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Livro da Programação e dos Resumos 20 e 21 de setembro 2012 Fortaleza-CE Maria Fabíola Vasconcelos Lopes Nadja Paulino Pessoa Prata Diana Costa Fortier Silva Maria Manolisa Nogueira Vasconcellos Marílio Salgado Nogueira (Org.) ISSN 2316-7424 I Encontro sobre Gramática: Saberes e Fazeres Fortaleza, CE – 20 e 21 de setembro de 2012 LIVRO DA PROGRAMAÇÃO E DOS RESUMOS Maria Fabíola Vasconcelos Lopes Nadja Paulino Pessoa Prata Diana Costa Fortier Silva Maria Manolisa Nogueira Vasconcellos Marílio Salgado Nogueira (Org.) Departamento de Letras Estrangeiras Fortaleza – CE ©Universidade Federal do Ceará Grupo de Estudo em Modalidade Deôntica - GEMD EXPEDIENTE Revisão geral Maria Fabíola Vasconcelos Lopes Nadja Paulino Pessoa Prata Diana Costa Fortier Silva Maria Manolisa Nogueira Vasconcellos Marílio Salgado Nogueira Revisão de texto Carlos Alberto de Souza Projeto editorial Grupo de Estudos em Modalidade Deôntica - GEMD Projeto gráfico e diagramação Maria Fabíola Vasconcelos Lopes Nadja Paulino Pessoa Prata Diana Costa Fortier Silva Maria Manolisa Nogueira Vasconcellos Marílio Salgado Nogueira Capa Marílio Salgado Nogueira Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará Biblioteca de Ciências Humanas U51g Universidade Federal do Ceará. Grupo de Estudo em Modalidade Deôntica. Encontro(1. : 2012 : Fortaleza,CE). Gramática e saberes : livro da programação e dos resumos / I Encontro sobre Gramática : saberes e fazeres / organizadoras, Maria Fabíola Vasconcelos Lopes, Nadja Paulino Pessoa Prata, Diana Costa Fortier Silva, Maria Manolisa Nogueira Vasconcellos, Marílio Salgado Nogueira. – Fortaleza : s.n., 2012. 81 p. : il. ; 21 cm. Título da capa: Livro da programação e dos resumos. ISSN 2316-7424 1.Língua portuguesa – Gramática – Estudo e ensino. 2.Análise linguística. 3.Linguística aplicada. I. Lopes, Maria Fabíola Vasconcelos. II. Prata, Nadja Paulino Pessoa. III. Silva, Diana Costa Fortier. IV. Vasconcellos, Maria Manolisa Nogueira. V. Nogueira, Marílio Salgado. VI.Título. VII.Título: Livro da programação e dos resumos. CDD 469.5 Comissão Organizadora Coordenação Geral Profa. Dra. Maria Fabíola Vasconcelos Lopes - UFC Profa. Dra. Nadja Paulino Pessoa Prata - UFC Profa. Ms. Diana Costa Fortier Silva - UFC Profa. Ms. Maria Manolisa Nogueira Vasconcellos – UFC Prof. Esp. Marílio Salgado Nogueira - UFC Comissão Científica Profa. Dra. Ednúsia Pinto de Carvalho - UFC Prof. Dr. Francisco Edi de Oliveira Sousa - UFC Prof. Dr. Josenir Alcântara de Oliveira - UFC Profa. Dra. Maria Cristina Micelli Fonseca - UFC Profa. Dra. Maria Fabíola Vasconcelos Lopes - UFC Profa. Dra. Maria Valdênia Falcão do Nascimento Profa. Dra. Nadja Paulino Pessoa Prata - UFC Profa. Ms. Diana Costa Fortier Silva - UFC Profa. Ms. Germana da Cruz Pereira - UFC Profa. Ms. Maria Manolisa Nogueira Vasconcellos - UFC Prof. Ms. Paulo Roberto Nogueira de Andrade - UFC Equipe de Trabalho Ana Carine Maia de Oliveira Camille Feitosa de Araújo Carolina Mota Capasso Clarisse Magno da Silva Débora Fernandes da Silva Edina Maria Araújo da Silva Francisco Wilton Lima Cavalcante Jefferson Cândido Nunes Jéssica Fontenele Júlia Salvador Argenta Juliana de Sousa Volak Larisse Carvalho de Oliveira Luana de Sousa Gomes Maria da Glória Ferreira de Sousa Maria Liliana Silva de Sousa Rayanne Karla Silva Barboza Rodrigo Emanuel Martins Viana Samuel Freitas Holanda Sara Naiara Camurça Torres Suzane Gomes da Cunha Victoria Glenda Yuri Santos Monteiro Créditos Prof. Ms. Carlos Alberto de Souza - Revisão Textual do Blog Prof. Ms. Diana Costa Fortier Silva - Criação do Blog Prof. Esp. Marílio Salgado Nogueira - Editoração Antônio José Azevedo - Servidor Técnico - Administrativo (DLE/UFC) Lilyanne Leitão Soares - Criação dos Logotipos Universidade Federal do Ceará Reitor: Prof. Jesualdo Pereira Farias Vice-Reitor: Prof. Henry de Holanda Campos Pró-Reitor de Graduação: Prof. Custódio Luís Silva de Almeida Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Prof. Gil de Aquino Farias Pró-Reitor de Extensão: Prof. Antônio Salvador da Rocha Pró-Reitor de Assuntos Estudantis: Prof. Ciro Nogueira Filho Pró-Reitor de Planejamento: Prof. Ernesto da Silva Pitombeira Pró-Reitora de Administração: Profa. Denise Maria Moreira Chagas Correa Centro de Humanidades Diretora do Centro: Profa. Vládia Maria Cabral Borges Vice-Diretor: Prof. Cássio Adriano Braz de Aquino Departamento de Letras Estrangeira Chefe do Departamento: Orlando Luiz de Araújo OBS: Todos os resumos deste livro foram elaborados por seus autores, não cabendo qualquer responsabilidade legal sobre seu conteúdo à comissão organizadora do evento. SUMÁRIO Apresentação Programação Geral ........................................................................................................... ................................. 11 Seção de Comunicações .................................................................................................................... 14 Seção de Oficinas ................................................................................................................................. 18 Resumos das Comunicações .......................................................................................................................... 20 Resumos das Oficinas ....................................................................................................................................... 74 8 9 APRESENTA ÇÃO É com imensa satisfação que publicamos o Livro da Programação e dos Resumos do I ENCONTRO SOBRE GRAMÁTICA: SABERES E FAZERES, uma iniciativa do grupo de pesquisa GEMD/UFC (Grupo de Estudo em Modalidade Deôntica), com realização bianual. O grupo GEMD, criado desde 2009, se ocupa de duas linhas de pesquisa, análise e descrição e linguística aplicada. Em seu primeiro evento ocorrido no ano de 2012, intitulado I ENCONTRO SOBRE GRAMÁTICA: SABERES E FAZERES, tenta manter um diálogo entre as diferentes vertentes que se ocupam da gramática, seu ensino e aplicações bem como acolhe pesquisas, relatos e experiências na área. Instituições como a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Estadual do Ceará (UECE), Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Instituto Federal do Ceará (IFCE), Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC), Colégio Militar de Fortaleza (CMF) se fizeram representar por meio de seus pesquisadores e estudiosos. Dentre os ouvintes, as Instituições participantes foram as seguintes: Faculdade 7 de Setembro (FA7), Universidade Estácio de Sá, Centro Universitário Augusto Mota (Unissuam), Universidade do Vale do Acaraú (UVA), Faculdade Integrada da Grande Fortaleza (FGF), Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (FAFIDAM), Escola de Ensino Fundamental e Médio Hermínio Barroso (EEFM), UFC Virtual - EAD, Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará, Jornal Inverta, Colégio Shalon, Prefeitura Municipal de Russas - SEMED, Polícia Civil, Prefeitura Municipal de Tianguá, SER-VI, Universidade Federal de Juíz de Fora (UFJF), APILCE, Colégio 7 de Setembro e Universidade Politécnica e Artística do Paraguay. Tais participações fizeram do evento um encontro nacional e aponta na direção de uma necessidade de discussão em âmbito nacionalsobre a gramática. O I ENCONTRO SOBRE GRAMÁTICA: SABERES E FAZERES realizado em Fortaleza, contou com duas Conferências Magnas, uma de abertura proferida pela Profª Drª Maria Helena de Moura Neves e outra de encerramento, proferida pela Profª Drª Maria Medianeira de Souza, duas mesas-redondas, cinco grupos temáticos distribuídos entre cinquenta e cinco comunicações e oficinas. Os trabalhos apresentados no evento de 2012 estão reunidos nessa edição e constituem a legitimação acadêmica como evento nacional de relevância sobre a gramática, ensino e sua aplicação. Agradecemos a todos os organizadores e monitores, palestrantes, participantes, patrocinadores e apoiadores do evento, que não mediram esforços para que esse projeto se concretizasse de forma exitosa. Profª Drª Maria Fabiola Vasconcelos Lopes (Coordenadora Geral) 10 11 PROGRAMAÇÃO GERAL DIA 20/09/2012 – Quinta-feira HORÁRIO EVENTO PALESTRANTE LOCAL1 8h – 9h15min Credenciamento e inscrição para as oficinas2 ---------- Bloco 125(11), Térreo (Prédio do Departamento de Letras Vernáculas e Departamento de Literatura) 9h15min – 10h Abertura Profa. Dra. Maria Fabiola Vasconcelos Lopes – Coordenadora Geral do evento (DLE/UFC), Prof. Dr. Orlando Luiz de Araújo – Chefe do Departamento de Letras Estrangeiras (DLE/UFC), Profa. Dra. Vládia Maria Cabral Borges, Diretora do Centro de Humanidades (UFC) Auditório José Albano (Prédio da Diretoria do Centro de Humanidades e do Departamento de Letras Estrangeiras (10)) 10h – 10h30min Apresentação Cultural Voz e violão: Claudio Matos e Marcos Nunes Auditório José Albano (Prédio da Diretoria do Centro de Humanidades e do Departamento de Letras Estrangeiras (10)) 10h30 – 12h Conferência Magna de Abertura "Gramática na escola: Como saber fazer?" Profa. Dra. Maria Helena Moura Neves Universidade Presbiteriana Mackenzie e Universidade Estadual Paulista – UNESP Auditório José Albano (Prédio da Diretoria do Centro de Humanidades e do Departamento de Letras Estrangeiras (10)) Intervalo 14h – 15h45 Sessão de Comunicações ---------- Bloco Didático (12) e Bloco 125 (11) (Térreo)/Auditório de 1 Os números sobrescritos e entre parênteses indicam onde os prédios e salas se localizam no mapa. Em caso de dúvida, consulte os nossos monitores. 2 Vagas limitadas. Faça sua inscrição no credenciamento. 