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Apostila_Soldagem e Oxicorte Manual

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SOLDAGEM E OXICORTE MANUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 Soldagem e Oxicorte Manual 
 
 
© SENAI-SP, 2004 
 
 
Trabalho editorado e reproduzido a partir das seguintes obras: 
 
CETEC de Solda Orlando Barbosa - SENAI Rio de Janeiro – Série Processo Oxiace-
tilênico 
 
Coleção Tecnologia – Soldagem - SENAI São Paulo. 
 
FBTS – Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem – Departamento de Cursos – 
Inspetor de Soldagem. 
 
GTZ – Deutsche Gesellschaft – für 
Technische Zusammenarbeit – GTZ (gmbh) 
 
Coordenação 
 
Elaboração 
 
Projeto e revisão técnica 
 
Equipe de editoração 
Assistência Editorial 
Planejamento visual 
Revisão 
Ilustração 
Diagramação 
Digitalização 
Produção gráfica 
 
 
 
 
 
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Centro Móvel de Formação Profissional 
Al. Barão de Limeira, 539 - Campos Elíseos 
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 7 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 8 
Segurança 9 
Tipo de Gás e Classificação 21 
Cilindros 24 
Transporte e Manuseios de Cilindros 29 
Regulador de Pressão e Válvulas de Segurança 35 
Tipos de Chama e Corte Térmico 43 
Referências 48 
 
 
 8 
 
 
 
 
Oxicorte Manual 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
 Todo soldador ou operador que utiliza equipamentos de soldagem e corte oxiacetilê-
nico, deve proteger-se contra os perigos de queimaduras provocadas por fagulhas, respin-
gos de material fundido, partículas aquecidas e radiações visíveis (luz visível) e invisíveis 
(raios infravermelhos e ultravioletas) provenientes da chama do maçarico. 
Para os olhos desprotegidos, tanto a luz visível intensa quanto as radiações infraver-
melha e ultravioleta são prejudiciais e por isso se faz necessário o uso de EPI adequados 
ao processo e principalmente óculos especiais para utilização nos trabalhos de soldagem e 
corte oxiacetilênico. 
O profissional consciente deve prevenir-se de danos pessoais a si próprio e às pessoas 
próximas ao local de soldagem e corte, tomando todas às precauções inerentes ao uso e 
manuseio destes equipamentos resguardando-se dos perigos constantes de radiação, 
queimadura, incêndio e explosão. 
 Esta apostila tem em seu conteúdo orientações que servirá de base para o uso e ma-
nuseio correto dos equipamentos de soldagem e corte oxiacetilênico, visando aos profissi-
onais atuante, uma prevenção e resguardo de sua vida e de quem os rodeiam. 
 Para melhor entendimento em segurança de soldagem e corte oxiacetilênico, reco-
menda-se a norma ANSI Z 49.1 “Segurança em Soldagem e Corte”. 
 9 
 
 
 
Oxicorte Manual 
 Segurança 
 
 
Equipamento de Proteção Individual (EPI) 
 
 
Peças do EPI Proteção Contra Observação 
Vestimenta de proteção (ca-
saco de couro) 
 
Radiação 
Respingos 
 
É proibido o uso de tecidos sinté-
ticos na vestimenta do soldador 
em ambientes confinados. 
Deve-se usar vestimentas de 
difícil combustão. 
Sapatos de segurança 
 
Respingos 
Gotas de metal fundido 
Queda de peças 
 
Os sapatos apropriados para 
trabalhos industriais são sa-
patos de segurança. 
Touca e/ou capacete de pro-
teção 
 
Respingos 
Gotas de metal fundido 
Queda de peças 
 
De acordo com as con-dições 
de trabalho, usar ca-pacete 
de segurança. 
Óculos de segurança 
 
Raios 
Respingos 
 
Só utilizar filtros normali-
zados, por ex: 4 a 7 
DIN 4647 
Avental de couro 
Luvas de proteção 
Polainas de couro 
 
Respingos 
Escórias quentes 
 
Em oxicorte 
Protetor auricular 
 
Proteção contra ruídos 
 
Acima de 90 dB, deve-se 
usar protetor auricular. 
 
 
 
 
 10 
Tabela de Filtros de Proteção 
 
 
SOLDAGEM E CORTE OXIACETILÊNICO 
 
Operação Espessura da Chapa [mm] 
Filtro sugerido 
para 
Conforto 
 
Soldagem Oxiacetilênica 
 
 
Leve < 3,2 4 ou 5 
Média 3,2 - 12,7 5 ou 6 
Pesada > 12,7 6 ou 8 
 
Corte Oxiacetilênico 
 
 
 
Leve < 25,4 3 ou 4 
Médio 25 - 150 4 ou 5 
Pesado > 150 5 ou 6 
 
 
* Como regra básica à escolha, comece com um filtro que seja muito escuro para se ver a 
zona de solda. Em seguida experimente filtros mais claros até que você consiga ver suficien-
temente a zona da solda, mas que não seja abaixo do mínimo. Na soldagem e corte oxiacetilê-
nico a chama produz uma luz amarelada de alta intensidade, sendo desejável usar filtros que 
absorvam este tipo de radiação. 
Dados obtidos na Norma ANSI/ASC Z49.1/88. 
 
 
 11 
 
Liberação de Substâncias Poluentes Pela Soldagem e Corte 
 
 
 
 
Gases 
 
Fumaça 
 
Vapores 
 
 
Denominação Formação Perigo 
 
Dióxido de carbono (CO2) 
 
Combustão do produto da 
chama. 
 
