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LEI DO PREGAO ELETRONICO COMENTADA

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Livro Eletrônico
Aula 00
UFPB (Administrador) Compras na Administração Pública (item 17) - 2022 (Pós-Edital)
Professor: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida
Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida
Aula 00
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Abertura de curso 3
..............................................................................................................................................................................................2) Decreto 10.024/2020 (Pregão Eletrônico) 5
..............................................................................................................................................................................................3) Questões comentadas - Decreto 10.024/2020 (Pregão Eletrônico) - FCC 50
..............................................................................................................................................................................................4) Questões comentadas - Decreto 10.024/2020 (Pregão Eletrônico) - Cebraspe 60
..............................................................................................................................................................................................5) Lista de Questões - Decreto 10.024/2020 (Pregão Eletrônico) - FCC 70
..............................................................................................................................................................................................6) Lista de Questões - Decreto 10.024/2020 (Pregão Eletrônico) - Cebraspe 76
UFPB (Administrador) Compras na Administração Pública (item 17) - 2022 (Pós-Edital)
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APRESENTAÇÃO DO CURSO 
Olá concurseiros e concurseiras. 
É com muita satisfação que estamos lançando este livro digital de Direito Administrativo. 
Antes de mais nada, gostaria de me apresentar. Meu nome é Herbert Almeida, sou ex-Auditor de Controle 
Externo do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo aprovado em 1º lugar no concurso para o cargo. 
Além disso, obtive o 1º lugar no concurso de Analista Administrativo do TRT/23º Região/2011. 
Meu primeiro contato com a Administração Pública ocorreu através das Forças Armadas. Durante sete anos, 
fui militar do Exército Brasileiro, exercendo atividades de administração como Gestor Financeiro, Pregoeiro, 
responsável pela Conformidade de Registros de Gestão e Chefe de Seção. Sou professor de Direito 
Administrativo, Administração Financeira e Orçamentária e Controle Externo aqui no Estratégia Concursos 
e mentor para concursos. 
Além disso, tenho quatro paixões na minha vida! Primeiramente, sou apaixonado pelo que eu faço. Amo dar 
aulas aqui no Estratégia Concursos e espero que essa paixão possa contribuir na sua busca pela aprovação. 
Minhas outras três paixões são a minha esposa, Aline, e meus filhotes, Pietro e Gael (que de tão especial foi 
presenteado com um cromossomosinho a mais). 
Agora, vamos falar do nosso curso! O curso é composto por teoria, exercícios e videoaulas. Além disso, 
abordaremos a teoria completa, mas de forma objetiva, motivo pelo qual você não precisará complementar 
os estudos por outras fontes. As nossas aulas terão o conteúdo suficiente para você fazer a prova, 
abrangendo a teoria, jurisprudência e questões. 
Observo ainda que o nosso curso contará com o apoio da Prof. Leticia Cabral, que nos auxiliará com as 
respostas no fórum de dúvidas. A Prof. Leticia é advogada e especialista em Direito Público. Com isso, 
daremos uma atenção mais completa e pontual ao nosso fórum. 
Vamos fazer uma observação importante! Ao longo da aula, vamos utilizar questões de várias bancas de 
concurso, porém com assertivas adaptadas para verdadeiro ou falso. O motivo dessa adaptação é permitir a 
contextualização do conteúdo do capítulo recém estudado com o tema da questão. Já ao final da aula, 
teremos uma super bateria de questões devidamente comentadas para você resolver. 
Por fim, se você quiser receber dicas diárias de preparação para concursos em alto nível e também sobre 
Direito Administrativo e Administração Financeira e Orçamentária, siga-me nas redes sociais (não esqueça 
de habilitar as notificações no Instagram e Youtube, assim você será informado sempre que eu postar uma 
novidade por lá): 
 
@profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida
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==0==
 
/profherbertalmeida e /controleexterno 
Se preferir, basta escanear as figuras abaixo: 
 
Sem mais delongas, espero que gostem do material e vamos ao nosso curso. 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 
9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os 
cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia 
Concursos ;-) 
 
