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Estrutura do Tórax

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Ana Beatriz Sampaio
S. Respiratório 
TÓRAX 
Composto por: 
- Caixa Toracica 
- Cavidade Toracica 
- Parede Toracica 
• Formado pelas costelas e cartilagens 
costais. 
• Parte óssea cartilaginosa 
• Composta por: 
• Esterno 
• 12 Pares de Costelas e cartilagens 
costais 
• 12 Vértebras torácicas 
• Discos intervertebrais 
• Dividida em três espaços: 
• Mediastino (compartimento central) - 
Aloja as vísceras torácicas, com 
exceção dos pulmões 
- subdivide-se em Superior/ Inferior 
- Inferior : Anterior/ Medio/ Posterior 
• Cavidade Pulmonar Direita e Esquerda - 
que abrigam os pulmões 
• Inclui a a caixa torácica, os músculos 
que se estendem entre as costelas, a 
pele, a tela subcutânea, os músculos e a 
fáscia que revestem a face anterolateral. 
• O formato abobadado da caixa torácica 
proporciona grande rigidez, tendo em 
v i s t a o p o u c o p e s o d e s e u s 
componentes, e permite: 
- Proteger os órgãos internos torácicos e 
abdominais (a maioria deles cheia de ar 
ou líquido) contra forças externas 
- Resistir às pressões internas negativas 
(subatmosféricas) geradas pela retração 
elástica dos pulmões e pelos movimentos 
inspiratórios 
- Proporcionar fixação para os membros 
superiores e sustentar seu peso 
 
Embora o formato da caixa torácica 
proporcione rigidez, suas articulações e a 
pequena espessura e flexibilidade das 
costelas permitem a absorção de muitos 
choques e compressões externas sem 
fratura e a modificação do formato para 
permit i r a respiração. Como suas 
estruturas mais importantes (coração, 
grandes vasos, pulmões e traqueia), e 
também seu assoalho e suas paredes, 
estão em constante movimento, o tórax é 
uma das regiões mais dinâmicas do corpo. 
A cada respiração, os músculos da parede 
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CAIXA TORÁCICA
CAVIDADE TORÁCICA
PAREDE TORÁCICA
Ana Beatriz Sampaio
torácica — trabalhando em conjunto com o 
diafragma e os músculos da parede 
abdominal — variam o volume da 
cavidade torácica, primeiro ampliando sua 
capacidade e ocasionando a expansão 
dos pulmões e a entrada de ar e, depois, 
por causa da elasticidade pulmonar e do 
relaxamento muscular, reduzindo o volume 
da cavidade e expulsando o ar. 
• As costelas são ossos planos e curvos 
que formam a maior parte da caixa 
torácica 
• São muito leves, porém têm alta 
resiliência 
• Há três tipos de costelas, que podem ser 
classificadas em típicas ou atípicas: 
1. Costelas verdadeiras (vertebroesternais) 
(costelas I a VII): Fixam-se diretamente ao 
esterno por meio de suas próprias 
cartilagens costais 
2. Costelas falsas (vertebrocondrais) 
(costelas VIII, IX e, geralmente, X): Suas 
cartilagens unem-se à cartilagem das 
costelas acima delas; portanto, a conexão 
com o esterno é indireta. 
3. Costelas flutuantes (vertebrais, livres) 
(costelas XI, XII e, às vezes, a X): As 
cartilagens rudimentares dessas costelas 
não têm conexão, nem mesmo indireta, 
com o esterno; elas terminam na 
musculatura abdominal posterior. 
• As costelas típicas (III a IX) têm os 
seguintes componentes: 
 - Cabeça da costela: cuneiforme e com 
duas faces articulares, separadas pela 
crista da cabeça da costela (Figuras 1.2 e 
1.3); uma face para articulação com a 
vértebra de mesmo número e outra face 
para a vértebra superior a ela 
 - Colo da costela: une a cabeça da costela 
ao corpo no nível do tubérculo 
 - Tubérculo da costela: situado na junção 
do colo e do corpo; uma face articular lisa 
articula-se com o processo transverso da 
vértebra correspondente, e uma face não 
arti cular rugosa é o local de fixação do 
ligamento costotransversário (ver Figura 
1.8B) 
 - Corpo da costela (diáfise): fino, plano e 
curvo, principalmente no ângulo da costela, 
o n d e a c o s t e l a f a z u m a c u r v a 
anterolateral. O ângulo da costela também 
marca o limite lateral de fixação dos 
músculos profundos do dorso às costelas. 
A face interna côncava do corpo exibe um 
sulco da costela, paralelo à margem inferior 
da costela, que oferece alguma proteção 
para o nervo e os vasos intercostais. 
• As costelas atípicas (I, II e X a XII) são 
diferentes (Figura 1.3): 
 - A costela I é a mais larga ( seu corpo é 
mais largo e quase horizontal), mais curta 
e ma i s cu rva das se te cos te las 
verdadeiras. Tem uma única face articular 
em sua cabeça para articulação apenas 
com a vértebra T I e dois sulcos 
transversais na face superior para os 
vasos subc láv ios ; os su lcos são 
separados pelo tubérculo do músculo 
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COSTELAS
Ana Beatriz Sampaio
escaleno anterior ao qual está fixado o 
músculo escaleno anterior 
 
