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Calor excessivo do mal estar à proliferação de doenças saiba como enfrentar as altas temperaturas

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Calor excessivo: do mal estar à proliferação de doenças,
saiba como enfrentar as altas temperaturas
Termômetros indicando calor elevado acendem alerta para cuidados com o corpo; dica principal é
manter a hidratação
Termômetros marcando temperaturas acima da média em diversas regiões do Brasil, populações
passando por suor excessivo, sofrendo de cansaço, vertigem e às vezes até desmaio. As altas
temperaturas registradas recentemente nos lembram dos limites do corpo humano e que o calor extremo
tem grande impacto na nossa saúde.
“Em graus mais severos, o corpo sofre estresse térmico e perde a capacidade de regular e manter a
temperatura corporal satisfatória, levando ao quadro de insolação com sintomas como tontura, dor de
cabeça, náusea, pele quente e seca, taquipneia e desidratação”, alerta a médica Ana Cristina Belsito,
chefe do serviço de Endocrinologia do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro.
Mas, de que calor estamos falando? 
A temperatura ambiente ideal para o corpo humano é em torno de 23 a 26 ºC, segundo a Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Quando os termômetros estão acima de 40 ºC, acende o
alerta sobre a saúde. “Quando a temperatura ambiente é de 40 a 42 ºC, há risco de danos ao organismo
por dessaturação de proteínas. Assim, considera-se acima de 40 ºC como alto risco à saúde.”, diz
Belsito.
Mas não é só o termômetro que deve ser levado em conta. A umidade relativa do ar também interfere no
conforto térmico. Isso porque, para baixar a própria temperatura, o corpo produz suor: a evaporação
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dessa molécula de água leva também o calor do corpo. Mas, quanto maior a umidade, menos suor o
corpo produz – e mais difícil para o corpo regular a temperatura.
“É sabido que a umidade do ambiente reduz a perda de calor e aumenta a temperatura corporal. O
mecanismo de termorregulação, especialmente por meio do suor do corpo, passa a não ser eficaz”, diz
Belsito.
Doenças associadas ao calor extremo
Quando as temperaturas estão mais altas, é comum aparecerem mais casos de infecções
gastrointestinais devido à degradação rápida de alimentos que acabam sendo ingeridos por descuido.
Outros casos recorrentes são infecções cutâneas, devido ao aumento do suor em dobras da pele. E,
quando a umidade fica mais alta, também pode haver maior recorrência de infecções causadas por
fungos.
Segundo a médica endocrinologista, também há aumento de casos de hepatite A, relacionada à
contaminação oral fecal e de dengue, causadas pelo aumento da proliferação de mosquitos.
Além disso, pode haver prevalência de casos em que há formação de coágulos no sangue, conhecido
como eventos tromboembólicos. “A desidratação pode aumentar a viscosidade do sangue, elevando a
probabilidade de trombose venosa e de AVC (Acidente Vascular Cerebral), principalmente em diabéticos
e hipertensos”, alerta. 
Para ficar em alerta
Os sinais de alerta de que alguém está sofrendo com o calor são:
apatia
fraqueza muscular (adinamia)
olhos encovados e sem brilho
mucosas secas
desorientação
hipertensão inicialmente e, depois, hipotensão arterial
Em casos mais graves, podem ocorrer crises convulsivas, choque hipovolêmico (grande perda de
sangue) e falência múltipla de órgãos.
Esquentou muito, e agora?
A principal orientação é manter-se hidratado. “Em ondas de calor, a recomendação é estimular a
ingestão de líquidos. A hidratação permite repor o volume líquido perdido pela sudorese (transpiração),
diurese (urina) e, dependendo do tipo de líquido, dá para repor eletrólitos e sais minerais”, esclarece.
A alimentação também é uma aliada. Belsito recomenda dar preferência a alimentos leves, frescos e
pouco gordurosos, incluindo carnes magras, frutas e saladas. A combinação pode ajudar o corpo a se
hidratar e se nutrir de forma eficaz, repondo água, vitaminas e sais minerais.
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Ela também lembra que se deve evitar a exposição ao sol em horários de picos de temperatura (entre
12h a 16h), e usar roupas leves. Outra dica é hidratar a pele com cremes, as narinas com soro
fisiológico e os olhos com colírio.
E, atenção: é importante redobrar a atenção com crianças e idosos. “As crianças têm um organismo em
formação, com demanda maior de água e são dependentes, precisam que os adultos a ofereçam”,
explica. Já em relação aos idosos, eles costumam sentir menos sede. “Associado a medicamentos de
efeito diurético e sedativo, isso pode desencadear ou agravar a desidratação”, explica a médica.

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