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1 2 O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assi- nado em 1990 e foi firmado entre todos os países de língua portuguesa. Visa a unificar a ortografia da língua entre essas nações e determina mudanças apenas orto- gráficas, não afetando a pronúncia das palavras. Aprovado no Brasil em 1995, o novo acordo ortográfico começou a ser implantado em 2010, com as reformas ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA Língua Portuguesa nos livros didáticos. Contudo, desde 2013 a nova orto- grafia é obrigatória, sendo cobrada em provas e con- cursos; O português brasileiro foi o que sofreu menos altera- ções ortográficas, mudando apenas 0,8% das palavras, segundo o Ministério de Educação. Adição de K, W e Y Fonte: https://lh3.googleusercontent.com/-F-6hmBFX08I/VFauGWcY6HI/AAAAAAAABrw/21ijAExK7OE/w720-h250-no/QTAS-LE- TRAS-NO-ALFABETO.png 3 As letras K, W e Y foram adicionadas ao alfabeto por- tuguês; Essas letras são usadas em: 1. Abreviaturas de uso internacional: km (quilômetro), kg (quilograma). 2. Em palavras estrangeiras, não-aportuguesadas: Workaholic. 3. Em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Wagner, wagneriano; Byron, byroniano. Remoção do trema O trema é um sinal que altera o som de uma vogal ou indica a independência desta em um ditongo. No português, o trema era utilizado somente na letra u, que preservava seu som nos ditongos que, qui, gue, gui: Ex.: Lingüiça (agora Linguiça) Freqüência (agora Frequência) • O uso é mantido apenas em nomes próprios estran- geiros e seus derivados: Müller, müllerismo. Fonte: Orlandeli – Grump. A remoção oficial do trema da Língua Portuguesa de- veu-se ao desuso deste sinal. Novas regras de acentuação gráfica As novas regras de acentuação gráfica estão relaciona- das ao acento diferencial e às palavras paroxítonas. Regras: I. Não se usa mais o acento diferencial: Exceções: • O acento é mantido em: pôr (verbo)/ por (preposi- ção), pôde (pretérito)/ pode (presente); • O acento é mantido para diferenciar a 3ª pessoa do singular da 3ª do plural nos verbos ter, vir e seus deri- vados; • O acento é facultativo em fôrma/forma. II. Não são mais as palavras terminadas por -eem e -oo: Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjôo = Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoo. III. Não são mais acentuados os ditongos abertos éi e ói em palavras paroxítonas. Idéia > ideia Jóia > joia Heróico > heroico *Outros casos: asteroide, Coreia, estreia, joia, plateia, assembleia. OBS.: Heroico, herói, heroína e heroísmo Apenas a palavra heroico deixou de ser acentuada; A palavra herói continua sendo acentuada, pois se trata de uma oxítona terminada em ditongo aberto. As palavras heroína e heroísmo também mantêm-se acentuadas, pois não há ditongo, mas sim hiato. IV. Não são mais acentuadas as letras i e u quando fo- rem paroxítonas e precedidas de ditongo. Feiúra > Feiura OBS.: Continuam acentuados i e u quando estão na última sí- laba: Piauí. 4 Hífen O hífen é um sinal utilizado para unir elementos morfo- lógicos. Esses elementos podem ser partes de palavras compostas (guarda-roupa), pronomes átonos e verbos (diga-me, vai-te). O hífen pode ser usado para ainda para fazer a trans- lineação silábica e para separar as palavras em sílabas. Com o novo acordo ortográfico, o esse sinal continua presente na língua portuguesa, mas houve mudanças em seu emprego que podem causar confusão. As novas regras de uso do hífen dizem respeito à formação de palavras compostas e, principalmente ao uso de prefixos. • Não se usa hífen em locuções ligadas por preposição: Fim de semana, mão de obra, cão de guarda, sala de jan- tar, dia a dia. *Exceções: • Mantém-se o hífen em nomes de espécies botânicas ou zoológicas: João-de-barro, erva-de-cheiro. • Mantém-se o hífen em expressões consolidadas pelo uso: Mais-que-perfeito, pé-de-meia, cor-de-rosa. OBS.: Não têm mais hífen palavras compostas por justaposi- ção que perderam a noção de composição: Paraquedas Pontapé Girassol Uso do hífen na prefixação Prefixos são termos adicionados ao início de radicais, a fim de transformar os sentidos das palavras. Esses ter- mos costumam ter origem grega ou latina e cada um tem significados específicos. Sua adição às palavras pode ser ou não demarcada por hífen, a depender das regras ortográficas: Feliz > Infeliz; marido > ex-marido Regra geral Usa-se sempre hífen quando um prefixo é anexado a uma palavra iniciada por H. anti-herói pré-história super-homem Outros casos: anti-higiênico, anti-histórico, macro- -história, sobre-humano. Prefixos terminados em vogal Usa-se hífen quando a última vogal do prefixo e a vogal inicial da palavra seguinte são a mesma: micro-ondas contra-ataque semi-interno Não se usa hífen quando a última vogal do prefixo e a vogal inicial da palavra seguinte são diferentes: autoestima infraestrutura antiaéreo Não se usa hífen diante de palavras iniciadas com con- soante: semicírculo geopolítica anteprojeto OBS.: Diante de palavras iniciadas com R ou S, deve-se dobrar essas letras: Ultrassom Antirracismo Prefixos terminados em consoante Usa-se hífen caso a última consoante do prefixo e a consoante inicial da palavra seguinte sejam a mesma: sub-bibliotecário hiper-romântico super- Não se usa hífen caso a última consoante do prefixo e a consoante inicial da palavra seguinte sejam diferentes: intermunicipal sublingual subterrâneo Não se usa hífen caso a palavra seguinte seja iniciada por vogal: interestadual superinteressante superintend 5 Casos específicos de hífen i) “CO”: Nunca se usa hífen após o prefixo CO-, mesmo que a palavra seguinte seja iniciada por O: coautoria coordenar ii) “SUB”: • Usa-se hífen entre o prefixo SUB- e palavras iniciadas com R: sub-regional • Não se usa hífen entre o prefixo SUB e palavras inicia- das com H, comprimindo-se o h: subumano iii) Usa-se hífen entre os prefixos CIRCUM e PAN e palavras iniciadas com M, N ou VOGAL: pan-nordestina iv) Sempre após os prefixos VICE, EX, SEM, ALÉM, AQUÉM, RECÉM, PÓS, PRÉ e PRÓ: vice-prefeito pró-reitoria Resumindo... Usa-se hífen: • Entre letras iguais; • Antes de H; • Em nomes de plantas ou animais. Não se usa hífen: • Entre letras diferentes; • Entre vogal e R ou S; • Em locuções ligadas por preposição. 6 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. REFERÊNCIAS Acordo ortográfico da língua portuguesa: atos internacionais e normas correlatas. – 2. ed. – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2014. https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/ id/508145/000997415.pdf?sequence=1 Tire suas dúvidas sobre o que é a reforma ortográfica. http://g1.globo.com/ Noticias/Vestibular/0,,MUL945751-5604,00-TIRE+SUAS+DUVIDAS+S OBRE+O+QUE+E+A+REFORMA+ORTOGRAFICA.html Manuel Tavares & Maria Manuel C. Ricardo. Breve história do acordo ortográfico. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1645-72502009000100011 Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa — 1990. http://portal.mec.gov.br/ arquivos/pdf/acordoortografico.pdf
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