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Apostila de Contabilidade

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Sumário 
 
 
 
UNIDADE 01 – IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE ................ 9 
1.1 – CONTABILIDADE PESSOAL .................................................................................... 9 
1.2 – BENS E DIREITOS .................................................................................................... 9 
1.3 – OBRIGAÇÕES ......................................................................................................... 10 
1.4 – ORÇAMENTO MENSAL .......................................................................................... 10 
1.5 – CONTABILIDADE PESSOAL VERSUS CONTABILIDADE EMPRESARIAL ........... 11 
1.6 – CONTABILIDADE NAS EMPRESAS ....................................................................... 12 
1.7 – ENTIDADES ............................................................................................................ 12 
1.8 – COMPLEXIDADE DA LINGUAGEM ........................................................................ 13 
1.9 – LINGUAGEM DA CONTABILIDADE ........................................................................ 16 
1.10 – EXEMPLO ............................................................................................................. 17 
UNIDADE 02 – DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE .................... 20 
2.1 – FUNÇÃO DA CONTABILIDADE .............................................................................. 20 
2.2 – PROCESSO CONTÁBIL .......................................................................................... 20 
2.3 – VISUALIZAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL ......................................................... 21 
2.4 – VALOR UTILITÁRIO DA CONTABILIDADE ............................................................. 21 
2.5 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ............................................................. 22 
2.6 – ACIONISTA CONTROLADOR ................................................................................. 22 
2.7 – ADMINISTRADORES .............................................................................................. 23 
2.8 – FINANCIADORES ................................................................................................... 23 
2.9 – GOVERNO .............................................................................................................. 23 
2.10 – ACIONISTA MINORITÁRIO ................................................................................... 24 
2.11 – EMPREGADOS ..................................................................................................... 24 
UNIDADE 03 – CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE . 25 
3.1 – ATUAÇÃO SEGMENTADA ...................................................................................... 25 
3.2 – CONTABILIDADE GERENCIAL .............................................................................. 25 
3.3 – CONTABILIDADE FINANCEIRA OU SOCIETÁRIA ................................................. 26 
3.4 – CONTABILIDADE FISCAL ....................................................................................... 26 
3.5 – CONTABILIDADE DE CUSTOS .............................................................................. 27 
3.6 – CAMPOS DE ATUAÇÃO ......................................................................................... 27 
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3.7 – AVALIAÇÃO MONETÁRIA ...................................................................................... 27 
3.8 – AVALIAÇÃO E INFLAÇÃO ....................................................................................... 28 
3.9 – LUCRO VERSUS CAIXA ......................................................................................... 28 
UNIDADE 04 – CICLO CONTÁBIL .............................................. 29 
4.1 – GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES .............................................................................. 29 
4.2 – DEFINIÇÃO DE CICLO CONTÁBIL ......................................................................... 29 
4.3 – FASES DO CICLO CONTÁBIL ................................................................................ 29 
4.4 – CAPTAÇÃO ............................................................................................................. 30 
4.5 – RECONHECIMENTO .............................................................................................. 30 
4.6 – PROCESSO DE ACUMULAÇÃO ............................................................................. 31 
4.7 – SUMARIZAÇÃO ...................................................................................................... 31 
4.8 – EVIDENCIAÇÃO ...................................................................................................... 31 
4.9 – EXERCÍCIO SOCIAL ............................................................................................... 31 
4.10 – VISUALIZAÇÃO DO CICLO CONTÁBIL ................................................................ 32 
UNIDADE 05 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA ......... 33 
5.1 – GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES .............................................................................. 33 
5.2 – MOTIVO PARA A REGULAÇÃO .............................................................................. 33 
5.3 – MOTIVO ADICIONAL PARA A REGULAÇÃO .......................................................... 34 
5.4 – ORIGENS ................................................................................................................ 34 
5.5 – PRESSUPOSTOS BÁSICOS ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.6 – REGIME DE COMPETÊNCIA ..................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.7 – EXEMPLOS ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.8 – CONTINUIDADE ........................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.9 – EXEMPLO .................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.10 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 35 
5.11 – COMPREENSIBILIDADE ...................................................................................... 35 
5.12 – RELEVÂNCIA ........................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.13 – NATUREZA DA INFORMAÇÃO ............................................................................. 36 
5.14 – MATERIALIDADE .................................................................................................. 36 
5.15 – RELEVÂNCIA VERSUS MATERIALIDADE ........................................................... 36 
5.16 – CONFIABILIDADE ................................................................................................. 37 
5.17 – REPRESENTAÇÃO COM PROPRIEDADE ........................................................... 38 
5.18 – PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA ....................................................... 38 
5.19 – NEUTRALIDADE ................................................................................................... 39 
5.20 – PRUDÊNCIA .......................................................................................................... 39 
5.21 – INTEGRIDADE ...................................................................................................... 39 
5.22 – COMPARABILIDADE ............................................................................................ 40 
5.23 – COMPARAÇÃO COM DEMONSTRAÇÕES ANTERIORES .................................. 40 
5.24 – EXEMPLO ............................................................................................................. 41 
5.25 – LIMITAÇÕES ÀS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS ...................................... 41 
5.26 – TEMPESTIVIDADE .................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
5.27 – EQUILÍBRIOENTRE CUSTO E BENEFÍCIO ......................................................... 42 
5.28 – EQUILÍBRIO ENTRE CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS ................................. 42 
5.29 – VISÃO VERDADEIRA E ADEQUADA VERSUS APRESENTAÇÃO ADEQUADA
 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
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UNIDADE 06 – BALANÇO PATRIMONIAL ............................ 44 
6.1 – ................................................................................................................................. 44 
6.2 – ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL .......................................................... 44 
6.3 – ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO .......................................................... 45 
6.4 – EXEMPLO ............................................................................................................... 45 
6.5 – PREPARAÇÃO DE BALANÇO PATRIMONIAL ....................................................... 46 
6.6 – ETAPA 1 .................................................................................................................. 46 
6.7 – ETAPA 2 .................................................................................................................. 47 
6.8 – ATIVO ...................................................................................................................... 47 
6.9 – ATIVO CIRCULANTE .............................................................................................. 48 
6.10 – ATIVO NÃO CIRCULANTE .................................................................................... 48 
6.11 – PASSIVO ............................................................................................................... 49 
6.12 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................................................................... 49 
6.13 – AGRUPAMENTO DE PEQUENOS VALORES ...................................................... 50 
6.14 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS SECUNDÁRIAS ........................................ 50 
6.15 – USO DAS CLASSIFICAÇÕES ............................................................................... 51 
6.16 – EXEMPLO 1 ........................................................................................................... 52 
6.17 – EXEMPLO 2 ........................................................................................................... 53 
6.18 – MECÂNICA CONTÁBIL E ELABORAÇÃO DE BP ................................................. 54 
6.19 – EXEMPLO ............................................................................................................. 54 
UNIDADE 07 – APURAÇÃO DO RESULTADO .......................... 58 
7.1 – RECEITA ................................................................................................................. 58 
7.2 – DESPESA ................................................................................................................ 58 
7.3 – EXEMPLO ............................................................................................................... 59 
7.4 – DRE OU DEREX ...................................................................................................... 60 
7.5 – ESTRUTURA DA DRE ............................................................................................. 60 
7.6 – CONTAS DA DRE – 1ª PARTE ................................................................................ 61 
7.7 – CONTAS DA DRE – 2ª PARTE ................................................................................ 63 
7.8 - CONTAS DA DRE – 3ª PARTE ................................................................................. 64 
UNIDADE 08 – REGIME DE COMPETÊNCIA VERSUS REGIME 
DE CAIXA ........................................................................................ 66 
8.1 – REGIME DE COMPETÊNCIA .................................................................................. 66 
8.2 – EXEMPLO 1 ............................................................................................................. 66 
8.3 – EXEMPLO 2 ............................................................................................................. 67 
8.4 - REGIME DE CAIXA .................................................................................................. 67 
UNIDADE 09 – DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................. 68 
9.1 – DEFINIÇÃO DE DMPL ............................................................................................. 68 
9.2 – VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................... 68 
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9.3 – AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL ........................................................................... 69 
9.4 – LUCRO OU PREJUÍZO APURADO NO PERÍODO .................................................. 69 
9.5 – 3 DESTINAÇÃO DE LUCROS ................................................................................. 69 
UNIDADE 10 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ... 70 
10.1 – DEFINIÇÃO DE DFC ............................................................................................. 70 
10.2 – VARIAÇÃO DO CAIXA ........................................................................................... 70 
10.3 – CAIXA E EQUIVALENTE À CAIXA ........................................................................ 71 
10.4 – CÁLCULO DE SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA ............................ 71 
10.5 – VARIAÇÃO DE SALDO DE CAIXA ........................................................................ 72 
10.6 – ATIVIDADES OPERACIONAIS ............................................................................. 72 
10.7 – ATIVIDADES DE INVESTIMENTO ........................................................................ 72 
10.8 – ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO ..................................................................... 73 
10.9 – MÉTODO DIRETO ................................................................................................. 74 
10.10 – EVIDENCIAÇÃO PELO MÉTODO DIRETO ......................................................... 74 
10.11 – EXEMPLO 1 ......................................................................................................... 75 
10.12 - EXEMPLO 2 ......................................................................................................... 76 
UNIDADE 11 – ATIVO IMOBILIZADO ......................................... 77 
11.1 – DEFINIÇÃO DE ATIVO IMOBILIZADO .................................................................. 78 
11.2 – EXEMPLO ............................................................................................................. 78 
11.3 – TIPOS DE ATIVOS IMOBILIZADOS ...................................................................... 78 
11.4 – CUSTO DE AQUISIÇÃO ........................................................................................ 79 
11.5 – DEPRECIAÇÃO ..................................................................................................... 80 
11.6 – FATORES DETERMINANTES DA DEPRECIAÇÃO .............................................. 80 
11.7 – CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO........................................... 81 
11.8 – MÉTODO LINEAR ................................................................................................. 81 
11.9 – TAXA DE DEPRECIAÇÃO VERSUS TEMPO DE VIDA ÚTIL ................................ 81 
11.10 – VALOR RESIDUAL .............................................................................................. 82 
11.11 – EXEMPLO ........................................................................................................... 82 
11.12 – MECÂNICA CONTÁBIL E ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
 83 
11.13 – EXEMPLO ........................................................................................................... 83 
11.14 – CONTABILIZAÇÃODO EXEMPLO ..................................................................... 84 
11.15 – EXEMPLO 3 – CIA. XYZ ...................................................................................... 84 
11.16 – EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................ 85 
11.17 – EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DA DRE .............................................................. 89 
11.18 – EXEMPLO 3 – DMPL ........................................................................................... 90 
11.19 – EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DE BP ................................................................. 91 
11.20 – EXEMPLO 3 – ELABORAÇÃO DA DFC ............................................................... 92 
UNIDADE 12 – ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
- PROPÓSITO DA ANÁLISE .......................................................... 94 
12.1 – JUSTIFICATIVAS PARA A ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ........ 94 
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12.2 – SITUAÇÃO DE EMPRESAS-ALVO DE INVESTIMENTO ...................................... 94 
12.3 – DESEMPENHO DAS SUBUNIDADES................................................................... 95 
12.4 – SITUAÇÃO DE CRÉDITO ...................................................................................... 95 
12.5 – SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DE EMPRESAS REGULADAS ............. 96 
12.6 – OBTENÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ........................................... 96 
12.7 – INTERESSE DE INVESTIDORES ......................................................................... 97 
12.8 – INTERESSE DE UM DIRETOR FINANCEIRO ....................................................... 97 
12.9 – INTERESSE DE POTENCIAIS CLIENTES, PARCEIROS E CONCORRENTES ... 97 
12.10 – INTERESSE DE ÓRGÃOS REGULADORES ...................................................... 98 
12.11 – INVESTIGAÇÃO DA CONFIABILIDADE DAS INFORMAÇÕES .......................... 98 
12.12 – CONHECIMENTO DO HISTÓRICO DA EMPRESA............................................. 99 
UNIDADE 13 – ANÁLISE VERTICAL ........................................ 101 
13.1 – TIPOS DE ANÁLISE ............................................................................................ 101 
13.2 – OBJETIVO DA ANÁLISE VERTICA ..................................................................... 101 
13.3 – VANTAGENS DA ANÁLISE VERTICAL ............................................................... 101 
13.4 – ANÁLISE VERTICAL NA DRE ............................................................................. 102 
13.5 – ANÁLISES ........................................................................................................... 102 
13.6 – CÁLCULOS ......................................................................................................... 102 
13.7 – ANÁLISE VERTICAL NO BALANÇO ................................................................... 103 
13.8 – ANÁLISES ........................................................................................................... 104 
13.9 - CÁLCULOS .......................................................................................................... 105 
UNIDADE 14 – ANÁLISE HORIZONTA ..................................... 107 
14.1 – OBJETIVOS DA ANÁLISE HORIZONTAL ........................................................... 107 
14.2 – ANÁLISE HORIZONTAL NA DRE ........................................................................ 107 
14.3 – ANÁLISES ........................................................................................................... 108 
14.4 – CÁLCULOS ......................................................................................................... 108 
14.5 – ANÁLISE HORIZONTAL NO BALANÇO .............................................................. 109 
14.6 – ANÁLISES ........................................................................................................... 110 
14.7 – CÁLCULOS ......................................................................................................... 111 
14.8 - ANÁLISE VERTICAL VERSUSANÁLISE HORIZONTAL ...................................... 111 
UNIDADE 15 – ANÁLISE POR INDICADORES ........................ 113 
15.1 – OBJETIVOS DA ANÁLISE POR INDICADORES ................................................. 113 
15.2 – ÍNDICE ................................................................................................................. 113 
15.3 – CONTEXTO DE UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE .......................................................... 114 
15.4 – TIPOS DE INDICADORES ................................................................................... 114 
15.5 – INDICADORES DE LIQUIDEZ ............................................................................. 114 
15.6 – LIQUIDEZ E SITUAÇÃO FINANCEIRA ................................................................ 115 
15.7 – LIQUIDEZ CORRENTE ....................................................................................... 115 
15.8 – EXEMPLO ........................................................................................................... 116 
15.9 – SOLUÇÃO ........................................................................................................... 116 
15.10 – LIQUIDEZ GERAL ............................................................................................. 117 
15.11 – FATOR LIMITADOR DO ÍNDICE ....................................................................... 118 
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15.12 – EXEMPLO ......................................................................................................... 118 
15.13 – SOLUÇÃO 1 ...................................................................................................... 119 
15.14 – SOLUÇÃO 2 ...................................................................................................... 119 
15.15 – INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO .............................................................. 120 
15.16 – ENDIVIDAMENTO GERAL ................................................................................ 120 
15.17 – ADEQUAÇÃO E LIMITAÇÃO DO ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL ........ 121 
15.18 – EXEMPLO ......................................................................................................... 121 
15.19 – SOLUÇÃO ......................................................................................................... 122 
15.20 – COMPOSIÇÃO DE EXIGIBILIDADES ............................................................... 122 
15.21 – EXEMPLO ......................................................................................................... 123 
15.22 – PASSIVO ONEROSO SOBRE ATIVO ............................................................... 123 
15.23 – EXEMPLO ......................................................................................................... 124 
15.24 – SOLUÇÃO ......................................................................................................... 124 
15.25 – COMPOSIÇÃO DO PASSIVO ONEROSO ........................................................ 125 
15.26 – EXEMPLO ......................................................................................................... 126 
15.27 – SOLUÇÃO ......................................................................................................... 126 
15.28 – INDICADORES DE LUCRATIVIDADE ............................................................... 127 
15.29 – MARGEM BRUTA .............................................................................................. 127 
15.30 – EXEMPLO ......................................................................................................... 128 
15.31 – SOLUÇÃO ......................................................................................................... 128 
15.32 – MARGEM LÍQUIDA DE LUCRO ........................................................................129 
15.33 – EXEMPLO ......................................................................................................... 129 
15.34 – SOLUÇÃO ......................................................................................................... 130 
15.35 – INDICADORES DE RENTABILIDADE ............................................................... 130 
15.36 – RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................. 131 
15.37 – EXEMPLO ......................................................................................................... 131 
15.38 – SOLUÇÃO ......................................................................................................... 132 
15.39 – RETORNO SOBRE O ATIVO ............................................................................ 132 
15.40 – EXEMPLO ......................................................................................................... 133 
15.41 – SOLUÇÃO ......................................................................................................... 133 
15.42 - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE ANÁLISE .................................................. 134 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA .......................................................... 135 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ............................................. 135 
 
