Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VNDO, R. 2023.1 LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS – LAC/UNIFIO HEMATOLOGIA LABORATORIAL SÉRIE BRANCA VNDO, R. 2023.2 LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS – LAC/UNIFIO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO: CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS POPH07 I. Fundamento Sangue + solução diluidora de leucócitos (dilui o sangue e destrói as hemácias). II. Procedimento 1. Pipetar 380 µL do líquido diluidor em um tubo de ensaio ou frasco pequeno. 2. Pipetar 20 µL de sangue e transferir para o tubo contendo o líquido diluidor. 3. Homogeneizar e aguardar cerca de 10 minutos para que haja destruição das hemácias. 4. Encher a câmara de Neubauer com a solução, tendo o cuidado de homogeneizar novamente antes da pipetagem. 5. Levar a câmara ao microscópio para efetuar a contagem de leucócitos. Focalizar com a objetiva de 10x e fazer a contagem com a objetiva de 10 ou 40x, utilizando os 4 retículos laterais da câmara de Neubauer (A, B, C e D). 6. Fazer a contagem de todos os quadrados e somar as parcelas. III. Cálculo nº leucócitos / mm3 de sangue = 50 x Y* *Y= número de leucócitos contados na câmara IV. Valores de Referência Adultos – 4.000 a 10.000 / mm3 Rn – 10.000 a 26.000 / mm3 V. Interpretação Valores aumentados (Leucocitose): ocorrem em associação aos processos inflamatórios, infecciosos e leucemias. Fisiologicamente temos leucocitose na infância, gravidez, durante o parto, durante a digestão, variações circadianas e após exercícios físicos extenuantes. Valores diminuídos (Leucopenia): ocorrem quando há redução na produção dos leucócitos (deficiência de vitamina A; depressão dos tecidos leucopoiéticos por infecção ou intoxicação; uso de medicamentos) ou no caso de aumento da destruição celular, provavelmente por anticorpos. Algumas infecções podem cursar com leucopenia, principalmente de um único tipo de leucócito: febre tifóide, dengue, rubéola, caxumba e tripanossomose. VNDO, R. 2023.2 LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS – LAC/UNIFIO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO: CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS POPH08 - A I. Fundamento É a contagem de 100 leucócitos em esfregaço sanguíneo, diferenciando-os segundo suas variedades morfológicas. II. Procedimento A) CONFECÇÃO DO ESFREGAÇO SANGUÍNEO 1. Colocar uma gotícula de sangue em uma lâmina limpa e seca. 2. Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contato com sua borda, formando um ângulo de 45°, esfregar uma lâmina sobre a outra rapidamente, antes que o sangue seque ou coagule. 3. Esperar o esfregaço secar. 4. Identificar a lâmina pela cabeça do esfregaço com o auxílio de outra lâmina ou lápis. 5. Fazer a coloração. B) COLORAÇÃO DO ESFREGAÇO SANGUÍNEO (LEISHMAN) 1. Colocar a lâmina sobre um suporte de coloração com o esfregaço voltado para cima. 2. Cobrir todo o esfregaço com o corante Leishmam. Aguardar 4 a 5 minutos. 3. Após este tempo, gotejar sobre o corante, tampão fosfato (pH 7,2). Aguardar 8 minutos. 4. Desprezar o corante e o tampão. 5. Enxaguar a lâmina com o tampão. 6. Esperar secar e limpar o verso da lâmina com álcool. 7. Examinar com objetiva de imersão, fazendo a contagem diferencial de 100 leucócitos. III. Resultado Expresso em número relativo (%) e absoluto (/mm3) IV. Valores de Referência Neutrófilos bastonetes (b) 3 a 5% 150 a 400 / mm3 Neutrófilos Segmentados (S) 55 a 65% 3.000 a 5.000 /mm3 Eosinófilos (E) 2 a 4% 100 a 300 / mm3 Basófilos (B) 0 a 1% 50 a 80 / mm3 Monócitos (M) 4 a 8% 200 a 650 /mm3 Linfócitos (L) 20 a 30% 1.500 a 2.500 / mm3 V. Interpretação Neutrofilia: frequente nas infecções bacterianas, leucemias, processos inflamatórios. Eosinofilia: frequente nas parasitoses, processos imunoalérgicos e leucemias. Basofilia: processos imunoalérgicos e leucemias. Monocitose: infecções (septicemia, mononucleose e tuberculose). Linfocitose: infecções virais agudas e infecções crônicas (tuberculose e sífilis), leucemias, amigdalites e processos ganglionares. VNDO, R. 2023.2 LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS – LAC/UNIFIO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POPH08 - B COLORAÇÃO DE MAY GRÜNWALD – GIENSA. I. Fundamento: O método associa o corante May-Grünwald, pouco específico para o