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COMO SE DÁ O EMPREGO DO INSTRUMENTAL TÉCNICO-OPERATIVO DO SERVIÇO SOCIAL NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL

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26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I
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Autoria: Ma. Fabiola Moreira Lopes; Dra. Eloísa Gabriel Dos Santos
PRÁTICAS EM SERVIÇO SOCIAL I
COMO SE DÁ O
EMPREGO DO
INSTRUMENTAL
TÉCNICO-OPERATIVO
DO SERVIÇO SOCIAL
NA ATUAÇÃO
PROFISSIONAL?
26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I
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Introdução
Você já re�etiu o momento em que o Serviço Social se consolida e
institucionaliza como pro�ssão? Podemos dizer que isso acontece quando há o
atendimento das demandas da população, que busca por acesso aos serviços
sociais ofertados tanto na esfera pública quanto na privada.
Neste contexto, o assistente social utiliza seu instrumental técnico-operativo que
possibilita operacionalizar seus objetivos pro�ssionais. Certamente, você deve
estar se perguntando: quais são estes instrumentos? Em que eles se baseiam?
Como acontecem na prática? São uma exclusividade do Serviço Social?
Para responder a essas perguntas, será importante que você esteja atento à
relação entre a teoria e a prática. Logo, nosso objetivo é levá-lo a compreender
que esta relação interfere diretamente nos instrumentais do Serviço Social.
Antes de tudo, vamos convidá-lo a desmisti�car as interpretações em torno do
dilema da fragmentação entre teoria e prática. Depois, vamos poder conceber
algumas estratégias e desa�os em torno desta temática no cotidiano
pro�ssional.
Em seguida, vamos apresentar alguns exemplos de instrumentos utilizados pelo
Serviço Social e também por outras pro�ssões, a partir de suas características e
objetivos.
Demonstraremos que as relações que o assistente social estabelece junto a
população, a outros pro�ssionais e as instituições não são neutras e, mesmo
que implicitamente, desde os primórdios do Serviço Social, este pro�ssional
imprime um olhar sobre a realidade, a sua visão de mundo.
Vamos ver que esta visão está sempre interligada a uma concepção teórica
determinada de acordo com o contexto histórico. Neste capítulo, vamos limitar o
contexto brasileiro transcorrido entre as décadas de 1950 e 1980.
Pronto para começar? Então, acompanhe-nos nesta jornada!
Bons estudos!
 
Tempo estimado de leitura: 46 minutos.
2.1 O dilema da teoria x prática
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Você já reparou como a dicotomia teoria e prática é tema recorrente em diversas
áreas pro�ssionais? Com o Serviço Social não é diferente. Aqui, este dilema
apresenta-se como uma perspectiva importante para que você compreenda a
relação do instrumental técnico-operativo e da prática pro�ssional de modo que
a esta prática não se re�ra unicamente à aplicação de instrumentos e técnicas
de maneira desconectada com o movimento da realidade social.
Certamente você já ouviu, a�rmou ou questionou o jargão “na prática a teoria é
outra?” Mas você saberia fundamentar esse jargão, dizer o seu signi�cado? Você
o considera um consenso entre a categoria ou seria apenas algo a�rmado pelos
pro�ssionais que atuam diretamente as expressões da questão social
viabilizando serviços sociais?
Nosso ponto de partida é que você compreenda alguns pontos que
fundamentam a fragmentação entre a teoria e a prática, tentando a�rmar que
ambas são indissociáveis, ilustrando, também, vivências do cotidiano
pro�ssional. Vamos lá?
Inicialmente, podemos dizer que a ideia que sustenta a fragmentação entre a
teoria e a prática é a concepção que considera que a teoria pode ser aplicada na
prática por meio da captação de teorias sociais como um conjunto de regras,
modelos, procedimentos e referências instrumentais precisas, capazes de serem
aplicáveis na realidade e produzir imediatamente o efeito ou produto esperado
(FORTI; GUERRA, 2013).
2.1.1 Fundamentos da fragmentação entre a teoria e a prática
Podemos citar como exemplo a respeito dessa concepção, a
atuação pro�ssional de um físico ou matemático. Esses
pro�ssionais trabalham com regras e fórmulas precisas onde,
tanto do Brasil quanto na China, a velocidade de um veículo é
medida através de quilômetros por hora (km/h). Logo, as
ciências exatas não necessitam de formular uma teoria para
provar como se dá a velocidade; basta aplicar a fórmula e
calcular que se chegara ao resultado (produto esperado). 
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Diferentemente das ciências exatas, quando as ciências sociais se apropriam da
teoria como uma forma de responder de imediato as questões que emergem na
sociedade, acaba por provocar a cisão entre a teoria e a prática. Isto signi�ca
que a teoria perde seu sentido de aprendizado, de questionamentos, de
abstração, no sentido de poder estar sempre sendo formulada e reformulada de
acordo com os contextos históricos, sociais, culturais da humanidade. Logo, ao
não dar respostas exatas, a teoria se torna inválida e desprovida de utilidade.
A perspectiva citada apresenta-se com fortes implicações ideológicas, na
medida em as bases teóricas que não servem para justi�car o existente e/ou
viabilizar respostas imediatas às exigências práticas da sociedade, devem ser
descartados.
Então, cabe a você perceber que esta concepção é funcional à hegemonia
capitalista.
Isso nos remete a uma vertente irracionalista do pensamento,
chamada pragmatismo – o critério de verdade é a utilidade
prática da teoria -, em que o valor da teoria está condicionado
à sua capacidade de responder imediatamente à realidade.
Perceba que essa concepção procura valorizar os resultados
para o êxito individual em detrimento do processo voltado ao
conhecimento da realidade e das respostas às necessidades
coletivas.
Não é demais ratificarmos que a cisão entre teoria e a prática
encontra-se subjacente à racionalidade hegemônica do
capitalismo. Isso repõe sobre bases mais complexas a
alienação essencial do capitalismo – separação entre
proprietários e não proprietários dos meios de produção – de
modo que a cisão entre os que pensam e os que executam,
 
 
 
 
 
