Buscar

Recreio 1091 - Out23

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O que o "pagar mico" tem a ver com algo 
vergonhoso? E o barbeiro com quem dirige 
mal? Não sabe? Está na hora de entender 
essas e outras expressões populares
www.recreio.uol.com.br
Nº 1091
Calorão 
sem limites 
Nós somos 
feitos de 
células
A natureza 
é fenomenal
Satélites 
artificiais 
no espaço
CLUBE DE REVISTAS
https://t.me/clubederevistas
2
Passatempo
FIQUE DE OLHO Ilustração • SANTANA
Ajude o mecânico a descobrir 
quais das peças abaixo não 
fazem parte do guincho
RESPOSTA NA PÁGINA 58
2
CLUBE DE REVISTAS
Ciência
Experiências com som e luz 22
Natureza
Planta com fome de bicho 34
A Natureza é fenomenal 36
Tecnologia
Turbine sua pesquisa 42
Surpresas do passado 44
Zoo
Os superpoderosos das profundezas 46
No pulo dos sapos 48
Borboleta: inseto cheio de fases 50
Corpo humano
Caiu? Machucou? Lá vem a casquinha... 8
Nós somos feitos de células! 10
Viva a história!
O Brasil dividido por quinze 12
Os nomes do Brasil ao longo dos tempos 14
Adeus à monarquia 16
Planetário
Satélites artificiais ao redor da Terra 18
Você conhece o Sistema Solar? 20 
Pets
Cachorros em Raio X 52
Mapa-múndi
Calorão sem limites 54
Palcos ao redor do planeta 56
Nesta edição
Aqui sempre tem
Passatempo24
Passatempo30
Curiosidades4
Passatempo32
Tirinhas58
Passatempo59
Passatempo2
Capa
Você sabe o que está falando? 2626
C
A
P
A
: 
G
E
T
T
Y
IM
A
G
E
Passatempo
IM
A
G
E
M
: 
S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
Siga pelo caminho de cada 
carro e faça as contas – elas 
revelam a ordem de chegada!
1000 -
839 x
7 +
73
6 -
175 =
1000 +
400
7 -
100 -
77 =
1000 +
220 x
713 +
4 -
6 -
1000 =
1458
757 x
7 -
Resposta na página 58
Educação
Mande bem no português 25
Expressões que dizem muito! 28
A festa do folclore 33
3
CLUBE DE REVISTAS
4
Curiosidades
Isso nem sempre acontece. Gatos precisam estar a uma altura 
acima de 30 centímetros para conseguir cair sobre as quatro 
patas. A altura é fundamental para que eles tenham tempo de 
virar o corpo – tudo acontece graças ao forte senso de equilíbrio 
que permite movimentos rápidos. Além disso, durante a queda, 
os olhos e os ouvidos do gato enviam uma mensagem ao 
cérebro sobre a posição da cabeça em relação ao solo. O cérebro 
responde com comandos para os músculos, que corrigem a 
postura da cabeça e alinham o corpo do animal. Mas, às vezes, 
o cérebro pode se confundir e o gato se machuca na queda!
Texto • Bruna Cardoso, Letícia Yazbek e Lucas Vasconcellos | Design • Gizele Agozzino
É possível ir para o futuro! Viajar no tempo envolve velocidade: quando 
a velocidade aumenta, o tempo passa mais devagar – mas só podemos 
sentir isso se a velocidade for muito alta. Vamos dar um exemplo: se você 
entrasse em um foguete muito rápido, poderia passar apenas alguns 
dias nele enquanto 1 ano inteiro é percorrido na Terra. Já uma viagem 
para o passado é mais complicada – cientistas acreditam que isso pode 
acontecer se, em algum momento, o Universo começar a encolher (hoje, 
ele está em expansão, fazendo o tempo andar para frente).
IM
A
G
E
N
S
: 
IS
T
O
C
K
 E
 S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
Depende, pois pedras podem ter três composições diferentes. 
Algumas surgem depois que a lava saída de um vulcão esfria e 
se solidifica – são as rochas magmáticas ou ígneas. Já as rochas 
sedimentares se formam a partir dos fragmentos de outras rochas 
e do acúmulo de materiais no solo. Com a ação de forças da 
natureza (como vento e chuva), esses materiais são compactados 
e se tornam pedras. Já as rochas metamórficas aparecem quando 
outras rochas são expostas a grandes alterações de pressão e de 
temperatura. Aí, as características originais e a composição 
química mudam, o que gera um novo tipo de pedra.
POR QUE OS GATOS 
SEMPRE CAEM DE PÉ?
É POSSÍVEL VIAJAR NO TEMPO?
DO QUE AS PEDRAS SÃO FORMADAS?
CLUBE DE REVISTAS
5
CONSULTORIA: GUILHERME DOMENICHELLI (BIÓLOGO E AUTOR DOS LIVROS GIRAFA TEM TORCICOLO? E O RESGATE DA TARTARUGA - PANDA BOOKS), FÁBIO PORTO (NEUROLOGISTA DO HOSPITAL DAS 
CLÍNICAS DE SÃO PAULO), LEANDRO L. S. GUEDES (PÓS-GRADUADO EM ASTROFÍSICA EXTRAGALÁCTICA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NA UFRJ E UNIVERSIDADE DE NOTRE DAME – ESTADOS UNIDOS), 
MARIA CRISTINA M. DE TOLEDO (PROFESSORA DO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DA USP) E PABLO T. SIGUEMATSU (PROFESSOR DE FÍSICA DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO/SP).
... os filhotes de pássaros aprendem a cantar 
imitando os sons que os pais emitem? Mesmo que se 
desenvolvam em um ambiente barulhento e com outros 
animais, os pequenos pássaros passam a reproduzir 
apenas o canto da própria espécie.
VOCÊ SABIA QUE...
O QUE É O AQUECIMENTO 
GLOBAL? E O EFEITO ESTUFA?
O aquecimento global é uma consequência do efeito estufa. 
Funciona assim: uma parte do calor que vem do Sol passa pela 
atmosfera terrestre e fica aprisionada na Terra (graças à ação 
de gases como o dióxido de carbono – CO2), formando o efeito 
estufa. Esse fenômeno garante clima agradável por aqui (sem 
ele, faria muito frio à noite). O problema ocorre quando muito 
CO2 se acumula na atmosfera, fazendo o efeito estufa ficar 
intenso demais, o que aumenta a temperatura média do 
planeta – é o aquecimento global.
COMO O GÁS HÉLIO 
FAZ OS BALÕES 
SUBIREM? 
A explicação para isso está em uma força chamada empuxo. Sempre que 
um objeto está cercado por um gás (ou por um líquido), fica sujeito à força 
que o gás (ou líquido) exerce sobre ele. O balão com hélio está cercado 
pelos gases que compõem a atmosfera. Aí, como o hélio é um dos 
elementos mais leves da natureza, é empurrado para cima pela força de 
empuxo dos outros gases (mais pesados) que formam a nossa atmosfera.
CLUBE DE REVISTAS
6
A principal diferença é nutricional: 
enquanto o arroz integral é rico em minerais 
e vitaminas (que melhoram a energia 
de forma saudável), o arroz branco tem 
mais amido (um carboidrato que aumenta 
rapidamente o nível de açúcar no organismo 
e pode causar ganho de peso e diabetes). Por 
isso, não há dúvida: prefira o arroz integral!
Curiosidades
QUAL É A 
DIFERENÇA 
ENTRE ARROZ 
BRANCO E 
ARROZ 
INTEGRAL?
POR QUE 
O PANDA-
VERMELHO É 
DIFERENTE DOS 
OUTROS URSOS?
IM
A
G
E
N
S
: 
IS
T
O
C
K
 E
 S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
. 
IL
U
S
T
R
A
Ç
Ã
O
: 
R
IC
O
Porque ele faz parte de um grupo único de 
animais em que só a espécie dele existe. Mas 
esse bicho é um parente próximo dos ursos – 
chegou até a ser classificado assim por muito 
tempo. E sabia que o panda-vermelho vive nas 
mesmas regiões que o panda? Os dois moram 
na área da Cordilheira do Himalaia, na China. 
BIÓLOGO
Biólogo, autor dos livros 
Girafa Tem Torcicolo? e O Resgate da Tartaruga (Panda Books). 
FALA AÍ, BICHO!
POR GUILHERME DOMENICHELLI
CLUBE DE REVISTAS
7
CONSULTORIA: ALAN T. SCAGLIONE (NUTRICIONISTA DA ESTIMA NUTRIÇÃO) E LEANDRO GUEDES (PÓS-GRADUADO EM ASTROFÍSICA EXTRAGALÁCTICA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NA 
UNIVERSIDADE DE NOTRE DAME, EUA).
... os dias na Terra ficam 1,8 milésimo de 
segundo mais longos a cada 100 anos? 
Foi o que descobriu uma pesquisa no Reino Unido. 
Mas vamos levar 3,3 milhões de anos para ganhar 
apenas 1 minuto!
VOCÊ SABIA QUE...
Sim! O cérebro não tem receptores de dor – algumas 
cirurgias nesse órgão podem até ser feitas com o paciente 
acordado. O que dói na nossa cabeça é a parte externa, 
formada pelo crânio e pelos músculos que ficam na 
região, onde há receptores que causam dor – como aquela 
dorzinha de cabeça que todo mundo já sentiu na vida.
É VERDADE 
QUE O CÉREBRO 
NÃO DÓI?
É a lua cheia ou lua nova que ocorre no perigeu 
(momento em que a Lua está mais próxima da Terra, 
dando a sensação de que ela está maior). O caminho 
que nosso satélite natural percorre ao redor da Terra 
faz com que a distância entre a gente e a Lua varie 
entre 363 mil quilômetros (perigeu) e 406 mil 
quilômetros (apogeu). Aí, se temos lua cheia ou nova 
próxima ao perigeu, a chamamos de Superlua. 
O QUE É A 
SUPERLUA?
CLUBE DE REVISTAS
CAIU? MACHUCOU?LÁ VEM A CASQUINHA...
• Para que o machucado sare mais rápido, 
lave o local diariamente com sabonete 
neutro e use uma pomada de antibiótico 
(ela deve ser indicada por um médico).
• Evite tomar sol no local do machucado 
(isso pode escurecer a área atingida).
• Coma bem! Uma alimentação equilibrada 
traz nutrientes para que o processo de 
cicatrização ocorra melhor. 
• Nada de tirar a casquinha do machucado! 
Ela é importante para que a cicatrização 
seja saudável e protege o tecido novinho 
que está se formando embaixo. 
Quem nunca levou um 
tombo e ganhou uma 
ferida com casquinha? 
Pois é, isso acontece com 
todo mundo! Mas você 
sabe como o organismo 
cicatriza o ferimento? 
Dê só uma olhada!
Dicas espertas
8
Corpo humano CLUBE DE REVISTAS
CONSULTORIA: ALESSANDRA HADDAD (DERMATOLOGISTA DA UNIFESP), ANETE S. 
GRUMACH (MÉDICA DA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC) E INÊS MARIA CRESPO 
(PEDIATRA DA PUC-SP). 
Texto • Lucas Vasconcellos
Design • Aline Casassa
Ilustração • Leandro Ricard
2 Restauração inteligente
 Assim que o organismo percebe 
o machucado, as plaquetas (células do 
sangue) se concentram na região e a 
passagem do sangue é bloqueada – para 
que não haja mais sangramento. As 
plaquetas conseguem fazer isso porque 
produzem a proteína que forma a casquinha 
do ferimento. Em contato com o ar, a casca 
resseca e vira uma crosta. 
3 Faxina geral
 O próximo passo fica por conta dos 
glóbulos brancos (que também são células 
do sangue): eles limpam o lugar, como se 
varressem as bactérias que entram pelo 
ferimento, as células mortas que ficaram ali e 
qualquer sinal de sujeira. Depois da ação das 
plaquetas e dos glóbulos brancos, é a vez das 
células fibroblastos se espalharem pela 
região (elas dão sustentação à pele, tornando 
os movimentos mais fáceis na área). 
4 Reforma completa
 Se o machucado for superficial, a pele 
estará reformada depois de uns 15 dias. Se 
for mais profundo, significa que a derme foi 
atingida. Então, o tempo para melhorar se 
estende por até alguns meses e surge uma 
cicatriz no local onde as células trabalharam. 
1 Ai, meu machucado!
Todo o corpo é coberto pela pele – maior e 
mais pesado órgão que temos. Ela é formada 
de três camadas: epiderme (mais externa), 
derme (onde ficam os vasos sanguíneos) e a 
hipoderme, camada subcutânea onde está 
a gordura. Quando damos uma ralada na 
pele, apenas a epiderme é afetada. Mas, se 
começar a sair sangue, significa que a derme 
também foi machucada. 
Derme
Epiderme
Hipoderme
Plaqueta
Plaqueta
Ferida na pele
Vaso 
sanguíneo 
cortado
Glóbulo 
branco Fibroblastos
Glóbulo vermelho
Vazamento 
selado
Coágulo
Tecido 
recuperado
Casquinha
Glóbulo 
branco
Glóbulo branco
Fibroblastos
9
CLUBE DE REVISTAS
10
Corpo humano
Elas formam você!
Células são a menor parte dos seres vivos que têm forma e função 
definidas. O corpo humano é composto por 10 trilhões delas, que 
estão por todos os cantos do nosso organismo
1 Cor especial
As hemácias carregam uma substância 
vermelha, chamada hemoglobina, que leva 
o oxigênio absorvido nos pulmões para as 
outras células do corpo. Ela também é 
responsável pelo transporte de parte do 
dióxido de carbono, que é eliminado pelos 
pulmões. Sabia que, quando viajamos para 
lugares com altitude elevada, onde há menos 
oxigênio, o corpo produz mais hemácias para 
distribuir melhor o gás pelo corpo?
2 Defensoras
As células responsáveis por defender 
o organismo (de alergias a infecções) 
são os leucócitos. Por não terem 
pigmentação, são chamados de glóbulos 
brancos. Quando agentes estranhos 
invadem o corpo, os leucócitos entram 
em ação, envolvem os inimigos e os 
destroem, impedindo que provoquem 
problemas de saúde.
3 Primeiros socorros
Também chamadas de trombócitos, as plaquetas são fragmentos 
de células sanguíneas. Elas atuam na formação de coágulos de 
sangue, impedindo uma hemorragia sempre que houver 
necessidade. Além disso, quando nos ferimos, as plaquetas 
se fixam nas áreas onde os vasos sanguíneos foram cortados 
e liberam serotonina, substância que contrai os vasos e 
diminui a perda de sangue.
Percorrendo seu corpo
O sangue é formado pelo 
plasma (líquido com água, 
proteínas, vitaminas 
e minerais) e por diferentes 
células: as hemácias 
(glóbulos vermelhos) 1 , 
os leucócitos (glóbulos 
brancos) 2 e fragmentos 
de células chamados de 
plaquetas 3 .
CONSULTORIA: CARLOS NAVAS (PROFESSOR DO DEPARTAMENTO 
DE FISIOLOGIA GERAL DA USP) E ISABEL C. DA COSTA ROSSI 
(PROFESSORA DA FACULDADE DE BIOCIÊNCIAS DA PUC-RS).
Texto • Letícia Yazbek
Design • Fábio Bertolozzi
IM
A
G
E
N
S
: 
D
IV
U
L
G
A
Ç
Ã
O
 E
 S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
CLUBE DE REVISTAS
11
Em movimento
Músculos são formados por células alongadas, com vários 
filamentos de proteínas, especializados em fazer contrações 
musculares. Esses filamentos consomem energia e produzem 
calor, ajudando a manter a temperatura do corpo. Eles estão 
ligados à movimentação e até aos batimentos do coração.
Com formato e cor
Os bastonetes são células que ficam 
nos olhos e têm formato de espaguete. 
Eles trabalham mais quando estamos 
em lugares com pouca luz, ajudando a 
enxergar contornos e volumes das 
imagens. Os bastonetes atuam em parceria 
com as células cones, que captam as cores.
Bem firmes!
Os ossos são formados por diferentes tipos 
de células. As chamadas de osteócitos 
liberam substâncias que ajudam a formar o 
osso e as conhecidas como osteoclastos são 
responsáveis pela reabsorção e remodelação 
do tecido ósseo. Por isso, se a gente quebra 
um osso, ele se refaz. Entre as células, ficam 
minérios como o cálcio, que tornam os ossos 
resistentes, duros e brancos.
Proteção total
As células da epiderme (camada mais externa 
da pele) são as epiteliais. Elas formam uma 
barreira contra invasores e vivem por pouco 
tempo (de duas a quatro semanas). Quando 
descamam, dão origem a células novas, que 
se reproduzem em camadas inferiores e se 
deslocam para a superfície.
Superconexões
Nosso cérebro possui bilhões de células 
variadas. As mais conhecidas são os 
neurônios: eles se comunicam por 
impulsos elétricos e reações químicas. 
Assim, informações são levadas para o 
cérebro e para os outros órgãos. Outra 
célula do cérebro é a micróglia (cuida da 
defesa do sistema nervoso).
CLUBE DE REVISTAS
V
iv
a
 a
 h
is
tó
ri
a
!
S
é
c
u
lo
s
 a
tr
á
s
, q
u
a
n
d
o
 n
o
s
s
o
 p
a
ís
 a
in
d
a
 
