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Alterações das Funções Motoras e Alterações do Tônus no AVC O paciente informa ser portador de sequela de AVC e isso implica usualmente na presença de espasticidade associada a dificuldade de movimento para dorsiflexão. A hiperatividade muscular dos grupamentos gastrocnêmio/sóleo e tibial posterior está diretamente envolvida no padrão de flexão plantar e inversão do pé, e por isso é importante frisar que o tratamento da espasticidade é fundamental para um bom resultado nas abordagens ,principalmente se a indicação envolver melhora da função motora do pé e não simples correção de deformidade. Consulte também um especialista em reabilitação (fisiatra) para tirar mais dúvidas. Espero ter ajudado! Inicialmente após AVC, o paciente apresenta flacidez e plegia, ou seja, diminuição do tônus muscular. O estado de flacidez pode perdurar por horas ou dias. Ainda que a hipotonia possa persistir, é frequente ser seguida pelo aparecimento de quadro de hipertonia. Neste quadro verifica-se o aumento da resistência ao movimento passivo, sendo isto típico dos padrões espásticos. A espasticidade produz características típicas como as posturas anormais e os movimentos estereotipados. A distribuição anormal do tônus é variável, sendo normalmente mais intensa em certos padrões que envolvem os músculos anti-gravíticos do hemicorpo afetado, nomeadamente, os flexores do membro superior e os extensores do membro inferior. Um hemiplégico pode apresentar padrões anormais de movimento ou sinérgicos devido ao tônus anormal, déficits sensoriais e perda das reações de equilíbrio. Existem dois tipos de padrões anormais (sinergias), sendo eles o padrão de flexão e o padrão de extensão. As sinergias estereotipadas de movimento de hemiplégico podem ser observadas no quadro abaixo: Sinergia Flexora na Extremidade Superior Flexão de punho e dedos Flexão de cotovelo Supinação de antebraço Rotação externa do ombro Abdução do ombro Retração/elevação da escapula http://1.bp.blogspot.com/-0nX_GpxIWxg/WuoGjPt47MI/AAAAAAAAC4k/SK51qdGfBo8iYwkeM8gNBvCPIg_9DAjhQCK4BGAYYCw/s1600/image-740583.png Sinergia Flexora na Extremidade Inferior Extensão do hálux Dorsi-flexão e eversão do tornozelo Flexão do joelho Flexão do quadril Abdução e rotação externa do quadril Sinergia Extensora na Extremidade Superior Extensão de punho e dedos Extensão de cotovelo Pronação do antebraço Rotação interna do ombro Protração da escapula Sinergia Extensora na Extremidade Inferior Flexão dos artelhos Planti-flexão e inversão do tornozelo Extensão do joelho Extensão do quadril Adução e rotação interna do quadril Reações Associadas As reações associadas definem-se como respostas automáticas anormais estereotipadas dos membros afetados resultantes de uma ação ocorrida em qualquer parte do corpo, por estimulação reflexa ou voluntária (ex.: tossir, espirrar, esforço), inibindo a função. Estas reações podem ocorrer quando o indivíduo se esforça para realizar uma tarefa difícil ou quando está ansioso. Quando realiza uma tarefa, como por exemplo, o vestir, as reações associadas poderão ser observadas no braço e perna afetadas. Perda do mecanismo de controlo postural O mecanismo de controlo postural é a base para a realização dos movimentos voluntários normais especializados. Este mecanismo consiste num grande número e variedade de respostas motoras automáticas, adquiridas na infância, e que são desenvolvidas durante os primeiros três anos de vida. É constituído por três grupos de reações posturais automáticas, sendo estas as reações de retificação; reações de equilíbrio e as reações de extensão protetora. Reações de retificação: são respostas automáticas que mantém a posição normal da cabeça no espaço, bem como o alinhamento postural da cabeça e pescoço com o tronco, e do tronco com os membros. Estas reações dão ao indivíduo um dos elementos mais importantes da mobilidade funcional, que é a noção de rotação dentro do eixo do corpo. Reações de Equilíbrio: são respostas automáticas a alterações de postura e movimento, complexas e integradas, com o objetivo de recuperar o equilíbrio perturbado. Os problemas da comunicação são frequentes nos indivíduos que sofreram um AVC, por obstrução da artéria cerebral média no hemisfério esquerdo. A afasia é uma perturbação da linguagem que resulta de uma lesão cerebral, localizada nas estruturas que se supõe estarem envolvidas no processo da linguagem. Existem vários quadros clínicos das afasias, pelo que se passa a classificá-los no quadro abaixo (quadro 2). Os indivíduos com lesão no hemicorpo esquerdo e direito diferem amplamente nos seus efeitos comportamentais. Os indivíduos com lesão do hemicorpo direito, tem um comportamento lento, são muito cuidadosos, incertos e inseguros, logo, ao desempenharem tarefas estes se apresentam ansiosos e hesitantes, exigindo frequentemente "feedback" e apoio. Eles também tendem a ser realistas na avaliação dos próprios problemas. A labilidade emocional é geralmente encontrada nos casos de hemiplegia. O indivíduo apresenta emoções instáveis, sendo capaz de inibir a expressão das emoções espontâneas, que rapidamente alteram o seu comportamento emocional sem qualquer razão aparente.
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