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Cariologia- Resumo
dentistica (Centro Universitário Fametro)
Digitalizar para abrir em Studocu
A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade
Cariologia- Resumo
dentistica (Centro Universitário Fametro)
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Baixado por Nathiely Cardoso (nathiely.093437@gmail.com)
lOMoARcPSD|38879482
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Hurian Machado 3 Odontologia UNIG 
 
1 
 
Cariologia 
Aula 1 
Introdução 
 A cárie é uma doença açúcar dependente, 
ou seja, somente surgirá com a presença de 
alimentos cariogênicos como a sacarose. 
 A doença cárie resulta em perda localizada 
de miligramas de minerais dos dentes afetados 
causados por ácidos orgânicos provenientes da 
fermentação microbiana dos carboidratos da dieta. 
 O pH ácido induz a desmineralização do 
esmalte. Envolve a dissolução da fase mineral, 
principalmente os de cristais de hidroxiapatita. 
 A cárie é uma doença multifatorial, ou seja, 
existem vários fatores envolvidos para o 
aparecimento da doença, como por exemplo a dieta, 
tempo, os microrganismos e os próprios indivíduos. 
 
 É necessária a presença desses fatores, 
simultaneamente, na superfície dentária para que 
ocorra a doença. 
 A cárie é considerada um desequilíbrio no 
processo DES-RE (desmineralização e 
remineralização) dos tecidos duros do dente. Este 
processo ocorre constantemente na cavidade bucal. 
 A velocidade na progressão das perdas de 
mineral decorrentes desse desequilíbrio é que 
determinará o surgimento ou não de cavidade 
cariosas. 
¯Evolução da cárie 
 Película adquirida ³ Biofilme dental ³ 
“Amadurecimento do biofilme” ³ Cárie dentária 
a) Película Adquirida 
-Camada acelular; 
-Formação instantânea por processo iônico; 
-Adesão bacteriana; 
-Presença de proteínas salivares; 
-Filme orgânico derivado principalmente da saliva e 
aderido ao esmalte dentário; 
-Espessura de 0,1 a 0,3 mm; 
-Não causa danos ao elemento dental. 
b) Biofilme Dental 
-É formado quando bactérias são capazes de 
colonizar e crescer na superfície do dente; 
-Agregados bacterianos que estão aderidos aos 
dentes ou próteses; 
-Formado após 8 horas. 
c) “Amadurecimento” do Biofilme 
-Adsorção contínua de bactérias específicas da saliva 
ao biofilme; 
-Após 7 dias ocorre a dissolução do esmalte 
superficial; 
-Se não removido, evolui para a cárie. 
-Perda de mineral inicial ³ Aparecimento da 
mancha branca ³ Cavitação 
¯Processo DES-RE 
a) pH crítico (início da desmineralização) 
-Necessário a presença de sacarose; 
-pH < 5,5 leva a perda de cálcio e potássio. 
b) pH neutro (remineralização) 
-Capacidade tampão e ausência da sacarose; 
-Ganho de cálcio e potássio; 
-O flúor ajuda na remineralização. 
Baixado por Nathiely Cardoso (nathiely.093437@gmail.com)
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Hurian Machado 3 Odontologia UNIG 
 
2 
 
¯Classificação da Cárie 
a) Cárie Ativa 
-Aspecto em esmalte: mancha branca, rugosa e 
opaca. 
-Aspecto em dentina: tecido amolecido de cor 
marrom clara. 
 
b) Cárie Inativa 
-Aspecto em esmalte: mancha branca, lisa e 
brilhante. 
-Aspecto em dentina: tecido duro e escurecido. 
 
c) Quanto à evolução do processo 
1. Aguda 
 Segue um curso clínico 
de desenvolvimento rápido, e 
muitas vezes resulta em 
comprometimento precoce da 
polpa dental. 
 Ocorre mais frequentemente em crianças e 
adultos jovens, porque os canalículos dentinários 
possuem maior diâmetro, sem esclerose, tornando a 
dentina altamente permeável aos ácidos. 
 Em razão da rápida evolução do processo 
carioso, não há formação de dentina de reação por 
parte da polpa dental. 
 Frequentemente promove a dor, e possui 
coloração clara com consistência macia e friável. 
2. Crônica 
 É de evolução lenta, 
permitindo a esclerose dos 
canalículos dentinários, com 
consequente menor 
permeabilidade dentinária. 
 Promove a formação de dentina de reção 
(dentina reacionária). 
 Possui coloração castanho escuro com 
consistência dura à remoção. 
 A dor não é característica da cárie crônica, 
ao contrário da cárie aguda 
d) Quanto à sua localização 
1. Cárie de fóssulas e fissuras 
 Localizadas nas superfícies 
oclusais de molares e pré-molares 
e nos sulcos das superfícies linguais 
dos dentes anteriores. 
2. Cárie de superfícies lisas 
Localizados no terço cervical das superfícies 
vestibulares e lingual de todos os dentes. 
 e) Quando ao tipo de processo 
1. Primária 
 Que têm seu início nas cicatrículas, fissuras 
e superfícies lisas dos dentes hígidos. 
2. Secundária 
 As cáries secundárias (recidivas ou 
recorrentes), detectadas ao redor das margens das 
restaurações. 
¯Métodos de Diagnóstico 
1. Exame Visual 
A superfície deve estar limpa, seca e iluminada. 
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Hurian Machado 3 Odontologia UNIG 
 
3 
 
Como avaliar a perda mineral do esmalte no exame 
visual? Existem critérios: 
 Esmalte + secagem breve = área opaca 
Maior perda mineral com aumento de porosidade. 
 Esmalte + secagem longa = área opaca 
Menor perda de mineral com porosidade pouco 
avançada. (Pois precisa secar mais para conseguir 
observar). 
 Esmalte molhado com MBA = grande perda 
mineral 
2. Exame Tátil 
• Desvantagens 
-Pode causar defeitos traumáticos irreversíveis nas 
áreas desmineralizadas; 
-Pode acelerar o processo carioso ou diminuir a 
chance de cura da lesão; 
-Exame pouco confiável para diagnóstico, pois nem 
sempre onde a sonda agarra é cárie, pode ser uma 
depressão; 
-A sonda utilizada no exame tátil deve ser a sonda 
de ponta romba (arredondada); 
-A finalidade do exame tátil é 
remover remanescentes de 
biofilme dentário e detritos 
alimentares após a profilaxia; 
3. Exame Radiográfico (ECM) 
 O exame radiográfico ideal para detecções 
de cárie é o interproximal (bite-wing), pois dente e 
filme ficam paralelos, com imagem nítida. 
 
 
 
4. Transluminação por fibra ótica (FOTI) 
-Utilização de uma fonte de luz pela face 
palatina/lingual; 
-Quando há a presença de lesão de cárie a 
intensidade da luz fica modificada. 
 