e
ra
 c
o
m
a
n
d
a
d
o
 p
o
r 
P
o
rt
u
g
a
l, 
o
 t
e
rr
it
ó
ri
o
 
g
a
n
h
o
u
 d
iv
is
õ
e
s
 b
e
m
 d
if
e
re
n
te
s
 d
a
s
 
a
tu
a
is
: e
ra
m
 a
s
 c
a
p
it
a
n
ia
s
 h
e
re
d
it
á
ri
a
s
O B
RA
SIL
 DI
VID
IDO
 PO
R
O B
RA
SIL
 DI
VID
IDO
 PO
R 1515 V
a
m
o
s
 o
rg
a
n
iz
a
r?
P
ar
a 
pr
ot
eg
er
 o
 te
rr
it
ór
io
 
re
cé
m
-d
es
co
be
rt
o 
do
 
B
ra
si
l e
 e
xp
lo
ra
r n
os
sa
s 
ri
qu
ez
as
, o
 re
i p
or
tu
gu
ês
 
Jo
ão
 I
II
 c
ri
ou
 1
5
 
ca
pi
ta
ni
as
 h
er
ed
it
ár
ia
s 
em
 1
53
4
: e
ra
m
 te
rr
as
 
do
ad
as
 a
 h
om
en
s 
de
 
co
nf
ia
nç
a 
(o
s 
ca
pi
tã
es
 
do
na
tá
ri
os
), 
qu
e 
de
ve
ri
am
 
m
an
te
r a
 o
rd
em
 n
o 
lo
ca
l. 
El
es
 p
od
er
ia
m
 e
xp
lo
ra
r 
a 
ár
ea
, d
es
de
 q
ue
 
m
an
da
ss
em
 u
m
a 
pa
rt
e 
 
de
 tu
do
 p
ar
a 
P
or
tu
ga
l.
C
ap
it
an
ia
 M
ar
an
hã
o 
(l
ot
e 
2)
: 
do
na
tá
ri
o 
Jo
ão
 d
e 
B
ar
ro
s 
e 
A
ir
es
 C
un
ha
C
ap
it
an
ia
 M
ar
an
hã
o 
(l
ot
e 
1)
: d
on
at
ár
io
 F
er
na
nd
o 
Á
lv
ar
es
 d
e 
A
nd
ra
de
C
ap
it
an
ia
 C
ea
rá
: d
on
at
ár
io
 A
nt
ôn
io
 C
ar
do
so
 d
e 
B
ar
ro
s
C
ap
it
an
ia
 R
io
 G
ra
nd
e:
 d
on
at
ár
io
 J
oã
o 
de
 B
ar
ro
s 
e 
A
ir
es
 C
un
ha
C
ap
it
an
ia
 It
am
ar
ac
á:
 d
on
at
ár
io
 P
er
o 
Lo
pe
s 
de
 S
ou
za
C
ap
it
an
ia
 B
ah
ia
 d
e 
To
do
s 
os
 S
an
to
s:
 d
on
at
ár
io
 F
ranc
is
co
 P
er
ei
ra
 C
ou
ti
nh
o
C
ap
it
an
ia
 P
er
na
m
bu
co
: d
on
at
ár
io
 D
ua
rt
e 
C
oe
lh
o
CLUBE DE REVISTAS
T
e
x
to
 •
 S
il
v
ia
 R
e
g
in
a
D
e
si
g
n
 •
 A
li
n
e
 C
a
sa
ss
a
Il
u
st
ra
c
ã
o
 •
 E
v
e
rt
o
n
 C
a
e
ta
n
o
D
o
 li
to
ra
l p
a
ra
 d
e
n
tr
o
C
om
o 
o 
in
te
ri
or
 d
o 
B
ra
si
l a
in
da
 n
ão
 e
ra
 m
ui
to
 
co
nh
ec
id
o 
pe
lo
s 
po
rt
ug
ue
se
s,
 a
s 
ca
pi
ta
ni
as
 
he
re
di
tá
ri
as
 fo
ra
m
 d
iv
id
id
as
 a
 p
ar
ti
r d
o 
lit
or
al
. 
El
as
 ti
nh
am
 5
0
 lé
gu
as
 (3
0
0
 q
ui
lô
m
et
ro
s)
 o
u
 
m
ai
s 
a 
pa
rt
ir
 d
a 
co
st
a 
lit
or
ân
ea
 in
do
 e
m
 
di
re
çã
o 
ao
 in
te
ri
or
 d
o 
pa
ís
. M
as
, n
o 
co
m
eç
o,
 o
s 
lim
it
es
 e
nt
re
 u
m
a 
ca
pi
ta
ni
a 
e 
ou
tr
a 
nã
o 
er
am
 
be
m
 d
et
er
m
in
ad
os
. 
E
n
tr
e
 g
e
ra
çõ
e
s
C
as
o 
o 
do
na
tá
ri
o 
m
or
re
ss
e,
 a
 c
ap
it
an
ia
 s
er
ia
 
ad
m
in
is
tr
ad
a 
pe
lo
 h
er
de
ir
o 
de
le
 –
 d
aí
 o
 n
om
e 
ca
pi
ta
ni
as
 
he
re
di
tá
ri
as
. A
lg
um
as
 v
ez
es
, o
 h
er
de
ir
o 
el
eg
ia
 o
ut
ra
 
pe
ss
oa
 p
ar
a 
cu
id
ar
 d
o 
te
rr
it
ór
io
 (e
ra
m
 o
s 
lo
co
-t
en
en
te
s,
 
qu
e 
re
pr
es
en
ta
va
m
 o
s 
in
te
re
ss
es
 d
o 
do
na
tá
ri
o)
. 
P
ro
b
le
m
a
s
 à
 v
is
ta
!
A
 h
is
tó
ri
a 
nã
o 
de
u 
tã
o 
ce
rt
o 
qu
an
to
 o
 re
i p
or
tu
gu
ês
 im
ag
in
ou
. 
M
et
ad
e 
do
s 
do
na
tá
ri
os
 n
em
 c
on
se
gu
iu
 c
he
ga
r a
o 
B
ra
si
l p
ar
a 
to
m
ar
 p
os
se
 d
as
 te
rr
as
. A
lg
un
s 
pa
ss
ar
am
 o
 te
rr
it
ór
io
 p
ar
a 
ou
tr
os
 
do
na
tá
ri
os
, u
m
a 
pa
rt
e 
m
or
re
u 
em
 n
au
fr
ág
io
s 
pe
lo
 c
am
in
ho
 o
u
 
gu
er
re
an
do
 c
om
 o
s 
ín
di
os
 e
 a
in
da
 h
ou
ve
 a
qu
el
es
 q
ue
 lu
ta
ra
m
 
co
nt
ra
 o
s 
pr
óp
ri
os
 p
or
tu
gu
es
es
 q
ue
 já
 h
ab
it
av
am
 e
ss
as
 te
rr
as
.
É
 o
 f
im
!
D
ia
nt
e 
de
 ta
nt
os
 p
ro
bl
em
as
, e
m
 1
54
8
, o
 re
i p
or
tu
gu
ês
 m
ud
ou
 
o 
si
st
em
a 
de
 a
dm
in
is
tr
aç
ão
 n
o 
B
ra
si
l: 
su
rg
ia
 o
 g
ov
er
no
-g
er
al
, 
co
m
 T
om
é 
de
 S
ou
sa
 c
om
o 
pr
im
ei
ro
 g
ov
er
na
do
r-
ge
ra
l. 
El
e 
er
a 
um
 re
pr
es
en
ta
nt
e 
do
s 
in
te
re
ss
es
 d
a 
C
or
oa
 P
or
tu
gu
es
a 
e 
de
ve
ri
a 
cu
id
ar
 d
a 
ar
re
ca
da
çã
o 
de
 im
po
st
os
, d
a 
de
fe
sa
 d
as
 
te
rr
as
 e
 d
a 
re
so
lu
çã
o 
de
 c
on
fl
it
os
 in
te
rn
os
 q
ue
 p
ud
es
se
m
 
ex
is
ti
r. 
A
os
 p
ou
co
s,
 a
s 
ca
pi
ta
ni
as
 fo
ra
m
 s
en
do
 re
ad
qu
ir
id
as
 
