras nos diversos segmentos atendidos por concessões e PPPs.
(...)
Após um ciclo de 12 seminários em todo o país para debater esse tema com
investidores, financiadores, representantes do governo, empresários e
especialistas das diversas áreas partimos para uma nova fase, voltada a atacar
os diversos gargalos identificados nesses encontros.
Daremos continuidade ao ciclo de seminários para debater esse tema e
capacitar os empresários do setor. Temos percorrido o país discutindo
contratos, modelagem de projetos, questões jurídicas e cases para aprofundar
o conhecimento e melhor preparar a entrada da construção nesse setor. O
19
objetivo é criar as condiçōes para o sucesso dos empreendimentos futuros,
contribuindo para a criação de novos negócios para a construção civil.
4. ESTUDO DE CASO: O MOMENTO HISTÓRICO BRASILEIO
 O Brasil vive um momento histórico, uma revolução silenciosa com
investimentos públicos em infraestrutura, criando um importante alicerce para o
desenvolvimento sustentável de longo prazo do país em função dos programas de
participação privada. Desta forma, afeta diretamente o desenvolvimento do país. A curto
prazo, impacta a geração de empregos e renda e a médio e longo prazos, melhora a
produtividade.
Nos seis primeiros meses de 2020, houve uma série de licitações bem-sucedidas
para a concessão de projetos para o setor privado. Os investimentos nos próximos anos
serão na casa dos bilhões, inclusive de grupos estrangeiros. Além de ajudar a resolver os
problemas econômicos enfrentados pelo país, a competição atrai investimentos e
tecnologia estrangeira. 
 Entre os anos de 1995 e 2020, quase 50% do investimento privado em
infraestrutura de energia, água, telecomunicação e transporte da América Latina e cerca
de 25% em todo o mundo foram feitos no Brasil, segundo o Private Participation in
Infrastructure Data base (PPI) do Banco Mundial.
 Apesar de a participação privada em infraestrutura não ser novidade no Brasil, o
momento vivido é diferente, com projetos mais vultosos e em maior número e chegando
a setores não tradicionais, como projetos de saúde, parques e até mesmo penitenciárias.
Cada vez mais estados e municípios buscam PPPs e concessões para sua política de
investimento e serviços.
 O ambiente brasileiro de PPPs e concessões vem sendo aprimorado há alguns
anos, envolvendo diversas instituições: o Ministério da Economia, o Ministério da
Infraestrutura, de Minas e Energia e do Desenvolvimento Regional; as agências
reguladoras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a
Caixa Econômica Federal (CEF), os diversos programas estaduais e municipais além
dos Bancos Multilaterais, culminando com o Programa de Parcerias de Investimentos
(PPI).
https://ppi.worldbank.org/en/ppidata
https://ppi.worldbank.org/en/ppidata
20
4.1 Infraestrutura no Brasil
 Em julho de 2020 foi sancionado o novo Marco Legal do Saneamento Básico,
que prevê até 2033 que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90%
ao tratamento e coleta de esgoto. A infraestrutura ainda está muito atrasada. O Brasil
está em 78º lugar no ranking de Infraestrutura do Fórum Econômico Mundial, atrás de
todos os outros membros do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) e de vários
países da América Latina como a Argentina, a Costa Rica e o Panamá. 
 O Relatório Infra 19 defende que os investimentos sejam de R$ 150 bilhões a R$
200 bilhões durante os próximos 15 ou 20 anos para chegar próximo aos países
desenvolvidos. No entanto, são destinados 37% do PIB, enquanto deveriam ser de 50%
a 60%. Historicamente os investimentos são de menos de 2% do PIB em infraestrutura.
Enquanto isso, quase metade dos brasileiros continua sem acesso a sistemas de
esgotamento sanitário, o que significa que quase 100 milhões de pessoas (47% da
população) usam fossa ou jogam o esgoto diretamente em rios. Apenas 46% dos esgotos
gerados são tratados. Além disso, mais de 16% da população, ou quase 35 milhões de
pessoas, não têm acesso à água tratada. Os números são do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS) e refletem a atual situação dos serviços básicos
no país e referem-se ao ano de 2019.
