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Prévia do material em texto

Proposta 
Pedagógica de 
Combate à 
Dengue
Prefeitura Municipal de Curitiba
Secretaria Municipal da Educação
Superintendência de Gestão Educacional
Departamento de Ensino Fundamental
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Rafael Greca de Macedo
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
Maria Sílvia Bacila
SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA
Oséias Santos de Oliveira
DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA
Maria Cristina Brandalize
DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO, ESTRUTURA E INFORMAÇÕES
Elizabeth Dubas Laskoski
COORDENADORIA DE REGULARIZAÇÃO
Eliana Cristina Mansano
COORDENADORIA DE OBRAS E PROJETOS
Flávia Correa de Almeida Faria Gomes
COORDENADORIA DE RECURSOS FINANCEIROS DESCENTRALIZADOS
Adriano Mario Guzzoni
COORDENADORIA DE TECNOLOGIAS DIGITAIS E INOVAÇÃO
Estela Endlich
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO EDUCACIONAL
Andressa Woellner Duarte Pereira
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Kelen Patrícia Collarino
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
Simone Zampier da Silva
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
João Batista dos Reis
DEPARTAMENTO DE INCLUSÃO E ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Gislaine Coimbra Budel
COORDENADORIA DE EQUIDADE, FAMÍLIA E REDE DE PROTEÇÃO
Angela Cristina Piotto
COORDENADORIA DE PROJETOS
Andréa Barletta Brahim
4
Introdução 
A dengue é uma arbovirose que, juntamente com a chikungunya e a zika, tem se destacado entre as 
doenças reemergentes que constituem um sério problema de saúde pública atualmente (BRAGA; VALLE, 
2007).
Comum em climas quentes e tropicais, a dengue é uma infecção causada por vírus e transmitida princi-
palmente pelo mosquito Aedes aegypti e, em menor proporção, pelo Aedes albopictus. Atualmente, são 
conhecidos quatro tipos de vírus, também chamados sorotipos virais da doença. Essa variedade ocasiona 
um amplo espectro de manifestações, que podem ser desde sintomas leves ou imperceptíveis a outros 
que exijam intervenção médica e hospitalização. Em casos graves, a doença é hemorrágica e fatal. Por 
ser viral, não há um tratamento para a infecção em si, mas os sintomas podem ser controlados. De acor-
do com a Organização Mundial da Saúde, a vacina está em fase de testes e ainda não é recomendada a 
todos os contextos (OPAS/OMS, 2020).
 Aedes aegypti
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz 
Aedes albopictus
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz
As epidemias de dengue tendem a ter padrões sazonais, com altas incidências e prevalência durante e 
após estações quentes e/ou chuvosas, especialmente em países tropicais, tendo em vista que as condi-
ções climáticas favorecem a proliferação do mosquito vetor. 
Apesar dos esforços mundiais de controle do mosquito, a incidência da dengue tem se intensificado nas 
últimas décadas. No Brasil, o crescimento alcançou números preocupantes devido à circulação do soro-
tipo 2 e às condições propícias ao desenvolvimento do transmissor da dengue. 
Um dos estados com maior incidência da dengue é o Paraná cujo número de casos cresceu vertigino-
samente no ano de 2020, apesar da disponibilidade de inúmeras estratégias para minimizar os casos. 
Nesse contexto, evidencia-se a necessidade de compreensão sobre os processos que influenciam a 
dinâmica da doença para a efetiva mudança de atitude da população. 
5
Dessa forma, a escola tem um papel fundamental no engajamento consciente da comunidade, por meio 
de um trabalho qualificado de letramento científico que envolve as relações entre Ciência, Tecnologia e 
Sociedade em prol da responsabilidade cidadã. 
Curitiba se destaca como Cidade Educadora também na promoção da saúde, incentivando ações prota-
gonistas de seus estudantes e conectando seus conhecimentos ao bem-estar da comunidade. Para tan-
to, foi elaborado o presente material com o objetivo de subsidiar as ações docentes, a partir do contexto 
histórico, epidemiológico e de sugestões de propostas pedagógicas para contribuir com as discussões 
sobre a dengue. 
Vale ressaltar que as ações pedagógicas propostas estão articuladas ao Currículo do Ensino Fundamen-
tal da Rede Municipal de Ensino (RME) de Curitiba para cada ciclo de aprendizagem, as quais podem ser 
desenvolvidas no tempo parcial no Componente Curricular Ciências e na Educação Integral em Tempo 
Ampliado nas Práticas de Ciência e Tecnologia. Este material também pode servir como disparador para 
o desenvolvimento de outras ações nas diversas áreas do conhecimento, além de ser útil à comunidade, 
aos familiares e aos demais interessados no tema. 
Qual a origem da dengue? 
