Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZGp… 1/35 Autoria: Ma. Fabiola Moreira Lopes; Dra. Eloísa Gabriel Dos Santos PRÁTICAS EM SERVIÇO SOCIAL I COMO SE DÁ O EMPREGO DO INSTRUMENTAL TÉCNICO-OPERATIVO DO SERVIÇO SOCIAL NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL? 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZGp… 2/35 Introdução Você já re�etiu o momento em que o Serviço Social se consolida e institucionaliza como pro�ssão? Podemos dizer que isso acontece quando há o atendimento das demandas da população, que busca por acesso aos serviços sociais ofertados tanto na esfera pública quanto na privada. Neste contexto, o assistente social utiliza seu instrumental técnico-operativo que possibilita operacionalizar seus objetivos pro�ssionais. Certamente, você deve estar se perguntando: quais são estes instrumentos? Em que eles se baseiam? Como acontecem na prática? São uma exclusividade do Serviço Social? Para responder a essas perguntas, será importante que você esteja atento à relação entre a teoria e a prática. Logo, nosso objetivo é levá-lo a compreender que esta relação interfere diretamente nos instrumentais do Serviço Social. Antes de tudo, vamos convidá-lo a desmisti�car as interpretações em torno do dilema da fragmentação entre teoria e prática. Depois, vamos poder conceber algumas estratégias e desa�os em torno desta temática no cotidiano pro�ssional. Em seguida, vamos apresentar alguns exemplos de instrumentos utilizados pelo Serviço Social e também por outras pro�ssões, a partir de suas características e objetivos. Demonstraremos que as relações que o assistente social estabelece junto a população, a outros pro�ssionais e as instituições não são neutras e, mesmo que implicitamente, desde os primórdios do Serviço Social, este pro�ssional imprime um olhar sobre a realidade, a sua visão de mundo. Vamos ver que esta visão está sempre interligada a uma concepção teórica determinada de acordo com o contexto histórico. Neste capítulo, vamos limitar o contexto brasileiro transcorrido entre as décadas de 1950 e 1980. Pronto para começar? Então, acompanhe-nos nesta jornada! Bons estudos! Tempo estimado de leitura: 46 minutos. 2.1 O dilema da teoria x prática 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZGp… 3/35 Você já reparou como a dicotomia teoria e prática é tema recorrente em diversas áreas pro�ssionais? Com o Serviço Social não é diferente. Aqui, este dilema apresenta-se como uma perspectiva importante para que você compreenda a relação do instrumental técnico-operativo e da prática pro�ssional de modo que a esta prática não se re�ra unicamente à aplicação de instrumentos e técnicas de maneira desconectada com o movimento da realidade social. Certamente você já ouviu, a�rmou ou questionou o jargão “na prática a teoria é outra?” Mas você saberia fundamentar esse jargão, dizer o seu signi�cado? Você o considera um consenso entre a categoria ou seria apenas algo a�rmado pelos pro�ssionais que atuam diretamente as expressões da questão social viabilizando serviços sociais? Nosso ponto de partida é que você compreenda alguns pontos que fundamentam a fragmentação entre a teoria e a prática, tentando a�rmar que ambas são indissociáveis, ilustrando, também, vivências do cotidiano pro�ssional. Vamos lá? Inicialmente, podemos dizer que a ideia que sustenta a fragmentação entre a teoria e a prática é a concepção que considera que a teoria pode ser aplicada na prática por meio da captação de teorias sociais como um conjunto de regras, modelos, procedimentos e referências instrumentais precisas, capazes de serem aplicáveis na realidade e produzir imediatamente o efeito ou produto esperado (FORTI; GUERRA, 2013). 2.1.1 Fundamentos da fragmentação entre a teoria e a prática Podemos citar como exemplo a respeito dessa concepção, a atuação pro�ssional de um físico ou matemático. Esses pro�ssionais trabalham com regras e fórmulas precisas onde, tanto do Brasil quanto na China, a velocidade de um veículo é medida através de quilômetros por hora (km/h). Logo, as ciências exatas não necessitam de formular uma teoria para provar como se dá a velocidade; basta aplicar a fórmula e calcular que se chegara ao resultado (produto esperado). 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZGp… 4/35 Diferentemente das ciências exatas, quando as ciências sociais se apropriam da teoria como uma forma de responder de imediato as questões que emergem na sociedade, acaba por provocar a cisão entre a teoria e a prática. Isto signi�ca que a teoria perde seu sentido de aprendizado, de questionamentos, de abstração, no sentido de poder estar sempre sendo formulada e reformulada de acordo com os contextos históricos, sociais, culturais da humanidade. Logo, ao não dar respostas exatas, a teoria se torna inválida e desprovida de utilidade. A perspectiva citada apresenta-se com fortes implicações ideológicas, na medida em as bases teóricas que não servem para justi�car o existente e/ou viabilizar respostas imediatas às exigências práticas da sociedade, devem ser descartados. Então, cabe a você perceber que esta concepção é funcional à hegemonia capitalista. Isso nos remete a uma vertente irracionalista do pensamento, chamada pragmatismo – o critério de verdade é a utilidade prática da teoria -, em que o valor da teoria está condicionado à sua capacidade de responder imediatamente à realidade. Perceba que essa concepção procura valorizar os resultados para o êxito individual em detrimento do processo voltado ao conhecimento da realidade e das respostas às necessidades coletivas. Não é demais ratificarmos que a cisão entre teoria e a prática encontra-se subjacente à racionalidade hegemônica do capitalismo. Isso repõe sobre bases mais complexas a alienação essencial do capitalismo – separação entre proprietários e não proprietários dos meios de produção – de modo que a cisão entre os que pensam e os que executam, 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZGp… 5/35 Assim você pode compreender que não valeria a pena na sociedade atual, mediante a ordem capitalista em que vivemos, você “gastar” seu tempo lendo um bom livro, fazer um curso, participar de reuniões e espaços de estudo a �m de quali�car a sua prática. Ao ver de muitos, e, as vezes até nós mesmo consideramos, que pensar e estudar é para os professores e acadêmicos. Aos pro�ssionais que estão “na ponta”, basta saber manusear os instrumentais para atender aos usuários. Essa é uma concepção que vem ao encontro e reforça a fragmentação entre a teoria e a prática. Em