Buscar

inclusão dos lgtqiap no mercado de trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pesquisas para tcc
Comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho
Resumo
Resumo: O presente trabalho busca analisar a representação da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho, abordando suas barreiras e desafios, as estratégias de inclusão trabalhista e as alternativas de superação. O objetivo deste artigo é analisar a desigualdade social no cenário empresarial, ressaltando o enfrentamento por partes dos líderes em prol de um clima harmônico, enfatizando a importância de integrar e evitar alguns conflitos no ambiente organizacional. Pôde-se observar nos resultados que os LGBTQIA+ vêm ocupando diversos cargos no mundo corporativo, dentre eles, os de liderança, com suas habilidades e características que os levam a desenvolver uma influência positiva e inspiradora. 
Introdução
A Comunidade LGBTQIA+ tem se tornado cada vez mais presente na sociedade e, com ela, vem a responsabilidade de garantir sua inclusão e representatividade em todas as esferas. No mercado de trabalho, esse tema é de fundamental importância para o bem-estar de todos os funcionários. Para introduzir esse tópico no mercado de trabalho, é importante ter um ambiente profissional inclusivo, onde todas as pessoas se sintam seguras para se expressarem e participarem livremente. Isso pode ser alcançado por meio de diferentes esforços como programas de diversidade corporativa, treinamentos e políticas de tolerância e respeito. No mercado de trabalho, a presença desses grupos é uma realidade que precisa ser reconhecida. Isso implica em fazer um ambiente de trabalho mais inclusivo, respeitoso e acolhedor, para garantir que todos os funcionários se sintam reconhecidos e valorizados.
problema de pesquisa
A comunidade LGBTQIA+ é um grupo social que apresenta um vasto contexto de desafios e oportunidades no mercado de trabalho. Muitos membros dessa comunidade enfrentar preconceitos, discriminação e falta de representação, limitando suas chances de desenvolvimento e crescimento profissional. Ao mesmo tempo, as empresas e organizações buscam cada vez mais diversificar suas equipes e atrair mais talentos, sendo o desenvolvimento e a inclusão dessa comunidade um dos requisitos para alcançar esses objetivos. Partindo desse pressuposto, a pergunta que fica para o problema da pesquisa seguinte, é: Qual o cenário atual, quais os desafios e quais as soluções para avançar na inclusão?
 INCLUSÃO LGBTQIA + NO MERCADO DE TRABALHO DO BRASIL
 A constituição federal é clara em seu art. 5º:” todos são iguais perante a 9 lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” (BRASIL,1988). 
Mas nem sempre a norma se reflete na realidade, pessoas LGBTQIA + ainda são vítimas de preconceitos e muitas vezes acabam perdendo a chance de mostrar as próprias habilidades na profissão que escolheram seguir. Omitir a orientação sexual, muitas vezes, acaba sendo uma alternativa para evitar a discriminação. 
Visando a não discriminização por orientação sexual, por meio de uma politica pública, foi estabelecido no Brasil, veiculada pelo Conselho Nacional de Combate à Discriminação, foi desenvolvido um progroma de combate à violência e toda discriminação, intitulada “Brasil Sem Homofobia.” Esse, portanto, é um programa que visa combater toda a discriminação sofrida por pessoas da comunidade LGBT. (BRASIL, 2004). 
Mudar a perspectiva da inclusão de minorias, negros e mulheres nas empresas norteamericanas, uma vez que a ação afirmativa estaria contrariando o princípio da meritocracia e, dessa forma, não geraria exemplos para os jovens dos grupos discriminados se espelharem em sua carreira profissional – as admissões ou promoções de membros desses grupos seriam percebidas como não merecidas por outros funcionários e também por jovens desses grupos (GALEÃO-SILVA; ALVES, 2004, p. 22-23). 
É necessário trabalhar sobre o respeito e sobre a diversidade dentro das empresas, elas têm uma responsabilidade: entender, inicialmente, a realidade de inclusão e, também, compreender que o ambiente de trabalho pode refletir a sociedade. As articulações voltadas para se admitir pessoas LGBTs são raras, e mesmo quando se tem uma articulação na empresa, não vai muito além da teoria (SIQUEIRA, 2015, p. 15). 
No caso de gays e lésbicas, considera-se que é de extrema importância o estabelecimento possuir uma cultura organizacional para homossexuais, tendo em vista que políticas de diversidade nem sempre irão garantir que a discriminização não aconteça no cotidiano de um LGBT (SIQUEIRA, 2015, p. 16). 
