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ÍNDICE Apresentação 1 3 Apresentação 2 12 Apresentação 3 22 Apresentação 4 31 Apresentação 5 41 Apresentação 6 51 Apresentação 7 60 Apresentação 8 69 Apresentação 1 – MATÉRIA Estrutura da matéria Átomos e elementos químicos Transformações da matéria (no modelo microscópico e em reações químicas) 3 Matéria A matéria é formada por átomos, partículas submicroscópicas de tamanho tão reduzido que não podem ser observadas por microscópios convencionais. A matéria pode se apresentar nos estados sólido, líquido e gasoso. Em cada estado físico, as partículas estão em maior ou menor movimento. Sólido Líquido Gasoso 4 Mudanças no estado físico da matéria 5 Constituição da matéria Os prótons e nêutrons se agrupam no núcleo do átomo. Os elétrons, muito menores e mais leves, se movem constantemente ao redor do núcleo, formando a eletrosfera. O átomo é formado por prótons (carga positiva), nêutrons (carga neutra) e elétrons (carga negativa). 6 Átomos e elementos químicos Elemento químico é um conjunto de átomos com características semelhantes; é representado por um símbolo formado por uma ou duas letras, sempre com a inicial em maiúscula. Grafite de um lápis Representação da grafita O elemento químico carbono, que compõe a grafita de um lápis, é formado por átomos do mesmo tipo. 7 Transformações químicas As substâncias químicas são formadas por combinações entre os diferente elementos químicos ou por átomos de um mesmo elemento químico. Cada substância é representada por uma fórmula química própria, que informa os elementos químicos que a compõem, bem como a quantidade de cada um. Uma molécula de gás oxigênio é formada por dois átomos do elemento químico oxigênio (O), e sua fórmula química é O2. A água é formada por dois átomos de hidrogênio (H) combinados a um átomo de oxigênio (O); a fórmula química da água é H2O. 8 Ligações químicas Os átomos podem formar combinações entre si por meio de ligações químicas, que envolvem a transferência ou o compartilhamento de elétrons. Dependendo de como ocorre, uma ligação química pode ser classificada em três categorias: iônica, covalente ou metálica. As ligações iônicas ocorrem sempre entre cátions e ânions e dão origem a compostos iônicos, ou substâncias iônicas. Esse tipo de ligação mantém os elementos químicos fortemente unidos e geralmente ocorre entre um metal e um não metal. 9 Ligação covalente Nas ligações covalentes, os átomos compartilham um ou mais elétrons entre si. Nenhum dos elementos químicos cede ou recebe elétrons do outro. Esse tipo de ligação ocorre em moléculas formadas por não metais e dá origem a substâncias covalentes, ou substâncias moleculares. 10 Ligação metálica Ocorre entre elementos químicos do grupo dos metais. Nos átomos da maioria dos metais, a atração entre o núcleo e os elétrons mais distantes dele é fraca. Esses átomos podem transferir elétrons facilmente, tornando-se cátions. Os elétrons livres formam uma “nuvem eletrônica”, que é responsável por manter os cátions fortemente aderidos entre si. A abundância de elétrons livres está relacionada à boa condutibilidade de calor e de eletricidade. Representação simplificada da estrutura de uma barra de sódio. Cada átomo cede um elétron, tornando-se um cátion. 11 Apresentação 2 – ONDA SONORA As ondas O som 12 Ondas O ponto mais alto da onda é chamado de crista. O ponto mais baixo da onda é chamado de vale. Amplitude é a distância entre a crista ou o vale até o ponto de equilíbrio. A distância entre duas cristas consecutivas (ou dois vales) é chamada comprimento de onda, que é representado pela letra grega lambda minúscula (λ). O movimento da mão causa uma perturbação na corda (pulso). As perturbações periódicas que se propagam sem transportar matéria recebem o nome de ondas. 13 Tipos de ondas Quanto à direção de propagação e a direção de oscilação Quanto ao meio em que se propagam Longitudinal Transversal Mecânica Eletromagnética A perturbação oscila de maneira perpendicular à Propagação. A oscilação e a propagação têm a mesma direção. Depende de um meio material para se propagar (como uma corda). Não depende de um meio material para se propagar (propaga-se no vácuo). 