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TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES I Estudo de Viabilidade Técnica e Planejamento 1 TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES - I Estudo de Viabilidade Técnica e Planejamento 3ª EDIÇÃO 2019 Esta apostila é material didático das disciplinas de Tecnologia das Construções do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Geraldo di Biase e contem um conjunto de informações retiradas, em parte, da bibliografia indicada. Este material pode ser reproduzido desde que ditado o autor. PROF: Arq.Msc. WILIAM FERNANDO GOMEZ 2 Sumário 1-Estudo de Viabilidade Técnica.........................................................Pag.03 2-Projeto de Arquitetura e Complementares.......................................Pag.10 3-Definições.........................................................................................Pag.11 4-Roteiro Básico..................................................................................Pag.13 5-Planejamento de Obra.....................................................................Pag.22 6-Orçamentos......................................................................................Pag.28 7-Cronograma.....................................................................................Pag.33 8-Canteiro de Obras............................................................................Pag.33 BIBLIOGRAFIA...................................................................................Pag.34 1 – ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA 1.1 -Definição: De acordo com Souza Leal (2007, apud. Gehbauer 2002) descreve que o estudo de viabilidade é a comparação entre a estimativa de custo do mesmo e os rendimentos que se esperam obter por meio da sua comercialização. Ele compreende todo o planejamento técnico básico necessário, desde a idéia inicial, até a elaboração do anteprojeto. Para empresas de incorporação/construção, é 3 durante o estudo de viabilidade do empreendimento que fatores como localização, capital e concepção do produto são combinados, de tal forma que se obtenha uma incorporação bem-sucedida. Já Bezerra da Silva (1995), afirma que para o estudo de viabilidade se aproxime da realidade, deve-se partir de um bom cenário, dispor de um bom modelo matemático para simulação, conhecer os indicadores, estabelecendo critérios particulares de decisão, e Gonzalez e Formoso(1999) afirma que devido as características especiais do mercado imobiliário torna-se muito difícil o processo de decisão de investimento ou de lançamento de novas construções, principalmente do que diz respeito ao estudo de viabilidade pois não tem como realizar uma analise completa e definitiva do mercado devido que o mesmo sofre flutuações, e a decisão do investimento muitas vezes é tomada de forma intuitiva pelo empresário de acordo com a sua experiência e percepções momentâneas do mercado. Ao refletir sobre estes autores percebemos que existe uma grande quantidade de fatores que intervém no processo e ao longo o processo que decorre entre o momento da decisão a conclusão do empreendimento, é necessário analisar a viabilidade econômica e financeira do mesmo acrescendo as informações relativas ao mercado imobiliário local e regional, variáveis monitoráveis como custos de produção, cronograma físico da obra, cronograma de desembolso da produção, BDI ( bônus e despesas indiretas) e remuneração pelos serviços, e as variáveis não monitoráveis como expectativa de inflação e juros da economia, variação de valor dos imóveis e velocidade de vendas. Etapas: - Estudo de Viabilidade Técnico/Financeiro - Elaboração do ante-projeto - Aprovação do ante-projeto junto ao cliente - Elaboração dos projetos Arquitetônico e Complementares. - Levantamento dos custos e cronograma de obras - Aprovação junto aos órgãos públicos Municipais, Estaduais e Federais. - Execução da obra - Finalização obra - Habite-se e atualização cadastral do imóvel junto a Prefeitura e cartório. 1.2 – Fases do Estudo de Viabilidade Técnica 4 Há quatro fases distintas de um empreendimento imobiliário: a) Estudo da viabilidade do empreendimento, potencial técnico e financeiro da empresa, analise do mercado local, possibilidades de rendimento, aquisição do terreno, A contratação dos profissionais para o serviço de projetos. b) Gestão do empreendimento, elaboração e coordenação dos projetos, a partir do programa do empreendimento, definido no anteprojeto arquitetônico, depois o projeto legal para aprovação nos órgãos públicos, e projeto executivo para execução. c) Execução de orçamentos e planejamento do empreendimento, definido etapas e custos gastos. Recomenda-se cuidado neste momento de estimativas dos custos de fundações, estrutura e instalações, sendo que nesta etapa ainda falta projetos de civil que ainda não foram desenvolvidos. d) Legalização do empreendimento, neste momento procede-se a juntada de documentos para aprovação e registro do empreendimento obtendo o alvará de construção. Um fator importante para o sucesso de um empreendimento está na divisão clara entre as atribuições do responsável pelo estudo de viabilidade e dos responsáveis técnicos pela execução da obra. Evitar que o mesmo profissional atue em ambos os setores, pois o(s)responsável(eis) pelo estudo de viabilidade defende os interesses do empreendedor e os responsáveis técnicos pelo projeto/obra tem uma visão característica de construtor. 1.3 - Atribuições: 1.3.1 - Responsável pelo estudo de viabilidade técnico/financeiro -Determinação da localização do empreendimento -Concepção do tipo de produto -Definição do padrão de qualidade -Análise de perspectivas de venda ou locação -Análise de mercado de investidores 5 1.3.2 - Responsável pela execução (construtor) -Levantamento de custos -Fidelidade no cumprimento de prazos -Garantia da qualidade dos serviços prestados na execução da obra -Cabe ressaltar que a interação das atividades não pode ser descartada, devido a característica de cada empreendimento. A concepção de um empreendimento pode iniciar-se a partir das experiências adquiridas em projetos anteriores, de estímulos externos vindos de investidores, arquitetos, publicações, pesquisa de mercado, etc. O foco inicial recai sobre as exigências e desejos do mercado comprador, seguindo de um diagnostico deste mercado para obter prováveis valores de venda do imóvel pronto. Escolhido o tipo de empreendimento, procede-se a escolha da melhor área, combinando inicialmente uma boa localização com um preço compatível, partindo de uma área pré-escolhida, há outras condicionantes para a melhor escolha que são: 1.3.3 – Macro análise – Estudo global das informações pertinentes a localização. 1 - Situação geográfica a - Orientação Solar b - Topografia c - Formato do Terreno ( dimensões reais x dimensões legais) d - Possibilidade de acréscimo e- Entorno 2 – Infraestrutura urbana a - Ligações das redes de água e esgoto, b - Rede de abastecimento elétrico, telefonia, TV a cabo, internet, c - Conexões com vias de trafego d - Possibilidades de acesso independente de uso de terreno alheio e - Instituições culturais e de lazer próximo, f -Transporte publico local 6 g - Instituições de ensino próximo h - Comercio básico próximo i –Segurança 3 - Aspectos Mercadológicos a - Necessidades de mercado b - Compreensão do entorno da área escolhida identificação de elementos valorizantes e ou desvalorizantes dos arredores da área c - Aspectos Financeiros d - Estudo dos custos na fase de construção e - Compatibilidade entre terreno e produto pretendido f - Retorno financeiro 1.3.4 - MICROANÁLISE – Análise do ponto de vista público, juridico e social, estudo das normase legislação que poderão viabilizar ou inviabilizar o empreendimento. 