No mercado de trabalho, as ações atuais tem como parceria, junto com o 10 Ministério Público do Trabalho, algumas políticas implementadas que visam o combate à discriminação para com os gays, travestis e lésbicas. Há, então, um programa de sensibilização de gestores públicos cuja iniciativa preza pela tomada de consciência no que diz respeito ao acolhimento. Deve-se ter um apoio das delegacias regionais, do Ministério do Trabalho e Emprego no que se refere ao fortalecimento do combate à discriminação no ambiente de trabalho. Além disso, também deve-se buscar uma fiscalização do trabalho, a melhoria de rendas e permitir o acesso ao emprego para todos (BRASIL, 2004).
Tendo em vista a importância das políticas pública que são voltadas à efetivação dos direitos LGBT, é de extrema importância o apoio em cursos de formação inicial para inúmeros professores nesta área da sexualidade, visando formar equipes multidisciplinares para avaliar livros didáticos, na intenção de eliminar todo e qualquer aspecto que discriminam as pessoas por suas orientações sexuais. 
Fazendo, a partir de então, com que estimulem materiais educativos, sobre toda e qualquer orientação sexual, contribuindo para que a homofobia no país tenha uma queda significativa. Para que isso aconteça, é necessário divulgar e apoiar a produção didática para a formação de professores, tendo uma difusão de conhecimentos e contribuindo no combate à violência e driscriminação da comunidade LGBT (BRASIL, 2004). 
O Fórum de Empresas e Direitos LGBT inaugurou o diálogo permanente entre empresas para a colaboração em torno de desafios comuns, a qualificação das ações e a interação cada vez mais efetiva com as organizações governamentais e não governamentais que representam ou atuam com a questão LGBT. 10 Compromissos da Empresa com a Promoção dos Direitos LGBT Seu objetivo é articular e disseminar conhecimentos sobre práticas empresariais de 47 gestão da diversidade sexual, com foco nos direitos LGBT, no combate à homofobia e na adição de valor às marcas. Seu desafio é articular esforços internos e externos para fortalecer práticas empresariais cada vez mais consistentes e sintonizadas com a sociedade e o movimento internacional de direitos humanos LGBT (ETHOS, 2013. p. 46-47). 
O compromisso das empresas com os direitos humanos LGBT é uma realidade que já existe, mas o meio empresarial tapa os olhos para esse assunto, o Brasil é um país com pensamentos machistas, nos dias atuais vivese um momento em que a discussão da sustentabilidade e da diversidade está bem mais consolidada, mostrando que o objetivo da comunidade LGBT é criar 11 um ambiente mais inclusivo, visando trazer educação, informação e trazer a conversa gay sem tabu em todo o ambiente de trabalho. 
O QUE AS EMPRESAS ESTÃO FAZENDO PARA A INCLUSÃO E PROMOÇÃO DE PESSOAS 
LGBTS Existem certas estatísticas que são vistas com júbilo por grupos e movimentos sociais, uma dessas estatísticas encontra-se no fórum de algumas empresas que incluem pessoas LGBT. Sendo assim, há muitas empresas que prezam por uma boa prática na promoção da comunidade, essas empresas visam ir mais rápido na direção da igualdade, para incrementar as práticas de respeito e inclusão, visando gerar também impactos positivos em suas marcas e, consequentemente, visar esse impacto positivo também na sociedade.
 A diversidade traz uma amostra da sociedade para dentro da empresa para queela possa, a partir disso, criar produtos e serviços para todos. De acordo com Ethos (2013), no quadro abaixo, algumas empresas têm uma preocupação em admitir e promover pessoas da comunidade LGBT para seu vínculo empresarial. 
Quadro 2 - Empresas que contratam pessoas LGBTQIA + 
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Ethos, (2013, p. 68-73). 12 
Essas empresas estão se comprometendo a caminhar em rumo à inclusão, facilitando e mostrando para toda sociedade que, atualmente, é necessário ter uma diversidade de pessoas no ambiente de trabalho. Então, para uma empresa atender melhor um conjunto da sociedade e seus clientes, ela precisaria espelhar e refletir melhor a diversidade. 