 
Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida
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O pregão é a modalidade de licitação que foi criada para agilizar as contratações públicas. Inicialmente, o 
procedimento do pregão foi instituído na forma presencial, mas a própria Lei do Pregão trouxe a 
possibilidade de se realizar a licitação por “meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, 
nos termos de regulamentação específica" (art. 2º, § 1º). 
Na época da tramitação da Lei 10.520/2002, a internet ainda era algo caro e não tão popular. Porém, nos 
anos subsequentes, houve uma popularização da internet, viabilizando a utilização em massa desse 
instrumento para realizar as contratações públicas. As vantagens do pregão eletrônico são nítidas em 
comparação ao pregão presencial, especialmente por viabilizar a transparência, a impessoalidade e a 
competitividade do certame. 
Em 2005, foi editado o Decreto 5.450/2005, instituindo definitivamente o pregão eletrônico. No entanto, 
vários anos depois, observou-se a necessidade de uma regulamentação ainda mais moderna. Por esse 
motivo, mais recentemente, foi elaborado o Decreto 10.024/2019, constituindo a nova regulamentação do 
pregão, na forma eletrônica. Adicionalmente, o Decreto 10.024/2019 também instituiu a dispensa 
eletrônica, conforme veremos adiante. 
Em resumo, o Decreto 10.024/2019 regulamenta, em âmbito federal, a realização: 
a) do pregão, na forma eletrônica, para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns, incluídos 
os serviços comuns de engenharia; 
b) da dispensa eletrônica. 
--- 
Só uma observação: não vamos ficar citando todos os artigos do Decreto 10.024/2019, pois este não é o 
propósito de uma aula. Por isso, sempre sugerimos a leitura complementar do Decreto 10.024/2019, na 
versão disponível no site do Planalto (o caminho mais fácil é procurar pelo “decreto 10024” no Google, e 
abrir a versão do site do Planalto). 
Para começar, o Decreto 10.024/2019 determina que a utilização da modalidade de pregão, na forma 
eletrônica, pelos órgãos da administração pública federal direta, pelas autarquias, pelas fundações e 
pelos fundos especiais1 é obrigatória. 
 
1 É usual a legislação de licitação determinar a sua aplicação aos “fundos especiais”. Essa expressão é bastante imprecisa, 
já que o fundo especial é “um recurso” criado para determinada finalidade. Por exemplo: se a gente passar por alguma 
crise de saúde, poderá ser criado um fundo específico para agilizar os repasses de recursos entre os entes da Federação. 
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Daqui, já podemos extrair duas informações. Primeiro que o Decreto 10.024/2019 vale, em âmbito federal, 
para: (i) administração direta; (ii) autarquias; (iii) fundações públicas; (iv) fundos especiais. 
Ademais, nessas entidades, a realização do pregão, na forma eletrônica, é obrigatória, para a aquisição de 
bens ou de serviços comuns. 
No antigo Decreto 5.450/2005, a adoção do pregão era obrigatória. Porém, o Decreto não obrigava a 
realização na sua forma eletrônica. Apenas existia uma “preferência” de utilização da forma eletrônica. Em 
resumo, no antigo regulamento, a administração federal deveria utilizar o pregão, mas não existia uma 
obrigatoriedade do formato eletrônico. 
O Decreto 10.024/2019 vai além, pois torna obrigatória a utilização do pregão, em sua forma eletrônica. 
No mesmo contexto, também é obrigatória a utilização do procedimento de dispensa eletrônica, a partir 
de sua regulamentação, conforme vamos esclarecer ainda nesta aula. 
Será, no entanto, admitida, excepcionalmente, mediante prévia justificativa da autoridade competente, 
a utilização da forma de pregão presencial nas licitações ou ainda a não adoção do sistema de dispensa 
eletrônica, desde que fique comprovada a inviabilidade técnica ou a desvantagem para a administração 
na realização da forma eletrônica (art. 1º, § 4º). É difícil de imaginar um caso em que o pregão eletrônico 
ou a dispensa eletrônica sejam inviáveis ou desvantajosos, considerando que a internet vem se tornando 
tão democrática nos tempos mais modernos. Não obstante a dificuldade de imaginar um caso assim, existe 
a previsão de que, atendendo aos requisitos descritos anteriormente, seja utilizado o pregão presencial ou 
a dispensa “convencional”. 
 
Ok, mas e nas empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias? Pois bem, a Lei 
13.303/2016 (Estatuto das Empresas Estatais) mencionou que, nas licitações realizadas pelas empresas 
estatais, quando se tratar de aquisição de bens ou serviços comuns, será adotada preferencialmente a 
modalidade de licitação denominada pregão, nos termos da Lei 10.520/2002. 
 