12 Defesa do PPGL 15h45 – 16h15 Intervalo – coffee break 16h15 – 17h45 Mesa-redonda Profa. Dra. Lívia Márcia Tiba Rádis (DLE/UFC), Coordenadora Profa. Dra. Massília Lira Dias (DLE/UFC) Profa. Dra. Ednúsia Pinto de Carvalho (DLE/UFC) Prof. Dr. Rafael Ferreira da Silva (DLE/UFC) Auditório José Albano (Prédio da Diretoria do Centro de Humanidades e do Departamento de Letras Estrangeiras (10)) 17h45 – 18h Deslocamento para a ADUFC 18h – 20h Mesa-redonda Profa. Dra. Márcia Teixeira Nogueira (DLV/UFC) - Coordenadora Prof. Dr. Gabriel de Ávila Othero (UFRGS), Prof. Dr. Leonel Figueiredo de Alencar Araripe (DLE/UFC), Prof. Ms. Tito Lívio Cruz Romão (DLE/UFC) ADUFC – BENFICA (Av. da Universidade, 2346) 20h – 21h30 Lançamento de Livros ADUFC – BENFICA (Av. da Universidade, 2346) DIA 21/09/2012 – Sexta-feira HORÁRIO EVENTO PALESTRANTE LOCAL 8h – 10h Sessão de Comunicações ---------- Bloco Didático(12) e Bloco 125(11) (Térreo)/Auditório de Defesa do PPGL 10h – 10h30 Intervalo – coffee break 10h:30– 12h Sessão de Comunicações ---------- Bloco Didático(12) e Bloco 125(11) (Térreo)/Auditório de Defesa do PPGL Intervalo - Almoço 14h – 15h45 Oficina – Parte1 ---------- Bloco Didático(12) 15h45 – 16h15 Intervalo – coffee break 16h15 – 18h Oficina – Parte 2 ---------- Bloco Didático(12) 18h – 18h30 Intervalo – coffee break 18h30 – 20h Conferência Magna Profa. Dra. Maria Auditório José Albano 13 de Encerramento "Sabendo e fazendo gramática em diferentes gêneros." Medianeira de Souza Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) (Prédio da Diretoria do Centro de Humanidades e do Departamento de Letras Estrangeiras) (10) 20h – 20h:30 Encerramento Quarteto de Violões - UFC Prof. Dr. Marco Tulio Ferreira da Costa (ICA– UFC), Coordenador Victor de Oliveira Costa Ícaro Vieira Francelino Alves Fernando Anselmo Ventureli Alisson Davyd da Silva Barroso Yure Pereira de Abreu Auditório José Albano (Prédio da Diretoria do Centro de Humanidades e do Departamento de Letras Estrangeiras) (10) MAPA DO CAMPUS – BENFICA - Centro de Humanidades - LEGENDAS 1- Casa de Cultura Alemã 2- Casa de Cultura Britânica 3- Casa de Cultura Britânica (Anexo) 4- Coordenação dos cursos de Letras e os C.A.s de letras 5- Bloco Tupi 6- Casa de Cultura Hispânica 7- Bosque 8- Casa de Cultura Francesa 9- Bloco em construção 10- Departamento de Letras Estrangeiras 11- Departamento de Letras Vernáculas 12- Bloco do Didático 13- Biblioteca 14- Bloco da Pedagogia 15-Quadra Poliesportiva 16- Anexo - Bloco de Pedagogia - Entradas e Saída 1 2 3 7 8 9 10121314 15 16 6 11 4 5 Av. 13 de Maio Rua Juvenal Galeno R u a M a l. T e o d o ro A v . D a U n iv e rs id a d e ATENÇÃO: O Lançamento dos livros acontecerá na ADUFC, um prédio que fica a dois quarteirões de onde as atividades do evento estarão se realizando. Por favor, peça informação aos monitores ou os acompanhem até o local. 14 SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 01 HORÁRIO: 08h – 10h BLOCO: Bloco 125(11), Térreo (Prédio do Departamento de Letras Vernáculas e Departamento de Literatura) SALA: Auditório de Defesa do Programa de Pós- graduação em Linguística (11) COORDENADOR(A): HEBE MACEDO DE CARVALHO (DLV-UFC) 1. HEBE MACEDO DE CARVALHO (DLV - UFC) VARIAÇÃO EM CATEGORIA MODO-TEMPORAL: A ALTERNÂNCIA PRESENTE DO SUBJUNTIVO/PRESENTE DO INDICATIVO 2. IZABEL LARISSA LUCENA SILVA (UFC) A EXPRESSÃO DA EVIDENCIALIDADE NA CONSTRUÇÃO DO DISCURSO ARGUMENTATIVO 3. LORENA DA SILVA RODRIGUES (SEDUC-CE) A GRAMATICALIZAÇÃO DO PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO NO PORTUGUÊS DOS SÉCULOS XV, XVI E XVII 4. CLEBER ALVES DE ATAÍDE (UFPB-UPM) AS CONSTRUÇÕES V SN EM MANUSCRITOS E IMPRESSOS DE PERNAMBUCO: HISTÓRIA, DESCRIÇÃO E USO 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 02 HORÁRIO: 08h – 10h BLOCO: Didático (12) SALA: 16 (Altos) COORDENADOR(A): GERMANA DA CRUZ PEREIRA (DLE-UFC) 1. CLÁUDIA RAMOS CARIOCA (UFC) REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA SINTAXE PELA GRAMÁTICA NORMATIVA: UMA PROPOSTA DE APLICAÇÃO DA COLOCAÇÃO SINTÁTICA NO ENSINO MÉDIO SOB O VIÉS FUNCIONALISTA 2. VICTOR FLÁVIO SAMPAIO CALABRIA (SOCIOLIN – UFC)/ TÉRCIA MONTENEGRO LEMOS (DLV-UFC) UMA IDEOLOGIA CHAMADA GRAMÁTICA TRADICIONAL 3. ROBSON LUIS BATISTA RAMOS (UECE)/ PEDRO HENRIQUE LIMA PRAXEDES FILHO (UECE) A GRAMÁTICA: FAZER, SABER OU SABER-FAZER? – O PAPEL DA GRAMÁTICA NO DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA 4. ANA PATRÍCIA DE SANTANA (URCA)/ANA LUZIA LUCAS DE ALMEIDA (URCA)/LORENA DE ARRUDA BARBOSA (URCA) O ENSINO DE GRAMÁTICA E O USO SOCIAL DA LÍNGUA 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 03 HORÁRIO: 08h – 10h BLOCO: Didático (12) SALA: 17 (Altos) COORDENADOR(A): TICIANA TELLES MELO (DLE-UFC) 1. ANTONIO KLEBER AMARAL GOMES JUNIOR (UFC)/MARIA MANOLISA NOGUEIRA VASCONCELLOS (ORIENTADORA - DLE/UFC) VERBOS MODAIS EM LÍNGUA INGLESA: UMA PROPOSTA DE CATEGORIZAÇÃO CIRCUNSTANCIAL GRADUAL 2. ANTONIO KLEBER AMARAL GOMES JUNIOR (UFC)/MARIA MANOLISA NOGUEIRAVASCONCELLOS (ORIENTADORA - DLE/UFC) VERBOS MODAIS SOCIAIS DEONTICAMENTE MODALIZADOS: ANÁLISE DE UMA PROPOSTADE ATIVIDADES EM LÍNGUA INGLESA 3. EDINA MARIA ARAÚJO DE VASCONCELOS (SEDUC-CE) MULTIMODALIDADE NA SEÇÃO DE GRAMÁTICA DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA INGLESA: UMA ANÁLISE DOS ASPECTOS COMPOSICIONAIS 4. MARILIO SALGADO NOGUEIRA (UFC)/MARIA FABIOLA VASCONCELOS LOPES (ORIENTADORA – DLE- UFC) ANÁLISE DE ATIVIDADES GRAMATICAIS EM MATERIAIS DIDÁTICOS EM EAD 15 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 04 HORÁRIO: 08h – 10h BLOCO: Didático (12) SALA: 18 (Altos) COORDENADOR(A): MICHAEL EMMANUEL FELIX FRANÇOIS (DLE-UFC) 1. LUCINEUDO MACHADO IRINEU (UERN)/WALISON PAULINO DE ARAÚJO COSTA (UFPB) A GRAMÁTICA EM AULAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: SEU ESPAÇO, SUAS REPERCUSSÕES. 2. FRANCISCA LÍVIA AGUIAR DOS SANTOS (UFC)/EVELINE DE SOUSA MONTENEGRO (UFC) A REALIDADE DO ENSINO DE ESPANHOL EM ESCOLAS BRASILEIRAS: GRAMÁTICA VERSUS O ENFOQUE COMUNICATIVO 3. ANDRÉ SILVA OLIVEIRA (UFC) A MODALIDADE DEÔNTICA EM EDITORIAIS: ENTRE A GRAMÁTICA E O DISCURSO EM LÍNGUA ESPANHOLA 4. REJANE APARECIDA DO NASCIMENTO (UFC), MARIA FABIOLA VASCONCELOS LOPES (ORIENTADORA, DLE-UFC) NORMAS DE CONDUTA EM BRANCA DE NEVE 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 01 HORÁRIO: 10h:30 – 12h BLOCO: 125(11), TÉRREO SALA: Auditório de Defesa do Programa de Pós-Graduação em Linguística (11) COORDENADOR(A): NADJA PAULINO PESSOA PRATA (DLE-UFC) 1. NADJA PAULINO PESSOA PRATA (DLE-UFC) A MODALIDADE DEÔNTICA EM LÍNGUA ESPANHOLA: ASPECTOS GRAMATICAIS E DISCURSIVOS EM CORPUS ORAL 2. LARISSE CARVALHO DE OLIVEIRA (UFC)/ NADJA PAULINO PESSOA PRATA (ORIENTADORA, DLE-UFC) A MODALIDADE DEÔNTICA NOS CONTOS DE EDGAR ALLAN POE 3. JÉSSICA FONTELE SALES (UFC), MARIA MANOLISA NOGUEIRA VASCONCELLOS (ORIENTADORA, DLE- UFC) O TRATAMENTO DADO À GRAMÁTICA NO LIVRO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE INGLÊS COMO LE 4. ANDREZZA ALVES QUEIROZ (UECE)/MARIA HELENICE ARAÚJO COSTA (ORIENTADORA, UECE) EXPRESSÕES POLIDAS EM CARTAS DE AMOR 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 02 HORÁRIO: 08h – 10h BLOCO: DIDÁTICO (12) SALA: 16 COORDENADOR(A): MARIA VALDÊNIA FALCÃO DO NASCIMENTO (DLE-UFC) 1. VICENTE DE PAULA DA SILVA MARTINS (UFC) O FENÔMENO DA LEXICALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DAS EXPRESSÕES CRISTALIZADAS VERBAIS 2. ALANA KERCIA BARROS DEMÉTRIO (UECE)/MARIA HELENICE ARAÚJO COSTA (ORIENTADORA, UECE) A ESCASSEZ DO SIGNIFICANTE E A NOÇÃO DE LITERALIDADE NA LINGUAGEM 3. JOSEFA FRANCISCA HENRIQUE DE JESUS (UERN) PRONOMES PESSOAIS E COMUNICAÇÃO ESPAÇO-VISUAL: AS PESSOAS DO DISCURSO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS 4. DIEYSON DA SILVA COSTA (UFC) O USO DO GERÚNDIO A PARTIR DE DUAS PERSPECTIVAS 16 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 03 HORÁRIO: 08h – 10h BLOCO: Didático (12) SALA: 17 COORDENADOR(A): BEATRIZ ALENCAR FURTADO LEITE (DLE-UFC) 1. MARIA FABIOLA VASCONCELOS LOPES (DLE-UFC) REDUÇÃO DA POBREZA SEMÂNTICO-GRAMATICAL EM FÓRUNS 2. SUZANE GOMES DA CUNHA (UFC)/MARIA FABIOLA VASCONCELOS LOPES (DLE-UFC) O ESTUDO DE ATIVIDADES EM GRAMÁTICAS 3. CLARISSE MAGNO DA SILVA (UFC)/ MARIA FABIOLA VASCONCELOS LOPES (ORIENTADORA, DLE – UFC) DISCUTINDO DUAS VIAS DE ACESSO NO ENSINO DE GRAMÁTICA 4. EDMAR PEIXOTO DE LIMA (UERN)/ GLÁUCIA MARIA MARQUES BASTOS (CMF) AS CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA QUE FUNDAMENTAM A PRÁXIS DOCENTE NO CURSO DE LETRAS 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 04 HORÁRIO: 08h – 10h BLOCO: Didático (12) SALA: 18 COORDENADOR(A): DIANA COSTA FORTIER SILVA (DLE-UFC) 1. DIANA COSTA FORTIER SILVA (DLE-UFC) AVALIAÇÃO AUTÊNTICA DA APRENDIZAGEM DE GRAMÁTICA EM LÍNGUA INGLESA: PRÓS E CONTRAS 2. MARIA MANOLISA NOGUEIRA VASCONCELLOS (DLE-UFC) GERANDO INFERÊNCIAS A PARTIR DE ELEMENTOS LINGUÍSTICOS GRAMATICAIS 3. PAULO ROBERTO NOGUEIRA DE ANDRADE (DLE-UFC) COESÃO TEXTUAL: ANÁLISE DE MECANISMOS DE COESÃO 4. ÍTALO TAVARES DE MATOS RIBEIRO (UFC) O USO DO FOCO ATENCIONAL PARA ENSINO DAS RESULTATIVAS DO INGLÊS 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 01 HORÁRIO: 10h:30 – 12h BLOCO: 125(11), TÉRREO SALA: Auditório de Defesa do Programa de Pós-Graduação em Linguística COORDENADOR(A): CARLOS ALBERTO DE SOUZA (DLE-UFC) 1. NATÁLIA DE SOUSA LOPES (UFC)/LARYSSA NUNES MOURA (UFC) OS DIFERENTES CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE PALAVRAS NAS GRAMÁTICAS TRADICIONAIS 2. NÁDIA MARIA DOS SANTOS PINHO (URCA)/CRISTIANA MARIA FERREIRA DA SILVA LIMA (URCA)/SANDRA ESPÍNOLA DOS ANJOS ALMEIDA (ORIENTADORA – URCA) O TEXTO NA PERSPECTIVA DA GRAMÁTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL 3. SÂNIA TEREZA COSTA (UFMA)/ VANDINALVA COELHO CAMPOS (UFMA) MARCAS DA ORALIDADE NAS PRODUÇÕES TEXTUAIS DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA C.E HUMBERTO DE CAMPOS NA CIDADE DE HUMBERTO DE CAMPOS – MA 4. ANDRESSA VIEIRA DA COSTA IDALINO (URCA)/LAVINIA BEZERRA RODRIGUES (URCA)/FCO. EDMAR CIALDINE ARRUDA (ORIENTADOR, URCA) ORALIDADE ESCRITA NO PROCESSO DE PRODUÇÃO TEXTUAL: UMA ANÁLISE DOS GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA MATERNA 17 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 02 HORÁRIO: 10h30 – 12h BLOCO: Didático (12) SALA: 16 COORDENADOR(A): DIANA COSTA FORTIER SILVA (DLE-UFC) 1. DIANA COSTA FORTIER SILVA ENSINAR GRAMÁTICA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: POR QUE, QUANDO, O QUÊ, COMO? 2. SUZANE GOMES DA CUNHA (UFC)/MARIA MANOLISA NOGUEIRA VASCONCELLOS (ORIENTADORA, DLE- UFC) UM BREVE ESTUDO SOBRE AS MARCAS DA MODALIDADE DEÔNTICA: RELAÇÕES INTERSUBJETIVAS 3. DANIEL FERREIRA DA SILVA (UFC)/ANDREIA TUROLO DA SILVA (DLE-UFC) ENSINO DE GRAMÁTICA NA INTERAÇÃO EM CHATS DE UM AVA DESTINADO A ATIVIDADE DE MONITORIA PARA ALUNOS DO CURSO DE LETRAS 4. LARISSE CARVALHO DE OLIVEIRA (UFC) / MARIA FABIOLA VASCONCELOS LOPES (ORIENTADORA, DLE- UFC) É POSSÍVEL REDUZIR ERROS GRAMATICAIS? 