 
 
 
 
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Apresentação 
 
A contabilidade é a linguagem dos negócios. Ela tem como objetivo apurar e evidenciar a 
situação patrimonial e o desempenho econômico-financeiro de diferentes entidades. 
Através das demonstrações contábeis, nós podemos inferir sobre o que está acontecendo 
em uma entidade. 
 
Na disciplina Contabilidade Geral, começaremos estudando os conceitos fundamentais, a 
estrutura conceitual e os usuários típicos da informação contábil, bem como suas 
necessidades informacionais. Estudaremos, também, sobre a elaboração de 
demonstrações contábeis típicas, isto é, o Balanço Patrimonial, a Demonstração do 
Resultado do Exercício, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a 
Demonstração dos Fluxos de Caixa. Finalmente, estudaremos sobre a análise das 
demonstrações contábeis, com base em técnicas e em indicadores, dos relatórios 
elaborados pela contabilidade financeira. 
Portanto, o objetivo da disciplina é capacitar o aluno a elaborar e interpretar as principais 
demonstrações contábeis exigidas em lei, de modo que ele possa auxiliar os diversos 
usuários das informações contábeis na redução da assimetria informacional existente entre 
eles e as entidades analisadas. Ainda, o aluno estará apto a elaborar um parecer sobre a 
saúde financeira das entidades, através da análise das demonstrações contábeis e de 
seus quocientes. 
 