pe
lo
 re
i p
or
tu
gu
ês
 a
té
 s
er
em
 e
xt
in
ta
s.
C
O
N
S
U
L
T
O
R
IA
: 
F
E
R
N
A
N
D
A
 S
P
O
S
IT
O
 (
H
IS
T
O
R
IA
D
O
R
A
 D
A
 U
N
IC
A
M
P
).
C
ap
it
an
ia
 S
ão
 V
ic
en
te
: d
on
at
ár
io
 M
ar
ti
m
 A
fo
ns
o 
de
 S
ou
za
C
ap
it
an
ia
 S
ão
 V
ic
en
te
: d
on
at
ár
io
 M
ar
ti
m
 A
fo
ns
o 
de
 S
ou
za
C
ap
it
an
ia
 S
an
ta
na
: d
on
at
ár
io
 P
er
o 
Lo
pe
s 
de
 S
ou
za
C
ap
it
an
ia
 S
an
to
 A
m
ar
o:
 
do
na
tá
ri
o 
P
er
o 
Lo
pe
s 
de
 S
ou
za
C
ap
it
an
ia
 S
ão
 T
om
é:
 d
on
at
ár
io
 P
er
o 
de
 G
óe
s
C
ap
it
an
ia
 E
sp
ír
it
o 
S
an
to
: d
on
at
ár
io
 V
as
co
 F
er
na
nd
es
 C
ou
ti
nh
o
C
ap
it
an
ia
 P
or
to
 S
eg
ur
o:
 d
on
at
ár
io
 P
er
o 
do
 C
am
po
 T
ou
ri
nh
o
C
ap
it
an
ia
 I
lh
éu
s:
 d
on
at
ár
io
 J
or
ge
 d
e 
Fi
gu
ei
re
do
 C
or
re
ia
CLUBE DE REVISTAS
14
Viva a história!
SÃO TANTOS NOMES...
Ao longo do tempo, alguns países, estados e cidades ao redor do 
planeta mudaram de nome. Até o Brasil passou por isso! Olhe só!
Capital do leste
Quando foi fundada, em 1457, Tóquio (Japão) se 
chamava Edo ou Yedo, que significa estuário ou 
entrada da baía. Sede do governo entre 1603 e 
1868, cresceu durante esse período e se tornou 
uma das maiores cidades do mundo. A partir de 
1868, virou Tóquio: To significa leste e quio, capital. 
Na época, havia a tradição na Ásia Oriental de 
incluir a palavra capital no nome das cidades.
Diferentes colonizações
No período entre 1609 e 1664, o lugar que hoje 
corresponde ao núcleo da cidade norte-americana de 
Nova York vivia sob a colonização holandesa e se 
chamava Nova Amsterdã – capital da colônia dos 
Novos Países Baixos, que correspondia à área do 
norte da costa atlântica dos Estados Unidos. Em 1664, 
o local foi entregue aos ingleses, que o rebatizaram de 
Nova York, em referência à cidade inglesa de York.
Dos indígenas aos portugueses
O Brasil teve muitos nomes antes do atual. Quando os 
portugueses chegaram, em 1500, os índios chamavam a região 
de Pindorama (terra das palmeiras, em tupi). Pedro Álvares 
Cabral deu o nome de Terra de Vera Cruz, por causa das cruzes 
que estampavam as velas das embarcações dos colonizadores 
– também era usado Ilha de Vera Cruz, porque os portugueses 
pensavam que a região era uma ilha. Nos primeiros anos, os 
nomes mudaram bastante: Terra Nova, Terra dos Papagaios, 
Terra de Santa Cruz, Terra de Santa Cruz do Brasil e Terra do 
Brasil. Em 1527, virou apenas Brasil (por causa do pau-brasil, 
árvore que existia em abundância na Mata Atlântica).
Texto • Letícia Yazbek | Design • Aline Casassa
CLUBE DE REVISTAS
15
Muitas mudanças
Em 1703, São Petersburgo (Rússia) foi fundada e 
batizada em homenagem ao apóstolo Pedro, da Igreja 
Católica: o termo burgo significa cidade, em alemão; e 
Peter vem de Pedro. Em 1914, com o início da Primeira 
Guerra Mundial, em que Rússia e Alemanha eram 
inimigas, os russos protestaram contra o nome da 
cidade e ela virou Petrogrado – em russo, grado 
significa cidade. Já em 1924, com a morte do líder 
Vladimir Lenin, recebeu o nome de Leningrado. Em 
1991, foi decidido que voltaria ao primeiro nome.
À beira do rio
No começo, o estado de Rondônia era o 
Território do Guaporé, por causa do Rio Guaporé, 
que passa por lá e chega à divisa entre Brasil e 
Bolívia. A palavra Guaporé tem origem tupi e 
significa algo como cachoeira do campo. Só 
em 1982 é que o estado recebeu o nome de 
Rondônia, em homenagem ao Marechal 
Cândido Mariano da Silva Rondon, principal 
explorador da região durante o século 20.
Nome de marechal
Em 1675, no dia de Santa Catarina, o bandeirante 
paulista Francisco Dias Velho chegou à ilha de 
Florianópolis, batizando-a de Ilha de Santa 
Catarina. Com o início do povoamento, em 1700, 
o local virou Nossa Senhora do Desterro e, depois, 
Desterro. Só em 1889 é que foi batizada de 
Florianópolis, em homenagem ao ex-presidente 
brasileiro Marechal Floriano Peixoto.
Cheia de histórias
A região da cidade de Oslo (Noruega) foi povoada 
por volta do ano 1000. Mas, em 1624, um incêndio a 
destruiu. Aí, o rei Cristiano IV, o todo-poderoso da 
Noruega e Dinamarca, construiu uma nova cidade, 
do outro lado do rio. Era Cristiânia, homenagem a 
ele mesmo que, em 1814, se tornou a capital da 
Noruega. Em 1925, ela foi rebatizada com o nome 
de Oslo (algo como prado ao pé do morro).
CONSULTORIA: CÉLIA TAVARES (PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DA UERJ).
IM
A
G
E
N
S
: 
S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
, 
IS
T
O
C
K
 E
 D
IV
U
L
G
A
Ç
Ã
O
CLUBE DE REVISTAS
Viva a história!
Texto • Letícia Yazbek | Design • Aline Casassa | Ilustração • Michel Ramalho 
AProclamação da República no Brasil, 
que aconteceu em 15 de novembro de 1889, 
marcou uma mudança muito importante na 
forma de governo do nosso país
1 O começo 
da monarquia
Depois que se tornou 
independente de Portugal, 
em 7 de setembro de 1822, o 
Brasil virou uma monarquia, 
governada pelo imperador 
dom Pedro I. O poder era 
hereditário, ou seja, passava 
de pai para filho. Em 1831, 
dom Pedro I abdicou do trono 
para cuidar deproblemas 
que ocorriam em Portugal. O 
governo foi assumido por um 
grupo de políticos até 1841, 
quando dom Pedro II, filho 
de dom Pedro I, foi coroado.
2 Novas ideias
Com o tempo, grande parte da população – entre intelectuais e políticos – passou a achar que a monarquia não era mais uma boa ideia. Ter um imperador no comando era visto como um impedimento para que o Brasil se desenvolvesse. Além disso, na sociedade, muitos grupos não concordavam com as decisões que o imperador tomava.
População descontente
Os militares se sentiam desvalorizados e queriam salários 
e posições melhores. Líderes católicos não gostavam da 
interferência de dom Pedro II em assuntos religiosos. E ainda 
havia os grandes proprietários de terras, que tinham muito poder 
econômico, mas queriam participar da política. Aos poucos, 
trabalhadores, como médicos, advogados e jornalistas, também 
começaram a reivindicar participação nas decisões do governo.
ADEUS À 
MONARQUIA!
42
Número de 
presidentes que 
já comandaram 
o Brasil
CONSULTORIA: CÉLIA TAVARES (PROFESSORA DO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DA UERJ).
16
CLUBE DE REVISTAS
3Força do povo
Os ideais republicanos se espalharam pelo país, 
fazendo o governo de dom Pedro II ficar cada vez mais 
afastado das decisões políticas. Em 1873, foram 
criados o Partido Republicano e o Partido Republicano 
Paulista, formados por fazendeiros e trabalhadores. 
Eles se uniram aos militares, que faziam críticas ao 
imperador nos meios de comunicação. O objetivo era 
tirar dom Pedro II e implantar um sistema republicano, 
em que a população pudesse eleger os representantes.
4A proclamação
Os republicanos convocaram o 
marechal Deodoro da Fonseca para 
liderar o movimento que deu fim à 
monarquia. No dia 15 de novembro de 
1889, o marechal reuniu soldados e 
iniciou uma manifestação. As tropas 
desfilaram pelas ruas, ocuparam o 
quartel-general do Rio de Janeiro e o 
Ministério da Guerra. No mesmo dia, 
o político José do Patrocínio redigiu a 
proclamação oficial da república.
5 Primeiro presidente
Dom Pedro II perdeu o poder 
político e teve que sair do Brasil 
com a família. Marechal Deodoro 
da Fonseca assumiu o controle de 
forma provisória. Depois, um grupo 
de políticos votou e o declarou 
como primeiro presidente do país. 
O mesmo grupo decidiu o que 
mudaria nas leis brasileiras. A 
partir de então, o presidente 
passou a ser escolhido por uma 
parcela do povo, em eleições.
6Problemas à vista
O novo regime político ficou 
conhecido como República Velha. 
Ele foi marcado pela presença do 
movimento chamado de coronelismo, 
em que os donos do poder eram os 
coronéis (grandes proprietários de 
terra). Na época, só os homens 
alfabetizados votavam – mulheres e 
analfabetos ficavam de fora. Além 
disso, havia problemas como compra 
de votos e fraudes eleitorais.
7 Passo importante
Hoje, a Proclamação da República é vista 
como um grande passo para a autonomia dos 
estados brasileiros e a participação política 
dos cidadãos. Mas, durante a história do 
nosso país republicano, aconteceram muitas 
mudanças e lutas para que a gente se 
aproximasse da democracia em que vivemos 
atualmente. E a história da República 
continua sendo contada!
MONARQUIA!
17
CLUBE DE REVISTAS
AO REDOR DA TERRA
Planetário
Texto • Letícia Yazbek | Design • Thiago Barbosa
18
Nosso planeta está rodeado de satélites artificiais, que fazem toda a diferença 
para a vida dos terráqueos
ALÉM DA TERRA
Satélites artificiais são 
equipamentos construídos 
pelo homem. Depois de 
serem lançados no espaço, 
com a ajuda de foguetes, 
permanecem em órbita ao 
redor da Terra. Eles se 
tornaram muito importantes 
para o uso de tecnologias 
em nosso planeta, como a 
comunicação. E ainda nos 
ajudam a conhecer melhor o 
lugar que habitamos. 
ESTREIA
O primeiro satélite foi o Sputnik I, 
colocado em órbita pela União 
Soviética, em 1957. Ele não tinha 
uma função específica – apenas 
transmitia um sinal que podia ser 
percebido por meio de um rádio.
PRIMEIRAS IDEIAS
Foi o físico inglês Isaac 
Newton o primeiro a descobrir, 
no século 17, que era possível 
enviar objetos para o espaço, 
fazendo com que eles 
orbitassem a Terra. Newton 
imaginou que, da mesma 
forma que a Lua está presa 
em nossa órbita (graças à 
força da gravidade), objetos 
construídos pelo homem 
poderiam se comportar de 
um jeito parecido.
CLUBE DE REVISTAS
IM
A
G
E
N
S
: 
D
IV
U
L
G
A
Ç
Ã
O
 E
 S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
 