Não é tóxico normalmente. 
Mais pesado que o ar. 
 
 
Monóxido de carbono (CO) 
 
Combustão com oxigênio im-
puro. 
 
Altamente tóxico. 
Provoca náuseas e vômitos e 
perda de consciência. 
 
 
Gases nitrosos (NO e NO2) 
 
Liberado para o ar a tem-
peraturas acima de 1000°C. 
 
Não tem cheiro, por isso é 
mais perigoso. 
Causa irritação nas vias respi-
ratórias e até a morte por hi-
dropisia (água nos pulmões). 
 
 
Fumaça do zinco 
 
Na soldagem de peças gal-
vanizadas, zincadas. 
 
 
Provoca a febre de zinco. 
 
Vapores 
 
Na queima de fluxos, mate-
riais de revestimento e re-
movedores. 
 
 
Provocam paralisia e danos 
ao fígado e rins. 
 
Precaução Contra Materiais Poluentes: 
 Exaustão normal 
 Exaustão localizada 
 Ventilação adequada 
 Ar comprimido + máscara de proteção 
 12 
 
Soldagem e Corte em Ambientes Confinados 
 
EXEMPLO 1 
 
 
 
Risco por causa de : 
 
 Chama 
 
 Faísca 
 
 Chama secundária 
 
 Radiação térmica 
 
 
Observar no local de trabalho, 
evitando: 
 
 Ruptura na parede ou piso 
 
 Aberturas e frestas 
 
 Gases e materiais inflamáveis 
 
 
Medidas antes da soldagem: 
 
 Afastar ou cobrir materiais in-
flamáveis presentes no local de 
soldagem e próximos a ele. 
 
 Ter no local de trabalho, meios 
de combate a incêndio (extintor 
de incêndio, areia, etc.). 
 
 
 
 13 
EXEMPLO 2 
 
 
 
 
 
Riscos 
 
 
Precauções 
 
Medidas: 
Antes do trabalho 
 
 
 
Durante o trabalho 
 
 
Após o trabalho 
 
 
Devido aos gases, fumaça, vapores, misturas explosivas, cor-
rente elétrica e raios. 
 
Contra riscos de intoxicação, incêndio e explosão. 
 
 
Instalar exaustão, preparar piso isolante, posicionar a fonte de 
corrente fora do local de trabalho, iluminação e máquinas elétri-
cas de no máximo 42V. 
 
Renovação de ar, trabalhar sempre sob permanente atenção. 
 
Afastar os equipamentos de solda. 
 
 
 
 14 
Combate ao Incêndio 
 
 
Um incêndio pode ser controlado, quando uma das condições abaixo é: eliminada: 
 
1) Oxigênio 
2) Material combustível 
3) Temperatura suficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A condição 1 é eliminada, quando a alimentação do oxigênio é impedida. 
 
Ex.: Fechar a válvula do oxigênio. 
 Abafar a chama, material em combustão, ou usar outros meios de combate a in-
cêndio. Ex.: Extintor de incêndio. 
 
A condição 2 é eliminada, quando a alimentação do material combustível é impedida. 
Ex.: Fechar a válvula do gás combustível e afastar das proximidades do local do incêndio os 
materiais combustíveis. 
 
A condição 3 é eliminada, quando a dissipação do calor é maior do que o calor provocado. 
Ex.: Dissipação do calor através de resfriamento com água. 
 15 
 
Perigos de Incêndio 
 
 
Quedas de Fagulhas 
 
Fagulhas de corte e solda, assim como respingos de metal fundido, podem ser arremessa-
dos à distância e permanecem por algum tempo incandescente. 
Sendo o piso liso, esta distância pode alcançar até 10m. 
 
 
 
 
Chama Secundária 
 
Com o escapamento de gases combustíveis, numasoldagem ou corte num ambiente com 
pouca ventilação, pode formar-se uma chama secundária, mesmo em grande distância, do 
local da soldagem. 
 
 
 
 
 
 16 
Danos e Incêndio em Cilindros de Oxigênio e de Acetileno 
 
 
 
 
 OXIGÊNIO ACETILENO 
 Causa 
Óleo ou graxa; superaque-
cimento do cilindro; junta de 
vedação inadequada. 
Ex: couro, oxidação interna no 
cilindro. 
Queima de acetileno na 
válvula ou no manômetro. 
Superaquecimento externo. 
 
 Efeito 
Fusão da válvula e regula-dor; 
deslocamento do cilin-dro em 
grande velocidade. 
Liberação de fumaça ne-
gra, superaquecimento do 
cilindro. A decomposição do 
acetileno pode causar ex-
plosão do cilindro. 
 Procedimento 
 
Dependendo da possibili-dade, 
fechar imediatamente a válvula 
do cilindro. 
a) Fechar a válvula do 
cilindro. 
b) Resfriar com muita 
água. 
c) Procurar os bombei-ros. 
d) Em caso de necessi-
dade, evacuar e isolar a 
área. 
 
Concentração de Oxigênio 
 
Pode acontecer vazamento de oxigênio através de instalações inadequadas de mangueiras, 
reguladores e válvulas. 
A execução de tarefas com oxicorte, especialmente em locais confinados ou dentro de tan-
ques, propicia o aumento de oxigênio no ar, por meio do jato de corte. Com o aumento da 
porcentagem de oxigênio no ar ocorre o perigo de combustão. 
O oxigênio conduz à queima qualquer material, mesmo que não seja de fácil combustão. 
 