Figura 1.2 Costelas típicas. A. As 
costelas III a IX têm características 
comuns. Cada costela é dividida em 
cabeça, colo, tubérculo e corpo (diáfise). 
B. Corte transversal da parte média do 
corpo de uma costela. 
 
Figura 1.3 Costelas atípicas. As 
costelas atípicas (I, II, XI, XII) são 
diferentes das costelas típicas (p. ex., a 
costela VIII, mostrada no centro). 
• Cartilagens Costais - prolongam as 
costelas anteriormente e contribuem 
para a elasticidade da parede torácica, 
garantindo uma fixação flexível para 
suas extremidades anteriores - Une a 
costela ao osso esterno 
• Espaço Intercostais - separam as 
costelas e suas cartilagens costais umas 
das outras 
OBS: O espaço XII não se situa 
entre as costelas, sendo chamado 
de subcostal. 
• A maioria das vértebras torácicas é típica 
visto que é independente, tem corpos, 
arcos vertebrais e sete processos para 
conexões musculares e articulares . Os 
aspectos característicos das vértebras 
torácicas incluem: 
- Fóveas costais bi laterais (hemifóveas) 
nos corpos vertebrais, geralmente em 
pares, uma inferior e outra superior, para 
articulação com as cabeças das costelas 
- Fóveas cos ta i s dos p rocessos 
transversos para articulação com os 
tubérculos das costelas, exceto nas duas 
ou três vértebras torácicas inferiores 
- Processos espinhosos longos, com 
inclinação inferior. 
 
 
 
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VÉRTEBRAS TORÁCICAS
Ana Beatriz Sampaio
Figura 1.4 Vértebras torácicas. A. T I 
tem forame vertebral e corpo de tamanho 
e formato semelhantes aos de uma 
vértebra cervical. B. As vértebras T V a T 
IX têm características típicas de vértebras 
torácicas. C. T XII tem processos ósseos e 
tamanho do corpo semelhante a uma 
vértebra lombar. Os planos das faces 
articulares das vértebras torácicas definem 
um arco (setas vermelhas) centralizado 
em um eixo que atravessa os corpos 
vertebrais verticalmente. D. Fóveas 
costais superior e inferior (hemifóveas) no 
corpo vertebral e fóveas costais nos 
processos transversos. Os processos 
espinhosos longos incl inados são 
característicos das vértebras torácicas. 
Processo - Espinhoso (1) 
 - Transverso 
 - Articular - Superior 
 - Inferior 
OBS1: A sobreposição dos forames das 
vértebras formam o canal vertebral 
OBS: Forame Intervertebral - articulação 
de duas incisuras vertebrais 
OBS: Como diferenciar? Cada região tem 
uma característica anatômica especifica. 
Cervical : C1 e C2 - Atípicas: apenas elas 
possuem forame no processo transverso 
Torácica - Fóvea costal, onde a vértebra 
articula-se com a costela 
Lombar - Corpo Grande 
• É o osso plano e alongado que forma a 
região intermediária da parte anterior da 
caixa torácica 
• Sobrepõe-se diretamente às vísceras do 
mediastino em geral e as protege, em 
especial grande parte do coração. 
• O esterno tem três partes: manúbrio, 
corpo e processo xifoide. 
 OBS: Em adolescentes e adultos jovens, 
as três partes são unidas por articulações 
cartilagíneas (sincondroses) que se 
ossificam em torno da meia-idade. 
• Manúbrio: É a parte mais larga e 
espessa do esterno - Possui: Incisura 
clavicular, Incisura Julgular, Ângulo e 
Incisuras Costais 
• Corpo 
• Processo Xifóide 
 
