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CENTRO PAULA SOUZA ETEC JÚLIO DE MESQUITA TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO TECNOLOGIA DOS MATERIAIS INORGÂNICOS ALUMÍNIO PREPARAÇÃO E PROPRIEDADES IZIS MARTINS PEREIRA N°19 JULIANA VENTURA BORTOLETO N°23 MATHEUS DE SOUZA BATISTA N°30 MAYRA APARECIDA RIBEIRO MANICARDI N°31 TAMIRES CAMPEDELI SIMÕES N°39 SANTO ANDRÉ - SP 11/11/2019 1 2 Sumário ● Introdução ………………………………………………………………………….. 3 ● Histórico do Alumínio ……………………………………………………………... 4 ● Propriedades ……………………………………………………………………... 10 ● Processos de Obtenção …………………………………………………………. 12 ● Armazenamento ………………………………………………………………….. 14 ● Aplicações ……………………………………………………………………….... 15 ● Relações Econômicas……………………………………………………………. 17 ● Questões Ambientais…………………………………………………………….. 22 ● Curiosidades………………………………………………………………………. 23 ● Conclusão…………………………………………………………………………. 24 ● Referências ……………………………………………………………………….. 25 3 Introdução O elemento químico alumínio é o metal mais comum na crosta da Terra. Depois do ferro, ele também é o metal mais utilizado. Os cientistas usam o símbolo Al para representá-lo. O alumínio não é encontrado de maneira pura na natureza. Sendo que geralmente se combina com outros elementos, como o silício, o oxigênio e o hidrogênio, formando compostos; estes compostos estão presentes, em maior ou menor grau, em quase todas as rochas, plantas e animais. As rochas que contêm os compostos são chamadas de minérios de alumínio. Tendo a bauxita como o minério de alumínio mais comum. No século XIX, os cientistas aprenderam a separar o alumínio dos outros elementos para obtê-lo puro. 4 Histórico do alumínio Houve uma época em que o Alumínio foi considerado mais valioso que o ouro, sendo muito utilizado por membros da alta sociedade no século XIX, como Napoleão que servia seus convidados mais importantes com talheres de alumínio, ou como as mulheres da época preferiam utilizar joias a base desse mesmo material, ainda hoje ele é essencial para diversos produtos como latas de refrigerante, matérias de construção ou até equipamentos de cozinha, portanto é interessante observar essa história. O Alumínio tem seu começo há mais de 5 mil anos, com alguns de seus compostos sendo utilizado para a criação de cosméticos pelos Egípcios, argilas com Alum sendo utilizadas pelos Persas, e os gregos utilizando-os como adstringentes para estancar feridas que até hoje é uma técnica utilizada. Porém para a criação desse metal foi essencial a criação do processo da Eletrólise por William Nicholson e Anthony Carlisle para a quebra da molécula de água em gás oxigênio e gás hidrogênio, esse processo envolve a aplicação de eletrodos ligados a um líquido contendo o composto a ser eletrolisado. Quando a água é submetida à eletrólise, o gás hidrogênio é produzido no cátodo e o oxigênio é liberado no ânodo. O extraordinário químico da Cornualha, Humphry Davy, também iniciou experimentos em eletrólise em 1800. Ele lutou para isolar metais, colocando uma corrente através de soluções de seus sais alcalinos, o que fez nada mais do que hidrogênio livre. Mas ele encontrou resultados muito melhores quando começou a eletrolisar compostos derretidos, primeiro isolando o potássio da potassa e do sódio do sal de mesa em 1807. No ano seguinte, Davy usou eletrólise para produzir cálcio elementar, estrôncio, bário e magnésio, antes de concluir sua notável seqüência de sucesso com a identificação e nomeação do alumínio. Na verdade, ele não isolou o alumínio; em vez disso, Davy aprendeu o suficiente sobre compostos de outros metais para concluir a partir da composição de compostos de alumínio que eles continham um novo metal. Ele chamou pela primeira vez o metal alumium, embora tenha evoluído para o aluminium [alumínio] na maioria dos países de língua inglesa. 