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Assim você pode compreender que não valeria a pena na sociedade atual,
mediante a ordem capitalista em que vivemos, você “gastar” seu tempo lendo
um bom livro, fazer um curso, participar de reuniões e espaços de estudo a �m
de quali�car a sua prática. Ao ver de muitos, e, as vezes até nós mesmo
consideramos, que pensar e estudar é para os professores e acadêmicos. Aos
pro�ssionais que estão “na ponta”, basta saber manusear os instrumentais para
atender aos usuários. Essa é uma concepção que vem ao encontro e reforça a
fragmentação entre a teoria e a prática.
Em síntese, você pode re�etir que uma visão da prática que negue o valor da
teoria ou então a negligencie, torna- a uma experiência irre�etida e desconexa de
conhecimentos essenciais quanto à totalidade do real, restringindo- se ao
âmbito do senso comum.
que fundamenta a alienação no trabalho, é particularizada na
ordem burguesa – constituída como processo de reificação. Ao
suprimir as
o pensamento reificado não ultrapassa a aparência
dos fatos, não supera o âmbito da experiência imediata e se
limita a conceber os fenômenos em sua positividade,
descartando o seu movimento de constituição (FORTI; GUERRA,
2013, p. 7).
 
 mediações sociais constitutivas e constituintes dos
processos, 
 
 
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trabalho coletivo e que tem como representante o assistente social, que é um
intelectual que intervém na realidade, sobretudo a partir da operacionalização
das políticas sociais.
Este pro�ssional possui habilidade para operar nesta realidade a partir de suas
atribuições e competências, e da opção por um projeto pro�ssional que articule
as dimensões ético-política, teórico-metodológica e técnico- operativa em favor
2.1.2 A teoria marxista não se aplica na prática
O livro de Cláudia Mônica intitulado Na prática a teoria é outra? constitui
uma referência atual e relevante para aprofundar a sua compreensão
sobre a relação teoria e prática e da relação de unidade entre as
dimensões ético-política, teórico-metodológica e técnico-operativa da
intervenção pro�ssional. É uma importante re�exão para desmisti�car
concepções de que na prática a teoria é outra e/ou de que a teoria social
marxista não se aplica na prática.
VOCÊ QUER LER?
O �lme Elefante Branco é uma boa dica para que você compreenda a
relação entre Estado e sociedade mediada por políticas sociais. Você
poderá observar também o papel do assistente social e as diversas
expressões da questão, uma vez que o contexto do �lme retrata a
realidade de uma favela, onde existe a presença do trá�co de drogas, da
violência policial, além do descaso do Estado e a intervenção da Igreja e
da iniciativa privada a �m de mediar os con�itos.
VOCÊ QUER VER?
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do atendimento integral das demandas da população usuária. 
Portanto, a�rmar que a teoria marxista não se aplica na prática implica em
compreendermos que o conhecimento
/teoria possibilita apenas que conheçamos os instrumentos para aprender a
manipulá-los. Você pode pensar no seguinte exemplo para aprender como
acontece uma visão unilateral dos instrumentos: a teoria serviria para ensinar
um estudante de Serviço Social como fazer entrevista, visita domiciliar,
relatórios, grupos, entre outros. A questão aqui não seria o porquê, pra quem, de
que forma, com que �nalidade estes instrumentos seriam adotados. Isso seria
uma visão unilateral dos instrumentos, uma vez que não estariam em jogo as
suas implicações mas sim apenas a preocupação de seguir um passo a passo.
De acordo com Santos (2010), a não distinção entre conhecimento teórico e
conhecimento procedimental está vinculada aos aportes cultural e intelectual
adquiridos ao longo da história da pro�ssão. Quando de sua institucionalização,
a atuação do assistente social enfatizava ações de cunho moralizantes com viés
humanistas- cristãos. A partir da consolidação pro�ssional, sua atuação volta-se
para práticas tecnicistas amparadas na concepção positivista – você pode
pensar como exemplo ações formalistas, subjetivistas/individualistas,
imediatista, acrítica, neutra, entre outras, pautadas na racionalidade operativo-
instrumental.
Sendo assim, quanto ao conhecimento teórico, compreenda que muitos
pro�ssionais possuem a visão equivocada de que por meio do saber teórico é
possível superar o conservadorismo e de que a teoria fornecerá as referências
Perceba que essa postura requer um pro�ssional capaz de
captar criticamente o movimento da realidade social que é
contraditória, dinâmica, multicultural, multirracial, entre
outros elementos que exigem – e ao mesmo tempo
desa�am – o assistente social a buscar constantemente
uma sustentação teórica, política e ética para não alicerçar
seu fazer pro�ssional no senso comum.
Por outro lado, muitas vezes há um entendimento
equivocado da relação entre teoria e prática e,
consequentemente, das dimensões da intervenção
pro�ssional, que manifesta tanto uma visão unilateral dos
instrumentos quanto a não distinção entre conhecimento
teórico e conhecimento procedimental.
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prático-concretas de intervenção pro�ssional. Essa perspectiva reforça a
concepção de que o conhecimento teórico se traduz, de imediato, em
instrumentos para a ação.
Quanto ao conhecimento procedimental, perceba que há uma visão distorcida
dos pro�ssionais a seu respeito, em que eles são considerados como um �m em
si mesmo; como se o domínio de técnicas quali�casse positivamente a atuação
pro�ssional.
Contudo, tanto o conhecimento teórico quanto o procedimental estão
interligados, na medida em que o pro�ssional expressa em sua atuação um
posicionamento crítico ou não, ou seja, pautada em uma perspectiva marxista
ou conservadora.
Que tal iniciarmos este item relembrando uma personagem que fez sucesso
entre os anos de 1960 e 1970 na América Latina e Europa? Você conhece ou já
ouviu falar da Mafalda? Acompanhe a seguir.
2.1.3 Estratégias e desafios para relacionar teoria e prática
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Figura 1 - Exemplo de um selo comemorativo aos 50 anos de Mafalda utilizado pelo Uruguai em 2014, onde
demonstra que a personagem sempre esteve vinculada a questões em torno dos direitos humanos de uma
forma crítica
Fonte: Shutterstock, 2015.
#PraCegoVer
Na figura, temos um selo comemorativo aos 50
anos de Mafalda utilizado pelo Uruguai em 2014.
A personagem está sentada em uma cadeira e
parece estar cuidando do globo terrestre ao seu
lado, que tem uma faixa ao seu redor e aparenta
estar doente.
Mafalda é a personagem principal das histórias escritas pelo cartunista
argentino chamado Quino. Em suas charges, a personagem é representada por
uma menina de seis anos que odeia sopa e preocupa-se com questões em torno
dos direitos humanos.
Cabe citarmos aqui que em uma das charges há uma menção ao pensador Karl
Marx. Alguém diz a Mafalda ela deve comer a sopa, que ela tanto odeia, para