14 Ondas transversais e longitudinais Representação simplificada de uma onda transversal (A) e uma onda longitudinal (B) com mesmo comprimento. 15 Propriedade das ondas As ondas não transportam matéria. O barco se movimenta apenas na vertical quando uma onda passa por ele, não se deslocando. 16 Som O som é uma sensação que temos quando as ondas sonoras são captadas pelas orelhas e interpretadas pelo cérebro. As ondas sonoras são ondas mecânicas, pois dependem de um meio material (ar ou a água) para se propagar. Também são longitudinais, pois as oscilações (compressões e expansões) ocorrem na mesma direção que a propagação da onda. 17 Espectro sonoro O conjunto de todas as frequências possíveis para as ondas sonoras compõe o espectro sonoro. O sistema auditivo humano é capaz de captar ondas sonoras com frequência entre 20 Hz e 20 000 Hz, que compõem o espectro audível. Abaixo dessa faixa, existe o chamado infrassom ou subsom; acima dela, o ultrassom. Outros animais conseguem ouvir faixas diferentes do espectro sonoro. 18 Propriedades do som Velocidade de propagação Altura A altura diz respeito à frequência das ondas sonoras: sons altos são aqueles com frequências elevadas, que são percebidos como agudos. Assobios ou o miado de um gato são agudos (altos). Sons com frequências baixas são percebidos como graves, como o trovão. A velocidade das ondas sonoras depende do meio em que se propagam. É favorecida quando as partículas do meio estão mais próximas e mais aderidas entre si. 19 Propriedades do som Intensidade Timbre É o volume do som. Está relacionada à quantidade de energia que a onda transporta: quanto mais intensa, maior é a quantidade de energia transportada. Timbre é a característica que permite diferenciar dois sons de mesma altura, mas produzidos por fontes diferentes. Cada pessoa tem um timbre de voz. 20 Eco As ondas sonoras atingem uma superfície, parte delas é absorvida e parte é refletida de volta. Isso pode originar o eco, fenômeno que ocorre quando ouvimos o mesmo som duas vezes, uma após a outra. Muitos animais, como golfinhos e morcegos, utilizam essa propriedade do som para localizar obstáculos, parceiros e possíveis presas – é a chamada ecolocalização. 21 Apresentação 3 – ONDAS ELETROMAGNÉTICAS Do rádio à luz visível (sistemas de transmissão e recepção) Do ultravioleta ao raio gama Aplicações das ondas (radiações) eletromagnéticas (Medicina) 22 Ondas eletromagnéticas A luz visível, o infravermelho, os raios ultravioleta, os raios X são exemplos diferentes de um mesmo tipo de fenômeno, as ondas eletromagnéticas. São transversais e podem se propagar no vácuo. Espectro eletromagnético (quanto maior a frequência, menor é o comprimento de onda) No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas se deslocam com a mesma velocidade, conhecida como velocidade da luz, de aproximadamente 3 x 108 m/s (300 000 km/s). 23 Do rádio à luz visível 1 - Ondas de rádio: comumente utilizadas em sistemas de comunicação, como rádio, televisão, telefonia celular, entre outros. 2 - Micro-ondas: que podem ser utilizadas, entre outros, em sistemas de telecomunicação por satélite, por exemplo: funcionamento de radares e em fornos micro-ondas para aquecer alimentos. 3 - Infravermelho: relacionadas à transmissão de calor. Podem ser usadas no funcionamento de sensores de presença, controles remotos de eletroeletrônicos, câmeras noturnas, entre outros. 4 - Luz visível: perceptíveis pela visão humana, formadas por cores com frequências específicas. 24 Do ultravioleta ao raio gama 5 - Ultravioleta: emitidas pelo Sol e por alguns equipamentos elétricos, como lâmpadas. 6 - Raio X: com capacidade de atravessar diversos tecidos do corpo humano, são largamente utilizadas na realização de exames médicos não invasivos. 7 - Raios gama:alta energia, utilizadas de forma controlada em tratamentos médicos de algumas doenças. 