5. Separação temporária de dentes posteriores 
-Para possibilitar o exame direto de superfícies 
“escondidas” nas proximais dos elementos; 
-Utiliza-se um separador ortodôntico. 
6. Corantes detectores de cárie. 
-Podem ser empregados para auxiliar na visualização 
de lesões iniciais de esmalte e para delimitar a 
existência e extensão de lesões dentárias. 
Aula 2 
Avaliação do Risco à Cárie 
 É a possibilidade maior ou menor de uma 
pessoa adquirir a cárie, devido a fatores ambientais 
ou congênitos. 
 A determinação do risco à cárie aumenta a 
capacidade do profissional defornecer ao paciente o 
tratamento certo, na ocasião mais oportuna. 
¯Dados necessários 
-Dados do hospedeiro; 
-Dados da microbiota; 
-Dados da dieta alimentar. 
¯Principais fatores de risco 
-Higiene oral deficiente; 
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4 
 
-Presença de grande quantidade de microrganismos 
cariogênicos; 
-Dieta cariogênica; 
-Hospedeiro susceptível; 
-Experiência anterior à cárie. 
¯Prevenção – Controle da doença 
-Diagnóstico precoce e determinação do risco à 
cárie; 
-Controle e procedimento minimamente invasivo. 
¯ Risco à cárie X Atividade de cárie 
a) Risco à cárie: possibilidade de ter ou não a cárie. 
b) Atividade de cárie: dente cariado, seja cavitado ou 
não. 
¯Fatores para o tratamento da doença 
ligados ao paciente 
-Idade: o período crítico para o desenvolvimento de 
lesões cariosas está entre o início da erupção 
dentária até a sua oclusão funcional. 
-Estado motivacional: é o interesse e grau de 
motivação do paciente e núcleo familiar, 
manifestados por uma reação positiva à orientação 
fornecida. 
¯Fatores da doença ligados ao profissional 
1. Modelo de atendimento; 
2. Conhecimento científico; 
3. Habilidade de transmitir o conhecimento. 
¯Situações de Alto risco 
-Pacientes com muitos dentes restaurados, mas que 
há anos não apresentam cárie; 
-Muitos dentes tratados endodonticamente; 
-Dentes como hipoplasia, amelogênese imperfeita; 
-Pacientes portadores de prótese, aparelhos 
ortodônticos ou coroa; 
-Amamentação durante a madrugada para crianças 
que possuem dentes (cárie de mamadeira). 
 
¯Condutas 
a) Baixo risco: sem necessidade de tratamento 
específico. 
b) Alto risco: controle do biofilme dentário, 
fluorterapia, clorexidina e selante. 
c) Paciente com risco e atividade de cárie: 
1. Consultório: adequação do meio bucal, fluorterapia, 
tratamento restaurador. 
2. Caseiro: higiene adequada com a presença do 
flúor. 
Aula 3 
Controle Mecânico do 
Biofilme Dentário 
 
 
 
 O biofilme dentário é uma massa branca, 
amolecida e aderente que se deposita sobre a 
superfície dos dentes. 
 Não é eliminado através de bochechos com 
água, jatos fortes de ar e nem através da mastigação 
de alimentos duros e fibrosos. 
 No dente, o biofilme causa a 
desmineralização e na gengiva pode levar à uma 
inflamação (gengivite) que se evoluir pode gerar um 
quadro de periodontite. 
 A controle mecânico do biofilme dentário é 
o conjunto de medidas que tem como objetivo a 
remoção e prevenção de sua recorrência. O 
controle pode ser mecânico ou químico. 
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5 
 
 O meio mais simples e com melhor custo 
benefício para o paciente é o autocuidado. É o 
conjunto de ações e decisões tomadas pelo indivíduo 
com finalidade de prevenir, diagnosticar e tratar 
qualquer desvio de sua própria saúde. 
 De 75 a 85% dos cuidados de manutenção 
da saúde bucal pode ser realizado pelo próprio 
paciente. O controle mecânico é indispensável para 
o controle da perda mineral e da progressão das 
lesões de cárie, podendo ser potencializado pela 
associação de fluoretos. 
 É realizado pelo próprio paciente 3 
autocuidado e higiêne oral pessoal. 
 Realizado pelo profissional da odontologia 3 
limpeza dentária profissional. 
¯Terapia Curativo-Restauradora 
 Foi durante anos a única forma de 
tratamento odontológico, e visa a eliminação dos 
sintomas das doenças dentárias. Não reduz a 
necessidade de tratamento nem a incidência da 
perda do dente. 
 Hoje, faz-se a prevenção, através da 
flúorterapia, aconselhamento da dieta, controle do 
biofilme dentário e o tratamento da doença cárie 
através de procedimentos operatórios. 
¯Alguns dados sobre a cárie 
 De 13 a 16 anos é o período de maior risco 
à cárie, e 92% das lesões são nas proximais de 
molares e pré-molares. 
 Nos pacientes mais jovens, o local mais 
afetado é na superfície oclusal pois ainda não há 
ponto de contato. 
 5 a 10x mais biofilme dentário se acumula no 
dente em erupção. 
¯Medidas de controle do biofilme dentário 
Iniciar nos dentes e superfícies de risco. 
Educação para saúde: meio mais importante para 
controle de doenças dentárias, para motivar, 
informar, treinar e estabelecer novos hábitos de 
higiene oral. 
¯Meios e métodos de controle de placa 
 Escovas dentais manuais ou elétricas, 
escovas interdentais, escovas unitufo, fios e fitas 
interdentais, passados de fio/fita, palitos dentais e 
limpador e raspador de língua. 
¯Escovação 
Capacidade de controle do biofilme dentário se 
restringe às superfícies livres dos dentes. 
Mais importante do que a frequência é a qualidade 
da limpeza. 
Nenhuma diferença significativa entre diferentes 
métodos de escovação ou tipos de escova. 
1. Escovação Cruzada 
Vestíbulo-lingual. Feita em molares em erupção, por 
exemplo. 
2. Inclinação 45º 
Para dentes em oclusão funcional. Região vestibular 
onde há gengiva. Movimento circular. 
3. Escovas manuais 
-Cerdas macias ou extramacias; 
-Pontas arredondadas; 
-Cabeça compatível com a cabeça do paciente; 
-Material das cerdas sintético (náilon) pois facilita a 
higiene das cerdas. 
4. Escova Elétrica 
Úteis para portadores de deficiências ou doenças 
que levam à limitação da destreza manual. 
5. Escova Unitufo 
Áreas difíceis de serem atingidas pela escova 
tradicional, pacientes portadoras de aparelhos 
ortodônticas fixos e próteses. 
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6 
 
6. Escovas Interdentais 
Utilizada por adultos submetidos à cirurgias 
periodontais, portadores de doenças periodontais 
avançadas e espaços interdentais aumentados e 
superfície radicular exposta. 
7. Fio e fita dental 
Auxilia na remoção da placa dental das superfícies 
interproximais, onde a papila preenche 
completamente o espaço interproximal. 
É necessário que acompanhe a curvatura da 
superfície do dente. 
Deve entrar no sulco gengival delicadamente, ser 
removido sobre a papila dentária e repetido o 
procedimento na superfície do dente adjacente. 
8. Palitos Interdentais 
Utilizados em áreas com pequena recessão gengival, 
substituto adequado ao fio dental nessa situação. 
¯Dentifrícios 
 Apesar de ter detergentes e abrasivos na 
sua formulação proporcionando efeito adicional de 
limpeza, seu significado clínico com relação à 
redução da cárie ou gengivite não foi ainda 
estabelecido. 
1. Dentifrício Fluoretado 
Reduz a incidência de cárie. 
O dentista deve indicar o uso e ensinar o paciente a 
usá-lo adequadamente. 
Para crianças abaixo de 6 anos o uso do dentifrício 
fluoretado deve ser feito com supervisão de um 
adulto, e a quantidade é equivalente a um grão de 
arroz. 
Reduzir ao mínimo o enxágue da cavidade oral após 
a escovação. 
2. Dentifrício com sabor de goma de mascar 
Não utilizar em crianças com menor de 6 anos de 
idade pois pode levar à ingestão excessiva de flúor. 
Dentifrícios com efeito anti-placa e anti-gengivite: 
substancia abrasiva, detergente, antibacteriana. Auxilia 
no controle do biofilme dentário, mas a eficácia dessa 
medida depende basicamente da qualidade de seu 
desempenho. 
¯Agentes evidenciadores do biofilme 
dentário 
Meios de controlar a qualidade da limpeza em casa, 
em intervalos regulares de tempo. 
¯Quando e como iniciar o controle de placa 
 Crianças com boa higiene oral tendem a 
desenvolver menos cárie que aquelas com 
higienização deficiente. 
 Iniciar a partir da erupção do primeiro dente 
decíduo, através de escova macia e fio/fitadental. 
 Escova com cabeça pequena, cerdas macias 
e cabo longo pois facilita o manuseio da escova pelos 
pais. 
¯Profilaxia profissional 
 Programas que utilizam controle de placa 
profissional ou controle mecânico supervisionado são 
efetivos. 
 A meta final de qualquer programa de 
limpeza profissional dos dentes é envolver os 
pacientes em um cuidado odontológico caseiro. 
 Os intervalos entre consultas devem ser 
pequenos no início do programa (2 semanas) mas 
podem ser ampliados quando o paciente tiver 
atingido um nível satisfatório de controle do biofilme 
dentário e houver cooperação. 
¯Modelo Karlstad 
É um programa de limpeza profissional abrangente 
que inclui: 
-Medidas tradicionais de prevenção das lesões de 
carie (aconselhamento sobre dietas, uso tópico de 
flúor, instrução de higiene oral); 
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7 
 