5 Ele foi nomeado cavaleiro e recebeu um baronato em 1812 e se tornou presidente da Royal Society em 1820. (A sociedade concede anualmente uma “Medalha Davy” em sua homenagem desde 1877.) No entanto, suas repetidas tentativas de isolar o metal de alumínio não tiveram sucesso antes de sua morte, em 1829. A honra de produzir primeiro alumínio elementar foi para Hans Christian Orsted, que em 1825 produziu uma pequena quantidade de metal aquecendo rapidamente o cloreto de alumínio (AlCl3) com amálgama de potássio (uma liga de potássio e mercúrio) e depois destilando o mercúrio. Infelizmente, o processo de Orsted produziu muito pouco alumínio para executar até mesmo a análise mais básica, e seu experimento foi difícil de reproduzir. O químico alemão Friedrich Wöhler tentou novamente em 1827, um ano antes de ser pioneiro no campo da química orgânica, sintetizando a ureia. Enquanto o seu experimento produziu um pó de alumínio impuro depois de substituir o potássio metálico pelo amálgama de potássio de Orsted. E aí o assunto ficou em suspenso até 1845, quando Wöhler produziu “pó metálico cinza” com pequenos glóbulos brancos-estanhados [de alumínio], alguns tão grandes quanto cabeças de alfinetes” aquecendo potássio e cloreto de alumínio juntos em um sistema fechado, excluindo assim a umidade que pertencia ao alumínio em hidróxido de alumínio (Al(OH)3). Em meados da década de 1850, a tecnologia das baterias melhorou em termos de produção e confiabilidade, a ponto de possibilitar a primeira produção eletrolítica de alumínio. Ajudada por esse avanço, e prenunciando a descoberta conjunta e simultânea de Hall e Héroult, 32 anos depois, a primeira eletrólise do alumínio também foi desenvolvida independentemente por duas partes. O primeiro pesquisador que afirmava produzir alumínio elementar por eletrólise foi o alemão Robert Wilhelm von Bunsen, que coincidentemente ocupara o lugar de Wöhler como professor de química na Escola Superior Politécnica de Kassel, em 1836. Um homem de interesses amplos, Bunsen tornou-se famoso por desenvolver o espectroscópio e pelo uso de hidrato de óxido de ferro como um antídoto para o envenenamento por arsênio. (Curiosamente, ele não inventou o queimador que leva 6 seu nome; esse foi o trabalho de seu assistente, Peter Desaga, que aprimorou um projeto de Michael Faraday.) Em 1841, Bunsen reduziu o custo da bateria de Grove substituindo o cátodo de platina por um de carbono mais econômico dentro da própria bateria. Com essas baterias ele começou a experimentar eletrólise, produzindo cromo puro, magnésio, manganês, sódio, bário, cálcio e lítio, além de quantidades muito pequenas do que ele acreditava ser alumínio em 1854. Mas ele então passou para outras áreas de interesse, publicando seu importante artigo sobre espectroscopia de emissão em 1860. A segunda pessoa a reduzir experimentalmente os íons de alumínio ao metal por eletrólise foi o Henri Sainte-Claire Deville, que apresentou suas descobertas sobre a produção eletrolítica à Academia Francesa de Ciências em 1854, uma semana depois que Bunsen publicou seus resultados. Seutrabalho atraiu a atenção de Napoleão III, que estava interessado no metal como uma fonte de armadura militar. Com o mandato de Napoleão III, Deville percebeu que o custo do zinco para ânodos nas células de Bunsen que ele usava era muito alto para produzir eficientemente alumínio por eletrólise. Em vez disso, ele reduziu o custo retornando a métodos químicos, substituindo o potássio de Wöhler por sódio – isto é, AlCl3 + 3Na → Al + 3NaCl. Através deste processo, ele foi capaz de obter alumínio suficiente para produzir pedaços do tamanho de bolas de gude. Em 1855, ele exibiu um lingote de alumínio comparativamente puro na Feira Mundial de Paris, com grande interesse popular. De forma que o processo Deville foi considerado “bom o suficiente”, a maioria dos cientistas montou experimentos sobre a produção eletrolítica de alumínio. Deville fez bom uso do dinheiro de Napoleão III nos anos seguintes, fundando uma fábrica de produção de alumínio em Paris em 1856, antes de transferi-la para Nanterre em 1857. Em 1858, ele patenteou um método para tornar mais econômica a extração de alumina (Al2O3) de bauxita mineral. Esses esforços introduziram o alumínio ao mundo, baixando seu preço a um nível que permitia às pessoas comuns comprar jóias de alumínio. Seu livro de 1859, “Sobre o alumínio, suas propriedades, sua produção e suas aplicações”, foi o 7 primeiro a descrever o metal completamente, provocando a pesquisa que levaria às famosas descobertas de Hall e Héroult. O alumínio permaneceu em grande parte uma curiosidade pelos próximos 20 anos, em parte porque o metal produzido pelo