 17 
Perigos no Manuseio do Cilindro e Desintegração do Acetileno 
 
 
Causas da desintegração Acetileno 
 
 
Retrocesso da chama do maçarico até dentro do cilindro de acetileno. 
 
Aquecimento externo no cilindro de acetileno e no regulador de pressão. 
 
Numa Desintegração de Acetileno a temperatura no cilindro aumenta, o gás libera uma fuligem 
ou (uma fumaça espessa), e um cheiro característico muito forte. 
 
 
 
Comportamento em caso de desintegração do Acetileno 
 
1- Fechar imediatamente o registro do cilindro. 
 
2- Remover o cilindro para local seguro e resfriá-lo com grande quantidade de água fria. 
(É possível remover o cilindro; no entanto, só fazê-lo usando luvas apropriadas. Não tocar 
as partes afetadas com as mãos desprotegidas. Chamar o Corpo de Bombeiros, se for o 
caso). 
 
3- Não reutilizar o cilindro. Resfriá-lo, pelo menos durante 24 horas, e identificá-lo. 
Comunicar ao responsável que fará a comunicação ao fornecedor. 
 
Atenção! 
 
A desintegração do acetileno conduz a um aumento excessivo da temperatura e da pres-
são, consequentemente, há uma ruptura do cilindro de acetileno. 
 
Cuidado! 
 
Através da descarga de um gás combustível, forma-se sempre uma mistura explosiva! 
 
 
 18 
 
Manipulação Correta de Equipamentos para Soldagem e Corte a Gás 
 
 
 
 
 
Transporte por carrinho 
 
Fixação dos cilindros e instalação dos regula-
dores 
 
 
 
 
 
Guarda das mangueiras 
 
 
 
 
 
Abertura do cilindro com o manômetro des-
pressurizado 
 
União de mangueiras 
 
 
 
 19 
 
 
Regulagem de pressão de trabalho 
 
Verificação de vazamento 
 
 
 
Proteção térmica para os cilindros 
 
 
 
Forma de combate à incêndio no regulador 
 
 
 
Proteção das mangueiras em via de acesso 
 
 
 
 20 
Primeiros socorros 
 
Os primeiros socorros não devem substituir os cuidados médicos. É, apenas, um atendi-
mento provisório e imediato, prestado no próprio local do acidente, por pessoas que tenham 
conhecimentos básicos e necessários até a chegada de pessoas especializadas. 
 
 
Medidas Imediatas no Local do Acidente 
 
 
Ferimentos 
 
Cobrir a ferida com atadura esterilizada para mantê-la desinfetada. No caso de sangramen-
to forte, pressionar a atadura contra o ferimento. Imobilizar a parte afetada. Não remover os 
feridos. 
 
 
Olhos 
 
Cegueira momentânea - quando comprovada, utilizar o colírio adequado da caixa dos pri-
meiros socorros. 
Lesões – cobrir ambos os olhos com atadura esterilizada. 
Ataque por ácido – lavar com muita água. Não utilizar água boricada. 
 
 
Queimaduras 
 
Lavar com água fria até diminuir a dor. Utilizar material esterilizado para cobrir a ferida. Não 
utilizar pomadas contra queimaduras. 
 
 
Intoxicação com Gases ou Fumaça 
 
Transferir o acidentado para local arejado. No caso de intoxicação por gases nítricos, carre-
gar o acidentado, não permitindo que caminhe por conta própria, até o médico. 
 
 
Acidente Devido à Corrente Elétrica 
 
Desligar, imediatamente, a fonte de corrente, com precaução, ou, se isto não for possível, 
procurar retirar o acidentado do local onde estiver preso, deslocando-o com material isolan-
te, para que possa ser removido e atendido. 
 
 
 
 21 
 
 
 
 
Oxicorte Manual 
 Tipos de Gás e Classificação 
 
 
 
 
Gás Acetileno 
O Acetileno descoberto por Davis, químico inglês, em 1836, é um gás combustível, incolor 
com cheiro característico a alho, instável e quando liqüefeito é mais leve que a água. 
 
É o mais simples dos hidrocarbonetos, formado somente por dois elementos, carbono e hi-
drogênio, de fórmula química C2H2. 
 
Ao contrário do que se dá com outros gases, o acetileno não pode ser comprimido sob alta 
pressão num recipiente comum, pois, sob certas circunstâncias o gás poderá explodir com 
poucas atmosferas de pressão. 
 
 Obtenção 
O Acetileno é produzido através da reação do carbureto de cálcio com a água em geradores 
próprios. A reação química é do tipo exotérmica, (libera calor). O acetileno assim gerado é 
posteriormente resfriado, purificado, lavado, comprimido e finalmente acondicionado em ci-
lindros apropriados. Sua composição química C 2H 2 é das mais simples dos compostos or-
gânicos não saturados e compõe-se de 7,47% de hidrogênio e 92,24% de carbono. 
 
 Características, propriedades físicas e químicas. 
O Acetileno é um gás combustível, asfixiante, anestésico, incolor, insípido (sem sabor) 
quando 100% puro. Comercialmente é distribuído com impurezas o que lhe dá o cheiro ca-
racterístico de alho, devido principalmente às suas pequenas impurezas da fosfina e de gás 
sulfídrico. Fosfina. 
Designação genérica dos compostos que derivam do hidrogênio fosforado PH3 pela substi-
tuição do hidrogênio por radicais carbonados. 
Gás Sulfídrico. 
Gás obtido pela ação de ácidos não oxidantes sobre sulfetos metálicos. Muito utilizado em 
química analítica qualitativa por ter a capacidade de precipitar sulfetos quando reage com 
soluções aquosas que contêm íons metálicos. Também chamado sulfidreto. 
(©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.) 
 