poder crescer, a�rmando que a criança que não toma sopa não cresce, �ca
sempre criança.
Então Mafalda olha para a sopa e diz: “Como esse mundo seria tranquilo se
Marx não tivesse tomado sopa!”. Você consegue compreender o pensamento da
personagem Mafalda? Você concorda com o que ela diz?
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Certamente é um grande desa�o que haja uma atuação pro�ssional pautada em
uma teoria social como a marxista. Porém, o que seria dos usuários que buscam
os serviços, que procuram o assistente social com a esperança de alguma
resposta a suas demandas, se este pro�ssional simplesmente preencher uma
�cha e dispensá-lo? Ou então, “aconselhasse” com base no senso comum, em
que qualquer vizinho, parente ou amigo poderia dar?
O primeiro ponto que podemos deduzir ao observar a charge é
que a teoria social marxiana serve como uma espécie de
“óculos” para enxergarmos a realidade de uma outra forma.
Por outro lado, também podemos concluir que, ao colocar
esses “óculos”, a leitura sobre a realidade se alarga e
passamos a ver e também a analisar questões que
permanecem veladas em nossa sociedade, como luta entre as
classes, a exploração do trabalho alheio, as desigualdades,
en�m, as mazelas – da vida concreta, das práticas e relações
sociais – são trazidas a luz – conduzidas ao nosso
conhecimento por meio da perspectiva marxista.
Entretanto, a personagem deduz que “o mundo seria mais
tranquilo se Marx não tivesse crescido”. O que isso poderia
dizer? Pode signi�car que, Marx não se tornaria adulto, não
teria se tornado um grande intelectual, não teria fundado uma
outra perspectiva para o materialismo histórico dialético e,
consequentemente, não teríamos esses “óculos” para utilizar,
não enxergaríamos as mazelas e, principalmente, não haveria
a necessidadede lutar para extingui-las.
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Podemos associar essas questões que uma prática esvaziada de teoria nos
remete ao jargão de que qualquer um pode ser assistente social e/ou todo
mundo tem um pouco de assistente social”. Uma postura acrítica e esvaziada de
conteúdo é desfavorável ao usuário e à própria pro�ssão, gerando sua
desvalorização.
Então, agora que já compreendemos que a teoria e prática são indissociáveis
para o exercício pro�ssional do assistente social, é importante sabermos quais
são os instrumentos de que o pro�ssional dispõe.
Vale lembrar que os instrumentos e técnicas estão interligados e referem-se ao
instrumental técnico-operativo do Serviço Social. O que é a técnica? A técnica
pode ser entendida no sentido de ser a habilidade/capacidade/competência do
assistente social de utilizar os instrumentos destinados a um �m. E quanto aos
instrumentos? Os instrumentos podem ser compreendidos como elementos
mediadores e potencializadores do trabalho deste pro�ssional.
2.2 Quais são os instrumentos e técnicas?
O �lme A maçã é uma signi�cativa indicação de �lme para que você
possa observar a atuação do assistente social em outras culturas, que,
neste caso, se passa no contexto iraniano. Por meio dele, você poderá
compreender as implicações do exercício pro�ssional no que se refere
aos direitos humanos, em detrimento da questão religiosa e os papéis
dos membros que compõem a família, como pai e mãe, e sua relação
com o cuidado dos �lhos. Clique no link a seguir!
Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=buhLlfTVPwI)
VOCÊ QUER VER?
https://www.youtube.com/watch?v=buhLlfTVPwI
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Con�ra a seguir alguns dos principais instrumentos utilizados pelo Serviço
Social, com base no que mais tem sido produzido no âmbito da literatura
pro�ssional. Cabe ressaltarmos que eles não são exclusivos desta pro�ssão e
são utilizados por várias outras. Acompanhe-nos!
Este instrumento técnico-operativo no Serviço Social foi tratado com diferentes
enfoques ao longo da trajetória da pro�ssão. Inicialmente, os assistentes sociais
realizam as visitas domiciliares como um instrumento de estudo e intervenção.
Por quê? Pois têm o objetivo de fazer uma análise diagnóstica e o ajustamento e
controle sócio moral.
No decorrer do processo de institucionalização pro�ssional, as visitas passam a
ser utilizadas com uma perspectiva de aproximação com o cotidiano de vida dos
sujeitos sociais, por meio da compreensão da linguagem de suas relações, isto
é, o pensamento, as emoções e os con�itos que se objetivam nestas relações.
2.2.1 Visita domiciliar
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Figura 2 - Exemplo de uma profissional utilizando o instrumento da visita domiciliar, ilustrando que alguns
instrumentais não são exclusivos do Serviço Social. Veja também a importância das anotações durante a
visita e de justificar a realização da mesma
Fonte: Shutterstock, 2015.
#PraCegoVer
Na figura, temos a fotografia de uma profissional
visitando uma senhora em sua casa. A
profissional está na porta, carrega uma pasta
aberta em uma das mãos e uma caneta na outra.
Já a senhora está atendendo à porta.
De acordo com Santos e Noronha (2013), este é hoje o instrumento considerado
mais polêmico. Por quê? Pois em muitos casos é empregado com o objetivo de
�scalizar, comprovar relatos feitos pela população e ensinar os cuidados
domésticos. 
As autoras apontam que para minimizar uma possível postura autoritária e
�scalizadora, o assistente social precisa de algumas habilidades no manuseio
deste instrumento. E quais são elas? Acompanhe.
[...] seu planejamento antes de ser realizada, com definição de 
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É importante ressaltarmos que cada pro�ssional pode optar pelo uso da visita
domiciliar, levando-se em consideração a natureza da instituição, sua �nalidade
e, sobretudo, os objetivos do pro�ssional, o seu referencial teórico-metodológico
e ético-político a �m de viabilizar os direitos da população.
2.2.2 Entrevista
Um outro tipo de visita utilizada e importante para a atuação pro�ssional
é a visita institucional. A partir dela, o assistente social poderá construir
uma rede de atendimento, aperfeiçoar seus conhecimentos sobre os
serviços e políticas sociais, conhecer os dilemas e as estratégias de
atuação dos outros pro�ssionais que também trabalham junto aos
usuários, à gestão, e em outros espaços, entre outras possibilidades de
troca de experiência que podem ajudar tanto aos usuários quanto aos
pro�ssionais e às instituições.
VOCÊ SABIA?
objetivos e pontos a serem trabalhados a partir destes
objetivos; marcação da visita com antecedência, com
explicação do motivo da visita e solicitação do consentimento
do usuário para o prosseguimento das ações do assistente
social, quando ele chegar ao local; e na necessidade de fazer
anotações, explicação ao usuário da importância do registro e
o que se vai fazer com ele. Esses cuidados vão ao encontro dos
princípios que perpassam o projeto de profissão hoje (SANTOS;
NORONHA, 2013, p. 54).
 