-Limpeza dos dentes em intervalos regulares por 
profissionais da área odontológica; 
Procedimentos para limpeza profissional dos dentes 
(modelo karlstad): 
-Os dentes devem se corados com agentes 
evidenciadores de biofilme dentário e mostrado ao 
paciente; 
-O biofilme dentário é removido pelo operador 
(pasta de polimeto e limpeza de pouca abrasão com 
flúor, escova, taça de borracha macia, baixa rotação, 
fio dental); 
-Repetir a evidenciação do biofilme para controlar a 
limpeza feita pelo profissional; 
-Fazer visitas de controle. 
¯Conclusão 
Limpeza dentaria profissional frequente e regular, 
sobretudo em conjunto com instruções de higiene 
oral e aplicação de fluoreto, é onerosa (cara) mas 
altamente eficaz na prevenção da cárie. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
Controle Químico do 
Biofilme Dentário 
 O controle químico do biofilme é feito com 
substâncias quimioterápicas. O mecânico é o melhor, 
mas o químico agregado ao mecânico é melhor 
ainda. 
 As medidas de controle químico não podem 
atuar sozinhas, ou seja, são utilizadas como 
suplemento dos procedimentos mecânicos. 
¯Agentes quimioterápicos 
Impedem a instalação, diminuem a velocidade ou 
interrompem o progresso da lesão cariosa, sem a 
remoção operatória da lesão. 
O uso rotineiro de agentes químicos pode interferir 
no equilíbrio ecológico da boca. 
¯Mecanismo de ação 
-Inibição da colonização bacteriana; 
-Inibição do crescimento e do metabolismo 
bacteriano; 
-Desestruturação do biofilme dentário; 
-Modificação da bioquímica e ecologia do biofilme 
dentário. 
¯Sistemas de liberação (veículos) 
A) Colutórios 
- Mistura do componente ativo em água e álcool. 
- Surfactante (tensoativo a tensão superficial) + 
umectante + sabor. 
B) Dentifrícios 
- Eliminar manchas dos dentes; 
- Fornecer sensação de limpeza; 
- Servir de veículo para os agentes quimioterápicos; 
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8 
 
- Sistema abrasivo + umectante (associa-se ao 
agente abrasivo e ao agente quimioterápico) + 
surfactante (espuma e ação detergente) + sabor; 
- Mono flúor fosfato de sódio ou fluoreto de sódio; 
- Citrato de zinco e pirofosfato de sódio 3 
antitártaros 
- Sarcosinato 3 detergente; 
- Bicarbonato de sódio 3 abrasivo; 
- Silicato de zircônio, oxido de alumínio e carbonato 
de cálcio 3 abrasivos; 
- Peróxido de hidrogênio, sanguinarina e triclosan 3 
antibacterianos. 
C) Gel 
- Sistema aquoso e espesso; 
- Umectante. 
D) Verniz 
Podem fornecer contato prolongado entre o agente 
químico e o seu local de ação; 
Clorexidina e fluoretos. 
E) Gomas de Mascar e Pastilhas 
O efeito do agente quimioterápico dependerá da 
liberação do agente durante a mastigação da goma 
ou dissolução das pastilhas; 
Indicado para pacientes com salivação reduzida. 
¯Agentes quimioterápicos 
1. Agentes Catiônicos 
São antimicrobianos mais potentes que os agentes 
aniônicos ou não-iônicos; 
-Clorexidina 
-Alexidina 
-Sanguinarina 
-Íons metálicos 
-Diamino fluoreto de prata 
-Cloreto de cetilpiridínio 
a) Clorexidina 
Amplo espectro de ação (bactérias gram-positivas e 
gram-negativas); 
Os Streptococcus mutans são sensíveis à CHX; 
Ação bactericida ou bacteriostática (depende da 
concentração); 
Apresenta substantividade, ou seja, capacidade que 
tem de permanecer retida no local de ação ativa e 
diminuição da formação de ácido na placa até 24h 
após bochecho com clorexidina, 0,2%); 
Baixa toxicidade; 
Sabor desagradável; 
• Mecanismo de ação: 
 A clorexidina possui carga positiva, e em 
volta da membrana a carga é negativa, assim ocorre 
uma atração eletroestática, pois polos opostos se 
atraem. Quando essa atração ocorre, torna a 
membrana porosa e isso faz com que ocorra a 
liberação do conteúdo citoplasmático. 
 
 = Atração Eletrostática 
 
 
• Indicações: 
- Pacientes portadores de aparelhos ortodônticos; 
- Xerostomia; 
- Prevenção familiar de contaminação cruzada; 
- Pacientes com atividade de carie. 
• Protocolo de uso: 
- Profilaxia; 
- Isolamento relativo do campo operatório (com 
algodão); 
+ 
CH
X 
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9 
 
- Aplicação do verniz, gel (1%) ou solução de CHX 
(0,12%), 3 sessões consecutivas durante 2 semanas; 
- Reaplicações baseadas no perfil de risco do 
paciente; 
- CHX + Flúor: não faz mal, pode aplicar os dois 
juntos; 
- Pode ser por bochecho (terapia periodontal); 
- Pode-se usar em verniz-terapia contra a cárie (não 
há efeitos colaterais). 
2. Agentes Aniônicos 
Não são tão bons quanto os catiônicos, mas ainda 
são usados algumas vezes em dentifrícios, por 
exemplo. 
Mais comum e mais usado: dodecisulfato de sódio. 
A) Dodecisulfato De Sódio 
Amplamente utilizado como detergente em 
enxaguatórios bucais e dentifrícios; 
Inibe o efeito preventivo contra a cárie do 
monofluorfosfato e o efeito antibacteriano da 
clorexidina; 
Intervalo de 30 min entre escovação com dentifrício 
contendo o dodecisulfato de sódio e a utilização de 
soluções com clorexidina. 
3. Agentes Não Iônicos 
Não te íon, nem positivo e nem negativo. 
A) Triclosan 
Possui efeito em dentifrícios e colutórios; 
Usado como um antinflamatório, como em casos de 
gengivite; 
Em dentifrício 3 melhora a remoção de placa em 
15%; 
Pequena substantividade; 
Seu efeito anticárie não é bem documentado 
 
¯Conclusão 
 Qualquer tratamento quimioterápico deveria 
ser reservado para pacientes com risco de cárie 
elevado e lesões de cárie ativas, por período limitado 
e acompanhado, quase sempre por modificações na 
dieta do paciente. 
Aula 5 
Fluorterapia 
 