 
 22 
 Dissolução do Acetileno 
O Acetileno dissolvido na acetona distribui-se uniformemente por todos os poros da 
massa, evitando a formação de bolsões, onde o Acetileno livre em estado gasoso formará 
aglomerados que com o menor impacto poderá decompor-se e ocasionar a explosão do 
cilindro. A massa porosa proporciona condições de se poder comprimir o Acetileno lenta-
mente até a pressão final de enchimento que é de 28,2 kgf/cm
2
, que após o assentamento 
do gás, cairá para 17,6 Kgf/cm
2
 na temperatura ambiente de 21º C. 
 
O Acetileno, quando engarrafado é vendido por quilo (Kg). Um Quilo de Acetileno cor-
responde aproximadamente a 863 litros. 
Um (01) volume de Acetona dissolve 25 volumes de Acetileno, para cada atmosfera 
de pressão. Assim, se a pressão for de 15 ATM, 1 litro de Acetona dissolverá 15x25 = 375 
litros de Acetileno. No cilindro de Acetileno em carga ou recarga, é injetado Acetona na for-
ma líquida e o Acetileno na forma gasosa. 
Acetona, (agente estabilizador) líquido, incolor, volátil, com cheiro agradável, usado como 
solvente em inúmeras indústrias; (Fórm.: CH3COCH3.) possui limite inferior de explosividade 
= 2,15% e limite superior de explosividade = 13,0%, podendo se chegar facilmente ao risco 
de explosão pelo aumento de temperatura ou de pressão interna do cilindro. 
 
 Oxigênio 
 
O oxigênio ( O2 ) é um gás indispensável em qualquer combustão. 
É incolor, não tóxico, inodoro e mais pesado que o ar. Na presençado ar, aumenta a tem-
peratura de combustão e a velocidade de queima de materiais essencialmente combustí-
veis. Por causa disso, deve-se evitar terminantemente a concentração de oxigênio no posto 
de trabalho, nunca utilizando oxigênio em serviços como ventilação, jateamento ou resfria-
mento de peças. O oxigênio torna-se explosivo quando em contato com partes cobertas 
com óleo ou graxa e principalmente em alta pressão. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS GASES 
 
Os gases utilizados para soldagem e corte Oxiacetilênico são classificados como comburen-
te e combustíveis. 
 
Gases Combustíveis 
 
Gases combustíveis são aqueles que, em combinação com o oxigênio ( O2 ), queimam pro-
duzindo calor necessário para soldagem, Brasagem, aquecimento ou corte. 
Acetileno (C2H2) 
 
Propano (C3H8) 
 
Gás natural (Metano 
CH4) 
Gases Combustíveis 
Gás Comburente _________________ Oxigênio 
Gases 
para 
Soldagem e 
corte 
 23 
Características dos Gases Combustíveis em Combinação com o Oxigênio 
 
Os fatores decisivos na escolha de um gás combustível para soldagem são a potência e a 
temperatura da chama que esse gás oferece. 
Utilizando-se acetileno como gás combustível, consegue-se: 
 
 1 - Alta potência da chama; 
 2 - Alta temperatura da chama. 
 
 
Alta Potência da Chama em Kw/cm
2 
 
Alta Temperatura da Chama em ºC 
 
Acetileno Propano Gás Natural 
 
 
Acetileno Propano Gás Natural 
Alta Velocidade de Queima em cm/s 
 
Baixo Ponto de Ignição em ºC 
 
Acetileno Propano Gás Natural Acetileno Propano Gás Natural 
 24 
 
 
 
Oxicorte Manual 
 Cilindros 
 
 
Cilindro de Acetileno 
A carcaça do cilindro é composta por duas chapas repuxadas, ligadas entre si por uma solda, 
chamada de meio corpo. Alem dessa solda, existem duas outras, a do colarinho ou garganta 
na parte superior e a do pé-de-rolamento, na parte inferior. 
Na sua fabricação, a massa é misturada com água até tomar uma consistência pastosa, e é 
introduzida nos cilindros que são sacudidos continuamente e depois mantidos em estufa a 
temperatura próxima a 250ºC. Isso ocasiona uma ligação do cimento, ficando os cilindros no 
final da operação de secagem completamente cheios de massa porosa. 
No topo da massa porosa, logo abaixo da rosca do colarinho, existe uma cavidade cilíndrica 
que permite a colocação de amianto, feltro e telas, constituindo um conjunto cuja função é 
evitar a entrada de chamas para dentro do cilindro e reter as impurezas que porventura exis-
tam dentro dos mesmos. 
Além da massa porosa, o cilindro de acetileno, para poder receber o gás, deve estar cheio de 
acetona, a qual tem a função de dissolver o Acetileno. 
 