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Unidade 01 – IMPORTÂNCIA DA 
CONTABILIDADE 
 
 
Nessa unidade, começaremos estudando os conceitos básicos da 
contabilidade, que pode ser pessoal ou de empresas. A contabilidade é a 
linguagem dos negócios e precisamos aprender o seu vocabulário. Ainda, teremos 
o primeiro contato com duas demonstrações contábeis do Grupo Pão de Açúcar – 
Companhia Brasileira de Distribuição S.A. 
 
1.1 – CONTABILIDADE PESSOAL 
 
O que seria do mundo sem a existência da Contabilidade? 
Para que possamos refletir sobre essa questão, devemos pensar em nosso dia-a-
dia... 
O que fazemos com nosso salário? 
Pagamos nossas contas, compramos um carro ou uma roupa, ou investimos nosso 
dinheiro na poupança? 
Até para assumir uma dívida ou pegar um empréstimo, precisamos saber se 
podemos fazê-lo, isto é, se teremos condições de honrar o compromisso assumido. 
Para tudo isso, precisamos efetuar um orçamento, registrar e controlar gastos 
pessoais, além de, ao final do ano, fazer a declaração de Imposto de Renda. 
Todos esses eventos, que, diretamente, afetam nossas vidas, têm relação com a 
Contabilidade. 
Cada vez mais, as pessoas aprendem a lidar com suas finanças pessoais, o que tem 
sido tratado, inclusive, em algumas escolas de ensino fundamental. 
 
1.2 – BENS E DIREITOS 
 
Vamos agora fazer uma lista com nossos bens e nossos direitos para com outras 
pessoas, como o dinheiro que tenhamos emprestado a alguém, por exemplo. 
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Para isso, registremos essas informações em uma tabela como esta... 
 
 
1.3 – OBRIGAÇÕES 
 
Se o ativo representa todo o patrimônio da entidade – bens e direitos, ou aplicações 
de recursos dos quais se espera a geração de benefícios futuros –, o passivo representa 
todas as obrigações da entidade... 
...e o patrimônio líquido é, portanto, a parcela do ativo que sobra depois de se 
descontar todo o passivo, ou seja, PL = ativo – passivo. PL = ativo – passivo O PL 
representa, ainda, os recursos financiados pelos sócios da entidade. 
Vamos agora fazer uma lista com nossas obrigações financeiras ou nossas dívidas. 
Para isso, registremos essas informações em uma tabela como esta... 
 
 
1.4 – ORÇAMENTO MENSAL 
 
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O resultado da diferença entre o total de receitas e de despesas pode ser positivo – 
superávit ou lucro –, ou negativo – déficit ou prejuízo. 
Vamos agora ordenar nossas receitas mensais, como salário, e nossas despesas 
mensais, como aluguel, condomínio e gasolina, em uma tabela como esta... 
 
Essa é a nossa contabilidade. Agora podemos comprovar se nosso gasto mensal é 
realmente menor do que ganhamos. 
Poderemos também analisar que gastos podemos cortar ou diminuir para economizar 
dinheiro para as férias, por exemplo. 
 
1.5 – CONTABILIDADE PESSOAL VERSUS 
CONTABILIDADE EMPRESARIAL 
FGVIDT 
 
 
Agora que já aprendemos a refletir sobre nossas finanças pessoais, podemos ir mais 
além... 
Um dos problemas mais comuns nessa área é a mistura das finanças pessoais com 
as corporativas, ou seja, do negócio, o que não deve ser feito. 
Mesmo que uma empresa tenha apenas um sócio, as finanças de ambos, empresa e 
sócio, devem ser separadas. 
 
1.6 – CONTABILIDADE NAS EMPRESAS 
 
Vamos refletir agora sobre a situação das empresas... 
Poderiam as empresas sobreviver sem qualquer controle? 
Como seriam feitos empréstimos, financiamentos, investimentos, aquisições e venda 
de produtos, por exemplo, se não houvesse quaisquer informações sobre as empresas 
envolvidas? 
Emprestaríamos um milhão de reais se não soubéssemos a probabilidade de retorno 
desse investimento? 
Compraríamos outra empresa sem nenhum conhecimento de sua saúde financeira? 
Poderia haver compra e venda de ações sem qualquer conhecimento da situação 
econômico-financeira das empresas envolvidas nessas negociações? 
A quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, a crise Asiática em 1997 e o estouro da 
bolha da Bolsa Nasdaq, em 2001, são provas concretas de que a Contabilidade deve estar 
sempre presente para fundamentar qualquer decisão. 
A crise das bolsas de valores ocorrida em setembro de 2008, mais uma vez, ressalta 
a importância da informação contábil. 
Afinal, algumas empresas – principalmente instituições financeiras e seguradoras – 
praticaram abusos na mensuração de ativos, o que não foi observado pelos auditores e 
induziu parcela significativa dos investidores a erro. 
 
1.7 – ENTIDADES 
 
O foco de atuação da Contabilidade são as entidades. 
As entidades se subdividem em... 
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...do setor privado – que objetiva o lucro. 
...não lucrativas, como as do Governo e as denominadas ONGs. 
 
1.8 – COMPLEXIDADE DA LINGUAGEM 
 
Da mesma forma que a música é considerada a linguagem das emoções, a 
Contabilidade pode ser considerada a linguagem dos negócios. 
Como toda e qualquer linguagem, a música e a Contabilidade utilizam partituras, 
cifras, sinais e símbolos cognitivos próprios. Cada uma delas possui vocabulário específico 
e gramática própria. 
Certamente, não conseguiríamos interpretar um texto escrito em um idioma que ainda 
não aprendemos. 
Vamos fazer um teste? Procuremos interpretar o seguinte texto... 
Decifra 01.00 
1 2 11 34 
30 20 30 25 0 
1160 0 0 0 
12 0 1 0 
8 0 0 0 
11 0 0 0 
9 32768 0 0 
15 0 0 0 
8 0 1 0 
0 
1 
2 
3 33333333333333333333333334 6 7 5 4 6 7 5 8 
2 
3 3333333333333333333333333 7 5 4 7 5 4 9 7 
2 
FGVIDT 
 
 
3 33333333333333333333333335 4 9 7: 8 
2 
3 3333333333333333333333333 7; 4 7 5 
2 
2 
3 3333333333333333333333333 3 9 
2 
3 3333333333333333333333333 3 9 
2 
3 3333333333333333333333333 3; = 
2 
2 
2 
2 
2 
3 3333333333333333333333333 3 9 
2 
3 3333333333333333333333333 3 9 
2 
3 3333333333333333333333333 3; = 
2 
Difícil? 
Então vamos tentar outro texto, em outra linguagem, mais fácil... 
Introdução: 
Bm7 Bb7/13 Am7 Ab7/13 
G7+ 
A7/13 
A7/b13 Am7 
D7/9- Bm7 Bb7/13 Am7 Ab7/13 
FGVIDT 
 
 
G7+ A7/13 
A7/b13 Am7 
D7/9- G7+ 
G#7+ C#7/9 C#7 
B7+ E7/9 E7 
C7+ F7/9 F7 
Bm7 E7/9- 
Am7 D7/9- 
G7+ A7/13 
A7/b13 Am7 
D7/9- Bm7 Bb7/13 Am7 Ab7/13 G7+ 
Continua complicado, não? 
Isso ocorre porque não é fácil interpretar um texto que utiliza uma linguagem com a 
qual não temos familiaridade. 
Vamos tentar então traduzir para o português o primeiro dos textos apresentados... 
Moro num país tropical, abençoado por Deus 
E bonito por natureza, mas que beleza, em fevereiro, em fevereiro, 
Tem carnaval, tem carnaval, tenho um fusca e um violão. 
Sou Flamengo e tenho uma nega chamada Tereza... 
Sambaby Sambaby sou um menino de mentalidade mediana 
Mas assim mesmo feliz da vida pois eu não devo nada a ninguém 
Pois sou feliz, muito feliz, comigo mesmo 
(Repetir primeira estrofe) 
 Sambaby Sambaby eu posso não ser um band leader, pois é 
Mas lá em casa todos meus camaradas me respeitam, pois é 
E essa é a razão da simpatia do poder do algo mais e da alegria 
Vamos agora ao segundo texto... 
Olha que coisa mais linda 
Mais cheia de graça 
É ela menina que vem e que passa 
FGVIDT 
 
 
Num doce balanço a caminho do mar 
Moça do corpo dourado do sol de Ipanema 
O seu balançado é mais que um poema 
É a coisa mais linda que já vi passar 
Ah! Por que estou tão sozinho 
Ah! Por que tudo é tão triste 
Ah! A beleza que existe 
A beleza que não é só minha 
Que também passa sozinha 
Ah! Se ela soubesse que quando ela passa 
O mundo inteirinho se enche de graça 
E fica mais lindo por causa do amor 
Ah! Agora, sim! 
Trata-se de País Tropical, de Jorge Ben Jor, e Garota de Ipanema, de Tom Jobin e 
Vinicius de Moraes! 
Conhecendo a estrutura da linguagem, fica muito mais fácil interpretar um texto. 
O mesmo ocorre com a Contabilidade. 
............... 
1.9 – LINGUAGEM DA CONTABILIDADE 
 
Já dissemos que a Contabilidade é a linguagem dos negócios. 
Por meio dela é que traçamos objetivos, mensuramos resultados e avaliamos 
desempenhos. 
É por meio dos relatórios elaborados com base no sistema de informações contábeis 
que os administradores decidem... 
...o preço a ser praticado. 
...o mix de produtos a ser vendido. 
...a tecnologia a ser utilizada. 
Como toda e qualquer linguagem, a Contabilidade utiliza sinais e símbolos cognitivos 
próprios, possui um vocabulário específico e uma gramática própria. 
FGVIDT 
 
 
Não falar sua linguagem bem como não compreender seus conceitos fundamentais 
dificulta a interpretação de relatórios e a participação no mundo dos negócios. 
Sem um conhecimento de Contabilidade, como seria a análise de uma empresa? 
Como calcularíamos sua capacidade de pagar as dívidas, sua lucratividade ou mesmo o 
retorno do capital? 
 