Nesse caso, não é o “fundo” que faz a licitação, mas os órgãos e entidades responsáveis pela gestão do fundo. Porém, as 
questões de prova não vão cobrar o conceito de fundo, mas apenas o texto literal do Decreto. Assim, para fins de prova, 
apenas entenda que o procedimento definido no Decreto 10.024/2019 aplica-se aos “fundos especiais”. 
Contratação de bens e 
serviços comuns
Obrigatório
Pregão eletrônico
Dispensa eletrônica
Exceto
Inviabilidade técnica ou 
desvantagem
Justificativa da autoridade 
competente
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Portanto, expressamente, aplica-se a Lei 10.520/2002 nas licitações das empresas estatais, sendo que o 
pregão é a modalidade preferencial quando se tratar de bens ou serviços comuns. 
Por esse motivo, as disposições do Decreto 10.024/2019 poderão ser adotadas pelas empresas estatais, no 
que couber, nos termos do regulamento interno sobre licitações e contratos elaborada por cada entidade.2 
 
Na Lei 13.303/2016, os limites para dispensa de licitação por baixo valor são diferentes 
daqueles definidos na Lei 8.666/1993. Neste último caso, os valores para dispensa por 
baixo valor são de R$ 33 mil e R$ 17,6 mil, para obras e serviços de engenharia e compras 
e demais serviços, respectivamente, conforme atualização realizada pelo Decreto 
9.412/2018. 
Por outro lado, para as empresas estatais, os valores são de R$ 100 mil e R$ 50 mil, para 
obras e serviços de engenharia e compras e demais serviços, respectivamente. Esses 
valores ainda podem ser alterados por deliberação do conselho de administração de 
cada empresa estatal. 
Mas por que estamos falando desses valores? Estamos falando deles porque as 
empresas estatais também podem aderir ao procedimento de dispensa eletrônica de 
licitação, respeitando os valores aplicáveis à própria empresa estatal. 
 
Agora, para finalizar o âmbito de aplicação da nova regulamentação sobre o pregão, temos que analisar os 
casos de licitações realizadas pelos entes federativos com recursos da União, decorrentes de transferências 
voluntárias. É muito comum que a União transfira recursos para os estados, DF e municípios. Se a 
transferência é compulsória, como ocorre com os recursos dos fundos de participação dos estados ou dos 
municípios, o recurso pertencerá ao ente que está recebendo a transferência. Nesse caso, a União não 
poderá interferir na forma de utilização dos recursos. 
Contudo, quando a transferência é voluntária, a exemplo do que ocorre nos convênios e contratos de 
repasse, o recurso continuará sendo da União, ainda que a aplicação seja realizada por um estado, pelo 
Distrito Federal ou pelos municípios. 
Nessas situações, para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns pelos entes federativos, 
com a utilização de recursos da União, decorrentes de transferências voluntárias, como nos convênios e 
contratos de repasse, a utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, ou da dispensa eletrônica 
será obrigatória. 
 
2 O art. 40 da Lei das Estatais prevê que as empresas públicas e sociedades de economia mista devem elaborar os seus 
próprios regulamentos internos de licitação, observando o disposto na Lei 13.303/2016. 
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Portanto, os estados, DF e municípios também serão obrigados a utilizar o pregão eletrônico e a dispensa 
eletrônico, quando estiverem realizando as aquisições com recursos da União, transferidos 
voluntariamente. 
Porém, essa exigência não será aplicável nos casos em que a lei ou a regulamentação específica que 
dispuser sobre a modalidade de transferência discipline de forma diversa sobre as contratações com os 
recursos do repasse. Por exemplo: se for criado um fundo de recursos da União para aplicar em uma 
finalidade específica por estados e municípios e a lei do respectivo fundo dispensar o procedimento 
eletrônico, então este não será adotado por previsão na lei específica sobre a modalidade de transferência. 
Vamos esquematizar tudo o que vimos até aqui sobre o âmbito de aplicação? 
 
O pregão, na forma eletrônica, é condicionado aos princípios da: 
a) legalidade 
b) impessoalidade, 
c) moralidade, 
d) igualdade, 
e) publicidade, 
f) eficiência, 
Aplicação do pregão 
eletrônico e da 
dispensa eletrônica
Administração 
federal
direta
autárquica
fundacional
fundos especiais
EP e SEM 
federais
Podem utilizar (nos termos do 
regulamento específico)
Inclusive a dispensa eletrônica
Demais entes, com 
transferência 
voluntárias da União
Regra: utilização dos 
procedimentos eletrônicos
Exceto: previsão específica 
em lei ou regulamento
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g) probidade administrativa, 
h) desenvolvimento sustentável, 
i) vinculação ao instrumento convocatório, 
j) julgamento objetivo, 
k) razoabilidade, 
l) competitividade, 
m) proporcionalidade 
n) aos que lhes são correlatos. 
Podemos notar a presença de todos os princípios previstos na Lei 8.666/1993 juntamente com outros já 
consagrados pela doutrina. Não vamos detalhar o sentido de cada um desses princípios, até porque as 
questões de prova, nesse caso, normalmente seguirão mais a “decoreba”. Não obstante, quando 
estudamos a Lei de Licitações, costumamos explicar em maiores detalhes os mencionados princípios, já 
que, nesse caso, podemos ter alguma cobrançamais doutrinária. 
 