Características externas 
Normalmente são equipados com "bujões fusíveis", pequenos "plugs" atarraxados no topo 
e/ou no fundo do cilindro cuja parte central é composta por liga de estanho e cádmio, fundido-
se em temperaturas próximas a 80º C funcionando assim como dispositivo de alívio em situa-
ções anormais de alta temperatura como por exemplo num incêndio, evitando a explosão do 
cilindro. 
Se, porventura, o cilindro de acetileno for submetido a um calor excessivo, haverá a fusão da 
liga estanho-cádmio que permitirá imediatamente a saída de acetileno do interior do cilindro 
evitando assim um aumento interno de pressão com efeitos desastrosos. 
Obs. O referido dispositivo de segurança não é utilizado por todos os fabricantes, que de 
acordo com a ABNT / NBR 11.749 - Especificação de válvulas de cilindros para gases 
comprimidos, descreve que a utilização ou não deste dispositivo de segurança fica a cargo 
do fabricante. A partir daí, cada um segue a legislação dos países de origem (matriz). 
Ex.: 
 White Martins - possui, de acordo com a legislação Americana. 
AGA – Não possui, tendo em vista que cumpri a legislação européia ( DIN / Alemã ). 
 25 
 O cilindro de Acetileno não possui prazo para revalidação de teste hidrostático, tendo em 
vista o seu conteúdo ser preenchido com massa porosa, mas o Anexo A – Tabela 1 da 
NBR 12.274 determina que: cilindros de Oxigênio, Argônio e qualquer outro utilizados em 
plataformas marítimas, a inspeção periódica deve ser feita a cada ano e o "ensaio hidrostá-
tico" no período especificado no anexo A. e, ao mesmo tempo não menciona ensaio hidros-
tático para cilindros de Acetileno e sim, Intervalo máximo entre inspeções periódicas con-
forme o sub-item 4.2.1 do item 4.3 que compreende também as verificações constantes 
como segue: 
 Inspeção visual interna, 
 Avaliação da massa do cilindro (pesagem) 
 Inspeção das roscas do gargalo e colarinho; 
 Ensaio hidrostático 
Cilindro de Oxigênio 
Os cilindros de Oxigênio são confeccionados em Aço carbono em forma de repuxo com es-
pessura da parede de 6,0mm calota e fundo de 12mm. 
Todos os cilindros de oxigênio são fornecidos com uma válvula de bronze, especialmente 
projetada para trabalhar a altas pressões. Estas válvulas são fabricadas com uma rosca pa-
ra fixação no cilindro, extensão para ligação do equipamento regulador de pressão. 
 
Como um aumento de temperatura do oxigênio 
causa um correspondente aumento de pressão no 
cilindro, as válvulas dos cilindros são equipa-das 
com um dispositivo de segurança (figura), a qual se 
abre quando tivermos um aumento anor-mal de 
pressão, permitindo ao oxigênio escapar livremente. 
Por esta razão, os cilindros não devem ser guarda-
dos em lugares quentes. 
Apesar da sua construção robusta, os cilindros de 
oxigênio devem ser manuseados cuidado-samente, 
devendo ser transportados em carrinhos, evitando-
se o uso de guinchos mag-néticos ou talhas com 
corrente, eliminando o pe-rigo de uma queda e a 
respectiva explosão. 
 
Válvula do cilindro de oxigênio 
 
Todos os cilindros devem possuir em seus colarinhos, marcações que devem ser visíveis, de 
modo que permitam o fácil reconhecimento e devem conter: 
 O número de fabricação do cilindro, 
 Identificação do fabricante, 
 A data do teste de fabricação do cilindro (mês e ano), 
 A pressão de trabalho, 
 A tara do cilindro em Kg. 
 26 
Cilindro de Aço para Oxigênio em Forma de Gás 
 
Tipo Volume do Cilindro 
(litro) 
Pressão Interna 
(BAR) 
Quantidade de Oxigênio 
(litro) 
50 50 200 10000 
40 40 150 6000 
10 10 200 2000 
 
 
Vazão máxima 6000 l/h. 
Controle interno Pressão x Volume. 
 
 
IDENTIFICAÇÃO 
 
Cor de identificação: Preto ou Verde. 
 
Conexão do Regulador: Porca sobreposta 
¾” direita. 
 
O oxigênio, sob pressão, não deve ter contato com óleo ou graxa. 
 
 
 
 Armazenamento 
Os cilindros devem ser armazenados longe de quaisquer fontes de calor. A temperatura do 
cilindro não deve ultrapassar 50º C, em virtude do aumento da pressão interna, decorrente do 
acréscimo da energia cinética do sistema acetileno - acetona. 
 
 27 
A separação entre os cilindros de Oxigênio e Acetileno, pode ser obtida mediante o distan-
ciamento mínimo de 6,0 metros ou de barreira não inflamável de 1,5 metro de altura com 
resistência ao fogo de no mínimo 30 minutos. 
 
É necessária a separação entre os cilindros vazios e os cheios. Para efeito de sinalização, 
devem-se marcar os cilindros vazios a giz, com a palavra vazio. 
O armazenamento de cilindros, cheios ou vazios, deve estar afastado de, no mínimo, 4,0 
metro dos cilindros em uso. 
 
 
Os cilindros vazios devem permanecer com as válvulas fechadas, uma vez que contém 
acetona, que poderia ser liberada com o aumento da temperatura, vale lembrar que a ace-
tona (propanona), é inserida no cilindro de forma líquida e por ser volátil, pode-se chegar 
facilmente ao risco de explosão, tanto pelo aumento de temperatura, de pressão ou incli-
nação do cilindro, que propicie pequenos vazamentos. A válvula do cilindro de acetileno 
deve ser obrigatoriamente coberta por uma tampa/capacete. 
 
 
Na falta da tampa de proteção/capacete, um golpe acidental sobre a válvula pode levar à 
quebra da mesma com a conseqüente inundação do ambiente, possibilitando a ocorrênciade explosão ou princípio de incêndio. 
 28 
 
Os cilindros de acetileno devem permanecer sempre na vertical, seja no armazenamento, no 
transporte ou na sua utilização. Se um cilindro de acetileno for inclinado, durante seu uso, a 
acetona poderá influir na qualidade da soldagem, como também na segurança do cilindro, uma 
vez que parte do acetileno passará a estar submetida a pressões superiores a 1 ATM, sem a 
proteção da acetona, que tem o efeito estabilizador. 
 