19
NO BRASIL
Por aqui, o primeiro a ser 
lançado foi o SCD-1, em 1993, 
pelo Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais (INPE). 
O objetivo do SCD-1, que 
funciona até hoje, é coletar 
dados meteorológicos nas 
diferentes regiões do Brasil.
ESPAÇO PARA TODOS
Conforme a função, o satélite 
é colocado em órbita a 
diferentes altitudes. Os de 
comunicação, por exemplo, 
ficam a cerca de 36 mil 
quilômetros de altitude. Já os 
que fotografam a superfície 
da Terra estão a até 2 mil 
quilômetros.
LIXO ESPACIAL
Atualmente, cerca de 3 mil 
satélites artificiais estão em 
ação – dezenas de novos 
satélites são lançados todos 
os anos, funcionando por 
cerca de dez anos. Quando 
um satélite é aposentado, 
pode retornar (e ser destruído) 
ou ser colocado em um ponto 
da órbita que não ofereça 
riscos a outros satélites. 
Mas todo esse material 
desativado cria o lixo espacial, 
que não para de crescer! 
Com o tempo, a falta de 
espaço em órbita pode 
impedir a manutenção e o 
lançamento de novos satélites. 
BEM PARECIDOS!
Apesar das diferentes 
funções, a estrutura dos satélites 
é sempre parecida. Como precisam 
de energia, a maioria conta com 
painéis solares. Também há antenas 
de comunicação, que enviam e 
recebem dados da Terra. 
Os principais tipos são:
Observação: 
usados para a 
criação de mapas e 
observação do ambiente. 
Monitoram toda a 
superfície do planeta.
Navegação: 
são usados por 
aviões, navios e carros 
para fornecer o 
posicionamento desses 
veículos na superfície 
terrestre. O GPS usa esse 
tipo de satélite.
Comunicação: 
enviam os sinais 
de televisão, rádio, 
telefonia e internet.
Exploração: 
os telescópios 
espaciais, que observam 
o espaço, também são 
satélites. O mais 
conhecido é o Hubble. 
CONSULTORIA: LEANDRO GUEDES (PÓS-GRADUADO EM ASTROFÍSICA EXTRAGALÁCTICA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NA UNIVERSIDADE DE NOTRE DAME, EUA).
Militares: 
costumam ser 
usados para observar 
territórios de outros países. 
Também são chamados 
de satélites espiões. 
Meteorologia: 
monitoram o tempo 
e o clima do planeta – 
preveem as condições 
meteorológicas.
CLUBE DE REVISTAS
Leia a descrição de 
cada planeta que 
orbita o Sol e tente 
descobrir de quem 
estamos falando
É o que está mais perto do Sol e, 
portanto, o que orbita a estrela em 
maior velocidade. Por lá, o ano tem 
apenas 88 dias! É também o menor 
planeta do Sistema Solar.
O recordista em tamanho também é 
o que possui o menor tempo de rotação: 
um dia dele tem duração de 
9 horas, 50 minutos e 28 segundos! 
Existem dezenas de luas por lá.
Apelidado de planeta gasoso, ganhou 
fama por causa dos gigantescos anéis. 
É o segundo maior ao redor do Sol 
e demora quase 30 anos para dar uma 
volta completa em torno da estrela.
A coloração azul vem do gás 
metano – um dos elementos 
que o compõem. Foi o primeiro 
descoberto, em 1781, e é o quarto 
maior do sistema solar.
Formado por 70% de água 
(a maior parte salgada), possui 
atmosfera composta de oxigênio, 
nitrogênio, dióxido de carbono 
 e vapor d’agua.
É o segundo mais próximo do Sol e foi 
apelidado de estrela d’Alva. A atmosfera 
dele segura o calor que vem do Sol, 
fazendo a temperatura ficar
 em torno de 470 graus Celsius! 
Ele é o último planeta do sistema 
solar e o que fica mais distante 
da nossa estrela. Também tem anéis: 
são seis bem finos.
Conhecido como planeta vermelho, 
está mais perto da Terra do que do 
astro-rei. Projetos querem, daqui 
a alguns anos, levar seres humanospara morar nesse lugar.
A
C
E
G
B
D
F
H
VOCÊ CONHECE O SIS
Planetário
20
CLUBE DE REVISTAS
Texto Christiane Oliveira • Design Cris Ayumi
1
2
3
6
8
5
4
7
RESPOSTAS: A–2; B–8; C-6; D–1;E–4; F–7; G–5; H–3 
Urano
Mercúrio
Netuno
Júpiter
Saturno
Terra
Marte
Vênus
CE O SISTEMA SOLAR?
IM
A
G
E
N
S
: 
S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
CONSULTORIA: ALEX SCHMIDT (DOUTOR EM 
ASTRONOMIA PELA UNIVERSIDADE DE SUSSEX, 
INGLATERRA) E ENOS PICAZZIO (DOUTOR EM 
ASTRONOMIA PELA USP) 
21
CLUBE DE REVISTAS
CIENTISTA EM AÇÃO!
O que acontece: o facho de luz 
da lanterna passa pelos materiais 
transparentes. Outros, como o papel-
toalha e o sulfite, deixam que alguma 
luz atravesse (eles são chamados de 
translúcidos). Já os materiais mais 
grossos e escuros, como a cartolina 
preta, o tecido grosso e o papelão, 
impedem a passagem de luz porque 
absorvem a energia luminosa (são 
chamados de opacos).
Materiais Descrição do som
CAIXA DE 
PAPELÃO
PAPEL DE 
PRESENTE
PLÁSTICO- 
BOLHA
TOALHA 
DE BANHO
TABELA: QUE BARULHO É ESSE?
DE OLHO NA LUZ
Você vai precisar de:
• 1 lanterna • 1 folha de papel-toalha 
• 1 pedaço de plástico filme • 1 folha de 
papel sulfite • 1 cartolina preta • Tecido 
grosso escuro • 1 pedaço de papelão
1 Tampe a frente 
da lanterna com 
a folha de papel-
toalha. Ligue a 
lanterna e observe. 
Desligue e anote 
suas observações.
2 Repita esse 
experimento 
com os demais 
itens da lista e 
anote em sua 
ficha todos os 
resultados. 
Entre no mundo do som e da luz com 
experimentos superdivertidos 
Texto • Lucas VasconcellosDesign • Aline CasassaIlustração • Daniel Wu
22
Ciência CLUBE DE REVISTAS
CONSULTORIA: CLÁUDIO FURUKAWA (PROFESSOR DO INSTITUTO DE 
FÍSICA DA USP) E REYNALDO DANIEL PINTO (DEPARTAMENTO DE 
FÍSICA E INFORMÁTICA - INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS/USP). 
O que acontece: o som se propaga em 
forma de ondas invisíveis, que viajam pelo ar. 
Quando alguém ou algo emite um som, cada 
molécula que compõe o ar passa a vibrar, 
transmite essa vibração para as moléculas 
vizinhas e assim por diante. É por isso que o 
som não tem como se propagar no vazio, onde 
não há um meio como o ar ou a água. E você 
notou que o volume do som muda conforme o 
material usado para embrulhá-lo? Na caixa, 
ele fica um pouco abafado porque o papelão 
absorve uma parte das ondas sonoras; no 
papel de presente, por ser fino, o barulho fica 
parecido; já no plástico-bolha e na toalha, que 
absorvem mais as ondas sonoras, o ruído é 
quase isolado.
O que acontece: a luz atravessa o copo com água, mas a imagem fica destorcida. Isso ocorre sempre que um raio de luz passa de um meio para o outro: a luz interage com as partículas de água e a velocidade dela diminui. Já o copo com a 
groselha só deixa a luz vermelha passar – a luz da lanterna é formada por todas as cores e o vermelho da groselha bloqueia as demais. Esse tipo de material é chamado de filtro. Trata-se do mesmo princípio do protetor solar: ele bloqueia os raios ultravioleta (invisíveis, mas perigosos para a pele).
QUE BARULHO É ESSE?
Você vai precisar de:
• 1 despertador • Caixa de papelão • Papel de 
presente • Plástico-bolha • 1 toalha de banho
O que acontece: o ar passa pela parte estreita 
do balão e produz um som. O mesmo acontece 
quando o ar passa por nossas cordas vocais. É 
assim que conseguimos falar e produzir sons. 
1Encha a bexiga 
e solte o ar dela, 
esticando a boca.
SOM DAS 
CORDAS
Você vai 
precisar de:
• 1 bexiga
ATRAVÉS DA ÁGUA
Você vai precisar de: 
• 1 copo de vidro • Água • Groselha • 1 lanterna
1 Coloque o 
copo na frente 
da lanterna, 
acenda a luz e 
anote o resultado. 
2 Agora, ponha água 
no copo e veja o que 
acontece. Em seguida, 
coloque a groselha, 
misture e ligue a lanterna. 
Anote o que observou. 
1 Prepare o 
despertador 
para tocar em 
5 minutos. 
Coloque-o 
dentro da caixa 
de papelão e 
tampe-a. Quando 
ele tocar, anote 
na tabela uma 
nota entre 
1 e 10 sobre a 
qualidade do 
barulho que 
você ouviu. 
2 Abra a caixa, 
pegue o 
despertador e 
programe-o novamente 
para tocar em cerca de 
5 minutos. Embrulhe-o 
com o papel de 
presente e coloque-o 
novamente na caixa 
fechada. Assim que ele 
despertar, dê uma nota 
na tabela. Repita a 
experiência usando o 
plástico-bolha e a tolha 
de banho.
23
CLUBE DE REVISTAS
TESOURA
CADERNO LÁPIS DE COR
BORRACHAGRAMPEADOR
CLIPE
APONTADOR
Letras misturadas
Procure o nome dos objetos de material escolar
Resposta na página 58
C E B P T F B O R R D H A X R
W F H C L B W Y T C J O I J B
J Q S X L O Á I N G T D C K J
E W O G T I V X Z O D Á L F V
A B Q U T V P B G D X O P T T
E Á Z R A S U E R K I J O E A
C O I T F D X O A J G T F S P
E I T H G V S A M N E A O O T
V F X L P O P N P D X S A U D
C A D E R E N A E U J H T R R
C X O P L H E D A U I N T A O
S A L L Á P I S D E C O R X D
K F P G H J V Z O W Q Á S U I
O H N O R F D C R Y T R O N V
S P O U N J B O R R A C H A P
L L J O M T G V F D E O U J K
V Á F X T I A D Z X U I H E D
T M Y P N O I D G T U I A D E
V C A D E R N O O L O N T G V
U A G Y T F C O P R U E B U A
24
Passatempo
24
IM
A
G
E
M
: 
S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
CLUBE DE REVISTAS
25
IM
A
G
E
M
: 
S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
Agente x a gente
A palavra agente funciona como 
substantivo: refere-se à pessoa que faz 
alguma coisa, ou seja, o agente da ação 
(lembre dos espiões dos filmes – eles 
são agentes). Já o termo a gente 
equivale ao pronome pessoal reto nós, 
ou seja, indica as pessoas em geral. 
EXEMPLOS:
• A gente vai ao parque amanhã!
• O agente da polícia prendeu o ladrão.
De encontro a x ao encontro de
Quando você quer dar o sentido contrário a alguma 
coisa, opondo-se ou confrontando uma situação, use 
de encontro a. Por outro lado, ao encontro de significa 
ir ao mesmo sentido de algo, na mesma direção, a favor. 
EXEMPLOS:
• O carro foi de encontro à parede.
• Vamos ao encontro de nossos amigos!
A princípio x em princípio 
Faça substituições: a princípio é o 
mesmo que inicialmente, no início, no 
começo, antes de qualquer coisa. Já 
em princípio significa em tese, 
teoricamente, antes de qualquer 
consideração, de modo geral.
EXEMPLOS:
• A princípio quis ser bombeiro, 
mas virei arqueólogo.
• Em princípio, todos gostam 
de estudar português!
Mais x mas
Por ser uma conjunção adversativa, o mas 
transmite a ideia de oposição ou restrição. 
Possui o mesmo sentido de: porém, contudo 
e todavia. Por outro lado, a palavra mais 
funciona como advérbio de intensidade e dá 
a ideia de quantidade (adição).
EXEMPLOS:
• Eu iria ao parque, mas ninguém quer me levar.
• Ele é o mais bagunceiro da sala de aula. 
Onde x aonde
Onde é sinônimo de “em que lugar” e 
indica permanência, o lugar em que se 
está ou em que acontece algo. A palavra 
aonde surgiu da junção da preposição 
a + onde. E é sinônimo de “a que lugar”. 
Esse termo sempre acompanha verbos 
que indicam direção e movimento, 
como chegar, ir e voltar. 
EXEMPLOS:
• Onde você está?
• Aonde você vai?
Ao invés de x em vez de 
Os dois termos têm significados parecidos: ao invés de é 
sinônimo de “ao contrário de” e quer dizer oposição, ou seja, 
uma ideia contrária; em vez de é o mesmo que “em lugar 
de” e também tem sentido de oposição, mas pode ser usado 
de forma mais abrangente, em todas as situações, enquanto 
ao invés de só é válido para situações contrárias. 
EXEMPLOS:
• O elevador foi para baixo ao invés de ir para cima. 
• Em vez de ir ao cinema com meus amigos, fui ao 
teatro com meus tios. 
CONSULTORIA: BETH BRAIT (PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE 
LINGUÍSTICA DA USP) E LUIZ A. DA SILVA (PROFESSOR DO 
DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS DA USP).
Aonde a gente vai 
almoçar a
manhã? 
Em vez de japonês, 
vamos comer á
rabe?
Texto • Bruna cardoso
Design • Raphael Borges
MANDE BEM NO 
PORTUGUÊS
Nosso idioma está cheio 
de palavras parecidas e 
pegadinhas, que enganam 
muita gente. Masisso 
não vai mais acontecer 
com você. Basta seguir 
estas explicações! 
Educação
25
CLUBE DE REVISTAS
VOCÊ SABE 