Na Lei de Licitações, nós costumamos adotar o mnemônico: Limpi Pro Julgamento 
Vinculado, referindo-se aos princípios da: legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade, igualdade, probidade administrativa, julgamento objetivo e vinculação ao 
instrumento convocatório. 
Adicionalmente, o Decreto 10.024/2019 prevê os seguintes princípios: eficiência, 
desenvolvimento sustentável, razoabilidade, competitividade e proporcionalidade. 
O desenvolvimento (nacional) sustentável é visto na Lei de Licitações como uma 
finalidade do processo licitatório (e não como um princípio). 
Ademais, a eficiência, a razoabilidade, a competitividade e a proporcionalidade, ainda 
que não constem expressamente na Lei de Licitações, já eram aplicados de forma 
implícita aos processos licitatórios como um todo. 
 
O princípio do desenvolvimento sustentável não se resume aos aspectos ambientais. Com efeito, ele será 
observado nas etapas do processo de contratação, em suas dimensões econômica, social, ambiental e 
cultural, no mínimo, com base nos planos de gestão de logística sustentável dos órgãos e das entidades 
(art. 2º, § 1º). 
Ademais, dando ainda mais ênfase ao caráter competitivo do pregão, o Regulamento determina que as 
normas disciplinadoras da licitação serão interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os 
interessados, resguardados o interesse da administração, o princípio da isonomia, a finalidade e a 
segurança da contratação (art. 2º, § 2º). 
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Ainda sobre os princípios, especialmente quanto ao princípio da publicidade e da vinculação ao instrumento 
convocatório, o Regulamento dispõe que os participantes de licitação na modalidade de pregão, na forma 
eletrônica, têm direito público subjetivo à fiel observância do procedimento estabelecido no Decreto 
10.024/2019 e qualquer interessado poderá acompanhar o seu desenvolvimento em tempo real, por 
meio da internet (art. 54). Você, por exemplo, poderá acompanhar um pregão “ao vivo” pela internet, no 
Portal de Compras do Governo federal. 
Além disso, as propostas que contenham a descrição do objeto, o valor e os documentos complementares 
estarão disponíveis na internet, após a homologação (art. 57). 
Já vimos que, pelo Decreto 10.024/2019, o pregão, na forma eletrônica, passa a ser obrigatório para a 
aquisição de bens e serviços comuns. Mas o que são os bens e serviços comuns? 
O próprio Decreto esclarece isso, dispondo que os bens e serviços comuns são os “bens cujos padrões de 
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações 
reconhecidas e usuais do mercado”. 
A redação do Decreto não foi das melhores, já que eles poderiam dizer que os “bens e serviços comuns” 
são os “bens e serviços”. Professor, não estou entendendo essa “repetição”. O motivo é que eu quero 
evidenciar que o conceito omitiu o termo “serviços”. Vamos citar novamente o conceito, exatamente como 
consta no Decreto: 
Art. 3º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: [...] II - bens e serviços comuns - bens 
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por 
meio de especificações reconhecidas e usuais do mercado; 
Portanto, no conceito, faltou colocar também os “serviços”. Na prática, isso não faz qualquer diferença, 
mas estou esclarecendo isso para eventuais questões literais. Se a questão disser que “bem e serviço 
comum” é um “bem que [...]”, você saberá que o conceito poderá estar certo, a despeito da omissão do 
termo “serviço”. 
Voltando ao conceito, os bens e serviços comuns podem ser descritos de forma objetiva, adotando padrões 
que são usuais no mercado. Por exemplo: você pode adquirir uma caneta, descrevendo que ela será 
“esferográfica”, na “cor azul”, com “ponta de ‘x’ milímetros”, etc. Isso é usual no mercado. Um carro pode 
ser descrito como um veículo, com ar condicionado, direção hidráulica, motor de 1.0, etc. Esses são alguns 
exemplos. 
Note que o pregão também pode ser utilizado com os serviços comuns. Por serviço, entende-se a 
“atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada utilidade, intelectual ou material, 
de interesse da administração pública” (art. 3º, VII). Um exemplo de serviço seria a pintura de uma parede. 
Trata-se, nesse caso, de uma “utilidade” material, que é a realização do serviço de pintura. 
Mas calma aí, nem todo serviço pode ser licitado pelo pregão. Um serviço de natureza predominantemente 
intelectual e que não possa ser definido objetivamente, acabará sendo considerado um serviço especial e, 
portanto, não poderá ser objeto de licitação mediante pregão. 
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Uma dúvida frequente seria sobre a utilização do pregão para os chamados “serviços de engenharia”. 
Durante algum tempo, não se admitia o pregão para os serviços de engenharia. Mas o TCU firmou 
jurisprudência, a partir da edição da Súmula 247, entendendo que o uso do pregão nas contratações de 
serviços comuns de engenharia encontra amparo na Lei nº 10.520/2002. 
O Decreto 10.024/2019 evidência esse entendimento dispondo que o pregão, na forma eletrônica, aplica-
se aos chamados serviços comuns de engenharia.3 
Por outro lado, se a licitação for para um serviço de engenharia que não seja comum, ou seja, se for um 
serviço de engenharia “especial”, então não caberá a adoção do pregão. Porém, o “x” aqui não é o fato de 
se tratar de um serviço de engenharia, mas sim o fato de ser comum (cabe pregão) ou de ser especial (não 
cabe pregão). 
 