¯Benefícios x Riscos 
 O flúor possui muitos benefícios, porém 
também podem existir riscos, por isso deve-se saber 
administrar. Pode ocorrer uma intoxicação por 
exemplo, porém é raro. 
-Flúor x Fluoreto 
Na natureza o flúor encontra-se como forma de íon 
prontamente formando sais com cálcio, cálcio-
fosfato, alumínio. Por isso, é preferível o termo 
“Fluoreto” e não “Flúor”, como é genericamente 
denominado. 
O flúor vem em uma concentração normalmente 
expressa em partes por milhão. 
A adição dele no organismo pode ser por via 
sistêmica (ingestão, atua em todo organismo) e 
tópica. 
A deposição de íons flúor nos tecidos mineralizados 
vai para os ossos além dos dentes. 
Existe uma parcela não absorvida que é eliminada 
pelas vias urinarias. 
Os fluoretos não conseguem prevenir 
completamente a cárie, mas pode efetivamente 
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desacelerar a sua progressão e até manter as lesões 
em nível subclínico. 
Quanto mais fluoreto, cálcio, fosfato, maior a 
remineralização e menor a desmineralização. 
O fluoreto, cálcio e fosfato estão presentes no meio 
ambiente placa/saliva durante o período que o pH cai 
e volta a subir. 
¯Níveis aumentados de Cálcio, Fosfato e 
Fluoreto 
Todos possuem efeito preventivo, mas o fluoreto é 
comprovado, cálcio e fosfato não. 
Água de abastecimento, soluções de bochecho e 
dentifrícios; 
O método mais abrangente é a água de 
abastecimento, mais barata e com acesso a todos os 
níveis sociais; 
¯Mecanismo de ação – flúor sistêmico 
Hoje não se usa no desenvolvimento dentário; 
A hidroxi-apatita é transformada em fluorapatita, mas 
só de 10% a 20% de substituição que ocorre, 
fazendo com que o restante se torne apatita 
fluoretada. 
Apatita fluoretada: certa porcentagem de minerais 
que contem flúor, mas não leva a resistência da 
fluorapatita. 
A suplementação de flúor seria justificável, quando 
não houvesse a concentração “ótima” de flúor na 
água? Não. 
Antigamente diziam que a fluoretação na água 
beneficiava apenas crianças, hoje não se entende 
mais assim. 
A melhor forma de fluoretação é na água, de 
maneira tópica. O clima comanda a dosagem de 
fluoretação presente na água. 
 
 
¯Mecanismo de ação – flúor tópico 
O flúor dinamicamente importante é aquele presente 
constantemente na cavidade bucal, interferindo com 
o processo de cárie e agindo de forma direta nos 
fenômenos de DES-RE. 
Uma dosagem baixa e frequente é importante. 
O fluoreto presente na cavidade bucal, em contato 
com a estrutura dental para exercer seu efeito nos 
processos DES-RE: 
a) Onde ele age? Na saliva e no biofilme dental. 
b) Quanto? Em Concentrações baixas, mas 
constantemente disponíveis na cavidade bucal. 
c) Como? Água fluoretada, dentifrícios fluoretados, 
soluções fluoretadas para bochechos, produtos de 
aplicação profissional de fluoreto (géis, espumas e 
vernizes), materiais odontológicos que liberam 
fluoreto. 
d) Quando? Decisão do profissional com base nas 
evidencias científicas disponíveis. Depende do risco 
de cárie dos pacientes. 
¯Meios de uso de fluoreto e como mantém o 
íon na cavidade bucal 
a) Água fluoretada 
Meio coletivo de uso. 
Elevação das concentrações salivares por até 1h após 
a ingestão de alimentos ou bebidas fluoretadas, e 
após a absorção gastrointestinal, retorno do fluoreto 
à cavidade bucal pela secreção salivar. 
b) Dentifrício fluoretado 
Uso coletivo ou individual. 
Elevação das concentrações salivares por até 2h 
após a escovação (dependente da concentração 
utilizada); retenção no biofilme dental não removido 
pela escovação. 
c) Soluções fluoretadas para bochecho 
Uso coletivo ou individual. 
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Elevação das concentrações salivares por até 2h 
após o uso (dependente da concentração utilizada); 
retenção no biofilme dental presente na cavidade 
bucal. 
d) Géis e espumas fluoretados 
Uso profissional. 
Formação de reservatórios de fluoreto (fluoreto de 
cálcio) sobre a estrutura dental durante a aplicação 
e sua dissolução gradativa durante períodos 
prolongados (meses). 
e) Vernizes fluoretados 
Uso profissional. 
Formação de reservatórios de fluoreto (fluoreto de 
cálcio) sobre a estrutura dental durante a 
manutenção do verniz sobre os dentes e sua 
dissolução gradativa durante períodos prolongados 
(meses). 
f) Materiais odontológicos liberadores de flúor 
Uso profissional. 
Liberação de fluoreto dos materiais (dependente de 
sua composição química) durante períodos 
prolongados (meses); possibilidade de recarga dos 
materiais por fluoreto a partir de dentifrícios, 
soluções ou produtos de aplicação profissional. 
¯Progressão da doença cárie no sentido da 
destruição dental e sua paralização ou 
reversão 
Se a progressão da cárie estiver associada de 
alguma maneira ao flúor, proporcionalmente essa 
destruição será menor em comparação a uma 
progressão de cárie sem nenhuma associação á 
carie. 
Ciclo continuo da DES-RE, promovido pelo fluoreto 
de cálcio: 
a) pH > 5,5 - após aplicação de flúor forma-se CaF2 
(fluoreto de cálcio); 
b) pH > 5,5 3 depósito de íons Ca, P e proteínas 
salivares acima do CaF2 forma-se Ca2PO4 (fosfato de 
cálcio); 
c) pH < 5,5 3 solubilização do Ca2PO4 (fosfato de 
cálcio) e exposição do CaF2 (fluoreto de cálcio); 
d) pH < 5,5 3 solubilização do CaF2 (fluoreto de 
cálcio) e diminuição da desmineralização, e por ter 
ficado com fluoreto exposto, aumenta a 
remineralização. 
¯Duração do reservatório de CaF2 
Se o flúor é utilizado regularmente, seu efeito é mais 
duradouro. 
Função inversa do pH 3 quando o flúor está em 
presença ácida, possui duração prolongada. 
Tempo de aplicação do flúor 3 deve deixar 1 minuto. 
¯Função inversa do pH 
Uma unidade a menos de pH 3 ocorre aumento de 
10x concentração de hidrogênio. 
H + F = HF (ácido fluorídrico) 
HF penetra passivamente na célula bacteriana, por 
isto o efeito do fluoreto ocorre com mais 
probabilidade em pH baixo. 
¯pH critico na presença de flúor 
O pH crítico na presença de flúor é 4,5. 
¯Ação dos fluoretos 
- É um agente cariostático; 
- Interfere na adesão inicial das bactérias; 
- Afeta o metabolismo bacteriano; 
- Inibe a produção de ácidos pela bactéria; 
¯Toxicidade do flúor 
a) Toxicidade Aguda: ingestão única de grande 
quantidade de flúor. 
DCL 3 dose certamente letal = 32-64 mgF/Kg 
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DST 3 dose seguramente tolerada = 9-16 mgF/Kg 
DPT 3 dose provavelmente tóxica = 5,0 mgF/Kg 
Sintomas: náuseas, vômitos, diarreia até paralisia 
cardiorrespiratória. 
b) Toxicidade Crônica: ingestão de pequena 
quantidade de flúor, porem acima dos parâmetros 
normais, durante a formação dos dentes. 
Prescrição: leite, hidróxido de alumínio (pepsamar), 
hidróxido de magnésio (tentar provocar vômito). 
DPT 3 dose provavelmente tóxica = acima de 0,7 
ppm de flúor 
Pode levar à fluorose. 
¯Fluorose 
Primeiros três anos de vida são os mais críticos. 
Risco de fluorose está relacionado à quantidade e 
concentração da dose ingerida. 
 