O mosquito transmissor da dengue é originário do continente africano, provavelmente do Egito (MON-
TEIRO, 2014). Sua dispersão nas regiões tropicais e subtropicais ocorreu provavelmente desde as Gran-
des Navegações. Acredita-se que o mosquito chegou às Américas antes de chegar à Ásia, graças aos 
navios que traziam escravos. 
Os primeiros registros do mosquito, no Brasil, são do século XVII, em Recife e na Bahia. Posteriormente, 
há relatos do mosquito no Rio de Janeiro no século XIX e, surpreendentemente, em Curitiba. No final 
desse mesmo século, no entanto a dispersão já era registrada do Rio Grande do Sul até o Amazonas, 
seguindo o rumo da navegação marítima (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011). 
Contudo, os principais problemas relacionados à transmissão por mosquitos, na primeira metade do 
século XX, se relacionavam mais à malária e à febre amarela. Isso gerou campanhas de erradicação que 
foram bem-sucedidas. Após a erradicação do Anopheles gambia, mosquito transmissor da malária, foi 
proposta a erradicação do Aedes aegypti, que foi presumivelmente alcançada em 1955 (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2011). 
No entanto, o mosquito volta a se disseminar fortemente entre 1978 e 1984 em grande parte do país, 
exceto no extremo sul e em algumas áreas da Amazônia. Porém, de 1986 a 1990, todos os estados bra-
sileiros já tinham registros do Aedes aegypti (MONTEIRO, 2014).
Nos últimos anos, muitos fatores fizeram com que o ressurgimento/reemergência da dengue ocorresse 
e que ela fosse considerada endêmica em muitos locais, como: mudanças demográficas; intenso fluxo 
migratório urbano, acompanhado do crescimento desordenado; pouco saneamento básico e mudanças 
na própria biologia do vetor, que passou a se desenvolver em água suja (SAÚDE, 2019). De acordo com 
6
Araújo et al. (2017), as recentes epidemias de dengue foram ocasionadas pela circulação de mais de um 
sorotipo.
Ilustração de um modelo do vírus causador da dengue
Em 2015, foram registrados 1.649.008 casos de dengue no país, sendo que a maioria ocorreu na região 
Sudeste (62,20%), com apenas 3,4% dos casos na região Sul. 
No ano de 2020, o Paraná entrou em estado de epidemia de dengue. De acordo com o boletim da Se-
cretaria Estadual da Saúde (SESA), atualizado em 12 de maio de 2020, há 228 municípios em epidemia, 
sendo 167.707 casos confirmados e 132 óbitos. Segundo o mesmo boletim, considera-se uma situação 
de epidemia quando o espaço geográfico atinge a incidência acumulada maior de 299,99 casos/100.000 
habitantes. O Paraná está com incidência acumulada de 1.334,27 casos por 100.000 habitantes, especi-
ficamente, 151.426 casos/11.348.937 habitantes em números absolutos (SESA, 2020). 
Gráfico de aumento de casos de dengue no Paraná. Dados lançados de setembro de 2019 até 05 de maio 2020.
Fonte: Gazeta do Povo – Secretaria Estadual de Saúde do Paraná.
Os altos números no Paraná, evidentemente, têm raízes no descuido com medidas básicas que evitariam 
a proliferação do Aedes aegypti. Além disso, no ano de 2019, o sorotipo conhecido como DEN-2 passou 
a ser mais comum que o tipo DEN-1, que era o predominante desde 2009. A dominância desse novo 
sorotipo tem ocorrido, possivelmente, pelo aumento da mobilidade entre localidades e traz um grande 
7
problema: como não há vacina para dengue, a imunização ocorre após se contrair a doença. Contudo, 
como a ação do sistema imune é específica, não há anticorpos contra o novo sorotipo, o que torna a 
população suscetível à doença e, especialmente, ao seuagravamento. Esse cenário, aliado ao clima fa-
vorável à disseminação do mosquito, está fazendo com que o Paraná, especialmente no norte do estado, 
tenha um alto risco climático da dengue (LABOCLIMA-UFPR, 2020).
 
 
 
 
Fonte: Laboclima/UFPR 
Mapa de risco climático da dengue por município
Fonte: LABOCLIMA – UFPR
Controle e combate à dengue e o papel da educação 
As políticas públicas de saúde e os programas de controle do Aedes aegypti existem desde as primei-
ras epidemias de febre amarela urbana do início do século XX. Com a tendência de elevação recente, 
o Brasil vem, a datar de 1980, ampliando as estratégias diferenciadas de intervenção para redução da 
ocorrência de epidemias; sendo que, em 2002, foi criado o Programa Nacional de Controle da Dengue 
(BRAGA; VALLE, 2007; FIGUEIRÓ et al., 2010; ARAÚJO et al., 2017). Posteriormente, foram criadas re-
comendações para combate ao mosquito vetor das arbovirores, reunindo doenças como dengue, Zika, 
chikungunya e febre amarela todas transmitidas pelo Aedes aegypti (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019).