Conforme relata Day e Greene (2008), as organizações maiores tendem a contratar mais trabalhadores homossexuais. Contudo, isso aponta que pequenas organizações e seus respectivos gestores terão um trabalho maior e, com isso, terão de trabalhar fortemente para mostrar e convencer candidatos LGBTs o quão lucrativas podem ser suas empresas. 
Segundo autores da área administrativa e humana, são sugeridos importantes talentos para um recrutamento que visa a inclusão de pessoas da comunidade LGBT. Algumas fontes de recrutamento, como as de organizações homossexuais, e alguns sites fazem com que esse público se sinta atraído e, consequentemente, uma maior quantidade de pessoas se sentem incluídas nesse mercado de trabalho (DAY; GREENE, 2008). 
Contudo, a equipe responsável pelos recursos humanos, através do recrutamento, deve ter um treinamento com ênfase em questões relativas à orientação sexual, visando encorajar os candidatos e orientá-los, apresentando lhes evidências de que a empresa em questão é inclusiva e acolhedora (DAY e GREENE, 2008). 
Os autores frisam que é necessário que todos os candidatos sejam avaliados igualmente, sobre todo e qualquer critério relacionado à vaga de trabalho disponível naquele momento, e jamais ser avaliado com base na sua sexualidade, informando que a organização tem um tratamento igualitário para todos os trabalhadores independente da orientação sexual.
Artigo Roberth TCC Adm Cont 2021 (3)-compactado.pdf
Desafios enfrentados pela população LGBT no trabalho
O principal desafio enfrentado pela população LGBT para acessar o mercado de trabalho é a superação dos preconceitos. Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis, Intersexuais e toda a diversidade presente no leque que compõe o gênero e a sexualidade sofrem com a violência no Brasil. Essa violência é motivada principalmente pela não aceitação de suas existências no mundo fora dos padrões sociais de gênero e sexualidade predominantes.
Alguns exemplos dão dimensão do problema e deixam evidentes alguns dos principais desafios enfrentados pelos LGBTs e que dificultam seu ingresso no mercado de trabalho em nosso país:
Segundo o Relatório Mundial da Transgender Europe, de 325 assassinatos de transgêneros registrados em 71 países entre 2016 e 2017, 52% ocorreram no Brasil;
A pesquisa Mapeamento de Pessoas Trans na cidade de São Paulo, realizada em 2021, indicou que 46% das travestis e 34% das mulheres trans entrevistadas acabavam se vendo obrigadas a atuar como profissionais do sexo;
De acordo com LGBT Trans Report, de 2018, pesquisa realizada no Reino Unido:
Um a cada oito empregados trans (12%) foram atacados fisicamente por colegas ou clientes no ano de 2017;
Mais de um terço dos estudantes trans nas universidades (36%) já haviam sido alvo de comentários ou atitudes negativas por parte de funcionários dessas Instituições de Ensino Superior;
Duas de cada cinco pessoas trans (40%) alteram a sua forma de vestir por medo de discriminação e assédio. No caso de pessoas não-binárias, esse número chega a 52%.
Pesquisa divulgada pela CNN indica que:
54% dos entrevistados não se sentem seguros para falar sobre sua orientação sexual no trabalho;
74% sentem falta de um ambiente de trabalho mais inclusivo;
54% sentem falta de referências profissionais LGBTs em quem se espelhar.
Já a pesquisa realizada pelo Center For Talent Innovation, indicou que:
Sendo assim, fica evidente que as pessoas LGBTs, ao não terem suas identidades reconhecidas, passam a ser alvo de assédio, discriminação e agressão nas ruas, nas instituições de ensino e nos ambientes de trabalho. Com isso, ficam em situação desfavorável para a ocupação de vagas nas empresas.
Apesar disso, pesquisa realizada com as 500 maiores empresas do Brasil indica que apenas 19% delas desenvolvem algum tipo de política para a promoção de oportunidades para pessoas LGBTs. Ao mesmo tempo, apenas 8,5% se preocupam em garantir oportunidades no processo de seleção.
Estudo realizado pela Marquette University, a pedido da Wisconsin LGBT Chamber of Commerce mostrou que grandes empresas com LGBTs em cargos de alto escalão apresentam resultados favoráveis em comparação com aquelas sem diversidade - principalmente nas áreas de responsabilidade social e corporativa (ESG), práticas de RH e qualidade da força de trabalho.