1.10 – EXEMPLO 
 
Vejamos um exemplo... 
É provável que conheçamos a atividade de um supermercado. Já devemos ter 
efetuado compras em vários deles. 
Entretanto, considerando que este seja nosso primeiro contato com a Contabilidade, 
será que conseguiríamos interpretar as demonstrações contábeis do Grupo Pão de Açúcar 
– Companhia Brasileira de Distribuição S.A.? As demonstrações contábeis estão 
disponíveis no site da empresa e são apresentadas em milhões de Reais. 
 
Companhia Brasileira de Distribuição 31/12/2019 31/12/2018
Ativo circulante
Caixa e equivalentes de caixa 7.954 4.369 
Contas a receber 1.108 686 
Estoques 8.631 5.909 
Tributos a recuperar 1.692 679 
Outros 360 188 
Ativos mantidos para venda 223 29.018 
Total do ativo circulante 19.968 40.849 
Ativo não circulante
Ativo Realizável a Longo Prazo 4.321 4.046 
Investimentos em controladas e associadas 609 203 
Propriedades para investimento 3.051 20 
Imobilizado 24.290 14.052 
Intangíveis 6.236 2.818 
Total do ativo não circulante 38.507 21.139 
Total do ativo 58.475 61.988 
FGVIDT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Companhia Brasileira de Distribuição 31/12/2019 31/12/2018
Passivo circulante
Fornecedores 14.887 9.246
Empréstimos e financiamentos 3.488 1.981
Dividendos propostos 168 57
Receitas a apropriar 365 250
Outros 4227 26053
Total do passivo circulante 23.135 37.587
Passivo não circulante
Empréstimos e financiamentos 10.706 3.392
Outros 11.086 7.850
Total do passivo não circulante 21.792 11.242
Patrimônio Líquido
Capital Social 6.857 6.825
Reservas de capital 447 413
Reservas de lucros 3.529 3.062
Outros resultados abrangentes 107 -66
Participação de acionistas não controladores 2.608 2.925
Total do patrimônio líquido 13.548 13.159
Total do passivo e patrimônio líquido 58.475 61.988
Companhia Brasileira de Distribuição 31/12/2019 31/12/2018
Receita de venda de bens e serviços 26.197 56.635
Custo das mercadorias vendidas e/ou serviços -18.795 -44.445
Lucro bruto 7.402 12.190
(Despesas) receitas operacionais
Despesas com vendas -4.618 -7.431
Gerais e administrativas -760 -923
Depreciação e amortização -888 -1.413
Resultado de equivalência patrimonial 1.149 2
Outras despesas operacionais, líquidas -176 -459
Lucro operacional 2.109 1.966
Resultado financeiro líquido -921 -1.206
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 1.188 760
Imposto de renda e contribuição social 49 -272
Resultado líquido das operações continuadas 1.237 488
Resultado líquido de operações descontinuadas -88 348
Lucro líquido do exercício 1.149 836
FGVIDT 
 
 
 
 
Com base nessas informações, como está a situação econômico-financeira do Grupo 
Pão de Açúcar? 
Responder a essa questão pode parecer fácil, mas para entender o que realmente 
acontece nas finanças do Grupo Pão de Açúcar é preciso estudar Contabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FGVIDT 
 
 
Unidade 02 – DEFINIÇÃO DE 
CONTABILIDADE 
 
 
Nessa unidade estudaremos sobre a função da contabilidade como ciência 
social e sobre o processo contábil. Além disso, estudaremos sobre os usários da 
informação contábil, seus objetivos e suas necessidades específicas. 
 
 
 
2.1 – FUNÇÃO DA CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade é uma ciência social. Desse modo, ela influencia a sociedade, e a 
sociedade é influenciada por ela. 
Além disso, ela depende do julgamento de valor do ser humano e, portanto, envolve 
também um conceito subjetivo. 
A Contabilidade é, a rigor, uma ciência social aplicada, pois constitui o canal de 
comunicação da informação econômico-financeira entre a empresa e todos os integrantes 
da sociedade. 
Por exemplo... 
Quando uma empresa publica suas demonstrações contábeis em um jornal ou em 
seu site na internet, as pessoas tomam conhecimento da atuação da empresa e de alguns 
aspectos relacionados a suas estratégias. 
Portanto... 
...a Contabilidade é o sistema que sintetiza todas as operações realizadas por uma 
empresa, gerando informações fundamentais para a tomada de decisão e para a avaliação 
do desempenho dessa mesma empresa. 
Por intermédio da Contabilidade, a sociedade é informada sobre o resultado da 
aplicação dos recursos conferidos às entidades.2.2 – PROCESSO CONTÁBIL 
FGVIDT 
 
 
 
O processo contábil tem como objetivos registrar, resumir, classificar e comunicar as 
informações financeiras. 
A entrada do processo são as transações que a empresa efetua e os eventos que 
afetam seu patrimônio. Na saída, estão as demonstrações contábeis. 
Poderíamos dizer que a Contabilidade é uma indústria, tendo como matéria prima os 
dados econômico-financeiros. 
Esses dados são captados pelos registros contábeis e processados de forma 
ordenada. 
A partir deles, temos como produto final as demonstrações contábeis ou 
demonstrações financeiras. 
Denominadas dessa forma pela legislação brasileira, essas demonstrações 
correspondem às informações geradas pela Contabilidade que se diz Societária. 
 
2.3 – VISUALIZAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL 
 
Podemos visualizar o processo contábil por meio da seguinte ilustração... 
 
 
2.4 – VALOR UTILITÁRIO DA CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade é uma ciência fundamentalmente utilitária, ou seja, ela existe porque 
representa uma utilidade para a sociedade em geral. 
Seu grande produto é o fornecimento de informações para planejamento e controle, 
evidenciando informações referentes à situação patrimonial, econômica e financeira de 
FGVIDT 
 
 
uma empresa. 
Seu propósito básico é prover a diretores, gerentes, administradores da empresa e a 
todos os demais interessados informações úteis para a tomada de decisões. 
Portanto, a Contabilidade Financeira ou Societária tem como objetivo mostrar a saúde 
financeira da empresa. 
 
2.5 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
 
A coleta, o registro e a sumarização da informação econômica objetivam fundamentar 
o processo decisório de todas as pessoas relacionadas às entidades, como os 
administradores, os investidores, o Governo, os empregados, os financiadores e toda a 
sociedade. 
Cada usuário, no entanto, possui uma necessidade específica de informações 
contábeis, de acordo com seus objetivos. 
Por esse motivo, podemos dividir os usuários da informação do seguinte modo... 
• acionista controlador; 
• administradores; 
• financiadores; 
• Governo; 
• acionista minoritário; 
• empregados. 
 
2.6 – ACIONISTA CONTROLADOR 
 
O acionista controlador representa os proprietários da empresa. 
O acionista controlador tem interesse na continuidade da empresa, em sua 
valorização e no retorno de seu investimento comparado ao risco. 
Ou seja, o investimento deve dar mais retorno do que se comparado com uma 
aplicação com risco similar. 
O acionista controlador tem preocupação com o lucro por dois motivos... 
...por causa da distribuição de dividendos e da manutenção e expansão da empresa. 
FGVIDT 
 
 
 
2.7 – ADMINISTRADORES 
 
Administradores são os gestores que trabalham na empresa. 
Os administradores utilizam a informação contábil como base para exercer sua 
função como gestores no processo de tomada de decisão. 
Os administradores visam otimizar o resultado por meio da otimização dos gastos 
realizados e da administração do mix de produtos, ou seja, definindo quais produtos geram 
maior lucro para a empresa. 
Além disso, têm interesse na remuneração por meio de participação nos lucros e na 
manutenção de seus empregos. 
 
2.8 – FINANCIADORES 
 
Financiadores são aqueles que emprestam dinheiro à empresa. 
O maior interesse dos financiadores diz respeito à capacidade de pagamento do 
principal e dos juros. 
Os financiadores devem acompanhar o grau de endividamento da empresa de modo 
a analisar a composição da estrutura de capital da empresa. 
 
