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246 Estudos Estratégicos Capital empreendedor profissionais com experiência em start-ups, seja empreendendo ou sendo executivo das empresas investidas. As start-ups criadas desde então proporcionaram uma aprendiza- gem que é fundamental para dar sustentabilidade à indústria. A atividade empreende- dora passou a atrair mais interesse e alguns executivos de start-up provavelmente deve- rão empreender quando vencer o período de lockup, alimentando o mercado com novos empreendimentos de boa qualidade. Além disso, alguns empreendedores que tiveram sucesso também devem abrir fundos de VC, seguindo a tendência que ocorreu no Vale do Silício, e surgindo gestores de fundos com histórico empreendedor de sucesso, tra- zendo uma compreensão muito mais aprimorada sobre as necessidades e oportunidades das empresas investidas (exemplo foi o Hernan Kazah, cofundador do Mercado Livre, que fundou a Kaszek Ventures). REFERÊNCIAS Global Entrepreneurship LAB (2013). “Brazil VC Ecosystem Study”. MIT Sloan Management. Disponível em http://mitbrazilventurecapitalstudy.files.wordpress. com/2013/03/mit-brazil-vc-study-2012-2013.pdf GVcepe (2010) “A indústria Brasileira de Private Equity e Venture Capital”. 2º Censo Brasileiro. Disponível em http://www.abdi.com.br/Estudo/Private_Equity_e_Ventu- re_Censo.pdf Hellman e Puri (2000). “The interaction between product marketing and financing strategy: the role of Venture Capital”. Review of Financial Studies. 13, 959-984. Leamon, a. e Lerner, J. “Creating a Venture Ecosystem in Brazil: FINEP’s INOVAR Project”. Working paper 12-099. Disponível em http://lavca.org/wp-content/uploa- ds/2014/04/HBS-VC-Brazil-FINEP.pdf Minardi, A.M.A.F, Kanitz, R. V. e Bassani, R.H. (2014) “Private Equity and Venture Capital Industry Performance in Brazil: 1990-2013. The Journal of Private Equity. For- thcoming fall. Minardi, A.M.A.F. “O Crescimento de uma Indústria”. (2008). GVexecutivo. 7 (6), 24-27. Ribeiro, L.L.(2005). O modelo brasileiro de Private Equity e Venture Capital. Disserta- ção de Mestrado. Programa de pós-graduação em Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo. Samila, S. e Sorenson, O. (2009). “Venture capital, entrepreneurship and economic growth”. Disponível em http://ssrn.com/abstract=1183576 or http://dx.doi.org/10.2139/ ssrn.1183576 247 O INVESTIMENTO- ANJO NO BRASIL Cassio Spina Empreendedor, Investidor-anjo e fundador da “Anjos do Brasil” PARTE I – CONTEXTO 1. A IMPORTÂNCIA DO INVESTIMENTO- ANJO PARA O DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDEDORISMO INOVADOR No mundo globalizado e competitivo que vivemos, inovação é uma meta que todos os países do mundo buscam ativamente, investindo cada vez mais em Educação, Pesquisa & Desenvolvimento e Desenvolvimento Tecnológico, pois sabem que sem esses pilares é muito difícil sustentar seu crescimento. Entretanto, todos estes investimentos somente se convertem em resultados para a economia e a sociedade quando se tornam produtos e serviços tangíveis através da iniciativa empreendedora. Assim, para que o Brasil tenha uma pujança contínua, além dos investimentos básicos para o nosso desenvolvimento econômico, é necessário que se estimule a criação e crescimento do empreendedorismo inovador, o das chamadas start-ups, que irão gerar a nossa riqueza no futuro. Acompanhando o histórico das economias mais avançadas, como os EUA, Coreia do Sul, Japão, Alemanha, entre outros, aprendemos que a combinação de investimentos massivos na educação, aliados a estímulos para crescimento da iniciativa empreendedora, produz grandes resultados, apenas citando alguns exemplos, como o do “Vale do Silício”, onde a combinação de educação de alto nível das universidades localizadas nos arredores do mesmo, integradas à comunidade empreendedora, gerou start-ups que se transformaram em empresas com alta produção de riquezas, como Apple, Fedex, Intel, Google, HP entre muitas outras. Somente como referência, estas empresas hoje possuem em seu caixa mais de US$ 200 bilhões, cifra superior ao PIB de inúmeros países no mundo. Cabe destacar que o surgimento de todas estas empresas foi com o investimento dos chamados Angel Investors, os investidores-anjo. Por quê? A resposta está associada a um dos maiores obstáculos para a criação de empresas inovadoras, o chamado “Vale da Morte das Start-ups”, momento em que o empreendedor tem uma inovação, mas
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