21
No blog da BRK Ambiental - a maior empresa privada de saneamento do Brasil
- o engenheiro e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Herbert Dantas chama
atenção para as chamadas obras invisíveis:
Muitas vezes não nos damos conta de como o saneamento básico é essencial
em nossas vidas, pois a maior parte da sua estrutura não está visível. As
tubulações estão enterradase as estações de tratamento de água e esgoto
costumam operar em áreas mais afastadas das cidades, portanto não são
vistas diariamente e, por isso, são pouco lembradas. Esse é um dos motivos
para vermos muito mais reparos e investimentos sendo feitos em estradas,
revitalizações de áreas urbanas, práticas de zeladoria pública, construções de
escolas e hospitais do que obras de saneamento básico. (DANTAS, 2019)
O serviço de saneamento básico pode ser prestado por empresas públicas ou
privadas e também em parceria entre essas duas frentes, ou seja, a PPP. Apesar do
quadro estar mudando nos últimos anos, desde a Constituição Federal de 1988, as
políticas de saneamento passaram a ser concentradas no âmbito municipal. São pelo
menos 50 anos de movimentos e iniciativas na busca por soluções para a questão do
saneamento no Brasil. Na opinião de Dantas, isso significa que:
O setor tem perdido em escala e planejamento e só irá avançar e chegar a
todos os brasileiros com um volume de investimentos na casa das centenas de
bilhões de reais. Aliada à questão de investimentos insuficientes no setor de
saneamento, temos a falta de uma regulação unificada, a exemplo do que
existe nos setores de telecomunicações e energia elétrica. Se outros setores
foram capazes de viabilizar a universalização do acesso aos serviços
públicos, porque o saneamento, que é tão importante para a saúde e o
desenvolvimento socioeconômico da população, segue com índices e
problemas do século XIX? (DANTAS; 2019.)
 Figura 1: Tabela do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)
22
Fonte: http://www.snis.gov.br/painel-informacoes-saneamento-brasil/web/painel-setor-saneamento
 Um outro ponto que chama atenção, é o fato de milhões de reais serem
desperdiçados todos os anos devido a muitas infraestruturas no país serem ineficientes
tanto na operação quanto no seu papel social, que também dependem de uma
infraestrutura mínima de qualidade. Essa mudança de entendimento – de volume de
investimentos, a qualidade de serviços – e o que realmente irá impactar a longo prazo e
http://www.snis.gov.br/painel-informacoes-saneamento-brasil/web/painel-setor-saneamento
23
um maior valor pelo mesmo dinheiro investido, ou seja, são os impactos sociais,
econômicos e ambientais.
Figura 2: Efeitos negativos da falta de Saneamento Básico
 
Fonte: https://www.painelsaneamento.org.br/docs/nota_tecnica_05.pdf
O planejamento e a estruturação de bons projetos de infraestrutura são ações
fundamentais para provisão de serviços públicos de qualidade à população, tais como
água potável, esgoto, educação, saúde, energia elétrica e transporte. 
 
https://www.painelsaneamento.org.br/docs/nota_tecnica_05.pdf
24
4.2. O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e o Novo Marco do
Saneamento Básico
 Com a finalidade de ampliar e fortalecer a interação entre o Estado e a iniciativa
privada por meio da celebração de contratos de parceria e de outras medidas de
desestatização foi criado o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) pela Lei nº
13.334, de 2016. Uma vez que os empreendimentos forem qualificados no Programa de
Parcerias de Investimentos, eles serão tratados como prioridade nacional. Os órgãos e
entidades envolvidos devem atuar para que os processos e atos necessários à
estruturação, liberação e execução do projeto ocorram de forma eficiente e econômica.
 De acordo com o Portal do Governo Federal, são os objetivos do programa:
• Ampliar as oportunidades de investimento e emprego e estimular o desenvolvimento
tecnológico e industrial, em harmonia com as metas de desenvolvimento social e
econômico do País;
• Garantir a expansão com qualidade da infraestrutura pública, com tarifas adequadas
aos usuários;
• Promover ampla e justa competição na celebração das parcerias e na prestação dos
serviços;
• Assegurar a estabilidade e a segurança jurídica dos contratos, com a garantia da
mínima intervenção nos negócios e investimentos;
• Fortalecer o papel regulador do Estado e a autonomia das entidades estatais de
regulação.
No estado do Rio de Janeiro, foi assinado, em agosto de 2021, o maior contrato
de concessão de saneamento do país. E o leilão da Cedae servirá de modelo para novos
processos pelo Brasil. A concessão dos serviços de água e esgoto terá duração de 35
anos, com possibilidade de prorrogação desse prazo. O leilão dos serviços da Cedae foi
dado como garantia do estado do Rio de Janeiro para aderir ao Regime de Recuperação
Fiscal, em 2017, com o congelamento do pagamento da dívida com a União por três
anos.
25
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), seguirá o
modelo realizado no leilão da CEDAE, considerado um sucesso por especialistas. Nos
próximos cinco leilões pelo Brasil, cada licitação vai seguir um modelo diferente,
dependendo da área. Algumas serão feitas por meio de concessão plena, que inclui
produção e distribuição de água e esgoto, outras serão feitas por meio de Parcerias
Público-Privadas (PPP) de esgoto ou a concessão apenas da distribuição.
