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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU
Karoline Barbosa Duarte de Freitas[footnoteRef:1] [1: Graduanda no décimo período do curso de Direito na FMU] 
O ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO E O PROGRAMA DE COMPLIANCE COMO ESTRATÉGIA PARA REDUZIR PROCESSOS JUDICIAIS E GARANTIR A SEGURANÇA DO TRABALHADOR
SÃO PAULO
2024
KAROLINE BARBOSA DUARTE DE FREITAS
Artigo científico apresentado ao curso de Direito do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas- FMU, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Direito, sob a orientação do Professor Cesar Lavoura
Data da Apresentação:
Banca Examinadora:
Professor Orientador: Cesar Lavoura
SÃO PAULO
2024
O ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO E O PROGRAMA DE COMPLIANCE COMO ESTRATÉGIA PARA REDUZIR PROCESSOS JUDICIAIS E GARANTIR A SEGURANÇA DO TRABALHADOR
KAROLINE BARBOSA DUARTE DE FREITAS
RESUMO: O ambiente de trabalho no Brasil e no mundo evoluiu a um ponto de haver mais diversidade de gênero nos quadros das empresas, não somente em postos de menor relevância na escala hierárquica como também no topo da cadeia organizacional coorporativo. Esse processo foi possível devido às lutas das minorias por mais espaços e direitos na sociedade. Ocorre que esse choque de realidade coloca essas minorias à mercê de comportamentos persistentemente erráticos e difíceis de combater, como é o caso do assédio moral. 
1. ASSÉDIO MORAL
1.1. Introdução
O avanço no entendimento efetivo dos direitos humanos, em suas diferentes profundidades, resultou em significativas melhorias nas condições de vida da sociedade em vários setores, incluindo o ambiente laboral.
No contexto das relações de trabalho atual, é comum que haja conflitos na administração das atividades e no gerenciamento dos recursos humanos em uma organização, uma vez que todo trabalho apresenta certo nível de exigência, resultando em atritos pontuais. A forma como essas situações são geridas é crucial, pois se os conflitos se repetirem e os comportamentos se tornarem hostis, é possível que a organização esteja enfrentando um caso de assédio moral.
A prevenção é um termo usado para descrever uma ação antes de um evento, afim de que ele não ocorra, enquanto o combate ou enfretamento acontecem no momento presente e a punição está relacionada ao que pode ser feito no futuro de um crime já concretizado. Compreender esse ponto é fundamental para a colocação de procedimentos, de preferência e por ordem, preventivos que visem salutar um ambiente de trabalho em empresas privadas. 
De modo que essa investigação acadêmica visa debater a importância da prevenção do assédio moral no ambiente de trabalho tendo como ferramenta principal o compliance corporativo. Trata-se de um tema de extrema relevância pois está intimamente ligado com os relacionamentos estabelecidos entre os profissionais de uma organização. Se negligenciado, pode favorecer condutas de intolerância e desrespeito entre colegas levando ao adoecimento e à exaustão de um empregado de um grupo e até mesmo da empresa. 
A psicóloga francesa, Marie France Hirigoyem afirma que o assédio moral não é um fenômeno novo, na verdade, ele é tão antigo quanto o próprio trabalho. Ocorre que a novidade está na consciência moderna sobre estes fenômenos jurídicos e seus prejuízos à saúde mental do trabalhador. Como iremos abordar adiante, o assédio moral tem o poder lesivo em várias dimensões, estendendo-se à saúde psíquica de uma pessoa. 
O primeiro capítulo irá conceituar o assédio moral, trazendo a evolução de seu significado e a compreensão de sua prática no trabalho como um dos principais comportamentos que acarretam na incapacidade de trabalhadores, especialmente daqueles em posição de maior vulnerabilidade. 
Finalmente, após evidenciar a importância de adotar medidas preventivas verdadeiramente eficazes contra o assédio moral, surge a ideia dos programas de compliance como uma opção para reduzir a ocorrência desses incidentes no local de trabalho. 
1.2. Conceito de Assédio Moral
O assédio moral é uma forma de violência psicológica que consiste em expor pessoas a situações humilhantes e constrangedoras. Tanto no setor público quanto no privado, o assédio moral é caracterizado por ações repetitivas de um indivíduo que ultrapassa os limites de suas responsabilidades, seja por meio de ações, omissões, gestos ou palavras, com o objetivo de afetar a autoestima, a autonomia, o progresso na carreira ou a estabilidade emocional de outro indivíduo, resultando na precariedade do ambiente de trabalho. 