2.9 – GOVERNO 
 
O Governo preocupa-se com a tributação e a arrecadação de impostos, taxas e 
contribuições. A maioria dos tributos são pagos a partir da receita e do lucro evidenciados 
pela Contabilidade. 
Além disso, o Governo utiliza os dados contábeis como referência para formulação de 
diretrizes da política econômica, das atividades do Judiciário e de agências reguladoras. 
Por exemplo, se as empresas localizadas em um determinado local apresentam 
resultado negativo, o Governo pode-lhes conceder um incentivo fiscal. 
O Governo também pode utilizar a Contabilidade para exercer controle e detectar 
possíveis fraudes. 
 
FGVIDT 
 
 
2.10 – ACIONISTA MINORITÁRIO 
 
Acionista minoritário é aquele que compra ações no mercado, mas não possui 
influência na administraçãoda empresa. 
Os principais interesses do acionista minoritário dizem respeito ao fluxo regular de 
dividendos e à valorização da empresa para uma possível venda de suas ações. 
 
2.11 – EMPREGADOS 
 
Os empregados representam as pessoas que trabalham na empresa e que, por meio 
da informação contábil, podem verificar a capacidade de pagamento de salários e de 
possível participação nos lucros. 
Dessa forma, podem analisar as perspectivas de crescimento da empresa, 
consequente manutenção de seus empregos e suas possibilidades de crescimento 
profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FGVIDT 
 
 
Unidade 03 – CAMPO DE 
ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE 
 
 
Nessa unidade estudaremos sobre os diferentes campos de atuação da 
Contabilidade Societária, Gerencial e Fiscal, ou Tributária, e sobre a avaliação monetária 
feita pela Contabilidade. 
 
3.1 – ATUAÇÃO SEGMENTADA 
 
 
O campo de atuação da Contabilidade é muito amplo, podendo abranger as pessoas 
físicas e as entidades de finalidades não lucrativas, bem como as entidades de Direito 
Público, como estados e municípios. 
Apesar da abrangência do tema, vamos basear nossos exemplos e aplicações em 
entidades que objetivam o lucro. 
Assim como existem diferentes tipos de decisões econômicas, a Contabilidade 
também se estrutura para fornecer diferentes tipos de informações. 
A atuação segmentada da Contabilidade Gerencial, da Contabilidade Financeira e da 
Contabilidade Fiscal retrata esse processo que fornece, no conjunto, as informações mais 
utilizadas no mundo dos negócios. 
É o que veremos a seguir 
 
3.2 – CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
A Contabilidade Gerencial abrange as informações a serem fornecidas aos 
tomadores de decisão, isto é, às pessoas internas à organização, responsáveis por dirigir e 
controlar suas operações. 
Essas informações são utilizadas para... 
...traçar metas. 
...avaliar o desempenho dos setores da empresa bem como de seus funcionários. 
FGVIDT 
 
 
...decidir sobre a produção de novos produtos ou não, além de todos os tipos de 
decisões gerenciais. 
Apesar de a base de suas informações ser financeira, nela devem ser incluídas 
avaliações de fatores não financeiros, como... 
• considerações políticas e ambientais; 
• qualidade do produto; 
• satisfação do cliente; 
• produtividade. 
 
3.3 – CONTABILIDADE FINANCEIRA OU 
SOCIETÁRIA 
 
A Contabilidade Financeira ou Societária diz respeito a recursos financeiros, 
brigações e atividades da entidade legal. 
Sua informação é destinada, em princípio, a orientar investidores e credores na 
decisão de onde alocar seus recursos. 
Tais decisões são importantes para a sociedade uma vez que, por meio delas, serão 
determinadas quais empresas irão ou não receber recursos para seu crescimento. 
Muitas outras pessoas utilizam essas informações, tais como... 
...os executivos e empregados da empresa. 
...os acionistas e fornecedores. 
...além de pessoas externas à empresa. 
 
3.4 – CONTABILIDADE FISCAL 
 
A Contabilidade Fiscal objetiva fornecer informação ao Governo, principalmente à 
Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB. 
O planejamento tributário significa a antecipação dos efeitos dos impostos nas 
transações e na estruturação das operações de modo a minimizar a carga tributária 
licitamente. 
Vale ressaltar que a declaração do Imposto de Renda é baseada na informação 
proveniente da Contabilidade Financeira. 
FGVIDT 
 
 
 
3.5 – CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A Contabilidade de Custos está localizada em uma área intermediária entre a 
Contabilidade Financeira e a ContabilidadeGerencial, pois serve às duas... 
A Contabilidade Financeira utiliza as informações geradas pela Contabilidade de 
Custos para... 
• avaliar os estoques, o que é necessário para apurar o balanço patrimonial; 
• mensurar o custo dos produtos vendidos, o que é necessário para apurar o 
resultado do período. 
A Contabilidade Gerencial utiliza as informações geradas pela Contabilidade de 
Custos para... 
• identificar o preço que deve ser cobrado para cobrir o custo do produto, as 
despesas operacionais e ainda remunerar o capital investido. 
 
3.6 – CAMPOS DE ATUAÇÃO 
 
Podemos afirmar que a Contabilidade está inserida em três campos de atuação, e 
cada um deles é orientado pelas necessidades de seus usuários. 
São eles, conforme vimos... 
• Gerencial; 
• Financeiro; 
• Fiscal. 
Não podemos, contudo, dizer qual é o melhor, visto que cada um deles visa atender 
às necessidades de um público específico. 
 
3.7 – AVALIAÇÃO MONETÁRIA 
 
A Contabilidade se concentra na avaliação monetária dos elementos patrimoniais. 
Isso representa um aspecto positivo porque ela se torna a linguagem dos negócios, 
traduzindo os elementos em termos de dinheiro. 
FGVIDT 
 
 
No entanto, esse fato também tem limitações visto que é impossível quantificar todos 
os eventos econômicos, monetariamente. 
Por exemplo... 
Uma empresa que tem muitos gastos com o treinamento de seus funcionários terá, 
teoricamente, funcionários mais capazes e motivados. 
No entanto, funcionários capazes e motivados não podem ser apresentados no 
balanço patrimonial da empresa. 
Dessa forma, as informações contábeis produzem informações que representam, de 
forma aproximada, a real situação patrimonial e financeira das entidades 
 
3.8 – AVALIAÇÃO E INFLAÇÃO 
 
O processo de avaliação monetária é agravado pelo problema da inflação, que 
impacta o patrimônio e o resultado da entidade. 
Esse fato não é evidenciado pela Contabilidade, que utiliza os valores históricos, ou 
seja, o valor por que um ativo foi adquirido. 
Por exemplo... 
Um terreno que foi comprado, em 1998, por R$ 100.000,00, em 2008, continuará 
sendo registrado por R$ 100.000,00 na Contabilidade da empresa, mesmo que seu valor 
tenha sofrido uma valorização significativa. 
Contudo, mesmo assim, o controle por meio das informações contábeis é 
imprescindível para todas as empresas. 
 
3.9 – LUCRO VERSUS CAIXA 
 
Na avaliação da gestão da empresa, a longo prazo, também devemos considerar que 
o conceito de lucro é superior ao de caixa, apesar de este ser uma informação contábil de 
grande utilidade. 
O conceito de lucro é obtido por meio do Princípio da Competência dos Exercícios, 
que representa a alocação lógica e racional do fluxo de caixa ao longo da vida da empresa. 
É o que veremos, detalhadamente, na Unidade 8. 
 
FGVIDT 
 
 
Unidade 04 – CICLO CONTÁBIL 
 
Nessa unidade estudaremos sobre o ciclo contábil e as suas fases, que são 
captação, reconhecimento, processo de acumulação, sumarização e evidenciação. No 
ciclo contábil, esses procedimentos são repetidos continuamente, de modo a produzir as 
demonstrações contábeis. 
 
 
4.1 – GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES 
 
Vimos, anteriormente, que o processo contábil consiste em trabalhar os eventos 
econômico-financeiros, transformando-os em informações contidas nas demonstrações 
contábeis, como mostra a figura a seguir... 
 
 
4.2 – DEFINIÇÃO DE CICLO CONTÁBIL 
 
O ciclo contábil consiste na sequência dos procedimentos contábeis utilizados para 
identificar, classificar, mensurar, registrar, acumular, sumarizar e evidenciar a informação 
contábil. 
O ciclo contábil representa o processo executado nas empresas para elaborar as 
demonstrações contábeis, a partir das transações econômicas realizadas. 
O termo ciclo indica que tais procedimentos devem ser repetidos continuamente para 
possibilitar que se preparem demonstrações contábeis atualizadas em intervalos razoáveis. 
 
4.3 – FASES DO CICLO CONTÁBIL 
FGVIDT 
 
 
 
O ciclo contábil pode ser explicado em cinco fases, que serão estudadas a seguir... 
• captação; 
• reconhecimento; 
• processo de acumulação; 
• sumarização; 
• evidenciação. 
 