Até aqui, talvez você não tenha visto nada de novo. Porém, tem uma “novidade” no Decreto 10.024/2019, 
que é o conceito de bens e serviços especiais. Ora, os bens e serviços especiais são aqueles que não são 
comuns, ou seja, são aqueles que não podem ser descrito de forma objetiva no instrumento convocatório. 
Nesse contexto, o Regulamento define como “bens e serviços especiais” os “bens que, por sua alta 
heterogeneidade ou complexidade técnica, não podem ser considerados bens e serviços comuns”. 
Um exemplo seria a elaboração de um projeto arquitetônico complexo e específico. Esse tipo de projeto 
não pode ser descrito objetivamente, até porque a própria elaboração e descrição do projeto será objeto 
de elaboração pelo profissional a ser contratado. 
Assim, os bens e serviços especiais são aqueles que não podem ser licitados por meio do pregão. 
 
3 O conceito de serviço comum de engenharia consta no Decreto 10.024/2019 nos seguintes termos (art. 3º): VIII - serviço 
comum de engenharia - atividade ou conjunto de atividades que necessitam da participação e do acompanhamento de 
profissional engenheiro habilitado, nos termos do disposto na Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e cujos padrões 
de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pela administração pública, mediante especificações 
usuais de mercado; 
Serviço de engenharia
Comum Adota-se o pregão
Especial Não se adota o pregão
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Porém, nem tudo são flores neste mundo! De acordo com o Decreto 10.024/2019, os bens e serviços que 
envolverem o desenvolvimento de soluções específicas de natureza intelectual, científica e técnica, caso 
possam ser definidos objetivamente, serão licitados por pregão, na forma eletrônica (art. 3º, § 2º). 
É nesse momento que o Tico e o Teco começam a cair na porrada, mas vamos com calma, meus amigos. 
Veja bem: não se está dizendo que um serviço especial poderá ser licitado por meio do pregão. Isso nunca 
será possível. O quese está dizendo é que é possível considerar um bem ou serviço de natureza intelectual, 
científica ou técnica como comum, desde que possa ser descrito objetivamente. Isso novamente está em 
consonância com entendimentos que o TCU já adotava antes da nova regulamentação do pregão. 
Um objeto pode até ser “complexo”, mas poderá ser licitado por meio do pregão. Isso porque a 
“complexidade” não é antagônica ao “comum”. O antagonismo ocorre entre o “comum” e o “especial”. 
Mas um bem ou serviço pode ser complexo e ao mesmo tempo comum. 
Por exemplo: é possível licitar um grande servidor de informática, altamente moderno, com características 
técnicas complexas, mas que pode ser descrito objetivamente. Isso porque a maioria dos bens e serviços 
de informática, por exemplo, submetem-se a protocolos padronizados, permitindo a sua descrição objetiva, 
ainda que o objeto a ser licitado seja de elevado valor (afinal o pregão não tem limite de preço) e de alta 
complexidade. 
A propósito, o Regulamento explica que a classificação de bens e serviços como comuns depende de 
exame predominantemente fático e de natureza técnica (art. 3º, § 1º). Isso quer dizer que não basta olhar 
para o objeto e dizer que ele é comum ou especial. Peraí, não é assim que funciona! A administração tem 
que analisar tecnicamente e verificar a viabilidade de descrevê-lo objetivamente ou não. 
Bom, agora que você chegou até aqui, você já sabe o essencial: o pregão, na forma eletrônica, será adotado 
sempre que o objeto for comum e, por outro lado, não será adotado quando o objeto for especial. Mas 
o Decreto 10.024/2019 cuidou de definir os casos em que o pregão, na forma eletrônica, não se aplica, 
quais sejam: 
a) contratações de obras; 
b) locações imobiliárias e alienações; e 
c) bens e serviços especiais, incluídos os serviços de engenharia enquadrados como especiais. 
Bens e serviços comuns
Podem ser descritos objetivamente
Adota-se o pregão
Bens e serviços especiais
Não podem ser descritos objetivamente
Não se adota o pregão
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Nessa linha, a obra, segundo o regulamento, é a “construção, reforma, fabricação, recuperação ou 
ampliação de bem imóvel, realizada por execução direta ou indireta” (art. 3º, VI). 
 