25 Telecomunicações: ondas de rádio Representação da emissão de ondas de rádio AM. Representação da emissão de ondas de rádio FM. Nos sistemas de comunicação que utilizam de ondas de rádio, a emissão das ondas é geralmente feita por aparelhos transmissores instalados em torres, e sua recepção é feita por equipamentos como televisão, rádio e telefone celular, que atuam como receptores. As ondas de menores frequências (entre 103 Hz e 106 Hz), como aquelas emitidas por emissoras AM (da sigla amplitude modulada). Ondas de rádio que têm frequências maiores, como as emitidas por emissoras FM (da sigla frequência modulada) e alguns sinais de televisão, têm comprimento de onda menor. 26 Telecomunicações: micro-ondas Representação da emissão de ondas retransmitidas por torres ou satélites artificiais. As micro-ondas são ondas eletromagnéticas na faixa de frequência entre 109 Hz e 1011 Hz. Essas ondas dão o nome ao aparelho que pode ser utilizado em cozinhas para aquecer alimentos e bebidas – o forno de micro-ondas. Em algumas transmissões de televisão e telefonia móvel, a retransmissão é feita por satélites artificiais. 27 Internet sem fio A conexão à internet sem fio pode ocorrer de duas maneiras principais: pela rede de telefonia celular ou por redes wi-fi. A rede wi-fi conta com um roteador sem fio, que se comunica via micro-ondas com outros equipamentos – computadores, impressoras ou smartphones, por exemplo. O roteador geralmente se conecta via cabo a um modem, que faz a conexão com a rede de computadores da operadora de internet. 28 Aplicações na Medicina Os raios X atravessam uma variedade maior de materiais. No corpo humano, os raios X atravessam a musculatura e as vísceras com mais facilidade do que atravessam os ossos. Isso permitiu o desenvolvimento da radiografia, técnica de diagnóstico utilizada para “visualizar” o corpo por dentro. A ultrassonografia funciona de maneira análoga à ecolocalização. O equipamento possui um sensor capaz de detectar as ondas refletidas de volta ao aparelho, e as imagens são produzidas com base nessa informação. A ultrassonografia é empregada para acompanhar o desenvolvimento do feto durante a gestação ou para investigar o desenvolvimento de tumores. 29 Raios ultravioletas No espectro eletromagnético, os raios ultravioletas, designados como raios UV, são radiações com faixa de frequência na ordem de 1015 Hz a 1017 Hz. A radiação ultravioleta está presente nos raios solares e também pode ser emitida por fontes artificiais, como lâmpadas fluorescentes e câmaras de bronzeamento artificial. Ela é dividida em três faixas de frequência: UV-A, UV-B e UV-C. 30 Apresentação 4 – GENÉTICA O surgimento da Genética Principais conceitos em Genética Mendel e as ervilhas Hereditariedade 31 Gregor Mendel Gregor Mendel (1822-1884) Jovem monge que vivia em um mosteiro em Brno (na atual República Tcheca). Frequentou a Universidade de Viena, onde tomou conhecimento do método científico. Percebeu que as plantas podiam variar bastante em suas características. Fez experimentos com plantas de ervilha no jardim do mosteiro para estudar a hibridação (o cruzamento entre plantas com características distintas). 32 Mendel e as ervilhas Primeiro cruzamento das ervilhas-de-cheiro realizado por Mendel neste experimento. Motivos da escolha de ervilhas: Fácil cultivo e crescimento rápido (várias gerações em um intervalo de tempo curto). Variedades com características facilmente observáveis, como a forma das vagens, a cor das flores, a textura das sementes, entre outras. Produzem grande número de sementes. Hermafroditas (permitem autofecundação). Em seus estudos de cruzamento de plantas, Mendel utilizou ervilhas da espécie Pisum sativum (ervilha-de-jardim ou ervilha-de-cheiro). 33 Experimento de Mendel A. As plantas escolhidas para o cruzamento foram chamadas de Geração Parental (P). Foi realizada a autofecundação. B. As sementes obtidas foram plantadas e deram origem a novas plantas – mais tarde chamadas Geração F1. Todas as plantas de F1 tinham sementes lisas. C. As plantas da F1 foram autofecundadas. D. As plantas da geração seguinte – mais tarde denominada Geração F2 (originada da autofecundação da F1) – apresentaram sementes rugosas e lisas. 