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Podcast 
Disciplina: O ambiente e as doenças do trabalho 
Título do tema: Doenças ocupacionais 
Autoria: Maiza Claudia Vilela Hipólito 
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior 
 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre a relação da saúde do 
trabalhador e a COVID-19. A fonte utilizada para discussão foi o artigo: A 
saúde do trabalhador e o enfrentamento da COVID-19, publicado no mês de 
abril do ano de 2020 na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. 
É fato que em uma pandemia, a maioria das ações confeccionadas pelo Poder 
Público sejam voltadas para os profissionais de saúde, entretanto, cabe uma 
reflexão da importância de ações para os trabalhadores como um todo. 
O artigo menciona que, no início do surto na cidade de Wuhan na China, os 
primeiros casos de pessoas infectadas foram trabalhadores e clientes de um 
mercado atacadista de frutos do mar foram considerados os principais focos de 
contaminação e disseminação da doença, o que foi atribuído pela manipulação 
de animais vivos. Em Singapura, 68% dos 25 casos iniciais de contaminação 
comunitária foram atribuídos a atividade profissional. No Brasil, o segundo óbito 
por coronavírus registrado, foi o de uma empregada doméstica no Rio de 
Janeiro, cuja doença foi contraída durante o exercício do trabalho. 
Essas situações, a exemplo de outras, mostram que tanto o exercício das 
atividades laborais quanto as condições de trabalho são fontes potenciais de 
exposição ao vírus. É fundamental entender, portanto, de que maneira as 
atividades e condições de trabalho podem contribuir para a disseminação e, 
sobretudo, para o estabelecimento de estratégias para o enfrentamento da 
pandemia. 
A preocupação da Saúde Pública com os profissionais de saúde ganhou 
merecido destaque. Entretanto, outros grupos ocupacionais ficaram 
esquecidos. No Brasil, vários gráficos apresentados por sexo, faixa etária e 
região geográfica foram elaborados com frequência como subsídios para 
orientar medidas de controle e prevenção, assim como para o planejamento e 
alocação dos recursos necessários para operar os sistemas de saúde. Porém, 
na publicação dessas estatísticas, os microindicadores de morbidade não são 
desagregados até o nível da ocupação, o que não permite avaliar se, onde e 
em quais circunstâncias os indivíduos testados positivos ou diagnosticados 
com a doença estavam trabalhando. Tampouco possibilita identificar focos de 
disseminação relacionados com atividades de trabalho. 
A alta transmissibilidade do vírus, a grande proporção de infectados 
oligossintomáticos ou assintomáticos, estimada em mais de 30%, a inexistência 
de vacina e de terapia medicamentosa comprovada, a insuficiente cobertura de 
testes, a duração prolongada dos quadros clínicos e as experiências de outros 
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países explicam as decisões que provocaram as medidas de isolamento social 
e que determinaram que só os serviços essenciais fossem mantidos. Vale 
lembrar que, nesse contexto, para algumas categorias, houve intensificação 
das tarefas. 
Medidas preventivas são necessárias para atividades com maior risco de 
exposição como é o caso dos trabalhadores da farmácia, entregadores 
(delivery), carteiros, trabalhadores do transporte de cargas e de passageiros e 
pessoal de apoio, frentistas de postos de combustíveis, serviços de 
abastecimento e vendas de alimentos e de produtos; serviços residenciais, 
porteiros e zeladores, pessoal de limpeza, empregados domésticos; serviços 
funerários e coleta de lixo; e provavelmente outras atividades aqui não 
mencionadas. 
E quais ações podem ser realizadas pensando nas atividades com maior risco 
de exposição? 
As empresas precisam realizar ações voltadas para cada atividade de trabalho, 
além de atividades de conscientização no âmbito individual e coletivo. 
Comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA) ou trabalhadores 
especialmente designados podem ser preparados para atuar na prevenção da 
exposição ao vírus dentro das organizações. 
Enfim, é importante confecção de ações voltadas para os profissionais de 
saúde, porém, não esquecendo de outros profissionais que também têm risco 
de exposição. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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