O QUE ESTÁ 
FALANDO?
O que o abacaxi e o pepino têm a 
ver com os problemas? E o barbeiro 
com quem dirige mal? Não sabe? 
Está na hora de entender essas e 
outras expressões populares
Ficou vermelho?
Quando deixamos algo ou alguém de lado em alguma situação, 
dizemos que a pessoa ou o assunto está em banho-maria. 
Acredita-se que seja uma referência à Maria, uma alquimista 
europeia da Antiguidade. Um dos procedimentos criados por ela 
usava um tipo de panela de cobre para deixar a água aquecida 
por mais tempo. O vapor saía pela chaminé da casa. Daí veio a 
expressão grega kaminos marias (chaminé de Maria). Em latim, 
virou balneum mariae, ou banho de Maria. Mas foi na França 
que o termo bain-marie deu sentido ao banho-maria que 
conhecemos hoje, tanto para o cozimento de alimentos (que leva 
mais tempo nesse método), quanto para a expressão popular.
Aos poucos
Educação
26
Dizer abacaxi ou pepino quando 
temos algo bem complicado para 
resolver é bastante comum. Esse 
jeito de falar surgiu justamente 
por causa da dificuldade que é 
descascar um abacaxi ou fazer 
a digestão de um pepino. 
Que problemão!
Zoeira sem limites
Você já usou o termo trollar para provocar 
algum amigo, principalmente na internet? 
A palavra é muito antiga: há registros dela 
no século 9, referindo-se aos trolls, seres 
mitológicos nórdicos abobalhados, que 
lembram os ogros. Aos poucos, migrou 
para a língua inglesa e a gíria ganhou força 
no final dos anos 1980. 
CLUBE DE REVISTAS
Texto • Lucas Vasconcellos
Design • Raphael Borges
Ilustração • Stefan
Ficou vermelho?
Quando fazemos algo vergonhoso, logo 
ouvimos que estamos pagando mico. 
A origem está no baralho infantil do Jogo 
do Mico, em que as cartas possuem figuras 
de animais. A ideia é formar pares do macho 
e da fêmea de cada espécie. Apenas o mico 
não tem par. Perde quem termina com a 
carta dele na mão. 
Já ouviu a expressão outros quinhentos 
para se referir a uma história dentro de 
algo que já está sendo contado? Uma das 
hipóteses mais aceita para o surgimento 
dessa frase retorna ao século 13, época em 
que, na Península Ibérica, foi colocada em 
prática uma lei que multava em 500 soldos 
(moeda do período) quem ofendesse um 
nobre. Se o agressor repetisse o insulto, 
tinha que pagar outros 500!
... a frase nem que a vaca tussa já foi maior? Não se sabe ao 
certo quando ela surgiu, mas dizia-se: nem que a vaca tussa 
e o boi espirre! Tudo para falar que algo não será feito!
É outra história...
Você sabia que...
Até o final do século 19, faltava mão de obra especializada para alguns serviços, como médicos e dentistas, no Brasil e na Europa. Por isso, os barbeiros (pessoas que cortam cabelo e fazem a barba) exerciam diversas funções: arrancavam dentes, faziam pequenas cirurgias e sangrias (tirar sangue para eliminar doenças). Por falta de tecnologia, as condições de trabalho eram ruins, prejudicando os pacientes. Por isso, em Portugal, o termo barbeiro passou a ser usado como referência a trabalhos malfeitos. No Brasil, é comum para apelidar quem dirige mal.
Mil e uma utilidades
27
CONSULTORIA: APARECIDA CAMILLO (MESTRE EM LINGUÍSTICA).
FONTE: O GUIA DOS CURIOSOS (MARCELO DUARTE, EDITORA PANDA BOOKS).
CLUBE DE REVISTAS
28
Educação
EXPRESSÕES QUE 
DIZEM MUITO! 
Falar obrigado, saúde e desejar parabéns no dia do aniversário 
é sinal de educação. Mas sabia que existem explicações para 
esses hábitos? Dê só uma olhada!
Ligados por um favor
Quando queremos agradecer a alguém, 
o mais comum é usarmos a palavra 
obrigado. Ela vem do verbo obligare, 
em latim, que significa algo como ligar 
ou amarrar. Daí veio a expressão fico-lhe 
obrigado, que depois foi abreviada. 
Quando falamos essa palavra, 
reconhecemos nossa dívida com alguém 
que nos fez um favor ou gentileza. 
Assim, criamos uma ligação com ela 
e ficamos devendo um favor.
Sem obrigação
Desde a origem do agradecimento, 
quem presta um favor responde 
de nada ou por nada, que significa de 
modo nenhum. No Brasil, diferenças 
regionais deram origem a outras formas 
de responder, como não há de quê. 
Todas as versões querem dizer o mesmo: 
quando respondemos ao obrigado, 
queremos falar que a pessoa não está 
nos devendo ou não é obrigada a nada.
CONSULTORIA: LUIZ A. DA SILVA (PROFESSOR DO 
DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS DA USP).
Texto • Letícia Yazbek
Design • Fábio Bertolozzi
Ilustrações • Stefan
CLUBE DE REVISTAS
29
Será uma gripe?
Acredita-se que o hábito de dizer saúde 
para quem espirra tenha surgido no Brasil 
a partir de antigas crendices populares. 
Algumas pessoas acreditavam que o 
coração parava por um instante durante 
o espirro e que dizer saúde era uma forma 
de dar boas vindas quando a pessoa 
voltava à vida. Hoje, a ideia mais 
comum é a de que o espirro é o 
início de uma doença. Por isso, 
desejamos saúde.
Alô, alô!
O inventor do telefone, Alexander Graham Bell, queria que as 
pessoas atendessem o aparelho dizendo ahoy, uma saudação 
náutica. No ano seguinte à invenção, em 1877, Thomas Edison 
escreveu uma carta para a companhia telegráfica dos Estados 
Unidos e sugeriu que usassem hello (olá, em inglês). Por ser 
uma expressão mais comum do que ahoy, o hello ficou popular. 
Acredita-se que hello seja derivado do termo húngaro hallod, 
que significa: “Você está me ouvindo?” A língua portuguesa 
adaptou a expressão e criou o alô que usamos até hoje.
Rá-tim-bum!
O costume de celebrar os aniversários surgiu por volta do ano 3 mil 
antes de Cristo, no Egito antigo. Naquela época, as comemorações 
eram dedicadas apenas a faraós e deuses. Com o tempo, os 
romanos adquiriram o hábito e passaram a festejar o aniversário do 
imperador e dos senadores. Aos poucos, a ideia se espalhou pelo 
mundo e surgiram símbolos, como desejar parabéns – ou seja, 
desejar bons momentos e celebrar mais um ciclo de vida da pessoa.
Você sabia que...
... outros países têm um jeito 
próprio de desejar o bem a 
quem espirra? Em Portugal, 
o costume é dizer santinho. 
Nos países de língua inglesa, 
se diz God bless you, ou 
Deus te abençoe. Na China, 
é usada uma expressão que 
significa: “Que você viva 
100 anos!”
CLUBE DE REVISTAS
Passatempo
30
CADÊ? Ilustração • KIKO GARCIA
RESPOSTA NA PÁGINA 58
Você está acordado? 
Então, tente encontrar 
os objetos em destaque.
CLUBE DE REVISTAS
31
CLUBE DE REVISTAS
32
Passatempo
MENSAGEM SECRETA Ilustração • BADARI
Use o código ao lado 
e decifre o recado 
dos alienígenas
RESPOSTA NA PÁGINA 58
CLUBE DE REVISTAS
Texto: Letícia Yazbek | Design: Aline Casassa | Ilustração: Felipe Martini
A FESTA DO FOLCLORE
Você sabia que existe o Dia do 
Folclore Nacional? Ele acontece 
em 22 de agosto. Entenda!
Saci-pererê: 
é representado por um 
menino negro com 
uma perna, gorro 
vermelho e cachimbo. 
O saci faz muitas 
travessuras. 
Iara: sereia 
que enfeitiça os 
pescadores e os leva 
para o fundo do mar. 
Pode assumir forma 
humana e sair em 
busca das vítimas.
Caipora: montado em 
um porco selvagem, 
esse índio anda pela 
floresta e domina todos 
os animais. Ele ataca 
caçadores que caçam 
mais do que precisam.
Vitória-régia: 
jovem que a Lua 
transformou em 
planta. Durante a noite, 
a planta se abre e 
mostra pétalas 
brancas e perfumadas.
Saber popular
Folclore é o conjunto de mitos, costumes e 
ditados de um país, transmitidos de geração em 
geração. Ele aparece de muitas formas e ao redor 
do mundo – cada país tem elementos únicos de 
folclore. A maioria das lendas e ditados passa 
conhecimentos e alerta as pessoas sobre perigos.
Dia de festa
A data foi escolhida em homenagem ao 
arqueólogo inglês William John Thoms, 
que estudou as tradições e lendas da 
Inglaterra e foi o primeiro a usar o termo 
folclore (em inglês, folk quer dizer povo e lore 
é conhecimento). O estudo dele foi publicado 
por uma revista em 22 de agosto de 1846. Em1965, o Dia do Folclore foi oficializado no 
Brasil. Nessa data, ocorrem comemorações e 
atividades culturais pelo país.
Identidade do povo
O folclore brasileiro se desenvolveu a partir da mistura das tradições 
que temos em nossas terras, como as trazidas pelos africanos, 
indígenas e europeus. Dê uma olhada em algumas lendas do Brasil:
Você sabia que...
... além das lendas, fazem 
parte do folclore brasileiro 
as festas populares, como o 
Carnaval e as festas juninas?
Educação
33
CLUBE DE REVISTAS
Nhac!
Slurp!
CONSULTORIA: GUSTAVO BURIN FERREIRA (DOUTORANDO EM ECOLOGIA NO INSTITUTO 
DE BIOCIÊNCIAS PELA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO), PAULO MINATEL GONELLA (BIÓLOGO 
DOUTORADO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) E VITOR MIRANDA (PROFESSOR DE 
SISTEMÁTICA VEGETAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA).
Planta com fome de bichoPlanta com fome de bicho
Cheias de truques para capturar presas, as plantas carnívoras 
comem insetos e outros animais pequenos
Texto • Lucas Vasconcellos
Design • Fábio Bertolozzi
Comida diferente 
Plantas carnívoras se alimentam de bichos pequenos, 
como moscas, besouros, borboletas e, em alguns 
casos, aves e ratos. Elas precisam comer animais para 
sobreviver, pois geralmente vivem em locais onde 
o solo é pobre em nutrientes – como nitrogênio 
e fósforo, elementos essenciais para o 
crescimento e reprodução dos vegetais. 
Além das moscas
Algumas espécies preferem 
presas diferentes: as do 
gênero Genlisea 1 pegam 
protozoários e microcrustáceos 
que vivem no solo; as do gênero 
Philcoxia 2 capturam vermes da areia; 
e algumas espécies aquáticas 
do gênero Utricularia 3 
comem algas e 
pequenos 
invertebrados.
1
2
3
Atualmente, são conhecidas 
cerca de 700 espécies de 
plantas carnívoras (mais ou 
menos 100 só no Brasil!)
Natureza
34
CLUBE DE REVISTAS
Sem medo
Plantas carnívoras são 
totalmente inofensivas para 
seres humanos – dá até para 
ter algumas espécies em casa. 
As armadilhas que elas usam 
são frágeis. Por isso, mesmo 
que você encoste o dedo, 
é fácil retirá-lo.
Nojinho
Algumas comem fezes de insetos! Por exemplo: na África do 
Sul, as do gênero Roridula não possuem enzimas digestivas 
para dissolver os bichos que capturam. Por isso, vivem em 
associação com um tipo de percevejo: eles se alimentam dos 
insetos pegos por elas, que fazem cocô na superfície das 
folhas – os nutrientes presentes ali são absorvidos pela planta.
Cheia de 
charme
Para atraírem as 
presas, elas usam 
o colorido ou o 
brilho das folhas, 
que podem ser 
avermelhadas, 
arroxeadas ou 
possuir um tipo 
de gosma.
Bobeou? Já era!
Essas plantas usam 
armadilhas para se 
alimentar. As três 
principais táticas são: 
folhas que funcionam 
como ratoeiras – o animal 
fica aprisionado; folhas 
em forma de jarro – o 
bicho escorrega e fica 
preso num suco digestivo; 
e folhas grudentas – 
a presa pousa e não 
consegue se soltar.
Dias mais tarde...
O processo de digestão é feito 
na própria armadilha: além 
de capturarem os animais, 
as folhas produzem enzimas 
digestivas, que geram um tipo 
de suco (depois de dissolver o 
animal) para ser absorvido pela 
planta. Esse processo pode levar 
semanas, conforme a tática 
ou animal capturado. 
Xô, gula!
Apesar de algumas viverem 
repletas de presas nas 
folhas, normalmente as 
plantas carnívoras não 
comem muito – existem 
até as que passam muito 
tempo sem capturar 
qualquer animal.
Você sabia que...
... as plantas carnívoras são 
muito antigas? Talvez elas 
estejam na Terra desde a 
época em que os dinossauros 
foram extintos, cerca de 
66 milhões de anos atrás.
Novidade brasileira
Uma nova espécie, a Drosera 
magnifica, foi descoberta em 
Minas Gerais, no topo de uma 