1-Verificar o Plano Diretor local 2-Verificar o Código de Posturas/obras Municipais 3-Coeficiente de aproveitamento, taxa de ocupação, gabarito do local, 4-Zoneamento urbano 5-Tipo de construção (uni ou multi familiar, sobrado, etc) 6 -Alinhamento e afastamentos laterais mínimos 7 -Análise de imposições relativas ao ambiente a-Proteção da paisagem local b -Proteção a monumentos e edificações tombados c -Cone aeronáutico d -Proteção do meio ambiente Dependendo do local prévio escolhido há a possibilidade de necessidade de aprovação junto a outros órgãos governamentais (no caso ambientais) podendo resultar em processos demorados para liberação. 8-Análise sobre o entorno -Levantamentos do local a - Edificações limítrofes (levantamento técnico e fotográfico) processos judiciais b - Construções históricas ou ruinas existentes sobre o terreno 7 c - Geometria do terreno d – outros fatores que podem ser identificados. 9 - Dados Cartoriais: a - Verificação da documentação do proprietário b - Possíveis Entraves judiciais c - Certidões Negativas de Debito d - Prioridade de uso por setores públicos 10 - Adequação do terreno ao planejamento da obra, tipo: instalação do canteiro de obras, carga e descarga de veículos, afastamento da construção vizinha, exigências locais quanto a poluição sonora, outras imposições legais locais quanto a execução da obra por parte da prefeitura ou condomínio. a - Estudo dos solos (sondagem, terraplenagem, aterros e movimento de (terra); b - Taxa de ligação dos serviços públicos de água , luz e esgoto provisórios. 11 - Perfil do usuário pretendido Depois de definir o produto precisa-se caracterizar o tipo de imóvel, sua localização e as especificações com vistas a atender a demanda dos prováveis locatários/compradores . 12 - Orçamento, na maioria das vezes no estudo de viabilidade é realizado com o projeto arquitetônico ainda na fase de anteprojeto, faltando ainda especificações técnicas e de acabamentos, sendo quase impossível executar um bom orçamento detalhado. Sendo o orçamento por estimativa a alternativa mais usada, sendo um orçamento simplificado da obra, não reflete o valor real da construção, mas obtêm-se um valor muito próximo do real, podendo fazer de duas formas: Calculo simplificado (custo unitário do metro quadrado da construção) e Orçamento por estimativas (segundo os principais itens e serviços da construção) Com estes custos prévios estimados(valor compra do terreno+ despesas cartoriais+despesas de aprovação do projeto + custo estimado da obra), 8 comparando com os valores para venda do empreendimento obtém-se uma estimativa de lucro, avaliando assim a viabilidade do empreendimento. No caso de locação deve-se levar em conta o tempo de retorno do capital investido no aluguel pago pelos inquilinos. Após a aprovação na prefeitura do projeto legal, deve-se realizar um orçamento detalhado e um cronograma físico /financeiro, definido o capital necessário para a execução da obra. 13 – Rentabilidade do empreendimento É um indicador que mostra a velocidade do retorno do capital investido, obtido em percentual por unidade de tempo e mostra a taxa de retorno do capital investido. Ex. Se uma empresa tem uma rentabilidade de 17% ao ano, significa que 17% que investiu anualmente retornam sob a forma de lucro. Equação da taxa de rentabilidade Taxa de rentabilidade = (Lucro Líquido) n x 100 (Investimento) N = Período de investimento 14 – Índice de lucratividade Lucratividade é um indicador que nos apresenta qual é o ganho que a empresa consegue gerar sobre o trabalho que ela desenvolve depois de todas as despesas pagas. Equação do índice de lucratividade Lucratividade = Lucro Liquido x 100 receita total Receita total – valor bruto de todos valores recebidos pela empresa, neste caso de todos os valores investidos. 15 - Período de de retorno de investimento É o indicador que permite verificar em quanto tempo terá o retorno do capital investido, considerando um determinado nível de vendas e lucros. Período de Retorno do Investimento =Investimento x 100 Lucro Líquido 9 O orçamento por estimativa é na realidade um orçamento simplificado da obra, que na qual obtém o custo da construção levando em conta apenas dados técnicos que se possa dispor, e não conseguindo definir vários outros aspectos de ordem técnica por não estarem definidos levam a análise a uma margem de incertezas que deve ser levada em conta no estudo de viabilidade do empreendimento. Mediante estas incertezas varias empresas no intuito de reduzi-las passam a implantar sistemas de controle de custos e um estrito controle dos orçamentos. Entretanto apesar das experiências anteriores de empresas do setor neste tipo de controle não constitui uma garantia de repetição de sucessos com este tipo de controle, pois há os fatores não mensuráveis que podem contribuir para a alteração significativa destas Analise de Viabilidade. A fonte de recursos para a execução das obras poderá vir de três fontes: Uso do próprio capital, financiamento por bancos e/ou financeiras e antecipação das vendas e/ou locações (venda na planta). Deve-se elaborar cronograma de vendas de tal forma a diminuir os riscos de começar um empreendimento e não conseguir terminá-lo, por isso é indicado realizar o cronograma de vendas em três formas: um otimista, uma realista e uma pessimista. O confronto dos dois cronogramas (receita x despesas) resultará em um déficit que deve ser absorvido pela empresa, e caso ele seja excessivo todo o empreendimento deve ser abortado, ou caso a empresa não disponha de recursos para cobrir, há a possibilidade de parcerias com outros investidores. 2 – PROJETO DE ARQUITETURA E COMPLEMENTARES Durante a 77ª reunião do conselho superior do Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, realizada em Salvador, (data não informada), aprova documento definindo roteiro para desenvolvimento de projeto de arquitetura da edificação, com o intuito de universalizar e padronizar a execução de projeto de arquitetura. 2.1 - Introdução A palavra projeto significa, genericamente, intento, desígnio, empreendimento e, em acepção, um conjunto de ações, caracterizadas e quantificadas, necessárias 10 à concretização de um objetivo. Embora este sentido se aplique a diversos campos de atividade, em cada um deles o projeto se materializa de forma específica. O objetivo principal do Projeto de Arquitetura da Edificação é a Execução da Obra idealizada pelo arquiteto. Essa obra deve se adequar aos contextos naturais e culturais em que se insere e responde às necessidades do cliente e futuros usuários do edifício. As exigências do cliente e usuários se exprimem através do programa de necessidades que define metodicamente o objetivo do projeto. 2.2 – Objetivos O presente documento tem por objetivo: a) estabelecer parâmetros – base para fixação dos honorários profissionais respectivos; b) discriminar os serviços incluídos e excluídos nos contratos que tenham por objeto Projeto de Arquitetura da edificação. c) definir e caracterizar os principais elementos técnicos relacionados ao projeto, em especial, as fases que o compõem, as informações necessárias ao seu desenvolvimento e os produtos finais/serviços que o caracterizam. 