34 Interpretações de Mendel As características das plantas são decorrentes da combinação de fatores. Os fatores são transmitidos de uma geração a outra. Há fatores dominantes (representados por letras maiúsculas) e fatores recessivos (representados por letras minúsculas). Os fatores estão organizados aos pares. Os fatores devem se separar na formação dos gametas, de modo que cada gameta possua apenas um dos fatores. Os fatores, na planta híbrida, não se misturam; eles estabelecem uma relação de dominância. 35 Surgimento da Genética Os chamados fatores de Mendel são os genes, e eles estão nos cromossomos. Avanços dos estudos das células, dos microscópios e a descoberta dos cromossomos possibilitaram surgimento da Genética. 36 Os trabalhos de Mendel não foram reconhecidos pela comunidade científica da época Não era costume aliar o raciocínio matemático e estatístico aos assuntos da Biologia Não havia conhecimento suficiente a respeito das células e não se conheciam os genes DNA, cromossomos, genes e alelos Nos organismos eucarióticos, a transmissão de informações genéticas é coordenada pelo núcleo das células, onde se encontra o material genético. O núcleo das células eucarióticas apresenta DNA (ácido desoxirribonucleico) como material genético, que está compactado e bastante condensado formando os cromossomos. Gene é um trecho de DNA com informação para a produção de uma proteína. Cada uma das diferentes versões de um gene que estão pareados em cromossomos homólogos é chamada de alelo. 37 Homozigose, heterozigose, genótipo e fenótipo O conjunto de genes responsáveis por uma característica recebe o nome de genótipo (representado por duas letras). As características que se manifestam é o fenótipo (resultado do genótipo em interação com o ambiente). Se os alelos de um gene são idênticos, o indivíduo é homozigótico (homozigose). Se os alelos de um gene são diferentes, o indivíduo é heterozigótico (heterozigose). 38 Variabilidade genética A reprodução sexuada é responsável pela variedade genética, já que na formação do zigoto são combinados cromossomos paternos e maternos. 39 Hereditariedade e genética Transmissão de características de uma geração para outra (cruzamento de gametas) Hereditariedade Dos pais para seus descendentes Exemplo de árvore genealógica: representação do histórico de ancestrais e descendentes de uma família. 40 Apresentação 5 – EVOLUÇÃO Diversidade dos seres vivos (origem da biodiversidade, ideias de Lamarck e Darwin) 41 Ideias de Lamarck 42 1. Tendência para o aumento da complexidade 2. Surgimento de órgãos em função de necessidades 3. Desenvolvimento ou atrofia de órgãos (lei do uso e do desuso) 4. Lei da transmissão dos caracteres adquiridos Ideias de Darwin Entre os anos de 1831 e 1836, Darwin fez uma viagem ao redor do mundo e se perguntou sobre as diferenças entre as espécies. Fez várias observações e coletas, que foram registradas em seu diário de bordo. Ele começou a contestar o fixismo, rascunhando algumas ideias que seriam a base de sua teoria sobre evolução. 43 Ideias de Darwin Uma coleta importante durante a viagem foi a de algumas aves conhecidas como tentilhões, encontradas no arquipélago de Galápagos, na costa do Equador. Os tentilhões possuíam diferentes formatos de bicos, e cada ilha do arquipélago de Galápagos apresentava tentilhões com características próprias. Ele verificou que os tentilhões coletados eram de espécies distintas. Darwin supôs que todas as espécies de tentilhões das ilhas de Galápagos teriam surgido de uma única espécie ancestral, que ele chamou de ancestral comum. Representação esquemática de algumas espéciesde tentilhões observadas por Darwin. 