Trata-se de fenômeno social, onde sua importância no meio acadêmico e no meio profissional vem ganhando proporções nunca vista antes. Salienta-se que a repercussão do assédio moral no mundo jurídico, é um problema que vem crescendo, mesmo em países de primeiro mundo.
O dano que esse comportamento causa sobre o ser humano vítima é diverso e incide em vários âmbitos da vida do trabalhador, uma reflexão bastante peculiar vem de Elias Jordão (2016): “Os humanos perdem a saúde para ganhar o salário, depois perdem o salário para recuperar a saúde”. Essa ideia evidencia em termos práticos o ciclo negativo a que uma pessoa é submetida no ambiente de trabalho, uma consequência indireta da brutalidade do sistema capitalista que o corpo e mente do trabalhador está inserido. Na ânsia do lucro, cada vez maior, a elite econômica muda sistematicamente suas regras de produção, deixando os trabalhadores à mercê da precariedade e da insegurança material. 
Antes de aprofundar as especificidades do assédio moral, é fundamental conhecer um aspecto anterior a ele, que é o dano moral – trata-se de uma lesão à dignidade da pessoa e à sua honra. 
De acordo com Amauri Nascimento “Os danos morais derivam de práticas atentatórias à personalidade humana que afetam o valor da pessoa intimamente e/ou perante a sociedade, sendo capazes de lesar a dignidade da vítima, ferindo um direito personalíssimo”. (2011, p. 225). Assim, quando algum ato ou alguma prática atinge a esfera íntima de uma pessoa, sua dignidade ou sua honra a consequência é o dano moral. A proteção à dignidade humana é tão importante que tanto a Constituição Federal quanto o Código Civil contemplam a proteção à dignidade sendo assegurada a reparação por dano moral decorrente de atos que atentem contra esse direito fundamental.
Em comum, os doutrinadores entendem que a conduta do assédio moral pode ser manifestar das seguintes formas:
a) Atentando contra a dignidade
b) Isolamento e recusa de comunicação
c) Degradação proposital das condições de trabalho
d) Violência física, verbal ou sexual
De todo modo, Barreto e Heloani (2015, p.557) afirmam que o assédio moral “é um processo complexo, e deve-se evitar conceitos simplistas, inaptos ou inadequados sobre o que é e o que não é, em uma vã tentativa de dar conta de todas as variáveis, geradas de uma constelação de danos morais que atingem a dignidade, a saúde, a liberdade e a personalidade, impondo dor e violentando os direitos fundamentais”. 
1.3. Jurisprudência 
Considerando que o assédio moral é uma prática que, infelizmente tem sido identificada de maneira cada vez mais recorrente no mundo do trabalho, é preciso conhecer como as decisões judiciais e súmulas jurisprudenciais estão tratando esse assunto no que cabe à proteção do trabalhador. Uma característica comum nas palavras dos juízes é a visão da necessidade de reparação por parte da pessoa jurídica responsável por resguardar uma ambiente de trabalho salutar. 
Uma vez comprovado o assédio moral, a vítima pode pleitear indenização por danos morais contra seu empregador, seja ele uma empresa privada ou um ente federativo. Como se observa na leitura da decisão abaixo, o Estado tem a obrigação direta de escolher pessoas probas em seu quadro funcional, de modo que resta comprovada a responsabilidade objetiva quando ocorrer o assédio em seu universo laboral.
[...] Comprovada a ocorrência de assédio moral coletivo na repartição pública, a responsabilidadeda União é objetiva, haja vista a má escolha dos integrantes da cúpula administrativa e a omissão no cumprimento do dever de coibir a prática de atos ímprobos e lesivos à saúde dos servidores, por agentes vinculados a si, no exercício da função pública. [...] (TRF4, AC 5055309-98.2012.4.04.7000, QUARTA TURMA)
ADMINISTRATIVO. Responsabilidade objetiva. Direito de regresso. Assédio moral. Uma vez comprovado que o servidor público praticou ato ilícito que gerou para o agente estatal o pagamento de indenização, cabível direito de regresso. É inaceitável permitir que os cofres públicos suportem o prejuízo financeiro provocado unicamente por ato perpetrado pelo servidor público. De fato, a responsabilidade do agente estatal (de feições subjetivas) é decorrente da prática de ato ilícito, que restou configurado ao praticar assédio moral contra o servidor. Apelação improvida. (TRF4, AC 5011881-80.2014.4.04.7102, QUARTA TURMA
As decisões acima identificaram o dever do Estado em proteger as pessoas que estão à serviço dele, no caso os servidores públicos, que são os agentes públicos de ponto, aqueles que levam efetivamente as políticas públicas do Estado aos cidadãos. 