Atualmente o setor privado está presente em cerca de 7% dos municípios 
brasileiros, atendendo a 30 milhões de pessoas. A expectativa é que em 10 anos a
participação das cidades mais do que dobre devendo chegar entre 40% e 50%.
(EXAME, 2021)
Com foco em levar água tratada para praticamente todos os lares brasileiros, o
Governo Federal no dia 15 de julho de 2020, sancionou o Novo Marco do Saneamento
Básico.O principal objetivo da legislação é universalizar e qualificar a prestação dos
serviços no setor. A meta do Governo Federal é alcançar a universalização até 2033,
garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao
tratamento e à coleta de esgoto.
 Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a nova lei
contribuirá, também, para a revitalização de bacias hidrográficas, a conservação do
meio ambiente e a redução de perdas de água, além de proporcionar mais qualidade de
vida e saúde à população, aquecer a economia e gerar empregos.
Essa é uma conquista histórica que torna possível que todo brasileiro tenha
acesso à água potável e ao esgoto tratado. A lei vai padronizar regras e dar
segurança jurídica, algo que investidores do mundo todo aguardavam.
Precisamos de investimentos em torno de R$ 500 bilhões a R$ 700 bilhões
em 10 anos e só chegaremos a esse montante se somarmos esforços públicos
e privados. (BRASIL, 2021, ONLINE)
 Cabe ressaltar que além de dignidade para a população, investimentos em
saneamento básico estão ligados à prevenção de doenças causadas pela falta do serviço.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada R$ 1 investido em
saneamento, deverá ser gerada economia de R$ 4 com a prevenção de doenças causadas
pela falta do serviço. Os dados estão no portal do Governo do Brasil (Brasil, 2021,
ONLINE)
26
No portal Painel Saneamento é possível visualizar a situação do saneamento de
uma localidade, estado ou região. De forma simples e bastante didática são expostas as
implicações sob os pontos de vista da saúde, educação, renda, ambiente e futuro.
4.3. A Parceria Público-Privada no Saneamento de Piracicaba/SP
Estima-se que apenas cerca de 6% das cidades brasileiras são atendidas pela
iniciativa privada. Em 2012, na cidade de Piracicaba, no interior paulista,o Serviço
Municipal de Água e Esgoto (Semae), a prefeitura e a AEGEA Saneamento firmaram
contrato de parceria público-privada no modelo administrativo por meio da
concessionária Mirante com o intuito de universalizar o serviço de saneamento e a meta
foi cumprida 2 anos depois.
Figura 3: Valorização ambiental em Piracicaba/SP
27
Fonte: https://www.painelsaneamento.org.br/
As regras, serviços prestados, solicitações, ações do Semae, estatuto, resoluções,
testes de qualidade da água e todo tipo de informação importante estão disponíveis em
um site bem estruturado (www.semaepiracicaba.sp.gov.br). Este é também um
importante canal de comunicação com a populaçãode Piracicaba, que pode acompanhar
on-line tanto seus pedidos quanto a administração, seguindo as regras de transparência.
A atual gestão começou em 2021 e vai até 2024. O presidente da autarquia é o
engenheiro mecânico Maurício André Marques de Oliveira.
Figura 4: Site do Semae
Figura 5: Semae informa com clareza
Normas para ligação de esgoto: (pdf modelo caixa de inspeção, gordura e areia)
1. O Semae só executará a ligação se a caixa de inspeção estiver pronta na saída da ligação
interna, construída de alvenaria, com tijolo comum de barro (tijolo maciço, sem furos);
2. A tampa da caixa de inspeção deverá ficar no nível acabado da calçada, qualquer que seja o tipo
de piso, devidamente marcada, para sua fácil localização;
3. A Caixa de Inspeção não poderá ser construída em concreto pré-moldado;
https://www.painelsaneamento.org.br/
http://www.semaepiracicaba.sp.gov.br
https://www.semaepiracicaba.sp.gov.br/arquivos/PadraoLigacaoEsgoto-2022.pdf
28
4. A tampa da Caixa de Inspeção deverá estar totalmente limpa e desobstruída de qualquer
obstáculo;
5. A Caixa de Inspeção deverá estar localizada totalmente na calçada, junto ao alinhamento predial
do imóvel (tolerância de 30 cm);
6. Em nenhuma hipótese as águas pluviais poderão ser lançadas no ramal interno de esgotos e,
consequentemente, à rede pública de esgotos.
