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Indicadores de viabilidade 2024

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INDICADORES DE VIABILIDADE 
1. Valor Actual Líquido 
Significado: 
 Indica o ganho absoluto (excedente) do projecto em termos monetários, depois de recuperar o 
capital investido e de remunerar o mesmo capital; 
 Calcula-se somando todos os fluxos de caixa actualizados do projecto. 
VAL =ΣCFn/(1+i)n 
 
VAL= CF0/(1+i)0 +CF1/(1+i)1 +CF2/(1+i)2 +CF3/(1+i)3 +CF4/(1+i)4 +CF5/(1+i)n 
 
Onde: CFi é fluxo de caixa simples do projecto 
I : custo de capital ou custo de oportunidade do capital 
Ou 
 
Vantagens: 
 Tem como vantagem o facto de levar em consideração o valor do dinheiro no tempo; 
 Conceptualmente mais perfeito e complexo que o PayBack uma vez que considera a totalidade 
dos fluxos assim como o custo de oportunidade do capital utilizado; 
 Se trata de um dos métodos de análise de viabilidade económica mais utilizados. 
Desvantagens 
 É normalmente problemática a determinação segura da taxa de atualização mais apropriada, 
sendo este um inconveniente tanto mais importante uma vez que o VAL é muito sensível à 
taxa utilizada; 
Critério de Decisão: 
 VAL > 0, o projecto é viável pois o Projecto Recupera o capital investido, paga pela sua utilização 
e gera um excedente, sendo por isso viável; 
✓ VAL < 0, projecto não viável pois o projecto não consegue recuperar o capital investido, não 
consegue pagar pela utilização do capital e gera uma perda, sendo por isso não viável; 
Cf -89 38.02 53.58 61.05 60.84 82.83
Cf Act -89 34.56364 44.28099174 45.8677686 41.55453862 51.43091
Cf Act acumulado-89 -54.4364 -10.1553719 35.7123967 77.26693532 128.6978
VAL
 ✓ VAL = 0, Quando nulo mostra que o projecto consegue recuperar o capital investido e 
consegue pagar pela utilização do capital mas não gera excedente, sendo por isso indiferente. O 
investidor fica indiferente entre investir no projecto ou noutra alternativa de risco semelhante 
investir ou não no projecto; 
 
2. PayBack 
Significado: 
 Indica o número de anos/períodos necessário para se recuperar o capital investido; 
 Este método leva em conta o tempo de retorno de capital investido. A partir do fluxo negativo 
correspondente ao investimento realizado, somam-se o fluxos positivos (ou negativos) das 
entradas de caixa na medida em que o projecto começa a obter resultados. 
 O Payback acontece quando o valor acumulado (soma do fluxo de caixa do período com o valor 
acumulado do período anterior) sai da condição de saldo negativo para saldo positivo; 
Vantagens: 
 É um indicador simples de explicar a quem não tem domínio de questões financeiras; 
 O facto de ser bastante simples na sua forma de cálculo e de fácil compreensão; 
 Fornece uma ideia do grau de liquidez e de risco do projecto; 
 Adequado à avaliação de projectos em contexto de risco elevado; e 
 Adequado à avaliação de projetos com vida limitada. 
Desvantagens: 
 Não pode ser comparado com um padrão de rentabilidade, como custo de capital; 
 O PayBack ignora os fluxos de caixa após a recuperação do capital investido (este fluxo pode 
ser negativo durante os anos que restam do projecto colocando em causa a sua viabilidade) 
falhando por isso em indicar se um projecto é ou não viável; 
 O PayBack Simples falha por não levar em conta o valor do dinheiro no tempo; 
Critério de Decisão: 
 PayBack > que a vida útil do projecto, o projecto não viável; 
 PayBack < que a vida útil do projecto, o projecto viável; e 
 PayBack = a vida útil do projecto, o projecto é viável com elevado risco. 
 
