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Oncologia Geriátrica

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ONCOLOGIA GERIÁTRICA
Conceitos, tendências, avaliações e propostas terapêuticas
Segundo dados de 2019:
O Câncer no Brasil
e no Mundo
O câncer mais que dobrou em 30 anos;
18 milhões de casos;
9,6 milhões de óbitos.
No Brasil:
625 mil novos casos;
Câncer de próstata, reto e pulmão mais
comuns em homens;
Câncer de pele, mama e colo do útero mais
comuns nas mulheres.
Epidemiologia
nos Idosos
Estima-se que em 2022,
70% das neoplasias em
pessoas > 65 anos.
70% dos óbitos em
pacientes acima de 85
anos.
Mais de 60% dos novos
casos em pacientes acima
de 80 anos.
Cria-se uma correlação
direta entre o câncer e o
envelhecimento.
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Alterações moleculares no idoso geram mudanças que
podem ser favoráveis e outras que podem se opor à
carcinogênese:
Alterações no
DNA;
Instabilidade
genética;
Encurtamento
dos telômeros;
Alterações
mitocondriais =
radicais livres;Fatores biológicos
do envelhecimento
e o câncer
perda da capacidade celular de sofrer apoptose e a
prevalência aumentada de fatores que estimulam o
crescimento tumoral.
Propensão a linfomas não-Hodgkin
Fatores biológicos
do envelhecimento
e o câncer
Suscetibilidade dos tecidos mais velhos aos
carcinógenos ambientais:
Câncer de pele;
Câncer de pulmão;
Etc.
Fatores de casualidade: 
Pessoas que vivem mais teriam maior
propensão a desenvolver neoplasias.
Especificidades tangem o tipo de neoplasia;
Características clínicas – Idoso oncológico
Apresentam algum tipo de alteração funcional;
São mais propensos a infecções;
Se aproximam do tratamento paliativo;;
Menor capacidade de recuperação.
Altos níveis de comorbidades à menor taxa de sobrevida
Comorbidades em idosos com câncer
Dentre as comorbidades mais vistas:
Cardiopatias;
Pneumopatias;
Diabetes;
Demências;
Fragilidade.
PROCEDIMENTO LIMITAÇÕES
Quimioterapia
Senescência interfere na farmacodinâmica e farmacocinética
Diminuição das proteínas corporais
Aumento da toxicididade
Radioterapia Poucas consequências devido ao avanço tecnológico.
Medicações Paliativas
Dificuldade pela interrelação com as outras medicações que
os idosos utilizam.
Fatores do envelhecimento que
desfavorecem a terapêutica clínica
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Performance Status do Eastern
Cooperative Oncology Group (ECOG)
restritos para atividade física extenuante, porém capazes de realizar um
trabalho de natureza leve ou sedentária
totalmente ativo, capaz de continuar todo o desempenho de pré-doença,
sem restrição 
Capaz para o autocuidado, mas incapaz de realizar atividades de
trabalho; fora do leito > 50% do tempo
capacidade de autocuidado limitada, restrito ao leito ou à cadeira mais de
50% do tempo de vigília
completamente limitado, não pode exercer qualquer autocuidado; restrito
ao leito ou à cadeira
morto
Avaliação
Geriátrica Ampla
(AGA)
Utiliza-se dos domínios estipulados por
Marjory Warren.
Falaremos dela na N2.
Funcionalidade
Cognição
Humor
Sensorial
Mobilidade/Quedas
Estado Nutricional
Avaliações
Fisioterapêuticas
Gerais
Inspeção (IMPORTANTE!)
Força
Tônus
Equilíbrio
Ausculta pulmonar e cardíaca
Mobilidade e expansibilidade pulmonar
ADM
Marcha
Cuidados Paliativos
Medidas não curativas, aplicadas em pacientes cujo avanço da enfermidade provoca
sinais e sintomas debilitantes e causadores de sofrimento, tanto para o paciente
quanto para os cuidadores/familiares.
Cuidados Paliativos
Fisioterapia:
Reduzir os sintomas;
Prevenir infecções;
Manter a maior independência possível.
Cuidados
Paliativos
Associação sempre com complicações clínicas;
No idoso pode apresentar um período curto
Há divergências na literatura quanto ao tempo e
local deste cuidado:
Domicílio;
Hospital (internação);
UTI;
Asilo ou casas de longa permanência.
Cuidados
Paliativos
Dificuldades
Resistência da equipe
com o processo.
Escassez de
esclarecimentos técnicos.
Crenças (religiosas e
pessoais).
Familiares não
esclarecidos.