processo Deville era notoriamente difícil de se trabalhar. A amostra típica era apenas cerca de 97% pura, com pelo menos 1% de ferro e silício introduzidos por impurezas no aparelho e nos materiais de partida. Um grande obstáculo para alcançar uma produção de alumínio de custo mais baixo foi a falta de uma boa fonte de energia. Mesmo que alguém desenvolvesse uma reação eletroquímica vantajosa, ela precisava ser suficientemente forte, sustentável e econômica. O crescimento de dínamos elétricos confiáveis e comerciais no último terço do século XIX significou que a energia elétrica confiável estaria disponível onde quer que a energia mecânica existisse, e voltou a atenção para as possibilidades de um processo eletrolítico econômico para o alumínio. As melhorias demonstradas por Zénobe Gramme em 1871 aumentaram a voltagem do dínamo e tornaram a corrente mais consistente e previsível. Este foi o mundo em que Charles Hall entrou em seu segundo ano no Oberlin College e o francês Paul Louis-Toussaint Héroult começou a escola preparatória antes de ingressar na faculdade de mineração. Embora eles compartilhassem a mesma ideia, os dois não poderiam ter sido mais diferentes. Quando Charles Martin Hall tinha nove anos, eles se mudaram 120 quilômetros para Oberlin, Ohio, uma cidade conhecida por sua faculdade, conservatório de música e status como um terminal da Underground Railroad. Sua mãe e seu pai se formaram no Oberlin College, e ele e seus seis irmãos também se formaram. Hall havia tido um interesse precoce em química, passando sua adolescência experimentando minerais e produtos químicos na casa de sua família e, eventualmente, indo para a faculdade para continuar seus estudos. Seu professor de química era Frank Jewett, que, havia se interessado pelo alumínio a partir de discussões com Friedrich Wöhler. 8 Hall trabalhou parcialmente no laboratório da faculdade de Jewett e em parte no barracão de sua família. Quando suas primeiras tentativas de criar um processo químico melhorado para extrair alumínio falharam, Hall precisou usar numerosas baterias de Bunsen com cátodos de carbono para efetuar a eletrólise. Mas primeiro ele teve que encontrar materiais de partida apropriados. Para uma fonte de alumínio, ele precipitou alumina misturando a produtos de uso doméstico comum como alúmen com carbonato de sódio (carbonato de sódio, Na2CO3) e secando os resultados filtrados. Em 9 de fevereiro de 1886, Hall descobriu que criolita (hexafluoroaluminato de sódio, Na3AlF6), uma vez aquecida além de seu ponto de fusão de 1.000ºC com seu forno a gasolina, dissolvia alumina como açúcar no café. A partir daí, os experimentos foram efetuados em um ritmo rápido como um relâmpago. Uma semana após as primeiras tentativas eletrolíticas de Hall falharem, ele produziu suas primeiras peças de alumínio metálico em 23 de fevereiro de 1886 e pediu patente em 9 de julho, usando a seguinte reação: 2Al2O3 + 3C → 4Al + 3CO2 Onde no cátodo temos: Al3+ (derretido) + 3e- → Al (l) E no ânodo: 2O2- (derretido) + C (s) → CO2 (g) + 4e- De fato, Paul Louis-Toussaint Héroult e Hall eram um contraste perfeito. Enquanto Hall era conhecido como uma criança calma e estudiosa, Héroult foi enviado para uma série de internatos, possivelmente em parte para domar sua rebeldia. Ele leu o famoso livro de Deville sobre o alumínio na Academia Sainte-Barbe em Gentilly (perto de Paris) e ficou obcecado com o assunto. Em 1882, Héroult entrou na École des Mines em Paris. Mas lá ele negligenciou seus outros estudos enquanto perseguia seus sonhos de alumínio, pois estava falhando em seus cursos e foi convidado a sair depois de apenas alguns meses. Assim, enquanto Hall continuava seus estudos com o professor Jewett, Héroult se viu no exército até sua honrosa alta em 1884. O pai de Héroult morreu em 1885, deixando Paul, de 22 anos, de posse do curtume da família, incluindo seu motor a vapor. Paul aproveitou a oportunidade 9 para continuar seus experimentos com o alumínio e alguns amigos se juntaram a ele. Como Hall, ele finalmente decidiu fundir a criolita como solvente e fez sua primeira extração em uma data não registrada. Mas duas datas são certas: Héroult precedeu Hall na apresentação de sua patente em 23 de abril de 1886 na França e em 22 