síntese, você pode re�etir que uma visão da prática que negue o valor da teoria ou então a negligencie, torna- a uma experiência irre�etida e desconexa de conhecimentos essenciais quanto à totalidade do real, restringindo- se ao âmbito do senso comum. que fundamenta a alienação no trabalho, é particularizada na ordem burguesa – constituída como processo de reificação. Ao suprimir as o pensamento reificado não ultrapassa a aparência dos fatos, não supera o âmbito da experiência imediata e se limita a conceber os fenômenos em sua positividade, descartando o seu movimento de constituição (FORTI; GUERRA, 2013, p. 7). mediações sociais constitutivas e constituintes dos processos, 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZGp… 6/35Aqui, nosso ponto de partida é o Serviço Social enquanto especialização do trabalho coletivo e que tem como representante o assistente social, que é um intelectual que intervém na realidade, sobretudo a partir da operacionalização das políticas sociais. Este pro�ssional possui habilidade para operar nesta realidade a partir de suas atribuições e competências, e da opção por um projeto pro�ssional que articule as dimensões ético-política, teórico-metodológica e técnico- operativa em favor 2.1.2 A teoria marxista não se aplica na prática O livro de Cláudia Mônica intitulado Na prática a teoria é outra? constitui uma referência atual e relevante para aprofundar a sua compreensão sobre a relação teoria e prática e da relação de unidade entre as dimensões ético-política, teórico-metodológica e técnico-operativa da intervenção pro�ssional. É uma importante re�exão para desmisti�car concepções de que na prática a teoria é outra e/ou de que a teoria social marxista não se aplica na prática. VOCÊ QUER LER? O �lme Elefante Branco é uma boa dica para que você compreenda a relação entre Estado e sociedade mediada por políticas sociais. Você poderá observar também o papel do assistente social e as diversas expressões da questão, uma vez que o contexto do �lme retrata a realidade de uma favela, onde existe a presença do trá�co de drogas, da violência policial, além do descaso do Estado e a intervenção da Igreja e da iniciativa privada a �m de mediar os con�itos. VOCÊ QUER VER? 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZGp… 7/35 do atendimento integral das demandas da população usuária. Portanto, a�rmar que a teoria marxista não se aplica na prática implica em compreendermos que o conhecimento /teoria possibilita apenas que conheçamos os instrumentos para aprender a manipulá-los. Você pode pensar no seguinte exemplo para aprender como acontece uma visão unilateral dos instrumentos: a teoria serviria para ensinar um estudante de Serviço Social como fazer entrevista, visita domiciliar, relatórios, grupos, entre outros. A questão aqui não seria o porquê, pra quem, de que forma, com que �nalidade estes instrumentos seriam adotados. Isso seria uma visão unilateral dos instrumentos, uma vez que não estariam em jogo as suas implicações mas sim apenas a preocupação de seguir um passo a passo. De acordo com Santos (2010), a não distinção entre conhecimento teórico e conhecimento procedimental está vinculada aos aportes cultural e intelectual adquiridos ao longo da história da pro�ssão. Quando de sua institucionalização, a atuação do assistente social enfatizava ações de cunho moralizantes com viés humanistas- cristãos. A partir da consolidação pro�ssional, sua atuação volta-se para práticas tecnicistas amparadas na concepção positivista – você pode pensar como exemplo ações formalistas, subjetivistas/individualistas, imediatista, acrítica, neutra, entre outras, pautadas na racionalidade operativo- instrumental. Sendo assim, quanto ao conhecimento teórico, compreenda que muitos pro�ssionais possuem a visão equivocada de que por meio do saber teórico é possível superar o conservadorismo e de que a teoria fornecerá as referências Perceba que essa postura requer um pro�ssional capaz de captar criticamente o movimento da realidade social que é contraditória, dinâmica, multicultural, multirracial, entre outros elementos que exigem – e ao mesmo tempo desa�am – o assistente social a buscar constantemente uma sustentação teórica, política e ética para não alicerçar seu fazer pro�ssional no senso comum. Por outro lado, muitas vezes há um entendimento equivocado da relação entre teoria e prática e, consequentemente, das dimensões da intervenção pro�ssional, que manifesta tanto uma visão unilateral dos instrumentos quanto a não distinção entre conhecimento teórico e conhecimento procedimental. 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZGp… 8/35 prático-concretas de intervenção pro�ssional. Essa perspectiva reforça a concepção de que o conhecimento teórico se traduz, de imediato, em instrumentos para a ação. Quanto ao conhecimento procedimental, perceba que há uma visão distorcida dos pro�ssionais a seu respeito, em que eles são considerados como um �m em si mesmo; como se o domínio de técnicas quali�casse positivamente a atuação pro�ssional. Contudo, tanto o conhecimento teórico quanto o procedimental estão interligados, na medida em que o pro�ssional expressa em sua atuação um posicionamento crítico ou não, ou seja, pautada em uma perspectiva marxista ou conservadora. Que tal iniciarmos este item relembrando uma personagem que fez sucesso entre os anos de 1960 e 1970 na América Latina e Europa? Você conhece ou já ouviu falar da Mafalda? Acompanhe a seguir. 2.1.3 Estratégias e desafios para relacionar teoria e prática 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZGp… 9/35 Figura 1 - Exemplo de um selo comemorativo aos 50 anos de Mafalda utilizado pelo Uruguai em 2014, onde demonstra que a personagem sempre esteve vinculada a questões em torno dos direitos humanos de uma forma crítica Fonte: Shutterstock, 2015. #PraCegoVer Na figura, temos um selo comemorativo aos 50 anos de Mafalda utilizado pelo Uruguai em 2014. A personagem está sentada em uma cadeira e parece estar cuidando do globo terrestre ao seu lado, que tem uma faixa ao seu redor e aparenta estar doente. Mafalda é a personagem principal das histórias escritas pelo cartunista argentino chamado Quino. Em suas charges, a personagem é representada por uma menina de seis anos que odeia sopa e preocupa-se com questões em torno dos direitos humanos. Cabe citarmos aqui que em uma das charges há uma menção ao pensador Karl Marx. Alguém diz a Mafalda ela deve comer a sopa, que ela tanto odeia, para poder crescer, a�rmando que a criança que não toma sopa não cresce, �ca sempre criança. Então Mafalda olha para a sopa e diz: “Como esse mundo seria tranquilo se Marx não tivesse tomado sopa!”