No entanto, essas políticas não parecem efetivas se forem desvinculadas de práticas educativas que 
sensibilizem e incluam a população. Essas práticas podem ser direcionadas diretamente para uma po-
pulação ou uma comunidade, ou ainda para instituições escolares.
De acordo com Costa (2008, p. 31): “uma forma de promover saúde e incentivar práticas de vida saudáveis 
é utilizar-se do processo de educação em saúde, onde se oportuniza o compartilhamento de saberes dos 
mais variados possíveis na busca de soluções das mais diversas problemáticas”.
A literatura que aborda a temática dengue e educação ainda não é extremamente extensa porque a 
dengue não é endêmica em diversos países muito prolíficos para fins de produção acadêmica. Assim, 
8
há um número crescente de pesquisas e trabalhos sobre esse assunto, especialmente dos que propõem 
intervenções e pesquisa-ação. No presente material, as pesquisas com resultados expressivos serão 
priorizadas para que sirvam como inspiração e norte aos docentes, a fim de que realizem suas ações e 
publicações.
Do ponto de vista qualitativo, muitos trabalhos apresentam resultados interessantes. Santos-Gouw e 
Bizzo (2009) realizaram uma análise do projeto Finlay, da Universidade de São Paulo, e relataram que 
os estudantes partícipes do projeto coletaram 705 larvas de insetos em 21 municípios e em 109 bairros 
diferentes. Analisando os dados de todo o estudo, os autores consideram que os projetos voltados para 
a educação em saúde precisam engajar ativamente os cidadãos, mas que, quando projetos ocorrem di-
retamente nas escolas, há maior possibilidade de êxito e expansão. 
De forma semelhante, Santos et al. (2017) realizaram uma pesquisa-ação, com ações educativas para 
o combate do mosquito em uma escola no Maranhão. Para isso, aplicaram um diagnóstico ambiental, 
com algumas atividades práticas e exibição de vídeos educativos. Ainda que não tenham analisado os 
resultados estatisticamente, os autores relataram maior interesse dos estudantes em aulas práticas e em 
metodologias alternativas, como a observação do mosquito e dos vídeos.
Silva et al. (2018) realizaram um trabalho de Educação Ambiental no processo de sensibilização sobre 
o Aedes aegypti em Pernambuco. Os autores ministraram aulas expositivas, seguidas de um questioná-
rio, que demonstrou o desconhecimento de muitos aspectos e como os estudantes ainda veem pouca 
relevância nas campanhas educativas. Foram encontrados estudos e conclusões similares em Gordon 
(1988), Khun e Manderson (2007), Silva et al. (2015) em tempos e localidades bastante diferentes.
Esses resultados apontam para a importância da escola nesse processo, em se engajar não apenas na 
teoria, mas buscar a inserção de todos nas atividades e ações. Madeira et al. (2002) propuseram uma in-
tervenção didática em uma escola de São Paulo e demonstraram, com suporte estatístico, as diferenças 
entre o grupo controle, que não recebeu a intervenção, e o grupo amostral, que teve acesso às atividades 
propostas. Notoriamente, os estudantes que sofreram intervenção foram mais aptos em reconhecer que 
as fases do ciclo de vida do mosquito vetor e medidas de controle são mais eficientes e viáveis, o que, 
segundo o autor, repercutiu em suas residências onde houve, duas vezes menos criadouros em relação 
aos que não tiveram intervenção. 
Barros (2007) propôs a distribuição de uma tela de mosquiteiro, denominada “evidengue”, como recurso 
preventivo para proteção de pratos coletores de água de vasos de plantas, além de aulas sobre o assunto 
e da distribuição de um folheto informativo sobre a doença em uma escola de Minas Gerais. Metodolo-
gicamente, o autor realizou um estudo com três grupos amostrais, de modo que nem todos os grupos 
sofreram a mesma interação. Os resultados apontam que apenas a distribuição de um material como a 
“evidengue” é insuficiente, mas que há bons resultados quando o recurso é acompanhado pelo folheto e 
pelas aulas. 
Além desses recursos, o trabalho com jogos educacionais também pode ter resultados bastante ex-
pressivos. Se for compatível com a realidade das escolas, os jogos digitais são um recurso em franca 
ascensão. Muitos jogos virtuais também foram produzidos e testados em locais, como Brasil, Filipinas, 
Camboja, Tailândia, República Dominicana e Costa Rica, e todos eles apresentam, à sua maneira, bons 
9
resultados para fins de engajamento e compreensão (SILVA et al. 2008; SILVA et al. 2011; PORCINO et 
al., 2014; BUCHINGER; HOUNSELL, 2015; ZAMORA et al., 2015; LUZ et al., 2016; LIMA et al. 2017). 
Brincadeiras e jogos “físicos” também podem ser bastante interessantes e apresentar bons resultados. 