2.3. CONTEÚDO ABRANGÊNCIA 2.3.1. Serviços Incluídos O presente documento roteiriza o serviço de Projeto de Arquitetura da Edificação inclusa a coordenação/compatibilização dos projetos complementares 2.3.2. Serviços Excluídos Além do Projeto de Arquitetura da Edificação o arquiteto está técnica elegalmente habilitado à realização de outros serviços, excluídos do presente roteiro, definidos pelo CAU contido na Lei 12. 378.. 3. DEFINIÇÕES 3.1. Gerais a) obra: espaço/objeto a ser construído, fabricado ou montado; 11 b) projeto: conjunto de desenhos e documentos técnicos necessários à construção, fabricação ou montagem da obra; 1ª etapa de realização da mesma; c) execução: conjunto de ações técnicas, baseadas no projeto, necessárias à construção, fabricação ou montagem da obra; 2ª etapa de realização da mesma; d) arquiteto: técnico contratado, responsável pelo projeto e/ou execução da obra; e) cliente: pessoa física ou jurídica contratante dos serviços do arquiteto; f) usuário: cada um daquele que utilizarão a obra projetada e/ou executada pelo arquiteto. Em alguns casos cliente e usuários coincidem; g) programa de necessidades: documento que exprime as exigências do cliente e as necessidades dos futuros usuários da obra. Em geral, descreve sua função, atividades que irá abrigar, dimensionamento e padrões de qualidade assim como especifica prazos e recursos disponíveis para a execução. A elaboração desse programa deve, necessariamente, proceder o início do projeto, podendo, entretanto, ser complementado ao longo de seu desenvolvimento. 3.2. Fases De Projeto O projeto de arquitetura da edificação compreende as fases de Estudo Preliminar, Anteprojeto e/ou Projeto de Aprovação, projeto de Execução e Assistência à Execução da Obra que se caracterizam como blocos sucessivos de coleta de informações, desenvolvimento de estudos/serviços técnicos e emissão de produtos finais, objetivando, ao término de cada um deles: a) avaliar a compatibilidade do projeto com o programa de necessidades, em especial no que se refere a: • funcionalidade; • dimensionamentos e padrões de qualidade; • custos e prazos de execução da obra; b) providenciar, em tempo hábil, as reformulações necessárias à concretização dos objetivos estabelecidos no programa de necessidades, evitando- se posteriores modificações que venham a onerar o custo do projeto e/ou da execução da obra; 12 c) construir o conjunto de informações necessárias ao desenvolvimento da fase subseqüente. O Estudo Preliminar constitui a configuração inicial da solução arquitetônica proposta para a obra (partido), considerando as principais exigências contidas no programa de necessidades. Deve receber a aprovação preliminar do cliente. O Anteprojeto constitui a configuração final da solução arquitetônica proposta para a obra, considerando todas as exigências contidas no programa de necessidades e o Estudo Preliminar aprovado pelo cliente. Deve receber a aprovação final do cliente. O Projeto de Aprovação é uma sub-fase ao anteprojeto, desenvolvida, conforme o caso anterior, concomitante ou posteriormente a ele. Constitui a configuração técnico-jurídica da solução arquitetônica proposta para a obra considerando as exigências contidas no programa de necessidade, o Estudo preliminar ou Anteprojeto aprovado pelo cliente e as normas técnicas de apresentação e representação gráfica emanadas dos órgãos públicos (em especial, Prefeitura Municipal, concessionárias de serviços públicos e Corpo de Bombeiro).Nos casos especiais em que não haja necessidade de aprovação do, projeto pelos poderes públicos esta sub-fase deixa de existir. O Projeto da Execução é o conjunto de documentos técnicos (memoriais, desenhos e especificações) necessárias à licitação e/ou execução (construção, montagem, fabricação) da obra. Constitui a configuração desenvolvida e detalhada do Anteprojeto aprovado pelo cliente. A Assistência à Execução da Obra é fase complementar de projeto que se desenvolve concomitantemente à execução da obra. A cada fase do projeto de Arquitetura da Edificação correspondem a fases correspondentes dos projetos complementares. A coordenação/compatibilização desses cabe ao arquiteto, sendo considerado serviços incluídos no presente documento. Dependendo da complexidade da obra e do acordo prévio entre arquiteto e cliente. 3.3. Informações necessárias ao desenvolvimento do projeto Para dar início a cada fase do projeto o arquiteto necessita de um conjunto de informações técnicas (dados desenhos e documentos) imprescindíveis ao 13 desenvolvimento da mesma. Parte dessas informações é fornecida pelo cliente, parte pesquisada pelo arquiteto. 3.4. Produtos finais/serviços básicos e opcionais. Ao longo e/ou ao término de cada fase de projeto o arquiteto desenvolve estudos/serviços técnicos e emite e fornece ao cliente produtos finais (desenhos, documentos e especificações) que caracterizam a solução arquitetônica proposta para a obra.Produtos finais/serviços básicos são aqueles indispensáveis à definição do projeto Produtos finais/serviços opcionais são aqueles que esclarecem, ilustram, elucidam e complementam o projeto.Os honorários fixados nas “Condições de Contratação e Remuneração do Projeto de Arquitetura da Edificação”não incluem a prestação/emissão desses serviços/produtos, devendo sua contração ser objeto de acordo à parte. 4. ROTEIRO BÁSICO 4.1. Estudo Preliminar 4.1.1. Informações 4.1.1.a. A cargo do cliente a) programa de Necessidades, especificando: • objetivo do cliente e finalidades da obra; • prazos e recursos disponíveis para o projeto e a execução; • características funcionais da obra, em especial: atividade que irá abrigar; - compartimentação e dimensionamentos preliminares; escala de proximidades espaciais; população fixa e variável (por compartimento); fluxos (de pessoas, veículos, materiais) • mobiliário instalações e equipamentos básicos (por compartimento); • padrões de construção e acabamento; • recursos técnicos disponíveis para a execução: materiais, mão–de-obra, sistemas construtivos; •modalidade de contratação de execução e porte do construtor/montador/fabricante. 14 b) Informações sobre o terreno e seu entorno, em especial: • Escrituras; • Levantamento topográfico planialtimétrico detalhado, em escala adequada, indicando os limites do terreno (dimensões lineares e angulares), as construções vizinhas e internas ao terreno, o arruamento e as calçadas limítrofes, os acidentes naturais (rochas, cursos d’água, etc.), a vegetação existente (locação e especificação de árvores e massas arbustivas) e o Norte verdadeiro; • Levantamento arquitetônico detalhado, em escala adequada, de construções porventura existentes no interior do terreno; • Sondagem geológica a dados sobre drenagem visando subsidiar a concepção estrutural e o projeto de fundações da obra. 4.1.1.b. A Cargo do Arquiteto a) programa de necessidades: • revisão e eventual complementação. b) informações sobre o terreno e seu entorno, em especial: • documento cadastrais (projetos de alinhamento e loteamento, levantamentos aerofotogramétricos e outros); • fotos do terreno e seu entorno; • dados geoclimáticos e ambientais locais, em especial, temperaturas, pluviosidades, insolação, regime de ventos e marés (para terrenos a beira- mar) e níveis de população sonora, do ar, do solo e das águas; • dados urbanísticos do entorno do terreno, em especial, uso e ocupação do solo, padrões arquitetônicos e urbanísticos, infra-estrutura disponível, tendências de desenvolvimento e planos governamentais para a área e, condições de tráfego e estacionamento. c) legislação arquitetônica e urbanística (municipal, estadual e federal) pertinente, em especial: • restrições de uso; • taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento; • gabaritos; • alinhamentos, recuos e afastamentos; 15 • número de vagas de garagem; • exigências relativas a tipos específicos de edificação e outras exigências arquitetônicas das Prefeituras Municipais, Corpo de Bombeiros, Concessionárias de Serviços Públicos, Ministériosda Marinha, Aeronáutica, Trabalho e Saúde e Órgãos de Proteção ao Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, entre outros. 