 
 
A área de armazenamento de acetileno deve ser sinalizada com placas de advertência, proibindo 
fumar, produzir ou alimentar chamas. 
Manter os cilindros em local ventilado, protegido de chuvas e raios solares. O local deve ser seco 
com piso e paredes resistentes ao fogo. 
 
 
 
 
Armazene cilindros cheios separados dos vazios para evitar confusões e acidentes. 
 29 
 
 
 
Oxicorte Manual 
Transporte e Manuseios de Cilindros 
 
 
 
 
Transporte de cilindros 
 
Os cilindros são vasos de pressão bastante resistentes, por isso eles possuem um peso conside-
rável e encerram uma pressão também considerável. 
Para que o cilindro de acetileno seja transportado com segurança e pressões acima de 1 Kg/cm
2
, 
o que torna o acetileno altamente instável e que pode se decompor violentamente em seus ele-
mentos constituintes (hidrogênio e carbono) eles são totalmente preenchidos com massa porosa, 
composta de carvão de lenha, terra infusória (material constituído essencialmente por sílica hidra-
tada), asbesto e um cimento de ligação, Sendo seus poros visíveis a ampliações maiores de 500 
vezes. 
 
Quando um cilindro cai, pode atingir pessoas, causando-lhes sérios ferimentos. Se um cilindro cai 
de tal forma que a válvula quebre, a parte solta pode ser expelida como um projétil, semelhante a 
uma bala de canhão, e pode atingir alguém em sua trajetória. O jato de gás, sob alta pressão, 
atingindo pessoas, pode feri-las gravemente, ainda mais se atingir orifícios do corpo como boca, 
ouvidos, nariz, etc. 
O transporte dos cilindros na superfície deve ser feito com carrinhos apropriados. Ver figura abai-
xo. 
 
 
 
 30 
Ao transportar ou movimentar cilindros, deve-se ter em mente as seguintes precauções de se-
gurança: 
 Estar com as mãos limpas, livres de óleo ou graxa. 
 Proteger os cilindros contra choques não os deixando cair ou sofrer impactos. 
 Transportar os cilindros sempre com o capacete de proteção da válvula. 
 
 
 
 Não utilizar os cilindros como rolete ou suporte de apoio, mesmo que estejam vazios, é 
importante mantê-los sempre na posição vertical. 
 Nos cilindros equipados com capacete atarraxado no colarinho com rosca, tal capacete 
só deve ser retirado na ocasião em que se vai utilizar o gás e nunca antes. 
 Os cilindros equipados com capacete fixo, devem permanecer nesse estado, ou seja, os 
capacetes não devem ser removidos para a utilização do gás. 
 
Obs.: Os capacetes fixos permitem que os cilindros venham a ser içados em casos de ne-
cessidade. 
 
 
 
 31 
 
 
Ao manusear ou usar cilindros, deve-se ter em mente as seguintes precauções de seguran-
ça: 
 Nunca tentar transferir gases de um cilindro para outro, e nem utilizar um determinado tipo 
de gás em cilindros não adequados. Esta prática envolve grandes riscos, e inúmeros aciden-
tes fatais têm ocorrido. As fotos abaixo mostram o estado que ficou o veículo após tentativa 
de se utilizar o gás GNV em um cilindro de GLP. O resultado foi uma grande explosão. 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
 Não provocar aumento de pressão do cilindro por meio de calor ou chama. 
 
 Não deixar, sobre o cilindro, objetos que possam dificultar o rápido fechamento da vál-
vula. 
 Certificar-se de que vai usar o gás correto para cada aplicação consultando e respei-
tando o código de cores estabelecido em normas. 
 
Lembre-se: acetileno = cilindro bordô; oxigênio industrial = cilindro preto. 
 Certificar-se de que no orifício de saída da válvula não haja sujeira. Em caso de dúvida, 
abrir a válvula vagarosamente, só para dar um jato de limpeza, porém, nunca deve-se dirigi-lo 
para si ou para outras pessoas. Se tratar-se de acetileno, deve-se dirigir o jato para áreas 
abertas onde não haja chama ou faísca. 
 
 Colocar o regulador de pressão correto, no caso de uso individual, ou a serpentina (flexível) 
apropriada, no caso de centrais. 
 
 
Central de acetileno 
 
Central de oxigênio 
 
 33 
 Iniciar o atarraxamento da porca de conexão com a mão e, somente usar a chave pa-
ra o aperto final que deve ser o necessário para vedar. Abrir a válvula devagar sem ja-
mais deixar o rosto de frente aos manômetros. 
 Verificar se não há vazamentos, usando se possível, espuma de sabão neutro. 
 
 Quando o cilindro esgotar-se, deve-se fechar a válvula para que seu interior não seja con-
taminado. A seguir, fazer a desconexão e coloca-se o capacete, no caso dos removíveis. 
 Não usar martelo, tenaz ou chave que não seja apropriada para abrir válvulas de cilindros. 
 
 Antes de manusear cilindros de oxigênio, certificar-se de que não há graxa ou óleo nas 
mãos e luvas, tendo em vista que óleo e graxa são materiais combustíveis e em contato com 
oxigênio sob pressão pode provocar explosões. 
 