Figura 1.6 Esterno. A. As faixas 
membranáceas largas e f inas dos 
ligamentos esternocostais radiais seguem 
das cartilagens costais até as faces 
anteriore posterior do esterno — 
mostrado na parte superior direita. B. 
Observe a espessura do terço superior do 
manúbrio do esterno entre as incisuras 
claviculares. C. É mostrada a relação 
entre o esterno e a coluna vertebral. 
OBS: junção do corpo+processo xifoide = 
junção xifoesternal 
• A abertura superior, muito menor, 
permite a comunicação com o pescoço e 
os membros superiores. A abertura 
inferior, maior, forma o anel de origem do 
diafragma, que fecha toda a abertura. As 
excursões do diafragma controlam 
principalmente o volume e a pressão 
i n t e r n a d a c a v i d a d e t o r á c i c a , 
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ESTERNO
ABERTURA DO TÓRAX
Ana Beatriz Sampaio
constituindo a base da respiração 
corrente (troca gasosa). 
Abertura Superior do Tórax : 
• Posterior, a vértebra T I, cujo corpo 
salienta-se anteriormente na abertura 
• Lateral, o 1o par de costelas e suas 
cartilagens costais 
• Anterior, a margem superior do manúbrio 
do esterno. 
Abertura Inferior do Tórax : 
• Posterior, a vértebra torácica XII, cujo 
corpo salienta-se anteriormente na 
abertura 
• Posterolateral, o 11o e o 12o pares de 
costelas 
• Anterolaterais, as cartilagens costais 
unidas das costelas VII a X, formando 
as margens costais 
• Anterior, a articulação xifosternal. 
 
Figura 1.7 Aberturas do tórax. A 
abertura superior do tórax é a “passagem” 
entre a cavidade torácica e o pescoço e o 
membro superior. A abertura inferior do 
tórax é o local de fixação do diafragma, 
que se projeta para cima, de modo que as 
vísceras abdominais superiores (p. ex., 
fígado) sejam protegidas pela caixa 
torácica. A faixa cartilagínea contínua 
criada pelas cartilagens articuladas das 
costelas VII a X (falsas) forma a margem 
costal. 
ARTICULAÇÕES COSTOVERTEBRAIS 
A costela típica forma duas articulações 
posteriores com a coluna vertebral, as 
articulações das cabeças das costelas e 
as articulações costotransversárias 
 
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ARTICULAÇÕES DA PAREDE 
TORÁCICA
Ana Beatriz Sampaio
 ARTICULAÇÕES 
COSTOTRANSVERSÁRIAS 
- Costocondrial : costela com cartilagem 
- Intercondral : entre as cartilagens das 
costelas 
- Esternocostal: esterno com cartilagem 
Os movimentos da parede torácica e do 
diafragma durante a inspiração aumentam 
o volume intratorácico e os diâmetros do 
tórax. As consequentes alterações de 
pressão resultam na alternância entre a 
entrada de ar nos pulmões (inspiração) 
através do nariz, boca, laringe e traqueia e 
a eliminação de ar dos pulmões (expiração) 
através das mesmas vias. Durante a 
expiração passiva, o diafragma, os 
músculos intercostais e outros músculos 
relaxam, reduzindo o volume intratorácico 
e aumentando a pressão intratorácica. 
Simultaneamente, há diminuição da 
pressão intra- abdominal e descompressão 
das vísceras abdominais. Isso permite a 
retração do tecido elástico pulmonar 
distendido, expelindo a maior parte do ar. 
 