4.1.2. Produtos Finais / Serviços Básicos: • memorial: descreve e justifica a solução arquitetônica proposta relacionando-a ao Programa de necessidade, às características do terreno e seu entorno, à legislação arquitetônica e urbanística pertinentes e/ou a outros fatores determinantes na definição do partido adotado; • planta de situação: representa a implantação da obra no terreno indicado, em especial, acessos, posição e orientação da(s) edificação(ões) e principais, elementos arquitetônicos (estacionamentos, piscinas, quadras esportivas, castelos d’água e/ou outros), recuos e afastamentos, cotas e níveis principais e quadro, geral de áreas (totais, por setor, pavimento e/ou bloco, úteis e/ou construídas, conforme o caso); • plantas e cortes gerais: representam a compartimentação interna da obra indicando, em especial, a localização, inter-relacionamento e pré- dimensionamento de ambientes, circulações (verticais e horizontais) e acesso; • fachadas principais: representam a configuração externa da obra indicando seus principais elementos, em especial esquadrias; • coordenação dos estudos preliminares complementares. 4.1.3 Produtos Finais / Serviços Opcionais: • perspectivas e/ou maquete de massas: representam a configuração espacial global da obra, sua implantação no terreno e relacionamento com o entorno construído; • desenhos promocionais: perspectivas adicionais (internas e/ou externas) e plantas e/ou humanizadas (com indicação de mobiliário e equipamentos básicos), entre outros; 16 • especificação preliminar dos principais materiais e acabamentos; • estudos preliminares complementares: de Estrutura, Instalações, paisagismo e/ou Arquitetura de Interiores, entre outros listados no item 6.3.2, letras F e G; • estimativa preliminar de custos: baseada, em geral, nos custos correntes do metro quadrado da construção, custos globais dos serviços ou critério equivalente, consideradas as características da obra. 4.2- Anteprojeto Informações: a) Todas as informações listadas no item 4.1.1; b) Os Estudos Preliminares aprovados pelo cliente. 4.2.1a Produtos Finais / Serviços Básico. • Plantas de situação: define a implantação da obra no terreno locando e dimensionado em especial, a(s) edificação(ões), acessos, áreas livres e demais elementos arquitetônicos. Indica afastamentos, recuos, investiduras, área “non aedificandi” e servidões, cotas gerais e níveis de assentamento, áreas totais e/ou parcial, úteis e/ou construídas, conforme a necessidade; • plantas baixas: definem, no plano horizontal, a compartimentação indicando a designação, localização, inter-relacionamento e dimensionamento finais (cotas, níveis acabados e áreas) de todos os pavimentos, ambientes, circulações e acessos. Representam a estrutura, alvenarias, tetos rebaixados, revestimentos, esquadrias (com sistema de abertura), conjuntos sanitários e equipamentos fixos; • planta (s) de cobertura: define sua configuração arquitetônica indicando a localização e dimensionamento finais (cotas e níveis acabados) de todos os seus elementos. Representa, conforme o caso, telhados, lajes, terraços, lanternins, domus, calhas caixas d’água e equipamentos fixos; • cortes gerais: definem, no plano vertical, a compartimentação interna da obra e a configuração arquitetônica da cobertura indicando a designação, localização, inter-relacionamento e dimensionamento finais(alturas e níveis acabados) de pavimentos, ambientes, circulações e elementos arquitetônicos significativos.Representam a estrutura, alvenarias, tetos rebaixados, revestimentos, esquadrias (com sistema de abertura)e, conforme o caso, 17 telhados, lanternins, “sheds”, domus, calhas, caixas d’água e equipamentos fixos; • fachadas: definem a configuração externa da obra indicando todos os seus elementos, em especial, os acessos. Representam a estrutura, alvenarias, revestimentos externos, esquadrias (com sistema de abertura) e conforme o caso, muros, grades, telhados, marquises, toldos, letreiros e outros componentes arquitetônico significativos; • especificações: definem os principais materiais e acabamentos, em especial, revestimentos de fachadas e pisos, paredes e tetos de todos compartimentos. A critério do arquiteto, porém ser apresentadas sob diversas formas, por exemplo: a) grafadas nos próprios desenhos (plantas, cortes e fachadas); b) em um quadro geral de materiais e acabamentos e/ou; c) sob a forma de texto (memorial de especificações); • coordenação dos anteprojetos complementares 4.2.1b-Produtos Finais / Serviços Opcionais: • maquete; • perspectivas; • anteprojetos complementares de Estrutura, Instalações, Paisagismo e/ou Arquitetura de Interiores, entre outros listados no item 3.2., letras F e G; • orçamento estimativo: baseado nos Anteprojetos de Arquitetura e complementares, pré-dimensionamento quantidades e custos de materiais e s a) todas as informações listadas no item 4.1.1; b) os estudos preliminares aprovados pelo cliente, caso o Projeto de Aprovação seja desenvolvido anterior ou concomitantemente ao Anteprojeto; ou ver os anteprojetos aprovados pelo cliente, caso o Projeto de Aprovação seja desenvolvido posteriormente ao Anteprojeto. c) as normas de apresentação e representação gráfica emanadas dos órgãos públicos. 4.2.2 Produtos Finais / Serviços Básicos: 18 Variáveis caso a caso, conforme as exigências dos órgãos públicos e concessionárias envolvidos. Inclui-se com serviços básicos a coordenação dos Projetos de Aprovação complementares. 4.2.3 Produtos Finais / Serviços Opcionais: • projetos de aprovação de estrutura, instalações e outros, quando exigidos; • revisão do projeto de aprovação, conforme o executado (as built legal); 4.3 Projeto de Execução Informações: a) todas as informações listadas no item 4.1.1.; b) os anteprojetos aprovados pelo cliente e os projetos de aprovação aprovados pelos órgãos públicos; ou(ver item 5.2.)Os anteprojetos aprovados pelo cliente, nos casos especiais em que não haja necessidade de aprovação de projetos pelos poderes públicos. 