Na Lei de Licitações, é muito comum se falar no “projeto básico”. Este é o documento que serve para 
descrever, no âmbito da Lei 8.666/1993, os serviços e obras que serão contratados pelo poder público. 
Logo, o documento que descreve o objeto da contratação de uma obra ou serviço, na nossa Lei de 
Licitações, se chama “projeto básico”. 
Porém, no pregão, também temos que descrever o objeto que será licitado. Logo, ao invés de “projeto 
básico” adota-se o nome “termo de referência”. 
Por exemplo, imagine que um setor de um órgão público necessita adquirir vinte novos computadores para 
os seus futuros servidores que serão aprovados no concurso que está sendo realizado. Nesse caso, o órgão 
terá que especificar qual o tipo de computador (memória, HD, acessórios, monitor etc.) para que o objeto 
licitado de fato atenda às suas necessidades. Essa especificação é realizada por meio do termo de 
referência. 
Entretanto, o termo de referência não serve apenas para definir o objeto, pois também vamos encontrar 
outras informações, tais como o cronograma físico-financeiro, os documentos para fins de qualificação 
técnica, os prazos de execução, as sanções, entre outros elementos. 
Assim, o Decreto 10.024/2019 define termo de referência como o documento elaborado com base nos 
estudos técnicos preliminares, que deverá conter: 
a) os elementos que embasam a avaliação do custo pela administração pública, a partir dos padrões de 
desempenho e qualidade estabelecidos e das condições de entrega do objeto, com as seguintes 
informações: 
Não cabe pregão 
eletrônico para
Obras
Locações imobiliárias
Alienações
Bens e serviços especiais
Serviços especiais de engenharia
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i) a definição do objeto contratual e dos métodos para a sua execução, vedadas especificações 
excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, que limitem ou frustrem a competição ou a realização 
do certame; 
ii) o valor estimado do objeto da licitação demonstrado em planilhas, de acordo com o preço de 
mercado; e 
b) o cronograma físico-financeiro, se necessário; 
c) o critério de aceitação do objeto; 
d) os deveres do contratado e do contratante; 
e) a relação dos documentos essenciais à verificação da qualificação técnica e econômico-financeira, se 
necessária; 
f) os procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato ou da ata de registro de preços; 
g) o prazo para execução do contrato; e 
h) as sanções previstas de forma objetiva, suficiente e clara. 
 
Termo de 
referência
Elementos para avaliação 
de custo
Definição do objeto
Valor estimado
Cronograma físico-
financeiro (sfc)Critério de aceitação do objeto
Deveres das partes
Documentos
Qualificação técnica
Qualificação econômico-
financeira
Prazo de execução
Procedimentos de fiscalização e de gerenciamento
Sanções
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Como o Decreto 10.024/2019 regulamenta justamente o pregão, na forma eletrônica, fica nítido que a sua 
forma de realização será por meio da internet, acontecendo à distância e em sessão pública, por meio do 
Sistema de Compras do Governo Federal.4 
Sobre a forma de realização, temos duas informações importantes: 
(i). o sistema será dotado de recursos de criptografia e de autenticação que garantam as condições de 
segurança nas etapas do certame; 
(ii). quando o pregão for realizado por órgãos ou entidades que não pertençam ao governo federal, mas 
que estejam utilizando recursos públicos federais (transferência voluntárias), poderão ser utilizados 
sistemas próprios ou outros sistemas disponíveis no mercado, desde que estejam integrados à 
plataforma de operacionalização das modalidades de transferências voluntárias. 
Quanto às etapas do pregão, na forma eletrônica, o Decreto 10.024/2019 não trouxe inovações. Nesse 
caso, o procedimento licitatório seguirá as seguintes etapas sucessivas: 
a) planejamento da contratação; 
b) publicação do aviso de edital; 
c) apresentação de propostas e de documentos de habilitação; 
d) abertura da sessão pública e envio de lances, ou fase competitiva; 
e) julgamento; 
f) habilitação; 
g) recursal; 
h) adjudicação; e 
i) homologação. 
Pode parecer um pouco estranho a apresentação das propostas e dos documentos de habilitação 
simultaneamente. Contudo, essa não é a realização das fases de julgamento e de habilitação, mas apenas 
a apresentação dos documentos. Após isso, ocorrerá a fase de julgamento e, somente após a escolha do 
vencedor, é que os documentos serão apreciados na fase de habilitação. Portanto, o pregão na forma 
eletrônica segue o rito tradicional do pregão: julgamento e depois habilitação, nesta ordem. 
Lembrando que o planejamento refere-se à fase preparatória, definida no art. 3º da Lei 10.520/2002. Por 
outro lado, a partir da publicação do aviso, inicia-se a fase externa, na forma do art. 4º da Lei do Pregão. 
 