Figura 1.9 Articulações costotransversárias. A 
conformação das faces articulares, exibida em 
c o r t e s s a g i t a i s d a s a r t i c u l a ç õ e s 
costotransversárias, mostra como as costelas 
I a VII giram em torno de um eixo longitudinal 
através do colo da costela (A), enquanto as 
costelas VIII a X deslizam (B). 
 
Figura 1.10 Movimentos da parede torácica. A. 
Quando as costelas superiores são elevadas, 
a dimensão AP do tórax aumenta (movimento 
em alavanca de bomba) e há maior excursão 
(aumento) na parte inferior, a extremidade da 
alavanca. B. As partes médias das costelas 
inferiores movem-se lateralmente quando são 
elevadas, aumentando a dimensão transversal 
(movimento em alça de balde). C. A 
associação dos movimentos das costelas 
(setas) que ocorrem durante a inspiração 
forçada aumenta as dimensões AP e 
transversal da caixa torácica. D. O tórax 
alarga-se durante a inspiração forçada quando 
as costelas são elevadas (setas). E. O tórax 
estreita-se durante a expiração enquanto as 
costelas são abaixadas (setas). F. O 
movimento básico de inspiração (em repouso 
ou forçada) é a contração do diafragma, que 
aumenta a dimensão vertical da cavidade 
torácica (setas). Quando o diafragma relaxa, a 
descompressão das vísceras abdominais 
empurra o diafragma para cima e reduz a 
dimensão vertical para a expiração. 
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MOVIMENTOS DA PAREDE 
TORÁCICA
Ana Beatriz Sampaio
Os verdadeiros músculos da parede 
torácica são serrátil posterior, levantadores 
das costelas, subcostais e transverso do 
tórax. São mostrados na Figura 1.12A e B, 
e suas fixações, inervações e funções são 
citadas no Quadro 1.2. 
 
Figura 1.11 Músculos toracoapendiculares, do 
pescoço e anterolaterais do abdome na 
parede torácica. O músculo peitoral maior foi 
retirado do lado esquerdo para expor os 
músculos peitoral menor, subclávio e 
intercostal externo. Quando são retirados os 
músculos do membro superior, é possível ver 
o formato de cúpula, com estreitamento 
superior, da caixa torácica. 
 
Figura 1.12 Músculos da parede torácica. 
 
Figura 1.13 Dissecção da face anterior da 
parede anterior do tórax. Os músculos 
intercostais externos são substituídos por 
membranas entre as cartilagens costais. As 
secções em forma de H através do pericôndrio 
das 3a e 4a cartilagens costais são usadas 
para retirar fragmentos de cartilagem, como foi 
realizado com a 4a cartilagem costal. Não é 
raro que a costela VIII se fixe ao esterno, 
como nessa amostra. Os vasos torácicos 
internos e os linfonodos paraesternais 
(verdes) situam-se dentro da caixa torácica, 
lateralmente ao esterno. 
 