4.3.1a Produtos Finais / Serviços Básicos: • planta de situação / locação: define detalhadamente a implantação da obra no terreno locando e dimensionando todos os elementos arquitetônicos, em especial, edificação(ões), acessos, vias, áreas livres,muros, piscinas, quadras e/ou outros, variáveis caso a caso.Indica afastamentos, cotas gerais e parciais e níveis de assentamento; • plantas baixas (ou de alvenaria): definem detalhadamente, no plano horizontal, a compartimentação internada obra indicando a designação, localização, inter-relacionamento e dimensionamento (cotas e níveis acabados e/ou em osso) de todos os pavimentos, ambientes, circulações, acessos e vãos (em especial, de esquadrias).Representam a estrutura, alvenarias (em osso ou acabadas), tetos rebaixados, forros, enchimentos e,conforme o caso, revestimentos, esquadrias (com sistema de abertura), conjuntos sanitários, equipamentos fixos, de elementos dos projetos complementares, em especial, de instalações (tomadas, pontos de luz,shafts, prumadas, etc.). Indicam todos os elementos especificados e/ou detalhados em outros documentos/desenhos: 19 • planta (s) de cobertura: define (m) detalhadamente sua configuração arquitetônica indicando a localização e dimensionamento (cotas e níveis acabados e/ou em osso) de todos os seus elementos. Representa (m), conforme o caso, telhados, lajes, terraços, lanternins, domus, calhas caixas d’água e equipamentos fixos. Indicam todos os elementos especificados e/ou detalhados em outros documentos/desenhos; • cortes gerais e/ou parciais: definem detalhadamente, noplano vertical, a compartimentação interna da obra e a configuração arquitetônica da cobertura indicando a designação, localização, inter-relacionamento e dimensionamento (alturas e níveis acabados e/ou em osso) de todos os pavimentos, ambientes, circulações, vãos e outros elementos arquitetônicos significativos.Representam a estrutura, alvenarias (em osso ou acabados), tetos rebaixados, forros, enchimentos e,conforme o caso, revestimentos, esquadrias (com sistema de abertura), conjuntos sanitários, telhados, lanternins, “sheds”, domus, calhas, caixas d’água, equipamentos fixos e elementos dos projetos complementares (ar-condicionado e exaustão, por exemplo). Indicam todos os elementos especificados e/ou detalhados em outros documentos/desenhos. • Fachadas: definem detalhadamente a configuração externa da obra indicando todos os seus elementos. Representam a estrutura, alvenarias, revestimentos externos (com paginação), esquadrias (com sistemas de abertura) e, conforme o caso, muros, grades, telhados, marquises, toldos, letreiros e outros componentes arquitetônicos significativos. Indicam todos os elementos especificados e/ou detalhados em outros documentos/desenhos; • Plantas de teto refletido: quando necessárias, definem detalhadamente a paginação de tetos rebaixados e forros indicados os seus elementos. Representam, conforme o caso, a estrutura (pilares e vigamento) alvenarias e elementos dos projetos complementares (luminárias, aerofusos e “sprinklers”, por exemplo). • Plantas de piso: quando necessárias, definem detalhadamente a paginação de pavimentações e pisos elevados indicando todos os seus elementos. Representam, conforme o caso, a estrutura (pilares), alvenarias e elementos dos projetos complementares (tomadas de piso e raios, por exemplo. 20 • Elevações; quando necessárias, definem detalhadamente a paginação de revestimentos de paredes indicando todos os seus elementos. Representam, conforme o caso, a estrutura (vigas e lajes), alvenarias, esquadrias e elementos dos projetos complementares (quadros de luz, por exemplo). • Detalhes: desenvolvem e complementam as informações contidas nos desenhos acima relacionadas. Representam em plantas, cortes, elevações e/ou perspectivas, definindo-os, todos os elementos arquitetônicos necessários à execução da obra. Em geral, compreendem: - Ampliações de compartimentos, em especial, banheiros, cozinhas, lavanderias, saunas, áreas molhadas. - Detalhes de construção, fabricação e/ou montagem de: - quadras, pistas E campos de esportes; - piscinas, lagos E fontes; - Muros, jardineiras, bancos e outros elementos paisagísticos; - escadas E rampas; - Painéis de elementos vazados (cobogós), tijolos de vidros e alvenarias especiais; - revestimentos E pavimentações; - impermeabilizações E proteções (térmicas, acústicas, etc.); - bancas E bancadas; - Soleiras, peitoris, chapins, rodapés e outros arremates; - Telhados (estrutura e telhamento); - domus, lanternis e “sheds”; - Esquadrias; - balcões, armários, estantes, prateleiras, guichês E vitrines; - forros, lambris E divisórias; - grades, gradis E portões; - guardas-corpos E corrimãos. Em projetos mais complexos, alguns detalhes são objeto de projetos especiais, por exemplo: - Cozinhas industriais e lavanderias automatizadas (mobiliários, equipamento e instalações especiais); - muros, jardineiras, lagos e campos esportivos (paisagismo) ; - Proteção térmo-acústicas (conforto ambiental, acústica); 21 - Revestimentos internos (arquitetura de interiores). Conforme a natureza dos materiais especificados, os detalhes são, em geral, agrupados em seções, a saber: - Detalhes gerais (em concreto, alvenaria, argamassa, mármores e granitos, materiais cerâmicos, plásticos e borrachas, produtos sintéticos e outros; - Detalhes de carpintaria e marcenaria (madeira); - Detalhes de serralheria (ferro, alumínio e outros metais); - Detalhes de vidraçaria. Conforme o grau de industrialização dos componentes, os detalhes podem ser: - Executivos - Esquemáticos Neste último caso, os detalhes executivos são elaborados pelo fabricante do componente e aprovados pelo arquiteto; por exemplo: - Esquadrias de alumínio - Forros industrializados • especificações: definem detalhadamente todo os materiais, acabamentos e normas para a execução de serviços, necessários à execução da obra. Em geral são apresentadas: a) detalhadamente, em um caderno de encargos composto de: - Normas de contratação da execução da obra (direitos e deveres do cliente, fiscal ou gerente; do arquiteto e do executor); - Especificação de serviços (normas de execução) - Coordenação dos projetos de execução complementares. 4.3.1b Produtos Finais / Serviços Opcionais: • plantas e/ou cortes de terraplanagem; • anteprojetos complementares de estrutura, instalações, paisagismo e/ou arquitetura de interiores, • orçamento: define detalhadamente quantidade e custos de todos os materiais e serviços (mão-de-obra) necessários à execução da obra. 4.4. Assistência à Execução da Obra 22 4.4.1. Informações: a) todas as informações listadas no item 4.1.1; b) os projetos de execução. 4.4.1a. Produtos Finais / Serviços Básicos: • visitas ao canteiro de obras e/ou participação em reuniões técnicas visando o esclarecimento de dúvidas sobre o projeto e/ou sua eventual complementação; • exame, para aprovação, de componentes manufaturados; • substituição de desenhos e especificações, em caso de necessidade: falta de produtos no mercado, falência de fabricantes, retirada de produtos de linha ou outras situações excepcionais; • revisão do projeto de execução (apenas os desenhos gerais – plantas de situação, baixas e de cobertura, cortes e fachadas, excluído o detalhamento) conforme o executado (“as buit” executivo), objetivando sua atualização arquitetônica para fins de cadastro e manutenção, ao término da construção ou montagem da obra. 5.1.1b Produtos Finais / Serviços Opcionais: • revisão do projeto de aprovação, conforme o executado (“as built” legal), objetivando sua regularização junto aos órgãos públicos, ao término da construção, fabricação ou montagem da obra 5 - PLANEJAMENTO DA OBRA O planejamento da construção consiste na organização para a execução, e inclui o orçamento e a programação da obra. O orçamento contribui para a compreensão das questões econômicas e a programação é relacionada com a distribuição das atividades no tempo. Em função da variabilidade do setor, é importante realizar o planejamento do empreendimento em níveis de detalhamento diferentes, considerando horizontes de longo, médio e curto prazos. O planejamento de longo prazo é mais geral, com baixo grau de detalhamento, considerando as grandes definições, tais como emprego de