4 O endereço eletrônico do Sistema é o: www.comprasgovernamentais.gov.br 
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Os critérios de julgamento, também conhecidos como tipos de licitação, tratam dos critérios empregados 
na seleção da proposta mais vantajosa para a administração (art. 7º). 
Quandoestudamos apenas a Lei do Pregão, costumamos dizer que o único critério de julgamento possível 
é o de menor preço. Todavia, o Regulamento trouxe a previsão de outro critério de julgamento: o maior 
desconto. 
Talvez você esteja se questionando se isso não estaria violando a previsão da Lei 10.520/2002. Na verdade, 
não há uma violação, já que o maior desconto não deixa de ser uma forma de alcançar o menor preço. 
A diferença é que, no menor preço, o valor é descrito de forma nominal pelos licitantes (exemplo: A -> R$ 
10,00; B -> R$ 9,90; C -> R$ 9,80. 
Por outro lado, no maior desconto será adotado um valor de referência e sobre esse valor os licitantes irão 
cotar descontos. Exemplo: a aquisição de um medicamento poderá adotar como padrão as tabelas 
referenciais de preços de medicamentos. O licitante que ofertar o maior desconto sobre a tabela será o 
vencedor. Na prática, o vencedor será quem ofertar o menor preço, mas a partir de um desconto sobre um 
preço de referência. 
No pregão, serão fixados critérios objetivos para definição do melhor preço, considerados os prazos para 
a execução do contrato e do fornecimento, as especificações técnicas, os parâmetros mínimos de 
desempenho e de qualidade, as diretrizes do plano de gestão de logística sustentável e as demais condições 
estabelecidas no edital. 
Planejamento
Publicação do aviso do 
edital
Apresentação das propostas 
e dos documentos de 
habilitação
Fase competitiva (lances)JulgamentoHabilitação
Recursal Adjudicação Homologação
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O art. 8º do Decreto 10.024/2019 menciona uma série de documentos que devem ser juntados ao processo 
do pregão, na forma eletrônica. Recomendo a leitura literal desse artigo, para eventuais questões sobre a 
norma “seca”. 
Porém, boa parte desses documentos são intuitivos, como o estudo técnico preliminar, o termo de 
referência, as planilhas de estimativa de despesa, a previsão dos recursos orçamentários (exceto para o 
registro de preços), edital e seus anexos, minuta do contrato, parecer jurídico, documentação e propostas 
dos licitantes, atas, comprovantes das publicações, ato de homologação, etc. 
A instrução do processo licitatório poderá ser realizada por meio de sistema eletrônico, de modo que os 
atos e os documentos exigidos, constantes dos arquivos e registros digitais, serão válidos para todos os 
efeitos legais, inclusive para comprovação e prestação de contas. Logo, não precisa ficar juntando toda 
aquela papelada física quando já existe a documentação no sistema eletrônico. 
Por fim, a ata da sessão pública será disponibilizada na internet imediatamente após o seu encerramento, 
para acesso livre (art. 8º, § 2º). 
O pregão, na forma eletrônica, será conduzido pelo órgão ou pela entidade promotora da licitação, com 
apoio técnico e operacional do órgão central do Sistema de Serviços Gerais - Sisg, que atuará como 
provedor do Sistema de Compras do Governo federal para os órgãos e entidades integrantes do Sisg (art. 
12). 
 
O Sisg é o sistema da administração federal encarregado das atividades de 
administração de edifícios públicos e imóveis residenciais, material, transporte, 
comunicações administrativas e documentação. 
Critérios de julgamento
Menor preço
Maior desconto
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Trata-se de um sistema de gerenciamento administrativo que absorve uma série de 
outros subsistemas, entre os quais está o Sistema de Compras do Governo federal. 
 