montanha. Ela é a maior 
espécie do tipo nas Américas: 
atinge 1,5 metro de 
comprimento. As folhas são 
longas, finas, reluzentes, 
bastante pegajosas e podem 
chegar a 24 centímetros. 
Acredita que ela foi descoberta 
depois de um pesquisador ver 
fotos da planta no Facebook? 
Algumas são 
muito rápidas, 
capazes de 
capturar um inseto 
em 0,3 segundo!
35
CLUBE DE REVISTAS
Furacões, terremotos, vulcões 
e até os incríveis arco-íris 
acontecem naturalmente 
ao redor do planeta – a gente 
não consegue controlá-los. 
Desvende os detalhes 
de cada um deles 
A NATUREZA 
É FENOMENAL
Está tremeeendo!
Primeiro vem uma leve sacudida. 
Surge um barulho forte e o chão 
treme. É um terremoto! Com duração 
de segundos a poucos minutos, 
ele é tão intenso que pode fazer 
prédios desmoronarem, criar 
montanhas e até rasgar um 
continente. Tudo acontece quando 
as placas tectônicas (pedaços 
enormes de rocha que formam a 
superfície do planeta) se 
movimentam bruscamente por 
causa de correntes de calor ou 
da pressão vindas do interior 
da Terra. O choque entre elas 
leva aos tremores.
A FORÇA DA TERRA
O conteúdo do interior 
terrestre tem tudo a ver 
com terremotos e vulcões
Texto • Maria Carolina Cristianini
Design • Aline Casassa
Quantos graus?
Terremotos são classificados de acordo com 
a intensidade usando a Escala Richter, criada 
em 1935. Aos abalos mais fracos foram 
dados valores próximos de zero. Por exemplo:
 � Menos de 3,5 graus: costuma 
ser imperceptível
 � De 5,5 a 6 graus: compromete 
a estrutura de casas e prédios
 � De 7 a 7,9 graus: é devastador 
em mil quilômetros
 � Acima de 8 graus: destrói 
tudo o que está perto do epicentro 
(primeiro ponto atingido pelo terremoto)
36
Natureza CLUBE DE REVISTAS
Você sabia que...
... não dá para prever 
terremotos? Sabe-se apenas 
onde é mais provável ocorrer 
um abalo, perto das bordas 
das placas tectônicas, por 
causa dos choques que 
ocorrem entre elas. É o caso 
dos Estados Unidos e do Japão. 
Já o Brasil fica no meio de uma 
placa e não sofre com 
terremotos fortes.
É quando o movimento brusco das placas tectônicas levanta o fundo dos oceanos, fazendo o mar se agitar e formar grandes ondas 
no litoral.
Tsunami
Terremotos causam, por 
exemplo, rachaduras 
enormes no asfalto
Os 7,2 graus deste 
abalo na Turquia, 
em 2011, destruíram 
prédios
Há dez anos, a cidade de 
Christchurch (Nova 
Zelândia) foi atingida por 
um tremor de 6 graus
37
CLUBE DE REVISTAS
Você sabia que...
... a palavra vulcão tem a ver com 
o deus romano do fogo, Vulcano? 
Segundo o mito, ele moraria 
numa montanha muito quente.
Show de lava
Quando a crosta terrestre (camada 
mais externa do planeta) se rompe por 
causa de forças internas (como o calor 
que existe no interior da Terra ou um 
terremoto), um vulcão pode se formar 
ou entrar em erupção. A abertura que 
existe no topo desse tipo de montanha 
alivia a pressão interior, fazendo com 
que uma parte do material quente 
e sólido que fica lá dentro se torne 
líquido. É o magma, que, ao sair, passa 
a ser chamado de lava. Alguns expelem 
lava e outros também soltam nuvens 
de cinzas e pedras. Podem fazer isso 
por anos ou horas. Depende da 
quantidade de magma existente.
Importância das antigas Existiam vulcões ativos por todo lado durante a formação da Terra. Foi o vapor lançado por eles que formou muitas nuvens, causando longas chuvas que criaram os oceanos. Além disso, os gases emitidos deram origem à atmosfera, que foi se transformando com o tempo até ficar própria para a origem e evolução da vida. 
Ruínas da cidade de 
Pompeia (Itália), 
devastada pela erupção 
do Vesúvio no ano 79
Nem só lava é 
expelida da 
abertura: cinzas 
podem sair aos 
montes!
O italiano Stromboli 
tem pequenas 
erupções com 
frequência
38
Natureza CLUBE DE REVISTAS
EFEITOS SOLARES 
(ALÉM DO 
BRONZEADO)
Sete cores no ar
O espetáculo do arco-íris aparece 
quando os raios do Sol atravessam 
gotas de chuva no ar. A luz solar é 
formada por muitas cores, que, juntas, 
viram o branco. Mas, ao passar pelas 
gotas, a luz branca sofre um desvio e se 
divide em raios diferentes – violeta, anil, 
azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. 
Ao saírem pelas gotas, os raios são 
refletidos, surge um efeito de lentede aumento e o arco no céu.
Brilho que vem do espaço
Chamadas de boreal no Polo Norte e 
austral no Polo Sul, as auroras polares 
criam um show de luzes no céu. Tudo 
começa no Sol: a estrela emite, sem parar, 
um fluxo de partículas eletricamente 
carregadas, conhecido como vento solar, 
que bombardeia a Terra. Nossa maior 
defesa contra isso é o campo 
magnético do planeta 
(barreira a cerca de 
100 quilômetros da 
superfície terrestre): as 
partículas vindas do Sol 
são capturadas por ele e 
direcionadas para os polos. 
No norte e no sul, elas se 
acumulam até começarem 
a brilhar com luzes 
coloridas, criando as auroras.
Só de vez em quando
Para ver o fenômeno, você precisa estar 
entre o Sol e o local onde as partículas 
de água estão suspensas no ar. Ele 
some em poucos minutos, quando a 
luz solar muda de posição ou um vento 
forte leva as gotas de chuva embora.
Um lindo arco-íris e até 
uma tempestade de 
areia estão conectados 
com o que o Sol 
envia para a Terra
Gotículas de 
cachoeiras também 
criam arco-íris, 
como este na 
Islândia
Esta aurora aconteceu 
no Polo Norte, antes do 
nascer do Sol na região
39
CLUBE DE REVISTAS
Sem nada de água
Durante o amanhecer nos desertos, os 
raios solares esquentam muito o solo, 
vencendo a camada de ar gelado que se 
formou durante a noite – a temperatura 
do chão vai de 30 graus Celsius às 8h 
a 80 graus Celsius ao meio-dia. O 
resultado desse grande aquecimento 
são ventos de até 100 quilômetros por 
hora que criam as tempestades de 
areia. O fenômeno pode ser visto em 
locais como o Deserto do Saara, na 
África. Por lá, rolam cerca de 80 
tempestades dessas por dia!
VENTO E CHUVA 
PODEROSOS!
Ciclone, tornado e furacão 
se diferenciam pelo tamanho, 
formato, força e velocidade
Superevaporação
Existem dois tipos de ciclones: 
os tropicais, que acontecem 
principalmente entre os trópicos e o 
Equador e são mais violentos; e os 
extratropicais, que se formam em 
regiões distantes dos trópicos e, apesar 
de durarem mais e atingirem áreas 
maiores, são mais fracos. Tudo começa 
sobre mares de água quente, onde a 
temperatura se mantém em torno de 26 
graus Celsius. O calor faz com que muita 
água evapore e forme nuvens imensas. 
Isso causa alterações na pressão do ar, 
provocando chuvas e ventos fortes.Vou precisar 
de óculos!
Lá vem uma 
tempestade de 
areia na Jordânia, 
país da Ásia
Nem as pirâmides 
egípcias escapam 
dos fortes ventos 
no deserto
Satélites 
registraram este 
ciclone tropical 
no Oceano Índico
40
Natureza CLUBE DE REVISTAS
A força do giro
Quando uma corrente de ar quente com 
gotas de vapor de água entra em contato 
com o ar seco que envolve uma nuvem, 
ocorre um fenômeno de resfriamento. 
Esse ar mais frio despenca do alto tão 
rápido que pode tomar impulso e 
começar a girar. É aí que surge o tornado, 
um funil com uma das pontas nas nuvens 
e a outra no solo. A velocidade dos ventos 
pode passar dos 500 quilômetros por 
hora! Tanta força destrói casas, mesmo 
durando alguns minutos. São mais 
frequentes nos continentes, mas também 
podem ser vistos nos mares.
Mais forte!
Ciclones tropicais com ventos de mais de 
120 quilômetros por hora passam a ser 
chamados de furacões no Oceano 
Atlântico e no Oceano Pacífico Leste e 
de tufões no Pacífico Oeste. No Brasil, 
furacões são raros, porque nossas águas 
costumam ter temperaturas mais frias. O 
fenômeno perde força quando atinge o 
interior do continente, transformando-se 
numa tempestade comum – antes, causa 
estragos em regiões litorâneas.
CONSULTORIA: AUDALIO R. TORRES JUNIOR (PROFESSOR DO 
DEPARTAMENTO DE METEOROLOGIA DA UFRJ), AUGUSTO J. PEREIRA FILHO 
E TÉRCIO AMBRIZZI (PROFESSORES DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS 
ATMOSFÉRICAS DA USP), FABIO TAIOLI (PROFESSOR DO DEPARTAMENTO 
DE GEOLOGIA SEDIMENTAR E AMBIENTAL DA USP), ISIMAR DE A. SANTOS 
(PROFESSOR DO LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA DA UENF), JOSÉ C. 
FIGUEIREDO (DOUTOR EM AGRONOMIA E METEOROLOGISTA NO IPMET/
UNESP), JOSÉ F. PINA ASSIS (PROFESSOR DA FACULDADE DE GEOLOGIA 
DA UFPA), RENATO RAMOS (PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA 
E PALEONTOLOGIA DO MUSEU NACIONAL/UFRJ) E TIAGO D. VIEIRA 
(GEOCIENTISTA E EDUCADOR SOCIOAMBIENTAL DO IGC/USP).
Estou voaaando 
e rodaaando!
Tornado sobre 
campos do estado 
norte-americano 
de Illinois
41
CLUBE DE REVISTAS
Na hora de fazer um 
trabalho para a escola, 
procurar o clipe de uma 
música ou saber 
mais sobre a notícia 
do momento, sempre 
usamos os sites de busca 
da internet. Que tal 
aproveitar ainda melhor 
essas ferramentas? 
Veja alguns truques! 
TURBINE SUA PESQUISA
Usando os sinais
Os símbolos + e – dão uma força nas buscas. 
Experimente o sinal de menos (-) para limitar 
a pesquisa, excluindo resultados que você não 
quer ver. Se está buscando informações sobre 
a cidade de São Paulo, por exemplo, escreva 
“São Paulo” –santo –time. Assim, os sites 
que falam sobre o santo chamado São Paulo 
ou sobre o time de futebol não vão aparecer. 
Já o sinal de mais (+) acha links que tenham 
as palavras que você quer. Se escrever insetos 
+ Amazônia, o resultado será mais preciso.
Falta um pedaço
Esqueceu qual é a capital do Acre? Então, 
digite: A capital do Acre é *. O asterisco (*) 
é bom para descobrir a parte desconhecida 
de uma frase. No resultado, surgem links 
que completam o que você digitou. Esse 
sinal também ajuda a encontrar sites que 
tenham a parte inicial de uma palavra. Se 
digitar recicla*, você vai encontrar uma 
lista de documentos que contenham termos 
como reciclar, reciclagem, reciclado...
42
Tecnologia
Texto • Letícia Yazbek
Design • Aline Casassa
INSETOS + 
AMAZÔNIA
A CAPITAL
 DO ACRE É *
CLUBE DE REVISTAS
Igual ao dicionário
Se você está fazendo um 
trabalho sobre o planeta 
Terra e não sabe o que é 
biosfera, o primeiro passo 
é descobrir o que a palavra 
significa. Basta escrever 
na área de busca define: 
biosfera e apertar o botão 
de pesquisa. A dica também 
vale para expressões, como 
define: estações do ano.
FIQUE LIGADO!
• Você pode combinar 
sinais diferentes em 
uma mesma pesquisa, 
encontrando, assim, 
resultados mais exatos 
– use lixo+recicla* para 
ver endereços com a 
palavra lixo e outras 
como reciclagem ou 
reciclado.
• Os sites de busca 
permitem que você 
pesquise páginas 
em diferentes idiomas. 
Se estiver fazendo 
um trabalho de inglês 
e só quiser ver os 
resultados nessa 
língua, vá até a aba de 
ferramentas e mude as 
configurações para 
resultados em inglês.
• Não confie no 
primeiro site que 
encontrar. Procure 
ao menos dois outros 
endereços para 
confirmar as 
informações e deixar 
sua pesquisa mais 
completa.
• Confira o endereço 
da página para saber 
se ela é confiável. 
Os finais .gov 
(governamentais), .org 
(instituições sem fins 
lucrativos) e .edu 
(instituições de ensino) 
são os mais indicados.
43
Acerte na mosca
Nos sites de busca, os 
resultados costumam 
mostrar milhares de links que 
contenham as palavras 
digitadas por você. Para não se 
confundir com tantas páginas, 
escreva entre aspas exatamente 
o que está procurando. Por 
exemplo: digite “período 
neolítico” no campo de 
busca e os resultados só trarão 
links que contenham essa frase. 
As aspas também são úteis 
quando você só se lembra de 
parte de uma piada ou de uma 