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 03 HORÁRIO: 10h30 – 12h BLOCO: Didático (12) SALA: 17 COORDENADOR(A): ANDREIA TUROLO DA SILVA (DLE-UFC) 1. KLÉBIA ENISLAINE DO NASCIMENTO E SILVA (UFC) MODOS DE PARTICIPAÇÃO DO OUVINTE NO TURNO DO FALANTE 2. ANA PAULA SILVA VIEIRA TRINDADE (UFC) O PROCESSO DE RELATIVIZAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA: APRESENTANDO A ORAÇÃO PSEUDORRELATIVA MODALIZADORA COMO UMA DAS ESTRATÉGIAS DE RELATIVIZAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 3. CLARISSE MAGNO SILVA (UFC)/ MARIA FABIOLA VASCONCELOS LOPES (DLE – UFC) ENTENDENDO A GRAMÁTICA NO GÊNERO CONTO 4. VANDINALVA DE JESUS COELHO CAMPOS (UFMA) CONTRIBUIÇÕES DO PIBID/LETRAS PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA 21/09/2012 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 04 HORÁRIO: 10h30 – 12h BLOCO: Didático (12) SALA: 18 COORDENADOR(A): MARIA MANOLISA NOGUEIRA VASCONCELLOS (DLE-UFC) 1. BENEDITA CONCEIÇÃO BRAGA MONTEIRO (UECE)/MARIA HELENICE ARAÚJO COSTA (ORIENTADORA – UECE) A CATEGORIA TEMPO NA REVISTA SIARALENDO: UMA VISÃO SOCIOCOGNITIVISTA 2. MARIA DAÍSE DE OLIVEIRA CARDOSO (UFPI) A RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO DA GRAMÁTICA: ESTRATÉGIAS METOLÓGICAS PRESENTES NA OBRA EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA 3. MARIA MANOLISA NOGUEIRA VASCONCELLOS (DLE – UFC) A GRAMÁTICA E A ABORDAGEM COMUNICATIVA PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: UMA REFLEXÃO CRÍTICA 18 OFICINAS 21/09/2012 OFICINA 01 HORÁRIO: Part 1: 14h – 15h40 Part 2: 16h15 – 18h BLOCO: Didático (12) SALA: 18 PROPONENTE(S): Gabriel de Ávila Othero – UFRGS TÍTULO: Estrutura Sintática do Português NÚMERO DE PARTICIPANTES: 25 21/09/2012 OFICINA 02 HORÁRIO: Part 1: 14h – 15h40 Part 2: 16h15 – 18h BLOCO: 125(11), térreo SALA: Auditório de Defesa do Programa de Pós- Graduação em Linguística PROPONENTE(S): Nadja Paulino Pessoa Prata – DLE/UFC TÍTULO: Gramática Funcional do Espanhol NÚMERO DE PARTICIPANTES: 25 21/09/2012 OFICINA 03 HORÁRIO: Part 1: 14h – 15h40 Part 2: 16h15 – 18h BLOCO: Didático (12) SALA: 16 PROPONENTE(S): Diana Costa Fortier Silva – DLE/UFC TÍTULO: Ensino de Gramática em LE - Foco na Forma NÚMERO DE PARTICIPANTES: 25 21/09/2012 OFICINA 04 HORÁRIO: Part 1: 14h – 15h40 Part 2: 16h15 – 18h BLOCO: Didático (12) SALA: 17 PROPONENTE(S): Expedito WellingtonChaves Costa – IFCE TÍTULO: Gramática Funcional do Português, a Partir de Gêneros Discursivos NÚMERO DE PARTICIPANTES: 25 19 21/09/2012 OFICINA 05 HORÁRIO: Part 1: 14h – 15h40 Part 2: 16h15 – 18h BLOCO: Didático (12) SALA: 04 PROPONENTE(S): Maria Fabíola Vasconcelos Lopes – DLE/UFC, Marílio Salgado Nogueira - UFC, Rachel Uchôa Batista – UFC TÍTULO: Gramática e Compreensão Textual: Ações Integradas NÚMERO DE PARTICIPANTES: 30 21/09/2012 OFICINA 06 HORÁRIO: Part 1: 14h – 15h40 Part 2: 16h15 – 18h BLOCO: Didático (12) SALA: 05 PROPONENTE(S): Edilene Rodrigues Barbosa - UERN, Marta Jussara Frutuoso da Silva - UERN, Vanúzia Maria de Medeiros - UERN TÍTULO: Gramática em Língua Espanhola e Enfoque Comunicativo: Reflexões e Propostas Didáticas NÚMERO DE PARTICIPANTES: 15 21/09/2012 OFICINA 07 HORÁRIO: Part 1: 14h – 15h40 Part 2: 16h15 – 18h BLOCO: Didático (12) SALA: 06 PROPONENTE(S): Maria Manolisa Nogueira Vasconcellos - DLE/UFC TÍTULO: LINGUA INGLESA: O ENCONTRO ENTRE A GRAMÁTICA E A FONOLOGIA NÚMERO DE PARTICIPANTES: 30 21/09/2012 OFICINA 08 HORÁRIO: Part 1: 14h – 15h40 Part 2: 16h15 – 18h BLOCO: Didático (12) SALA: 11 PROPONENTE(S): Patrícia Araújo Vieira -UECE, Matheus Oliveira da Silva Rocha –UECE, Andréa Michiles Lemos –UECE TÍTULO: GRAMÁTICA DA LIBRAS: Uma Modalidade de Língua Gesto-visual NÚMERO DE PARTICIPANTES: 25 20 RESUMOS DE COMUNICAÇÕES OBS: Os resumos encontram-se em ordem alfabética. A CATEGORIA TEMPO NA REVISTA SIARALENDO: UMA VISÃO SOCIOCOGNITIVISTA Benedita Conceição Braga Monteiro (UECE) Maria Helenice Araújo Costa (UECE) Este trabalho visa a analisar expressões adverbiais e formas verbais indicadoras da noção de tempo, enquanto fenômenos referenciais vinculados à instância discursiva em que se manifestam. A reflexão que propomos ampara-se em pressupostos teóricos que concebem a língua como uma ação interlocutiva situada, na qual os processos referenciais são entendidos como atividades discursivas construídas em práticas interacionais que requerem colaboração dos interlocutores (MONDADA E DUBOIS,2003). Nesse sentido, os recursos gramaticais mobilizados na elaboração desses processos não devem ser estudados como um fim em si mesmo nem dissociados dos efeitos de sentido que produzem nos textos em que estão inseridos. No entanto, essa perspectiva de análise dos fenômenos referenciais ainda é pouco contemplada no universo escolar, sobretudo no que concerne ao trabalho com a referência, cuja abordagem, em boa parte dos manuais destinados ao ensino da língua materna, restringe-se a descrever formas referenciais tomadas apenas como elementos gramaticais de retomada e sequenciação de informações, não dando a devida atenção aos aspectos que não são passíveis de descrição gramatical (COSTA 2007). Analisa-se a abordagem de marcadores temporais em atividades de leitura da revista Siaralendo, material didático desenvolvido no âmbito do projeto PreparAÇÃO para alunos do 9º ano das escolas públicas estaduais do Ceará. Constata-se que a revista contempla, em sua proposta de leitura e escrita, a construção sociocognitivista dos fenômenos eferenciais, entre eles os marcadores temporais, fato que ampara o reconhecimento de que se trata de um material didático coerente com os princípios teóricos que anuncia. PALAVRAS-CHAVE: Tempo;referência;sociocognição. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: APOTHÉLOZ, D.; PEKAREK-DOEHLER, S. Novas perspectivas sobre a referência: das abordagens informacionais às abordagens interacionais. Verbum, São Paulo, n.2, p. 109-136, 2003. COSTA, M. H. A. Acessibilidade de referentes: um convite à reflexão. 214 p. Tese (Doutorado em Linguística).Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007. DUBOIS, D.; MONDADA, L. Construção dos objetos de discurso e categorização: Uma abordagem dos processos de referenciação. In: CAVALCANTE, M. M.; RODRIGUES, B. B.; CIULLA, A. (orgs.). Referenciação. São Paulo: Contexto, 2003. p. 17-52. CEARÁ. Secretaria da Educação. Revista Siaralendo. In: Preparação: rumo ao ensino médio - Caderno da Aluna e do Aluno. Fortaleza: SEDUC, 2009. v. 3. p. 74-76 21 SALOMÃO, M. M. Gramática e interação: o enquadre programático da hipótese sociocognitiva sobre a linguagem. Veredas, Juiz de Fora, v.1, n. 1, 1997, p. 23-39. A ESCASSEZ DO SIGNIFICANTE E A NOÇÃO DE LITERALIDADE NA LINGUAGEM Alana Kercia Barros Demétrio (UECE) Maria Helenica Araújo Costa (UECE) Pretendemos, com este trabalho, refletir sobre a noção de sentido literal na perspectiva sociocognitiva, analisando como o princípio da escassez da forma linguística, discutido por Salomão (1997), contribui para a desconstrução da dicotomia (literal vs não literal) legitimada pelos estudos clássicos da significação. De acordo com Ariel (2002), se o sentido literal fosse puramente linguístico, deveria ser livre de contexto. No entanto, o modo como construímos sentidos envolve uma série de elementos, dos quais, na maior parte das vezes, sequer nos damos conta, e, por essa razão, tendemos a crer que significados cristalizados são sentidos produzidos na ausência de contexto. Sobre essa questão, Searle (1978 apud ARIEL, 2002) esclarece que a única razão para crermos em interpretações livres de determinações contextuais reside no fato de serem alguns contextos tão automáticos, que é como se fossem transparentes. Salomão (1999) afirma que “o ‘significado literal’ não mora em parte alguma; não está ‘na linguagem’. Significações comuns e, a rigor, desinteressantes resultam do trabalho local da interpretação, guiada pelo sinal linguístico e pelos outros sinais que o refinam e o complementam.” (SALOMÃO, 1999, p. 67). Propondo a anulação de uma relação dicotômica, Ariel (2002) sustenta que nem sempre é possível distinguir um sentido literal de um sentido não literal, uma vez que características tradicionalmente atribuídas a cada uma dessas categorias não se aplicam a elas de forma rígida. Ciente dessa fluidez entre os conceitos e adepto da concepção de que podemos apenas entender uma expressão linguística tomando-a em seu contexto de uso, Marcuschi (2008) define o sentido literal como aquele que construímos como preferencial. Tendo em vista nossos objetivos, observamos exemplos encontrados nos enunciados produzidos pelos usuários do site de rede social Twitter. Utilizamos um corpus com 44 tweets, que vem sendo composto por nós desde 2010. Os dados vêm demonstrando, em conformidade com a hipótese da sociocognição, que os sentidos construídos pelos falantes são apenas subdeterminados pelas formas linguísticas. Não se trata de uma questão de polissemia das expressões referenciais. Ocorre, na verdade, que as possibilidades de interpretação são negociadas entre os interactantes a partir de uma variedade de fatores contingenciais. Esse fenômeno, por sua vez, indica que a instabilidade é uma condição da língua e não de categorias ou usos pretensamente não literais. PALAVRAS-CHAVE: Linguagem; literalidade; sociocognição. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ARIEL, M. The Demise of a Unique Concept of Literal Meaning. Journal of Pragmatics, 34, 2002, p. 361-402. 22 MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. SALOMÃO, M. M. A questão da construção de sentidos e a revisão da agenda dos estudos da linguagem. Veredas, Juiz de Fora, v.3, n.1, 1999, p. 61-79. _______. Gramática e interação: o enquadre programático da hipótese sociocognitiva sobre a linguagem. Veredas, Juiz de Fora, v.1, n. 1, 1997, p. 23-39. A EXPRESSÃO DA EVIDENCIALIDADE NA CONSTRUÇÃO DO DISCURSO ARGUMENTATIVO Izabel Larissa Lucena Silva (UFC) Este trabalho visa a descrever e analisar a expressão da evidencialidade e seus efeitos de sentido no contexto de gêneros textuais da ordem do argumentar. Esse estudo faz parte de uma pesquisa mais ampla queinvestiga a expressão da evidencialidade no contexto de gêneros textuais da ordem do narrar, do relatar, do argumentar, do expor e do prescrever, escritos em Portugal e no Brasil no século XX. Os pressupostos teórico-metodológicos que norteiam a investigação da evidencialidade nesta pesquisa são os da Gramática Discursivo-Funcional (GDF - HENGEVELD & MACKENZIE, 2008). Segundo essa perspectiva funcionalista, a estrutura morfossintática das línguas naturais reflete propriedades pragmáticas e semânticas originadas na cognição humana e na comunicação inter-humana, levando a crer que muitas das propriedades linguísticas das línguas naturais são condicionadas por fatores cognitivos e/ou discursivo-pragmáticos. Neste estudo, assume-se que a evidencialidade constitui um fenômeno cognitivo-comunicativo que tem por função básica a indicação da fonte do conhecimento, expressando também graus de comprometimento do sujeito enunciador com seu discurso. As amostras textuais que formam o corpus de análise deste trabalho foram selecionadas do Corpus Mínimo de Textos Escritos da Língua Portuguesa – COMTELPO, organizado por Figueiredo-Gomes e Pena-Ferreira (2006). Esse banco de dados é constituído por textos escritos em Portugal (do século XII ao XX) e no Brasil (dos séculos XIX e XX), agrupados em cinco categorias de gêneros textuais, segundo a classificação proposta por Dolz e Schneuwly (1996): gêneros da ordem do narrar (domínio social da cultural literária ficcional), do relatar (domínio social da memória e da documentação das experiências vividas), do argumentar (domínio social da discussão de temas controversos), do expor (domínio social da sistematização do conhecimento humano em diferentes áreas do saber) e do instruir ou prescrever (domínio social da instrução, da normatização, da prescrição ou regulamentação de ações). Para esta comunicação, foram selecionados gêneros textuais da ordem do argumentar pertencentes ao português escrito no Brasil no século XX. Acredita-se que esta investigação da evidencialidade no contexto de gêneros textuais da ordem do argumentar permite descrever e analisar as propriedades textual-discursivas da evidencialidade na construção do discurso argumentativo. Palavras-Chave: Evidencialidade. Discurso Argumentativo. Gramática Discursivo-Funcional 23 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: FIGUEIREDO-GOMES, J.B.; XXX. (orgs.) Corpus mínimo de textos escritos em língua portuguesa. Lisboa, 2006. (no prelo) HENGEVELD, K.; MACKENZIE, L. Functional Discourse Grammar. A typologically-based theory of language structure. Oxford: Oxford University Press, 2008. A GRAMÁTICA E A ABORDAGEM COMUNICATIVA PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: UMA REFLEXÃO CRÍTICA Maria Manolisa Nogueira Vasconcellos (DLE/DLV – UFC) Esta comunicação, especialmente elaborada para professores de línguas estrangeiras em geral e graduandos do Curso de Letras de qualquer habilitação, objetiva empreender uma reflexão crítica sobre as nossas práticas pedagógicas para o ensino de gramática dentro da Abordagem Comunicativa (AC) para o ensino de línguas. A AC, ou ensino de língua comunicativo, deixa-se nortear pelo funcionalismo linguístico, tendo em sua gênese a noção de que a língua é usada para fins de interação comunicativa. Há uma priorização do significado em detrimento da forma e o reconhecimento de que uma mesma forma linguística, por exemplo, pode exercer várias funções dependendo do contexto situacional no qual se insere ou que uma função pode ser expressa por diferentes formas dependendo, a título de ilustração, do nível de formalidade do evento comunicativo no qual se manifesta ou das intenções comunicativas do usuário. O ensino de gramática interpretado como ensino das estruturas e formas linguísticas é, portanto, relativizado, porque o importante na AC é o desenvolvimento da competência comunicativa do aluno (cf. CANALE, 1983; CANALE & SWAN, 1980). Dessa maneira, a gramática é compreendida como um dos componentes da língua, mas agora, diferentemente dos métodos e abordagens que antecederam a AC, a forma não é ensinada/aprendida desvinculada do seu contexto de uso, isto é, de sua função comunicativa. Sendo assim, torna-se obrigatória a tarefa de explicar o elemento gramatical com base nas relações que, no contexto sócio-interacional, contraem falante/escritor, ouvinte/leitor e a pressuposta informação pragmática de ambos. Apesar do exposto, verifica-se que, mesmo atualmente, muitos professores atuando dentro de cursos que se declaram explicitamente norteados pela AC e, portanto, também pelo funcionalismo linguístico, insistem na ministração de elementos gramaticais descontextualizados e desprovidos de sentido comunicativamente relevantes. Durante minha comunicação, discutirei dois tipos de dificuldades por mim enfrentadas como professora formadora de professores surpreendentemente em pleno século XXI: (a) a de fazer uso de uma abordagem funcionalista para o ensino de elementos gramaticais por resistência da grande maioria de meus alunos de Graduação em Letras e (b) a de desenvolver neles, alguns já atuando no mercado como professores de língua inglesa, a consciência de que o conhecimento gramatical só é útil se o indivíduo que o possui também tiver a habilidade para utilizá-lo em situações comunicativas não-controladas. PALAVRAS-CHAVE: Abordagem Comunicativa; Funcionalismo linguístico; ensino de LE 24 REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS: CANALE, M. From communicative competence to communicative language pedagogy. In: RICHARDS, J.; SCHMIDT, R. Language and communication. London: Longman, 1983. __________; SWAIN, M. Theoretical bases of communicative approaches to second language testing and teaching. Applied linguistics. Vol. 1, n.1, 1980, p. 1- 47. CELCE-MURCIA, M. Language teaching approaches: an overview. In: CELCE-MURCIA, M. (Ed.). Teaching English as a second language. Boston: Heinle & Heinle, 1991, p. 3 – 11. CUNHA, Maria Angélica Furtado da; OLIVEIRA, Mariangela Rios de; MARTELOTTA, Mário Eduardo (Orgs.). Linguística funcional: teoria e prática. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. DUTRA, Deise P.; MELLO, Heliana (Orgs.). A gramática e o vocabulário no ensino de inglês: novas perspectivas. Belo Horizonte: FALE – UFMG, 2004. PEZATTI, Erotilde Goreti. O funcionalismo em linguística. In: Mussalim, Fernanda; BENTES, Anna Christina (Orgs.). Introdução à linguística: fundamentos epistemológicos. Vol. 3, SP: Cortez Editora, 2004, p. 165 – 218. A GRAMÁTICA EM AULAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: SEU ESPAÇO, SUAS REPERCUSSÕES Lucineudo Machado Irineu (UERN) Walison Paulino de Araújo Costa (UFPB) Este trabalho tem por objetivo apresentar considerações teóricas e metodológicas sobre a discussão a respeito do papel da gramática nas aulas de línguas, através da análise de atividades em materiais didáticos voltados para o ensino de espanhol e de inglês como línguas estrangeiras, no contexto brasileiro. Sabe-se que, por muito tempo, o ensino do código foi o único protagonista dentro do cenário educacional das línguas estrangeiras modernas. Hoje, ao contrário, o código continua em evidência, no entanto segue subsidiado por outros mecanismos didáticos, sem os quais a gramática, pelo menos na acepção tradicional, não seria mais que uma massa amorfa de conteúdos utilizados para aferir a erudição de quem possivelmente detém os conhecimentos linguísticos estruturais. Para alcançarmos o objetivo do presente trabalho, empreendemos uma retomada do percurso histórico do ensino de línguas em termos gramaticais a partir da análise de duas atividades de linguagem propostas em dois livros didáticos selecionados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para o ano de 2012, a saber: Síntesis (Editora Ática), em língua espanhola, e Links (Editora Ática), em língua inglesa. Para a análise dos dados selecionados, adotamos procedimento da Linguística Aplicada e da Didática de Língua, no quediz respeito à análise de materiais didáticos e questões relacionadas, recorrendo, principalmente, aos trabalhos dos seguintes autores: Carmagnani (1999), Chiaretti (2005), Lobato (2005), dentre outros. A análise dos dados revelou-nos, através do exame de referidas atividades, que a gramática tem, ainda hoje, seu lugar garantido nas aulas de língua estrangeira, tanto espanhol como inglês, bem como nos materiais didáticos nelas utilizados. 