4.4 – CAPTAÇÃO 
 
A fase de captação corresponde ao levantamento das transações realizadas pela 
empresa e dos demais eventos que afetam seu patrimônio, independentemente da ação da 
entidade, como a inadimplência de seus devedores. 
A captação envolve a análise de documentos, como contratos, notas fiscais, recibos e 
laudos. 
Além disso, a captação pressupõe a avaliação de eventos externos que afetam a 
entidade e sobre os quais ela não tem controle, como a taxa de inflação e a variação 
cambial. 
 
4.5 – RECONHECIMENTO 
 
O reconhecimento das transações implica diversas decisões. 
A primeira delas diz respeito ao reconhecimento, ou não, dessas decisões. 
Decidindo-se por reconhecer as decisões, surgem as outras questões... 
Quando? 
Qual o momento adequado para se reconhecer a transação e o evento? 
Como? 
Em que conta? Qual a classificação adequada? Ativo? Despesa? Passivo? 
Patrimônio Líquido? Receita? 
Por quanto? 
Qual o critério adequado de mensuração? Qual o valor? Em que montante o evento e 
FGVIDT 
 
 
a transação afetaram o patrimônio da entidade? 
 
4.6 – PROCESSO DE ACUMULAÇÃO 
 
A acumulação consiste na estruturação de banco de dados organizado com todos os 
registros efetuados. 
Atualmente, as empresas utilizam sistemas informatizados, entretanto, nada impede 
que o façam mecanicamente... 
A necessidade de disponibilizar informações cada vez mais rápido ao tomador de 
decisões motiva as empresas a adotarem sistemas contábeis informatizados. 
 
4.7 – SUMARIZAÇÃO 
A sumarização dos dados organizados pelos sistemas contábeis consiste no resumo 
dos mesmos, transformando-os em informação útil a seus usuários. 
Portanto, o primeiro passo da sumarização é a identificação das necessidades 
informacionais do usuário. 
Em seguida, são elaboradas as demonstrações contábeis e os demais relatórios 
contábeis. 
 
4.8 – EVIDENCIAÇÃO 
 
Evidenciação – ou divulgação – é o ato de tornar a informação pública, isto é, levá-la 
ao conhecimento dos usuários. 
Essa evidenciação pode ocorrer por meio de publicação em jornais e no site da 
entidade, envio por correio, e-mail ou FAX. 
Também é comum que órgãos reguladores, como o Banco Central do Brasil – 
BACEN – e a Comissão de Valores Mobiliários – CVM – , exijam que as entidades por ele 
reguladas lhes enviem suas demonstrações contábeis. 
 
4.9 – EXERCÍCIO SOCIAL 
 
A Contabilidade deve fazer seu balanço geral de tudo o que realizou, avaliando a 
FGVIDT 
 
 
situação do patrimônio e o resultado operacional – lucro ou prejuízo – no final de cada 
exercício social. 
Um exercício social possui, geralmente, a duração de 12 meses. 
Ele coincide com nosso ano civil, que começa em 1º de janeiro e termina em 31 de 
dezembro. 
Ao terminar o exercício social, a Contabilidade apura o balanço da situação da 
empresa, ou seja, verifica o que ela tem e o que ela deve, o que ganhou e o que gastou. 
Desse modo, ela obtém o resultado já deduzido dos respectivos impostos, que é, 
então, integrado ao patrimônio. 
As empresas registradas na CVM também apresentam demonstrações trimestrais – 
ITR –, ao final de cada trimestre. 
 
4.10 – VISUALIZAÇÃO DO CICLO CONTÁBIL 
 
Podemos visualizar da seguinte maneira o ciclo contábil... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FGVIDT 
 
 
Unidade 05 – ESTRUTURA 
CONCEITUAL BÁSICA 
 
Nessa unidade, estudaremos sobre a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, 
emitida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, homologada pela Comissão de 
Valores Mobiliários – CVM – e pelo CFC. Esta, relaciona-se com o Conceptual Framework 
emitido pelo IASB – International Accounting Standards Board, entidade internacional. 
Nesse pronunciamento estão estabelecidas as características qualitativas fundamentais e 
de melhoria dainformação contábil- financeira útil. 
 
5.1 – GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES 
 
Assim como precisamos saber as regras de um novo esporte que desejamos praticar, 
para que possamos utilizar a Contabilidade de forma correta, é indispensável que 
saibamos as regras do jogo... 
Em Contabilidade, saber as regras do jogo significa termos pleno conhecimento de 
sua estrutura conceitual básica. 
 
5.2 – MOTIVO PARA A REGULAÇÃO 
 
Existem diversas teorias acerca da necessidade de regulação de uma estrutura 
conceituação básica para a Contabilidade. 
Por questão de praticidade, admitiremos que a Contabilidade é uma instituição social. 
Como uma instituição social, a Contabilidade é, portanto, constituída por valores, 
desejos e utilidades que lhe são atribuídos conforme a percepção compartilhada entre seus 
diversos usuários... 
...usuários que imaginam a Contabilidade, idealizam-na, atribuem-lhe funções e a 
imbuem de valores. 
Nesse sentido, uma das funções da informação contábil é a redução da assimetria 
informacional entre agente e principal, ou seja, um dos valores imbuídos na informação 
contábil é a confiabilidade. 
Essa seria uma possível justificativa para a regulação. 
 
FGVIDT 
 
 
5.3 – MOTIVO ADICIONAL PARA A REGULAÇÃO 
 
Um motivo adicional para a regulação de uma estrutura conceitual básica para a 
Contabilidade seria o seguinte... 
Nas companhias abertas, o principal motivo pode ser entendido como a situação dos 
diversos acionistas minoritários, que se encontram dispersos e com baixa probabilidade de 
associação. 
Em vista disso, o Estado – na figura do CPC, da CVM e do CFC – define regras que 
reduzem a liberdade dos gestores das empresas – os agentes –, no que tange à escolha 
de práticas contábeis, com o propósito de zelar pelos interesses dos acionistas minoritários 
– os principais. 
Desse modo, com a regulação, zela-se pelo interesse público, seja lá o que se 
entenda por interesse público. 
Certamente, essas não são as únicas formas de analisarmos a razão da regulação 
contábil, mas, por praticidade, admitamos esse framework. 
Afinal, nosso foco, nesta unidade, são as regras contábeis mais elementares, na 
estrutura conceitual básica da Contabilidade. 
 
5.4 – PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 00 (R2)- 
ESTRUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIO 
FINANCEIRO 
 
O Pronunciamento Técncio CPC 00 (R2) - Estrutura Conceitual para Relatório 
Financeiro inclui as características qualitativas de informaões financeiras úteis. 
A Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, emitida pelo CPC é baseada no 
Conceptual Framework emitido pelo IASB – International Accounting Standards Board. 
A Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade foi aprovada pela CVM e pelo CFC. 
Nesse pronunciamento do CPC, são estabelecidas as características qualitativas de 
informações financeiras úteis, que são divididas em fundamentais e de melhoria., como 
veremos aqui. 
 
 
FGVIDT 
 
 
5.5 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações contábeis 
úteis a seus leitores. 
As características qualitativas foram definidas de modo a ter mais utilidade para o 
usuário, fornecendo informações, ajudando no processo decisório e no entendimento da 
empresa analisada. 
Se informações financeiras devem ser úteis, elas devem ser relevantes e representar 
fidedignamente aquilo que pretendem representar. A utilidade das informações financeiras 
é aumentada se forem comparáveis, verificáveis, tempestivas e compreensíveis. 
As características qualitativas fundamentais são: relevância e representação 
fidedigna. 
Já as características qualitativas de melhoria são comparabilidade, capacidade de 
verificação, tempestividade e compreensibilidade. 
 
5.6 – RELEVÂNCIA 
 
Para serem úteis, as informações devem ser relevantes às necessidades dos 
usuários na tomada de decisões. 
As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas 
dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros 
ou confirmando ou corrigindo suas avaliações anteriores. 
Essas informações devem ser relevantes para a tomada de decisão, ajudando o 
usuário amelhor conhecer a situação patrimonial e o desempenho da entidade. 
A relevância se justifica por dois aspectos... 
• natureza da informação; 
• materialidade. 
Por exemplo, a troca de presidente em uma empresa constitui uma informação 
relevante, uma vez que essa informação pode influenciar na decisão de um usuário 
externo de comprar ou não ações da empresa. 
No entanto, a mudança de um estagiário não deve influenciar nessa decisão, 
portanto, não constitui informação relevante. 
FGVIDT 
 
 
 
5.7 – NATUREZA DA INFORMAÇÃO 
A ideia de relevância pode ser associada à de utilidade. 
Quanto maior a utilidade da informação para o usuário, maior sua importância e, 
portanto, sua relevância. 
A relevância da informação contábil se verifica quando altera a compreensão do 
usuário, ajuda a avaliar as operações efetuadas e traz mudança no processo decisório ou 
quando confirma o entendimento anterior. 
Portanto, a natureza da informação diz respeito ao conteúdo informacional, enquanto 
a materialidade, ao valor envolvido. 
 