¯Uso racional do flúor 
Depende da idade do paciente, do risco e da 
atividade de carie. 
¯Métodos de aplicação tópica profissional 
Usa-se fluorfosfato acidulado 1,23% (FFA em gel) 3 
vários sabores; 
pH ideal: 3 a 4 3 o flúor é mais eficaz nessa faixa de 
pH; 
Redução da cárie em 38% a 30%; 
Características tixotrópicas: aquoso, denso, mas com 
pressão fica liquido e penetra nos espaços 
interproximais. 
 
A) Fluorfosfato Acidulado A 1,23% 
Pode ser gel ou mousse; 
Profilaxia; 
Tempo de aplicação 3 1min; 
FFA em gel (moldeira ou aplicação com 
pincel/cotonete por quadrante); 
FFA mousse (moldeira); 
Cuspir após a aplicação de flúor; 
Não aplicar com o paciente em jejum; 
Não enxaguar após a aplicação; 
Não comer ou beber durante 30 min. 
B) Verniz Fluoretado 3 5% Naf Ou 2,26% F 
O pH deve estar neutro; 
Redução de 25 a 30% da cárie; 
Nome comercial: Duraphat, Duraflur, Fluorniz. 
• Técnica de aplicação: 
- Pincel e dispensado em pote dappen; 
- Aplicar sobre a superfície do dente; 
- Gotejar 1 a 2 gotas de água sobre o verniz já 
aplicado; 
- Aplicar de preferência após as refeições; 
- Ficar por 2h sem ingerir alimentos e 12h após a 
aplicação, sem escovar os dentes; 
C) Fluoreto De Sódio Naf A 0,2% 
Técnica de aplicação: bochecho por uso semanal. 
¯Métodos de aplicação tópica domiciliar 
A) Dentifrícios 
Produto essencialmente cosmético; 
Após a década de 50 se tornou agente terapêutico; 
Redução na prevalência de cárie em 25 a 40%; 
Concentração deflúor 3 1000 a 1100 ppm de flúor. 
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B) Dentifrícios Fluoretados 
Forma mais racional 3 ao mesmo tempo em que o 
biofilme dental é desorganizado pela escovação, o 
fluoreto é disponibilizado para a cavidade bucal para 
o controle da carie. 
Padrão 3 1000 a 1500 ppm de fluoreto 
Enriquece de fluoreto o biofilme dental que não foi 
adequadamente removido pela escovação. 
C) Solução Naf 
Concentração de flúor 3 0,05%; 
Devo usar em crianças a partir de 6 anos de idade. 
Aula 6 
Diagnóstico de Cárie Oclusal 
 
Na atualidade houve uma mudança em relação à 
prevalência da cárie. 
Houve uma diminuição na prevalência de cárie e um 
aumento de cáries oclusais. 
Houve uma mudança no processo carioso, mas os 
tópicos necessários continuam o mesmo: hospedeiro 
³ dieta ³ microbiota ³ tempo. 
¯Cárie oculta, escondida ou síndrome do 
fluoreto 
O dente tem uma aparência hígida com lesões 
dentinárias extensas. 
Neste caso, o indivíduo utilizou muito fluoreto, 
deixando o esmalte muito forte, porém houve um 
ponto fraco, atingindo a dentina (mas mesmo com o 
esmalte forte, em breve desmoronará, já que a 
dentina faz parte da estrutura). 
 
¯Selamento biológico 
NÃO é cárie 3 se fosse teria a característica de MBA, 
mas esse é brilhante e de cor normal. 
É formado de biofilme dentário e microrganismos 
calcificados não viáveis. O biofilme no dente não 
retirado é banhado pela saliva, calcificando-a 
(endurecendo), com isso, ela não causa acidez, não 
formando a cárie. 
Não é carie, mas o paciente pode remover por 
questões estéticas, mas com isso deixa o dente com 
risco de cárie já que a calcificação é retirada. 
Também pode ser tampado com resina. 
¯Selantes de fossas e fissuras 
São materiais de características adesivas que atuam 
nas fossas e fissuras criando uma barreira física 
nestas superfícies, impedindo o contato do biofilme 
dentário com a estrutura dentária. 
Facilita a higienização, anula o habitat de 
microrganismos cariogênicos e sela mecanicamente 
as cicatrículas e fissuras. 
• Tipos de selantes 
a) Selantes com carga inorgânica: grande parte de 
sua composição contem carga inorgânica 
(duro/resistente). 
- Indicado para dentes com fossas/fissuras mais 
profundas e em selantes invasivos (remoção de 
cárie incipiente em nível de esmalte) 3 não pode 
selar um dente cariado. 
- Nomes comerciais: vitroseal, fluorshield, ultra-seal, 
sealitel. 
b) Selantes sem carga 3 não possui carga em sua 
composição, ou quando possui não ultrapassa 
aproximadamente 19%. 
- Indicado para dentes com fossas e fissuras rasas. 
- Nomes comerciais: delton, concise, helioseal. 
 
 
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c) Selante Ionomérico 
Fissuras que apresentam MBA podem ser 
remineralizadas pela liberação de flúor ionômero. 
• Indicações 
- Pacientes com fossas e fissuras estreitas e 
profundas; 
- Pacientes com xerostomia; 
- Pacientes com alto risco à carie; 
- Pacientes com superfícies oclusais hígidas e 
atividade de carie nos outros dentes; 
- Dentes recém erupcionados. 
Obs: todas as indicações deverão estar de acordo 
com o risco à carie do paciente. 
• Contra indicações 
- Pacientes com baixo risco à carie; 
- Dentes com mais de 3 anos na boca; 
- Dentes com fossas/fissuras rasas e bem 
coalescidas; 
Obs: as contra indicações deverão estar de acordo 
com o risco de cárie do paciente sempre. 
• Técnica operatória 
- Isolamento do campo operatório; 
- Profilaxia com pedra pommes e água; 
- Condicionamento com ácido fosfórico a 37%; 
- Lavagem e secagem do dente; 
- Aplicação do selante; 
- Polimerização; 
- Verificação do selante com sonda exploradora (se 
o selante sair com a sonda na hora da verificação, 
deverá ser refeito); 
- Avaliação da oclusão (não pode estar alta); 
- Aplicação tópica de flúor (caso tenha alguma área 
desmineralizada devido ao condicionamento ácido, o 
flúor remineraliza). 
Aula 7 
Histopatologia 
1. Esmalte 
¯Composição 
-Periquimácias; 
-Hidroxiapatita 
-Prismas; 
-Cristais; 
-Elétrons; 
-Átomos; 
-Moléculas; 
-Núcleos. 
¯ Esmalte Hígido 
Cristais de hidroxiapatita estão firmemente unidos. 
Os espaços intercristalinos são os pontos mais fracos 
do esmalte, pois contém água e material orgânico 
(95% componentes orgânicos, 4% materia orgânica 
e 1 3 4% de água). 
O amarelamento dos dentes se dá através da 
translucidez do esmalte, pois quem dá a cor é a 
dentina. 
¯Estágio inicial da cárie dental (sem 
cavitação) 
Aumento da porosidade do esmalte 3 fica mais fraco; 
Esmalte menos translúcido; 
Quanto maior o espaço intercristalino, mais fraco 
está o esmalte. Esse espaço fica maior quando há 
desmineralização, pois perde-se em tamanho e 
quantidade; 
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Observa-se clinicamente mancha branca ativa (MBA) 
3 opaca; 
Através da variação dos espaços intercristalinos, 
estima-se a porosidade do esmalte. 
 Esmalte + secagem por breve tempo 3 
área opaca 
Maior perda mineral com aumento da porosidade 
 Esmalte + secagem por longo tempo 3 área 
opaca 
Menor perda mineral com porosidade pouco 
aumentada 
 E o esmalte molhado com MB opaca? Já 
está com cárie maior, mas ainda não está cavitado. 
-O exame radiográfico estima a quantidade real de 
perda mineral do tecido? 
Real, não. Ajuda no diagnóstico, mas não estima a 
quantidade real. Pequenas alterações de porosidade 
do esmalte, que podem ser observadas no exame 
clinico, as vezes não são detectados na radiografia. 
¯As 4 camadas da lesão de cárie em esmalte 
1. Camada Superficial 
- Também conhecida como camada superficial 
aprismática ou camada de Darling. 
- É permeável à entrada dos produtos bacterianos, 
especialmente os ácidos. 
- Maior resistência à formação de cavidades e ação 
dos produtos bacterianos. 
- Esta camada é onde podemos tocar com os dedos. 
- Quanto maior o conteúdo de flúor, maior o grau 
de mineralização. 
2. Corpo Da Lesão 
- Desmineralização mais acelerada; 
- Os cristais solubilizam e a porosidade aumenta; 
- 10 a 25% do corpo da lesão é ocupado por 
microporos; 
- Esta camada é a área que já sofreu 
desmineralização. 
3. Zona Escura 
- 2 a 4% do volume está ocupado por microporos. 
4. Zona Translúcida 
- 1% do volume está ocupado por microporos; 
- Esmalte já está recuperado. 
¯Nas áreas remineralizadas do esmalte há 
maior ou menor resistência à cárie? 
 Maior resistência. Os cristais são maiores do 
que no esmalte normal, apresenta maior quantidade 
de flúor e o conteúdo proteico apresenta baixa 
solubilidade. 
¯Processo da perda mineral em relação ao 
tempo 
 Se a perda mineral for microscópica, significa 
que ainda está em uma condição subclínica, ou seja, 
não se enxerga. 
 Enquanto esta perda for progredindo e se 
tornar uma lesão no esmalte, está em uma condição 
visível 3 sendo MBA, o tratamento passa a ser 
remineralização. 
 Tempo 3 para expressão clínica na forma 
de cavidade, o tempo de evolução das lesões de 
cárie varia entre 18 a 24 meses. Lembrando que os 
outros fatores (microbiota, dieta, etc, devem estar 
relacionados). 
2. Dentina 
¯Constituição 
- 35% matéria orgânica e água; 
- 65% de material inorgânico. 
 