25 Porém, esse papel se ressignificou ao longo dos anos, dado seu alinhavado com categorias linguístico-discursivas indispensáveis para o momento em que vivemos em torno do ensino de línguas estrangeiras na perspectiva comunicativa, a exemplo dos gêneros discursivos, da consciência semântico-pragmática e das novas tecnologias. PALAVRAS-CHAVE: gramática; ensino de línguas; atividades em línguas estrangeiras. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CARMAGNANI, Anna Maria G. Concepções de professor e de aluno no livro didático e o ensino de redação em LM e LE. In: CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, Autoria e Legitimação do livro didático. Campinas, SP: Pontes, 1999. CHIARETTI, Avany Pazzini. A performance do diálogo no livro didático. In: PAIVA, Vera Lúcia de Menezes de Oliveira e. (Org.). Ensino de Língua Inglesa: reflexões e experiências. Campinas, SP: Pontes Editora, 2005. LOBATO, JESUS SANCHEZ; GARGALLO, Isabel Santos. Vademécum para la formación de profesores: enseñar español. São Paulo: SGEL, 2005. A GRAMATICALIZAÇÃO DO PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO NO PORTUGUÊS DOS SÉCULOS XV, XVI E XVII Lorena da Silva Rodrigues (SEDUC–CE) Observamos, em língua portuguesa, o processo de gramaticalização do pretérito perfeito composto (PPC) em que se vê a passagem de ter/haver + particípio adjetival + objeto direto, como em tenho lidas as cartas, para ter/haver + particípio verbal + objeto direto, como em tenho lido cartas. Essa mudança aponta para o caráter emergente da gramática de uma língua, proposta por Hopper (1991), através do qual novas funções surgem para explorar formas já existentes no sistema linguístico. A partir dessas transformações, de acordo com Givón (1995), não há uma relação biunívoca entre formas e funções, o que pode gerar expansão de sentidos. Tendo isso em vista, nossa pesquisa volta-se para os séculos XV, XVI e XVII e tem por objetivo investigar o processo de gramaticalização do PPC. Para isso, elencamos fatores de controles pautados, principalmente, nos parâmetros de gramaticalização propostos por Lehmann (2002), a saber, Integridade, Paradigmaticidade, Variabilidade Paradigmática, Conexidade, Variabilidade Sintagmática. Além disso, investigou-se ainda a modalidade, o tempo – referência e o tipo de verbo. Utilizamos como corpus narrativas da época em questão. A partir da análise dos dados, verificamos a atuação dos grupos de fatores condicionantes na passagem de ter/haver (pleno) + particípio adjetival + ter/haver (auxiliar) + particípio verbal. Assim sendo, chamou-nos a atenção as funções de passado imperfectivo, cotemporal ao momento da fala, de passado perfectivo, anterior ao momento da fala e de passado de referenciação textual. Além disso, constatamos o período de instabilidade no sistema, em que há alternância das categorias nominais do particípio adjetival, no que tange a categoria gênero. 26 PALAVRAS-CHAVE: gramaticalização; pretérito perfeito composto; parâmetros de gramaticalização. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: GIVÓN, T. Functionalism and Grammar: a prospectus. University of Oregon, 1995 a. HOPPER, P. On some principles of grammaticization. In: E.C.. Traugott e B. Heine (eds). Approches to Grammaticalization. Amsterdam/ Philadélfia: John Benjamins Publishing Co, 1991. LEHMANN, C. Thoughts on grammaticalization. 2ª edição revisada. Erfurt: Seminar Für Sprachwissenschaft der Universität, 2002. A MODALIDADE DEÔNTICA EM EDITORIAIS: ENTRE A GRAMÁTICA E O DISCURSO EM LÍNGUA ESPANHOLA André Silva Oliveira (UFC) A modalidade constitui uma “gramaticalização das atitudes e opiniões (subjetivas) do falante”. Sendo assim, com base em uma abordagem funcionalista da modalidade, que entende que os enunciados comunicativos dependem em parte das reais intenções do falante em relação ao que espera ser compartilhado pelo ouvinte, foi feita uma busca das marcas formais da categoria linguística em editoriais em língua espanhola difundidos em jornais publicados na internet. Melo (1985, p.79 apud Pereira e Rocha), caracteriza o editorial como sendo um tipo de gênero jornalístico que expressa a opinião oficial de uma determinada empresa diante dos fatos de maior repercussão na atualidade. Diferente de outros tipos de gêneros textuais, o editorial é de inteira responsabilidade da instituição que o editora. Escrever um editorial não implica que o autor seja o dono da empresa, nem que represente a opinião de todos aqueles que a compõe (PEREIRA e ROCHA, 2010). Assim, buscamos verificar a relação entre as formas de expressão e os valores deônticos (obrigação, permissão e proibição) em língua espanhola. Percebemos que a modalidade deôntica é manifestada por meio de modais (i) como os verbos auxiliares (poder, deber, haber, tener que), (ii) por alguns tipos de advérbios e (iii) outras categorias modais. Para a realização deste trabalho, realizamos uma coleta de textos de editorial de dois jornais publicados on-line, Periódico I (P1) e Periódico II (P2), em língua espanhola, perfazendo um total de 10.642 palavras, divididas de modo equânime. Após a leitura dos textos e coleta dos dados, realizamos a análise quantitativa das formas de expressão de modalidade deôntica através de um software, a partir do qual pudemos constatar o uso de setenta e dois (72) casos de formas de expressão da modalidade deôntica nos textos de editorial, sendo que 65,3% expressaram obrigação, 22,2% expressaram permissão, 9,7% expressaram proibição e 2,8% expressaram negação de obrigação. Analisando os resultados obtidos, constatamos que o tipo de expressão de modalidade deôntica nos textos de editorial se dá, principalmente, por meio de obrigação, visto que o editorial tem por objetivo dissertar sobre determinado tema e apresentá-lo, pois o redator expõe e analisa seu ponto de vista. Vale salientar que o editorial tem em si a característica da criticidade e do caráter informativo, ou seja, além de informar sobre determinada obrigatoriedade, esta é colocada criticamente, procurando ressaltar uma verdade já conhecida pela maioria dos leitores. PALAVRAS-CHAVE: Funcionalismo; Modalidade Deôntica; Editorial. 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: MARTELOTTA, Mario Eduardo. Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2008. MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Ana Christina. Introdução à Linguística: fundamentos epistemológicos. Vol. 3. 5º ed. São Paulo: Cortez, 2011. NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática funcional. São Paulo: Martins Fontes, 1997. PEREIRA, Rose Mary Ferreira; ROCHA, Thaís Ferreira. Discurso midiático: análise retórico- jornalística do gênero editorial. 2006. 93f. Monografia (Graduação em Jornalismo) – Centro de Comunicação Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2006. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/pereira-rose-mary-rocha-thais-discurso-midiatico.pdf>. Acesso em: 06 de jul. de 2012. PESSOA, Nadja Paulino. Modalidade deôntica e discurso publicitário: a construção da persuasão. In: NOGUEIRA, Márcia Teixeira; LOPES, Maria Fabíola Vasconcelos. Modo e modalidade: gramática, discurso e interação. Fortaleza, CE: Edições UFC, 2011. A MODALIDADE DEÔNTICA EM LÍNGUA ESPANHOLA: ASPECTOS GRAMATICAIS E DISCURSIVOS EM CORPUS ORAL Nadja Paulino Pessoa Prata (DLE/UFC) O presente trabalho, que está vinculado ao projeto de pesquisa Modalidade deôntica em língua espanhola, desenvolvido no Departamento de Letras Estrangeiras (DLE/UFC), tem como objetivo a descrição e a análise das expressõeslinguísticas da modalidade deôntica em espanhol a partir de amostras reais retiradas de um corpus oral, com base em uma perspectiva funcionalista. A modalidade deôntica (do grego deon = obrigatório), categoria linguística desta investigação, está relacionada à obrigação, à permissão e à proibição, ou melhor, a atos realizados por agentes moralmente responsáveis, cujos efeitos (perlocucionários) dependem do reconhecimento da força ou autoridade do falante por parte do ouvinte (LYONS, 1977). Para a análise dos dados encontrados, adotamos o enfoque teórico funcionalista de análise linguística, na tentativa de integrar os componentes sintáticos, semânticos e pragmático- discursivos, e em virtude da proposta de que a estrutura frasal estaria organizada em camadas (HENGEVELD & MACKENZIE, 2008), o que possibilita analisar os diversos valores deônticos em vários níveis de atuação. Além disso, por meio dessa organização em camadas, seria possível observar as relações de cada valor deôntico com outras categorias como modo, tempo e aspecto. Em relação à metodologia adotada, recorremos a um corpus oral efetivamente realizado em língua espanhola, a partir do qual identificamos (i) os meios de expressão, (ii) os valores deônticos e (iii) os aspectos pragmático-discursivos de cada ocorrência, que contribuem para a construção textual dos falantes. Desta feita, o trabalho desenvolvido está relacionado, portanto, à descrição e à análise linguística da língua espanhola, de modo a servir de subsídios para possíveis comparações entre as variedades linguísticas deste idioma, no que se refere aos níveis morfológico, sintático, semântico e pragmático-discursivo. Tais análises podem nortear também a construção de materiais didáticos de Espanhol como Língua http://www.bocc.ubi.pt/pag/pereira-rose-mary-rocha-thais-discurso-midiatico.pdf 28 Estrangeira (ELE), a compreensão do sistema linguístico e auxiliar o professor nas explicações em sala de aula. PALAVRAS-CHAVE: funcionalismo; modalidade deôntica; língua espanhola; corpus oral. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: HENGEVELD, K; MACKENZIE, J. L. Functional Discourse Grammar: a typologically-based theory of language structure. Oxford: Oxford University Press, 2008. LYONS, J. Semantics. Vol. 2. Cambridge: Cambridge University Press, 1977. MARTÍNEZ DÍAZ, E. La expresión de la modalidad de obligación en el Corpus del español conversacional de Barcelona y su Área Metropolitana. Disponível em: http://www.lllf.uam.es/clg8/actas/pdf/paperCLG73.pdf. Acesso: 09 de set. 2012. SILVA-CORVALÁN, C. Contextual conditions for the interpretations of ‘poder’ and ‘deber’ in Spanish. In: BYBEE, J.; FLEISCHMAN, S. (Org.). Modality in grammar and discourse. Amsterdam/ Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 1995. p. 67-105. A MODALIDADE DEÔNTICA NOS CONTOS DE EDGAR ALLAN POE Larisse Carvalho de Oliveira (UFC) Com o crescente fluxo de estudos funcionalistas em diversas áreas do saber, escolhemos a Literatura, que abriga notórias produções de diversas épocas e lugares como uma das hastes superiores de nosso trabalho. Desse cômpito nos deparamos com os textos de Edgar Allan Poe, autor americano que se encaixa no período romântico de seu país. Partindo do ponto no qual a teoria funcionalista colabora com a análise linguística e do formato do conto, uma narrativa breve, utilizamos, como categoria linguística de análise, a modalidade deôntica, a fim de podermos analisar as “argumentações” do narrador, que aparece, na maioria das vezes, em primeira pessoa, uma das principais características dos contos de Poe. Sendo assim, utilizamos os estudos em modalidade de LOPES (2009), NOGUEIRA & LOPES (2011) PESSOA (2011), além do aparato funcionalista fornecido por NEVES (1997) para apoiar a nossa pesquisa de cunho qualitativo. Focamos em cinco dos mais conhecidos contos de Poe, a saber: “O Coração Delator” (1843), “O Gato Preto” (1843), “O Caso do Senhor Valdemar” (1845), “O Barril de Amontilado” (1846) e “A Queda da Casa de Usher” (1839). Analisamos qualitativamente o uso dos modalizadores no decorrer dos textos, de modo a identificar os valores modais que as ocorrências adquiriram no texto, comparando-as com o tipo de fonte, quais sejam: narrador, personagem-narrador, personagem secundário. Avaliamos ainda, o nível de obrigação exercido pelos personagens (secundários ou não) dando prioridade àqueles com a função de narrador- personagem, que exerce maior força sobre o leitor, transpondo-o para dentro da história e fazendo dele seu narratário. Após a análise, pudemos constatar até o momento que o narrador- personagem impõe-se ao leitor, como que indagando qual seria a atitude do mesmo frente aos fatos narrados, praticamente obrigando o leitor a tomar o seu lugar dentro da obra. Pode-se até http://www.lllf.uam.es/clg8/actas/pdf/paperCLG73.pdf 29 pensar que os narradores idealizados de Edgar Allan Poe indagam o leitor se o que faz é certo ou errado, mesmo agindo na sua loucura, perseguindo suas obsessões. PALAVRAS-CHAVE: Modalidade Deôntica; Conto; Edgar Allan Poe. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: LOPES, Maria Fabiola Vasconcelos. A modalidade deôntica na aula de inglês ministrada em português. Fortaleza, CE, 2009. 263f.: Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará. Programa de Pós - Graduação em Linguística, Fortaleza - CE, 2009. NEVES, Maria Helena de Moura. A Gramática Funcional. São Paulo: Martins Fontes, 1997. NOGUEIRA, Márcia Teixeira; LOPES, Maria Fabiola Vasconcelos. Modo e modalidade: gramática, discurso e interação. Fortaleza: Edições UFC, 2011. PESSOA, Nadja Paulino. Modalidade deôntica e discurso midiático: uma análise baseada na gramática discursivo-funcional. 2011. (p. 46-52) Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Lingüística, Fortaleza-CE. POE, Edgar Allan Poe. The Complete Tales and Poems of Edgar Allan Poe. New York:Barnes & Noble Inc, 2006. A ORDENAÇAO VS NO PORTUGUÊS PERNAMBUCANO: HISTÓRIA, DESCRIÇÃO E USO Cleber Alves de Ataíde (UFPB/UPM) Neste trabalho abordo o fenômeno da ordenação verbo-sujeito a partir de uma interpretação funcionalista. Acredito que a inversão do sujeito manifesta estratégias discursivas e que tais motivações de uso estão relacionadas a uma possível mudança na classificação tipológica do português brasileiro de VSO para SVO (PEZZATI, 1997). As amostras de nossa análise são textos manuscritos e impressos da esfera pública e privada do Estado de Pernambuco dos séculos XVIII, XIX e XX, que selecionei junto com a equipe regional do projeto Para História do Português Brasileiro (PHPB). Os dados armazenados para análise totaliza um volume de 120.000,00 palavras. Para essa investigação, selecionei apenas os fatores de natureza discursiva como O princípio de marcação, o estatuto informacional do SN, a sequência tópica e o plano discursivo. Os resultados apontam que nos gêneros escritos, como o editorial e a carta do leitor, as construções VS cumprem, principalmente, a função de introduzir informação nova e de figurar o cenário secundário, não-central nos textos. Essas construções introduzem um novo tópico ou elemento novo no discurso, que pode tanto fornecer material de suporte quanto ser abandonado, servindo meramente para montar o cenário para o desenvolvimento do discurso. As análises aqui apresentadas estão baseadas em pesquisas já empreendidas sob diversas orientações teórico-metodológicas: Berlinck (1988 e 1995), Coelho (2000/2006), Duarte (1995), Freitas Junior (2011), Lira (1996), Marques (2008), Pádua (1960), Pedrosa 30 (2004), Pezzati & Camacho (1997), Pontes (1983 e 1987), Tarallo et al (1996), Votre & Naro (1991/1999). PALAVRAS-CHAVE: ordenação SV, diacronia, função . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CASTILHO, Ataliba T. de; HORA, Dermeval. (orgs.). História do Português Brasileiro: versão preliminar. João Pessoa: Ideia/Editora Universitária,2010. COELHO, Izete Lehmkuhl. A ordem V-NP em construções monoargumentais: uma restrição sintático-semântica. Tese de doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina, 2000. ______. Variação na sintaxe: estudo da ordem do sujeito no PB. In: RAMOS, Jânia. (org.). Estudos sociolinguísticos: quatro vértices, do GT da ANPOLL. Belo Horizonte: FALE, UFMG, 2006 (p. 84-99). GIVÓN, Talmy. Syntax: a functional-typological introduction. Amsterdam: John Benjamins, 1984. ______. Funcionalism ad grammar. Amsterdam: John Benjamins, 1995. ______. Sintax I: and introduction. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2001. ______. Syntax II: a functional-typological Introduction. Amsterdam: John Benjamins, 2001. GUEDES, Marymárcia; BERLINK, Rosane de Andrade. E os preços eram commodos...: anúncios de jornais brasileiros século XIX. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2000. PESSOA, Marlos de Barros (org). Língua, texto e história: manuscritos e impressos na história do português brasileiro. Recife: Programa de Pós-graduação da UFPE, 2005. NARO, A. & VOTRE, S. A base discursiva da ordem verbo-sujeito em Português. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras da UFRJ, 1991. ______. Discourse Motivations for Linguistic Regularities: verb/subject order in spoken brazilian Portuguese. Probus, 11 (1). (1999, p. 76-100) SPANO, Maria. A ordem V SN em construções monoargumentais na fala culta do português brasileiro e europeu. Dissertação de Mestrado em Língua Portuguesa. Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002. ______. A ordem verbo-sujeito no português brasileiro e europeu: um estudo sincrônico da escrita padrão. Tese de doutoramento em Língua Portuguesa. Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. 31 PEZATTI, Erotilde Goreti. Uma abordagem funcionalista da ordem de palavras no português falado. ALFA: Revista de Linguística. São Paulo: Editora da Unesp, 1994 (p. 37-56) PEDROSA, Juliene. A ordem sujeito verbo/verbo sujeito na fala pessoense. In: HORA, Dermeval (org.). Estudos sociolingüísticos: perfil de uma comunidade. João Pessoa: Idéia, 2004. PONTES, Eunice. Sujeito: da sintaxe ao discurso. São Paulo: Ática, 1987. ______. (1987). O tópico no Português do Brasil. Campinas: Pontes Editora. VALIN, Robert Van; LAPOLLA Randy J. Sintax: structure, meaning and function. United Kingdom: Cambrige press, 1997. A REALIDADE DO ENSINO DE ESPANHOL EM ESCOLAS BRASILEIRAS: GRAMÁTICA VERSUS O ENFOQUE COMUNICATIVO Francisca Lívia Aguiar do Santos (UFC) Eveline de Sousa Montenegro (UFC) Este trabalho tem por objetivo analisar o ensino de espanhol/língua estrangeira nas escolas de ensino regular. O eixo principal de análise deste trabalho é o ensino gramatical do espanhol desvinculado do enfoque comunicativo. Desse modo, investigamos as vantagens e as desvantagens que essa metodologia de ensino oferece aos alunos, a fim de que possamos chamar a atenção para as vantagens da aplicação do enfoque comunicativo. Partimos de um pressuposto que é de consenso geral: o ensino da língua espanhola está aquém do esperado, pois no cenário atual, ainda predomina em muitas instituições de ensino, especialmente as de ensino regular, procedimentos de ensino tradicional acompanhados com a metodologia de base estrutural. Tal afirmação nos instigou a buscar possíveis respostas para os seguintes questionamentos acerca dessa metodologia: Quais as deficiências que a metodologia aplicada apresenta? Quais suas vantagens/desvantagens? A metodologia aplicada favorece o desenvolvimento da competência comunicativa? Em contrapartida a essa metodologia, queremos saber a aceitação do enfoque comunicativo tanto pelos responsáveis pelo ensino, os professores, como pelos alunos. Nossa pesquisa encontra sua base em muitos teóricos, como Henry Widdowson (1978), Canale (1973), Hymes (1974), Givón (1979) e Gargallo (1999) que ressaltam a importância do enfoque comunicativo e de seus inúmeros pontos positivos, ressaltamos também o fato de que a experiência docente é extremamente importante para buscar e pôr em prática novos métodos de ensino de línguas estrangeiras. Para a constituição de nosso corpus, aplicamos questionários distintos a professores de espanhol e a alunos, os