Lennon e Coombs (2006, 2007) trabalharam com jogos de tabuleiros educacionais para aumentar o 
conhecimento, as atitudes positivas e a autoeficácia para a prevenção da dengue. Para esses autores, 
jogos de tabuleiro são mais vantajosos do que as aulas expositivas, porque são adaptáveis e estimulam o 
aprendizado, independentemente dos professores. No entanto, seus resultados mostraram que as aulas e 
os jogos não apresentam diferença significativa no que tange ao aumento de atitudes positivas e à auto- 
eficácia desejada, de forma que ambos os modos produziram aumentos significativos e mais similares 
ao conhecimento dos estudantes. Outros autores, que também trabalharam com jogos de tabuleiro, por 
outro lado, realizaram uma análise muito mais qualitativa e relatam que esse tipo de atividade lúdica pro-
moveu a participação e aumentou a interação e o conhecimento dos estudantes (CASTRO et al., 2014; 
do NASCIMENTO et al., 2018; SOTO; ROJAS, 2018; SAMPAIO; SARINHO, 2019; CARNEIRO et al., 2019). 
Gomes e Bastos (2017) realizaram uma atividade lúdica baseada na brincadeira “polícia e ladrão”, com 
uma dinâmica de interação entre as crianças que fogem do mosquito. Os autores relatam que, após 
algum tempo de brincadeira, os estudantes percebem que fugir do mosquito é uma tarefa árdua e in-
frutífera, mas que é preciso impedir que ele se prolifere, acabando com os “piques” que representavam 
os criadouros do mosquito. Após a atividade, os autores relatam que foi realizada uma pesquisa com 
os pais dos estudantes, na qual foi relatada uma mudança de comportamento e uma “fiscalização” dos 
estudantes nas próprias residências. 
Oliveira et al. (2012), propuseram a utilização da linguagem teatral como estratégia para caracterizar as 
concepções de educadores envolvidos na prevenção da dengue, por meio de oficinas de jogos teatrais. 
Esse trabalho foi realizado na formação continuada de professores do estado do Rio de Janeiro e relatou 
bons resultados, usando a interpretação como estímulo para promover ações cooperativas por parte dos 
educadores.
As discussões trazidas até esse momento mostram um recorte da literatura, evidenciando que há su-
porte bibliográfico para atividades de naturezas e execuçõesmuito diferenciadas no que diz respeito à 
dengue. Todas as atividades estão referenciadas e são resultados de publicações, podendo servir como 
base sólida para atividades que se desejar implantar. 
Propostas pedagógicas articuladas ao Currículo 
Ciclo I – 1.° ao 3.° ano 
No Currículo do Ensino Fundamental da RME, Componente Curricular Ciências, podem ser selecionados 
conteúdos que versam sobre a influência dos dias e das noites sobre a ocorrência de seres vivos, como 
10
os mosquitos, suas características (tamanho, forma, cor, local onde se desenvolvem, número de patas, 
cobertura do corpo, locomoção), relacionando-as ao ambiente em que vivem e ao modo de vida (fases 
de desenvolvimento, reprodução, alimentação, etc.), comparando com outros grupos de seres vivos. Des-
taque para os mosquitos que podem causar problemas à saúde humana, ampliando os conhecimentos 
científicos sobre as doenças e formas de prevenção. 
Para iniciar, é preciso identificar a base de conhecimentos dos estudantes, distinguindo quais são os de 
senso comum e quais são os coerentes com as pesquisas científicas atuais. Um diagnóstico inicial pode 
permitir essa percepção, além de um levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes. Outra 
atividade possível é solicitar aos estudantes que gravem um vídeo curto falando brevemente o que sa-
bem sobre a dengue. Podem ser utilizados diferentes dispositivos para gravar, como os netbooks, câme-
ras ou até mesmo o celular. Por meio de uma projeção, os relatos podem ser observados por todos e um 
registro pode ser feito pelo professor a partir das informações selecionadas pela turma como hipóteses a 
serem investigadas. A seleção é coletiva e envolverá um processo importante de mediação do professor. 
Na sequência, o professor pode apresentar a matéria produzida pela TV Paraná Turismo, que retrata a 
preocupação com os mais de 44.000 casos de dengue do Paraná no início de março de 2020, dispo-
nível em: <https://www.youtube.com/watch?v=lpmZpx-i-zk>, e a outra matéria que alerta para o número 
de casos de mortes por dengue, disponível em: <http://www.paranaeducativa.pr.gov.br/modules/video/
videosProgramas.php?video=39715>, que ressalta o aumento dos números da dengue em 2020 no Es-
tado. É possível fazer uma roda de conversa com os estudantes para refletir sobre os principais pontos 
da matéria e verificar se todos compreenderam as informações, por exemplo: 
• O que é sorotipo 2?
• Como a temperatura mais quente pode aumentar o número de casos?