. Você consegue compreender o pensamento da personagem Mafalda? Você concorda com o que ela diz? 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 10/35 Certamente é um grande desa�o que haja uma atuação pro�ssional pautada em uma teoria social como a marxista. Porém, o que seria dos usuários que buscam os serviços, que procuram o assistente social com a esperança de alguma resposta a suas demandas, se este pro�ssional simplesmente preencher uma �cha e dispensá-lo? Ou então, “aconselhasse” com base no senso comum, em que qualquer vizinho, parente ou amigo poderia dar? O primeiro ponto que podemos deduzir ao observar a charge é que a teoria social marxiana serve como uma espécie de “óculos” para enxergarmos a realidade de uma outra forma. Por outro lado, também podemos concluir que, ao colocar esses “óculos”, a leitura sobre a realidade se alarga e passamos a ver e também a analisar questões que permanecem veladas em nossa sociedade, como luta entre as classes, a exploração do trabalho alheio, as desigualdades, en�m, as mazelas – da vida concreta, das práticas e relações sociais – são trazidas a luz – conduzidas ao nosso conhecimento por meio da perspectiva marxista. Entretanto, a personagem deduz que “o mundo seria mais tranquilo se Marx não tivesse crescido”. O que isso poderia dizer? Pode signi�car que, Marx não se tornaria adulto, não teria se tornado um grande intelectual, não teria fundado uma outra perspectiva para o materialismo histórico dialético e, consequentemente, não teríamos esses “óculos” para utilizar, não enxergaríamos as mazelas e, principalmente, não haveria a necessidadede lutar para extingui-las. 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 11/35 Podemos associar essas questões que uma prática esvaziada de teoria nos remete ao jargão de que qualquer um pode ser assistente social e/ou todo mundo tem um pouco de assistente social”. Uma postura acrítica e esvaziada de conteúdo é desfavorável ao usuário e à própria pro�ssão, gerando sua desvalorização. Então, agora que já compreendemos que a teoria e prática são indissociáveis para o exercício pro�ssional do assistente social, é importante sabermos quais são os instrumentos de que o pro�ssional dispõe. Vale lembrar que os instrumentos e técnicas estão interligados e referem-se ao instrumental técnico-operativo do Serviço Social. O que é a técnica? A técnica pode ser entendida no sentido de ser a habilidade/capacidade/competência do assistente social de utilizar os instrumentos destinados a um �m. E quanto aos instrumentos? Os instrumentos podem ser compreendidos como elementos mediadores e potencializadores do trabalho deste pro�ssional. 2.2 Quais são os instrumentos e técnicas? O �lme A maçã é uma signi�cativa indicação de �lme para que você possa observar a atuação do assistente social em outras culturas, que, neste caso, se passa no contexto iraniano. Por meio dele, você poderá compreender as implicações do exercício pro�ssional no que se refere aos direitos humanos, em detrimento da questão religiosa e os papéis dos membros que compõem a família, como pai e mãe, e sua relação com o cuidado dos �lhos. Clique no link a seguir! Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=buhLlfTVPwI) VOCÊ QUER VER? https://www.youtube.com/watch?v=buhLlfTVPwI 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 12/35 Con�ra a seguir alguns dos principais instrumentos utilizados pelo Serviço Social, com base no que mais tem sido produzido no âmbito da literatura pro�ssional. Cabe ressaltarmos que eles não são exclusivos desta pro�ssão e são utilizados por várias outras. Acompanhe-nos! Este instrumento técnico-operativo no Serviço Social foi tratado com diferentes enfoques ao longo da trajetória da pro�ssão. Inicialmente, os assistentes sociais realizam as visitas domiciliares como um instrumento de estudo e intervenção. Por quê? Pois têm o objetivo de fazer uma análise diagnóstica e o ajustamento e controle sócio moral. No decorrer do processo de institucionalização pro�ssional, as visitas passam a ser utilizadas com uma perspectiva de aproximação com o cotidiano de vida dos sujeitos sociais, por meio da compreensão da linguagem de suas relações, isto é, o pensamento, as emoções e os con�itos que se objetivam nestas relações. 2.2.1 Visita domiciliar 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 13/35 Figura 2 - Exemplo de uma profissional utilizando o instrumento da visita domiciliar, ilustrando que alguns instrumentais não são exclusivos do Serviço Social. Veja também a importância das anotações durante a visita e de justificar a realização da mesma Fonte: Shutterstock, 2015. #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de uma profissional visitando uma senhora em sua casa. A profissional está na porta, carrega uma pasta aberta em uma das mãos e uma caneta na outra. Já a senhora está atendendo à porta. De acordo com Santos e Noronha (2013), este é hoje o instrumento considerado mais polêmico. Por quê? Pois em muitos casos é empregado com o objetivo de �scalizar, comprovar relatos feitos pela população e ensinar os cuidados domésticos. As autoras apontam que para minimizar uma possível postura autoritária e �scalizadora, o assistente social precisa de algumas habilidades no manuseio deste instrumento. E quais são elas? Acompanhe. [...] seu planejamento antes de ser realizada, com definição de 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 14/35 É importante ressaltarmos que cada pro�ssional pode optar pelo uso da visita domiciliar, levando-se em consideração a natureza da instituição, sua �nalidade e, sobretudo, os objetivos do pro�ssional, o seu referencial teórico-metodológico e ético-político a �m de viabilizar os direitos da população. 2.2.2 Entrevista Um outro tipo de visita utilizada e importante para a atuação pro�ssional é a visita institucional. A partir dela, o assistente social poderá construir uma rede de atendimento, aperfeiçoar seus conhecimentos sobre os serviços e políticas sociais, conhecer os dilemas e as estratégias de atuação dos outros pro�ssionais que também trabalham junto aos usuários, à gestão, e em outros espaços, entre outras possibilidades de troca de experiência que podem ajudar tanto aos usuários quanto aos pro�ssionais e às instituições. VOCÊ SABIA? objetivos e pontos a serem trabalhados a partir destes objetivos; marcação da visita com antecedência, com explicação do motivo da visita e solicitação do consentimento do usuário para o prosseguimento das ações do assistente social, quando ele chegar ao local; e na necessidade de fazer anotações, explicação ao usuário da importância do registro e o que se vai fazer com ele. Esses cuidados vão ao encontro dos princípios que perpassam o projeto de profissão hoje (SANTOS; NORONHA, 2013, p. 54). 