3. TIR- TAXA INTERNA DE RENTABILIDADE 
Significado: 
 A TIR calcula a taxa de desconto que deve ter um fluxo de caixa para que seu Valor Presente 
Líquido (VAL) iguale-se a zero; 
 Indica o retorno a ser obtido, investindo os fluxos de caixa gerados pelo projecto; 
 Calcula-se ensaiando taxas, portanto é um processo de tentativa e erro. 
Exemplo: 
50,8688%
33,128411941,0
33,1280
%10%51
%10
01
0
01
0 











TIR
TIR
yy
yy
xx
xx
 
Onde: 
x- é a TIR ( taxa que faz com que o VAL seja igual a zero) 
x0- é o custo de oportunidade que torna o VAL positivo 
x1 – é o custo de oportunidade que torna o VAL negativo 
y – é o VAL igual a zero 
y0 – é o VAL positivo 
y1 - é o VAL negativo 
Vantagens: 
 Como o próprio nome sugere, a TIR apresenta uma taxa como resultado: sua rentabilidade. Isso 
facilita a vida dos gestores, pois torna mais fácil a comparação com taxas definidas para custo 
de capital; 
 Por ser expressa em percentual, a Taxa Interna de Retorno tem boa aceitação entre executivos 
financeiros. Aliás, para muitos a TIR é preferível ao VPL, pois o Valor Presente Líquido 
apresenta como resultado um número natural; 
 A TIR é de fácil interpretação, pois o cálculo apresenta uma taxa para cada projecto. Neste caso, 
se você precisa decidir entre dois projectos ou investimentos, aquele que tiver a maior Taxa 
Interna de Retorno será sua melhor opção; 
Desvantagens: 
 Não mostra o risco que a empresa corre (ou até mesmo o investidor) para obter esse retorno; 
https://www.treasy.com.br/blog/custo-de-capital-capital-proprio-x-capital-de-terceiros
https://www.treasy.com.br/blog/custo-de-capital-capital-proprio-x-capital-de-terceiros
https://www.treasy.com.br/blog/indicadores-chave-de-risco-kri-key-risk-indicators
 Se os fluxos de caixa não forem uniformes, o projecto poderá apresentar taxas múltiplas. Além 
disso, existe uma limitação da análise da TIR quando ocorrem mudanças no sinal do fluxo de 
caixa. Geralmente, quando isso ocorre é gerada uma Taxa para cada mudança. Isso torna um 
pouco mais difícil a análise de viabilidade do projecto; e 
 Outro cuidado que se deve ter é sobre o valor do dinheiro no tempo. Pela TIR, os fluxos de caixa 
futuros são reinvestidos à própria TIR e não ao custo de capital da empresa. Portanto, a Taxa 
Interna de Retorno não relaciona o custo de capital e o valor do dinheiro no tempo como o VAL. 
 
Critério de Decisão 
O critério de decisão inerente a TIR consiste na implementação do projecto sempre que a TIR 
respectiva seja superior à taxa de juro de referência. A TIR enquanto critério de decisão exige 
sempre uma taxa de juro de referência, sendo a rendibilidade do projecto, medida quer pela 
diferença ( TIR – Taxa de referência) quer pela taxa média.1 
TIR – taxa de referência 
____________________ 
Taxa de referência 
 
A taxa de referência, é em geral, o custo de oportunidade do capital investido ( o rendimento perdido 
na alternativa mais rentável ao investimento aplicado do projecto. 
As taxas de juros dos títulos do tesouro e as taxas de juros das operações passivas são em geral 
as taxas de referências mais utilizadas, por constituírem taxas de juros sem risco existentes na 
economia. 
 
 Se a TIR de um projecto exceder a Taxa Mínima de Atractividade significa que o mesmo é 
viável; 
 Se a TIR de um projecto ficar abaixo da Taxa Mínima de Atractividade o mesmo deve ser 
rejeitado; 
 Se a TIR de um projecto for igual a Taxa Mínima de Atractividade a decisão de seguir com o 
projecto fica por conta dos gestores/investidores. 
 
4. IRP- Índice de Rentabilidade do Projecto 
Significado: 
 Indica o ganho do projecto por cada unidade monetária investida; 
 
1 Carlos Barros (), Decisões de Investimento e Financiamento de Projectos 
 É calculado de duas formas (cujo resultado difere na interpretação): somar o valor do 
Investimento Actualizado ao VAL e depois dividir pelo valor do Investimento Actualizado (Inv Act 
+VAL)/Inv Act ou dividir o VAL pelo Valor Actual do Investimento VAL/INVESTIMENTO 
ACTUALIZADO; 
 Vantagens 
 Tem como vantagem o facto de levar em consideração o valor do dinheiro no tempo; 
 Considera o peso do investimento podendo ser usado para comparar projectos com 
investimentos diferentes; 
 
Critério de Decisão: 
 No caso de se somar o VAL ao valor do Investimento, o projeto será viável se o IRP for maiorque 1; Se for menor que 1 o projecto será não viável; 
 No caso de se dividir o VAL pelo valor do Investimento, o projecto será viável se o IRP > 0; 
Indiferente se IRP = 0 (VAL = 0); e não viável se IRP < 0;

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