• Por que precisamos controlar os mosquitos para evitar a doença?
A partir do levantamento das dúvidas dos estudantes, podem ser estabelecidos grupos de pesquisadores 
mirins para investigação e registro de descobertas sobre: características dos mosquitos, ciclo de vida e 
habitats e relação com o vírus causador da dengue. 
O fascículo 4, da edição do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz): Com Ciência na escola – “Dengue I: brin-
cando para descobrir novidades”, apresenta sugestões de quatro atividades lúdicas abordando aspectos da 
biologia do mosquito transmissor do vírus da dengue, voltadas ao Ensino Fundamental, com foco no auxílio 
ao desenvolvimento de estratégias educativas e de engajamento. 
Disponível em: <http://www.fiocruz.br/ioc/media/comciencia_04.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2020.
No texto produzido pela equipe do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), é possível encontrar informações 
sobre o modo de vida e habitat do mosquito Aedes aegypti, além do infográfico com os possíveis criadouros. 
Disponíveis em: <http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/oportunista.html>; <http://www.ioc.fiocruz.br/den-
gue/textos/infografico.html>. Acesso em: 26 mar. 2020.
<https://drauziovarella.uol.com.br/infectologia/virus/>
11
 
Infográfico sobre o Aedes aegypti
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz
Posteriormente, de forma coletiva, os estudantes podem registrar as pesquisas por meio de desenhos, 
história em quadrinhos ou narrativas orais, com base nos argumentos científicos estudados. 
Para integrar e compartilhar os conhecimentos com a escola toda, os estudantes podem ser convidados 
a elaborar crachás para identificá-los como agentes científicos contra a dengue (ACD), produzir selos de 
investigação para os novos integrantes e construir um jogo de percurso que utilize todo o espaço escolar, 
como um caça ao tesouro, para engajar outros estudantes e a comunidade escolar na ação de combate 
aos criadouros do mosquito. Por exemplo: 
• Uma garrafa plástica vazia virada de boca para baixo e fixada em um canto no pátio, com a seguinte 
questão: Você sabe qual a relação entre esta garrafa e a dengue? Converse com um agente cientí-
fico contra a dengue (ACD) e ganhe um selo de investigador. Juntando seus selos, você poderá se 
unir ao nosso grupo!
• Uma seta plastificada e colorida, evidenciando a calha do telhado da escola, com a seguinte infor-
mação: a direção da escola também cuidou deste espaço. Você sabe o motivo? Converse com um 
12
agente científico contra a dengue (ACD) e ganhe um selo de investigador. Juntando seus selos, você 
poderá se unir ao nosso grupo!
É possível imprimir os cartazes e alguns materiais disponibilizados no site: <http://www.dengue.pr.gov.br/> 
para chamar a atenção sobre a questão e divulgar as informações do governo do estado do Paraná.
Ao final do jogo, os estudantes com 3 ou mais selos poderão se unir ao grupo dos agentes científicos 
contra a dengue (ACD). Após uma apresentação da primeira turma, disseminar os novos conhecimentos 
de forma protagonista. A apresentação também pode envolver vídeos e músicas.
A animação “Vira-Vira é a Solução”, do grupo Palavra Cantada, faz parte de um projeto do Ministério da 
Saúde, para mobilizar a população para o combate ao Aedes aegypti, 
vetor do vírus da dengue, zika e chikungunya.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=SM4MCS8cEHw>. Acesso em: 25 mar. 2020.
No vídeo “Quintal da Cultura - Xô, Mosquito!”, produzido pela equipe do Programa Quintal da Cultura, da TV 
Cultura, há um incentivo para os estudantes também participarem da mobilização contra os criadouros do 
mosquito Aedes aegypti.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=uiclYGexH14>. Acesso em: 25 mar. 2020.
Ciclo II – 4.° e 5.° ano 
No Currículo do Ensino Fundamental da RME, Componente Curricular Ciências, destacam-se conteúdos 
para o ciclo II relacionados às atitudes e medidas adequadas para prevenção de doenças associadas aos 
microrganismos, a partir do conhecimento das formas de transmissão. 
Pode-se tomar como ponto de partida um diagnóstico dos conhecimentos prévios dos estudantes, so-
licitando que escrevam em uma pequena ficha o que as palavras saúde, doença e dengue representam 
para eles. Os registros dos estudantes irão subsidiar as escolhas do encaminhamento. 
Para reflexão do professor
Em seu estudo de mestrado, “Representação social de saúde, doença e dengue para alunos do ensino fun-
damental”, a pesquisadora Cláudia Medeiros Szukala ressaltou que as crianças tendem a ter uma visão de 
saúde mais associada ao fato de não estar doente, enquanto os adolescentes compreendem-na com maior 
amplitude, englobando fatores de bem-estar, como saúde. 
Disponível em: <https://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/8127-representacao-social-de-saude-doenca-
-e-dengue-para-alunos-do-ensino-fundamental.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2020. 