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 15/35 A entrevista é um instrumento que acompanha a pro�ssão do assistente social desde o princípio. Você pode compreendê-la como um momento do processo de trabalho que consiste não só no conhecimento recíproco, isto é, entre assistente social - usuário - instituição, mas que possibilita ao pro�ssional a aproximação com as questões do cotidiano trazidas pelos usuários. Os objetivos gerais que acompanham a entrevista podem ser: a coleta de dados; a identi�cação de demandas a �m de estabelecer prioridades; a re�exão sobre o cotidiano e as formas de enfrentamento das situações; e o desdobramento, as providências tomadas. Por meio da entrevista, o assistente social deve trabalhar os aspectos sociais, políticos, ideológicos, culturais, afetivos e religiosos postos durante o seu desenvolvimento. O momento da entrevista deve oportunizar à população uma reflexão sobre a sua inserção na sociedade. Já o assistente social, ao se aproximar da realidade vivida pela população, tem melhores condições de compreender as demandas colocadas, possibilitando, assim, uma resposta profissional condizente com as reais necessidades da população. (SANTOS; NORONHA, 2013, p. 51-52). 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 16/35 É importante que você entenda que o momento da entrevista para o assistente social deve constituir-se em algo além da conversa informal, em que o pro�ssional necessita de�nir os objetivos na utilização deste instrumento. Que existem mais de um tipo de entrevista? São elas: não estruturadas (a entrevista é livre, sem roteiro prévio); semiestruturada (feitas com perguntas abertas e/ou fechadas, ou seja, discursivas e objetivas); dirigida ou estruturada (aplicação de um questionário de perguntas fechadas e sem papel ativo do entrevistador); centrada (descrição livre do entrevistado sobre sua experiência pessoal a respeito do assunto investigado). Podem, ainda, ser do tipo grupal ou individual. Quando falamos em entrevista grupal, lembre-se deque deve ser um grupo de pessoas envolvidas na situação a ser abordada. VOCÊ SABIA? 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 17/35 Figura 3 - Exemplo de uma profissional realizando a entrevista, que pode ser um instrumento utilizado por várias profissões e deve ser realizada de forma cuidadosa a fim de não constranger ou induzir o entrevistado a determinadas respostas Fonte: Shutterstock, 2015. #PraCegoVer Na figura, temos duas mulheres sentadas diante de uma mesa, sendo a da esquerda mais velha, enquanto a da direita é mais nova. A senhora está olhando para frente, em direção à outra mulher, com uma das mãos apoiando o queixo. Já a jovem está escrevendo algo em uma folha. Ao fundo, podemos observar uma estante de madeira e um relógio analógico pendurado na parede. Santos e Noronha (2013) apontam outro fator fundamental: os cuidados no manuseio da entrevista. Primeiramente, o pro�ssional deve ter consciência de suas intenções no processo de escolha da entrevista e estas intenções devem ser explicitadas ao usuário, esclarecendo o que é o Serviço Social, qual a natureza da instituição a que está vinculado e o objetivo da entrevista. Outro cuidado, não só com relação à entrevista mas a todos os instrumentos, diz respeito à utilização da linguagem. Como assim? Ela deve ser acessível e inteligível à população. O assistente social deve possuir a habilidade técnica no 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 18/35 trato das questões trazidas pelo usuário, tentando entender até mesmo o silêncio, a mudança de assunto ou a recusa em participar da entrevista. É relevante pensarmos ainda em outro cuidado, que se refere a uma postura mais democrática no agir pro�ssional. O que isso signi�ca na prática? O assistente social precisa buscar o manuseio da entrevista sem constrangimentos, perguntas desnecessárias ou que induzam a resposta. Associado a isto, é de suma importância garantir o sigilo e a privacidade, assegurando ao usuário que as informações prestadas serão utilizados de forma cuidadosa e a seu favor. En�m, A entrevista, vista como um momento de estímulo à reflexão, deve priorizar, ainda, uma escuta silenciosa da população, sucedida por uma sumarização pelo profissional do que ele compreendeu, dando assim a oportunidade à população de confirmar ou refazer a impressão do profissional e repensar sobre o que ela mesma disse […] deve-se deixar o usuário discorrer sobre questões conflituosas, cabendo ao profissional aprofundar as questões trazidas, trabalhando os diversos aspectos que perpassam aquela situação (SANTOS; NORONHA, 2013, p. 53). 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 19/35 Você sabia que, conforme a literatura pro�ssional especializada (SANTOS; NORONHA, 2013), o trabalho com grupos no Serviço Social pode ser entendido de três formas? Em primeiro lugar, os grupos podem ser considerados um espaço privilegiado para compreender as classes sociais em sua dinamicidade. Ou seja, a partir do trabalho com grupos, o assistente social pode se aproximar e pensar sobre o movimento daquele grupo, sobre como ele se constitui em uma zona de tensão, atravessado por processos históricos de dominação e exploração. Percebeu a importância dele para o trabalho de um assistente social? Então, para operacionalizar este instrumento, o pro�ssional necessita de um profundo conhecimento sobre grupos, sobre as práticas grupais nas sociedades capitalistas, sobre os processos grupais que atravessam as relações sociais, culturais, institucionais e ideológicas a �m de superar as referências teóricas voltadas à perspectiva terapêutica. 