núcleo, com o de Giensa que apresenta afinidade nuclear. Preparada a partir de 0,2g do pó dissolvidos em 100,0 ml de álcool metílico. Dissolver em banho-maria 37-40ºC com algumas pérolas de vidro para misturar. Estocar em frasco âmbar. II. CORANTE DE GIENSA É formado pela mistura de azur II-eosina e azurII. É útil na distinção de detalhes nucleares e na identificação de hematozoários. A solução de uso deve ser preparada no laboratório. Solução Estoque: Corante de Giensa em Pó...............................................................................................0,3g Glicerina..........................................................................................................................25,0 ml Álcool metílico puro.........................................................................................................25,0 ml Dissolver o pó na glicerina, acrescentar o álcool metílico e filtrar. A glicerina apresenta vantagem, evitando a evaporação do álcool metílico. Estocar em frasco âmbar. Solução de uso: Água tamponada pH 6,8....................................................................................................5,0 ml Solução Estoque................................................................................................................5,0 gotas Esta quantidade é suficiente para duas lâminas, sendo preparada no momento de uso. III. MATERIAL 1. Esfregaços de sangue secos. 2. Suporte para coloração. 3. Proveta graduada para diluição do corante. 4. Pipetas graduadas em 10,0 ml. IV. Procedimento: 1. Colocar a lâmina sobre o suporte com o esfregaço voltado para cima. 2. Cobri-la com 20 gotas de corante de May-Grünwald. 3. Aguardar três minutos para ação do álcool metílico. Os corantes não estão ionizados no álcool metílico puro. 4. Acrescentar, sobre o corante, 20 gotas de água tamponada pH 6,8. Agitar com um canudo, soprando levemente o corante e a água. 5. Aguardar um minuto para atuação do corante. 6. Desprezar o corante sobre a lâmina. 7. Cobri-la com a solução de uso do corante de Giensa. 8. Aguardar 15 minutos. 9. Desprezar o corante. Lavar a preparação em água corrente e retirar o excesso de corante aderido ao verso da lâmina com uma gaze ou papel absorvente. 10. Secar em posição vertical. VNDO, R. 2023.2 LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS – LAC/UNIFIO BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA BÁSICA AZEVEDO, M. R. A. Hematologia Básica: Fisiopatologia e Diagnóstico Laboratorial. 6. ed. Rio de Janeiro: Thieme Brazil, 2019. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554651381/. Acesso em: 27 jul. 2023. HOFFBRAND, V. A.; MOSS, P. A. H. Fundamentos em Hematologia de Hoffbrand. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714515/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 27 jul. 2023. LORENZI, T. F. Manual de Hematologia - Propedêutica e Clínica. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-1998- 8/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 27 jul. 2023. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR LIMA, S. H. P.; LEMOS, D. G.; LIMA, S. P. et al. A biotecnologia na produção dobiofármaco eritropoetina humana recombinante. Brasilian Journal of Development, Curitiba, v. 8, n. 1, p. 6473-6481, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv8n1-438. Acesso em: 27 jul. 2023. LORENZI, F. T. Atlas Hematologia. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-1997-1/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 27 jul. 2023. RODGERS, G. P.; YOUNG, N. S. Manual Bethesda de Hematologia Clínica. São Paulo: Thieme Brasil, 2017. 9788554650476. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554650476/. Acesso em: 27 jul. 2023. SANDES, A. F. Diagnósticos em hematologia. 2 ed. Barueri: Editora Manole, 2020. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555760019/. Acesso em: 03 ago. 2023. SANTOS, P. C. L. Hematologia - Métodos e Interpretação - Série Análises Clínicas e Toxicológicas. 1 ed. São Paulo: Rocca, 2013. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85- 412-0144-5/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 27 jul. 2023. SILVA, P. H. et al. Hematologia Laboratorial. 1 ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582712603/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 27 jul. 2023.
Compartilhar