Segundo estudo publicado na Harvard Business Review, equipes com líderes inclusivos têm
17% mais chances de indicarem que vêm apresentando alta performance no trabalho;
20% mais chances de indicarem que têm tomado decisões de alta qualidade; e
29% mais chances de indicarem comportamento colaborativo na execução do trabalho.
Fato é que, no mundo atual, não investir na promoção de ações de inclusão da população LGBT nas empresas é um erro estratégico.
Vantagens de inclusão de LGBTs nas empresas
9% da população brasileira é LGBT. São cerca de 18 milhões de pessoas que movimentam 150 bilhões de reais por ano no Brasil. Além disso, 1 em cada 5 pessoas da geração Z se identifica como membro da comunidade LGBT, o dobro das gerações anteriores - o que pode estar atrelado à maior aceitação da sociedade atual e evidencia uma perspectiva de futuro que não pode ser ignorada.
Ao mesmo tempo, a LGBTfobia custa cerca de U$ 405 bilhões de dólares anuais para a economia brasileira, levando-se em consideração a perda de produtividade, o turnover e os prejuízos com processos judiciais por discriminação.
Contratar pessoas LGBT, por outro lado, conduz à constituição de empresas mais diversas, que são comprovadamente mais propensas a superar a performance de suas concorrências, obtêm melhores resultados financeiros, apresentam mais inovação, maior retenção de talentos e satisfação dos colaboradores.
A verdade é que os consumidores atuais buscam serviços e empresas alinhados com os valores nos quais acreditam, sendo a inclusão da população LGBT uma questão central hoje.
A responsabilidade das empresas com a causa LGBT e possíveis ações a serem adotadas
A situação geral de exclusão e violência da população LGBT no Brasil traz para as empresas a responsabilidade de implementar ações proativas para a promoção de oportunidades para esse grupo. Além disso, as empresas devem criar fluxos e diretrizes para garantir o respeito e impedir a discriminação contra pessoas LGBT.
Nunca é tarde para lembrar que a homofobia é crime no Brasil e as empresas podem ser responsabilizadas em casos nos quais sejam omissas, podendo responder por danos morais, por exemplo.
Conheça algumas ações de promoção da inclusão LGBT nas empresas:
· Realizar pesquisas internas que ajudem a compreender o perfil dos colaboradores, seu sentimento geral sobre inclusão LGBT, suas sugestões de aprimoramento dos fluxos e das relações;
· Incorporar a inclusão LGBT na missão e nos valores da empresa, assim como na linguagem;
· Trabalhar os vieses inconscientes que geram preconceitos e violências contra a população LGBT por meio de capacitações e treinamentos - desde o processo de seleção, passando pela jornada produtiva, pelas promoções e indo até o desligamento;
· Promover ações de comunicação inclusiva e não violenta;
· Trabalhar com seriedade o tema da discriminação, estabelendo políticas anti-discriminatórias e deixando claro o que não é tolerado no ambiente de trabalho;
· Criar de canais de ouvidoria para o recebimento dedenúncias, que devem ser adequadamente investigadas, com a devida responsabilização dos agressores e a reparação das vítimas;
· Criar ações afirmativas, com cotas de inclusão de LGBTs na equipe em geral, inclusive nas altas lideranças;
· Criar políticas de redução das desigualdades de oportunidades, como mentorias, bolsas de estudo e de capacitação para a população LGBT, aumentando assim seu engajamento;
· Valorização das lideranças LGBTs, dando visibilidade e espaço para que se tornem referências profissionais para outros membros da comunidade;
· Estruturar o apoio dos líderes sênior às políticas de inclusão LGBT;
· Garantir salários iguais para quem pertence e para quem não pertence à comunidade LGBT;
· Oferecer benefícios específicos para LGBTs, promovendo a igualdade através da equidade;
· Fazer mudanças no espaço de trabalho que criem ambientes neutros em termos de gênero, como banheiros unissex e adoção de lingaguem neutra nas comunicações e placas;
· Fazer monitoramento das políticas LGBT por meio de indicadores e reavaliações periódicas;
· Incentivar a criação de grupos de diversidade e inclusão LGBT na empresa.
Inclusão de LGBTs nas empresas: desafios e soluções | Jusbrasil
LGBTQIA+ no mercado de trabalho: quais são os principais desafios?