 
 
 
 
 
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A entrevista é um instrumento que acompanha a pro�ssão do assistente social
desde o princípio. Você pode compreendê-la como um momento do processo de
trabalho que consiste não só no conhecimento recíproco, isto é, entre assistente
social - usuário - instituição, mas que possibilita ao pro�ssional a aproximação
com as questões do cotidiano trazidas pelos usuários.
Os objetivos gerais que acompanham a entrevista podem ser: a coleta de dados;
a identi�cação de demandas a �m de estabelecer prioridades; a re�exão sobre o
cotidiano e as formas de enfrentamento das situações; e o desdobramento, as
providências tomadas.
Por meio da entrevista, o assistente social deve trabalhar os
aspectos sociais, políticos, ideológicos, culturais, afetivos e
religiosos postos durante o seu desenvolvimento. O momento
da entrevista deve oportunizar à população uma reflexão sobre
a sua inserção na sociedade. Já o assistente social, ao se
aproximar da realidade vivida pela população, tem melhores
condições de compreender as demandas colocadas,
possibilitando, assim, uma resposta profissional condizente
com as reais necessidades da população. (SANTOS; NORONHA,
2013, p. 51-52).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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É importante que você entenda que o momento da entrevista para o assistente
social deve constituir-se em algo além da conversa informal, em que o
pro�ssional necessita de�nir os objetivos na utilização deste instrumento. 
Que existem mais de um tipo de entrevista? São elas: não estruturadas (a
entrevista é livre, sem roteiro prévio); semiestruturada (feitas com
perguntas abertas e/ou fechadas, ou seja, discursivas e objetivas);
dirigida ou estruturada (aplicação de um questionário de perguntas
fechadas e sem papel ativo do entrevistador); centrada (descrição livre do
entrevistado sobre sua experiência pessoal a respeito do assunto
investigado). Podem, ainda, ser do tipo grupal ou individual. Quando
falamos em entrevista grupal, lembre-se deque deve ser um grupo de
pessoas envolvidas na situação a ser abordada.
VOCÊ SABIA?
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Figura 3 - Exemplo de uma profissional realizando a entrevista, que pode ser um instrumento utilizado por
várias profissões e deve ser realizada de forma cuidadosa a fim de não constranger ou induzir o
entrevistado a determinadas respostas
Fonte: Shutterstock, 2015.
#PraCegoVer
Na figura, temos duas mulheres sentadas diante
de uma mesa, sendo a da esquerda mais velha,
enquanto a da direita é mais nova. A senhora
está olhando para frente, em direção à outra
mulher, com uma das mãos apoiando o queixo.
Já a jovem está escrevendo algo em uma folha.
Ao fundo, podemos observar uma estante de
madeira e um relógio analógico pendurado na
parede.
Santos e Noronha (2013) apontam outro fator fundamental: os cuidados no
manuseio da entrevista. Primeiramente, o pro�ssional deve ter consciência de
suas intenções no processo de escolha da entrevista e estas intenções devem
ser explicitadas ao usuário, esclarecendo o que é o Serviço Social, qual a
natureza da instituição a que está vinculado e o objetivo da entrevista. 
Outro cuidado, não só com relação à entrevista mas a todos os instrumentos, diz
respeito à utilização da linguagem. Como assim? Ela deve ser acessível e
inteligível à população. O assistente social deve possuir a habilidade técnica no
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trato das questões trazidas pelo usuário, tentando entender até mesmo o
silêncio, a mudança de assunto ou a recusa em participar da entrevista.
É relevante pensarmos ainda em outro cuidado, que se refere a uma postura
mais democrática no agir pro�ssional. O que isso signi�ca na prática? O
assistente social precisa buscar o manuseio da entrevista sem
constrangimentos, perguntas desnecessárias ou que induzam a resposta.
Associado a isto, é de suma importância garantir o sigilo e a privacidade,
assegurando ao usuário que as informações prestadas serão utilizados de
forma cuidadosa e a seu favor. En�m,
A entrevista, vista como um momento de estímulo à reflexão,
deve priorizar, ainda, uma escuta silenciosa da população,
sucedida por uma sumarização pelo profissional do que ele
compreendeu, dando assim a oportunidade à população de
confirmar ou refazer a impressão do profissional e repensar
sobre o que ela mesma disse […] deve-se deixar o usuário
discorrer sobre questões conflituosas, cabendo ao profissional
aprofundar as questões trazidas, trabalhando os diversos
aspectos que perpassam aquela situação (SANTOS; NORONHA,
2013, p. 53).
 