de maio de 1886 nos Estados Unidos. Felizmente, os dois inovadores conseguiram chegar a um entendimento amigável; Héroult detinha a patente anterior, mas sendo que Hall havia demonstrado seu processo em fevereiro de 1886, o trabalho de Hall prevalecia. Hoje sua invenção é conhecida como o processo Hall-Héroult, e eles foram amigáveis o suficiente para Héroult fazer um discurso caloroso sobre as contribuições de Hall na cerimônia em que este recebeu sua Medalha Perkin em 1911. No final, foi o espírito empreendedor de Charles Hall, que fizeram dele o grande vencedor no jogo de alumínio. Suas primeiras tentativas mal sucedidas de comercializar seu processo incluíram uma atividade na planta de Lockport que mais tarde levaria a uma controversa disputa de patentes. Eventualmente, Hall encontrou um patrocinador no capitão Alfred Epher Hunt, que com co-investimento forneceu US$ 20 mil para construir uma fábrica piloto em Pittsburgh. Essa parceria levaria à formação da Pittsburgh Reduction Company, que em 1907 tornou-se a Aluminium Company of America e, sob o nome atual de Alcoa,é a maior produtora mundial de alumínio. As demais patentes da Hall estavam firmemente no campo da produção de alumínio, mas a Héroult desenvolveu várias invenções não relacionadas ao alumínio. Hall morreu de leucemia na Flórida; Héroult morreu de febre tifoide e cirrose pouco depois de se mudar para um iate de 30 metros no Mediterrâneo. E assim como eles compartilharam um ano de nascimento e um ano de descoberta, eles se uniram no ano de sua morte – 1914. Héroult viveu apenas oito dias a mais do que Hall. A história do alumínio destaca como um refinamento científico possibilita outro, o que possibilita outro, continuando em uma cadeia até que uma descoberta como o processo Hall-Héroult se torne inevitável. 10 Propriedades Características periódicas do elemento: ● Símbolo: Al ● Número Atômico: 13 ● Série Química: Metais Representativos ● Bloco: p ● Grupo: 13 (lllA) ● Período: 3 Características físicas e químicas: Uma excepcional combinação de propriedades faz do alumínio um dos mais versáteis materiais utilizados na engenharia, arquitetura e indústria em geral. ● Ponto de fusão - O alumínio possui ponto de fusão de 660°C, o que é relativamente baixo comparado ao do aço, que é da ordem de 1570°C. ● Peso específico - A leveza é uma das principais características do alumínio. Seu peso específico é de cerca de 2,70 g/cm3, aproximadamente 35% do peso do aço e 30% do peso do cobre. ● Resistência à corrosão - O alumínio possui uma fina e invisível camada de óxido, a qual protege o metal de oxidações posteriores. Essa característica de auto-proteção dá ao alumínio uma elevada resistência à corrosão. 11 ● Condutibilidade elétrica - O alumínio puro possui condutividade elétrica de 62% da IACS (International Annealed Copper Standard), a qual associada à sua baixa densidade significa que um condutor de alumínio pode conduzir tanta corrente quanto um condutor de cobre que é duas vezes mais pesado e proporcionalmente mais caro. ● Condutibilidade térmica - O alumínio possui condutibilidade térmica 4,5 vezes maior que a do aço. ● Refletividade - O alumínio tem uma refletividade acima de 80%, a qual permite ampla utilização em luminárias. ● Propriedade antimagnética - Por não ser magnético, o alumínio é frequentemente utilizado como proteção em equipamentos eletrônicos. Além disso, o metal não produz faíscas, o que é uma característica muito importante para garantir sua utilização na estocagem de substâncias inflamáveis ou explosivas, bem como em caminhões-tanque de transporte de combustíveis. ● Característica de barreira - O alumínio é um importante elemento de barreira à luz, é também impermeável à ação da umidade e do oxigênio, tornando a folha de alumínio um dos materiais mais versáteis no mercado de embalagens. ● Reciclagem - A característica de ser infinitamente reciclável, sem perda de suas propriedades físico-químicas é uma das principais vantagens do alumínio. 