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INDICADORES DE VIABILIDADE 1. Valor Actual Líquido Significado: Indica o ganho absoluto (excedente) do projecto em termos monetários, depois de recuperar o capital investido e de remunerar o mesmo capital; Calcula-se somando todos os fluxos de caixa actualizados do projecto. VAL =ΣCFn/(1+i)n VAL= CF0/(1+i)0 +CF1/(1+i)1 +CF2/(1+i)2 +CF3/(1+i)3 +CF4/(1+i)4 +CF5/(1+i)n Onde: CFi é fluxo de caixa simples do projecto I : custo de capital ou custo de oportunidade do capital Ou Vantagens: Tem como vantagem o facto de levar em consideração o valor do dinheiro no tempo; Conceptualmente mais perfeito e complexo que o PayBack uma vez que considera a totalidade dos fluxos assim como o custo de oportunidade do capital utilizado; Se trata de um dos métodos de análise de viabilidade económica mais utilizados. Desvantagens É normalmente problemática a determinação segura da taxa de atualização mais apropriada, sendo este um inconveniente tanto mais importante uma vez que o VAL é muito sensível à taxa utilizada; Critério de Decisão: VAL > 0, o projecto é viável pois o Projecto Recupera o capital investido, paga pela sua utilização e gera um excedente, sendo por isso viável; ✓ VAL < 0, projecto não viável pois o projecto não consegue recuperar o capital investido, não consegue pagar pela utilização do capital e gera uma perda, sendo por isso não viável; Cf -89 38.02 53.58 61.05 60.84 82.83 Cf Act -89 34.56364 44.28099174 45.8677686 41.55453862 51.43091 Cf Act acumulado-89 -54.4364 -10.1553719 35.7123967 77.26693532 128.6978 VAL ✓ VAL = 0, Quando nulo mostra que o projecto consegue recuperar o capital investido e consegue pagar pela utilização do capital mas não gera excedente, sendo por isso indiferente. O investidor fica indiferente entre investir no projecto ou noutra alternativa de risco semelhante investir ou não no projecto; 2. PayBack Significado: Indica o número de anos/períodos necessário para se recuperar o capital investido; Este método leva em conta o tempo de retorno de capital investido. A partir do fluxo negativo correspondente ao investimento realizado, somam-se o fluxos positivos (ou negativos) das entradas de caixa na medida em que o projecto começa a obter resultados. O Payback acontece quando o valor acumulado (soma do fluxo de caixa do período com o valor acumulado do período anterior) sai da condição de saldo negativo para saldo positivo; Vantagens: É um indicador simples de explicar a quem não tem domínio de questões financeiras; O facto de ser bastante simples na sua forma de cálculo e de fácil compreensão; Fornece uma ideia do grau de liquidez e de risco do projecto; Adequado à avaliação de projectos em contexto de risco elevado; e Adequado à avaliação de projetos com vida limitada. Desvantagens: Não pode ser comparado com um padrão de rentabilidade, como custo de capital; O PayBack ignora os fluxos de caixa após a recuperação do capital investido (este fluxo pode ser negativo durante os anos que restam do projecto colocando em causa a sua viabilidade) falhando por isso em indicar se um projecto é ou não viável; O PayBack Simples falha por não levar em conta o valor do dinheiro no tempo; Critério de Decisão: PayBack > que a vida útil do projecto, o projecto não viável; PayBack < que a vida útil do projecto, o projecto viável; e PayBack = a vida útil do projecto, o projecto é viável com elevado risco. 