44 Ideias de Darwin e Wallace 45 1. Todos os organismos descendem de ancestrais comuns 2. Seres vivos apresentam alto potencial reprodutivo 3. Seres vivos competem por recursos, que são limitados 4. Os indivíduos de uma população são diferentes entre si 5. Seleção natural é o principal agente de atuação sobre as variações dos indivíduos Lamarck O ambiente induz os seres vivos a mudar. Em um ambiente, uma estrutura do corpo que é muito utilizada tende a se desenvolver, e uma estrutura que não é muito utilizada tende a se atrofiar. As estruturas resultantes do uso ou desuso passam para a próxima geração. Darwin Os indivíduos com características mais favoráveis a determinada condição ambiental têm mais chances de sobreviver e de se reproduzir. Indivíduos com características favoráveis tendem a produzir número maior de descendentes, que poderão herdar essas características. As espécies atuais surgiram de espécies ancestrais, que se modificaram ao longo do tempo. 46 Neodarwinismo De acordo com a teoria sintética da evolução – a teoria aceita atualmente para explicar a diversidade de seres vivos –, novas características podem surgir por mutações, ou seja, por alterações nos genes. 47 Evidências da evolução Muitas vezes, espécies distintas apresentam estruturas semelhantes. Dizemos que tais estruturas são homólogas quando se desenvolveram de um ancestral comum, mesmo que elas tenham funções diferentes. Órgãos que não têm a mesma origem embriológica, mas apresentam funções semelhantes, como as asas de uma ave e de um inseto. Essas estruturas são chamadas de órgãos análogos. 1. Órgãos homólogos 2. Órgãos análogos 3. Fósseis A existência de fósseis é o mais forte indício de que o nosso planeta já foi habitado por seres que não existem mais nos dias de hoje. 48 Especiação 1. Os indivíduos cruzam entre si. 2. Com o passar dos anos, pode surgir uma barreira geográfica, uma montanha ou um rio largo, por exemplo, que separe duas populações, impedindo o cruzamento entre elas. 3. As populações podem acumular tantas diferenças que passa a existir uma incompatibilidade reprodutiva entre ambas, formando duas espécies distintas. 49 Aspectos evolutivos do ser humano Os seres humanos pertencem à ordem Primata, assim como lêmures, orangotangos, gorilas, chimpanzés, bonobos, entre outros. Uma das características dessa ordem é apresentar o polegar em oposição aos demais dedos das mãos. É o que chamamos de polegar opositor. Nos últimos anos, foram descobertos fósseis de espécies extintas de primatas que seriam mais próximas dos seres humanos do que os chimpanzés. Essas espécies são conhecidas como hominíneos. 50 Apresentação 6 – BIODIVERSIDADE E SUSTENTABILIDADE 1 Unidades de Conservação 51 Unidades de Conservação Uma Unidade de Conservação (UC) é uma área protegida legalmente, que pode ser requerida tanto por iniciativa do poder público como da sociedade civil, onde há importantes remanescentes das paisagens naturais com uma representatividade significativa da fauna e da flora. Além da proteção à biodiversidade, essas áreas asseguram a proteção aos recursos hídricos e às populações tradicionais que vivem nessas regiões. UC de Proteção Integral Unidades de Conservação UC de Uso Sustentável Têm por objetivo conservar o ambiente natural e não permitem a habitação humana nem a exploração de recursos naturais. Só são permitidas atividades com uso indireto dos recursos naturais, como ecoturismo e pesquisas científicas, à exceção dos casos previstos em lei. Têm por objetivo compatibilizar a ação humana com a conservação da biodiversidade, admitindo o uso sustentável dos recursos naturais. Nessas UCs, são valorizadas as relações das comunidades tradicionais com a natureza. 52 Unidades de Conservação no Brasil Fonte dos dados: ICMBIO. Unidades de conservação federais, RPPNs, Centros Especializados e Coordenações Regionais. 