Buscar

Agentes, estrutura e parâmetros da macroeconomia

Prévia do material em texto

5
Climatologia e MeteorologiaClimatologia e MeteorologiaAgentes, estrutura e parâmetros da macroeconomia
São Luís
2024
Introdução
A inflação de demanda é a consequência do excesso da demanda agregada. Quando a economia está aquecida e os agentes econômicos começam a demandar mais mercadorias e serviços, as empresas não conseguem aumentar sua produção imediatamente, fazendo com que alguns consumidores aceitem pagar um preço maior para conseguirem comprar determinado bem. Para exemplificarmos essa situação, imagine que está havendo o leilão de um carro que começa a ser objeto de desejo de compra de um número cada vez maior de pessoas (ou seja, está havendo um aumento da demanda por aquele veículo). 
Como só há um carro sendo vendido e muitas pessoas com interesse em comprá-lo, os interessados começam a disputar aquela mercadoria “escassa”, dando lances cada vez maiores, até que alguém ofereça um lance que não é coberto por mais ninguém, fazendo o automóvel ser vendido por um preço maior do que aquele estipulado no início do leilão (ou seja, o preço do veículo subiu devido ao aumento da demanda por ele, exemplificando uma situação de inflação de demanda). Essa inflação de demanda também pode ser vista em épocas isoladas, como, por exemplo, no verão, em que a busca por ventilador aumenta e, como as fábricas já escoaram toda a produção para as lojas (pleno emprego dos recursos), começa a faltar essa mercadoria em diversos estabelecimentos comerciais e, assim, as lojas que ainda têm o ventilador, aproveitam a situação para aumentar o preço dele, pois há consumidores dispostos a pagarem esse valor mais alto, por conta da escassez da mercadoria
DESENVOLVIMENTO 
Na inflação de custos (ou oferta), temos uma relação direta com a oferta, pois o nível de demanda se mantém equilibrado (o mesmo), porém a produção (oferta) desse bem diminui (por algum motivo), fazendo com que falte aquele item no mercado, o que aumenta o seu preço de venda. Para exemplificarmos essa situação, imagine que duas mulheres cheguem ao mesmo tempo em uma barraquinha de feira, pedindo melão para o feirante, que é vendido por R$ x, a unidade. Ao olhar em sua bancada, o feirante percebe que ele tem exatamente os últimos dois melões para vender. No entanto, ao pegar um dos melões para passar para uma cliente, ele se descuida e o melão se arrebenta no chão. 
As duas mulheres ficam furiosas porque agora não há melão suficiente para ambas (a demanda continuou igual (2 unidades), mas a oferta diminuiu para 1 unidade). O feirante não sabe o que fazer, até que uma oferece pagar um preço acima dos R$ x, para que o feirante faça a venda da fruta para ela. Pronto: o preço subiu por diminuição da oferta, ou seja, temos inflação de custos (ou oferta)! Outro caso (mais realista) da inflação de oferta mostra o aumento do preço de venda do etanol nos postos de combustíveis, quando estamos no período de entressafra (menor produção) da cana-de-açúcar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, na inflação inercial, temos um fenômeno de aumento automático de preços, para que esse reajuste traga uma recuperação do poder de compra já perdido (por exemplo, um salário é reajustado anualmente, para recompor as perdas financeiras trazidas pela inflação que aconteceu durante esse ano), ou como uma antecipação à perda de poder de compra que poderá acontecer (por exemplo, se os trabalhadores esperam que nesse mês haverá uma inflação de 50% (isso aconteceu no Brasil nas décadas de 1980 e 1990), os sindicatos negociam esse reajuste no salário, antes dessa inflação acontecer, para que os trabalhadores consigam manter seu padrão de vida, ao longo do mês). Esses reajustes acabam sendo repassados, automaticamente, para todos os outros preços que formam a economia, gerando uma inflação inercial. Além da inflação, outro pilar do estudo macroeconômico que explica muitas reações de mercado é a taxa de câmbio. Quando o governo administra o valor da taxa de câmbio, ele promove a política cambial (lembra disso da seção anterior?). A taxa de câmbio pode ser facilmente entendida? Sim, pode, e você vai entender muito tranquilamente. A taxa de câmbio faz com que duas moedas diferentes, de países diferentes, possam ser avaliadas, mensuradas e precificadas, uma em relação à outra. Sua forma de operacionalização também é relativamente simples: a taxa é definida de acordo com a expressão de uma unidade monetária estrangeira, em moeda local, ou seja, ela mostra a quantidade de uma moeda local (chamada de moeda nacional) necessária para a aquisição de uma unidade de moeda estrangeira (um dólar, um euro, uma libra esterlina, etc.), também chamada de divisa. A pergunta seria mais ou menos assim: quantos reais eu preciso para comprar um dólar (EUA)? Se a taxa de câmbio for R$ 4,00 = U$$ 1,00, isso significa que eu precisarei de R$ 4,00 (4 unidades de moeda nacional) para comprar U$$ 1,00 (uma unidade de moeda estrangeira). Desta forma, conseguimos entender que taxa de câmbio é o preço de uma moeda em relação à outra, de outro país.
image1.png

Continue navegando