música e quer descobrir o 
resto. Digite o que sabe entre 
aspas e o restante aparecerá!
Direto no site
Também existe um truque para achar documentos sobre algum 
assunto dentro de um site específico. Digite a palavra desejada 
e depois site:, seguido do link. Por exemplo: se quer achar 
páginas no site da RECREIO que falem sobre o coração, é só 
pesquisar por coração site:recreio.uol.com.br. Outra dica é 
usar os domínios (.gov, .edu, .com) para limitar os resultados 
– encontre o tema da pesquisa em uma página do governo 
digitando a palavra seguida de site:gov.
DEFINE: 
BIOSFERA
IL
U
S
T
R
A
Ç
Ã
O
: 
S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
“LÁ, LÁ, LÁ”
CLUBE DE REVISTAS
44
Detector de terremotos
Mais de 1.500anos antes da invenção do sismógrafo moderno, o 
chinês Chang Heng desenvolveu um instrumento que registrava 
terremotos e indicava onde eles teriam surgido. Criado no século 
2, o aparelho era formado por uma jarra feita de bronze, com cerca 
de 2 metros de diâmetro. Dentro havia um pêndulo sensível às 
ondas de um terremoto. O objeto ainda tinha oito cabeças de 
dragão esculpidas – abaixo delas, ficavam oito sapos com as bocas 
abertas. Quando acontecia um tremor, a boca do dragão que 
estivesse na direção do terremoto se abria e fazia o pêndulo cair 
na boca do sapo. Assim, a direção da ocorrência era registrada.
Natural!
Um reator nuclear é um 
dispositivo usado para produzir 
eletricidade por meio da 
energia liberada numa reação 
de fissão nuclear (quando um 
átomo se quebra em dois 
átomos menores). O primeiro 
reator desse tipo foi construído 
no século 20. Mas um antigo 
reator natural, de 2 bilhões de 
anos, foi achado em 1972! Ele 
fica em Oklahoma (Gabão, 
África) e abriga uma grande 
quantidade de urânio natural. 
Os cientistas não sabem ao 
certo como o reator funciona, 
mas acreditam que se tratava 
de uma reação em cadeia que 
durou milhares de anos!
No fundo do poço
O sal era muito importante na China do século 3. Como a distância entre as cidades e a costa era grande, a melhor opção para obter o produto era cavar o solo em busca de sal. Para isso, os chineses desenvolveram uma grande broca, feita de bambu com ferro na ponta. Ela era usada para fazer poços profundos, de até 140 metros de profundidade. Os furos no solo também liberavam gás metano. Aí, os chineses passaram a transportar sal e gás por meio de uma série de dutos de bambu a grandes distâncias.
Tecnologia
SURPRESAS DO 
PASSADO
Objetos cheios de tecnologia existem 
há mais tempo do que você imagina! 
Duvida? Veja exemplos superavançados 
de muitos anos atrás!
Texto • Letícia Yazbek
Design • Raphael Borges
IM
A
G
E
N
S
: 
D
IV
U
L
G
A
Ç
Ã
O
44
CLUBE DE REVISTAS
45
Energia portátil
Em 1938, o alemão Wilhelm Konig 
descobriu antigas baterias em um 
vilarejo próximo a Bagdá (Iraque). Elas 
eram formadas por vasos de argila de 13 
centímetros de altura. Dentro deles, havia 
um cilindro de cobre e uma barra de ferro. 
Os vasos tinham sinais de corrosão e de 
substâncias ácidas, como vinagre ou 
vinho. Acredita-se que funcionassem 
como pilhas, mas não há certeza de como 
eram usados – pode ser que produzissem 
joias ou fossem aplicados para tratar dor 
com pequenos choques.
Movido por cordas
O matemático e mecânico grego Heron de Alexandria inventou 
um dos primeiros robôs programáveis do mundo: no século 1, ele 
construiu um carro de madeira de três rodas movido por cordas. O 
aparelho usava um sistema cronometrado de roldanas e pesos de 
grãos de trigo. Assim, conseguia andar e até fazer curvas. O robô foi 
construído com poucos materiais, mas os cientistas dizem que ele 
operava da mesma forma que os robôs modernos – as cordas têm 
função igual a das sequências de códigos atuais. 
Segredos em 
alto-mar
Antigamente, navegar pelos 
mares era muito complicado. 
Tanto que os pesquisadores 
demoraram em entender 
como os vikings (antiga 
civilização que viveu na 
região da Suécia, Dinamarca 
e Noruega entre os séculos 8 
e 11) conseguiam viajar em 
linha reta, sem se perder. Até 
que, em 1948, foi encontrado 
o disco Uunartoq, uma 
sofisticada bússola do século 
11, usada pelos vikings. Ele 
funcionava como um relógio 
de sol, com vários graus de 
sombra para localizar os 
pontos cardeais. O disco tinha 
um tipo de cristal que fazia o 
aparelho se manter ativo 
mesmo quando a luz do dia 
era fraca. Os pesquisadores 
observaram que ele 
funcionava com menos de 
4 graus de erro, o que 
equivale a uma bússola atual.
Por conta própria
Heron de Alexandria também 
criou a porta automática! Não se 
sabe se a porta foi mesmo 
construída naquela época, mas 
essa foi a primeira vez em que a 
ideia foi registrada. O mecanismo 
era complexo: um sacerdote 
acenderia o fogo no altar de um 
templo, fazendo o ar se aquecer; 
isso aumentaria o volume do ar, 
deixando-o mais pesado; esse ar 
pesado faria com que um 
recipiente com água derramasse 
o líquido num balde; à medida 
que o balde enchesse, um 
sistema de engrenagens 
levantaria a porta. Uau! CONSULTORIA: CÉLIA TAVARES (PROFESSORA DO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DA UERJ).
45
CLUBE DE REVISTAS
Os superpoderosos 
das profundezas
Peixes que vivem em regiões muito profundas dos oceanos são chamados 
de abissais. Não é nada fácil morar numa zona escura e fria. Por isso, eles 
desenvolveram técnicas incríveis de sobrevivência
Muito fundo!
Em geologia, a palavra abissal quer dizer região de 
grandes profundidades de oceanos – localizada mais ou 
menos abaixo de 2 mil metros. É exatamente nessa zona 
que os peixes abissais vivem. Por lá não existem algas. 
Por isso, a maioria das espécies é carnívora e possui 
dentes grandes e assustadores.
Luz dos olhos
Esta espécie se chama 
Kryptophanaron e vive na 
região do Caribe. Para 
enxergar, a luz sai por 
uma cavidade nos olhos! 
Dentão
A cerca de 5.300 metros de 
profundidade vive o peixe-ogro. 
Nessa região é muito difícil 
encontrar comida, por isso o 
animal acaba se alimentando de 
restos de animais mortos que 
caem de profundidades menores e 
tudo mais o que aparecer. Ele tem 
os dentes tão grandes que nem 
consegue fechar totalmente 
a boca. Assim, suga os restos 
e não deixa passar nada. 
Zoo
46
CLUBE DE REVISTAS
Peixes vagalumes
A luz do Sol não chega a 
essas regiões profundas 
(a temperatura fica entre 
zero e 4 graus Celsius). 
Por isso, algumas espécies 
produzem luz no próprio 
corpo – isso se chama 
bioluminescência – e a usam 
para atrair parceiros de 
namoro ou presas. A luz 
vem de pequenos órgãos 
chamados fotóforos 
(o fenômeno é parecido 
com o dos vagalumes).
Varinha mágica!
Você com certeza já viu esta espécie! É o 
peixe-pescador-de-mar-profundo, o 
mesmo mostrado na animação Procurando 
Nemo. A lanterninha que ele tem é um 
prolongamento da espinha dorsal e serve 
para atrair presas – daí o nome do bicho.
Iluminado 
O peixe-lanterna recebeu 
esse nome porque consegue 
produzir luz em órgãos 
localizados na cabeça, nas 
laterais do corpo e no rabo. 
Barbudo
Conhecido como peixe-
dragão-de-mar-profundo, 
tem um barbilhão: 
filamento que sai do canto 
da boca de algumas 
espécies de peixes. A ponta 
emite uma luz, usada 
para atrair presas.
Você sabia que...... as zonas abissais cobrem 70% da superfície da Terra? Elas são o maior ecossistema do mundo!
Onde vivem: 
n a s p r o f u n d e z a s d o s o c e a n o s 
d e q u a s e t o d o o m u n d o ! 
Texto • Christiane Oliveira 
Design • Fabio Bertolozzi
IM
A
G
E
N
S
: 
D
IV
U
L
G
A
Ç
Ã
O
47
CLUBE DE REVISTAS
48
Zoo
Peso até 3 quilos
Tamanho de 1 a 25 
centímetros
Alimentação 
principalmente insetos, 
aranhas, peixes pequenos, 
lesmas e vermes
Tempo de vida máximo 
de 30 anos
Onde vive no mundo 
todo, menos na Antártida, 
no Ártico e na Groenlândia
No pulo 
dos 
sapos
Eles existem há milhões de 
anos na Terra, estão espalhados 
pelo mundo e passam por 
uma transformação incrível 
quando saem dos ovos
Bem antigos
Acredita-se que os primeiros anfíbios 
(como os sapos) apareceram há cerca 
de 250 milhões de anos, quando os 
dinossauros ainda existiam. Hoje, 
milhares de espécies desses animais 
vivem ao redor do planeta em pântanos, 
florestas úmidas e até em desertos.
Na mosca! 
Na hora de comer, o 
sapo estica a língua 
comprida, veloz e 
pegajosa sobre as 
presas. Elas ficam 
grudadas e vão logo 
para dentro da boca. 
Para acertar o alvo, 
o animal conta com 
boa visão.
Ficha do bicho
CONSULTORIA: ADRIANO 
M. DE SOUZA (BIÓLOGO – 
HERPETÓLOGO DO LABORATÓRIO 
DE BIOLOGIA EVOLUTIVA 
DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS – PUC 
MINAS), CAROLINE M. DA SILVA 
(DOUTORA EM BIOLOGIA ANIMAL 
PELA UFRGS), DANIEL BÜHLER 
(BIÓLOGO – HERPETÓLOGO DA 
BIOTA SOLUÇÕES AMBIENTAIS),CÉLIO F. B. HADDAD (PROFESSOR 
DO DEPARTAMENTO DE 
ZOOLOGIA DA UNESP), 
LUIS F. MARIN DA FONTE (MESTRE 
EM BIOLOGIA ANIMAL PELA 
UFRGS E DOUTORANDO NA 
UNIVERSITÄT TRIER – ALEMANHA) 
E TARAN GRANT (PROFESSOR 
DOUTOR DO DEPARTAMENTO 
DE ZOOLOGIA DA USP).
IM
A
G
E
N
S
: S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
Cobertura especial
A pele é fina e está sempre úmida. Ela é 
importante para a respiração. Os pulmões 
não conseguem absorver todos os gases 
necessários para a sobrevivência. Por isso, 
uma parte da respiração é feita pela pele: 
ela capta o oxigênio que segue para a 
corrente sanguínea. 
Será que 
ele vai me 
ver?
Texto • Maria Carolina Cristianini
Design • Fabio Bertolozzi
CLUBE DE REVISTAS
49
Protegidos
Glândulas produtoras de veneno 
ficam na pele – às vezes atrás dos 
olhos e nas patas traseiras. Mas 
sapos não esguicham o veneno. 
Se algum predador tentar mordê-
lo e pressionar as glândulas, elas 
vão apenas liberar a toxina e o 
anfíbio poderá fugir, salvando-se!
De salto em salto
As patas são boas para pular: os músculos das traseiras 
ajudam a dar impulso. Há espécies que saltam cerca de 
4 metros! Mas algumas, como o sapo-andarilho, da Mata 
Atlântica, têm as pernas mais curtas e sequer saem do chão.
Namoro musical
Em geral, o sapo vive sozinho. Mas, na época de 
acasalamento, os machos se unem na beira de rios e lagos e 
começam a cantoria. Os coachados chamam a atenção das 
fêmeas, que escolhem o macho pelas características do som.
Quem é quem?
Sapo mora em terra firme e procura ambientes 
aquáticos para pôr os ovos. A pele costuma ser 
enrugada e as patas traseiras são mais curtas.
Rã vive em lagoas e nada com a ajuda das 
membranas das patas. O corpo é liso e as patas 
traseiras são bem compridas.
Perereca encontrada entre galhos e plantas, é a 
menor do trio. Tem olhos saltados e bolinhas nos 
dedos (são ventosas, que ajudam a escalar).
Ovos fecundados ficam grudados ao sapo-parteiro 
por cerca de três semanas. Depois, ele entra na 
água para que os girinos saiam
Numa região desértica dos Estados Unidos 
vive o sapo do Rio Colorado. Ele absorve a umidade que existe no ar
Mudança radical
Normalmente, a fêmea põe os ovos na 
água. Aí, começa o processo de 
metamorfose, que leva dias ou anos!
1 Os ovos são 
formados por uma 
camada gelatinosa 
e os filhotes 
crescem lá dentro, 
na água.
2 Quando saem dos 
ovos, os futuros 
sapos são 
chamados de 
girinos. Têm 
brânquias como 
os peixes.
3 Aos poucos, as 
patas começam a 
surgir. Eles comem 
algas e restos de 
animais e de 
vegetais.
4 A cauda e as 
brânquias são 
absorvidas, os 
pulmões se 
desenvolvem e o 
animal pode morar 
em terra firme.
CLUBE DE REVISTAS
Z
o
o
INS
ETO
 CH
EIO
 DE
 FA
SE
S
A
té
 v
ir
a
r 
u
m
a
 b
o
rb
o
le
ta
, e
s
s
e
 a
n
im
a
l 
p
a
s
s
a
 p
o
r 
u
m
a
 m
e
ta
m
o
rf
o
s
e
 in
c
rí
v
e
l!
 