quais estão compostos de cinco perguntas. Nosso material de trabalho foi colhido a partir da análise das entrevistas feitas com 20 professores de língua estrangeira: Espanhol e 50 alunos da escola regular (fundamental, médio e profissional) de instituições públicas e privadas de Fortaleza. Como esperado muitos professores atribuem suas dificuldades no ensino de espanhol ao fato de que ele é feito de modo descontextualizado, ou seja, se ensina gramática, para quem não se comunica no espanhol, o que converge com o pensamento dos alunos “para que aprender gramática se eu não sei falar espanhol”. Logo percebemos que há uma grande 32 aceitação do enfoque comunicativo pelos professores e pelos alunos, apesar de os professores chamarem a atenção para diversas dificuldades na implantação dessa metodologia de ensino. PALAVRAS-CHAVE: ensino de espanhol; enfoque gramatical; enfoque comunicativo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: QUINTANA, Esther Gutiérrez. Enseñar español desde un enfoque funcional. Madrid, Arco Libros SL, 2007. NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática funcional. São Paulo. Martins Fontes, 1997. GARGALLO, Isabel Santos. Lingüística aplicada a la enseñanza – aprendizaje del español como lengua extranjera. Madrid. Arco Libros SL, 1999. CUNHA ANTUNES, Glaydes Gisele. Análise do método comunicativo moderado no Processo ensino/aprendizagem como língua espanhola. Monografia. Diretoria de Pós- graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense – Unesc. Criciúma, 2009. Disponível em:< http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/00003D/00003DF9.pdf>. Acesso em: 04 de ago. 2012. A RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO DA GRAMÁTICA: ESTRATÉGIAS METOLÓGICAS PRESENTES NA OBRA EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA. Maria Daíse de Oliveira Cardoso (UFPI) Este artigo tem por objetivo analisar as estratégias metodológicas presentes na obra de Monteiro Lobato, intitulada Emília no País da Gramática, considerando que a personagem dialoga com as classes gramaticais e adquire, progressivamente, consciência do funcionalismo dos conceitos gramaticais. De igual modo pretendeu-se investigar a ressignificação do ensino na busca por um ensino contextualizado, identificar o processo evolutivo da língua e ensino na escola, bem como averiguar o efeito da ortografia e prática da escrita no cotidiano escolar. Para a realização da análise, utilizou-se como embasamento teórico as orientações para o ensino ortográfico, as perspectivas psicológicas e implicações educacionais no ensino da ortografia, o dinamismo do processo de ensino-aprendizagem da ortografia, a funcionalidade das regras e sua relação com o texto bem como as abordagens sobre o texto na sala de aula e exemplos de ações pedagógicas cujo foco está no ensino de gramática, buscando assim, o aperfeiçoamento na leitura e na escrita. As estratégias metodológicas privilegiadas para realização desse trabalho foram análise da obra, bem como a exploração de literaturas que abordam as questões teóricas que estão em consonância com o tema, de igual modo realizou-se a análise de periódicos, que de forma semelhante, estão relacionados com a prática educacional. Após a análise da obra e investigação das estratégias metodologias para o ensino de gramática, percebeu-se que na obra de Monteiro Lobato, o que torna a assimilação dos conceitos significativa é sua aplicabilidade ao cotidiano da personagem, Emília, que busca, por meio de analogias, compreender as regras da gramática normativa, ainda é possível identificar o 33 posicionamento do autor sobre a evolução da língua, considerado-a um organismo vivo e por isso,mutável, evidenciando assim, o que os teóricos sobre o ensino de gramática consideram de contextualização, a ressignificação do ensino e a inserção dos conceitos gramaticais em práticas discursivas de uso social. PALAVRAS-CHAVE: gramática; ensino; estratégias metodológicas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FERNANDES, Elisângela. Gramática a favor da leitura e da escrita. Revista Nova Escola. São Paulo, ano XXVII, n. 254, p. 48-55, 2012. LOBATO, Monteiro. Emília no país da gramática. Edição comentada. São Paulo: Globo, 2008. MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. 4ª edição. São Paulo: Editora Ática. 2003. NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática de usos do português. São Paulo: Editora UNESP, 2000. POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras, 1996. TEBEROSKY, Ana. Aprendendo a escrever. São Paulo: Editora Afiliada, 2002. ALTERNÂNCIA MODAL ENTRE INDICATIVO E SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES INDEPENDENTES DUBITATIVAS NO ESPANHOL Júlio Cesar Lima Moreira (UFC) Tendo em vista a discrepância entre as prescrições da gramática normativa e a ocorrência do vernáculo quanto à ocorrência do modo subjuntivo e do indicativo em contextos pré- determinados como preferenciais de um ou de outro esboçamos nesse estudo uma descrição e análise dessa variação. Particularmente nos deteremos em orações independentes (simples e coordenadas) com valor dubitativo. Buscaremos testar e tecer considerações sobre a influência nesse contexto de grupos de fatores que privilegiem ou restrinjam a forma subjuntiva. Os dados de língua falada são abordados em perspectiva sincrônica. O objetivo deste estudo é investigar em que medida fatores linguísticos e extralinguísticos atuam na alternância das formas indicativo/subjuntivo, em orações independentes com valor dubitativo enunciadas em entrevistas realizadas entre documentador e informante. Os pressupostos de análise seguem a abordagem da Sociolinguística Variacionista que concebe a língua como um fenômeno que se constitui na heterogeneidade sistemática, sendo motivada por fatores internos e externos (LABOV, [1972] 2008), e os estudos funcionalistas de Givón (1995; 2001), em especial, aqueles dedicados à modalidade. Na presente análise, a qual se encontra em estágio embrionário dentro de sua proposta geral, foram controlados os fatores linguísticos: tipo de item modal dubitativo, tempo verbal, distância entre item dubitativo e a forma verbal e; o fator extralinguístico: faixa 34 etária. Realizamos inicialmente controlando apenas um fator extralinguístico considerando somente indivíduos de nível de escolarização alto, todos com formação superior com mais de 11 anos de estudos. Tomamos como base para análise o banco de dados de entrevistas coletadas pelo LEF (laboratorio de estúdios fónicos) um dos integrantes do Projeto PRESEEA, o qual é um projeto para a criação de um corpus de língua espanhola falada representativo do mundo hispânico em sua variedade geográfica y social. As entrevistas seguem os moldes labovianos, ao coletar dados de fala em situações comunicativas semiespontâneas, visando a amenizar a influência do paradoxo do observador (LABOV, 1972). Foram considerados 36 informantes, estratificados em gênero/sexo, faixa etária e anos de escolaridade, moradores da Cidade do México metrópole mais importante e mais populosa do México. Os dados analisados foram submetidos ao pacote de programa estatístico GOLDVARB (Sankoff, Tagliamonte e Smith, 2012). Os resultados da análise, apesar de parcial e incipiente dentro de nosso projeto de pesquisa, evidenciaram que a forma indicativa é a preferencial em relação a todos os grupos de fatores porém com uma certa restrição nos grupo de fatores item dubitativo: tal vez e quizá e também no grupo fator idade: idosos. Em geral, a forma subjuntiva, em orações independentes dubitativas, codifica preferencialmente a modalidade irrealis, contudo há um grau escalar dessa intencionalidade inserida na submodalidade epistêmica do falante selecionando ora indicativo ora subjuntivo. Interferem nessa seleção fatores linguísticos como observamos tipo de item dubitativo, sugerindo um certo valor inerente a cada item dubitativo com os traços de (+- incerteza). Assim como a distância do item dubitativo em relação à forma verbal, confirmando- se a descrição da gramática tradicional de que formas antepostas ao item dubitativo tendem a ser do modo indicativo e já as pospostas sendo que quanto mais distantes do item dubitativo maior a possibilidade de ocorrência do indicativo. A análise também demonstrou que falantes com mais de 55 anos tendem a usar mais a forma subjuntiva do que falantes de 20-34 e 35-54 anos. Não podemos afirmar de acordo com resultados do programa GOLDVARB se os fatores linguísticos tem mais relevância para entender essa alternância uma vez que controlamos apenas um grupo de fatores extralinguístico. Parcialmente verificamos que a forma indicativa vem ganhando espaço mesmo em orações independentes dubitativas no espanhol mesmo sendo um item codificador de modalidade epistêmica irrealis e que tradicionalmente regem a forma verbal subjuntiva no entanto como observamos o vernáculo vem demonstrando a neutralização do subjuntivo em alguns contextos nessas orações como já fora demonstrado em trabalhos dessa natureza em orações subordinadas. PALAVRAS-CHAVE: sociolinguística; alternância indicativo/subjuntivo; categorias verbais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: GIVÓN, T. Functionalism and grammar. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 1995. GIVÓN, T. Syntax: an introduction. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 2001. LABOV, W. Padrões Sociolinguísticos. Tradução Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre, Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo, Parábola Editorial, 2008. SANKOFF, David; TAGLIAMONTE, Sali A. & SMITH, E. Goldvarb X - A multivariate analysis application. Toronto: Department of Linguistics; Ottawa: Department of Mathematics. 2005. 