No universo corporativo, onde os trabalhadores não são agentes públicos, mas sim, empregados regidos por outras formas de vinculo estabelecidas por seus patrões, dentro de uma cadeia produtiva específica, é fundamental que esse trabalhador se incorpore adequadamente à cultura organizacional, aos objetivos e valores da empresa, e cabe à esta identificar previamente os indivíduos que irão compor sua estrutura. Quando o assédio moral ocorre nesse meio, as decisões judiciais são consequências naturais que desgastam a imagem da empresa perante a sociedade. 
O dano moral é um fato a ser conhecido, pois ele é uma consequência do assédio moral, desdobramento do comportamento criminoso que configura o assédio moral, trata-se de uma lesão à dignidade da pessoa e à sua honra.
De acordo com Nascimento (2015): “Os danos morais derivam de práticas atentatórias à personalidade humana que afetam o valor da pessoa intimamente e/ou perante a sociedade, sendo capazes de lesar a dignidade da vítima, ferindo um direito personalíssimo”. Assim, quando algum ato ou alguma prática atinge a esfera íntima de uma pessoa, sua dignidade ou sua honra a consequência é o dano moral. A proteção à dignidade humana é tão importante que tanto a Constituição Federal quanto o Código Civil contemplam a proteção à dignidade sendo assegurada a reparação por dano moral decorrente de atos que atentem contra esse direito fundamental, vejamos: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Semelhante é o que se depreende da leitura dos artigos 186 e 927 do Código Civil, onde a dignidade pessoa humana, quando colocada em risco gera o dever de reparação: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
As decisões dos magistrados, que verificam a configuração do assédio moral no ambiente de trabalho, deixam claro a afronta do que os artigos do CC acima trazidos estabelecem, como podemos apreender a partir dessas decisões recentes do Tribunal Regional do Trabalho da 15 região: 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR – IDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO – OFENSA À HONRA, À IMAGEM E À DIGNIDADE DA TRABALHADORA CONFIGURADA. Têm-se por assédio moral no trabalho toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho. A doutrina destaca o assédio moral como uma conduta abusiva, de natureza psicológica, que atenta contra a dignidade psíquica do indivíduo, de forma reiterada, possui quatro elementos, a saber: “a) Conduta abusiva; b) natureza psicológica do atentado à dignidade psíquica do indivíduo; c) reiteração da conduta; d) finalidade de exclusão” (Rodolfo Pamplona Filho). No caso, em face da conduta da empresa, é de todo possível se concluir que houve o aviltamento à integridade moral da reclamante, aí incluídos aspectos íntimos da personalidade humana, sua honra e imagem, haja vista que a ré, por seus prepostos, excedeu seus poderes de mando e direção ao desrespeitá-la no dia a dia. É evidente que tal conduta do empregador não pode ser suportada, devendo arcar com a indenização por dano moral, com supedâneo no Código Civil, artigos 186, 187 e 932, III, em função do odioso assédio moral no trabalho. Decisão publicada em 02/09/2019. 
ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO. O assédio moral no ambiente de trabalho consiste numa violência à vítima, de ordem moral ou psicológica, decorrente de comportamentos comissivos ou omissivos por parte do agressor. Pode ser horizontal (entre colegas de igual hierarquia) ou vertical (do superior subordinado ou vice versa), individual ou coletivamente sentida. Para a sua configuração definem-se alguns critérios, notadamente a repetição sistemática, duradoura ou específica, de atos que coloquem a vítima em situações vexatórias e humilhantes, a ponto de desestabilizá-la moral e/ou fisicamente. O elemento essencial para a caracterização ao assédio moral no ambiente de trabalho é a reiteração da conduta ofensiva ou humilhante, uma vez que, sendo este fenômeno de natureza psicológica, não há de ser um ato esporádico capaz de trazer lesões psíquicas à vítima, como no caso em apreço, narrado pela a autora. Quanto à responsabilidade, continua sendo subjetiva, ou seja, continua a exigir um ato culposo, que tenha dado causa a um dano por força de um nexo etiológico, tal como se depreende do comando normativo insculpido nos artigos 186 e 927 do Código Civil. Há a impostergável necessidade, de ser demonstrado indicativo de atos capazes de caracterizar ao assédio moral, o que não ocorreu no caso dos autos. Recurso conhecido e provido. Decisão publicada 02/05/2022. 
