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Sistema Cardiovascular Profª. Sarah Amado Controle da pressão e do fluxo sanguíneo O que é feedback? Feedback negativo: respostas produzidas pelos sistemas orgânicos frente a um desequilíbrio, cuja manifestação (resposta) é no sentido de suprimir (diminuir) os efeitos que geraram o desequilíbrio. Feedback positivo: conjunto de respostas produzido pelos sistemas orgânicos cujo resultado soma-se ao desequilíbrio inicial, ou seja, fortalece o desequilíbrio que gerou a instabilidade. Ex: contrações uterinas. Aumento do desequilíbrio Controle da pressão e do fluxo sanguíneo Vários sistemas de feedback negativo interligados, controlam a pressão arterial. O corpo também pode exigir reajustes na distribuição do fluxo sanguíneo. Exemplo: durante o exercício, maior porcentagem de fluxo sanguíneo total é desviada para os músculos esqueléticos. Papel do centro cardiovascular Centro cardiovascular (CV) controla a frequência cardíaca e volume sistólico no bulbo. O centro cardiovascular também controla sistemas de feedback negativo: Neurais; Hormonais; Locais. Regulam a pressão e fluxo sanguíneo em tecidos específicos. Papel do centro cardiovascular No centro cardiovascular estão espalhados grupos de neurônios Apresentam as mais variadas funções: Controle da: força de contração dos ventrículos, diâmetro dos vasos, estimulam ou inibem o coração. CENTRO VASOMOTOR Comunicam-se um com o outro. Agem em conjunto. Papel do centro cardiovascular Informações das regiões superiores do encéfalo e receptores sensitivos. Córtex cerebral, sistema límbico e hipotálamo. Centro cardiovascular. Exemplo: mesmo antes de começar a corrida a frequência cardíaca pode aumentar devido a impulsos nervosos transmitidos pelo sistema límbico ao centro CV. Papel do centro cardiovascular Exemplo: se a temperatura corporal aumenta. Hipotálamo Centro CV Dilatação dos vasos sanguíneos da pele Calor é dissipado Papel do centro cardiovascular O centro CV apresenta 3 tipos principais de receptores sensitivos: Proprioceptores: monitoram os movimentos das articulações e músculos. Informações vão para o centro CV Aumento da frequência cardíaca no início do exercício físico. Proprioceptores Barrorreceptores Quimiorreceptores Papel do centro cardiovascular Barrorreceptores: monitoram alterações na pressão e distendem os vasos sanguíneos. Quimiorreceptores: monitoram a concentrações de produtos químicos no sangue. Papel do centro cardiovascular Os estímulos que chegam ao centro CV deslocam-se ao longo dos neurônios simpáticos e parassimpáticos do SNA. Nervos aceleradores cardíacos Nervo vago Estimulam Inibem Centro CV Nervo vasomotor Músculo liso (vasos sanguíneos das vísceras e áreas periféricas) Regulação neural da pressão sanguínea Reflexos barorreceptores Localizados em grandes artérias. Ex: aorta, carótida. Enviam impulsos para o centro CV para ajudar a regular a pressão sanguínea. Quando a pressão arterial cai: Envio do impulso nervoso ao centro CV. Diminui a estimulação parassimpática por meio dos axônios motores do nervo vago. Aumenta a estimulação simpática via nervos aceleradores cardíacos. Regulação neural da pressão sanguínea Reflexos barorreceptores Os reflexos barorreceptores neutralizam rapidamente o aumento ou a queda da pressão arterial. Esses reflexos podem operar mais lentamente em idosos. Podem desmaiar em função da redução do fluxo sanguíneo cerebral ao levantarem-se rapidamente. Regulação neural da pressão sanguínea Reflexos quimiorreceptores Localizados próximos ao barorreceptores no seio carótico e no arco da aorta. Detectam mudanças nos níveis sanguíneos de: CO2, O2 e H+. Hipóxia: baixa disponibilidade de O2. Acidose: aumento da concentração de H+. Hipercapnia: excesso de CO2. Regulação neural da pressão sanguínea