No segundo momento, após as análises do professor, há a possibilidade de utilizar um texto jornalísti-
co que aproxime o estudante do contexto da dengue no Paraná. Uma sugestão está disponível no link: 
13
<http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=105943&tit=Incidencia-aumenta-e-Pa-
rana-passa-a-patamar-de-epidemia-da-dengue>.
Pode-se entregar uma cópia da reportagem para cada estudante acompanhar, fazer a leitura coletiva da 
reportagem e solicitar que destaquem as palavras-chave, aquelas de maior relevância no texto. Debater 
coletivamente sobre a seleçãodas principais informações. Nesse processo, seria importante pesqui-
sar, no dicionário, palavras pouco conhecidas pelos estudantes, como epidemia, patamar, incidência, etc. 
Também seria importante explorar o mapa do Paraná, apontando os locais de maior risco da dengue no 
estado, conforme citações da própria reportagem.
Na sequência, os estudantes podem ser convidados a pensar e discutir a partir da problematização: 
• Por que o número de casos de dengue aumentou no estado do Paraná?
O professor pode auxiliar no registro coletivo das hipóteses dos estudantes e seguir para um processo 
de descoberta colaborativa.
No próximo momento, sugere-se dividir a turma em estações rotativas (ensino híbrido) e iniciar o pro-
cesso de investigação. 
Em entrevista à TV CPP, a professora dra. Lilian Bacich explica o que é o ensino híbrido, suas origens e a re-
lação com as pesquisas educacionais no Brasil. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VFk_EFMWv10>. Acesso em: 25 mar. 2020.
Os estudantes, em grupos, passarão por cada uma das estações, nas quais serão disponibilizados artigos, 
vídeos e boletins informativos que apresentem dados do Paraná, do Brasil e do Mundo sobre a dengue, 
para leitura e análise. Em cada etapa, os estudantes deverão registrar as informações essenciais ligadas 
à questão inicial sobre o aumento de casos de dengue no Paraná e selecionar as palavras-chave para 
compor um mapa conceitual.
Alguns artigos, textos, dados e informações que podem auxiliar na investigação ao longo das estações 
rotativas:
No artigo “A utilização de mapas conceituais na identificação da aprendizagem significativa crítica em uma 
atividade de modelagem matemática”, os pesquisadores Silas Venâncio e Lilian A. Kato, discutiram como os 
estudantes necessitam perceber a importância em aprender um novo conhecimento de forma significativa e 
crítica e tomar decisões individuais e coletivas de forma consciente. Eles salientaram os mapas conceituais 
para estabelecer conexões entre os conhecimentos científicos e organizá-los de forma hierárquica e integra-
dora. Uma observação interessante foi que os estudantes tiveram dificuldade de colocar argumentos científi-
cos na produção de um texto livre e maior facilidade na construção do mapa conceitual. 
Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2011/matemati-
ca/artigo_silas_akemi.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2020.
14
Estação: Relação entre temperatura e dengue 
O artigo “Relação da variabilidade da temperatura do ar e os casos de dengue em Curitiba de 2011 
a 2015”, disponível em: https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/sbgfa/article/view/2443, apresentou a cor-
relação entre as dinâmicas climáticas, principalmente, o aumento da temperatura e a proliferação 
do mosquito transmissor da dengue e, alguns fatores sociais, como a urbanização, responsáveis 
pelo número acentuado de registros em determinadas regiões. Os gráficos a seguir foram extraí-
dos do texto para facilitar o destaque para a análise:
Gráfico da temperatura média do ar em Curitiba, PR, ao longo dos meses, entre 2011 e 2015, adaptado para fins pedagógicos.
Gráfico do número de casos autóctones de dengue em Curitiba, PR, ao longo dos meses, entre 2011 e 2015, adaptado para fins 
pedagógicos.
No laboratório LABOCLIMA – UFPR, há uma ação específica para identificar condições favoráveis 
para a incidência do mosquito no Paraná. É possível acompanhar, semanalmente, as atualizações 
dos dados e compreender a dinâmica da doença em nosso estado pelo site: http://www.terra.ufpr.
br/portal/laboclima/sacdengue/.
15
Estação: Dengue no Brasil e no mundo 
No texto informativo divulgado pela Organização Pan-Americana da Saúde, disponível em: ht-
tps://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5963:folha-informati-
va-dengue-e-dengue-grave&Itemid=812, podem ser acessados dados epidemiológicos da dengue 
no mundo, tendências de distribuição da doença, espécies de mosquitos transmissores, sintomas, 
tratamentos, imunização, prevenção, controle e apoio internacional.
Na reportagem de 28 fevereiro de 2020, a BBC News Brasil trouxe um panorama da dengue 
no Brasil, disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51667748 e destacou os dados 
alarmantes do Paraná. 