Quadro 1.2 Músculos da parede torácica. 
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MÚSCULOS DA PAREDE 
TORÁCICA
Ana Beatriz Sampaio
- Os 12 pares de nervos espinais torácicos 
suprem a parede torácica. Assim que deixam 
os forames intervertebrais nos quais são 
formados, os nervos espinais torácicos mistos 
dividem-se em ramos primários anterior e 
posterior (Figuras 1.15A e 1.17). Os ramos 
anteriores dos nervos T1–T11 formam os 
nervos intercostais que seguem ao longo 
dos espaços intercostais. O ramo anterior do 
nervo T12, que segue inferiormente à costela 
XII, é o nervo subcostal. Os ramos 
posteriores dos nervos espinais torácicos 
seguem em sentido posterior, imediatamente 
laterais aos processos articulares das 
vértebras, para suprir as articulações, os 
músculos profundos e a pele do dorso na 
região torácica. 
NERVOS INTERCOSTAIS TÍPICOS 
Os 3o – 6o nervos intercostais entram nas 
partes mais mediais dos espaços intercostais 
posteriores, seguindo inicialmente na fáscia 
endotorácica entre a p leura par ieta l 
(revestimento seroso da cavidade pulmonar) e 
a membrana intercostal interna, quase no 
meio dos espaços intercostais 
Os ramos de um nervo intercostal típico são: 
• Ramos comunicantes, que unem cada 
nervo intercostal ao tronco simpático 
ipsilateral. As fibras pré-ganglionares deixam 
as partes iniciais do ramo anterior de cada 
nervo torácico (e lombar superior) por meio 
de um ramo comunicante branco e seguem 
até o tronco simpático. As fibras pós-
ganglionares distribuídas para a parede do 
corpo e os membros seguem dos gânglios 
do tronco simpático através de ramos 
cinzentos para se unirem ao ramo anterior 
do nervo espinal mais próximo, inclusive 
todos os nervos intercostais. As fibras 
nervosas simpáticas são distribuídas por 
meio de todos os ramos de todos os nervos 
espinais (ramos anteriores e posteriores) 
para chegarem aos vasos sanguíneos, 
glândulas sudoríparas e músculo liso da 
parede do corpo e dos membros 
• Ramos colaterais que se originam 
perto dos ângulos das costelas, descem 
e seguem ao longo da margem superior 
da costela inferior, ajudando a suprir os 
músculos intercostais e a pleura parietal 
• Ramos cutâneos laterais que se 
originam perto da LAM perfuram os 
músculos intercostais internos e 
externos e dividem-se em ramos 
anteriores e posteriores. Esses ramos 
terminais inervam a pele da parede 
lateral do tórax e abdome 
• Ramos cutâneos anteriores perfuram 
os músculos e as membranas do 
espaço intercostal na linha paraesternal 
e dividem-se em ramos mediais e 
laterais. Esses ramos terminais inervam 
a pele na face anterior do tórax e 
abdome 
• Ramos musculares que suprem os 
músculos intercostal , subcostal , 
transverso do tórax, levantadores das 
costelas e serrátil posterior. 
NERVOS INTERCOSTAIS ATÍPICOS 
Embora o ramo anterior da maioria dos 
nervos espinais torácicos seja simplesmente 
o nervo intercostal daquele nível, o ramo 
anterior do 1o nervo torácico (T1) divide-se 
em uma grande parte superior e uma 
pequena parte inferior. A parte superior une-
se ao plexo braquial, o plexo que inerva o 
membro superior, e a parte inferior torna-se 
o 1 o n e r v o i n t e r c o s t a l . O u t r a s 
carac te r ís t i cas a t íp icas de nervos 
intercostais específicos incluem: 
• O 1o e o 2o nervos intercostais seguem na 
face interna das costelas I e II, e não ao 
longo da margem inferior nos sulcos 
das costelas 
• O 1o nervo intercostal não tem ramo 
cutâneo anterior e muitas vezes não 
tem ramo cutâneo lateral. Quando 
presente, o ramo cutâneo lateral inerva 
a pele da axila e pode comunicar-se 
com o nervo intercostobraquial ou com 
o nervo cutâneo medial do braço 
• O 2o (e algumas vezes o 3o) nervo 
intercostal dá origem a um grande ramo 
c u t â n e o l a t e r a l , o n e r v o 
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NERVOS DA PAREDE TORÁCICA
Ana Beatriz Sampaio
intercostobraquial; este emerge do 2o 
espaço intercostal na LAM, penetra no 
músculo serrátil anterior e entra na axila 
e no braço. O nervo intercostobraquial 
geralmente supre o assoalho — pele e 
tela subcutânea — da axila e depois se 
comunica com o nervo cutâneo medial do 
braço para suprir as faces medial e 
posterior do braço. O ramo cutâneo 
lateral do 3o nervo intercostal costuma 
dar origem a um segundo nervo 
intercostobraquial 
• Os 7o – 11o nervos intercostais, após 
darem origem aos ramos cutâneos 
laterais, cruzam a margem costal 
posteriormente e continuam para suprir 
a pele e os músculos abdominais. Não 
estando mais entre as costelas 
(intercostais), agora são os nervos 
toracoabdominais da parede anterior do 
abdome. Seus ramos cu tâneos 
anteriores perfuram a bainha do 
músculo reto, tornando-se cutâneos 
próximos ao plano mediano. 
- A irrigação arterial da parede torácica 
provém da: 
• Parte torácica da aorta, através das 
artérias intercostais posteriores e 
subcostais. 
 • Artéria subclávia, através das artérias 
torácica interna e intercostal suprema. 
 • Artéria axilar, através da artéria torácica 
superior e artéria torácica lateral. 
- As artérias intercostais atravessam a 
parede torácica entre as costelas. Com a 
exceção do 10o e do 11o espaços 
intercostais, cada um deles é irrigado por 
t rês ar tér ias: uma grande ar tér ia 
intercostal posterior (e seu ramo colateral) 
e um pequeno par de artérias intercostais 
anteriores. 
- As artérias intercostais posteriores: 
• Do 1o e do 2o espaços intercostais 
originam-se da artéria intercostal suprema 
(superior), um ramo do tronco 
costocervical da artéria subclávia 
 