A parcela de pessoas LGBTQIA+ precisa lutar constantemente contra o preconceito em diferentes esferas da vida e na carreira o cenário, infelizmente, ainda não é diferente. São diversos os desafios que esses indivíduos enfrentam para conseguir um emprego, se sentir confortável no ambiente de trabalho, crescer na carreira e por aí vai.
Em seguida, confira alguns dos principais desafios que as pessoas LGBTQIA+ encaram no âmbito profissional:
Dificuldade para conseguir emprego
Para começo de conversa, há um grande abismo quando o assunto é “conseguir um emprego”. As pessoas LGBTQIA+ já sofrem com o preconceito logo nessa primeira etapa da carreira, se deparando com mais dificuldades para conseguir um trabalho.
Uma pesquisa realizada pela Elancers revelou um dado chocando: 20% das empresas brasileiras não contratam lésbicas, gays, travestis e transexuais devido à sua orientação sexual e identidade de gênero. E, para completar, 11% só contrataria uma pessoa LGBTQIA+ se ela não ocupasse cargos mais elevados.
Não precisa dizer mais nada, não é mesmo? O preconceito é gigantesco e apesar de tanto se falar sobre aceitação e inclusão, muitas organizações ainda cultivam uma cultura que vai exatamente contra isso.
Menos oportunidades para assumir cargo de níveis superiores
A mesma pesquisa feita pelo LinkedIn já citada anteriormente também revelou que apenas 13% das pessoas LGBTQIA+ afirmou ocupar ou já ter ocupado um cargo de diretoria ou C-level. Além disso, na época do estudo, somente 15% ocupava ou já tinha ocupado em algum momento da carreira um cargo de coordenação e gestão.
Logo, estes são dados que apontam que a comunidade LGBTQIA+ não tem as mesmas oportunidades e, portanto, são poucos que chegam aos cargos mais altos dentro de uma organização.
Dificuldade para dar o melhor de si no trabalho
Isso pode acontecer com algumas pessoas LGBTQIA+ porque se sentem tão acuadas e preocupadas com a sua orientação sexual e identidade, que ficam mais focadas em esconder ou camuflar a própria vida para não serem descobertos. A consequência? Acabam sendo menos produtivas e estão mais propensas a falhas, o que não é benéfico para o profissional nem para a empresa em si.
Preconceito velado ou direto
Boa parte das pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho afirma que já foi alvo de preconceito, normalmente por meio de piadas ou comentários inapropriados. Além dos efeitos colaterais na autoestima e saúde mental, o preconceito afeta o sentimento de pertencimento no trabalho e, consequentemente, a motivação e felicidade.
É comum que essas pessoas se sintam sozinhas, sem terem alguém com quem compartilhar a sua verdadeira identidade. Tudo isso pode resultar em quadros de ansiedade e depressão que afetam a vida pessoal e profissional.
Desinformação que leva à ignorância
O que é diferente de nós costuma causar estranhamento, por isso, as pessoas têm a tendência de se aproximar daquilo que já é conhecido. Esse tipo de comportamento, infelizmente, é a raiz de muitos julgamentos e estereótipos que ainda existem.
Boa parte do preconceito no mercado de trabalho é consequência do tabu que envolve os assuntos relacionados ao público LGBTQIA+, que acabam não sendo discutidos abertamente. Dessa forma, as pessoas continuam com ideias cristalizadas equivocadas e a roda do preconceito não é interrompida.
Necessidade de se encaixar nas normas sociais
Outro grande desafio é o fato de que, para conseguir ou manter um emprego, as pessoas LGBTQIA+ muitas vezes precisam camuflar suas verdadeiras identidades para se encaixarem em “padrões aceitáveis”. Algumas empresas podem instruir essa parcela de colaboradores a não falar ou se vestir de uma determinada maneira.
Com isso, cria-se um estado permanente de vigilância que, com o passar do tempo, pode se tornar extremamente exaustivo e impactar a saúde mental.
Falta de apoio correto aos colaboradores LGBTQIA+
Não podemos generalizar, mas existe uma boa parcela de empresas que ainda não oferece o apoio correto aos seus funcionários LGBTQIA+. Em um caso em que alguém sofre preconceito de outros colegas por conta da sua orientação sexual, por exemplo, não basta simplesmente mudar esse profissional de área para que não tenha mais contato com os agressores.
Ou pior: pedir que mude sua forma de ser, falar ou se vestir para evitar as piadas ou comentários. É necessário ter medidas mais duras, que reafirmem que nenhum tipo de discriminação será tolerada no ambiente de trabalho. Caso contrário, os casos continuarão ocorrendo e as pessoas LGBTQIA+ se sentirão incomodadas e pouco acolhidas.