53 Estação Ecológica Área de posse e domínio públicos destinada à preservação da natureza e à realização de pesquisas científicas. É permitida apenas visitação com objetivo educacional, de acordo com o regulamento específico. Reserva Biológica Área de posse e domínio públicos destinada à preservação da biodiversidade. As únicas interferências permitidas são ações de recuperação de ecossistemas alterados e de manejo para recuperar o equilíbrio natural e preservar a diversidade biológica. É permitida apenas visitação com objetivo educacional, de acordo com o regulamento específico. UC de Proteção Integral 54 Monumento Natural Pode ser constituído de áreas particulares desde que as atividades realizadas sejam compatíveis com os objetivos da UC. Destinado à preservação de lugares singulares, raros e de grande beleza cênica, permitindo diversas atividades de visitação e de pesquisa científica, que estão sujeitas à regulamentação específica. UC de Proteção Integral Parque Nacional Área de posse e domínio públicos destinada à preservação dos ecossistemas naturais e sítios de beleza cênica. São permitidos a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades recreativas, educativas e de interpretação ambiental. 55 UC de Proteção Integral Refúgio da Vida Silvestre Pode ser constituído de áreas particulares desde que as atividades realizadas sejam compatíveis com os objetivos da UC. Destinado à proteção de ambientes naturais para assegurar condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. São permitidas atividades de visitação e de pesquisa científica, que estão sujeitas à regulamentação específica. 56 Área de Proteção Ambiental Área constituída por terras públicas ou privadas. Dotada de atributos naturais, estéticos e culturais importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Tem o objetivo de proteger a biodiversidade, ordenar o processo de ocupação humana e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Área de Relevante Interesse Ecológico Área constituída por terras públicas ou privadas, com o objetivo de preservar os ecossistemas naturais de importância regional ou local. Geralmente, é uma área de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana e com características naturais singulares. Floresta Nacional Área de posse e domínio públicos com cobertura florestal em que predominam espécies nativas. Visa ao uso sustentável e diversificado dos recursos florestais e à pesquisa científica. UC de Uso Sustentável 57 Reserva Extrativista Área de domínio público com uso concedido às populações tradicionais, que exercem suas atividades com base no extrativismo, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Assegura o uso sustentável dos recursos naturais existentes e a proteção dos meios de vida e da cultura dessas populações; permite visitação pública e pesquisa científica. Reserva de Fauna Área de posse e domínio públicos com o objeto de proteger as populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas. São áreas adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. UC de Uso Sustentável 58 Reserva de Desenvolvimento Sustentável Área de domínio público onde vivem populações tradicionais que se baseiam em sistemas sustentáveis de exploração de recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais. Permite visitação pública e pesquisa científica. Reserva Particular do Patrimônio Natural Área privada com o objetivo de conservar a diversidade biológica. São permitidas a pesquisa científica e a visitação turística, recreativa e educacional. É criada por iniciativa do proprietário, que pode contar com o apoio de órgãos integrantes do SNUC na gestão da UC. UC de Uso Sustentável 59 Apresentação 7 – BIODIVERSIDADE E SUSTENTABILIDADE 2 Ações sustentáveis para problemas ambientais e preservação da biodiversidade 60 Preservação e conservação 61 Algunsproblemas em centros urbanos O aumento da concentração de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, e a emissão de material particulado na atmosfera. Lançamento de dejetos humanos ou de outros animais em rios, lagos e mares, uso incorreto de agrotóxicos e fertilizantes nas plantações e lançamento de resíduos sólidos. Excesso de uso de produtos industrializados gera resíduos, como plásticos, isopor, embalagens diversas, papéis, mas, sobretudo, resíduos eletrônicos, que contêm metais pesados. Agricultura gera poluição do ambiente e contaminação pelo uso excessivo de agrotóxicos e fertilizantes. Outro grande problema relacionado aos alimentos é o desperdício. 