mão de obra própria ou terceirizada, nível de mecanização, organização do canteiro de barba Sublinhado barba Realce 23 obra, prazo de entrega, forma de contratação (preço de custo ou empreitada), e relacionamento com o cliente. O plano inicial tem pequeno nível de detalhamento, em geral indicando macro-itens, tais como “fundações”, “estrutura”, “alvenaria” e assim por diante. Em uma obra de dois a três anos, o plano da obra é definido em semestres, por exemplo. Esse nível é utilizado para a compreensão da obra e tomada de decisões de nível organizacional (gerência da empresa). No nível de planejamento de médio prazo trabalha-se com atividades ou serviços a serem executados nos 4 a 6 meses seguintes. Nesse nível de planejamento a atenção está voltada para a remoção de empecilhos à produção, Através da identificação com antecedência da necessidade de compra de materiais ou contratação de empreiteiros (“lookahead planning”). O planejamento de curto prazo visa à execução propriamente dita. Esse planejamento desenvolve uma programaçãopara um horizonte de 4 a 6 semanas, detalhando as atividades a serem executadas. Nesse caso, já há a garantia do fornecimento de materiais e mão de obra, bem como o conhecimento do ritmo normal da obra. Adota-se a idéia de produção protegida contra os efeitos da incerteza (“shielding production”), ou seja, as atividades programadas têm grande chance de ocorrerem. É comum medir a qualidade desse plano através da medição do Percentual de Planos Concluídos (PPC), com a identificação das causas das falhas. Desta forma o planejamento das próximas atividades poderá ser aprimorado. 5.1 - Orçamento Há uma relação próxima entre o prazo de execução e o custo da obra, em função das limitações dos clientes. Os recursos disponíveis mensalmente podem definir um prazo mínimo para a obra. Por outro lado, o prazo da obra implica em alguns custos fixos mensais, tais como aluguéis de equipamentos e mão de obra envolvida na organização (mestres, técnicos, engenheiros ou arquitetos responsáveis pela execução). Desta forma, é importante examinar os condicionantes gerais, desenvolvendo um plano geral para a obra, o qual posteriormente será detalhado. Existem vários tipos de orçamento, tais como orçamentos paramétricos, pela NBR 12721, discriminados e operacionais. O orçamento deve ser formalizado, constituindo-se então em documento fundamental 24 para o gerenciamento da obra. Na visão tradicional, um orçamento é uma previsão (ou estimativa) do custo ou do preço de uma obra. O custo total da obra é o valor correspondente à soma de todos os gastos necessários para sua execução. O preço é igual ao custo acrescido da margem de lucro, ou seja, C + L = P. Em diversos segmentos da construção civil, há um número de elevado concorrentes (por exemplo, na produção de habitação vertical ou na área de manutenção industrial) e se diz que o preço é dado pelo mercado, ou seja, o cliente ou comprador pesquisa preços previamente e negocia a contratação com base nesta informação. Neste caso, a empresa precisa gerenciar seus custos para manter a possibilidade de lucro. Assim, P – C = L. De qualquer forma, o orçamento deve ser executado antes do início da obra, possibilitando o estudo ou planejamento prévios, e também é útil para o controle da obra. 5.2 – Resumindo O resultado do projeto de edificações é um conjunto de documentos, em desenhos e texto, que descreve a obra, permitindo a contratação e a execução. Em um sentido amplo, o “projeto” inclui todos os documentos necessários para comunicar a idéia e desenvolver o produto. Por conta da complexidade e da quantidade de informação envolvida, e também pela tradicional fragmentação (existem diversos profissionais envolvidos), em geral o projeto é dividido em especialidades e em documentos gráficos (tais como plantas arquitetônicas, estruturais, hidro-sanitárias, elétricas, lógicas e outras) e documentos escritos (orçamento, memoriais, especificações técnicas, cronograma, contratos e outros). Em alguns casos, são desenvolvidas várias versões do mesmo documento para atender a diferentes públicos, como é o caso do memorial descritivo, adaptado para registro da incorporação, propaganda para venda, financiamento, aprovação perante órgãos públicos, construção e fiscalização, etc. Em um sentido amplo, o “projeto” inclui todos os documentos indicados a seguir. O projeto é a etapa inicial e uma das mais importantes fases no ciclo de vida de um empreendimento. O projeto de edificações é uma tarefa complexa. Por sua natureza, o projeto pode ser visto como um processo no qual problemas e soluções emergem simultaneamente. Ele requer a identificação e ponderação de diferentes necessidades, requisitos e desejos dos usuários, os quais devem ser adequadamente traduzidos para a linguagem da construção e confrontados com as 25 soluções viáveis (em termos de materiais e técnicas disponíveis, prazos e custos suportáveis), para então serem incorporados ao projeto. As etapas do projeto podem ser sintetizadas como. Planejamento e concepção: é a etapa que reúne as informações necessárias à concepção da edificação inclui o levantamento de dados iniciais, a definição do programa de necessidades e a análise de viabilidade; o programa de necessidades (briefing) consiste na definição/captura dos requisitos do cliente/usuário e em geral é desenvolvido em contatos diretos do arquiteto com o cliente; Estudo Preliminar: é a configuração inicial da solução arquitetônica proposta (partido), considerando os elementos principais do programa de necessidades; Desenvolvimento do projeto : Anteprojeto: é a configuração final da solução proposta, considerando todos os elementos do programa, mas com pouco detalhamento, em escala reduzida; Projeto Básico - reúne os elementos necessários à contratação. Tem algum detalhamento, suficiente para o entendimento da obra. Já envolve os projetos elétricos, hidráulicos, estruturais, detalhes de esquadrias, paisagismo, etc.; Projeto Legal: contém os elementos necessários à aprovação pelos órgãos públicos, gerando licenças para construir e efetuar ligações provisórias dos serviços públicos; Projetos Complementares: projetos das diversas especialidades, tais como estruturas, instalações hidro-sanitárias, elétricas, telefônicas, paisagismo, fachadas, climatização artificial e outros; Projeto Executivo: contém todos os elementos necessários para a construção, incluindo os projetos complementares. Planejamento físico-financeiro: planejamento visando à execução. Pode indicar a necessidade de alterações no projeto, em função de restrições de tempo ou volume de recursos disponíveis. Projeto "como construído" - também conhecido como "as built", trata-se do projeto realmente executado, com todas as alterações que tenham sido feitas até a finalização da construção. 