 
 
 
 
 
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Você sabia que, conforme a literatura pro�ssional especializada (SANTOS;
NORONHA, 2013), o trabalho com grupos no Serviço Social pode ser entendido
de três formas?
Em primeiro lugar, os grupos podem ser considerados um espaço privilegiado
para compreender as classes sociais em sua dinamicidade. Ou seja, a partir do
trabalho com grupos, o assistente social pode se aproximar e pensar sobre o
movimento daquele grupo, sobre como ele se constitui em uma zona de tensão,
atravessado por processos históricos de dominação e exploração. Percebeu a
importância dele para o trabalho de um assistente social?
Então, para operacionalizar este instrumento, o pro�ssional necessita de um
profundo conhecimento sobre grupos, sobre as práticas grupais nas sociedades
capitalistas, sobre os processos grupais que atravessam as relações sociais,
culturais, institucionais e ideológicas a �m de superar as referências teóricas
voltadas à perspectiva terapêutica.
2.2.3 Trabalho com grupos
Um outro elemento relevante é observarmos que o grupo
manifesta a realidade social, as expressões da questão social,
as vivências concretas de sujeitos individuais e coletivos. 
O Conselho Regional de Serviço Social do Rio de Janeiro (CRESS-RJ/7ª
Região) possui um jornal bimestral intitulado Praxis, que é disponibilizado
no link a seguir e distribuído via correios para assistentes sociais em dia
com a anuidade. Desde o início deste ano, o respectivo jornal vem
tecendo uma discussão sobre as questões em torno dos instrumentos e
técnicas. A edição do Ano VIII, nº 84 – Julho/Agosto de 2015, entre
outros assuntos, aborda sobre a entrevista social. Vale a pena conferir!
Acesse (http://www.cressrj.org.br/praxis.php)
VOCÊ QUER LER?
http://www.cressrj.org.br/praxis.php
26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I
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Note aqui a oportunidade primordial que o pro�ssional tem de não impor
simplesmente assuntos e temas a serem abordados nos grupos, mas de acolher
e propor alternativas de enfrentamento às reais necessidades que o coletivo de
usuários possuem.
Perceberemos também que este tipo de instrumento pode ser utilizado em uma
perspectiva interdisciplinar, tendo em vista que as demandas e conteúdos que
surgem em um grupo são amplos e complexos, o que pressupõe a intervenção
de várias áreas do saber.
Por isso, não basta que o assistente social tenha uma leitura
crítica da realidade, mas também precisa ter a clareza de sua
função de facilitador do grupo, sobre a intenção destas
atividades, das ações e dos objetivos a serem alcançados
com o grupo. 
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Figura 4 - Exemplo da condução de um grupo pelo facilitador e a percepção de que o trabalho pode ser
desenvolvido independentemente do número de usuários, desde que não prejudique o alcance de seus
objetivos
Fonte: Shutterstock, 2015.
#PraCegoVer
Na figura, temos a fotografia de um grupo de
pessoas sentadas em círculo. Elas estão
conversando e se apoiando. Ao fundo, pode-se
notar grandes janelas com persianas brancas.
Uma terceira abordagem refere-se ao trabalho com grupos de modo que as
atividades priorizem a universalização das demandas postas pela população em
direção ao acesso e ampliação dos direitos, imprimindo a esta prática um
caráter coletivo às questões inicialmente individuais e pessoais; considerando
que o objetivo do grupo são as mudanças coletivas e não apenas as pessoais. 
A partir destas abordagens, perceba que o trabalho com grupos se constitui em
um instrumento signi�cativo para a atuação do assistente social. E isto implica
em experiências democráticas, horizontais e solidárias, voltadas para a
coletivização das necessidades e das alternativas de enfrentamento, além de
permitir a realização da organização dos usuários e da ampliação dos direitos.
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Quando falamos nestes instrumentos, veja que a realização deles articula-se às
atribuições privativas do assistente social. Logo, quando falamos em Serviço
Social, apenas o assistente social pode realizar, conforme a Lei de
Regulamentação Pro�ssional.
Outro ponto interessante é que eles estão articulados a outros instrumentos,
como a visita domiciliar e a entrevista, e subsidiam o trabalho do assistente
social, principalmente, no campo sociojurídico.
O estudo social caracteriza-se pela construção de um saber especializado, com
base em observações e em outros instrumentais, permitindo a abordagem de
todos os sujeitos envolvidos em uma determinada situação. Ele é expresso por
meio de laudos, relatórios e pareceres, em que o assistente social apresenta a
situação,realiza uma avaliação e emite um parecer, apontando medidas sociais
e legais a serem tomadas. Por isso, ele é um exame detalhado da situação
social e a análise da mesma.
2.2.4 Estudos Sociais, Laudos e Pareceres: etapas da Perícia
O livro O trabalho com grupos em Serviço Social – A Dinâmica de Grupo
como Estratégia para Re�exão Crítica, de Carlos Felipe Nunes Moreira, é
uma obra recentemente lançada (2014) que analisa experiências
pro�ssionais na perspectiva da coletivização das demandas a partir do
pensamento marxista. Ao investigar a atuação de assistentes sociais na
educação, o livro provoca a re�exão sobre a intervenção nos seus vários
espaços pro�ssionais. É uma boa dica para você pensar criticamente a
dimensão técnico-operativa a partir do trabalho com grupos.
VOCÊ QUER LER?
Ele se faz necessário para construir um conhecimento a
respeito da população usuária dos serviços. A partir dele, pode-
 
 
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O laudo social apresenta o registro das informações mais signi�cativas do
estudo e da análise, e o parecer social. No Poder Judiciário, por exemplo, o laudo
é a apresentação o�cial do resultado de um parecer, oferecendo elementos de
base social para a tomada de decisão judicial. Veja como o seu teor é de suma
importância para o meio.
Sua estrutura consiste em:
se emitir uma opinião técnica sobre a situação, contribuindo
com a decisão final do processo. Precede à realização do
estudo social uma postura investigativa sobre os motivos e
objetivos que se pretende alcançar por meio dele. […] o fato
que gerou o estudo social não pode ser compreendido de
forma isolada e fragmentada, mas como parte de um contexto
histórico (SANTOS; NORONHA, 2013, p. 58).
 
 
 
 
Expressa a demanda judicial e os objetivos. 
Breve relato dos sujeitos envolvidos na situação. 
Introdução  
Identificação  
Metodologia  
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Já o parecer social diz respeito a uma opinião fundamentada do assistente
social sobre a situação. No parecer, o pro�ssional propõe alternativas de
encaminhamento para a resolução do problema de forma fundamentada. Este
instrumento compõe a parte �nal ou conclusiva de um laudo.
O parecer deve subsidiar a concessão de diversos interesses
dos usuários, dentre eles, benefícios sociais, decisões médicas,
decisões judiciais e a inclusão dos mesmos em serviços e
 
Objetiva deixar claro a especi�cidade da pro�ssão e os
objetivos do estudo, apresentando-se os instrumentos de coleta
das informações utilizadas.
 