 
Figura 1.19 Artérias da parede torácica. A 
irrigação arterial da parede torácica provém da 
parte torácica da aorta, pelas artérias 
intercostais posteriores e subcostais (A, B e 
D), da artéria axilar (B), e da artéria subclávia 
pelas artérias torácica interna (C) e intercostal 
suprema (superior) (B). As conexões 
(anastomoses) entre as artérias permitem o 
desenvolvimento de vias de circulação 
colateral (D). 
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ARTERIAS DA PAREDE TORÁCICA
Ana Beatriz Sampaio
- As veias intercostais acompanham as 
artérias e nervos intercostais e estão em 
posição superior nos sulcos das costelas. 
 - Há 11 veias intercostais posteriores e uma 
veia subcostal de cada lado. As veias 
intercostais posteriores anastomosam-se 
com as veias intercostais anteriores 
(tributárias das veias torácicas internas). 
- À medida que se aproximam da coluna 
vertebral, as veias intercostais posteriores 
recebem um afluente posterior, que 
acompanha o ramo posterior do nervo 
espinal daquele nível, e uma veia 
intervertebral que drena os plexos venosos 
vertebrais associados à coluna vertebral. A 
maioria das veias intercostais posteriores 
(4–11) termina no sistema venoso ázigo/
hemiázigo, que conduz o sangue venoso 
até a veia cava superior (VCS). 
- As veias intercostais posteriores do 1o 
espaço intercostal costumam entrar 
diretamente nas veias braquiocefálicas 
direita e esquerda. As veias intercostais 
posteriores do 2o e 3o (e às vezes 4o) 
espaços intercostais unem-se para formar 
um tronco, a veia intercostal superior 
 
A veia intercostal superior direita é 
tipicamente a última tributária da veia 
ázigo, antes de sua entrada na VCS. 
Entretanto, a veia intercostal superior 
esquerda geralmente drena para a veia 
braquiocefálica esquerda. Isso requer que a 
veia passe anteriormente ao longo do lado 
esquerdo do mediast ino super ior, 
especificamente através do arco da aorta 
ou da raiz dos grandes vasos que se 
originam dela, e entre os nervos vago e 
frênico 
Em geral, ela recebe as veias bronquiais 
esquerdas e pode receber também a veia 
pericardicofrênica. A comunicação inferior 
com a veia hemiázigo acessória é comum. 
As veias torácicas internas são as veias 
acompanhantes das artérias torácicas 
internas. 
 
Figura 1.20 Veias da parede torácica. 
Embora sejam representadas aqui como 
canais contínuos, as veias intercostais 
anteriores e posteriores são vasos diferentes, 
que normalmente drenam em direções 
opostas, cujas tributárias se comunicam 
(anastomosam) aproximadamente na linha 
axilar anterior. Entretanto, como essas veias 
não têm válvulas, o fluxo pode ser invertido. 
10
VEIAS DA PAREDE TORÁCICA

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