35 ANÁLISE DE ATIVIDADES GRAMATICAIS EM MATERIAIS DIDÁTICOS EM EAD Marílio Salgado Nogueira Maria Fabiola Vasconcelos Lopes Um dos desafios do professor de língua estrangeira é tentar transmitir o conteúdo gramatical de uma forma suave e inteligível aos alunos. Contudo, algumas atitudes em sala de aula continuam enraizadas a um conhecimento e a um método de explicação das normas gramaticais, causando um aumento nesse desafio. Segundo Antunes (2009), apesar de o docente possuir conhecimento sobre diferentes tipos de gramáticas, de modo que venha facilitar o acesso à compreensão da estrutura linguística, não há como o professor muitas vezes se desvencilhar da maneira de ministrar suas aulas, voltando o foco do ensino da língua em sua forma. Por outro lado, Neves (2005), considera que outros conhecimentos gramaticais, como a Gramática Funcional, que norteia os estudos deste trabalho, e pode ser um meio de facilitar a compreensão linguística, tem o interesse de estudar a estrutura da língua na qual se atribui funções a cada unidade, levando em conta a competência comunicativa do falante, ou seja, a comunicação do indivíduo. Também, Halliday (1990), mais moderado, advoga em favor da compreensão da estrutura da língua, aplicando um pouco de formalismo e funcionalismo. Tal postura tem ganhado adeptos por muitos acadêmicos. Assim, com o advento das novas tecnologias, emerge uma expectativa de melhorar o ensino de gramática nas instituições de ensino por possuir recursos diferentes e mais diversificados do material impresso. Criam-se então, os cursos em modalidade de Ensino a Distância – EaD – que disponibilizam materiais eletrônicos expostos em um Ambiente Virtuais de Ensino – AVA, com o fim de ensinar a gramática. Tendo em vista essa nova modalidade de ensino, o presente trabalho, em andamento, tem como objetivo verificar em que medida as vertentes teóricas, formalista, funcionalista ou moderada, são empregadasnas atividades hipertextuais, por meio do método de levantamento. Para tanto, foram selecionadas dez atividades, três de interpretação e sete de gramática, de quatro disciplina de EaD. Até então, de acordo com a análise dos dados, constatou-se que as atividades aplicadas aos alunos são 20% funcionalista, 80% formalistas (estruturalista) e nenhuma segue a linha moderada. PALAVRAS-CHAVES: Atividades gramaticais; Funcionalismo; Ensino a Distância; Material Virtual; Ambiente Virtual de Aprendizagem. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANTUNES,I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. 4ª Ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. HALLIDAY, M.A.K. An Introduction to Functional Grammar. Melbourne: Hodder & Stoughton, 1990. MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina (Org.). Introdução a Linguística. Vol. 3: Fundamentos epistemológicos. São Paulo: Cortez, 2004 NEVES, Maria Helena de Moura. A Gramática Funcional. São Paulo: Martins Fontes, 2005. OLIVEIRA, Luciano Amaral. Formalismo e funcionalismo: fatias da mesma torta. Sitientibus. Feira de Santana, n.29, p. 95-104, jul./dez., 2003. 36 AS CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA QUE FUNDAMENTAM A PRÁXIS DOCENTE NO CURSO DE LETRAS Edmar Peixoto de Lima – UERN Gláucia Maria Marques Bastos – CMF O objeto de ensino da Língua Portuguesa tem sido alvo de muitas preocupações por parte de estudiosos e pesquisadores. Acreditamos que a concepção de linguagem a que o professor se filia norteia as ações pedagógicas em sala de aula, determinando a postura dos sujeitos (professor e aluno) envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Portanto, este artigo se propõe a investigar qual a concepção de linguagem que o docente do curso de Letras defende quando discute o ensino de gramática em sua práxis na graduação e, consequentemente, qual a concepção de gramática que utiliza em sala de aula. Esse trabalho está vinculado ao Programa de Pós-graduação (PPGL) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), haja vista termos participado do Projeto de Cooperação Acadêmica: Disciplinas voltadas às Metodologias de Ensino de Língua Portuguesa (PROCAD), uma vez que nosso corpus faz parte das entrevistas realizadas com os docentes do curso de Letras das três IES participantes do projeto. Utilizamos como aporte teórico os estudos realizados por Neves (2007) ao discutir os conhecimentos que permeiam o ensino de gramática, Antunes (2003 e 2007) que nos leva a refletir no objeto de ensino de Língua Portuguesa e, consequentemente o ensino de gramática e Geraldi (2006) quando defende a concepção de linguagem como embasamento para as ações dos docentes de Língua Portuguesa, entre outros autores que nortearão nossas reflexões. Percebemos nos discursos dos informantes a preocupação com a formação do aluno como sujeito social, sujeito atuante e consciente de sua função do ser professor. Para os docentes, a linguagem se configura como elemento de acesso ao conhecimento e está envolvida diretamente nas relações sociais, embora a concepção de gramática ainda não apresente muita clareza nas definições que norteiam o ensino no curso de Letras, pelo menos não percebemos uma definição unânime presente nos discursos. Em outras palavras, o ensino de gramática está pautado no ensino da norma padrão para um dos informantes, que busca o parâmetro “certo” da língua. O segundo destaca a necessidade de o aluno saber manipular os conhecimentos linguísticos na produção de texto. E, por fim, o terceiro docente demonstra em seu discurso a preferência pela gramática descritiva. Acreditamos que esse trabalho proporcionará debates acerca da gramática como objeto de ensino na universidade e, mais especificamente no curso de Letras, levando-nos a questionar qual gramática está sendo abordada nas aulas de graduação e qual o objetivo de ensino. PALAVRAS-CHAVE: Ensino; Concepções de linguagem; Gramática; Língua Portuguesa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, A. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. 37 _________. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. AZEREDO, J. C. Ensino de Português: fundamentos, percursos e objetos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2007. GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2006. SILVIA, R. V., SILVIA, F. B. Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo, Contexto, 2008. AS CONSTRUÇÕES V SN EM MANUSCRITOS E IMPRESSOS DE PERNAMBUCO: HISTÓRIA, DESCRIÇÃO E USO Cleber Alves de Ataíde (UFPB/UPM) Neste trabalho pretendo abordar o fenômeno da ordenação verbo-sujeito a partir de uma interpretação funcionalista. Acredito que a inversão do sujeito manifesta estratégias discursivas e que tais motivações de uso estão relacionadas a uma possível mundaça na classificação tipológica do português brasileiro de VSO para SVO (PEZZATI, 1997). Para confirmar a minha hipótese, organizei um conjunto de textos escritos de sincronias passadas do português brasileiro. As amostras são manuscritos e impressos da esfera pública e privada do Estado de Pernambuco, que selecionei junto com a equipe regional do PHPB. O corpora compreende os gêneros de língua escrita recortados por séculos e pertencentes ao corpus mínimo comum do Projeto. Os dados armazenados para análise totaliza um volume de 120.000,00 palavras e serão tratados, codificados e processados segundo a metodologia variacionista. Numa etapa inicial, serão computadas todas as ocorrências da inversão VS. Os fatores observados compõem dois grupos de variavéis: 1) de natureza gramatical e 2) de natureza discursiva. Estão inseridos no primeiro grupo aspectos como a organização das construções (tipo de cláusula e voz verbal), transitividade, número de argumento, extensão, estrutura e representação do SN. Fazem parte do segundo grupo, aspectos como a marcação, o estatuto informacional, a sequência tópica e o plano discursivo. Servirão de parâmetro para as análises as pesquisas já empreendidas sobre a ordem sob diversas orientações teórico- metodológicas: Berlinck (1988 e 1995), Coelho (2000/2006), Duarte (1995), Dik (1981), Freitas Junior (2011), Lira (1996), Marques (2008), Mattos e Silva (1989), Neves (1996), Pádua (1960), Pedrosa (2004), Pezzati & Camacho (1997), Pontes (1983 e 1987), Spano (2002/2008), Tarallo et al (1996), Votre & Naro (1991/1999). Palavras-chave: SV, diacronia, fatores discursivos 38 AVALIAÇÃO AUTÊNTICA DA APRENDIZAGEM DE GRAMÁTICA EM LÍNGUA INGLESA: REFLETINDO SOBRE PRÓS E CONTRAS Diana Costa Fortier Silva (DLE-UFC) O valor do ensino explícito de gramática na sala de aula de língua estrangeira (LE) está na origem de uma discussão teórico-metodológica que perpassa, entre outros aspectos, as formas de avaliação da aprendizagem gramatical. Estabelecida a importância do trabalho específico sobre as estruturas de uma língua estrangeira para garantir sua aprendizagem de modo mais eficaz, resta ainda definir as estratégias de avaliação mais adequadas para aferição do conhecimento gramatical adquirido pelos aprendizes, sem desvinculá-lo do conjunto geral de conteúdos e habilidades envolvidos no aprendizado de uma LE. A avaliação autêntica, definida como o conjunto dos “múltiplos meios de avaliação que refletem a aprendizagem, as realizações, a motivação e as atitudes do aluno dentro de atividades instrucionais relevantes” (O’MALLEY & PIERCE, 1996), propõe-se como alternativa especialmente adequada para esse fim, ao reconhecer que aprender a lidar com os diversos aspectos do conhecimento gramatical significa adquirir a competência gramatical (ou formal) que é necessária para a aprendizagem efetiva de uma língua - juntamente com três outros tipos de competência: sociolinguística, estratégica e discursiva (McNAMARA, 2000). As atividades autênticas de avaliação, neste contexto, caracterizam-se por valorizar
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