As graves consequências na saúde mental
Segundo o Ministério da Saúde, a discriminação devido à orientação sexual ou identidade de gênero está diretamente relacionada ao adoecimento mental, podendo ocasionar transtornos de ansiedade, depressão e, em casos mais graves, o suicídio. Além das agressões verbais, muitos sofrem agressões físicas também, que podem acabar levando à morte.
Para completar a questão toda que engloba a saúde mental do público LGBTQIA+, não podemos deixar de citar outros fatores de estresse, como a dificuldade de autoaceitação e muitas vezes o preconceito dentro da própria família. Tudo isso pode agravar ainda mais os quadros mentais.
Portanto, quando discutimos sobre LGBTQIA+ no mercado de trabalho, estamos falando sobre uma questão que tem um impacto muito maior na vida pessoal de cada uma dessas pessoas. Isso porque todo preconceito e fator de estresse pode comprometer ainda mais o equilíbrio emocional que, por diversos fatores, já sofre angústias e pressões de vários lados.
Qual é o papel das empresas na inclusão LGBTQIA+ no mercado de trabalho?
Cada empresa deve assumir o seu papel e trabalhar a inclusão no ambiente de trabalho. Não basta simplesmente realizar uma ação sobre o assunto uma vez por ano e restante dos dias ignorar a questão. O que mais falta nas organizações é uma postura firme e coerente em relação ao assunto.
Confira, em seguida, algumas ações que unem discurso e prática que podem ser executadas na sua empresa em prol da inclusão e diversidade:
Cultura organizacional voltada para a diversidade
Quando estamos falando sobre inclusão e diversidade no ambiente de trabalho, é necessário que estes sejam valores enraizados na cultura da empresa. É importante que todos que se relacionem com a organização de alguma forma reconheçam que se trata de um lugar que levanta essa bandeira.
Ações esporádicas e pontuais não trazem resultados consistentes, por isso, um dos primeiros passos deve ser revisar a cultura organizacional. Como as pessoas na empresa são condicionadas a agir, falar, pensar e conduzir o dia a dia de trabalho? Se diversidade e inclusão não estiverem enraizadas aqui, então nenhuma ação será eficiente.
Processo seletivo às cegas
Quandoestamos falando sobre a necessidade de dar chances iguais a todos os candidatos a uma vaga, infelizmente muitas vezes os vieses inconscientes atrapalham no momento do recrutamento.
Para garantir a imparcialidade no momento da seleção, muitas empresas têm adotado o processo seletivo às cegas, em que informações como idade, gênero, raça são ocultadas no momento para que o recrutador não se deixe levar por preconceitos e estereótipos. Assim, são avaliados apenas atributos e competências que são realmente relevantes para o cargo e função em questão.
Informação e diálogo com todos os colaboradores
Outra ponto importante é o acesso à informação e o diálogo sobre o público LGBTQIA+. É necessário que o assunto não seja tratado como tabu e sim discutido abertamente entre todos os colaboradores.
Cabe à empresa promover conversas sobre o tema para derrubar preconceitos e estereótipos que ainda atrapalham o dia a dia de trabalho dessas pessoas. Para esta ação, pode ser interessante:
· criar um Comitê de Diversidade;
· convidar diversos profissionais para abordar o assunto em palestras informativas, como psicólogos e também uma pessoa LGBTQIA+ com uma história aspiracional.
Ações que incentivem a diversidade
Mas é claro que só falar não é o caminho para realmente promover a inclusão nas empresas, é preciso agir também. Para isso, é necessário pensar em ações estratégicas, por exemplo, algo relacionado ao mês de orgulho LGBTQIA+.
É válido que a organização se posicione e crie algumas ações para promover o assunto durante esse período. Além das ações internas, com os colaboradores, a empresa também pode fazer campanhas nas redes sociais e em outros canais para se posicionar com o público externo.
Apoio psicológico
Como já foi citado anteriormente, a saúde mental das pessoas LGBTQIA+ sofre impactos severos do preconceito. Quando há algum caso de discriminação no ambiente de trabalho, é necessário que a empresa se posicione e tome uma atitude em relação ao ocorrido.