Custos do serviço:
- Ligação de Água: R$ 327,16* + R$ 6,03 taxa de expediente
- Ligação de Esgoto: R$ 427,36* + R$ 6,03 taxa de expediente
- Hidrômetro: R$ 76,63*
- Asfalto: R$ 97,77* por m² (caso seja necessário quebrar asfalto)
*Valores serão lançados na primeira fatura
Prazo médio para execução da ligação:
Área urbana:
a) 3 (três) dias úteis para a vistoria ou orientação das instalações de montagem do padrão e, se for o
caso, aprovação das instalações;
b) 10 (dez) dias úteis para a ligação de água e 05 (cinco) dias úteis para a ligação de esgoto, contados a
partir da data de aprovação das instalações e do cumprimento das demais condições regulamentares.
Área Rural:
a) 5 (cinco) dias úteis para a vistoria ou orientação das instalações de montagem do padrão e, se for o
caso, aprovação das instalações;
b) 15 (quinze) dias úteis para a ligação de água e 15 (quinze) dias úteis para a ligação de esgoto,
contados a partir da data de aprovação das instalações e do cumprimento das demais condições
regulamentares
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29
Figura 6: Canal de comunicação do Semae
A licitação e o respectivo contrato administrativo foram regidos pelas
disposições constitucionais aplicáveis, pelas Leis Federais 11.445/07, 11.079/04 e
8.666/93; Lei Orgânica do Município de Piracicaba, Leis Municipais 6.132/07 e
1.657/69, bem como pelos Decretos Municipais N.º 828/69 e 14.184/11
Cerca de quatrocentas mil pessoas passaram a ser beneficiadas pela estratégia de
universalização dos serviços em Piracicaba. A cidade ocupa a primeira posição, ao lado
dos municípios paulistas de São Caetano do Sul e Rio Claro, nos índices de atendimento
total de esgoto do Brasil, com 100% de cobertura, segundo o Ranking do Saneamento
Básico 2020 – 100 Maiores Cidades do Brasil, elaborado pelo Instituto Trata Brasil
(ITB).
Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil em entrevista para
a revista Exame resumiu:
Os ganhos da sociedade com a chegada dos serviços de saneamento são
muitos, em especial a diminuição dos casos de doenças de veiculação hídrica
que provocam internações por enfermidades como diarréia, cólera e
leptospirose, e, consequentemente, a redução dos gastos com a saúde.
As PPPs são uma das modalidades que possibilitam ampliar de forma mais
acelerada os serviços de saneamento, pois a sinergia entre a empresa pública
e a privada permite aproveitar o conhecimento e o histórico da primeira com
30
os recursos financeiros, a tecnologia, a gestão, a eficiência e a produtividade
normalmente trazidos pela segunda..(EXAME, 2020) 
Pessoas mais saudáveis têm melhor aproveitamento na escola e no trabalho. Na
sala de aula, por exemplo, menores que vivem onde não há saneamento apresentam
18% menos rendimento e a reprovação de quem tem acesso a estruturas adequadas é
44,2% menor do que os que não têm acesso. Os dados fazem parte da pesquisa Trata
Brasil: Saneamento, Saúde, Educação, Trabalho e Turismo, desenvolvida pelo Instituto
Trata Brasil em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O relatório apresentado pela GO Associados é assinado por Gesner Oliveira –
Presidente da Sabesp, Ph.D. em Economia pela Universidade da Califórnia/Berkeley e
professor da Fundação Getúlio Vargas-SP e da Universidade de Columbia nos EUA;
Pedro Scazufca, especialista nas áreas de pesquisa econômica, regulação, defesa da
concorrência, comércio, infraestrutura e modelagem de negócios; Beatriz Nogueira
Margulies – Mestre em Administração de Empresas com ênfase em Finanças pela
Universidade de São Paulo (USP) e atuação em projetos na área de infraestrutura com
ênfase em saneamento básico. 
A concessionária Aegea, atende outras quatro concessões no mesmo formato.
Além de Piracicaba, as cidades de Serra e Vila Velha, no Espírito Santo, e nove
municípios que constituem a região metropolitana de Porto Alegre foram elaboradas no
modelo de concorrência e leilão nos últimos anos. 
Tais parcerias auxiliam no alcance de metas locais nacionais e compromissos
internacionais pela universalização da água e do esgoto. 
Figura 7: Ranking de Saneamento
31
32
Fonte: Instituto Trata Brasil, pág. 89:
https://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking_2020/Relatorio__Ranking_2020_18.pdf
Mas, apesar dos bons serviços prestados, a população de Piracicaba vem
fraudando o sistema de abastecimento de água e esgoto. De janeiro a novembro de
2021, foram 11.286 detectadas pelo Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) e
https://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking_2020/Relatorio__Ranking_2020_18.pdf
33
pela Concessionária Mirante, contratada por meio da PPP (Parceria Público-Privada).
