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Urgência e Emergência e crise em Saúde Mental Alexandre Rodrigues URGÊNCIA X EMERGÊNCIA URGÊNCIA = é uma ameaça em um futuro próximo, que pode vir a se tornar uma emergência se não for solucionado. EMERGÊNCIA = apresenta ameaça imediata para a vida do paciente. O que seria crise em saúde mental? Uma crise é uma perturbação causada por um evento estressante ou pela percepção de uma ameaça. Mas nem toda ameaça ou perturbação em si é uma crise. A crise surge quando a forma habitual que temos de enfrentar os problemas é ineficiente para lidar com essas novas ameaças. A crise é vista enquanto urgência a partir do momento em que afeta diretamente o sujeito. A importância de reconhecer sinais e sintomas • identificar os fatores desencadeantes da crise; • identificar as manifestações de comportamento do indivíduo; • identificar a percepção do evento pelo indivíduo; • conhecer experiências anteriores com eventos semelhantes; • capacitar o indivíduo a aceitar a necessidade de mudança; • promover um sistema de apoio familiar. Atendimento e manejo da crise Quando um paciente de urgência psiquiátrica chega ao serviço de saúde, deve concentrar a atenção em estabilizar o estado alterado do indivíduo e até de seus familiares. Essa estabilização é importante para diminuir ou reduzir os riscos a que esses pacientes estão submetidos e para deixá-los em condição de serem abordados terapeuticamente, isto é, de serem tratados. Em alguns casos, se for necessário, usa-se a contenção mecânica. (A equipe deve ser treinada para a contenção de modo a agir coordenadamente e da maneira mais calma e silenciosa possível. Apenas uma pessoa deve falar, explicando o procedimento ao paciente). Atendimento e manejo da crise A crise em saúde mental e a atuação do CAPS Os CAPS possuem o intuito de articular e ativar recursos existentes nas redes de saúde e intersetorial com vistas à reabilitação psicossocial, e devem se propor a assumir a garantia do acolhimento às situações de crise em saúde mental. Porém, maioria dos pacientes acaba sendo transferido para o hospital quando ela acomete o usuário do serviço, o que demostra certo despreparo da equipe para lidar as situações de crise. Referências: BONFADA, D. et al. A integralidade da atenção à saúde como eixo da organização tecnológica nos serviços. Ciência & Saúde Coletiva [on-line], v. 17, n. 2, p. 555-560, 2012. BRASIL. Decreto nº 7508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. CRUZ, K. D. F. da et al. Atenção à crise em saúde mental: um desafio para a reforma psiquiátrica brasileira. Rev. NUFEN, v. 11, n. 2, p. 117-132, ago. 2019. DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed,2019. DIAS, M. K.; FERIGATO, S. H.; FERNANDES, A. D. S. A. Atenção à crise em saúde mental: centralização edescentralização das práticas. Ciência & Saúde Coletiva [on-line], v. 25, n. 2, p. 595-602, 2020. MANTOVANI, C. et al. Manejo de paciente agitado ou agressivo. Brazilian Journal of Psychiatry [on-line], v.32, suppl. 2, p. S96-S103, 2010. GONÇALVES, Angela Maria Corrêa; DIAS, Ieda Maria Vargas; ALMEIDA, Maria Inês Gomes de. Enfermagem: a Prevenção de Agravos, a Promoção e Recuperação da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. 2016. image1.jpeg image2.png image3.jpeg
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