 Manter as válvulas e conexão do cilindro de oxigênio isenta de graxa, óleo e gorduras. 
Essas substâncias poderão provocar explosões em contato com o oxigênio puro. 
 Nunca usar oxigênio como ar comprimido para: limpar peças, limpar partidas de motores, 
limpar tubulações, testar ferramentas pneumáticas, testar equipamentos de pressão, etc. 
 Nunca utilizar oxigênio para limpar ou refrigerar o próprio corpo. Qualquer mancha de óleo, 
graxa ou gordura que estiver no corpo sofrerá ignição e graves queimaduras será a conse-
qüência. Além disso, o oxigênio ou qualquer outro gás, quando dirigido para o próprio corpo, 
mesmo sob pressão relativamente baixa, poderá lançar partículas sólidas em velocidades 
elevadas. Tais partículas poderão penetrar no corpo como projéteis. 
 34 
 Respeitar as pressões de trabalho de solda e corte escritas em manuais e tabelas dos 
fabricantes. 
 Utilizar reguladores de pressões sempre aferidos e não tentar realizar manutenções. 
Lembre-se: você não é um técnico desta área. 
 Não tentar reparar válvula de cilindros que apresentam vazamentos ou que estejam 
emperradas. Qualquer irregularidade deve ser comunicada ao fornecedor de gás. 
 
 
 Os cilindros com vazamento devem ser afastados da presença de chamas e faíscas e 
levados para um ambiente aberto e ventilado e identificados com etiquetas informando es-
ta ocorrência. As empresas fornecedoras devem ser imediatamente notificadas para as 
posteriores providências. 
 De modo algum, os cilindros de acetileno e oxigênio devem ser armazenados em locais 
onde a temperatura possa elevar-se acima de 80ºC. 
 
 Fogo em cilindro de acetileno 
 
Ao iniciar fogo em cilindro de acetileno, deve tomar as seguintes medidas de segurança: 
 Fechar a válvula do cilindro imediatamente utilizando luva resistente ao fogo – exemplo: 
luvas de asbesto (material incombustível e infusível). 
 
 
 35 
 
 
 
Oxicorte Manual 
Regulador de Pressão e Válvulas de 
Segurança 
 
 
 Regulador de Pressão e Válvulas de Segurança. 
 
 
A função do regulador de pressão é receber uma alta pressão, como, por exemplo, a pres-
são do cilindro ou da rede de alimentação para uma pressão de trabalho já reduzida e cons-
tante. 
 
Válvula do cilindro aberto, parafuso de regulagem não apertado. 
 
 
 
1- Membrana 
2- Mola do parafuso de regulagem 
3- Mola do obturador 
4- Parafuso de regulagem 
5- Sede do obturador 
6- Obturador 
7- Corpo da válvula 
8- Entrada do gás 
9- Saída do gás 
10- Manômetro de alta pressão 
11- Manômetro de baixa pressão 
12- Câmara de alta pressão 
13- Câmara de baixa pressão 
 
 36 
 
OPERAÇÃO INICIAL DO REGULADORDE PRESSÃO 
 
 
Apertando o parafuso de regulagem comprime-se a mola, que por sua vez deforma a mem-
brana. 
 
Manômetro mostrador de 
Alta pressão 
Manômetro mostrador de 
Baixa pressão 
 
 
 
Instalação do Regulador de Pressão: 
 
 Fazer limpeza nas conexões com ar seco; 
 Controlar as juntas de vedação; substituir por uma nova, em caso de avarias; 
 A conexão, tipo estribo, deve estar correta e fortemente enroscada; 
 Fazer teste de estanqueidade (com espuma de sabão). 
 
Desenvolvimento da Operação Inicial: 
 
 Abrir lentamente a válvula do cilindro; 
 Abrir totalmente a válvula do maçarico; 
 Apertar, lentamente, o parafuso de regulagem do regulador liberando, assim a passa-
gem do gás; 
 Observar atentamente a pressão de trabalho. 
 37 
 
FUNCIONAMENTO DO REGULADOR DE PRESSÃO COM SAÍDA DE GÁS INTERROMPIDA 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o regulador de pressão não estiver sendo utilizado, o diafragma deve estar aliviado. 
O que significa que o cone da válvula está fechado. 
 
 
Desenvolvimento de uma Operação Externa do Regulador de Pressão: 
 
 Fechar a válvula do cilindro; 
 Abrir a válvula do maçarico (despressurizar); 
 Soltar o parafuso de regulagem para fechar a válvula do cone, e com isso aliviar o dia-
fragma; 
 Fechar a válvula do maçarico. 
 38 
 
FUNÇÃO DA VÁLVULA DE SEGURANÇA UNIDIRECIONAL 
 
 
A válvula de segurança unidirecional visa impedir: 
 
 a entrada do ar ou oxigênio no condutor do gás combustível; 
 retrocesso da chama na rede de abastecimento ou no cilindro de acetileno; 
 suprimento do gás combustível após o retrocesso da chama. 
 
 
 
 
 
 
NOTA 
 
 Quando houver retrocesso de chama, com a interrupção do suprimento de gás combus-
tível, a válvula terá de ser removida e, após detectar e eliminar a causa do retrocesso, a 
mesma válvula terá de ser acionada, com o auxílio do pino ativador. 
 