12 Processos de Obtenção Mineração O alumínio é obtido a partir da bauxita, um minério que pode ser encontrado em três principais grupos climáticos: Mediterrâneo, Tropical e Subtropical. A bauxita deve apresentar no mínimo 30% de óxido de alumínio (Al2O3) aproveitável para que a produção seja economicamente viável. As reservas brasileiras de bauxita, além da ótima qualidade do minério, também estão entre as maiores do mundo. Na etapa primária de beneficiamento da bauxita, o único rejeito proveniente da lavagem do minério é a argila, sem qualquer aditivo químico. Nesses depósitos, o rejeito é adensado (compactado) e parte da água recuperada é reaproveitada no processo, o que reduz o risco de vazamento nas barragens. Com o tempo, essa argila sedimenta e seca no reservatório. A água residual vai sendo eliminada até que haja condições para o replantio de vegetação sobre o antigo depósito, o que possibilita a reintegração da área ao meio ambiente. Refinaria Nessa fase do processo, a alumina, além de ser insumo para a obtenção do alumínio primário, tem diversas aplicações, como por exemplo, a fabricação de materiais refratários, tratamento de água, uso em produtos abrasivos e para polimento, como retardante de chamas, na fabricação de velas de ignição, entre outros. 13 Sendo Bayer o mais utilizado: 14 Armazenamento Deve-se ser armazenado em estantes ou prateleiras, ficando longe de soluções ácidas, alcalinas, halogenadas. É importante que durante o armazenamento do alumínio certos compostos estejam afastados por conta da incompatibilidade química, como por exemplo o persulfato de amônio, os cloratos e o Br2. É preciso que seja mantido Hermeticamente fechado em local seco e em temperatura ambiente e que durante seu transporte tome-se cuidado com abalos físicos. 15 Aplicações A alta capacidade do alumínio em reagir com os outros elementos possibilita a sua aplicação em diversas áreas. De modo geral, as variedades de aplicações do alumínio estão relacionadas com suas características físico-químicas, por exemplo, a resistência à corrosão e a alta condutibilidade elétrica e térmica. Quando finamente pulverizado, o alumínio é utilizado como combustível para alguns foguetes e na produção industrial de explosivos. Ele faz parte da estrutura de embarcações, veículos terrestres e aéreos como em : ● Perfis extrudados Transformam-se em esquadrias (portas e janelas),forros, divisórias, acessórios para banheiros, estruturas pré fabricadas, e elementos decorativos de acabamento. Cerca de 60% dos extrudados de alumínio são destinados à fabricação de produtos para construção civil. ● Chapas e laminados Transformam-se em latas de alumínio, pisos e carrocerias para ônibus e caminhões, telhas, fachadas etc (Laminação Pura), em utensílios domésticos (Laminação Artefatos) e em tubos e bisnagas para pasta de dente, aerosóis etc ● Folhas Produzidas em variadas espessuras, são utilizadas nos mais diversos tipos de embalagens rígidas, flexíveis, descartáveis etc. ● Fios e Cabos Condutores São utilizados em linhas de transmissão de energia, cabos isolados ou nus, para uso em redes de alta tensão, linhas de transmissão secundária, e aplicações residenciais ou comerciais. 16 ● Fundidos e Forjados Encontram variadas aplicações na indústria de transportes. 60% do consumo de alumínio nessa indústria corresponde a componentes fundidos, tais como caixas de câmbio, carcaça de motores e rodas para automóveis, entre outros. ● Pastas e pó Encontram aplicações variadas que vão de usos destrutivos como desoxidantes na indústria siderúrgica e explosivos para mineração, ao tratamento da água das piscinas (sulfato de alumínio), medicamentos antiácidos (hidróxidos e cloridróxidos de alumínio) tintas, produtos químicos e farmacêuticos. Ao examinar as aplicações da bauxita deve-se, de imediato, imaginar o mundo sem alumínio, o principal produto obtido com base nessa rocha. O metal representa uma contribuição chave à eficiência de veículos automotores, bem como nos trens de alta velocidade e finalmentena indústria naval, dentre outras. Há, também, a produção de ligas metálicas e/ou equipamentos resistentes à corrosão. O alumínio encontra aplicação com sucesso na produção de embalagens para gêneros alimentícios de qualidade, eliminando desperdícios, reduzindo peso e economizando combustível no transporte, além de minimizar a emissão de efluentes. Em todo o mundo, a transmissão aérea de energia elétrica a grandes distâncias é feita por meio de cabos de alumínio. No tratamento da água, não deve ser omitido o uso do sulfato de alumínio como coagulante, proporcionando a Rochas e Minerais Industriais remoção do material indesejável ou mesmo ofensivo, na maioria das vezes presentes no líquido. A bauxita para usos não metalúrgicos tem restrições específicas com respeito aos teores de: alumina, sílica, ferro e titânio. Essas bauxitas são usadas com maior freqüência na produção de: abrasivos, refratários, produtos químicos e cimento. Quando a bauxita é calcinada, os constituintes mais voláteis são liberados, restando uma mistura de coríndon e mulita, cujo teor de Al2O3 permanece entre 80 e 90%. 