De modo que o assunto é de tamanha relevância que a ONU, por intermédio da Organização Internacional do Trabalho instituiu a Declaração sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. 
Essa Declaração prevê expressamente que devem ser eliminadas quaisquer formas de trabalho forçado ou obrigatório e toda e qualquer forma de discriminação em matéria de emprego e ocupação. No sentido de que o assédio moral gera constrangimento que gera o dano moral, e que, portanto, contraria frontalmente os princípios da Constituição, sendo um ato condenado por se tratar de uma conduta que pode gerar dano a direitos fundamentais. 
Sabendo que a Constituição defende a dignidade da pessoa humana como um princípio fundamental da república, devendo este princípio ser garantido em todas as áreas da vida social e individual da pessoa humana: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político.
A aplicação do princípio da dignidade da pessoa humana nas relações de trabalho visa a valorização do emprego, a proibição de todas as formas de discriminação e a garantia do direitoà saúde e da segurança do trabalho. 
1.4. Assédio Moral no Trabalho
Sob diversas óticas, o assédio moral consiste na repetição deliberada de gestos, palavras (orais ou escritas) e/ou comportamentos que expõem a servidora, o servidor, a empregada, o empregado, a estagiária ou o estagiário, ou ainda, o grupo de servidoras, servidores, empregadas ou empregados, a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de lhes causar ofensa à personalidade, à dignidade ou à integridade psíquica ou física, com o objetivo de as excluir das suas funções ou de deteriorar o ambiente de trabalho. A habitualidade da conduta é indispensável para a caracterização do assédio moral, como entenderam os magistrados nas decisões trazidas na sessão anterior. 
Assim, como uma das principais características do assédio moral é a repetição somente depois desse tipo de situação ocorrer de forma regular é que a vítima geralmente percebe que está sendo assediada. O desequilíbrio no estado emocional da vítima geralmente dificulta a sua reação. A vítima sente-se humilhada e esse sentimento contribui para o seu isolamento fortalecendo um círculo vicioso. Ou seja, quanto mais isolada a vítima se torna mais frágil e exposta a novos ataques.
1.5. Assédio Moral Vertical
1.6. Assédio Moral Vertical e descendente 
1.7. Assédio Moral Vertical e Ascendente 
1.8. Assédio Moral Horizontal
1.9. Causas e Consequências do assédio moral
As consequências do assédio moral para a vida de quem o sofre são diversas, sabe-se onde começa, mas se desconhece a extensão do mal que essa prática causa, não só individualmente, para a vítima, para o grupo em que a vítima está inserida, mas também ao assediador, para a organização e, ainda, para a sociedade. 
Tais consequências podem se relacionar com efeitos negativos na saúde física, mental ou psicológica do indivíduo e do grupo e também podem trazer implicações jurídicas e administrativas tanto para o agressor quanto para a empresa.
2. COMPLIANCE NAS EMPRESAS 
2.1. Compliance 
2.2. Canais de Denúncia em empresas 
2.3. Responsabilidade Jurídicas Empresarial
2.4. Programa de Compliance e sua aplicabilidade no Trabalho
3. METODOLOGIA
3.1. Referencial Teórico
3.2. Natureza e abordagem da pesquisa 
4. Conclusão
5. Referências Bibliográficas
Barreto M, Heloani R. Violência, saúde e trabalho: a intolerância e o assédio moral nas relações laborais. Serviço Soc Soc. 2015;(123):544-61.
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: < http://planalto,gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em 12 de abril de 2024. 
BRASIL, Código Civil brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2006.
CARVALHO. Felipe Quintella Machado. Breve reflexão sobre os elementos essenciais da responsabilidade civil. Âmbito Jurídico. Disponível em: http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12305 . 
BOGONI, Nadia Mar et al. Proposta de um modelo de relatório de administração para o setor público baseado no Parecer de Orientação no 15/87 da Comissão de Valores Mobiliários: um instrumento de governança corporativa para a administração pública. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 44, n. 1, p.119-142, fev.2010. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. vol. 4. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
HIRIGOYEN, Marie-France. Assédio moral: a violência perversa no cotidiano. Tradução de Maria Helena Kühner. 13. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Direito Contemporâneo do Trabalho – São Paulo: Saraiva, 2011, p.57 . 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade civil. v.4. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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