Oferecer suporte psicológico é uma das iniciativas que podem contribuir para um dia a dia de trabalho mais saudável ao público LGBTQIA+, mas também é importante para outros colaboradores trabalharem questões relacionadas ao preconceito e tabus sobre o assunto.
Por isso, é uma estratégia inteligente que as empresas ofereçam a psicoterapia como benefício corporativo aos funcionários. Com parceiros como a o Vittude Corporate, é possível levar o auxílio psicológico aos colaboradores de maneira simples e acessível. No fim do dia, todos saem ganhando e a empresa garante que está cumprindo o seu papel e fomentando um ambiente mais saudável.
Por que as empresas devem promover a diversidade?
Um estudo da McKinsey & Company10 revelou que empresas com diversidade de gênero têm 15% a mais de chances de ter rendimentos acima da média. Já em relação à diversidade racial e étnica, esse número sobe para 35%. Além disso, um estudo da Harvard Business Review11, apontou que nas empresas em que o ambiente de diversidade é reconhecido, os colaboradores estão 17% mais engajados e dispostos a irem além das suas responsabilidades.
Não podemos negar, portanto, que promover a diversidade, seja ela de qualquer tipo, nas organizações é essencial para o crescimento de todos os envolvidos. De um lado, colaboradores mais dispostos, motivados e felizes. De outro, uma empresa que colhe os frutos em termos de produtividade e maiores lucros.
Exemplos de empresas que atuam em prol da diversidade e inclusão
Por fim, mas não menos importante, confira alguns exemplos de empresas que já assumiram o seu papel e estão trabalhando ações que visam promover a igualdade para o público LGBTQIA+ no mercado de trabalho:
Grupo Pão de Açúcar
O Grupo Pão de Açúcar é parceiro do Fórum de Empresas e Direitos LGBTQIA+ e da Transempregos e só em 2019 chegou a contratar 31 profissionais trans para suas lojas. Além disso, a empresa participa do #AgoraVai, um festival que visa capacitar indivíduos trans para o mercado de trabalho por meio de treinamentos, oficinas e dicas para entrevistas.
Internamente, foi criado o grupo Orgulho LGBT, do qual participam mais de 60 colaboradores e são realizadas atividades e ações para atrair e reter talentos, além de ações que têm como objetivo conscientizar sobre a comunidade.
Nubank
A fintech onde 26% dos colaboradores se declaram LGBTQIA+ está sempre realizando campanhas e ações voltadas para esse público.
Em 2021, lançou a campanha “Cheios de Orgulho” e lançou uma edição limitada de porta-cartão e cadernos com as cores de algumas bandeiras LGBTQIA+, comercializados na loja virtual do banco digital. Todo o lucro das vendas será convertido para projetos sociais ou organizações sem fins lucrativos, sendo a TODXS uma das parceiras beneficiadas.
Natura
A gigante Natura oferece benefícios de saúde aos casais LGBTQIA+, como licenças parentais estendidas (maternidade de seis meses e paternidade de 40 dias). Também garante berçário sem custo, para pais e mães, independentemente do gênero ou da orientação sexual.
Além disso, em parceria com a Casa 1, dá cursos profissionalizantes de maquiagem para transexuais, iniciativa que é patrocinada pela marca Natura Faces.
LGBTQIA+ no mercado de trabalho: como reforçar a diversidade? | Vittude Corporate
Importância da inclusão LGBT no ambiente empresarial
CENÁRIO EVOLUTIVO
A polêmica sobre a inclusão do grupo LGBT+ nos mais diversos campos da sociedade data de anos e anos de história. Em décadas passadas, esta pauta era tratada, muitas vezes, com irrelevância. No entanto, com o avanço das discussões sobre o tema no mundo, a conscientização entre a população e o surgimento de leis contra a discriminação, a sociedade vem se tornando mais tolerante e consciente. O meio corporativo, como reflexo desse movimento, também se adaptou.
Atualmente, muitas empresas combatem o preconceito sofrido por seus membros que fazem parte do grupo LGBT+, posicionando-se abertamente como tendo atitudes drásticas contra qualquer tipo de discriminação. O grande problema é que, mesmo com essa tendência, a presença dos LGBT+ no mercado de trabalho ainda enfrenta muitas barreiras e desafios. Isso é oriundo de um extenso histórico de exclusão que ainda é refletido na atualidade.