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Compreensão do
próprio paciente.
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Informações
Essenciais sobre
Cuidados Paliativos
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2014)
1 Pretendem oferecer suporte ao paciente por
meio do alívio da dor e de qualquer outro
sintoma decorrente da doença que provoque
desconforto.
Informações
Essenciais sobre
Cuidados Paliativos
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2014)
2 Envolvem necessariamente o apoio aos
familiares. O câncer é uma doença
complexa, com repercussões psicológicas e
de ordem prática, por exemplo, a
necessidade de contratação de cuidadores.
Informações
Essenciais sobre
Cuidados Paliativos
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2014)
3 Devem ser iniciados no momento do
diagnóstico de qualquer doença que ameace
a continuidade da vida. Ao longo do
tratamento, os cuidados paliativos assumem
uma importância cada vez maior.
Informações
Essenciais sobre
Cuidados Paliativos
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2014)
4 Os cuidados paliativos buscam dar suporte a
pessoas com doenças incuráveis por meio do
controle da dor e de qualquer sintoma que
cause desconforto.
Informações
Essenciais sobre
Cuidados Paliativos
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2014)
5 A essência dos cuidados paliativos consiste
em permitir que a pessoa e seus familiares
possam viver da melhor maneira possível o
tempo que lhes resta. A intenção não é dar
anos a vida, mas sim, vida aos anos.
Câncer de
próstata no idoso
Epidemiologia, clínica e fisioterapia
Epidemiologia
É considerado o câncer da terceira idade
75% dos casos ocorrem após os 65 anos
Estima-se a ocorrência de 51 novos casos a
cada 100 mil homens
O câncer de próstata é a segunda neoplasia
mais predominante nos homens (perde-se
para o câncer pulmonar).
Clínica
A velocidade de crescimento do câncer de
próstata é imprevisível: há tumores de alta
agressividade que se disseminam em dois ou
três anos, outros que levam mais de dez anos
para fazê-lo.
Em cada 100 homens de 75 anos que não
fumam, apenas dois irão a óbito por câncer
de próstata, enquanto 43 morrerão de outras
causas, nos dez anos seguintes.
Clínica
Dificuldade para urinar;
Diminuição do jato de urina;
Sangramentos;
Necessidade de urinar mais vezes durante o
dia;
Em alguns casos: emagrecimento e dores.
Prevenção
Conhecimento dos fatores de risco (idade e
histórico familiar);
Adoção de hábitos saudáveis:
Evitar o uso de drogas; 
Educação/conscientização sobre a doença
para estimular mudanças de comportamento
e no estado de saúde.
comer adequadamente, controlar o peso, beber
com moderação, limitar o uso de açúcar e sal, não
fumar e praticar exercícios físicos.
O que podemos fazer?
Fisioterapia
Controle da diurese e tratamento da incontinência urinária;
Prevenção de comorbidades;
Trabalho com a dor (principalmente após a prostatectomia radical);
Melhorar qualidade de vida e funcionalidade.
Câncer de mama
no idoso
Epidemiologia, clínica e fisioterapia
Epidemiologia
Representa um terço de todos os casos de
câncer entre mulheres no mundo.
No Brasil, o principal câncer entre as
mulheres, com 48.930 casos novos em 2017.
52 casos a cada 100.000 mulheres.
Clínica
Vermelhidão na pele, inchaço e dor;
Nódulos na axila e alterações no formato da
mamila e seio;
Dor, febre, mal-estar e cansaço;
Hiperemia.
Prevenção
Prática de atividade física;
Manutenção do peso corporal adequado;
Amamentar;
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
O que podemos fazer?
Fisioterapia
Exercícios para membros superiores (ADM e força);
Redução das dores, lesões;
Tratamento da sensibilidade;
Câncer de
pulmão no idoso
Epidemiologia, clínica e fisioterapia
Epidemiologia
Principal câncer nos homens no mundo
(INCa);
No Brasil, fica em segundo lugar, perdendo
para o câncer de próstata;
31,1 mortes/100.000 casos em idosos;
É a principal causa de morte por câncer na
terceira idade.
Clínica
Tosse seca ou com hemoptise;
Dispneia;
Dor torácica;
Emagrecimento associado a perda de apetite;
Sibilância progressiva.
PrevençãoIngesta de alimentos saudáveis;
Cuidados com as infecções pulmonares e
exposições;
Cessação do tabaco;
Atividade física.
O que podemos fazer?
Fisioterapia
Prevenção das comorbidades;
Melhora da capacidade funcional;
Atividade física permanente;
Orientações.

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