 
 
Construção histórica da questão estudada e do seu estado
social.
 
Visa a síntese da situação por meio de uma breve análise crítica
e a apresentação de indicativos das alternativas, do ponto de
vista do Serviço Social.
 
 
 
Relato analítico  
Conclusão ou parecer social  
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Assim, você pode compreender que, na medida em que o assistente social é
requisitado a realizar uma perícia social, ou seja, dar a sua opinião técnica a �m
de assessorar as decisões a serem tomadas, o pro�ssional utiliza caminhos
para emitir um parecer sobre a situação e, para isso, necessita realizar o exame
das questões a partir dos elementos que indicamos.
De um modo geral, segundo Santos e Noronha (2013), você deve assimilar e
tratar cada instrumento como:
espaços que se constroem para viabilizar o conhecimento
mútuo entre assistente, população e instituição;
momentos que podem possibilitar a ampliação e o
aprofundamento crítico sobre as questões do cotidiano da
De acordo com a Resolução Nº 557/2009 do Conselho Federal de Serviço
Social – CFESS, o assistente social pode integrar equipes
multipro�ssionais, devendo garantir a especi�cidade de sua área de
atuação e respeitar as normas e limites legais, técnicos e normativos das
outras pro�ssões. No entanto, na emissão de laudos e pareceres, o
assistente social deve destacar a sua área de conhecimento
separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação, seu objeto,
instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem
estar contemplados na opinião técnica.
VOCÊ SABIA?
programas. Ele deve, portanto, garantir direitos, sustentando o
compromisso ético-político do profissional com a população
atendida.
 
 […] ou seja, deve-se enxergar o parecer social como um
instrumento de garantias de direitos e não como fiscalizador
da população (SANTOS e NORONHA, 2013, p. 58).
 