 
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¯Idade do paciente 
 Deposição de dentina diminui o diâmetro dos 
canalículos dentinários, contribuindo para resistência 
doprocesso carioso. 
 A dureza da dentina no dente decíduo é 
menor comparado ao dente permanente 3 a 
concentração de Ca e P na dentina dos decíduos 
são mais baixos, ou seja, são menos mineralizados. 
¯Mecanismos de reação 
Agressão ³ Esclerose dos canalículos ³ Tentativa 
de bloqueio da evolução da lesão de cárie dental. 
A lesão da carie em dentina pode ser dividida: 
• Da polpa para a superfície: 
- Zona de esclerose dentinária ou translúcida; 
- Zona de desmineralização superficial ou profunda; 
- Zona de invasão bacteriana; 
- Zona de desmineralização; 
- Zona de destruição ou desorganização total. 
¯Parâmetros clínicos 
Qual tecido deve ser removido e qual é conveniente 
preservar no tratamento da doença cárie? Dentina 
infectada e contaminada, respectivamente. 
1. Dentina Infectada 
- Não remineralizável; 
- Desorganizada; 
- Amolecida; 
- Canaículos diatados preenchidos por bactérias; 
- Deformação da morfologia canalicular; 
- Cor amarelada; 
- Textura “queijo”; 
- Os microrganismos cariogênicos não estão 
calcificados, necessita remover. 
2. Dentina Contaminada 
- Remineralizável; 
- Morfologia canalicular preservada e intacta; 
- Bactérias pouco frequentes; 
- Não tão amolecida comparada com a dentina 
infectada; 
- Cor amarelo ao castanho; 
- Textura <couro”; 
- Os microrganismos estão calcificados, não precisa 
remover. 
Obs: em cáries de dentina paralisada, pode ser 
observada a dentina infectada? Não. 
3. Cemento 
- Para se estabelecer a cárie de cemento ou cárie 
de raiz, é necessário que haja exposição deste tecido 
ao meio bucal; 
- A progressão da cárie ocorre mais lateral do que 
profundamente; 
- A dentina radicular apresenta menor número de 
canalículos do que a dentina coronária; 
- Ocorre mais em idosos. 
Obs: a cárie exclusivamente de cemento não 
permite ser detectada no exame clinico. Isso é 
verdade? 
Sim. Pois o cemento não tem espessura, fazendo 
com que a dentina seja afetada rapidamente. Então 
não existe cárie exclusivamente de cemento, por 
isso não permite ser detectada. 
 
 
 
 
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Aula 8 
Diagnóstico diferencial 
com a cárie 
¯Hipoplasia de esmalte 
 
- Mancha com perda de estrutura de esmalte; 
- Irregulares, rugosas ou com sulcos e ranharuas; 
- Localização 3 1/3 médio para incisal, ponta de 
cúspide; 
- Alteração sistêmica ou traumática (1 dente). 
¯Hipocalcificação 
- Mancha sem perda de estrutura de esmalte; 
- Localização 3 1/3 médio para incisal. 
¯Fluorose 
 
- Grande ingestão de flúor durante a formação dos 
dentes; 
- Mancha homóloga; 
- Principalmente em ponta de cúspide e vestibular 
dos dentes; 
- Interferência do flúor com o processo de 
calcificação da matriz do esmalte resulta em 
maturação incompleta acompanhada de opacidade 
ou porosidade do esmalte. 
¯Amelogênse imperfeita 
 
- Se caracteriza por apresentar todos os dentes mal 
formados e manchados ou até a completa ausência 
de esmalte. 
- Possui origem genética. 
¯Manchas causadas por tetraciclina 
 
 Tetraciclina une-se irreversivelmente às 
estruturas calcificadas dos dentes, quando 
administrada durante o estágio de calcificação do 
desenvolvimento dentário (segundo ou terceiro 
trimestre da gestação). 
Aula 9 
Erosão Dentária 
 Desgaste químico causado pelo contato do 
dente com ácidos extrínsecos ou intrínsecos, que 
aceleram a perda de minerais quando em contato 
com a superfície dentária. 
¯Desgaste dentário 
- Processo cumulativo é irreversível; 
- Ocorre durante toda a vida; 
- Caracterizado pela perda da estrutura dentária 
(esmalte e/ou dentina). 
 