Este número é 322% maior do que o verificado no ano anterior: 7.015, ou seja, 4.271 a
menos nos 12 meses de 2020. Os dados foram divulgados no dia 5/01/2022, no site
www.semaepiracicaba.sp.gov.br
Popularmente conhecida como “gato na água” - fraude ou furto - foi a
irregularidade com mais registros, totalizando 7.951 ordens de serviço para constatação
da religação de água cortada por inadimplência, realizada sem o conhecimento do
Semae. Vale lembrar que esta é uma prática criminosa passível de penalidade
administrativa, bem como criminal, conforme artigo 155, do Código Penal. Adulterar o
sistema de fornecimento de água é enquadrada como atentado contra o patrimônio.
Mesmo que o gato tenha sido realizado por terceiros, quem é responsabilizado
pela fraude é o usuário do imóvel. O lançamento indevido na rede de esgoto também é
considerado fraude.
Todo e qualquer artifício usado para alterar o consumo nos hidrômetros poderá
ser considerado furto qualificado pelo emprego de fraude. A água é considerada um
patrimônio público, mas muitas pessoas ignoram a lei e cometem irregularidades no
consumo, chegando, inclusive, a danificar as redes. Isto provoca prejuízos para o
Semae com perdas físicas e financeiras. O consumo excessivo de água pode afetar o
cotidiano das cidades, com o desabastecimento. E há, ainda, o risco de contaminar a
rede, ameaçando a qualidade da água distribuída e o meio ambiente.
A maioria das irregularidades (7.951) é quando o usuário que teve a água
cortada por inadimplência e religou a água sem solicitar ao Semae. O abastecimento
interrompido apresenta consumo. Outro tipo de fraude (388 ocorrências) é o uso de
meios que impedem que o hidrômetro registre o consumo. No ranking de
irregularidades aparecem cúpulas perfuradas, água ligada diretamente na rede,
hidrômetros invertidos, cavalete adulterado, além de fraude na rede coletora de esgoto.
As multas vão de R$ 76 a R$ 10.426. De janeiro a novembro de 2021, foram
aplicadas 1.127 multas,totalizando R$1.092.104,80. Em 2020, foram 267 multas por
irregularidades, totalizando R$ 231.318,00. O valor da multa varia de acordo com a
infração cometida, prejuízo causado e reincidência, conforme categoria do tipo da
http://www.semaepiracicaba.sp.gov.br
34
ligação (residencial, comercial, industrial, horta e tarifa social) e conforme a
classificação (leve, grave e gravíssima).
Nas infrações leves o valor da multa é de 10 vezes o valor da tarifa mínima da
categoria do usuário, para as infrações consideradas graves é 20 vezes o valor da tarifa
mínima da categoria do usuário, e para as infrações gravíssimas, a multa é de 100 vezes
o valor da tarifa mínima da categoria do usuário.
A empresa realiza plantões para negociação das dívidas. E chega a dar desconto
de 100% nos juros e multas para quem efetuar o pagamento à vista. Para de 7 a 12
parcelas o abatimento é de 80%. Mas o valor das parcelas não pode ser menor que R$
46,88, que representam 25% de uma Unidade Fiscal do Município UFM).
Formada por servidores, uma Comissão de Combate às Irregularidades foi criada
no Semae com o objetivo de orientar, solicitar informações e coletar documentos sobre
as irregularidades cometidas pelos usuários nas ligações de água e esgoto, esclarecendo
e adotando, no caso de constatação de fraude nos sistemas, as penalidades previstas no
Regulamento 137/2016 da Agência Reguladora Ares-PCJ, após o devido processo
administrativo.
Cabe à Concessionária Mirante - contratada por PPP - verificar as fraudes e
posteriormente enviar os Termos para análise da Comissão do Semae. Após constatada
a irregularidade, o usuário infrator será notificado por meio do Termo de Ocorrência
para apresentação de defesa, de acordo com o Regulamento da Ares-PCJ. (Agência
Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí).
Através de um contrato de PPP (Parceria Público-Privada), com validade de 30
anos, assinado em 11/06/2012, a Mirante tem compromissos com o poder público e a
população piracicabana. A concessionária é uma empresa da AEGEA Saneamento e foi
criada para elevar para 100% o índice de tratamento de esgoto e operar todo o sistema
de esgotamento sanitário de Piracicaba, segundo a página na internet
www.miranteppp.com.br.