BARREIRAS ATUAIS
Hoje em dia, ainda há muitos desafios para a inclusão do grupo LGBT+ no âmbito empresarial, evidentemente, devido ao reflexo de como a sociedade lida com a diversidade. Muitas vezes, essas pessoas são vítimas de preconceito antes mesmo de demonstrarem suas competências, podendo ter uma dificuldade já inicial de entrar no mercado de trabalho formal.
Em paralelo, há também uma certa hostilidade direcionada aos LGBT+ que conseguem ingressar no mundo corporativo. Muitas vezes, esse público se encontra trabalhando em locais psicologicamente inseguros, enfrentando comportamentos discriminatórios de colegas e gestores, que nem sempre são manifestados de forma direta ou chamativa, mas em pequenas falas ou atitudes cotidianas que revelam um preconceito velado. Portanto, a resistência corporativa em conviver com as diferenças dificulta não somente a inserção profissional, mas a própria permanência desses indivíduos no âmbito do trabalho.
Não unicamente, outro grande problema enfrentado é a participação em cargos de liderança. Segundo um levantamento feito em 14 estados brasileiros, um terço das empresas não contratam LGBT+ para postos de maior influência. Além de isso gerar como consequência uma menor representatividade para a luta, está relacionado também a um potencial desengajamento por parte dos trabalhadores, que perdem a expectativa de desenvolvimento profissional.
Segundo o mesmo estudo, 61% dos profissionais LGBT+ optam por esconder que fazem parte do grupo, o que confere com o fato de 41% terem relatado já ter sofrido algum tipo de discriminação por sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho. Porém, este problema não é restrito somente ao Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo menos de 0,5% dos CEOs da lista de 500 maiores empresas do mundo são LGBT+.PERSPECTIVAS FUTURAS
Atualmente, várias companhias possuem ações afirmativas na área da diversidade sexual e de gênero, com adaptação de processos e políticas.
Neste momento você deve estar se perguntando “mas por que devo investir na diversidade no ambiente de trabalho?”
A primeira resposta, sem dúvidas, é para garantir a inclusão das minorias dentro do mercado de trabalho, mostrando que o meio corporativo pode, sim, ser uma ferramenta de transformação social.
Mas, pensando no lado do empresário, que vai além de uma reflexão social, investir na diversidades neste espaço traz não somente mais produtividade, mas também os seguintes benefícios:
– Redução de conflitos internos;
– Aumento da criatividade;
– Melhora no employer branding;
– Atração e retenção de colaboradores.
Um exemplo típico e fácil de relacionar: muitas empresas atuais, cuja alta cúpula é formada majoritariamente por homens, desenvolvem produtos voltados ao público feminino. A falta de representatividade pode não somente excluir um grupo de participar desse processo, como também não atender às verdadeiras expectativas. Ter pessoas com visões e vivências distintas no time ajuda muito neste quesito.
Além de vantagens competitivas e lucratividade, há estudos que apontam que companhias com pessoas LGBTQ+ em cargos de alto escalão tem uma performance 61% maior em comparação a empresas sem profissionais de diferentes orientações sexuais, principalmente em áreas como responsabilidade social corporativa, práticas de RH e qualidade da força de trabalho.
Viu só como uma pauta que aparentava não ter tanta relação com esse universo, na verdade, tem tudo a ver com ele?
MUDANDO O PRESENTE
Para mudar essa realidade e promover a inclusão nas empresas, é preciso olhar para a questão com a seriedade que ela merece e, por mais que haja uma tendência passiva das coisas melhorarem, conduzir ações para atração, retenção e engajamento desses profissionais. É fundamental focar no desenvolvimento do time sobre os vieses inconscientes, comunicação inclusiva e a não-violência.
Tanto a valorização das diferenças como o tratamento delas com indiferença são fatores importantes para uma política voltada à diversidade e inclusão.
Na verdade, “tratar com indiferença” pode ter uma interpretação ambígua, que varia de algo sinônimo de naturalidade até insensibilidade. Obviamente, no caso, trata-se do primeiro significado. Ao incorporar a inclusão no dia-a-dia, torna-se desnecessário torná-la uma pauta frequente. Assim, ações de inclusão são feitas num sentido de reforçar ideais, não de propriamente ensiná-los.
Importância da inclusão LGBT no ambiente empresarial – Sirius Biotecnologia Jr (usp.br)
image2.png
image5.png
image3.png
image1.png
image4.jpg

Continue navegando