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18 
 
¯Característica comum entre erosão e cárie 
dentária 
- São resultados de processos de desmineralização 
acusados por ácidos presentes na cavidade bucal; 
- Processo carioso: ácidos de origem bacteriana; 
- Erosão dentária: ácidos sem envolvimento 
bacteriano 
¯Diferença entre cárie e erosão em relação 
a lesão 
 Processo erosivo é caracterizado por 
completa dissolução dos cristais e a lesão tem 
aspecto endurecido, ao contrário do processo de 
cárie; 
- Cárie: pode sofrer remineralização; 
- Erosão: não existe remineralização 
¯Intensidade da desmineralização 
Depende do tipo de ácido e do tempo de contato 
com a superfície dentária; 
Principais constituintes dos alimentos e bebidas com 
efeito modificador: concentração de cálcio e fosfato. 
Ex: iogurte: pH baixo (aproximadamente 4,0). 
Praticamente não apresenta efeito erosivo devido ao 
alto conteúdo de cálcio e fosfato, que o torna 
supersaturado em relação a apatita. 
Quanto menor o pH, mais erosivo e menor o cálcio 
e fosfato. 
¯Origem extrínseca 
• Estilo de vida e erosão dentária: 
- Consumo de bebidas isotônicas durante a prática 
de exercícios; 
- Consumo excessivo de sucos e frutas cítricas; 
- Mamadeiras noturnas; 
- Enxaguatórios bucais (que possuem pH baixo) 
associado à escovação intensa; 
- Medicamentos ácidos, vitamina C, doces; 
- Drogas ilícitas (Ecstasy). Combinação droga, 
hipossalivação, desidratação (atividade física) e 
consumo de bebidas ácidas = erosão dentária. 
• Forma e frequência: 
- A forma e frequência de uso desses produtos são 
de extrema importância no que diz respeito à 
ocorrência de erosão dentária 
¯Etiologia da erosão dentária intrínseca 
- Resultado de ácidos de origem endógena (suco 
gástrico); 
- Refluxo; 
- Vômito. 
¯Etiologia de erosão por causas ambientais 
- Piscinas com manutenção precária; 
- Exposição frequente a vapores ácidos em 
indústrias. 
¯Saliva e erosão dentária 
- Quanto menor o fluxo salivar, maior a severidade 
das lesões de erosão dentária; 
- A composição da saliva é muito importante no 
processo de erosão; 
- Bicarbonato - relacionado com a capacidade 
tampão; 
- Cálcio e fosfato 3 manutenção da integridade dos 
tecidos mineralizados do dente. 
¯Propriedades da saliva que servem como 
funções protetoras contra erosão dentária 
Diluição e capacidade de limpeza salivar para agentes 
potencialmente erosivos; 
Neutralização de ácidos da dieta; 
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Manutenção do estado de supersaturação próximo 
à superfície dentária devido à presença de cálcio e 
fosfato; 
Fornecimento de cálcio e fosfato e possivelmente 
de flúor necessário para a remineralização. 
¯Pacientes com lesões erosivas 
Quanto menor o pH da superfície dentária, menor é 
a limpeza salivar. 
A anatomia dos dentes e tecidos moles da cavidade 
bucal influenciam o padrão de retenção dos agentes 
erosivos. 
A composição da película adquirida (filme orgânico 
livre de bactérias, que recobre tecidos duros e moles 
da cavidade bucal) como mucinas, glicoproteínas, 
proteínas e enzimas, também influenciam. 
¯Prevalência de erosão dentária 
Estudos mostram presença de erosão dentária em 
crianças, adolescentes, adultos e idosos. A prevalência 
tende a aumentar com a idade. 
A diferença na prevalência da erosão dentária entre 
vários estudos é a falta de padronização no 
diagnóstico. 
¯Características clinicas da erosão dentária 
a) Estágio inicial 
- Aumento no polimento do esmalte 3 liso e com 
perda de brilho; 
- Desaparecimento das linhas de desenvolvimento do 
esmalte; 
- Aumento da translucidez ao longo das superfícies 
proximais e incisais. 
b) Estágio mais avançado 
- Planificação das áreas convexas com surgimento 
de concavidades (mais largo que profundo); 
- Desgaste localizado em coroa com borda de 
esmalte dentário intacto ao longo da margem 
gengival; 
- Perda da anatomia oclusal (aspecto semelhantea 
um derretimento da superfície); 
- Fossas com exposição dentinária. 
¯Tratamento não restaurador da erosão 
dentária 
- Suspeita de erosão 3 solicitar: 
- Diário da dieta: três dias consecutivos; 
- Identificar fatores etiológicos para controle; 
- Uso de produtos fluoretados; 
- Escovação dental realizada 60min após o desafio 
erosivo; 
- Estímulo do fluxo salivar com goma de mascar sem 
açúcar nos 30 min seguintes ao desafio erosivo. 
¯Tratamento restaurador da erosão 
dentária 
Para o paciente que apresenta sintomas clínicos de 
sensibilidade dentinária ou dor, não controlados por 
meio de medidas preventivas; 
Lesões com comprometimento da dimensão 
vertical, função dentária e estética. 
¯Independente do fator etiológico 
- Deve-se ter: 
- Acompanhamento clinico das lesões; 
- Monitoramento da frequência de ingestão de 
alimentos e bebidas acidas; 
- Limitação de exposição aos ácidos intrínsecos; 
 
 
 
 
 
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¯Diagnóstico diferencial 
A) Abrasão Dentária 
- Desgaste difuso ou localizado; 
- Superfície de raízes expostas; 
- Área cervical da coroa; 
- Nesse caso o tratamento é restauração. 
B) Atrição Dentária 
 
- Desgaste pelo “contato” 3 atrito; 
- Desgastes que acometem superfícies de oclusao e 
incisal; 
- Superfícies de oclusão desgastadas de dentes 
antagonistas se encontram durante movimentos e 
apresentam graus de desgastes semelhantes; 
- Hábitos como bruxismo podem acentuar os 
desgastes por atrição; 
- O tratamento pode ser com resina; 
- Diferentes tipos de desgastes dentais podem 
ocorrer simultaneamente na cavidade bucal; 
- Evidencias cientificas sugerem que o tecido 
dentário previamente desgastado pela erosão torna-
se mais suscetível ao desgaste por abrasão ou 
atrição quando comparado ao tecido intacto. 
¯Pacientes devem ser monitorados 
regularmente 
 Para que seja avaliado seu 
comprometimento em relação ao tratamento 
proposto e verificar se o tratamento está produzindo 
os resultados esperados. 
 
Aula 10 
Microbiota 
A microbiota consiste nos microrganismos presentes 
na cavidade oral. 
Pode-se adquirir qualquer microrganismo cariogênico, 
mas não a doença cárie em si. 
O ecossistema bucal é formado pelos dentes, sulco 
gengival e saliva. 
A cavidade oral é considerada a incubadora ideal para 
os microrganismos devido à alguns fatores: 
-Temperatura entre 36 e 37°; 
-Umidade; 
-Grande variabilidade de substrato. 
Fatores a considerar em relação à implantação e 
multiplicação de microrganismos no ecossistema 
bucal: 
-Dieta; 
-Higiene bucal; 
-Dentes; 
-Próteses. 
A relação dos seres humanos com os 
microrganismos na cavidade oral é a de anfibiose, ou 
seja, coexistem sob a forma de um equilíbrio estável. 
¯Formas e arranjos das bactérias 
1. Cocos (esféricas) 
-Pares: diplococos; 
-Cadeias: estreptococos; 
-Grupos Irregulares: estafilococos. 
Os Streptococus mutans são os 
causadores da cárie de 
esmalte/inicial. 
 
 
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2. Bacilos (bastonetes) 
-Estão na maioria das vezes isolados. 
-Pares: diplobacilos (incomum); 
-Cadeias: estreptobacilos (incomum). 
O Lactobacillus casei é o causador 
da cárie de dentina 
(desenvolvimento tardio). 
3. Espirilos (espirilados) 
-Estão sempre isolados. 
O Actinomyces é o agente etiológico da cárie de 
cemento ou de raiz. 
 