17 Relações Econômicas Com baixa demanda, havia pouca razão econômica para construir usinas de alumínio. A produção mundial em 1869 foi de apenas cerca de 2 toneladas. Quinze anos depois, quando uma ponta de alumínio de 6 quilos foi colocada no Monumento a Washington, a produção mundial aumentou para apenas 3,6 toneladas – em comparação com as 2.834 toneladas de prata produzidas naquele ano. Apenas 112 quillos de alumínio foram produzidos nos Estados Unidos, praticamente todos por um imigrante da Filadélfia chamado William Frishmuth, que estudou com Wöhler na Alemanha. A maior parte do restante veio da França, Alemanha e Inglaterra. Na época da inovação de Hall e Héroult, o preço do alumínio havia caído para menos de US$ 6 por libra, graças em parte ao processo eletrolítico aprimorado de Hamilton Castner em 1884 para produzir sódio, necessário para o processo Deville. Mas, a esse preço, o alumínio ainda era muito caro para ser considerado para os usos que agora conhecemos. A empresa que Hall ajudou a fundar fez o preço cair para menos de US$ 1 por libra em 1891, e quando um leve cárter de alumínio para motor permitiu que os irmãos Wright fizessem seu famoso primeiro voo, o metal custava US$ 0,30 por libra. A indústria brasileira de alumínio primário é fortemente exportadora, contribuindo de maneira significativa para o saldo positivo da balança comercial brasileira. Em 1990, o país exportou 1,16 bilhões de dólares (FOB) em alumínio primário, ligas e produtos semimanufaturados de alumínio, tendo importado apenas 97 milhões de dólares destes produtos. A contribuição do setor de alumínio ao saldo positivo da balança comercial brasileira foi de 1,06 bilhões de dólares, ou seja, 9,6% do total. Uma avaliação mais aprofundada aponta, no entanto, vários fatores que têm contribuído para o desenvolvimento dessa indústria no Brasil, entre eles as tarifas de energia elétrica subsidiadas e a disposição dos países industrializados em deslocar para o Terceiro Mundo a produção de matérias-primas industriais fortemente poluidoras e/ou consumidoras de energia. No âmbito mundial, o setor de alumínio primário caracteriza-se como uma indústria madura, com taxa de crescimento declinante, excesso de capacidade instalada e 18 sujeita a grandes oscilações nas cotações internacionais do produto. O elevado grau de rivalidade interna, característico de um setor que atinge a maturidade, tem provocado a retirada de muitos concorrentes importantes que, antes, disputavam esse mercado. Por outro lado, condições específicas de fatores de produção têm facilitado a entrada de novos concorrentes, entre eles as empresas brasileiras. O alumínio primário é uma commodity cotada nas principais Bolsas de Mercadorias do Mundo. Os produtores competem entre si racionalizando seus custos de produção de modo a maximizar as margens obtidas no negócio, uma vez que o preço do produto resulta do balanço entre a oferta e a demanda mundiais. O principal insumo para a produção de alumínio é a energia elétrica que, embora ainda seja abundante no Brasil, se torna a cada dia mais escassa em função do crescimento da demanda interna e da ausência de investimentos no setor de geração elétrica. Existe hoje, no país, uma tendência geral ao aumento de tarifas elétricas e/ou limitação do consumo interno. Sendo a indústria do alumínio altamente consumidora de energia elétrica, é de se esperar uma sensível redução de sua posição competitiva internacional à medida que o cenário de escassez energética se concretize. O presente artigo analisa a indústria brasileira de alumínio com o objetivo de identificar e avaliar os determinantes da competitividade internacional deste setor. Para tanto, utiliza-se o frame-work proposto por Porter1, obtido a partir do estudo das vantagens comparativas de dez países industrializados, líderes do mercado mundial de produtos industrializados. A aplicação deste modelo a um dos setores mais fortemente exportadores da economia nacional tem por objetivo identificar os determinantes da competitividade neste caso, contribuindo para o debate sobre diretrizes para o desenvolvimento econômico nacional e para o delineamento de estratégias de ação de setores e/ou empresas nacionais potencialmente competitivos. 