Fazendo paz com minha cicatriz

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Fazendo paz com minha cicatriz
Há quase quatro anos, um dia mudou minha vida drasticamente e em um instante...
Os eventos daquele dia empalidecem em comparação com os desafios de muitos outros, mas abalaram
meu mundo de várias maneiras.
Naquela época, eu estava grávida de 35 semanas de nosso terceiro filho e planejando um parto
domiciliar. Eu tinha feito todos os ultrassons e tudo parecia ótimo. Eu tinha sido meticuloso em minha
dieta e autocuidado e estava me preparando para um parto domiciliar de todas as maneiras possíveis,
incluindo a leitura de mais de 40 livros sobre gravidez e nascimento.
Eu tive um parto natural antes, e na minha mente (arrogante), eu era bom em toda essa coisa de
nascimento. Na minha cabeça, imaginei um sereno nascimento de água com velas acesas e óleos
essenciais no ar. Eu mal olhei para as páginas sobre cesáreos em quaisquer livros de gravidez, porque
essa parte não se aplicava para ser. Eu era uma doula, uma mãe biológica natural, eu não tinha
cesáreos.
https://wellnessmama.com/motherhood/cesarean-birth-story/
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Naquele dia, eu me senti incante, mas atribuí-lo ao ninho normal da gravidez. Tivemos um jantar de
piquenique com amigos e eu notei que eu estava desconfortável sentado no chão, mas com 35 semanas
de gravidez, isso era de se esperar.
Finalmente fomos para casa tarde da noite e eu coloquei meus pequenos na cama. Meu marido e eu
conversamos por um tempo e nos entregamos por volta da meia-noite.
Por volta das 2 da manhã, ouvi uma porta aberta e meu filho estava se levantando para ir ao banheiro.
Ele ainda era recém-treinado, então ele entrou no meu quarto e perguntou se eu poderia ajudá-lo.
Quando fui sentar, senti um jorro quente e imediatamente, “oh não! Minha água quebrou e é muito cedo!”
Pensando que isso era o que estava errado, eu corri para o banheiro e percebi que era sangue, não
líquido amniótico que estava em toda parte. O nosso banheiro parecia uma cena de crime e eu ainda
estava jorrando.
Eu gritei pelo meu marido e chamamos a parteira. - Não há resposta.
Sem ninguém local para ligar, começamos a colocar as crianças no carro e indo para o hospital mais
próximo. Eu não tinha certeza do que estava acontecendo neste momento, mas eu sabia que não era
bom. O sangramento tinha diminuído um pouco, mas eu estava me sentindo leve indo da perda de
sangue. Finalmente entramos em contato com um amigo que concordou em ir ao hospital e pegar as
crianças.
Quando chegamos ao hospital, meu marido me deixou na porta e estacionou para que ele pudesse
trazer as crianças. Eles começaram a fazer testes e chamaram uma tecnologia de ultra som que estava
dormindo.
Ouvi o médico falar com as enfermeiras e as palavras “placenta prévia” foram mencionadas. Eu sabia o
que era isso, mas não tinha lido muito sobre isso porque “essas categorias de alto risco não se
aplicavam a mim”.
O técnico de ultra-som chegou lá e assim que ele colocou a varinha no meu estômago, eu poderia dizer
qual era o problema imediatamente. Havia uma grande placenta de aparência saudável... bem acima do
meu colo do útero.
O meu coração afundou.
Eu sabia o suficiente para saber duas coisas: (a) eu estava tendo esse bebê muito mais cedo do que eu
tinha planejado e (b) não estava vindo vaginalmente.
Você já ouviu falar sobre como fazer Deus rir? Bem, eu disse a ele meus planos, mas não tinha
considerado que as coisas poderiam não ir de acordo com meus planos.
Eu não tinha nada preparado para o bebê chegar. Eu não tinha roupas do sótão. Ninguém estava na
cidade. E eu estava com medo.
Nas horas seguintes, enquanto me preparavam para a inevitável cesariana, minha mente estava
correndo. Minha principal preocupação era que o bebê estava ok (o sangramento tinha diminuído), mas
eu também estava aterrorizado com a cesariana (eu não era uma pessoa que tinha c-seções).
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Ser levado para a sala de cirurgia, pois meu marido tinha que ficar no corredor foi um dos momentos
mais difíceis da minha vida até aquele momento.
Longa história curta, meu marido finalmente chegou quando eles estavam prestes a levar o nosso bebê
para fora. Não sabíamos se ainda tínhamos um menino ou uma menina. Nós também não tínhamos um
nome... nós jogamos fora possíveis nomes e só tínhamos decidido sobre o nome de um menino
quando...
Duas coisas aconteceram simultaneamente. Nosso bebê nasceu, um menino! e o médico disse “Oh,
porcaria” quando ele percebeu que eu ainda estava sangrando internamente.