 
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população, em seus aspectos sociais, raciais, de gênero,
políticos, ideológicos e culturais;
situações em que o recolhimento de informações possam
promover a aproximação com a realidade da população, e
não o controle social ou o inquérito;
oportunidades para a socialização de informações e a
discussão de direitos;
possibilidades de mobilização e a organização da
sociedade civil;
espaços para a articulação democrática com outros
pro�ssionais a �m de buscar, coletivamente, ações que
contribuam com a transformação da realidade.
Desde o início deste Capítulo, re�etimos sobre a forma como acontece a
operacionalização do instrumental técnico-operativo do Serviço Social por meio
de de�nições fundamentais de quais são os instrumentos utilizados. Contudo,
pudemos perceber que a prática do assistente social não é neutra e
desconectada do real, ou seja, o pro�ssional sempre expressa em sua linguagem
e posicionamentos a que/quem se destina a sua ação, qual o seu
objetivo/�nalidade. Sendo assim, ele lança mão de bases teóricas para nortear a
sua intervenção.
É importante ressaltarmos que o exercício pro�ssional no período histórico que
vamos estudar, transcorre pela ditadura militar, iniciada em 1964, e perdurou por
20 anos.
Aqui, buscaremos aprofundar o seu conhecimento a respeito das direções
teóricas que in�uenciaram o exercício da pro�ssão no início de seu processo de
consolidação e institucionalização no Brasil. Vamos começar? Então,
2.3 Influências no instrumental profissional:
Anos de 1950- 1960 (e parte dos anos de 1970)
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acompanhe-nos!
No período que compreende o surgimento da pro�ssão, entre os anos de 1930-
1950, podemos a�rmar que o modelo assistencial era pautado em intervenções
sob a in�uência da perspectiva funcionalista.
Saiba que as ideias fundamentais do funcionalismo podem ser caracterizadas a
partir das concepções de sociedade e de sujeito. Segundo seus princípios, todo
conjunto social tende necessariamente ao equilíbrio do todo, ou seja, as relações
sociais são um conjunto de expectativas mutuamente ajustadas de ações
recíprocas.
O desequilíbrio da sociedade representa um desajuste funcional e a solução está
na capacidade da estrutura em diversi�car o conjunto disfuncional sob a forma
de uma nova estruturação, então integrada e tornada funcional. O con�ito, por
exemplo, é um dos fatores principais de toda mudança social e representa um
desequilíbrio nas partes constitutivas de um todo social. Deste modo, considere
que toda expressão de con�ito deve ser excluída, seja por meio do consenso
(convencimento; acordo) ou/e da coerção (física, ideológica, moral, cultural).
2.3.1 Direção teórica: A influência do funcionalismo
Neste contexto, surgem as primeiras Escolas de Serviço Social, em
estabelecimentosisolados, por meio da ação direta da Igreja Católica, da
participação do empresariado e com apoio �nanceiro do Estado. Entre
1930 e 1945 foram criadas 14 Escolas de Serviço Social (ESSs), sendo
que 57,14% delas surgiram na região sudeste em virtude da história da
pro�ssão estar articulada à emergência da sociedade urbano-industrial,
além de ser o Rio de Janeiro a capital do país e, consequentemente,
comportar maior presença do Estado.
VOCÊ SABIA?
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Quanto à concepção de sujeito, o funcionalismo difunde uma visão de que o ser
humano é um fenômeno natural que se desenvolve somente a partir de sua
integração à sociedade. Não existe sujeito isolado; ele deve ser ajustado ao todo,
cabendo a sociedade criar recursos (educação, assistência, saúde etc.) para que
a integração do maior número de sujeitos seja possível. 
No âmbito de atuação do Serviço Social, a perspectiva funcionalista manteve
sua in�uência a partir de algumas ideias e ações. Quais são elas? Ao assistente
social caberia tentar suprir as carências, principalmente, as necessidades
biológicas de sobrevivências, como a questão da higiene pessoal relacionada à
conservação da saúde, por exemplo. Os sujeitos deveriam receber ajuda a �m de
superar a sua situação de miséria e ter acesso aos bens que foram criados para
o seu uso. Neste contexto, é válido para compreendermos a interface com a
concepção religiosa, com base no princípio da igualdade e dignidade.
As práticas estavam voltadas para um caráter empirista, guiadas simplesmente
pelos objetivos a serem atingidos. Nos princípios e valores que orientavam esta
prática prevaleceram a ideia de que o indivíduo é o responsável pela sua
situação de pobreza e constituiria um imperativo ético religioso ajudá-lo a
superar a situação. E a ordem social deveria atender aos imperativos da
natureza humana, mas se esta ordem fere a dignidade do homem é porque a
degradação se re�ete nele, cabendo ao pro�ssional educá-lo, integrá-lo, reformá-
lo para que a ordem fosse perfeita.
2.3.2 Principais características: ideias e ações
A respeito de uma leitura crítica sobre a questão do consenso e da
coerção, vale a pena você conferir a obra do intelectual italiano Antônio
Gramsci. Pautado em uma perspectiva marxista, o autor também
escreveu sobre outras temáticas como hegemonia, ampliação do Estado,
papel do intelectual orgânico, sociedade civil, entre outras. Não só as
suas obras, por exemplo, o admirável Cadernos do Cárcere, mas sua
história de vida são interessantes para re�etirmos sobre a sociedade em
que vivemos.
VOCÊ O CONHECE?
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Dentro de uma perspectiva crítica, podemos apontar que, neste período
histórico, a pro�ssão assume um projeto moralizador, por meio de uma visão
técno-burocrática buscando a e�cácia e e�ciência para a execução do projeto
moralizador e cienti�cista elaborado pelas elites brasileiras em pleno processo
desenvolvimentista.
As ideias defendidas giram em torno da “participação” como adesão/integração,
da ênfase nas abordagens individualistas, psicologizantes e quantitativas, por
meio da metodologia do caso diagnóstico e tratamento (caso, grupo e
comunidade), da visão reducionista da técnica e da defesa da neutralidade.
En�m, podemos dizer que a �nalidade é a busca da “harmonia social” por meio
de triagens aconselhamentos, visitas domiciliares, cujo público-alvo era o cliente,
o grupo ou a comunidade carente.
Você deve estar se perguntando se podemos pensar na atuação pro�ssional
pautada na perspectiva funcionalista apenas entre os anos abordados, certo?
Acreditamos que não. Ainda hoje, muitos pro�ssionais atuam de modo
semelhante, seja inconscientemente ou intencionalmente, fazendo isso por
escolha.
Este fator evidencia que, cada vez mais, a prática pro�ssional é direcionada por
uma teoria determinada historicamente e caberia ao assistente social – e a
categoria como um todo –, revisitar conteúdos, instrumentos, práticas, objetivos.
En�m, revisitar o passado para compreender o presente e planejar futuro.
2.3.3 Finalidade
Caso você deseje aprofundar seu conhecimento sobre a perspectiva do
desenvolvimento de comunidade no Brasil, indicamos como leitura
obrigatória o livro de Sa�ra Bezerra Ammann, cujo título é Ideologia do
Desenvolvimento de Comunidade no Brasil. A autora reporta-se ao
período compreendido entre os anos de 1950 e �nal dos anos de 1970, e
expõe as iniciativas empreendidas a �m de levar o país a um possível
desenvolvimento.
VOCÊ QUER LER?
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E como funcionou nos anos seguintes? A partir de meados dos anos de 1970 e
início dos anos de 1980, o Brasil vivencia um período considerado fundamental
do ponto de vista histórico. Por quê? Somente a partir de 1974 houve um retorno
parcial dos direitos civis e políticos, conhecido como um período de “abertura”
política, pois o país estava vivenciando o período de ditadura militar iniciado 10
anos antes.
As lutas sociais apontaram para um período de transição democrática, uma vez
que o Estado ditatorial procurou dar respostas às reivindicações da classe
trabalhadora implementando medidas como a incorporação das empregadas
domésticas e dos trabalhadores autônomos no sistema previdenciário e a
criação do Ministério da Previdência e Assistência Social (CARVALHO, 2006).
Neste período, o trabalho do assistente social continua a ser incorporado a �m
de dar repostas para as demandas sociais.
Deste modo, você compreenderá neste item a relação do exercício pro�ssional
do assistente social e a direção teórica-metodológica adotada pela categoria
neste contexto. Acompanhe-nos!
A partir de meados dos anos de 1970, atuação pro�ssional sofre a in�uência da