19 Contexto Mundial A indústria do alumínio primário apresentou um faturamento total de 35,1 bilhões de dólares em 1989.2 O volume de produção atingiu 17.980 mil toneladas, 2,1 % superior à produção do ano anterior.3 Esse setor apresenta todas as características de uma indústria global. As empresas produtoras atuam internacionalmente, extraindo minério, refinando alumina, produzindo alumínio e comercializando o metal na forma primária ou semitransformada, em países que apresentem condições locais favoráveis, seja em relação à disponibilidade de recursos naturais, seja em relação a estruturas de subsídios e incentivos governamentais. O alumínio é, depois do silício, o metal mais abundante na crosta terrestre. Além de abundante, o alumínio pode ser obtido por um processo químico extremamente simples e conhecido: a redução eletrolítica do óxido de alumínio (alumina), o qual é refinado a partir da alumina hidratada impura existente no minério de bauxita.4 O processo apresenta, no entanto, o inconveniente de consumir grandes quantidades de energia elétrica, sendo esta uma das principais razões do preço relativamente elevado deste metal. Em virtude de suas propriedades físicas, o alumínio é um metal amplamente utilizado como matéria-prima de inúmeros produtos industriais. Basicamente, o alumínio é um material maleável, dúctil, resistente à corrosão, de elevada condutividade térmica e elétrica, além de ser muito leve. Tais características justificam o uso deste material em diversos segmentos industriais importantes, tais como: motores, aeronaves, condutores elétricos, esquadrias metálicas, recipientes eembalagens, componentes mecânicos e estruturais de máquinas e veículos etc. A despeito da ampla gama de aplicações e usos deste metal, a indústria do alumínio é altamente concentrada. Os seis maiores produtores de alumínio primário detêm aproximadamente 50% do mercado mundial. São eles a Alcoa, Alean, Kaiser, Reynolds, Alussuisse e Pechiney. No entanto, o primeiro choque do petróleo (1973) desencadeou um profundo processo de reestruturação setorial que, entre outras conseqüências, vem diminuindo o grau de concentração dessa indústria.5 O novo 20 patamar de preços dos insumos energéticos representou, não apenas um substancial aumento dos custos de produção e conseqüente aumento dos preços do produto, como também provocou uma forte retração da demanda mundial. O reajuste recessivo a que foram submetidas as economias industrializadas após 1973 teve uma influência decisiva sobre a reestruturação da indústria do alumínio. Variações nas taxas de câmbio e nas taxas de juros provocaram a retração do comércio internacional e da atividade industrial como um todo. Sendo o alumínio uma matéria-prima de amplo uso industrial, é natural que a redução da atividade econômica nos países industrializados provocasse a retração do seu consumo. Essa retração ultrapassou, no entanto, todas as expectativas do setor. O gráfico 1 apresenta a produção e o consumo mundial de alumínio primário e secundário, de 1962 a 1989. Nele pode ser observada a retração do consumo mundial de alumínio primário ocorrida após 1979. O crescimento médio da demanda, que fora de 10% ao ano entre 1960 e 1973, caiu para aproximadamente 2% ao ano, entre 1973 e 1984.6 Essa grande retração do consumo, associada ao aumento dos custos de produção, expulsou do setor muitos fabricantes importantes, inclusive a quase totalidade dos produtores japoneses.7 A produção mundial de alumínio deslocou-se para os países em desenvolvimento e/ou com ampla disponibilidade de recursos energéticos, entre eles o Brasil, a Venezuela, a Nova Zelândia e a Austrália. O