2.2.3 Trabalho com grupos Um outro elemento relevante é observarmos que o grupo manifesta a realidade social, as expressões da questão social, as vivências concretas de sujeitos individuais e coletivos. O Conselho Regional de Serviço Social do Rio de Janeiro (CRESS-RJ/7ª Região) possui um jornal bimestral intitulado Praxis, que é disponibilizado no link a seguir e distribuído via correios para assistentes sociais em dia com a anuidade. Desde o início deste ano, o respectivo jornal vem tecendo uma discussão sobre as questões em torno dos instrumentos e técnicas. A edição do Ano VIII, nº 84 – Julho/Agosto de 2015, entre outros assuntos, aborda sobre a entrevista social. Vale a pena conferir! Acesse (http://www.cressrj.org.br/praxis.php) VOCÊ QUER LER? http://www.cressrj.org.br/praxis.php 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 20/35 Note aqui a oportunidade primordial que o pro�ssional tem de não impor simplesmente assuntos e temas a serem abordados nos grupos, mas de acolher e propor alternativas de enfrentamento às reais necessidades que o coletivo de usuários possuem. Perceberemos também que este tipo de instrumento pode ser utilizado em uma perspectiva interdisciplinar, tendo em vista que as demandas e conteúdos que surgem em um grupo são amplos e complexos, o que pressupõe a intervenção de várias áreas do saber. Por isso, não basta que o assistente social tenha uma leitura crítica da realidade, mas também precisa ter a clareza de sua função de facilitador do grupo, sobre a intenção destas atividades, das ações e dos objetivos a serem alcançados com o grupo. 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 21/35 Figura 4 - Exemplo da condução de um grupo pelo facilitador e a percepção de que o trabalho pode ser desenvolvido independentemente do número de usuários, desde que não prejudique o alcance de seus objetivos Fonte: Shutterstock, 2015. #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de um grupo de pessoas sentadas em círculo. Elas estão conversando e se apoiando. Ao fundo, pode-se notar grandes janelas com persianas brancas. Uma terceira abordagem refere-se ao trabalho com grupos de modo que as atividades priorizem a universalização das demandas postas pela população em direção ao acesso e ampliação dos direitos, imprimindo a esta prática um caráter coletivo às questões inicialmente individuais e pessoais; considerando que o objetivo do grupo são as mudanças coletivas e não apenas as pessoais. A partir destas abordagens, perceba que o trabalho com grupos se constitui em um instrumento signi�cativo para a atuação do assistente social. E isto implica em experiências democráticas, horizontais e solidárias, voltadas para a coletivização das necessidades e das alternativas de enfrentamento, além de permitir a realização da organização dos usuários e da ampliação dos direitos. 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 22/35 Quando falamos nestes instrumentos, veja que a realização deles articula-se às atribuições privativas do assistente social. Logo, quando falamos em Serviço Social, apenas o assistente social pode realizar, conforme a Lei de Regulamentação Pro�ssional. Outro ponto interessante é que eles estão articulados a outros instrumentos, como a visita domiciliar e a entrevista, e subsidiam o trabalho do assistente social, principalmente, no campo sociojurídico. O estudo social caracteriza-se pela construção de um saber especializado, com base em observações e em outros instrumentais, permitindo a abordagem de todos os sujeitos envolvidos em uma determinada situação. Ele é expresso por meio de laudos, relatórios e pareceres, em que o assistente social apresenta a situação,realiza uma avaliação e emite um parecer, apontando medidas sociais e legais a serem tomadas. Por isso, ele é um exame detalhado da situação social e a análise da mesma. 2.2.4 Estudos Sociais, Laudos e Pareceres: etapas da Perícia O livro O trabalho com grupos em Serviço Social – A Dinâmica de Grupo como Estratégia para Re�exão Crítica, de Carlos Felipe Nunes Moreira, é uma obra recentemente lançada (2014) que analisa experiências pro�ssionais na perspectiva da coletivização das demandas a partir do pensamento marxista. Ao investigar a atuação de assistentes sociais na educação, o livro provoca a re�exão sobre a intervenção nos seus vários espaços pro�ssionais. É uma boa dica para você pensar criticamente a dimensão técnico-operativa a partir do trabalho com grupos. VOCÊ QUER LER? Ele se faz necessário para construir um conhecimento a respeito da população usuária dos serviços. A partir dele, pode- 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 23/35 O laudo social apresenta o registro das informações mais signi�cativas do estudo e da análise, e o parecer social. No Poder Judiciário, por exemplo, o laudo é a apresentação o�cial do resultado de um parecer, oferecendo elementos de base social para a tomada de decisão judicial. Veja como o seu teor é de suma importância para o meio. Sua estrutura consiste em: se emitir uma opinião técnica sobre a situação, contribuindo com a decisão final do processo. Precede à realização do estudo social uma postura investigativa sobre os motivos e objetivos que se pretende alcançar por meio dele. […] o fato que gerou o estudo social não pode ser compreendido de forma isolada e fragmentada, mas como parte de um contexto histórico (SANTOS; NORONHA, 2013, p. 58). Expressa a demanda judicial e os objetivos. Breve relato dos sujeitos envolvidos na situação. Introdução Identificação Metodologia 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 24/35 Já o parecer social diz respeito a uma opinião fundamentada do assistente social sobre a situação. No parecer, o pro�ssional propõe alternativas de encaminhamento para a resolução do problema de forma fundamentada. Este instrumento compõe a parte �nal ou conclusiva de um laudo. O parecer deve subsidiar a concessão de diversos interesses dos usuários, dentre eles, benefícios sociais, decisões médicas, decisões judiciais e a inclusão dos mesmos em serviços e Objetiva deixar claro a especi�cidade da pro�ssão e os objetivos do estudo, apresentando-se os instrumentos de coleta das informações utilizadas. Construção histórica da questão estudada e do seu estado social. Visa a síntese da situação por meio de uma breve análise crítica e a apresentação de indicativos das alternativas, do ponto de vista do Serviço Social. Relato analítico Conclusão ou parecer social 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 25/35 Assim, você pode compreender que, na medida em que o assistente social é requisitado a realizar uma perícia social, ou seja, dar a sua opinião técnica a �m de assessorar as decisões a serem tomadas, o pro�ssional utiliza caminhos para emitir um parecer sobre a situação e, para isso, necessita realizar o exame das questões a partir dos elementos que indicamos. De um modo geral, segundo Santos e Noronha (2013), você deve assimilar e tratar cada instrumento como: espaços que se constroem para viabilizar o conhecimento mútuo entre assistente, população e instituição; momentos que podem possibilitar a ampliação e o aprofundamento crítico sobre as questões do cotidiano da De acordo com a Resolução Nº 557/2009 do Conselho Federal de Serviço Social – CFESS, o assistente social pode integrar equipes multipro�ssionais, devendo garantir a especi�cidade de sua área de atuação e respeitar as normas e limites legais, técnicos e normativos das outras pro�ssões. No entanto, na emissão de laudos e pareceres, o assistente social deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar contemplados na opinião técnica. VOCÊ SABIA? programas. Ele deve, portanto, garantir direitos, sustentando o compromisso ético-político do profissional com a população atendida. […] ou seja, deve-se enxergar o parecer social como um instrumento de garantias de direitos e não como fiscalizador da população (SANTOS e NORONHA, 2013, p. 58). 