O bebê não estava respirando de forma ideal e eu ainda estava sangrando. Meu marido saiu com o
bebê enquanto o levavam para ajuda respiratória. Eu tenho que vê-lo por uma fração de segundo antes
de ambos saírem. Uma enorme equipe de médicos e enfermeiras correu e me deram muitos
medicamentos ao mesmo tempo e tudo estava muito nebuloso depois disso.
Os próximos oito dias foram um borrão de uma recuperação dolorosa, passando tempo na UTIN com o
bebê e tomando muitos suplementos de ferro para tentar recuperar meus níveis sanguíneos. Acontece
que eu era alérgico a um dos medicamentos que eu tinha recebido e todo o meu corpo coçava
implacavelmente, mas eu não queria tomar medicação para parar a coceira, pois tornaria mais difícil
para o meu leite entrar.
Eu bombeei como uma mulher louca a cada duas horas por dias até que meu leite entrasse e,
finalmente, depois de cinco dias, consegui segurar meu bebê uma vez que o IV umbilical foi removido.
Vimos tantos bebês pequeninos na UTIN, e alguns estavam lutando com problemas muito maiores do
que o nosso pequeno! Nós dissemos muitas orações para aqueles pequenos durante o nosso tempo na
UTIN...
Felizmente, nosso tempo com o bebê na UTIN foi de apenas 8 dias e minha recuperação, embora lenta,
não foi tão ruim quanto poderia ter sido. Eu sei que muitos tiveram lutas muito maiores com o
nascimento e a recuperação e, especialmente, depois da minha experiência, tenho muito respeito por
elas. Certamente, estou completamente grato por nosso filho estar agora saudável e que eu me
recuperei sem problemas. Embora eu não siga o pensamento de que “tudo o que importa é um bebê
saudável”, certamente é o resultado mais importante!
- A minha cicatriz...
Até esse ponto, eu sempre amei a sensação de estar grávida e eu tinha amado meu corpo de gravidez
(e até mesmo o corpo pós-gravidez). Agora, eu tinha uma cicatriz que era um lembrete permanente de
uma entrega que não foi do meu jeito.
Fiquei surpreso ao descobrir que aquela cicatriz, aquele lembrete de 6 polegadas da minha cesariana,
me incomodou muito mais do que eu esperava. Isso me reduziu às lágrimas em muitas vezes. Mesmo
anos depois, apenas ver aquela cicatriz no espelho poderia colocar um downer no meu dia inteiro.
Essa cicatriz foi um lembrete do meu parto (e felizmente da minha filha agora saudável), mas percebi
que isso me incomodava tanto por outro motivo: era um lembrete de que eu não estou no controle. Um
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lembrete de algo que não foi do meu jeito. Lembrete de uma grande lição de humildade.
Pensei nisso de forma objetiva.
Percebi que sou grata por aquela cesariana que salvou a vida do meu filho e a minha.
Sou grato por essa cesariana que me fez uma doula melhor, dando-me a oportunidade de entender a
experiência de parto de mulheres que têm cesariana (e mais tarde, de mulheres que têm VBACs ou
HBACs).
A razão pela qual a cesariana e que me incomodaram é que ela serviu como um lembrete constante dos
muitos aspectos da vida que eu não posso controlar, e ainda mais, me lembrou da minha arrogância e
quão difícil foi para mim aprender.
Ouch.
Apenas ser grato...
Eu sempre me considerei uma pessoa otimista. Eu tenho sido capaz de ser grato e feliz pela maioria das
coisas na minha vida. Mas, eu também não tive muitas experiências que realmente testaram esse
otimismo.
Demorou muito, mas posso finalmente dizer que sou grato por essa cicatriz e pelas lições que
representa.
Ironicamente, uma vez que eu finalmente fiz as pazes com a cicatriz (e levou anos), começou a
desaparecer e agora é pouco visível. É engraçado como a vida funcionaàs vezes: coisas que nos
concentramos e ficamos obcecados com isso parecem um grande negócio a ser superado, são pouco
visíveis quando aprendemos a deixar ir.
Eu também percebi que, como mulheres, muitas vezes parecemos nos concentrar em uma parte de
nossa aparência que realmente não gostamos e deixar nossa atitude e autoestima serem dependentes
dessa única coisa quando é quase imperceptível para qualquer outra pessoa.
Para mim, deixar de lado a dor daquela cicatriz e deixar de lado ser um lembrete de que eu não estava
no controle, aprendi a ser realmente o CANALTO não só para a cicatriz, mas para um lembrete de que
eu não estava no controle. Não foi um turno instantâneo, e levou alguma oração e tempo, mas agora
posso dizer honestamente que estou feliz por meu lembrete para deixar ir ...
Uma seção C de Gentler
Se eu tiver outra cesariana, vou tentar trabalhar com meu médico para ter uma cesariana suave, e eu
vou saber fazer essas coisas para acelerar a recuperação.
Você tem cicatrizes que são um lembrete doloroso (ou um feliz!) de algo em seu passado?
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https://wellnessmama.com/motherhood/gentle-cesarean/
https://wellnessmama.com/motherhood/cesarean-recovery/
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