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Restrição e Estabilização Protetora

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MINISTÉRIO DA SAÚDE
d) Restrição mecânica – tem a finalidade de restringir os movimentos do usuário, utilizando 
acessórios ou equipamentos apropriados. Podem ser utilizados lençol, faixa e fitas 
adesivas, macri (maca odontológica para atendimento de bebês e crianças até cerca 
de 4 anos de idade), cadeiras desenvolvidas e/ou adaptadas para o atendimento e a 
contenção com auxílio de estabilizadores ou pranchas.
 A estabilização protetora pode estar incorporada à restrição física ou mecânica. No 
entanto, é importante observar que seu uso é objeto de debate e controvérsias e envolve a 
avaliação dos riscos, como danos físicos e psicológicos (BARBOSA; TOLEDO, 2003; ROMER, 
2009; BERZLANOVICH; SCHÖPFER; KEIL, 2012; CALDAS JR; MACHIAVELLI, 2015; AAPD, 2015a; 
AAPD, 2015b). 
 O uso de técnicas de estabilização protetora deve ocorrer após uma avaliação criteriosa 
e esgotadas as técnicas de dessensibilização, como sessões prévias de acolhimento e interação. 
A utilização de métodos alternativos que evitem as contenções física e química em situações 
de crise constitui um padrão internacional de qualidade e respeito aos direitos do usuário 
de serviços de saúde, segundo a OMS, com base na Convenção das Nações Unidas sobre os 
Direitos das Pessoas com Deficiência (BRASIL, 2015c).
Fonte: (UFPE, 2013)
Figura 29: Estabilização protetora 
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GUIA DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
 A aprovação e a assinatura do termo de consentimento pelo usuário, quando 
possível, e dos pais ou responsáveis, quando for o caso, demonstra uma forma de elucidação 
da conduta e do amparo legal.
 As técnicas de manejo de comportamento não-farmacológicas podem não apenas 
evitar a necessidade de sedação ou anestesia geral, mas também contribuir para que 
pessoas com deficiência desenvolvam habilidades de enfrentamento que podem capacitá-
los a receber cuidados abrangentes nas USF e nos CEO (LYONS, 2009).

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