3. TIR- TAXA INTERNA DE RENTABILIDADE Significado: A TIR calcula a taxa de desconto que deve ter um fluxo de caixa para que seu Valor Presente Líquido (VAL) iguale-se a zero; Indica o retorno a ser obtido, investindo os fluxos de caixa gerados pelo projecto; Calcula-se ensaiando taxas, portanto é um processo de tentativa e erro. Exemplo: 50,8688% 33,128411941,0 33,1280 %10%51 %10 01 0 01 0 TIR TIR yy yy xx xx Onde: x- é a TIR ( taxa que faz com que o VAL seja igual a zero) x0- é o custo de oportunidade que torna o VAL positivo x1 – é o custo de oportunidade que torna o VAL negativo y – é o VAL igual a zero y0 – é o VAL positivo y1 - é o VAL negativo Vantagens: Como o próprio nome sugere, a TIR apresenta uma taxa como resultado: sua rentabilidade. Isso facilita a vida dos gestores, pois torna mais fácil a comparação com taxas definidas para custo de capital; Por ser expressa em percentual, a Taxa Interna de Retorno tem boa aceitação entre executivos financeiros. Aliás, para muitos a TIR é preferível ao VPL, pois o Valor Presente Líquido apresenta como resultado um número natural; A TIR é de fácil interpretação, pois o cálculo apresenta uma taxa para cada projecto. Neste caso, se você precisa decidir entre dois projectos ou investimentos, aquele que tiver a maior Taxa Interna de Retorno será sua melhor opção; Desvantagens: Não mostra o risco que a empresa corre (ou até mesmo o investidor) para obter esse retorno; https://www.treasy.com.br/blog/custo-de-capital-capital-proprio-x-capital-de-terceiros https://www.treasy.com.br/blog/custo-de-capital-capital-proprio-x-capital-de-terceiros https://www.treasy.com.br/blog/indicadores-chave-de-risco-kri-key-risk-indicators Se os fluxos de caixa não forem uniformes, o projecto poderá apresentar taxas múltiplas. Além disso, existe uma limitação da análise da TIR quando ocorrem mudanças no sinal do fluxo de caixa. Geralmente, quando isso ocorre é gerada uma Taxa para cada mudança. Isso torna um pouco mais difícil a análise de viabilidade do projecto; e Outro cuidado que se deve ter é sobre o valor do dinheiro no tempo. Pela TIR, os fluxos de caixa futuros são reinvestidos à própria TIR e não ao custo de capital da empresa. Portanto, a Taxa Interna de Retorno não relaciona o custo de capital e o valor do dinheiro no tempo como o VAL. Critério de Decisão O critério de decisão inerente a TIR consiste na implementação do projecto sempre que a TIR respectiva seja superior à taxa de juro de referência. A TIR enquanto critério de decisão exige sempre uma taxa de juro de referência, sendo a rendibilidade do projecto, medida quer pela diferença ( TIR – Taxa de referência) quer pela taxa média.1 TIR – taxa de referência ____________________ Taxa de referência A taxa de referência, é em geral, o custo de oportunidade do capital investido ( o rendimento perdido na alternativa mais rentável ao investimento aplicado do projecto. As taxas de juros dos títulos do tesouro e as taxas de juros das operações passivas são em geral as taxas de referências mais utilizadas, por constituírem taxas de juros sem risco existentes na economia. Se a TIR de um projecto exceder a Taxa Mínima de Atractividade significa que o mesmo é viável; Se a TIR de um projecto ficar abaixo da Taxa Mínima de Atractividade o mesmo deve ser rejeitado; Se a TIR de um projecto for igual a Taxa Mínima de Atractividade a decisão de seguir com o projecto fica por conta dos gestores/investidores. 4. IRP- Índice de Rentabilidade do Projecto Significado: Indica o ganho do projecto por cada unidade monetária investida; 1 Carlos Barros (), Decisões de Investimento e Financiamento de Projectos É calculado de duas formas (cujo resultado difere na interpretação): somar o valor do Investimento Actualizado ao VAL e depois dividir pelo valor do Investimento Actualizado (Inv Act +VAL)/Inv Act ou dividir o VAL pelo Valor Actual do Investimento VAL/INVESTIMENTO ACTUALIZADO; Vantagens Tem como vantagem o facto de levar em consideração o valor do dinheiro no tempo; Considera o peso do investimento podendo ser usado para comparar projectos com investimentos diferentes; Critério de Decisão: No caso de se somar o VAL ao valor do Investimento, o projeto será viável se o IRP for maiorque 1; Se for menor que 1 o projecto será não viável; No caso de se dividir o VAL pelo valor do Investimento, o projecto será viável se o IRP > 0; Indiferente se IRP = 0 (VAL = 0); e não viável se IRP < 0;
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