fenomenologia. O que isso signi�ca? Em linhas gerais, quer dizer “estudo do
fenômeno”. Ainda não �cou claro? Então, vejamos isso melhor. Para a
fenomenologia, fenômeno é a essência das coisas como signi�cada pela
consciência, pois a consciência não assimila as essências das coisas, mas lhes
dá signi�cados.
Neste sentido, cabe destacarmos alguns conceitos que são essenciais para a
fenomenologia: subjetividade, consciência e experiência.
A subjetividade é assimilada por meio da experiência; a experiência produz a
consciência; por sua vez, a essência da consciência é construir o mundo dos
sentidos. Resumindo: o importante para a fenomenologia é o que os homens
sentem e não como eles vivem. O objetivo é buscar explicar a essência da
consciência como ela aparece em suas relações com o mundo vivido do sujeito.
2.4 Influências no instrumental profissional:
Anos de 1970 - 1980
2.4.1 Direção teórica: a influência da fenomenologia
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Para isto, a fenomenologia busca desenvolver um novo método por meio de uma
nova lógica: a lógica compreensiva, que desvele a maneira própria da
consciência de se situar no mundo. Para que você compreenda melhor como
acontece a in�uência da fenomenologia na prática, observe com atenção o caso
a seguir.
O que você observou na postura do pro�ssional em seu papel de mediador de
um grupo? Perceba que a assistente social pautou a sua intervenção na usuária,
na sua situação por meio de uma visão psicologizante e individual. Em nenhum
momento atentou para as expressões da questão social evidenciadas pela
usuária; além de não praticar um olhar ampliado sobre suas demandas, que
incluía a degradante situação em que se encontrava o �lho da usuária.
Em uma perspectiva crítica, a atuação destapro�ssional poderia ser a de
encaminhar essa usuária ao Conselho Tutelar, para o acompanhamento da
situação de seu �lho, além de também encaminhá-la à justiça para requerer uma
possível pensão alimentícia para o adolescente e, talvez, a aproximação com seu
genitor. Poderia também realizar uma visita domiciliar e institucional à última
escola em que o adolescente estudou, a �m de compreender de que forma esta
A assistente social de uma instituição, que oferta serviços da política de
assistência social, utiliza o trabalho com grupo como um de seus
instrumentos. Durante o grupo, ela conduz uma dinâmica que objetiva que
os usuários falem sobre suas famílias. Uma das usuárias fala muito sobre
seu �lho. Diz que ele tem 12 anos, nunca teve contato com seu genitor,
não estuda e está envolvido com o trá�co de drogas.
A postura da assistente social neste momento dirige-se a solicitar a
usuária que pare, respire fundo, olhe pra si mesma e re�ita sobre esta
situação. Posteriormente, pergunta como ela se sente e pede aos demais
participantes que ajudem a usuária, no sentido de acalmá-la, de acolhê-la,
de permitir que se sinta mais segura e fazer com que ela compreenda que
esta experiência vai passar e irá ensiná-la muitas coisas.
ESTUDO DE CASO
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situação está relacionada ao ambiente onde vive e sua relação com vizinhos,
familiares, professores etc. En�m, a assistente social poderia utilizar vários
instrumentos com o objetivo de atender as demandas da usuária com um todo.
Ainda sobre o período ditatorial, com o agravamento das expressões da questão
social, o Estado adota a estratégia de alternar repressão e assistência, a �m de
preservar a “harmonia social” sob os preceitos da segurança versus políticas
assistenciais. Neste cenário, os assistentes sociais foram desa�ados a
responderem às demandas do Estado, operacionalizando as políticas sociais
que assumiam o papel de garantir a manutenção da mão de obra e o aumento
da produtividade social do trabalho.
Logo, o assistente social também estava inserido em um processo coletivo de
renovação da pro�ssão rumo ao rompimento com o conservadorismo,
principalmente, ao �nal dos anos de 1970 e início dos anos de 1980. Além disso,
neste período alcançou maturidade intelectual em virtude da aproximação com
teorias críticas. Ao questionar a realidade social, pautou-se em uma perspectiva
crítica quanto ao sistema capitalista e à exploração da classe trabalhadora, com
vistas à transformação social como um todo, e não mais no âmbito individual, de
grupos ou de comunidades.
Analisando criticamente a in�uência da fenomenologia na atuação pro�ssional,
você pode perceber que o atendimento estava voltado fundamentalmente para o
sujeito, suas indagações e experiências com base em uma visão holística do
2.4.2 Principais características: ideias e ações
No período que estamos abordando, essa postura
pro�ssional está amparada por uma perspectiva de
reatualização do conservadorismo. A pro�ssão retoma
valores da ética cristã, pautando-se nos valores pessoais,
na ajuda psicossocial e no diálogo.
Contudo, cabe a você ter em vista que, neste período, a
pro�ssão também sofre in�uências do processo de
renovação pro�ssional. Podemos citar como exemplo, o
Movimento de Reconceituação (1965-1975) vivenciado
pela pro�ssão em toda América Latina, que representou a
indagação dos pro�ssionais quanto ao seu papel funcional
para a superação do subdesenvolvimento.
2.4.3 Finalidade
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homem.
Ao assistente social caberia a “autoajuda”; uma intervenção social provocando o
desenvolvimento da consciência de modo a assegurar a “participação” e/ou
criação de novos mecanismos de cooperação mútua, a �m de impedir a
marginalização.
Neste contexto, entenda que é fundamental a interação “pro�ssional e cliente” e
a tendência à centralização nas dinâmicas individuais e o viés psicologizante.
Ainda nos dias atuais, essa tendência está presente na atuação pro�ssional.
Contudo, a visão hegemônica da categoria é a questão do rompimento com o
conservadorismo, que se remete à concepção de ruptura com o papel
tradicionalmente assumido, de tutela e controle das classes subalternas, por
meio da renovação, que busca conferir à pro�ssão a legitimidade da ação
pro�ssional para além da mera demanda institucional e do sujeito individual
(IAMAMOTO, 2002).
Concluímos nosso estudo sobre o emprego do instrumental técnico-operativo do
Serviço Social na atuação pro�ssional. Agora, você já tem a compreensão de
que teoria e prática são indissociáveis e indispensáveis ao exercício da
pro�ssional, já que sustentam a utilização dos instrumentos e técnicas.  Você
também já tem o entendimento sobre alguns dos instrumentos que são
utilizados pelo assistente social e por outras pro�ssões, e entendeu que eles
possuem uma base teórica e são historicamente determinados.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
CONCLUSÃO
reconhecer o dilema da fragmentação teoria e prática,
podendo identi�car alguns pontos relevantes como o que
sustenta esse dilema e sua relação com a teoria social
marxiana;
entender os desa�os e estratégias referentes à relação
teoria e prática no âmbito da prática pro�ssional;
conhecer os instrumentos utilizados pelo Serviço Social, e
também por outras pro�ssões, como a visita domiciliar, a
entrevista e o trabalho com grupo;
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aprender sobre os instrumentos que são próprios do
trabalho do Serviço Social e que requerem a habilidade do
assistente social enquanto um técnico especializado, a
�m de emitir a sua opinião sobre determinada situação;
assimilar as in�uências no instrumental pro�ssional, a
partir de perspectivas teóricas como o funcionalismo e a
fenomenologia;
compreender que as in�uências teóricas que norteiam os
instrumentos e, consequentemente, a intervenção do
assistente social, estão compreendidas em um
determinado contexto historicamente.
Clique para baixar conteúdo deste tema.
AMMANN, S. B. Ideologia do Desenvolvimento de Comunidade no Brasil.
10. ed. São Paulo: Cortez, 2003. 
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil – o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006.
FORTI, V.; GUERRA, Y. Na prática a teoria é outra? In: FORTI, V.; GUERRA, Y.
(Orgs.). Serviço Social: Temas, Textos e Contextos. 4. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2013.
Referências
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https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 35/35
GUERRA, Y. Comunicação Oral – Ensaio teórico. Eixo Temático:
Formação Pro�ssional/Fundamentos/História-Teoria-Método “No  que
 se  sustenta  a  falácia  que  'na  prática  a  teoria  é  outra?'”. Disponível
em:
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