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Material 39 - Transferência Positiva e Negativa_240424_100026

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A teoria da transferência foi um conceito fundamental desenvolvido por Sigmund 
Freud, o pai da psicanálise. Segundo Freud, a transferência refere-se à reedição de 
padrões emocionais e relacionais passados, geralmente inconscientes, para 
figuras de autoridade ou pessoas significativas no presente. Esses padrões podem 
ser tanto positivos quanto negativos e desempenham um papel crucial no 
processo terapêutico. 
 
A transferência positiva ocorre quando o paciente atribui características positivas, 
como amor, admiração ou confiança, ao terapeuta. Essa dinâmica pode refletir 
desejos inconscientes do paciente de receber amor, aceitação ou segurança do 
terapeuta, muitas vezes projetando nele figuras parentais idealizadas. Para o 
paciente, o terapeuta pode se tornar uma figura de apoio e conforto, criando uma 
relação terapêutica sólida e facilitando o processo de cura. 
 
No entanto, a transferência positiva também pode criar desafios para o terapeuta, 
pois ele deve lidar com a responsabilidade de gerenciar esses sentimentos sem 
alimentar falsas expectativas ou desvios do foco terapêutico. É essencial que o 
terapeuta mantenha os limites da relação terapêutica e ajude o paciente a 
compreender e trabalhar com esses sentimentos de maneira construtiva. 
 
Por outro lado, a transferência negativa ocorre quando o paciente atribui 
características negativas, como raiva, hostilidade ou desconfiança, ao terapeuta. 
Isso pode ser resultado da projeção de conflitos não resolvidos ou traumas 
passados no relacionamento terapêutico. O paciente pode perceber o terapeuta 
como uma figura de autoridade punitiva ou rejeição, refletindo dinâmicas 
interpessoais anteriores. 
 
A transferência negativa pode ser desafiadora para o terapeuta, pois exige uma 
compreensão cuidadosa dos motivos subjacentes aos sentimentos do paciente e 
a capacidade de lidar com a resistência terapêutica de forma produtiva. Nesses 
casos, é importante que o terapeuta seja capaz de ajudar o paciente a explorar e 
compreender as origens desses sentimentos, fornecendo um espaço seguro para 
expressão e reflexão. 
 
Em ambos os casos, a transferência desempenha um papel central no processo 
terapêutico, fornecendo insights valiosos sobre os conflitos inconscientes e os 
padrões relacionais do paciente. Ao trabalhar com a transferência, o terapeuta 
pode ajudar o paciente a desenvolver uma compreensão mais profunda de si 
mesmo e dos outros, promovendo assim o crescimento pessoal e a resolução de 
questões emocionais pendentes. 
 
Em suma, a transferência positiva e negativa são fenômenos complexos que 
desempenham um papel fundamental na terapia psicanalítica. Ao reconhecer e 
trabalhar com essas dinâmicas, tanto o terapeuta quanto o paciente podem 
colaborar para alcançar uma compreensão mais profunda do funcionamento 
psicológico e promover o bem-estar emocional e o crescimento pessoal.

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