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 26/35 população, em seus aspectos sociais, raciais, de gênero, políticos, ideológicos e culturais; situações em que o recolhimento de informações possam promover a aproximação com a realidade da população, e não o controle social ou o inquérito; oportunidades para a socialização de informações e a discussão de direitos; possibilidades de mobilização e a organização da sociedade civil; espaços para a articulação democrática com outros pro�ssionais a �m de buscar, coletivamente, ações que contribuam com a transformação da realidade. Desde o início deste Capítulo, re�etimos sobre a forma como acontece a operacionalização do instrumental técnico-operativo do Serviço Social por meio de de�nições fundamentais de quais são os instrumentos utilizados. Contudo, pudemos perceber que a prática do assistente social não é neutra e desconectada do real, ou seja, o pro�ssional sempre expressa em sua linguagem e posicionamentos a que/quem se destina a sua ação, qual o seu objetivo/�nalidade. Sendo assim, ele lança mão de bases teóricas para nortear a sua intervenção. É importante ressaltarmos que o exercício pro�ssional no período histórico que vamos estudar, transcorre pela ditadura militar, iniciada em 1964, e perdurou por 20 anos. Aqui, buscaremos aprofundar o seu conhecimento a respeito das direções teóricas que in�uenciaram o exercício da pro�ssão no início de seu processo de consolidação e institucionalização no Brasil. Vamos começar? Então, 2.3 Influências no instrumental profissional: Anos de 1950- 1960 (e parte dos anos de 1970) 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 27/35 acompanhe-nos! No período que compreende o surgimento da pro�ssão, entre os anos de 1930- 1950, podemos a�rmar que o modelo assistencial era pautado em intervenções sob a in�uência da perspectiva funcionalista. Saiba que as ideias fundamentais do funcionalismo podem ser caracterizadas a partir das concepções de sociedade e de sujeito. Segundo seus princípios, todo conjunto social tende necessariamente ao equilíbrio do todo, ou seja, as relações sociais são um conjunto de expectativas mutuamente ajustadas de ações recíprocas. O desequilíbrio da sociedade representa um desajuste funcional e a solução está na capacidade da estrutura em diversi�car o conjunto disfuncional sob a forma de uma nova estruturação, então integrada e tornada funcional. O con�ito, por exemplo, é um dos fatores principais de toda mudança social e representa um desequilíbrio nas partes constitutivas de um todo social. Deste modo, considere que toda expressão de con�ito deve ser excluída, seja por meio do consenso (convencimento; acordo) ou/e da coerção (física, ideológica, moral, cultural). 2.3.1 Direção teórica: A influência do funcionalismo Neste contexto, surgem as primeiras Escolas de Serviço Social, em estabelecimentosisolados, por meio da ação direta da Igreja Católica, da participação do empresariado e com apoio �nanceiro do Estado. Entre 1930 e 1945 foram criadas 14 Escolas de Serviço Social (ESSs), sendo que 57,14% delas surgiram na região sudeste em virtude da história da pro�ssão estar articulada à emergência da sociedade urbano-industrial, além de ser o Rio de Janeiro a capital do país e, consequentemente, comportar maior presença do Estado. VOCÊ SABIA? 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 28/35 Quanto à concepção de sujeito, o funcionalismo difunde uma visão de que o ser humano é um fenômeno natural que se desenvolve somente a partir de sua integração à sociedade. Não existe sujeito isolado; ele deve ser ajustado ao todo, cabendo a sociedade criar recursos (educação, assistência, saúde etc.) para que a integração do maior número de sujeitos seja possível. No âmbito de atuação do Serviço Social, a perspectiva funcionalista manteve sua in�uência a partir de algumas ideias e ações. Quais são elas? Ao assistente social caberia tentar suprir as carências, principalmente, as necessidades biológicas de sobrevivências, como a questão da higiene pessoal relacionada à conservação da saúde, por exemplo. Os sujeitos deveriam receber ajuda a �m de superar a sua situação de miséria e ter acesso aos bens que foram criados para o seu uso. Neste contexto, é válido para compreendermos a interface com a concepção religiosa, com base no princípio da igualdade e dignidade. As práticas estavam voltadas para um caráter empirista, guiadas simplesmente pelos objetivos a serem atingidos. Nos princípios e valores que orientavam esta prática prevaleceram a ideia de que o indivíduo é o responsável pela sua situação de pobreza e constituiria um imperativo ético religioso ajudá-lo a superar a situação. E a ordem social deveria atender aos imperativos da natureza humana, mas se esta ordem fere a dignidade do homem é porque a degradação se re�ete nele, cabendo ao pro�ssional educá-lo, integrá-lo, reformá- lo para que a ordem fosse perfeita. 2.3.2 Principais características: ideias e ações A respeito de uma leitura crítica sobre a questão do consenso e da coerção, vale a pena você conferir a obra do intelectual italiano Antônio Gramsci. Pautado em uma perspectiva marxista, o autor também escreveu sobre outras temáticas como hegemonia, ampliação do Estado, papel do intelectual orgânico, sociedade civil, entre outras. Não só as suas obras, por exemplo, o admirável Cadernos do Cárcere, mas sua história de vida são interessantes para re�etirmos sobre a sociedade em que vivemos. VOCÊ O CONHECE? 