5.8 – MATERIALIDADE 
 
Uma informação é material se sua não apresentação ou distorção nas demosntrações 
contábeis puder influenciar as decisões econômicas dos usuários. 
A materialidade depende do tamanho do item ou do erro, julgado nas circuntâncias 
específicas de sua não apresentação ou distorção. 
Por exemplo, uma papelaria que tem faturamento mensal de R$ 100.000 nota que 
todo dia está sumindo R$ 1,00 do caixa. 
Essa informação é imaterial, visto o valor comparado ao faturamento. No entanto, a 
natureza da informação é importante, já que pode haver algum funcionário desonesto na 
papelaria. 
 
5.9 – RELEVÂNCIA VERSUS MATERIALIDADE 
 
Devemos observar que os conceitos de relevância e materialidade não são 
sinônimos. 
Uma informação pode ser extremamente relevante, embora envolva valores 
pequenos. 
Portanto, a relevância se justifica não só pelo valor envolvido, como pela natureza da 
informação. 
Por outro lado, é de se esperar que valores maiores – materiais – sejam relevantes 
independentemente da natureza da informação. 
FGVIDT 
 
 
De forma geral, esses dois conceitos podem ser relativos. 
Por exemplo... 
Uma perda de R$ 100.000,00 para uma empresa pequena constitui um fato 
importante, enquanto que, para uma grande empresa, esse valor pode ser não 
significativo. 
 
5.10 –REPRESENTAÇAÕ FIDEDIGNA 
Para serem úteis, informações financeiras não devem apenas representar fenômenos 
relevantes, mas também representar de forma fidedigna a essência dos fenômenos que 
pretendem representar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a representação 
tem três características. Ela é completa, neutra e isenta de erros. 
Em primeiro lugar, a representação completa inclui todas as informações necessárias 
para que o usuário compreenda os fenômenos que estão sendo representados, inclusive 
todas as descrições e explicações necessárias. 
Já a representação neutra não é tendenciosa na seleção ou na apresentação de 
informações financeiras. A representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não 
é enfatizada ou deixa de ser enfatizada, nem é, de outro modo, manipulada para aumentar 
a probabilidade de que as informações financeiras serão recebidas de forma favorável ou 
desfavorável pelos usuários. Informações neutras não significam informações sem nenhum 
propósito ou sem nenhuma influência sobre o comportamento. Ao contrário, informações 
financeiras relevantes são, por definição, capazes de fazer diferença nas decisões dos 
usuários. A neutralidade é apoiada pelo exercício da prudência, que representa o uso de 
cautela ao fazer julgamentos sob condições de incerteza. Deste modo, ativos e receitas 
não estãosuperavaliados e passivos e despesas não estão subavaliados. 
Por fim, a representação livre de erros significa que não há erros ou omissões na 
descrição do fenômeno e que o processo utilizado para produzir as informações 
apresentadas foi selecionado e aplicado sem erros no processo. Nesse contexto, livre de 
erros não significa perfeitamente precisa em todos os aspectos. Por exemplo, a estimativa 
de preço ou valor não observável não pode ser determinada como precisa ou imprecisa. 
Contudo, a representação dessa estimativa pode ser fidedigna se o valor for descrito de 
forma clara e precisa como sendo a estimativa, se a natureza e as limitações do processo 
de estimativa forem explicadas e se nenhum erro tiver sido cometido na escolha e na 
aplicação do processo apropriado para o desenvolvimento da estimativa. 
 
 
FGVIDT 
 
 
5.11 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE 
MELHORIA 
 
Para ser confiável, a informação deve representar, com propriedade, as transações e 
Comparabilidade, capacidade de verificação, tempestividade e compreensibilidade são 
características qualitativas que melhoram a utilidade de informações que sejam tanto 
relevantes como forneçam representação fidedigna do que pretendem representar. As 
características qualitativas de melhoria podem também ajudar a determinar qual de duas 
formas deve ser utilizada para representar o fenômeno caso se considere que ambas 
fornecem informações igualmente relevantes e representação igualmente fidedigna desse 
fenômeno. 
5.12 – COMPARABILIDADE 
 
Comparabilidade é a característica qualitativa que permite aos usuários identificar e 
compreender similaridades e diferenças entre itens. Diferentemente das outras 
características qualitativas, a comparabilidade não se refere a um único item. A 
comparação exige, no mínimo, dois itens. 
As decisões dos usuários envolvem escolher entre alternativas, como, por exemplo, 
vender ou manter o investimento, ou investir em uma ou outra entidade que reporta. 
Consequentemente, informações sobre a entidade que reporta são mais úteis se puderem 
ser comparadas a informações similares sobre outras entidades e a informações similares 
sobre a mesma entidade referentes a outro período ou a outra data. 
Para fazer a comparação, podemos utilizar dados de anos anteriores da mesma 
empresa, desde que as práticas contábeis adotadas sejam consistentes ao longo dos 
períodos. Da mesma forma, podemos usar como referencial outras empresas do mesmo 
setor econômico. 
Nesse caso, as práticas contábeis adotadas por empresas semelhantes devem ser 
uniformes entre si. 
Para executar a comparabilidade, os usuários devem ser informados das práticas 
contábeis seguidas na elaboração das demonstrações contábeis de quaisquer mudanças 
nessas práticas e do efeito de tais mudanças. 
Os usuários precisam ter informações suficientes que lhes permitam identificar 
diferenças entre as práticas contábeis aplicadas a transações e eventos semelhantes, 
usadas pela mesma entidade de um período a outro e por diferentes entidades. 
 
FGVIDT 
 
 
 
 
5.13 – CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO 
 
A capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações 
representem de forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar. 
A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta significa verificar o valor ou 
outra representação por meio de observação direta, por exemplo, contando-se dinheiro. 
Verificação indireta significa verificar os dados de entrada de modelo, fórmula ou outra 
técnica e recalcular os dados de saída utilizando a mesma metodologia. Um exemplo é 
verificar o valor contábil do estoque, checando as informações (quantidades e custos) e 
recalculando o estoque final, utilizando a mesma premissa de fluxo de custo (por exemplo, 
utilizando o método primeiro a entrar, primeiro a sair). 
 
 
 
 
5.14 – TEMPESTIVIDADE 
Tempestividade significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a 
tempo para que sejam capazes de influenciar suas decisões. De modo geral, quanto mais 
antiga a informação, menos útil ela é. Contudo, algumas informações podem continuar a 
ser tempestivas por muito tempo após o final do período de relatório porque, por exemplo, 
alguns usuários podem precisar identificar e avaliar tendências. 
Qualquer instrumento – uma ferramenta, um medicamento e até uma informação – 
precisa ser disponibilizado a tempo para que seja útil e para que o usuário possa utilizá-lo 
para seus propósitos. Por exemplo, realizar um conserto, curar-se de uma enfermidade ou 
tomar uma decisão. Caso contrário, o instrumento perderá sua importância. Por outro lado, 
a pressa na geração da informação não deve ter como consequência o fornecimento de 
informações precárias ou duvidosas, pois, nesse caso, a informação perderia 
confiabilidade. 
Portanto, cabe à Administração da entidade ponderar os méritos relativoss entre a 
tempestividade da divulgação e a confiabilidade da informação fornecida. 
 
5.15 – COMPREENSIBILIDADE 
FGVIDT 
 
 
Classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso as torna 
compreensíveis. 
Alguns fenômenos são inerentemente complexos e pode não ser possível tornar a 
sua compreensão fácil. Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios 
financeiros pode tornar mais fácil a compreensão das informações contidas nesses 
relatórios financeiros. Contudo, esses relatórios seriam incompletos e, portanto, 
possivelmente distorcidos. 
5.16 – COMPARABILIDADE 
 
 
5.17 – APLICAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS 
QUALITATIVAS DE MELHORIA 
 
As características qualitativas de melhoria devem ser maximizadas tanto quanto 
possível. Contudo, as características qualitativas de melhoria, seja individualmente ou 
como grupo, não podem tornar informações úteis se essas informações forem irrelevantes 
ou não fornecerem representação fidedigna do que pretendem representar. 
A aplicação das características qualitativas de melhoria é um processo iterativo que 
não segue uma ordem prescrita. Algumas vezes, a característica qualitativa de melhoria 
pode ter de ser diminuída para maximizar outra característica qualitativa de melhoria. Por 
exemplo, a redução temporária na comparabilidade como resultado da aplicação 
prospectiva de novo pronunciamento pode ser vantajosa para aumentar a relevância ou a 
representação fidedigna em longo prazo. Divulgações apropriadas podem compensar 
parcialmente a não comparabilidade. 
 
 
5.18 COMPARAÇÃO COM DEMONSTRAÇÕES 
ANTERIORES 
 
Idealmente, uma empresa deve evidenciar suas demonstrações contábeis atuais e a 
comparação destas com as demonstrações dos três anos anteriores. 
No entanto, devemos tomar cuidado para fazermos as comparações corretamente. 
Dessa forma, na análise de uma demonstração trimestral, é importante que os dados 
FGVIDT 
 
 
sejam comparados com o mesmo trimestre dos anos anteriores, e não com os trimestres 
anteriores, em função da sazonalidade. 
É importante que as demonstrações contábeis apresentem as informações de 
períodos anteriores. 
 
