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Profa. Dra. Claudia Nery Teixeira Palombo Enfermeira. Mestre e Doutora em Ciências. Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia PRÁTICAS AMPLIADAS EM PUERICULTURA A PUERICULTURA AMPLIADA Conceito de Clínica Ampliada (diretriz do SUS) Objeto de trabalho não é a doença, é a pessoa Objetivo é produzir saúde e aumentar a autonomia do sujeito, da família e da comunidade Características: trabalho integrado em equipe multiprofissional; construção de vínculo; entre outros. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. PRINCIPAIS EIXOS DAS PRÁTICAS AMPLIADAS EM PUERICULTURA 1) Promoção ampla do desenvolvimento infantil 2) Proteção emocional e física durante procedimentos dolorosos 3) Obtenção e registro de dados Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Saúde. Caderno 6: Formação em Puericultura: Práticas Ampliadas – Coleção Primeiríssima Infância da FMCSV, 2015. 1) PROMOÇÃO AMPLA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL Processo complexo e dinâmico através do qual a criança adquire e modifica habilidades físicas, psíquicas e sociais sob influência do seu patrimônio genético e do meio em que vive. Os acontecimentos da gestação e dos primeiros anos afetam o desenvolvimento pelo restante da vida. O cuidado desempenha papel fundamental no desenvolvimento infantil no qual a criança deve ter participação ativa, com o auxílio de um adulto constante e responsivo. SHONKOFF, J.P. et al. Neuroscience, molecular biology, and the childhood roots of health disparities: building a new framework for health promotion and disease prevention. JAMA, June, 2009. O desenvolvimento do cérebro Ao nascimento: 100 bilhões de células cerebrais Desenvolvimento rápido das sinapses nos primeiros anos Aos 3 anos: dobro da conexão de um adulto Na segunda década de vida: conexões perdidas Recém-nascido 3 meses de idade 2 anos de idade GARNER, A.S.; SHONKOFF, J.P. Early childhood adversity, toxic stress, and the role of the pediatrician: translating developmental science into lifelong health. Pediatrics, v. 129, n. 1, January, p. e224 -e231, 2012. Fonte: Modificado de Charles A. Nelson, From Neurons to neighborhoods, 2000. Desenvolvimento infantil: vínculo e apego • Relacionamentos estáveis e protetivos facilitam o processo de aprendizagem e trazem amor e segurança necessários para a criança. • Apego e vínculo são duas maneiras de definir e observar como a criança e seus cuidadores se relacionam. Pluciennik GA, Lazzari MC, Chicaro MF, organizadores. Fundamentos da família como promotora do desenvolvimento infantil: parentalidade em foco. 1ª Ed São Paulo: Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal – FMCSV, 2016 Disponível em: Cinco Básicos – Site sobre o projeto Cinco Básicos (cincobasicos.org) https://cincobasicos.org/ https://cincobasicos.org/ https://cincobasicos.org/ https://cincobasicos.org/ 2) PROTEÇÃO EMOCIONAL E FÍSICA DURANTE PROCEDIMENTOS DOLOROSOS Os profissionais devem ser sensíveis ao desconforto ou sofrimento das crianças. Devem acreditar que ela precisa ser respeitada na sua peculiaridade. Devem entender que a necessidade de atenção a estes aspectos não são de menor valor em relação a necessidade de execução do procedimento terapêutico. Chiesa AM, Benevides IA, Maricondi MA, Silva MCP, Veríssimo MDLOR, Neves LF. Toda hora é hora de cuidar. Caderno da equipe de saúde. 2ª ed.rev.atua.ampl. São Paulo: Escola de Enfermagem da USP; 2013 Estresse tóxico Ativação forte, frequente e/ou prolongada dos sistemas corporais de resposta ao estresse na ausência da proteção de suporte de um adulto. Estresse cerebral Estresse tolerável Experiências difíceis num período de tempo limitado. As relações protetivas ajudam a trazer o estresse ao nível basal. Estresse positivo Lidar com frustrações é saudável quando no contexto de relações estáveis e sustentadoras que facilitam as respostas adaptativas ao estresse. GARNER, A.S.; SHONKOFF, J.P. Early childhood adversity, toxic stress, and the role of the pediatrician: translating developmental science into lifelong health. Pediatrics, v. 129, n. 1, January, p. e224 -e231, 2012. RECOMENDAÇÕES PARA MINIMIZAR DOR E ESTRESSE DA CRIANÇA EM PROCEDIMENTOS* Hospital da Criança (Castelinho) - Jequié-BA 3) OBTENÇÃO E REGISTRO DE DADOS Os profissionais que cuidam de crianças obtém dados sobre crescimento e desenvolvimento, mas não realizam o registro dos dados. Os dados gerados raramente são transformados em informação. As equipes não estão habituadas a compartilhar informações sobre desenvolvimento infantil. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Saúde. Caderno 6: Formação em Puericultura: Práticas Ampliadas – Coleção Primeiríssima Infância da FMCSV, 2015. Quais os desafios na utilização da caderneta de saúde? Falta de capacitação para o uso correto Tempo insuficiente para preenchimento Indisponibilidade da CC no serviço de saúde A não utilização da CC por todos os membros da equipe de saúde. Desvalorização e desconhecimento das mães/família Silva, F. B. e, & Gaíva, M. A. M. (2017). Dificuldades enfrentadas pelos profissionais na utilização da caderneta de saúde da criança. Revista Brasileira De Pesquisa Em Saúde/Brazilian Journal of Health Research, 18(2), 96–103. Observatório do marco legal da primeira infancia (rnpiobserva.org.br) https://rnpiobserva.org.br/ https://rnpiobserva.org.br/ https://rnpiobserva.org.br/ https://rnpiobserva.org.br/ OS PLANOS PELA PRIMEIRA INFÂNCIA SÃO IMPORTANTES FERRAMENTAS PARA PROMOVER AS POLÍTICAS PÚBLICAS Disponível em: Planos pela Primeira Infância · Observatório do marco legal da primeira infancia (rnpiobserva.org.br) https://rnpiobserva.org.br/planos-pela-primeira-infancia/ https://rnpiobserva.org.br/planos-pela-primeira-infancia/ https://rnpiobserva.org.br/planos-pela-primeira-infancia/ https://rnpiobserva.org.br/planos-pela-primeira-infancia/ https://rnpiobserva.org.br/planos-pela-primeira-infancia/ estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf (unicef.org) https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf https://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdfhttps://www.unicef.org/brazil/media/14181/file/estrutura-metodologica-iniciativa-unidade-amiga-da-primeira-infancia.pdf CONSIDERAÇÕES FINAIS As Práticas Ampliadas em Puericultura reforçam o acompanhamento periódico do crescimento e desenvolvimento da criança com foco na valorização da criança enquanto um ser de direitos, que deve ser considerada em suas peculiaridades com afetividade e segurança. A criança deve ser estimulada e protegida. CONSIDERAÇÕES FINAIS Políticas públicas que envolvam estratégias integradas com os diferentes setores da sociedade são necessárias e fundamentais para a efetividade das Práticas Ampliadas em Puericultura, contribuindo para o pleno desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida. Contato: claudia.palombo@ufba.br (71)99609-3219 OBRIGADA!
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