No entanto, há muitas críticas quanto ao contrato entre a Mirante e o Semae, a
ponto dos vereadores de Piracicaba criarem uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a
CPI do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) A ideia é apurar as razões que
levaram a antiga autarquia, considerada o “primo rico” da prefeitura, por seus balanços
http://www.miranteppp.com.br
35
positivos estar operando no vermelho e correndo risco de ser fechada se não houver
uma mudança no sistema de saneamento da cidade.
Segundo a reportagem de Cristiane Bonin no Jornal de Piracicaba, de 21 de
agosto de 2021, com o título CPI aponta que Semae está ‘no vermelho’ e pode fechar, a
saúde financeira do Semae mudou desde que a PPP (Parceria Público-Privada) foi
firmada com a empresa de esgotamento sanitário Águas do Mirante. O Semae não tinha
dívidas e prestava um excelente serviço, antes da assinatura do contrato das gestões
anteriores com a concessionária. Agora, vai ter que informar sobre a situação
patrimonial, funcional, financeira e contábil da autarquia.
Questionado pelos vereadores sobre os valores, motivos e as condições do
contrato de PPP com a Mirante, o presidente do Semae, Maurício Oliveira respondeu:
No meu entendimento, este contrato é ruim, não existe o ganha-ganha, só há
ganho em um dos lados. Estamos conversando para ver o que pode ser revisto
neste contrato, se é que ele pode ir adiante. Desconheço o motivo e que essa
questão seria muito importante de ser feita aos gestores públicos do
município à época. (OLIVEIRA, 2022)
As informações estão disponíveis no Portal da Transparência, dentro da página
do Semae.
Figura 8: Portal da Transparência - Despesas e Receitas - Despesas (Semae)
36
Fonte: https://www.semaepiracicaba.sp.gov.br/?p=cG9ydGFs&t=cGxhbmVqYW1lbnRv
À Mirante foi encaminhado ofício solicitando detalhes sobre a operação da
empresa, demonstrativo de valores recebidos do Semae, balanço de receitas e outras
informações. A presidente da CPI, vereadora Rai de Almeida (PT) destacou a
necessidade de esmiuçar o contrato.
A percepção dos presentes foi a de que o município acabou assumindo um
contrato complexo e de difícil realização, e que tem comprometido a saúde
financeira da autarquia, crise essa acentuada pelo déficit da arrecadação para
manutenção dos seus serviços. (ALMEIDA, 2022)
4.4. O Contrato e a estrutura do Projeto
Segundo contrato número 48/2012, concorrência número 01/2011 - Processo
número 1687/2011 que dispõe sobre Parceria-Público Privada na modalidade
https://www.semaepiracicaba.sp.gov.br/?p=cG9ydGFs&t=cGxhbmVqYW1lbnRv
37
administrativa para a concessão do serviço público de esgotamento sanitário com
ampliação e modernização do sistema de esgotamento sanitário:
Fará parte das obrigações da CONTRATADA, a recuperação, manutenção,
ampliação e melhoria do sistema de hidrometria e as atividades de combate às fraudes
na micromedição. Dentro dos termos contratuais, elaboração de projetos de engenharia,
bem como das licenças ambientais. Obtenção dos recursos financeiros necessários à
prestação do serviço e ampliação e modernização deste.
O prazo do contrato será de 30 anos, contados a partir do primeiro dia útil
subsequente ao seu de assinatura, podendo haver a prorrogação até o período máximo
legalmente permitido, por interesse público ou pelo período necessário à eventual
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro.
O serviço, deverá ser adequadamente prestado, de modo a atender às
necessidades de interesse público. Considera-se a prestação de serviço adequado sempre
que satisfazer as condições de regularidade, eficiência, segurança e continuidade.
Durante a prestação dos serviços, a contratada terá ampla liberdade na direção de seus
negócios, operação, investimentos, pessoal, serviços terceirizados, materiais e
tecnologias, observadas as disposições do edital, do contrato e da legislação em vigor.
A prestação do serviço pela contratada deverá ser pautada ao longo do contrato
pela adequada operação, manutenção e modernização do sistema acordado, satisfazendo
as condições de regularidade, continuidade, eficiência e atualidade como consta no
inciso 7.3 do contrato.
Visando a manutenção do padrão, atualidade e eficiência, no inciso 7.4 fica
determinado que:
As partes deverão a cada 4 anos, quando da revisão do Plano Municipal de Saneamento
Básico, reavaliar as condições, parâmetros e indicadores dos serviços prestados,
garantindo-se, caso ocorra qualquer alteração, a imediata manutenção do equilíbrio
economico-financeiro do contrato.