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 29/35 Dentro de uma perspectiva crítica, podemos apontar que, neste período histórico, a pro�ssão assume um projeto moralizador, por meio de uma visão técno-burocrática buscando a e�cácia e e�ciência para a execução do projeto moralizador e cienti�cista elaborado pelas elites brasileiras em pleno processo desenvolvimentista. As ideias defendidas giram em torno da “participação” como adesão/integração, da ênfase nas abordagens individualistas, psicologizantes e quantitativas, por meio da metodologia do caso diagnóstico e tratamento (caso, grupo e comunidade), da visão reducionista da técnica e da defesa da neutralidade. En�m, podemos dizer que a �nalidade é a busca da “harmonia social” por meio de triagens aconselhamentos, visitas domiciliares, cujo público-alvo era o cliente, o grupo ou a comunidade carente. Você deve estar se perguntando se podemos pensar na atuação pro�ssional pautada na perspectiva funcionalista apenas entre os anos abordados, certo? Acreditamos que não. Ainda hoje, muitos pro�ssionais atuam de modo semelhante, seja inconscientemente ou intencionalmente, fazendo isso por escolha. Este fator evidencia que, cada vez mais, a prática pro�ssional é direcionada por uma teoria determinada historicamente e caberia ao assistente social – e a categoria como um todo –, revisitar conteúdos, instrumentos, práticas, objetivos. En�m, revisitar o passado para compreender o presente e planejar futuro. 2.3.3 Finalidade Caso você deseje aprofundar seu conhecimento sobre a perspectiva do desenvolvimento de comunidade no Brasil, indicamos como leitura obrigatória o livro de Sa�ra Bezerra Ammann, cujo título é Ideologia do Desenvolvimento de Comunidade no Brasil. A autora reporta-se ao período compreendido entre os anos de 1950 e �nal dos anos de 1970, e expõe as iniciativas empreendidas a �m de levar o país a um possível desenvolvimento. VOCÊ QUER LER? 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 30/35 E como funcionou nos anos seguintes? A partir de meados dos anos de 1970 e início dos anos de 1980, o Brasil vivencia um período considerado fundamental do ponto de vista histórico. Por quê? Somente a partir de 1974 houve um retorno parcial dos direitos civis e políticos, conhecido como um período de “abertura” política, pois o país estava vivenciando o período de ditadura militar iniciado 10 anos antes. As lutas sociais apontaram para um período de transição democrática, uma vez que o Estado ditatorial procurou dar respostas às reivindicações da classe trabalhadora implementando medidas como a incorporação das empregadas domésticas e dos trabalhadores autônomos no sistema previdenciário e a criação do Ministério da Previdência e Assistência Social (CARVALHO, 2006). Neste período, o trabalho do assistente social continua a ser incorporado a �m de dar repostas para as demandas sociais. Deste modo, você compreenderá neste item a relação do exercício pro�ssional do assistente social e a direção teórica-metodológica adotada pela categoria neste contexto. Acompanhe-nos! A partir de meados dos anos de 1970, atuação pro�ssional sofre a in�uência da fenomenologia. O que isso signi�ca? Em linhas gerais, quer dizer “estudo do fenômeno”. Ainda não �cou claro? Então, vejamos isso melhor. Para a fenomenologia, fenômeno é a essência das coisas como signi�cada pela consciência, pois a consciência não assimila as essências das coisas, mas lhes dá signi�cados. Neste sentido, cabe destacarmos alguns conceitos que são essenciais para a fenomenologia: subjetividade, consciência e experiência. A subjetividade é assimilada por meio da experiência; a experiência produz a consciência; por sua vez, a essência da consciência é construir o mundo dos sentidos. Resumindo: o importante para a fenomenologia é o que os homens sentem e não como eles vivem. O objetivo é buscar explicar a essência da consciência como ela aparece em suas relações com o mundo vivido do sujeito. 2.4 Influências no instrumental profissional: Anos de 1970 - 1980 2.4.1 Direção teórica: a influência da fenomenologia 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 31/35 Para isto, a fenomenologia busca desenvolver um novo método por meio de uma nova lógica: a lógica compreensiva, que desvele a maneira própria da consciência de se situar no mundo. Para que você compreenda melhor como acontece a in�uência da fenomenologia na prática, observe com atenção o caso a seguir. O que você observou na postura do pro�ssional em seu papel de mediador de um grupo? Perceba que a assistente social pautou a sua intervenção na usuária, na sua situação por meio de uma visão psicologizante e individual. Em nenhum momento atentou para as expressões da questão social evidenciadas pela usuária; além de não praticar um olhar ampliado sobre suas demandas, que incluía a degradante situação em que se encontrava o �lho da usuária. Em uma perspectiva crítica, a atuação destapro�ssional poderia ser a de encaminhar essa usuária ao Conselho Tutelar, para o acompanhamento da situação de seu �lho, além de também encaminhá-la à justiça para requerer uma possível pensão alimentícia para o adolescente e, talvez, a aproximação com seu genitor. Poderia também realizar uma visita domiciliar e institucional à última escola em que o adolescente estudou, a �m de compreender de que forma esta A assistente social de uma instituição, que oferta serviços da política de assistência social, utiliza o trabalho com grupo como um de seus instrumentos. Durante o grupo, ela conduz uma dinâmica que objetiva que os usuários falem sobre suas famílias. Uma das usuárias fala muito sobre seu �lho. Diz que ele tem 12 anos, nunca teve contato com seu genitor, não estuda e está envolvido com o trá�co de drogas. A postura da assistente social neste momento dirige-se a solicitar a usuária que pare, respire fundo, olhe pra si mesma e re�ita sobre esta situação. Posteriormente, pergunta como ela se sente e pede aos demais participantes que ajudem a usuária, no sentido de acalmá-la, de acolhê-la, de permitir que se sinta mais segura e fazer com que ela compreenda que esta experiência vai passar e irá ensiná-la muitas coisas. ESTUDO DE CASO 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 32/35 situação está relacionada ao ambiente onde vive e sua relação com vizinhos, familiares, professores etc. En�m, a assistente social poderia utilizar vários instrumentos com o objetivo de atender as demandas da usuária com um todo. Ainda sobre o período ditatorial, com o agravamento das expressões da questão social, o Estado adota a estratégia de alternar repressão e assistência, a �m de preservar a “harmonia social” sob os preceitos da segurança versus políticas assistenciais. Neste