Reflexos quimiorreceptores Impulsos são enviados ao centro CV. CV aumenta a estimulação simpática das arteríolas e veias. Vasoconstricção e aumento da pressão sanguínea. Os quimiorreceptores também fornecem informações ao centro respiratório para ajustar a frequência respiratória. Regulação hormonal da pressão sanguínea Epinefrina e norepinefrina Em resposta a estimulação simpática libera-se esses hormônios pela medula da glândula suprarrenal. Regulação hormonal da pressão sanguínea Epinefrina e norepinefrina Esses hormônios aumentam o débito cardíaco ao: Elevar a velocidade da contração cardíaca; Elevar a força de contração cardíaca. Também causam constrição das arteríolas e veias na pele e órgãos abdominais. Causam dilatação das arteríolas do músculo cardíaco e esquelético (aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo durante o exercício). Regulação hormonal da pressão sanguínea Hormônio antidiurético (HAD) Produzido no hipotálamo. Liberado na neuro-hipófise (hipófise posterior). Age em resposta a desidratação ou diminuição do volume sanguíneo. Regulação hormonal da pressão sanguínea Hormônio antidiurético (HAD) Também conhecido como vasopressina por causar: Vasoconstricção; Aumento da pressão arterial. Também provoca o deslocamento de água dos túbulos renais para a corrente sanguínea. Aumento do volume sanguíneo e diminuição da urina. Álcool inibe a secreção de HAD. Autorregulação do fluxo sanguíneo Nos capilares, as alterações locais podem regular a vasomotricidade. Vasodilatadores: dilatação das arteríolas fluxo sanguíneo nas redes capilares aumenta. Vasoconstritores: possuem efeito oposto. AUTORREGULAÇÃO Ajuste do fluxo sanguíneo para atender as demandas metabólicas Autorregulação do fluxo sanguíneo Grande necessidade de autorregulação em: Tecido cardíaco; Músculo esquelético. Durante o exercício físico, a demanda de O2 e nutrientes pode aumentar em até 6x nesses tecidos. Assim como a necessidade de remoção de escórias metabólicas. Fluxo sanguíneo Autorregulação do fluxo sanguíneo A autorregulação também controla o fluxo sanguíneo no encéfalo. Muda drasticamente durante diferentes atividades físicas e mentais. Durante uma conversa: fluxo sanguíneo aumenta em áreas motoras da fala. Durante uma escuta: fluxo sanguíneo aumenta nas áreas auditivas. Autorregulação do fluxo sanguíneo Dois tipos de estímulo causam alterações autorregulatórias: 1) Alterações físicas Aquecimento = vasodilatação Resfriamento = vasoconstrição O músculo liso das paredes das artérias apresentam RESPOSTA MIOGÊNICA. Se contrai com mais força quando é distendido. Relaxa quando a distensão diminui. Autorregulação do fluxo sanguíneo 1) Produtos químicos vasodilatadores e vasoconstritores Células como: macrófagos, leucócitos, plaquetas e células endoteliais, liberam grande variedade de substâncias químicas. Alteram o volume do vaso. Substâncias vasodilatadoras liberadas pelas células teciduais incluem: H+K+ Ácido lático Adenosina (ATP) Autorregulação do fluxo sanguíneo 2) Produtos químicos vasodilatadores e vasoconstritores O trauma tecidual ou inflamação provoca a liberação de substâncias vasodilatadoras. Substâncias vasoconstritoras incluem: tromboxano A2, radicais superóxidos, serotonina. Autorregulação do fluxo sanguíneo A autorregulação em resposta às mudanças no nível de O2 variam entre as circulações: pulmonar e sistêmica. Na circulação sistêmica: as paredes dos vasos sanguíneos dilatam em resposta ao baixo nível de O2. Com a vasodilatação, a entrega de O2 aumenta e reestabelece o nível de O2 normal. Autorregulação do fluxo sanguíneo Na circulação pulmonar: paredes dos vasos sanguíneos se contraem em resposta aos baixos níveis de O2. Sangue é desviado para áreas mais bem ventiladas dos pulmões.
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