¯Microbiota oral com base na prevalência 
1. Espécies Bacterianas Normais 
a) Microbiota Indígena: proporções numericamente 
predominantes. 
b) Microbiota Suplementar: presente em número 
reduzido. 
2. Espécies Transitórias 
Presentes apenas ocasionalmente. Quando 
microrganismos são passados através do beijo, por 
exemplo. 
¯Formas e veículos de transmissão dos 
microrganismos 
 A principal forma de transmissão dos 
microrganismos é a forma vertical, que é de mão 
para filho. Ex: durante a amamentação. 
 O principal veículo de transmissão é a saliva 
materna. Quando a cavidade oral de uma criança é 
colonizada pelos Streptococcus mutans antes da 
erupção dos dentes, esses microrganismos tem um 
efeito transitório pois não há superfície de adesão. 
Saliva 
 A saliva consiste numa película proteica que 
reveste toda a superfície da cavidade oral. É também 
um fluido variável e difícil de ser definido tanto física 
como quimicamente. 
 A produção da saliva é feita através das 
glândulas salivares, que dividem-se em glândulas 
salivares maiores e glândulas salivares menores. 
¯Glândulas Salivares Maiores 
1. Glândula Parótida 
- Localizada na região pré-auricular; 
- Seu ducto desemboca na região de molares 
superiores na papila parotídea; 
- Responsável pela produção de 25% de saliva; 
- A composição da sua saliva é totalmente serosa. 
 2. Glândula Submandibular 
- Localizada na região posterior da mandíbula na 
fóvea submandibular.; 
- Seu ducto desemboca ao lado do freio lingual; 
- Responsável pela produção de 70% de saliva; 
- A composição da sua saliva é principalmente serosa 
e parcialmente mucosa. 
 3. Glândula Sublingual 
- Localizada na região de soalho de boca; 
- Seu ducto desemboca na região de soalho de boca 
perto dos pré-molares; 
- Responsável pela produção de 5% de saliva; 
- A composição da sua saliva é quase 
completamente mucosa. 
 
 
 
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¯Glândulas Salivares Menores 
Existem em média 400 glândulas salivares menores. 
• Localização 
- Região posterior do palato duro; 
- Palato mole; 
- Em todo o lábio superior e inferior; 
- Ventre de língua 
. 
¯Funções da Saliva 
-Via de excreção para substância como fluoretos; 
-Digestiva: pois possui a enzima amilase salivar que 
age diferindo carboidratos; 
-Lubrificante: pois auxilia na criação do bolo alimentar. 
-Solvente: pois influencia na percepção do sabor dos 
alimentos; 
-Defesa: pois atua contra microrganismos virulentos. 
-Solução tampão: protege a cavidade oral contra 
danos causados pela alteração de pH. 
Hiposalivação X Xerostomia 
¯Hiposalivação 
É a baixa quantidade real do fluxo salivar (abaixo de 
0,1 ml por minuto) podendo aumentar o risco de 
cárie. 
 
 
¯Xerostomia 
É a sensação subjetiva de boca seca devido a 
fatores externos. Ex: bloqueio dos receptores 
muscarínicos nas glândulas salivares. 
¯Sialometria 
A sialometria é a medição do fluxo salivar. É indicada 
para pacientes com alto índice de cárie e quando há 
suspeita de hiposalivação. 
¯Taxa de Clearence 
Consiste na diluição e eliminação de substâncias da 
cavidade oral. 
O que define o Clearence é o fluxo salivar da 
cavidade oral antes e depois da deglutição. 
A taxa de Clearence pode ser aumentada através 
do estímulo da secreção de saliva através de gomas 
de mascar, por exemplo. 
¯Sialolitos 
Os sialolitos são cálculos nas glândulas salivares. Essa 
obstrução pode ocorrer por: 
-Concentração de cálcio aumentada; 
-Migração de restos alimentares e bactérias para o 
ducto salivar. 
 
Se desenvolvem na maioria das vezes no ducto da 
glândula submandibular, principalmente devido a sua 
anatomia (ducto longo e tortuoso). O ducto é 
ascendente, podendo fazer a deposição das 
substâncias pesadas da saliva. 
O relato clássico do paciente é de dor e tumefação 
durante as refeições. 
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O melhor exame para se localizar o sialolito é o raio-
x oclusal da mandíbula.O tratamento pode ser expectante ou cirúrgico. 
¯Expectante 
- Tomar no mínimo 3L de água por dia; 
- Mascar chiclete; 
- Orientar uma dieta mais ácida. 
Aula 11 
Açúcares e seus substitutos 
¯Substâncias Adoçantes 
Podem ser calóricas/nutrientes ou não 
calóricas/intensivas. 
1. Calóricas ou nutrientes 
A principal é sacarose, além da glicose, frutose, 
galactose, maltose, lactose e poliois. 
a) Sacarose 
-Alto poder adoçante; 
 -Confere corpo, textura, brilho e aroma e é um 
poderoso conservante. 
-Ela foi substituída por problemas cardiovasculares, 
obesidade e carie dentária. 
-O principal substituto foi o xilitol e o sorbitol, que são 
poliois. 
b) Polióis 
-São carboidratos hidrogenados; 
-Álcoois de açúcar; 
-São considerados não cariogênicos. Ex: xilitol, 
sorbitol e maltitol. 
2. Adoçantes não calóricos ou intensivos 
-O principal é a sacarina; 
-Não são fermentáveis; 
-São substitutos de açúcar não naturais; 
a) Sacarina 
-Poder adoçante 300x maior que a sacarose; 
-Derivada da indústria petrolífera; 
-Preço muito competitivo; 
-Gosto metálico final; 
b) Ciclamato 
-Proibido em vários países e voltou ao mercado após 
não comprovação de relações causais com 
canceres. 
c) Aspartame 
-Usado em sucrílios, achocolatados, refrigerantes 
dietéticos etc; 
-Efeitos colaterais: dor de cabeça, depressão, fadiga 
etc. 
d) Sucralose 
-600x mais doce que o açúcar; 
-Aprovada pela FDA até para uso de gestantes; 
-Usado em refrigerantes, geleias etc; 
-Pode ser aquecido, podendo ser usado em 
alimentos não processados; 
-Não possui sabor metálico. 
3. Adoçantes Intensos Naturais 
-São derivados do extrato da planta stévia; 
-Ainda proibidos em alguns países devido às 
preocupações com segurança. 
¯Erradicação da Cárie 
-Nenhum método isolado é suficiente; 
-Substituir parte da sacarose da dieta por xilitol ou 
sorbitoll; 
-Ambos são polióis (álcoois de açúcar). 
 
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¯Melhores veículos para utilização 
-Produtos que provocam intensa mastigação e 
sucção. Ex: goma de mascar, pastilhas e até 
dentifrícios e solução para bochechos. 
¯Efeitos do Xilitol 
- Não ultrapassa 50g/dia; 
- Prevenção; 
- Remineralização das cáries dentárias; 
-Paralização de uma cárie já existente; 
-Encorajar crianças; 
-Inibe o metabolismo bacteriano, o biofilme dentário; 
a) Mecanismo de ação: 
-Não é conhecido; 
-Estimula a degradação de polissacarídeos já 
existentes. 
b) Uso prolongado de goma com xilitol 
-Decréscimo nos níveis de Streptococcus mutans no 
biofilme; 
-Decréscimo na quantidade de biofilme dentário na 
cavidade bucal; 
-Pode ficar 2 a 3 anos trazendo benefícios mesmo 
interrompidos. 
Referências 
• Material de apoio cedido pela professora; 
• Slides do professor Guilherme terra. 
Recado para você que adquiriu essa apostila: 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato comigo 
ou tire essa dúvida com algum professor. Talvez 
possa ter coisas diferentes da forma que você 
aprendeu, mas isso não quer dizer necessariamente 
que eu ou você estejamos errados. Professores e 
autores têm diferentes pontos de vista as vezes. 
Essa apostila não pode ser vendida por terceiros e 
nem plagiada. Plágio é crime de violação aos direitos 
autorais no Art. 184. Obrigado e bons estudos! 
���� 
• E-mail p/ contato: hurianmachado@hotmail.com 
Ah, se por acaso você postar algum story no 
Instagram estudando por essa apostila, me marca 
para que eu reposte :) 
• Instagram: @DOUTOR_SORRISO 
 
 
 
 
 
 
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