26 Figura 2 – Processo de desenvolvimento de um empreendimento imobiliário Orçamento 27 6 - ORÇAMENTO Existem vários tipos de orçamentos, e o padrão escolhido depende da finalidade da estimativa e da disponibilidade de dados. Se há interesse em obter uma estimativa rápida ou baseada apenas na concepção inicial da obra ou em um anteprojeto, o tipo mais indicado é o paramétrico. Para as incorporações em condomínio, a lei exige o registro de informações, em cartório, seguindo um procedimento padronizado, de acordo com a norma NBR 12721 (ABNT, 1999). O orçamento discriminado é mais preciso, mas exige uma quantidade bem maior de informações. Às vezes, durante o desenvolvimento do projeto, é interessante realizar a estimativa de forma cuidadosa ao menos nas partes que já foram definidas. Para as demais, pode-se aplicar estimativas baseadas em percentuais médios de obras anteriores. Por exemplo, se existe o projeto arquitetônico, com as definições de dimensões e acabamentos, mas ainda não estão disponíveis os projetos elétricos, hidráulicos ou estruturais, os valores correspondentes podem ser estimados utilizando os percentuais que estas parcelas geralmente atingem para obras do mesmo tipo. Por fim, tendo em vista a construção sustentável, adquire importância a análise dos custos no ciclo de vida. 6.1 - Orçamento paramétrico É um orçamento aproximado, adequado às verificações iniciais, como estudos de viabilidade ou consultas rápidas de clientes. Se os projetos não estão disponíveis, o custo da obra pode ser determinado por área ou volume construído. Os valores unitários são obtidos de obras anteriores ou de organismos que calculam indicadores. Por exemplo, o CUB (Custo Unitário Básico), definido pela NBR 12721 e calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de cada estado é um indicador do custo unitário de construção (ABNT, 2006). Outros exemplos são o SINAPI (CAIXA), os indicadores da Fundação Getúlio Vargas (coluna 35, por exemplo) e os custos médios publicados pelaeditora Pini, na revista Construção e Mercado. O orçamento paramétrico serve como estimativa do custo total. Este valor é estimativo, sendo indicado para a análise inicial de viabilidade, ou seja, permite ao proprietário ou interessado a verificação da ordem de grandeza, adequação ao seu orçamento, enfim, se deve ou não prosseguir na 28 análise, já que provavelmente as etapas seguintes necessitarão de dispêndios financeiros (confecção de anteprojeto, taxas, novos orçamentos, etc.). 6.2 - Orçamento para registro da incorporação em condomínio (NBR 12721) A NBR 12721/2006 (Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edifício em condomínio), que substituiu a NBR 12721/1999 e a NB 140/1965, define os critérios para orçamentos de obras em condomínio. Emprega o CUB para determinar o custo da obra, através de ponderações, de acordo com as características do prédio. A finalidade do método proposto na norma é o detalhamento do prédio para o registro em cartório, garantindo a condôminos e construtores um parâmetro de controle para a obra a ser executada, e facilitando a discussão de eventuais alterações que possam ocorrer durante a obra. Este tipo de orçamento, bem como a discriminação dos componentes (memoriais) será discutido em Planejamento e Controle de Obras (PCO), (ABNT,1965, 1999, 2006; Hischfeld, 1991). 6.3 - Orçamento discriminado O orçamento discriminado (ou detalhado) é aquele composto por uma relação extensiva dos serviços ou atividades a serem executados na obra. Os preços unitários de cada um destes serviços são obtidos por composições de custos, as quais são, basicamente, "fórmulas" empíricas de preços, relacionando as quantidades e custos unitários dos materiais, dos equipamentos e da mão-de-obra necessários para executar uma unidade do serviço considerado. As quantidades de serviços a serem executados são medidas nos projetos. Em geral os orçamentos discriminados são subdivididos em serviços, ou grupos de serviços, facilitando a determinação dos custos parciais. De acordo com a finalidade a que se destina, o orçamento será mais ou menos detalhado. A precisão varia, mas não se pode falar em orçamento exato, ou correto: existem muitas variáveis, detalhes e problemas que provocam erros, e nenhum orçamento está livre de incertezas, embora os erros possam ser reduzidos, através do trabalho cuidadoso e da consideração de detalhes (Faillace, 1988; Parga, 1995). Contudo, sabe-se que a construção civil é um setor sujeito a um elevado grau de variabilidade, o qual recomenda a adoção de técnicas de gerenciamento e controle eficazes. 29 Os orçamentos são executados, muitas vezes, com base em composições de custos genéricas, obtidas em tabelas ou livros (ou cadastradas no software adquirido). Mesmo que sejam embasadas na observação da realidade em dado local e momento, não serão perfeitamente ajustadas a uma empresa, em particular. O ajuste necessário deve ser realizado através da apropriação de custos, que é a verificação in loco dos custos efetivos de execução dos serviços, com a medição dos materiais e equipamentos empregados e dos tempos dedicados pelos operários a cada tarefa. Por fim, a divisão de serviços nos orçamentos discriminados deve seguir um padrão claro e objetivo, facilitando a execução e conferência dos resultados. Para isto, deve ser adotada, pela empresa ou profissional, uma única discriminação orçamentária, que é uma relação padronizada de todos os serviços que podem ocorrer em uma obra. Os orçamentos mais precisos exigem que o conjunto de dados do projeto esteja desenvolvido (projetos arquitetônicos, hidráulicos, elétricos, estruturais, especificações técnicas, etc.). Com estes elementos, os profissionais preparam listas das quantidades de serviços a serem executados, medidos das plantas de acordo com critérios específicos (relacionados diretamente com a composição que calcula o custo unitário). Existem várias abordagens, como se percebe nos trabalhos de Botelho (1984), Faillace (1988), Hirschfeld (1977) e Parga (1995). 6.4 - Discriminação orçamentária A discriminação orçamentária (DO) de uma obra consiste na relação dos serviços ou atividades a serem executados. As discriminações orçamentárias padronizadas são listagens que relacionam todos os serviços a serem executados em uma obra. Em geral, são extensas e prevêem todos os elementos normais. As DO padronizadas servem como check-lists, evitando o esquecimento de algum item. Em cada orçamento, contudo, o orçamentista deve analisar quais os serviços que devem participar da lista final, verificando as especificidades da obra em análise, com eventuais serviços extraordinários, que ainda não participavam de sua DO. As Discriminações Orçamentárias devem ser organizadas da mesma forma que as Especificações Técnicas. Os serviços listados devem ser codificados e agrupados de acordo com critérios lógicos (de acordo com o tipo de serviço, a 30 seqüência de execução, os materiais empregados, etc.). As listagens preparadas por Faillace (1988, p.29-50), por Parga (1995, p.16-26) e aquela constante da NBR 12721 (ABNT, 1999, Anexo D, p.43-46) são bons exemplos de discriminações orçamentárias, com variados graus de detalhamento. De qualquer forma, não se recomenda a adoção de uma DO qualquer, mas sim a montagem de uma relação própria, com análise e seleção criteriosas dos serviços que a devem compor, adequados para o tipo de obra correntemente orçado. Uma discriminação extensa demais ("completa") é cansativa para o uso diário. Uma alternativa é relacionar em uma lista principal os serviços usados cotidianamente, separando os demais em uma listagem auxiliar. Além disto, outros serviços, de detalhamento maior, exigem relações especiais, como é o caso das instalações hidráulicas, elétricas e telefônicas. Podem ser adotadas relações padronizadas de serviços ou de materiais dos fabricantes, eliminando grande parte do trabalho repetitivo de enumerar itens. É um tipo especial de discriminação orçamentária. 