O valor do contrato e a dotação orçamentária ficaram definidas no valor
estimado de R$ 1.268.485.431,00 ( um bilhão, duzentos e sessenta e oito milhões,
quatrocentos e oitenta e cinco mil e quatrocentos e trinta e um reais.) e os recursos
38
orçamentários destinados ao pagamento das despesas criadas nos termos do contrato
estão referenciados no Plano Plurianual e à conta de recursos próprios da contratante.
Fará parte das obrigações da CONTRATANTE, como agente público e tendo
como alicerce o contrato e a lei das parcerias público privadas, entre outras atribuições,
como dispõe no parágrafo 11º:
I. Cumprir e fazer cumprir as disposições do contrato.
II. Fornecer dados e informações úteis para o cumprimento da parceria.
III. Planejar, regular, controlar e fiscalizar a prestação dos serviços
acordados.
IV. Estimular a racionalização, eficiência e melhoria dos serviços.
V. Exigir o cumprimento do contrato, a prestação do serviço de forma
adequada, podendo aplicar penalidades, intervir na prestação dos serviços,
retomá-lo e extinguir a concessão, nos casos e nas condições previstas
neste contrato e na legislação pertinente.
VI. Modificar,unilateralmente as disposições contratuais para melhor
adequação ao interesse público.
Como explicitado na lei de parcerias público privadas onde cabe ao estado ser o
agente fiscalizador e o agente privado tendo dever de prover o melhor para a sociedade,
dispõe no parágrafo 18 do contrato, sobre as penalidades cabíveis para ambas as partes.
Multas diárias, suspensão e até mesmo extinção do contrato são algumas das
penalidades aplicadas.
5. O FUTURO DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS NO SANEAMENTO
DO BRASIL
 
O novo Marco Legal do Saneamento completou em julho de 2021 um ano desde
a sua sanção pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro. Segundo o Ministério do
Desenvolvimento Regional - Mdr (2021) -, a meta do Governo Federal é atingir a
universalização dos serviços de saneamento básico até 2033, garantindo desta forma
39
que aproximadamente 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90%,
ao tratamento e à coleta de esgoto. 
A capacidade de investimento do Governo Federal, dos estados e municípios,
com recursos próprios ou provenientes de financiamentos, chega a R$ 7
bilhões por ano. No entanto, a necessidade do Brasil é dez vezes maior.
Precisamos investir cerca de R$ 70 bilhões, anualmente, para ofertar serviços
de saneamento de maneira universal até 2033. (MARINHO, 2021, Online).
 Com essa perspectiva é importante que o entendimento sobre o modelo fique
claro. “As concessões não são privatizações. Mas, sim, uma parceria entre os entes
público e privado para garantir o acesso da população a serviços
essenciais”(MARINHO, 2021, Online). Desde a sanção do Marco Legal do
Saneamento, diversos leilões foram realizados em estados pelo Brasil como são os casos
de Alagoas, Espírito Santo e Rio de Janeiro por exemplo. 
No último ano, tivemos vários casos de sucesso. Somamos quase R$ 60
bilhões em investimentos. As concessões beneficiarão mais de 15,5 milhões
de brasileiros com água e esgoto tratados. Esses recursos estão à disposição
para investimentos dos estados, sem relação de dependência com o
Orçamento Geral da União ou Medida Provisória, por exemplo
(MARANHÃO, 2021,ONLINE).
 Segundo o MDR (2021), além do que habitualmente conhecemos como serviços
de saneamento básico como água e esgoto, o tema é muito vasto, englobando nesta
esfera serviços como esgotamento sanitário e resíduos sólidos urbanos, este último com
projetos em elaboração utilizando as PPP como modelo com os consórcios
Convale/MG, Comares/CE, Bauru/SP e Teresina/PI, somando R$ 3,3 bilhões em
investimentos.
Assim Herbert Dantas, Diretor da BRK Ambiental, descreve no blog
Saneamento em Pauta o papel do cidadão preocupado com um futuro melhor para sua
família e comunidade.