 Recomenda-se fazer limpeza da válvula e mangueira com ar comprimido (isento de 
óleo) ou nitrogênio, para eliminar resíduos da combustão, antes de recolocá-la em ope-
ração. 
 39 
 
Instalação da Válvula de Segurança Unidirecional no Regulador de Pressão 
 
 
A figura abaixo, à esquerda, mostra a função exercida pela válvula, sob o fluxo normal do 
gás combustível (setas brancas) e quando ocorre o retrocesso (setas pretas) cortando au-
tomaticamente o suprimento do gás. À direita, um exemplo de uma válvula corretamente 
montada em um regulador de pressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
 
 
 
Instalações de segurança 
 
Local de Montagem 
Válvula Corta-Fluxo Dispositivo de Segurança 
para Cilindros 
No regulador de pressão No regulador de pressão 
No ponto de saída do gás da 
tubulação ou em outro ponto 
qualquer, para saída do gás. 
Na mangueira do gás de equi-
pamentos para soldar ou de 
corte. 
 
 
Tipo de Instalação de Abastecimento de Gás em Tubulação ou em Pontos de Suprimento. 
 
 
Utilização de dispositivo de segurança em instalação com cilindros 
 
A fixação adequada dos cilindros de gás e das mangueiras, com correntes, braçadeiras ou 
outros instrumentos, torna-se indispensável em trabalhos de soldagem e corte. 
 
Na utilização de um maçarico do tipo misturador, a situação exige maiores cuidados. Po-
rém, no caso de um maçarico do tipo injetor, quando se efetuam trabalhos rápidos e onde o 
soldador ou maçariqueiro tenha uma visão ampla da posição dos cilindros, a situação é me-
nos perigosa. 
 
 
 
 
Válvula Corta-Fluxo (comandada por pressão ou temperatura) ou dispositivo para cilindro. 
 
Dispositivos de segurança devem ser obrigatoriamente instalados nos punhos do maçarico 
e nas mangueiras, assim como válvulas secas nos reguladores. 
 41 
 
Dispositivo de Segurança para Mangueira 
 
 
 
 
 
Dispositivo de segurança para o punho do maçarico 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
 
As instalações e dispositivos de segurança devem ser inspecionados anualmente. 
 
 
MANGUEIRAS PARA OXIGÊNIO E ACETILENO, SEGUNDO A NORMA DIN 8541 
 
 
 
 
 
 
Instalação de Mangueiras para Oxigênio e Acetileno, Segundo a Norma DIN 8542. 
 
 42 
As peças utilizadas na ligação de mangueiras, segundo a NORMA DIN 8542, são fabricadas 
de uma liga de cobre-zinco. Segundo a NORMA DIN 17660, a porcentagem de cobre desta 
liga não pode exceder 70%. 
 
 
 
 
 
União de Mangueiras 
 
Para união de mangueiras com diâmetro interno suficiente para ligação com bucha dupla, 
segundo a NORMA DIN 8542, ou para acoplamento, segundo a NORMA DIN 8544. 
 
 
 
 43 
 
 
Oxicorte Manual 
Tipos de Chamas e Corte Térmico 
 
 
 
Chama Oxiacetilênica 
 
 
 
 
 
 
 
Zona de trabalho 
 
Formação de Monóxido de carbono e 
hidrogênio pela reação dos gases. 
 Chama complementar 
 
A combustão prolongada destes 
gases, em contato com o oxi-gênio 
proveniente do ar atmos-férico que 
envolve a chama, con-duz à forma-
ção de dióxido de carbono e vapor 
d’água. 
 
 44 
Corte Térmico 
 
 
Diferenciam-se os processos de corte térmico em: corte por oxicorte e corte por fusão. 
 
Ambos os processos são utilizados para preparação de juntas para solda em chapas, perfis 
e tubos, assim como para o corte de componentes de chapas e tubos. 
 
Oxicorte 
 
É um processo usado para cortar metais ferrosos, baseados nas reações químicas entre o 
ferro fortemente aquecido e o oxigênio puro. A chama de aquecimento é dirigida sobre a 
superfície do metal a ser cortado, elevando a sua temperatura até o vermelho-rubro ou pon-
to de ignição (1100ºC). Neste momento, um jato de oxigênio a alta pressão é dirigido contra 
a superfície aquecida. O ferro é imediatamente oxidado na forma de óxido de ferro magnéti-
co. E como o ponto de fusão do óxido é menor do que o ponto de fusão do ferro, este é 
imediatamente fundido e arrastado pela corrente de oxigênio na presença do ar, o aço fun-
de a 1500ºC. 
 
 
A chama aquece o material até a 
temperatura de ignição. 
 
O jato de oxigênio queima o mate-
rial. 
Em razão do deslocamento do ma-
çarico forma-se o corte do materi-
al. 
A escória líquida e fina é soprada 
do corte pelo jato de oxigênio. 
 
 
 45 
Estágios da combustão de uma chama Oxiacetilênica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO! 
 
Uma parte de acetileno precisa de 2,5 partes de oxigênio para efetuar uma combustão 
completa. 
 46 
 
Proporção da mistura e tipos de chama 
 
 
Excesso de Acetileno Volume igual dos Gases Excesso de Oxigênio 
 
Carburante/redutora Neutra Oxidante 
 
 
 47 
 
M
A
Ç
A
R
IC
O
 D
E
 C
O
R
T
E
 T
IP
O
 I
N
J
E
T
O
R
 
 
 48 
 
 
 
 Referências 
 
 
 
 
 
 
 
CETEC de Solda Orlando Barbosa - SENAI Rio de Janeiro – Série 
Processo Oxiacetilênico. 
 
Coleção Tecnologia – Soldagem - SENAI São Paulo. 
 
FBTS – Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem – Departa-
mento de Cursos – Inspetor de Soldagem. 
 
GTZ – Deutsche Gesellschaft – für 
Technische Zusammenarbeit – GTZ (gmbh)

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