62 Tripé da sustentabilidade A parte social se refere a um grupo social qualquer, como os habitantes de uma cidade. Propõe-se a criação de medidas que melhorem a qualidade de vida das pessoas nas áreas de educação, saúde, segurança e lazer. A parte econômica vai além do aspecto financeiro de uma sociedade. Ela propõe que a sociedade cresça e se desenvolva, mas que o faça sem comprometer o ambiente. A parte ambiental se refere à conservação do ambiente. Meios de desenvolver projetos que gerem o menor impacto ambiental possível, com alternativas sustentáveis dentro do contexto de cada região, são as chamadas ações sustentáveis. 63 Ações sustentáveis: água Um exemplo de ação sustentável bem-sucedida está na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Nela, o esgoto das residências é utilizado para gerar biogás e adubo por meio da construção de biodigestores. 64 Conter o desperdício Tratamento de esgoto Economia no consumo Reúso de água em residências, na indústria e na agropecuária Ações sustentáveis: ar Um exemplo de ação sustentável para reduzir a poluição do ar é a criação dos ônibus híbridos, que possuem dois motores: um elétrico e um movido a diesel. 65 Incentivo ao uso de fontes de energia renováveis Instalação de filtros potentes em escapamentos de veículos e em chaminés de indústrias Incentivo ao uso dos biocombustíveis e de meios de transporte alternativos aos carros e fiscalização Proibição das queimadas, proteção de áreas florestais e criação de áreas verdes Ações sustentáveis: resíduos A organização não governamental (ONG) Programando o Futuro em Valparaíso, em Goiás, transforma o plástico das carcaças de computadores em filamentos para impressoras 3D. Os computadores consertados pelos alunos são doados para instituições de caridade. 66 Reduzir o consumo Descarte adequado de resíduos Reaproveitamento ou reciclagem de materiais Tratamento de resíduos não recicláveis Ações sustentáveis: alimentos A organização não governamental (ONG) Banco de Alimentos atua combatendo o desperdício de alimentos na cidade de São Paulo. Uma de suas ações é coletar, em estabelecimentos comerciais, alimentos excedentes que estejam dentro do prazo de validade e distribuí-los entre instituições de caridade. 67 Uso adequado de agrotóxicos e de fertilizantes Substituição por opções que não prejudicam o meio ambiente Evitar que alimentos em boas condições sejam jogados no lixo Tratamento de resíduos não recicláveis Desenvolvimento sustentável O desenvolvimento sustentável prevê o uso equilibrado dos recursos naturais voltado para a melhoria da qualidade de vida da presente geração, garantindo as mesmas possibilidades para a geração futura, dentro dos princípios de respeito ao meio ambiente, justiça social e viabilidade econômica. 68 Apresentação 8 – TERRA E ALÉM Astronomia Além da Terra 69 Desenvolvimento da Astronomia Na Grécia antiga, segundo Ptolomeu, a Terra estava em repouso no centro de um sistema de astros e seria o centro do Universo, o que ficou conhecido como modelo geocêntrico. Nicolau Copérnico observou que o Sol está no centro e os planetas giram ao seu redor. O modelo heliocêntrico foi proposto em 1543. Em 1609, Johannes Kepler deu várias contribuições que comprovaram o modelo heliocêntrico, corrigindo imprecisões no modelo de Copérnico. Também em 1609, Galileu Galilei, com uso de telescópio, comprovou as observações de Copérnico e descobriu e analisou as crateras da Lua, os anéis de Saturno e mais de 500 estrelas. Modelo planetário geocêntrico proposto por Ptolomeu na Grécia antiga. Representação do modelo planetário heliocêntrico. 