Para termos avanços no saneamento no Brasil, a sociedade precisa participar
ativamente. Boa parte da população não relaciona a falta de saneamento a
problemas como a mortalidade infantil, atraso escolar e poluição dos rios.
grande volume de investimentos. O papel da população é importante tanto
por meio de cobranças por políticas públicas eficazes quanto entendendo que
para os avanços dos serviços de saneamento são necessárias obras
https://www.linkedin.com/in/herbertdantas/
40
consideráveis nas ruas dos municípios, que podem interferir temporariamente
na rotina da cidade. As mudanças temporárias na rotina da população, com
bloqueio de vias, ruído e interrupção passageira dos serviços são parte do
processo. Por isso, é importante que as pessoas saibam que a fase de
ampliação dos sistemas é algo transitório, e que o benefício que fica para a
população e o meio ambiente é infinitamente maior do que o período de
obras. Viu como o saneamento básico é um assunto complexo e que merece
cuidado por parte dos nossos governantes? Ainda há muito a ser feito, porém,
precisamos começar o quanto antes a ampliar esse serviço para cumprir as
metas de universalização. Lembre-se de que você pode, e deve, questionar o
prefeito da sua cidade sobre a aplicação do investimento em saneamento.
(DANTAS, 2019)
6. CONCLUSÃO
 A solução definitiva para a carência de infraestrutura no Brasil depende de uma
visão de longo prazo. Neste cenário, composto por projetos em maior quantidade e
qualidade, bem como mais diversificados setorial e territorialmente, a infraestrutura terá
um papel central nos próximos anos no Brasil para promover investimento, gerar
empregos, reduzir os custos logísticos e melhorar a qualidade de serviços no
país. Afinal, estamos diante de um novo cenário, em que os protagonistas são as
ecoaquisições, compras verdes, licitações positivas ou compras ambientalmente
amigáveis.
 As Parcerias público-privadas, de fato, são uma opção eficaz e moderna para a
expansão e maiores investimentos privados no Brasil, principalmente ligados às áreas
de infraestrutura como o saneamento básico, que por muitas vezes ficaram de lado até
um passado recente. Vale ressaltar o baixo número de pessoas atendidas com água e
esgoto no país atualmente e a expansão que poderemos ter nos próximos anos
acarretando mais dignidade para a população e fomentando a economia.
 Na medida em que o pagamento por parte do Estado somente se dará após a
entrega do serviço acordado, as companhias vencedoras dos processos, têm maior
interesse na agilidade do processo como um todo. Além disso, nesta modalidade fica
muito clara a divisão de riscos entre os agentes, principalmente em situações de
restrição orçamentária e austeridade fiscal.
Um outro ponto positivo é o fato do Estado se tornar menos sobrecarregado ao
direcionar para a iniciativa privada questões essenciais à população mas que fogem a
41
expertise do Estado e que por isso não vinham tendo sucesso na execução. Desta forma
o Estado, atrai investidores, arrecada recursos e consegue direcionar seus esforços para
investir onde ele pode ser mais eficaz.
Diante dos investimentos socialmente responsáveis, podemos afirmar que
estamos vendo o chamado capitalismo de stakeholders emergir. Os governos têm
importante papel na busca por um modelo de desenvolvimento menos agressivo ao
meio ambiente, às comunidades no entorno e, ainda, à sociedade em geral.
 Do lado negativo, precisamos nos atentar a dois pontos: a perda de controle caso
não haja participação no planejamento ou execução acarretando perda de qualidade; e
como segundo ponto devemos nos atentar a corrupção e em falhas na fiscalização,
superfaturamento e favorecimento.
Dessa forma são observadas certas dificuldades na execução das parcerias, no
que diz respeito à elaboração extremamente complexa dos contratos de concessão, que
devem ser capazes de alinhar os interesses do poder público, do parceiro privado, e da
sociedade que irá usufruir dos serviços prestados. 
Cabe ressaltar que as parcerias público-privadas, não têm a pretensão de serem a
única ou a melhor forma de execução, devendo ser implementadas apenas nos casos em
que é comprovada sua vantagem comparativa, a fim de servir à sociedade. Para vencer
os desafios ambientais gigantescos é importante entregar aquilo que é competência
técnica a quem melhor sabe fazê-lo.
 É preciso amadurecer e ampliar os instrumentos de coordenação, de forma que
alinhem interesses para a implementação de projetos de interesse comum. Dessa forma,
teremos maior desenvolvimento de modelos de negócios comparáveis e um ritmo de
projetos constante no decorrer dos anos.
 Além disso, há uma correlação inequívoca entre investimento em infraestrutura,
crescimento econômico e redução da pobreza. Diante desses fatores, não é à toa que
destravar os processos de planejamento, preparação e financiamento de projetos de
infraestrutura tem sido uma prioridade - não apenas no Brasil, mas globalmente.
Vale destacar que o aumento da classe média brasileira nos últimos anos é
apontado como uma das causas de gordos investimentos. Este segmento da sociedade
cobra por melhoria na prestação de serviços públicos urbanos e bem-estar social. O
42
saneamento deve ser considerado um elemento estruturantedo desenvolvimento
econômico dos países, em todo o planeta.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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