C
u
rt
a
 e
s
s
a
 e
 o
u
tr
a
s
 c
u
ri
o
s
id
a
d
e
s
M
a
io
r 
d
e
 id
a
d
e
C
ha
m
am
os
 d
e 
bo
rb
ol
et
a 
o 
an
im
al
 
qu
e 
já
 e
st
á 
na
 fa
se
 a
du
lta
 d
a 
vi
da
 
– 
an
te
s 
di
ss
o,
 e
la
 já
 fo
i o
vo
, l
ag
ar
ta
 
e 
vi
ve
u 
em
 u
m
 c
as
ul
o.
 Q
ua
nd
o 
se
 
to
rn
a 
um
a 
bo
rb
ol
et
a,
 o
 in
se
to
 v
oa
 
en
tr
e 
flo
re
s,
 a
lim
en
ta
nd
o-
se
 
pr
in
ci
pa
lm
en
te
 d
o 
né
ct
ar
 d
el
as
, e
 
se
 re
pr
od
uz
. U
m
a 
fê
m
ea
 d
ep
os
it
a 
at
é 
1.
0
0
0 
m
in
ús
cu
lo
s 
ov
os
 e
m
 
fo
lh
as
, n
um
 lo
ca
l s
eg
ur
o.
 
M
u
lt
ic
o
lo
ri
d
a
A
s 
as
as
 s
ão
 c
ob
er
ta
s 
po
r 
m
in
ús
cu
la
s 
es
ca
m
as
, q
ue
 c
ri
am
 
ef
ei
to
s 
vi
su
ai
s 
de
 c
or
es
 e
 e
st
am
pa
s.
 
O
 c
ol
or
id
o 
se
rv
e 
de
 a
le
rt
a,
 
m
os
tr
an
do
 q
ue
 a
 b
or
bo
le
ta
 é
 
ve
ne
no
sa
 p
ar
a 
al
gu
ns
 p
re
da
do
re
s,
 
ou
 p
od
e 
aj
ud
ar
 n
a 
ca
m
uf
la
ge
m
 d
o 
an
im
al
. O
ut
ra
 u
til
id
ad
e 
da
s 
es
ca
m
as
: 
ab
so
rv
em
 e
 re
fle
te
m
 a
 lu
z 
so
la
r, 
co
nt
ro
la
nd
o 
a 
te
m
pe
ra
tu
ra
 d
o 
co
rp
o 
do
 a
ni
m
al
.
C
O
N
S
U
LT
O
R
IA
: A
N
A
 E
U
G
Ê
N
IA
 D
E
 C
. C
A
M
P
O
S
 (
P
E
S
Q
U
IS
A
D
O
R
A
 C
IE
N
T
ÍF
IC
A
/A
S
S
IS
T
E
N
T
E
 T
É
C
N
IC
A
 
D
E
 D
IR
E
Ç
Ã
O
 D
O
 I
N
S
T
IT
U
T
O
 B
IO
L
Ó
G
IC
O
 –
 S
Ã
O
 P
A
U
L
O
 –
 S
P
),
 D
A
Y
A
N
A
 B
O
N
F
A
N
T
T
I 
(P
R
O
F
E
S
S
O
R
A
 D
O
 
L
A
B
O
R
A
T
Ó
R
IO
 D
E
 E
S
T
U
D
O
S
 D
E
 L
E
P
ID
O
P
T
E
R
A
 N
E
O
T
R
O
P
IC
A
L
 D
A
 U
F
P
R
),
 M
A
R
C
E
L
O
 D
U
A
R
T
E
 (
C
U
R
A
D
O
R
 
D
E
 L
E
P
ID
O
P
T
E
R
A
 D
O
 M
U
S
E
U
 D
E
 Z
O
O
L
O
G
IA
 D
A
 U
S
P
),
 M
A
R
G
A
R
E
T
H
 Q
U
E
IR
O
Z
 (
P
E
S
Q
U
IS
A
D
O
R
A
 T
IT
U
L
A
R
 
E
M
 S
A
Ú
D
E
 P
Ú
B
L
IC
A
 D
O
 I
N
S
T
IT
U
T
O
 O
S
W
A
L
D
O
 C
R
U
Z
) 
E
 M
IR
N
A
 M
. C
A
S
A
G
R
A
N
D
E
 (
P
R
O
F
E
S
S
O
R
A
 
D
O
 D
E
P
A
R
T
A
M
E
N
T
O
 D
E
 Z
O
O
L
O
G
IA
 D
A
 U
F
P
R
).
 F
O
N
T
E
: F
U
N
D
A
Ç
Ã
O
 O
S
W
A
L
D
O
 C
R
U
Z
.
CLUBE DE REVISTAS
P
ro
n
ta
 p
a
ra
 c
o
m
e
r
N
o 
pe
rí
od
o 
em
 q
ue
 é
 a
du
lt
a,
 a
 b
or
bo
le
ta
 u
sa
 
m
ui
ta
s 
pa
rt
es
 d
o 
co
rp
o 
pa
ra
 e
nc
on
tr
ar
 
co
m
id
a:
 a
s 
an
te
na
s 
pe
rc
eb
em
 c
he
ir
os
; a
 
pa
rt
e 
de
 b
ai
xo
 d
as
 s
ei
s 
pe
rn
as
 p
os
su
i 
re
ce
pt
or
es
 q
ue
 c
ap
ta
m
 in
fo
rm
aç
ão
 s
ob
re
 o
 
sa
bo
r 
do
s 
al
im
en
to
s;
 a
 lí
ng
ua
 le
m
br
a 
um
a 
tr
om
ba
 e
nr
ol
ad
a 
e 
es
ti
ca
 p
ar
a 
su
ga
r, 
po
r 
ex
em
pl
o,
 o
 n
éc
ta
r 
da
s 
pl
an
ta
s.
 
V
id
a
 c
u
rt
a
D
ep
oi
s 
de
 to
da
 a
 tr
an
sf
or
m
aç
ão
 q
ue
 
en
fr
en
ta
m
, d
ei
xa
nd
o 
de
 s
er
em
 la
ga
rt
as
 a
té
 
vi
ra
re
m
 b
or
bo
le
ta
s,
 e
ss
es
 b
ic
ho
s 
vi
ve
m
 (n
a 
m
ai
or
 p
ar
te
 d
as
 e
sp
éc
ie
s)
 d
e 
du
as
 s
em
an
as
 
a 
do
is
 m
es
es
. V
oc
ê 
sa
bi
a 
qu
e 
al
gu
m
as
 
m
ar
ip
os
as
 (p
ar
en
te
s 
da
s 
bo
rb
ol
et
as
) v
iv
em
 
m
en
os
 d
e 
24
 h
or
as
? 
El
as
 a
ca
sa
la
m
 c
om
 o
s 
m
ac
ho
s,
 b
ot
am
 o
vo
s 
e 
m
or
re
m
.
Q
u
e
m
 é
 q
u
e
m
V
oc
ê 
sa
be
 d
if
er
en
ci
ar
 u
m
a 
bo
rb
ol
et
a 
de
 u
m
a 
m
ar
ip
os
a?
 É
 fá
ci
l: 
qu
an
do
 p
ou
sa
m
, b
or
bo
le
ta
s 
fi
ca
m
 
co
m
 a
s 
as
as
 fe
ch
ad
as
, e
nq
ua
nt
o 
m
ar
ip
os
as
 a
s 
m
an
tê
m
 a
be
rt
as
. E
, 
em
 g
er
al
, b
or
bo
le
ta
s 
sã
o 
co
lo
ri
da
s 
 
e 
tê
m
 h
áb
it
os
 d
iu
rn
os
 –
 o
s 
há
bi
to
s 
da
s 
m
ar
ip
os
as
 s
ão
 n
ot
ur
no
s.
A
 re
co
rd
is
ta
 e
m
 ta
m
an
ho
 é
 a
 b
ir
dw
in
g 
(a
lg
o
 
co
m
o 
as
a 
de
 p
ás
sa
ro
). 
D
a 
po
nt
a 
de
 u
m
a 
as
a 
a 
ou
tr
a,
 p
od
e 
te
r 3
0
 c
en
tí
m
et
ro
s.
 V
iv
e 
em
 
fl
or
es
ta
s 
da
 N
ov
a 
G
ui
né
H
o
ra
 d
a
 t
ra
n
s
fo
rm
a
ç
ã
o
Ve
ja
 o
 p
as
so
 a
 p
as
so
 d
a 
m
et
am
or
fo
se
 d
a 
bo
rb
ol
et
a
1
 Fo
ra
 da
 ca
si
nh
a
D
en
tr
o 
de
 c
ad
a 
ov
o 
ex
is
te
 u
m
a 
la
rv
a 
be
m
 p
eq
ue
na
, q
ue
 e
sp
er
a 
po
r 
se
m
an
as
 o
u 
at
é 
m
es
es
 p
ar
a 
sa
ir
 
(a
té
 q
ue
 o
 c
lim
a 
es
te
ja
 fa
vo
rá
ve
l, 
po
r e
xe
m
pl
o)
. N
o 
m
om
en
to
 c
er
to
, 
ro
m
pe
 o
 o
vo
 e
 o
 d
ev
or
a.
 E
nt
ão
, 
to
rn
a-
se
 la
ga
rt
a.
 
3
 U
m
a a
pa
riç
ão
D
en
tr
o 
do
 c
as
ul
o,
 
pe
nd
ur
ad
a 
em
 u
m
a 
fo
lh
a,
 a
 
la
ga
rt
a 
nã
o 
co
m
e 
ne
m
 s
e 
m
ov
e.
 E
ss
e 
pe
rí
od
o 
le
va
 
se
m
an
as
 o
u 
m
es
es
 –
 
co
nf
or
m
e 
a 
es
pé
ci
e.
 E
nt
ão
, 
oc
or
re
 a
 tr
an
sf
or
m
aç
ão
 
fin
al
: s
ur
ge
m
 a
sa
s!
4
 Q
ue
ro
 vo
ar

Continue navegando