6.5 - Especificações Técnicas As especificações técnicas (ET) descrevem, de forma precisa, completa e ordenada, os materiais e os procedimentos de execução a serem adotados na construção. Por exemplo, a forma de execução da cerâmica de piso: tipo de cerâmica, marca, tamanho, cor, forma de assentamento, traço da argamassa e junta. Têm como finalidade complementar a parte gráfica do projeto. São muito importantes, pois a quantidade de informações a serem gerenciadas ao longo de uma obra facilmente provoca confusão, esquecimento ou modificação de critérios, ainda mais se existem vários profissionais envolvidos. A definição clara da qualidade, tipo e marca dos materiais é fundamental, assim como a forma de execução dos serviços. As partes que compõem as ET são: generalidades (objetivo, identificação da obra, regime de execução da obra, fiscalização, recebimento da obra, modificações de projeto e classificação dos serviços), materiais de construção (insumos utilizados) e discriminação dos serviços (baseado em Faillace, 1988): 31 6.5.1 -Tipos Existem variações nas ET, conforme a finalidade. O texto pode ser mais ou menos detalhado, conforme seja destinado a obras de empreitada, por administração ou executadas pelo próprio dono. Alguns organismos possuem especificações padronizadas, tais como o Banco do Brasil ou grandes empresas do ramo industrial. Consistem de um texto completo e geral, que descreve a maioria dos serviços possíveis, sendo complementados por serviços ou materiais específicos da obra em questão. 6.5.2 - Redação das Especificações Técnicas – Existem alguns princípios de redação, visando a clareza e objetividade. Naturalmente, o texto deve ser bem escrito, em língua portuguesa correta, papel de tamanho normalizado (A4),formatado e sem rasuras. Eventualmente poderá ser necessária a tradução para outra língua (inglês, espanhol), o que deve ser feito com muito cuidado, por causa do vocabulário técnico. A numeração e classificação dos serviços e materiais deve ser clara e bem determinada, para não provocar confusões. As exigências são as normais para qualquer texto técnico. Partes das ET - generalidades, materiais de construção, discriminação de serviços. a) generalidades - incluem o objetivo, identificação da obra, regime de execução da obra, fiscalização, recebimento da obra, modificações de projeto, classificação dos serviços (ordenamento adotado na terceira parte das ET). Havendo caderno de encargos, este englobará quase todos estes aspectos. b) especificação dos materiais - pode ser escrito de duas formas: genérica (aplicável a qualquer obra) ou específica (relacionando apenas os materiais a serem usados na obra em questão). Com o uso de sistemas informatizados, não há dificuldade em usar um ou outro método, pois o sistema pode emitir o relatório completo ou apenas dos materiais que aparecem na lista gerada no orçamento. c) discriminação dos serviços - especifica como devem ser executados os serviços, indicando traços de argamassa, método de assentamento, forma de corte de peças, etc. Também podem ser compilados de forma completa ou específica. 32 6.6 - Caderno de encargos O Caderno de Encargos (CE) é o conjunto de especificações técnicas, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo contratante para a contratação, execução, fiscalização e controle dos serviços e obras. O texto é semelhante ao das Especificações Técnicas, mas normalmente o CE é mais geral, servindo para todas as obras, enquanto que as ET são particulares. Estando associado ao software de orçamentos, permite a emissão de relatório apenas das composições em uso para determinada obra, agilizando a comunicação técnica com a obra (ou com eventuais fiscais). 6.7 - Memorial descritivo O memorial descritivo é outro tipo de resumo das especificações técnicas. Há memoriais descritivos para finalidades específicas, tais como venda, propaganda, registro de imóveis ou aprovação de projetos na municipalidade. Deve ser ajustado ao orçamento, seguindo a mesma ordem deste (ordenamento e nome dos serviços ou atividades). 6.8- Manual do proprietário O Manual do Proprietário está incluído nas exigências da NBR 14037 (ABNT, 1998). Parte do Manual é um resumo das ET, destinado ao usuário final (proprietário) e indica como deve ser conservado o imóvel, os cuidados de manutenção (por exemplo, das esquadrias), a posição das tubulações elétricas e hidráulicas. Com o advento do Código de Defesa do Consumidor, o Manual do Proprietário cresceu de importância, mas desde a década de 60 já existiam construtoras que o adotavam. É muito importante que contenha detalhamentos ou croquis das instalações elétricas, telefônicas e hidro-sanitárias, evitando os acidentes comuns em perfurações às paredes do imóvel. Para tanto, basta que o mestre ou um estagiário faça croquis ou tire fotografias das tubulações antes da execução dos revestimentos. É um cuidado de custo baixo, mas que evita diversos problemas. O proprietário deve receber um conjunto completo dos documentos de obra, ao início desta, e as respectivas atualizações, ao final. 33 6.9 - Memória justificativa do projeto É a descrição do projeto com justificativas para as soluções adotadas, sob os aspectos econômico, técnico e artístico. São utilizadas em concursos ou perícias. 7 -CRONOGRAMA O cronograma físico representa a programação temporal da execução da obra, nos aspectos físicos e financeiros. As diversas etapas de que se compõem a edificação são distribuídas no prazo de execução, definindo-se, ainda que provisoriamente, datas de início e fim para cada uma. No âmbito da construção civil, existem basicamente dois métodos de programação física de obras: PERT/CPM (cronograma de rede) e Gantt (cronograma de barras). Em conjunto, geralmente é preparado um cronograma financeiro, definindo a previsão mensal (ou semanal) de dispêndios. O conjunto da programação física com a organização econômica é conhecido como cronograma físico-financeiro. As informações de prazo de entrega e contribuição mensal são de importância vital na construção, seja nos contratos de empreitada, seja nos de administração. 34 BIBLIOGRAFIA : ALVES, Hélio de Azeredo. O Edifício Até a sua cobertura. São Paulo: Edgard Blucher BAUD, G. Manual de construção. São Paulo: Hemus. Braga, Pedro.,Manual de direito para engenheiros e arquitetos . – Brasília : Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2007. BORGES, Alberto de Campos. Prática das pequenas construções. São Paulo: Edgard Blucher CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO ______ LEI Nº 12.378, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010. ______ RESOLUÇÃO Nº 17, DE 2 DE MARÇO DE 2012 ______ RESOLUÇÃO N° 21, DE 5 DE ABRIL DE 2012 ______RESOLUÇÃO N° 51, DE 12 DE JULHO DE 2013 ENGEL, Heino. Sistemas de estruturas. São Paulo: Gustavo Gilli. GUEDES, Milber. Fernandes. Caderno de Encargos. São Paulo: PINI, 2009. GHOUBAR,Khaled, A importancia e siginificados dos custos nas opções de projeto, Universidade de São Paulo , 2007 LEAL, Carlos Eduardo de Souza, Analise de Viabilidade Tecnica /Economica, Universidade do Anhembi/Morumbi, São Paulo, 2007 PIANCA, João Baptista. Manual do construtor. Volumes 1 e 2. Porto Alegre: Editora Globo. REBELLO, A. Concepção Estrutural e a Arquitetura. São Paulo: Zigurate, 2000. STUMPF, Marco Aurelio, Noções de Orçamento e Planejamento de Obras, São Paulo , 2008 TCPO – Tabela para Composição de Preços para Orçamentos. São Paulo: PINI, YAZIGI, Walid, A Técnica de Edificar. São Paulo: PINI, 2001. Site: http://www.iab.org.br/sites/default/files/documentos/roteiro- arquitetonico.pdf
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