Brasil, em particular, possuía não apenas recursos hídricos abundantes, como também grandes reservas de bauxita com elevado teor de alumínio. Nesse contexto, houve a expansão da indústria brasileira de alumínio e a conquista de uma posição de destaque entre os países exportadores do produto. Durante as décadas de 50 e 60, o preço do alumínio havia sido mantido em tomo de US$ 550/tonelada, representando um grande estímulo ao consumo e induzindo a substituição de outras matérias-primas industriais por este metal. Após o choque do petróleo, tornou-se praticamente impossível manter a estabilidade do preço do alumínio. A partir de 1979, o metal primário passou a ser cotado na Bolsa de Mercadorias de Londres (LME), tornando-se alvo de movimentos especulativos e http://www.fgv.br/rae/artigos/img/a06gra01.jpg 21 de bruscas variações de preços. Durante a década de 80, a cotação internacional do produto atingiu um nível inferior de US$ 900/t e um nível superior de US$ 4000/t.8 O gráfico 2 apresenta a evolução da cotação média anual do produto na Bolsa de Mercadorias de Londres, comparando-a com a evolução dos estoques comerciais existentes no mundo, durante o período 1979-1990. Verifica-se que o mercado é caracterizado por freqüentes desequilíbrios entre a oferta e a demanda e que as cotações do produto têm refletido esses desequilíbrios. http://www.fgv.br/rae/artigos/img/a06gra02.jpg 22 Questões Ambientais A produção do alumínio, desde a extração da bauxita até a transformação da alumina, pode causar sérios problemas ambientais e à saúde humana. Durante esse processo são liberados gases poluentes causadores do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e também alguns perfluorcarbonetos (PFCs) como o tetrafluorometano (CF4) e o hexafluorometano (C2F6). Também no ato da mineração, é formada uma lama vermelha que é desprezada nas área mineradas, com isso ela acaba penetrando os lençóis freáticos e córregos, também elevando o teor de sódio em poços artesianos, deste modo não é mais possível plantar nada naquele solo, já que houve a contaminação da água local. Outro exemplo de impacto ambiental é no decorrer da refinação da alumina, onde gases, aerossóis cáusticos e outras partículas corrosivas são liberadas na atmosfera. 23 Curiosidades ● O alumínio é o metal mais abundante na crosta terrestre ( correspondendo a 8.1% dela) ● A folha de alumínio reflete o calor e a luz, e é completamente impermeável, o que significa que não há entrada ou saída de sabor, aroma ou luz. ● O alumínio reage com o oxigênio no ar, formando um revestimento de óxido protetor que o torna resistente à corrosão. Isso significa menos manutenção e substituições, em comparação com metais como ferro ou aço. ● Ele requer apenas 5% da energia necessária para produzir o metal primário inicial para reciclá-lo. Inclusive, de todo o alumínio já produzido, 75% ainda está em uso. ● O alumínio surgiu em 1888. Até o século XVIII ninguém nunca tinha visto o alumínio, muito menos sabiam algo de concreto sobre sua formação, produção ou destino de aplicação. ● Com um custo de $17 o grama (antes estimado em $545), o alumínio passou a ser um metal nobre, evidenciado tanto quanto a prata. Logo serviu de ostentação para reis, passando a ornamentar as cortes francesa, dinamarquesa e até o Monumento de Washington. 24 Conclusão Tomando como base suas características, o alumínio permeia uma vasta gama de aplicações. Sua resistência à corrosão, uma proteção natural, destruída apenas por determinadas situações, permite sua conservação e durabilidade, assim como sua alta maleabilidade e elevada condução de energia elétrica ou térmica faz com que ganhe competitividade em produtos que até utilizem-o em sua composição, afirma a ABAL ( Associação Brasileira do Alumínio). As considerações finais para um trabalho feito focado no uso do alumínio , tomando-o como presente em nosso dia a dia, nos mostra as diversas formas a que ele está expresso na indústria e suas propriedades mecânicas nas diversas áreas, tais como sua utilização em larga escala nas indústrias alimentícia, automobilística, química, aeronáutica, petrolífera, etc. 25 Referências Bibliográficas ● Lounge,Lockheed ; Newson, Marc. 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