5.19 – EXEMPLO 
 
Vejamos um exemplo de comparabilidade em relação a períodos anteriores... 
Esperamos que uma empresa que fabrique brinquedos tenha melhores resultados no 
último trimestre do ano, de outubro a dezembro. 
Por outro lado, é provável que uma empresa que venda material escolar em geral, 
tenha melhores resultados no primeiro trimestre do ano. 
A intenção de comparabilidade é uma das causas da normatização contínua das 
práticas contábeis. 
Se não houvesse normatização, cada empresa poderia usar um tratamento 
diferenciado, e não haveria comparação. 
 
5.20 – RESTRIÇÕES DO CUSTO SOBRE 
RELATÓRIOS FINANCEIROS ÚTEIS 
 
O custo é uma restrição generalizada sobre as informações que podem ser 
fornecidas pelo relatório financeiro. O relatório de informações financeiras impõe custos, e 
é importante que esses custos sejam justificadospelos benefícios de apresentar essas 
informações. Há vários tipos de custos e benefícios a serem considerados. 
Em nosso dia a dia, encontramos necessidade de avaliar os pontos positivos e os 
pontos negativos de inúmeros acontecimentos. 
Quando fazemos isso, estamos avaliando se os benefícios esperados superam os 
custos de nossas ações. 
A avaliação dos custos e dos benefícios é, em essência, um exercício de julgamento. 
A necessidade de se equalizar custos e benefícios também ocorre com decisões 
relacionadas a escolhas contábeis. 
Portanto, esperamos que os benefícios decorrentes da informação sejam maiores 
que o custo de produzi-la. 
FGVIDT 
 
 
Além disso, os custos não recaem, necessariamente, sobre aqueles usuários que 
usufruem dos benefícios. 
Um analista, por exemplo, beneficia-se por ter acesso a uma grande quantidade de 
informações contábeis. 
No entanto, toda informação divulgada tem um custo, que deve ser pago pela 
empresa que evidencia as informações contábeis. 
Os benefícios podem também ser aproveitados por outros usuários, além daqueles 
para os quais as informações foram preparadas. 
 
 
– 
5.22 PREMISSA DE CONTINUIDADE OPERACIONALA Contabilidade da empresa 
deve elaborar as demonstrações contábeis partindo da ideia de que a entidade deverá 
continuar em operação no futuro, ou seja, não será encerrada em um futuro previsível. 
Desse modo, presume-se que a empresa não tem a intenção nem a necessidade de 
colocar todas as suas propriedades à venda. 
Se a intenção ou a necessidade existir, as demonstrações contábeis terão de ser 
preparadas em uma base diferente, que deve ser divulgada. 
A premissa da continuidade operacional implica a adoção de determinadas práticas 
contábeis, por exemplo, na avaliação da maioria dos ativos e passivos pelo custo histórico. 
Quando esta premissa não for válida, isto é, quando a empresa estiver em processo 
de encerramento de suas atividades e liquidação de seus bens para pagamento de suas 
dívidas, todos esses bens deverão ser avaliados pelo valor de venda. 
 
5.23– EXEMPLO 
 
Vamos a um exemplo da premisa da continuidade operacional... 
Se uma companhia aérea compra uma nova frota de aviões, o valor registrado em 
sua Contabilidade deve ser o valor pago – ou devido – pelos aviões, mesmo conforme o 
passar dos anos. 
Isso acontece porque se espera que a empresa continue em operações, ou seja, 
oferecendo voos. 
Apenas se a empresa estivesse encerrando suas atividades, os aviões seriam 
FGVIDT 
 
 
reconhecidos pelo valor de venda, ou seja, por quanto o mercado pagaria por esses 
aviões. 
Essa informação só é útil caso a empresa esteja realmente interessada em vender os 
aviões. 
As informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem ser diretas e 
claras. 
Portanto, devem ser prontamente entendidas pelos usuários que possuem um 
conhecimento razoável dos negócios, das atividades econômicas e de Contabilidade. 
As demonstrações contábeis devem ser elaboradas de modo que possam ser 
entendidas por não contadores, desde que estes estejam interessados e dispostos a 
compreender a situação patrimonial e o desempenho da entidade analisada... 
...mesmo que, para isso, seja necessário estudar os conceitos básicos da 
Contabilidade e das demonstrações contábeis, assim como os dados sobre a empresa 
analisada e sobre o mercado onde ela atua. 
Em virtude de o mundo dos negócios ser competitivo e envolver operações 
estruturadas e sofisticadas, como acontece no mercado financeiro, a demonstração 
contábil deve também conter as informações sobre operações complexas. 
Essas informações devem ser relevantes para a tomada de decisão, ajudando o 
usuário amelhor conhecer a situação patrimonial e o desempenho da entidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FGVIDT 
 
 
 
Unidade 06 – BALANÇO 
PATRIMONIAL 
 
Nessa unidade, estudaremos sobre o balanço patrimonial. Começaremos 
estudando sobre a equação fundamental da contabilidade e sobre a estrutura do 
balanço patrimonial, que é dividido em ativo, passivo e patrimônio líquido. Veremos 
também, a elaboração do balanço patrimonial, através da mecânica contábil e a 
classificação das contas. 
 
6.1 – EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA 
CONTABILIDE 
 
O balanço patrimonial tem como objetivo mostrar a situação patrimonial de uma 
entidade em um momento específico. 
O balanço patrimonial consiste na relação, de forma ordenada, dos ativos – bens e 
direitos –, passivos – obrigações – e do patrimônio líquido – diferença entre os ativos e os 
passivos – de uma empresa. 
O balanço patrimonial demonstra, portanto, como o patrimônio da entidade está 
aplicado – ativo – e como esse mesmo patrimônio está sendo financiado, ou seja, quais as 
origens dos recursos da entidade – passivo + patrimônio líquido. 
Daí surge a equação fundamental da Contabilidade... 
ativo = passivo + patrimônio líquido. 
 
6.2 – ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL 
 
A estrutura do balanço patrimonial é a seguinte... 
 
 
FGVIDT 
 
 
6.3 – ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Ao lado esquerdo do balanço patrimonial, estão os ativos – ou as aplicações de 
recursos. 
O ativo mostra onde está o dinheiro aplicado na empresa. 
Ao lado direito, estão o passivo e o patrimônio líquido – ou as origens de recursos. 
O passivo e o patrimônio líquido mostram qual a fonte do dinheiro aplicado na 
entidade. 
Vejamos uma figura que ilustra essas informações... 
 
 
6.4 – EXEMPLO 
 
O balanço patrimonial apresentado a seguir mostra um exemplo simplificado da 
situação financeira da empresa X em 31 mar. X0... 
 
O valor total do ativo é igual a soma do passivo com o patrimônio líquido. 
Os recursos da empresa estão aplicados em caixa, estoque e edifícios e são 
provenientes da dívida com fornecedor, do capital integralizado pelos sócios e de lucros 
acumulados até o período. 
As contas do ativo são apresentadas de acordo com sua ordem decrescente de 
liquidez, ou seja, conforme a capacidade e a velocidade com que os bens e os direitos 
podem ser transformados em dinheiro. 
As contas do passivo devem ser ordenadas de forma decrescente de exigibilidade – 
portanto, considerando a data de vencimento. 
FGVIDT 
 
 
As contas do patrimônio líquido indicam o capital integralizado pelos sócios e os 
lucros ou prejuízos acumulados. 
 
6.5 – PREPARAÇÃO DE BALANÇO PATRIMONIAL 
 
Vamos agora preparar um balanço patrimonial com as seguintes informações... 
 
6.6 – ETAPA 1 
 
Antes de prepararmos um balanço patrimonial, devemos analisar cada conta e 
separá-lo em ativo, passivo e patrimônio líquido... 
Títulos a pagar... 
Representam uma dívida da empresa, um valor que ela deverá pagar. Portanto, 
constituem um passivo, uma obrigação. 
Caixa... 
Indica quanto a empresa possui de dinheiro na data. Portanto, é um ativo. Devemos 
notar que o caixa é o ativo mais líquido da empresa, por isso deverá ser a primeira 
conta do balanço patrimonial. 
Capital social... 
Montante que os sócios colocaram na empresa. Faz parte do patrimônio líquido. 
Imóveis... 
Edifícios, lojas, depósitos ou salas de propriedade da empresa e, portanto, um ativo. 
Móveis e utensílios... 
Bens da empresa e, portanto, um ativo. 
Fornecedores... 
FGVIDT 
 
 
Uma dívida da empresa. Quando a empresa comprou mercadorias para revenda, ela 
não pagou diretamente em dinheiro. Ao invés disso, assumiu a obrigação de pagar o valor 
no futuro. Portanto, é um passivo. 
Empréstimos obtidos... 
Representam um valor em dinheiro que a empresa pegou emprestado com terceiros, 
assumindo a obrigação de devolver o montante na data de vencimento. Constituem, 
portanto, um passivo. 
Equipamentos... 
Máquinas utilizadas na produção. Como são bens da empresa, fazem parte do ativo. 
Clientes... 
Representam um direito da entidade de receber um montante de seus clientes no 
futuro. Quando a empresa prestou um serviço ou vendeu um produto, os clientes não 
pagaram

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