cenário, os assistentes sociais foram desa�ados a responderem às demandas do Estado, operacionalizando as políticas sociais que assumiam o papel de garantir a manutenção da mão de obra e o aumento da produtividade social do trabalho. Logo, o assistente social também estava inserido em um processo coletivo de renovação da pro�ssão rumo ao rompimento com o conservadorismo, principalmente, ao �nal dos anos de 1970 e início dos anos de 1980. Além disso, neste período alcançou maturidade intelectual em virtude da aproximação com teorias críticas. Ao questionar a realidade social, pautou-se em uma perspectiva crítica quanto ao sistema capitalista e à exploração da classe trabalhadora, com vistas à transformação social como um todo, e não mais no âmbito individual, de grupos ou de comunidades. Analisando criticamente a in�uência da fenomenologia na atuação pro�ssional, você pode perceber que o atendimento estava voltado fundamentalmente para o sujeito, suas indagações e experiências com base em uma visão holística do 2.4.2 Principais características: ideias e ações No período que estamos abordando, essa postura pro�ssional está amparada por uma perspectiva de reatualização do conservadorismo. A pro�ssão retoma valores da ética cristã, pautando-se nos valores pessoais, na ajuda psicossocial e no diálogo. Contudo, cabe a você ter em vista que, neste período, a pro�ssão também sofre in�uências do processo de renovação pro�ssional. Podemos citar como exemplo, o Movimento de Reconceituação (1965-1975) vivenciado pela pro�ssão em toda América Latina, que representou a indagação dos pro�ssionais quanto ao seu papel funcional para a superação do subdesenvolvimento. 2.4.3 Finalidade 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 33/35 homem. Ao assistente social caberia a “autoajuda”; uma intervenção social provocando o desenvolvimento da consciência de modo a assegurar a “participação” e/ou criação de novos mecanismos de cooperação mútua, a �m de impedir a marginalização. Neste contexto, entenda que é fundamental a interação “pro�ssional e cliente” e a tendência à centralização nas dinâmicas individuais e o viés psicologizante. Ainda nos dias atuais, essa tendência está presente na atuação pro�ssional. Contudo, a visão hegemônica da categoria é a questão do rompimento com o conservadorismo, que se remete à concepção de ruptura com o papel tradicionalmente assumido, de tutela e controle das classes subalternas, por meio da renovação, que busca conferir à pro�ssão a legitimidade da ação pro�ssional para além da mera demanda institucional e do sujeito individual (IAMAMOTO, 2002). Concluímos nosso estudo sobre o emprego do instrumental técnico-operativo do Serviço Social na atuação pro�ssional. Agora, você já tem a compreensão de que teoria e prática são indissociáveis e indispensáveis ao exercício da pro�ssional, já que sustentam a utilização dos instrumentos e técnicas. Você também já tem o entendimento sobre alguns dos instrumentos que são utilizados pelo assistente social e por outras pro�ssões, e entendeu que eles possuem uma base teórica e são historicamente determinados. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: CONCLUSÃO reconhecer o dilema da fragmentação teoria e prática, podendo identi�car alguns pontos relevantes como o que sustenta esse dilema e sua relação com a teoria social marxiana; entender os desa�os e estratégias referentes à relação teoria e prática no âmbito da prática pro�ssional; conhecer os instrumentos utilizados pelo Serviço Social, e também por outras pro�ssões, como a visita domiciliar, a entrevista e o trabalho com grupo; 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 34/35 aprender sobre os instrumentos que são próprios do trabalho do Serviço Social e que requerem a habilidade do assistente social enquanto um técnico especializado, a �m de emitir a sua opinião sobre determinada situação; assimilar as in�uências no instrumental pro�ssional, a partir de perspectivas teóricas como o funcionalismo e a fenomenologia; compreender que as in�uências teóricas que norteiam os instrumentos e, consequentemente, a intervenção do assistente social, estão compreendidas em um determinado contexto historicamente. Clique para baixar conteúdo deste tema. AMMANN, S. B. Ideologia do Desenvolvimento de Comunidade no Brasil. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2003. CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil – o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. FORTI, V.; GUERRA, Y. Na prática a teoria é outra? In: FORTI, V.; GUERRA, Y. (Orgs.). Serviço Social: Temas, Textos e Contextos. 4. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013. Referências 26/05/2022 10:59 Práticas em serviço social I https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=tDKuxphEyPzHVTXbKlDnIA%3d%3d&l=Kvgr31N4XVVjCoYxvepXTA%3d%3d&cd=DkGZG… 35/35 GUERRA, Y. Comunicação Oral – Ensaio teórico. Eixo Temático: Formação Pro�ssional/Fundamentos/História-Teoria-Método “No que se sustenta a falácia que 'na prática a teoria é outra?'”. Disponível em: (http://cressrn.org.br/�les/arquivos/5psf5T389obx1M5sq112.pdf)http://c ressrn.org.br/�les/arquivos/5psf5T389obx1M5sq112.pdf (http://cressrn.org.br/�les/arquivos/5psf5T389obx1M5sq112.pdf). Acesso em: 27 jul. 2021. IAMAMOTO, M. V. Divisão do Trabalho e Serviço Social. In: Renovação e Conservadorismo no Serviço Social – Ensaios críticos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2002. MOREIRA, C. F. N. O trabalho com grupos em Serviço Social: a dinâmica de grupo como estratégia para re�exão crítica. São Paulo: Cortez, 2014. NETTO, J. P. Ditadura e Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2004. PEREIRA, L. D. Política Educacional Brasileira e Serviço Social: do confessionalismo ao empresariamento da formação pro�ssional. Rio de Janeiro, 2007. Tese de Doutorado em Serviço Social apresentada à Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro.SANTOS, C. M.; NORONHA, K. O Estado da Arte sobre os Instrumentos e Técnicas na Intervenção Pro�ssional do Assistente Social – uma Perspectiva Crítica. In: FORTI, V.; GUERRA, Y. (Orgs.). Serviço Social: Temas, Textos e Contextos. 4. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013. SANTOS, C. M. Na Prática a Teoria é Outra? Rio de Janeiro. Lúmen Júris, 2010. VASCONCELOS, A. M. Serviço Social e Prática Re�exiva. Em Pauta, Rio de Janeiro, v. 10, 1997. http://cressrn.org.br/files/arquivos/5psf5T389obx1M5sq112.pdf http://cressrn.org.br/files/arquivos/5psf5T389obx1M5sq112.pdf
Compartilhar