70 Povos e astros A navegação marítima baseou-se por muito tempo na posição dos astros no céu, que podiam ser interpretadas com o auxílio de um astrolábio. Alguns povos indígenas brasileiros utilizavam a constelação Cruzeiro do Sul para orientar-se. Os astros também têm influência na cultura dos povos. Os antigos egípcios explicavam a ocorrência de eclipses por meio do mito de Apep, a serpente da Lua. Orientação espacial Mitos e lendas O movimento aparente do Sol no céu ao longo de um ano é um reflexo do movimento de translação da Terra. Pela periodicidade, diversos povos aprenderam a fazer previsões desses movimentos e a relacioná-los à duração do ano e às estações do ano. Planejamento de plantios e colheitas. Os egípcios realizavam o cultivo às margens do rio Nilo em função das cheias anuais do rio. As fases da Lua são utilizadas por indígenas tupi-guaranis para determinação das épocas de plantio e de dias de caça. Marcação de tempo Agricultura e caça 71 Formação do Sistema Solar Representação esquemática da formação do Sistema Solar. Por conta do movimento de rotação do disco inicial, todos os planetas realizam a translação ao redor do Sol no mesmo sentido. Além disso, as órbitas deles ocupam praticamente o mesmo plano. As nebulosas são gigantescas nuvens formadas principalmente por hidrogênio e hélio, bastante abundantes no Universo. As partículas se atraem formando nuvens cada vez maiores. 72 O Sistema Solar Um sistema planetário é formado por uma estrela e por astros que a orbitam. A Terra se encontra em um sistema planetário chamado Sistema Solar, orbitando o Sol, que conta com oito planetas e diversos corpos celestes menores, como planetas-anões, satélites naturais, asteroides e cometas. 73 Planetas rochosos do Sistema Solar Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são chamados de planetas rochosos ou telúricos. Os planetas rochosos estão mais próximos do Sol, são compostos de elementos químicos mais pesados, possuem o núcleo de ferro e níquel e possui poucos ou nenhum satélite. A estrutura básica deles apresenta algumas semelhanças. Estrutura interna dos planetas rochosos do Sistema Solar. 74 Planetas gasosos do Sistema Solar Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são planetas do Sistema Solar chamados de gasosos, ou Jovianos. Situam-se mais afastados do Sol que os rochosos, após um cinturão de asteroides. Apresentam atmosferas densas em gases, um grande número de satélites e anéis. Estrutura interna dos planetas gasosos do Sistema Solar. 75 Ciclo evolutivo das estrelas As estrelas nascem em regiões do Universo que possuem gás e nuvens de poeira. Quando o hidrogênio está chegando ao fim, a estrela vai colapsar e se tornar uma gigante vermelha. Ao final da fase de gigante vermelha, as camadas externas se espalham no Universo e forma-se a Nebulosa. A estrela se retrairá e se transformará em uma pequena e quente estrela anã branca. As estrelas transformam o hidrogênio de seu núcleo em hélio e liberam muita energia. 76 Além da Terra Uma das principais características que um planeta precisa ter para atender a esse critério é estar situado na zona habitável do seu sistema estelar. É uma região do espaço ao redor da estrela onde a radiação recebida pelo planeta não é nem muito intensa nem muito fraca, mas o suficiente para permitir a existência de água líquida na superfície. A água é indispensável para a vida como a conhecemos; sua presença em um planeta o torna um candidato a abrigar vida. 77 Colonização espacial Estados Unidos e China já manifestaram interesse em estabelecer bases fixas e habitadas na Lua e até em Marte. Essa empreitada exige muitos investimentos em desenvolvimento tecnológico, pois ambosos astros apresentam condições bastante hostis à vida humana. O estabelecimento de uma comunidade permanente na Lua é visto por pesquisadores como um passo intermediário para a colonização de Marte. 78 image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.svg image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.emf image41.png image42.png image43.png image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.png image55.png image56.png image57.png image58.png image59.png image60.png image61.png image62.png image63.png image64.png image65.png image66.png image67.png image68.png image69.png image70.png image71.png image72.png image73.png image74.png image75.png image76.png image77.png
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