Estação: Como seu corpo consegue se proteger das doenças? 
O livro “O seu incrível sistema imune: como ele protege seu corpo”, traduzido a partir da edi-
ção da Sociedade Japonesa de Imunologia, é um recurso importante para aprofundar os co-
nhecimentos sobre o sistema imunológico. Disponível em: https://joaopmcarmo.files.wordpress.
com/2012/08/o-seu-incrc3advel-sistema-imune.pdf. 
Estação: A comunicação na divulgação científica 
No site, desenvolvido pelo Governo do Estado do Paraná, há materiais de divulgação sobre a den-
gue para estudo, infográficos, animações e vídeos que podem subsidiar diversas ações na escola. 
Disponível em: http://www.dengue.pr.gov.br/.
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Estação: A Ciência na busca de soluções para problemas da sociedade 
No site da Fiocruz são disponibilizadas algumas pesquisas interessantes para o controle do mos-
quito Aedes aegypti, como no estudo que prevê a introdução de uma bactéria no controle dos 
mosquitos. Veja mais em: http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from_info_in-
dex=1&infoid=1592&sid=32.
A equipe do Professor Maulori Cabral, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), criou uma 
versão adaptada de uma armadilha para apanhar mosquitos usando garrafas PET, chamada Mos-
quitérica. A construção pode ser realizada pelos estudantes, seguindo o tutorial disponibilizado no 
link: http://www.faperj.br/downloads/mosquiterica.pdf.
Após os grupos de estudantes passarem por todas as estações e registrarem as palavras-chave e 
informações relevantes no mapa conceitual, será fundamental discutir o motivo das ações ainda 
não serem efetivas para diminuição dos casos de dengue no Brasil e propor um debate a partir 
das seguintes problematizações:
• Se você fosse o pesquisador, quais soluções apresentaria para diminuir o número de pessoas 
doentes no Brasil?
• Se o seu papel fosse de um governante, preocupado com a saúde da população, quais medi-
das de políticas públicas tomaria para minimizar os efeitos da dengue?
A partir do debate é possível realizar o registro coletivo do mapa conceitual, elencando as princi-
pais ações para mudança desse cenário no país e no estado do Paraná. 
Sugestões do 6.° e o 9.° ano 
No Currículo do Ensino Fundamental da RME, Componente Curricular Ciências, embora a dengue, pro-
priamente dita, não seja um conteúdo, alguns itens podem dar base para a discussão sobre muitos as-
pectos do tema, por exemplo: questões referentes a vírus, à vacinação e à saúde pública, doenças relacio-
nadas aos microrganismos, doenças que afetem os sistemas humanos e itens sobre saneamento básico. 
O artigo Dengue fever: a Wikipedia clinical review, publicado na revista Open Medicine (HEILMAN et al., 
2014), fornece um panorama geral sobre muitos aspectos clínicos e epidemiológicos e pode ser uma boa 
leitura inicial com o intuito de aprofundar os conhecimentos no momento de planejar as ações docentes. 
Disponível no link: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4242787/.
Embora um pouco mais antigo, o artigo Dengue: transmissão, aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento 
(DIAS et al., 2010) também oferece uma visão bastante ampla sobre o tema. Disponível em: http://revis-
ta.fmrp.usp.br/2010/vol43n2/Simp6_Dengue.pdf.
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Para uma abordagem CTS com os estudantes, é possível utilizar um texto informativo ou uma reporta-
gem recente sobre o assunto. Uma sugestão interessante e com potencial interdisciplinar bastante gran-
de pode ser a utilização do site: http://www.dengue.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu-
do=14, que apresenta muitos dados estatísticos, curiosidades, sites e questões norteadoras.
No início das atividades, é sempre interessanteque se observe o conhecimento prévio dos estudantes, 
para se ter um parâmetro do que já é conhecido por eles, bem como dos equívocos conceituais e outros 
erros correlacionados.
Uma vez que esses dados sejam levantados, é possível, individualmente ou em grupo, aprofundar os co-
nhecimentos sobre o assunto. Assim, os temas podem ser distribuídos para que cada grupo pesquise, por 
exemplo: o ciclo de vida e as características biológicas do Aedes aegypti; a transmissão e os sintomas 
da doença; a prevenção e os tratamentos existentes; a função ecológica dos mosquitos e outras doenças 
transmissíveis; entre outras temáticas e desdobramentos possíveis. Essa pesquisa poderá resultar em 
cartazes, seminários ou rodas de conversa sobre o tema. 
Sugestões de sites para pesquisa
http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/ 
http://auladengue.ioc.fiocruz.br/ http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/10minutos.html http://www.com-
bateadengue.pr.gov.br/ http://www.cives.ufrj.br/informacao/dengue/den-iv.html 
 http://www.dengue.pr.gov.br/ 
 http://www.combateadengue.com.br/
 http://www.paranacontradengue.pr.gov.br/ http://www.dengue.org.br/?gclid=CNb7qNqjl6cCFYxL2god9mv-
Fdw http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=22207
 
Fonte: https://bit.ly/2Rdsd8b. Acesso em 30 mar. 2020
Vale a pena conferir o material didático do volume II dos cadernos PDE, da Secretaria Estadual da Edu-
cação do Paraná, disponibilizado no site Dia a Dia Educação e produzido no núcleo de Francisco Beltrão. 
Trata-se de um material muito rico em atividades e sugestões. Pode ser acessado por meio do link: 
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_
unioeste_cien_pdp_adriana_bampi_bandeira.pdf. 
No estudo de Gomes et al. (2014), há uma sequência posta, especificamente, para adolescentes em uma 
escola em Pernambuco, que sugere, após um questionário de conhecimentos prévios, a realização de um 
jogo competitivo entre os estudantes, utilizando a quadra da instituição, materiais recicláveis, aparelho de 
som e bexigas de festa. 
Em um primeiro momento, os estudantes seriam divididos em dois grupos, cada equipe com uma bola. A 
seguir, dispostos em círculo, ao sinal do professor (música na caixa de som), a bola seria passada de es-
tudante para estudante e, quando a música parasse, quem ficou com a bola responderia a uma pergunta, 
que poderia estar dentro da própria bola. Quando a resposta estiver correta, o grupo correspondente 
pontua. 
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Em um segundo momento, haveria situações criadas e espalhadas pela quadra que simulariam circuns-
tâncias favoráveis à proliferação do Aedes aegypti. Os estudantes teriam que encontrar essas situações 
e resolvê-las, valendo também alguma pontuação. 
Por fim, o terceiro momento seria um quiz de perguntas e respostas, valendo pontos. Após as atividades, 
os estudantes responderiam novamente ao questionário aplicado previamente para que fosse possível 
mensurar o impacto das atividades. 
Uma outra boa alternativa, que pode suscitar discussões interessantes, é o estudo do sistema imunológi-
co. Isso auxilia a compreender o cenário em que o Paraná se encontra, qual a ação do sistema imune em 
uma infecção viral e porque é tão difícil produzir vacinas contra algumas doenças. A discussão pode ser 
estendida para muitos outros temas, como o HIV e o COVID-19. 
Uma sugestão de um vídeo simples e bem explicativo é o da Academia de Ciência e Tecnologia de São 
José do Rio Preto: https://www.youtube.com/watch?v=lBn3SNO04UU. 
Finalmente, sugerem-se alguns vídeos e artigos científicos recentes para aprofundamento do tema, os 
quais poderão subsidiar futuras ações e ampliar a compreensão do cenário epidemiológico atual.
Sugestões para aprofundamento do professor
https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/54709
https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/vbz.2018.2411
https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/ecop/article/view/8848
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-12032018-140638/en.php
https://www.dnatube.com/video/12225/Life-Cycle-of-Dengue-Virus
http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1591&sid=32
Reforça-se a importância da abordagem deste assunto em diferentes espaços e a necessidade de mu-
danças de hábito imediatas para minimizar a epidemia de dengue. Os estudos e leituras atualizadas são 
fundamentais para que propostas como essas, que consideram as relações entre Ciência, Tecnologia 
e Sociedade, ultrapassem o ambiente escolar e envolvam a comunidade, visto que é compromisso de 
todos os cidadãos cuidar, prevenir, observar e divulgar boas práticas em prol da saúde de todos.
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Ficha técnica 
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL 
Simone Zampier 
Gerência de Educação Integral
Luciana Cristina Nunes de Faria Okagawa
Assistente
Edelis Fabiane Krueger
Equipe Pedagógica
Andressa Priscila Chiquiti Palotino
Cristiane Soares Grippi
Dora Léa Loureiro
Eliane Oliveira de Souza da Silva
Práticas Educativas
Adriana Peralta Barboza Vieira
Daiana Lima Tarachuk
Emilia Devantel Hercules
Filipe Fernandes
Henrique José Polato Gomes
Josilene de Oliveira Fonseca
Karin Hemann Horn 
Kelly Dayane Aguiar
Michelle Tais Faria Feliciano 
Vania Wuicik de Lima
Elaboração
Henrique José Polato Gomes 
Kelly Dayane Aguiar
Leitura
Karin H. Horn 
Eliane O. de S. da Silva 
Luciana Cristina Nunes de Faria Okagawa 
Andressa Priscila C. Palotino
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
João Batista dos Reis
Gerência de Apoio Gráfico
Ana Paula Morva
Capa, projeto gráfico e diagramação
Ana Claudia Proença
Revisão de Língua Portuguesa
Adriana Rodrigues da Rocha Santos
Anderson Evaristo
Rosângela Carla Pereira
Rosana Wippel
Curitiba
Cidade Educadora

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