A Lei de Licitações e a Lei do Pregão utilizam, em diversos momentos, a expressão “autoridade 
competente”. Mas o que é “autoridade competente”? Trata-se da autoridade posicionada 
hierarquicamente acima da comissão de licitação (no caso da Lei 8.666/1993) ou do pregoeiro (no caso do 
pregão). Normalmente, essa autoridade ocupa a função de ordenador de despesas no órgão ou entidade 
e, justamente por isso, tem poder para autorizar a realização do processo licitatório e fiscalizar a legalidade 
do procedimento. 
Nesse contexto, caberá à autoridade competente, de acordo com as atribuições previstas no regimento ou 
no estatuto do órgão ou da entidade promotora da licitação (art. 13): 
a) designar o pregoeiro e os membros da equipe de apoio; 
b) indicar o provedor do sistema; 
c) determinar a abertura do processo licitatório; 
d) decidir os recursos contra os atos do pregoeiro, quando este mantiver sua decisão; 
e) adjudicar o objeto da licitação, quando houver recurso; 
f) homologar o resultado da licitação; e 
g) celebrar o contrato ou assinar a ata de registro de preços. 
É importante notar que a autoridade competente decide os recursos apenas quando o pregoeiro mantiver 
a sua decisão. Se, por outro lado, o pregoeiro acatar o recurso, integralmente, não haverá necessidade de 
conduzir o processo à decisão da autoridade competente. Por exemplo: imagine que a empresa X foi 
desabilitada. Ela apresentou recurso e o pregoeiro acatou o recurso, habilitando a empresa X. Nesse caso, 
não há necessidade de enviar o processo para a autoridade decidir o recurso, mas apenas para fins de 
adjudicação e de homologação. 
Ademais, apenas se houver recurso o ato de adjudicação caberá à autoridade competente. 
 
De forma expressa, o Decreto 10.024/2019 prevê que a autoridade somente decidirá os 
recursos se o pregoeiro mantiver a sua decisão. Logo, se o pregoeiro reformar a sua 
decisão, não caberá à autoridade decidir os recursos. 
Contudo, quando ao ato de adjudicação, basta que haja recurso. Perceba que o 
regulamento não coloca “ressalva”. Assim, podemos deduzir que, ainda que o pregoeiro 
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acate o recurso, reformando a sua decisão, o ato de adjudicação caberá à autoridade 
competente. 
Logo, podemos ter a situação em que a autoridade: (i) decide o recurso e adjudica: 
quando o pregoeiro não acatar o recurso; ou (ii) não decide o recurso, mas adjudica: 
quando o pregoeiro acatar o recurso. 
Por fim, se não houver recurso, caberá ao pregoeiro a adjudicação. 
 
 
A contratação mediante pregão inicia-se na chamada fase preparatória. No Decreto 10.024/2019, a fase 
preparatória consiste, basicamente, no planejamento da contratação. Nesse contexto, o planejamento do 
pregão, na forma eletrônica, deverá observar o seguinte: 
a) elaboração do estudo técnico preliminar e do termo de referência; 
b) aprovação do estudo técnico preliminar e do termo de referência pela autoridade competente ou por 
quem esta delegar; 
c) elaboração do edital, que estabelecerá os critérios de julgamento e a aceitação das propostas, o 
modo de disputa e, quando necessário, o intervalo mínimo de diferença de valores ou de percentuais 
entre os lances, que incidirá tanto em relação aos lances intermediários quanto em relação ao lance 
que cobrir a melhor oferta; 
Pregão
Sem 
recurso
Pregoeiro adjudica
Autoridade homologa
Com 
recurso
Se o pregoeiro 
acatar
Pregoeiro decide o recurso
Autoridade
adjudica
homologa
Se o pregoeiro 
não acatar
Autoridade
decide o recurso
adjudica
homologa
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d) definição das exigências de habilitação, das sanções aplicáveis, dos prazos e das condições que, pelas 
suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebração e a execução do contrato e o 
atendimento das necessidades da administração pública; e 
e) designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio. 
Portanto, temos a seguintesequência no planejamento: 
 
 
Ainda na fase de planejamento, deverá ocorrer a definição do valor estimado ou valor máximo aceitável da 
proposta. Isso também é chamado de orçamentação. 
Talvez você esteja se perguntando: mas então o orçamento não deveria ser um dos atos descritos no 
subtítulo anterior das orientações gerais? Mas a resposta é: o orçamento está naquelas etapas. Basta 
lembrar do conceito de termo de referência. Um dos elementos deste termo é justamente o valor estimado 
do objeto da licitação (art. 3º, XI, “a”, “2”). 
Portanto, na fase de planejamento, será realizado o orçamento para definir o valor estimado ou o valor 
máximo que a administração aceitará nas propostas. 
Mas o principal detalhe aqui é sobre o caráter sigiloso do orçamento. Segundo o Regulamento, o valor 
estimado ou o valor máximo aceitável para a contratação, se não constar expressamente do edital, possuirá 
caráter sigiloso e será disponibilizado exclusiva e permanentemente aos órgãos de controle externo e 
interno (art. 15).5 
Talvez você esteja se perguntando: professor, é possível que o orçamento seja sigiloso? A resposta é: sim! 
Antes mesmo da edição do Decreto 10.024/2019, já existia uma grande discussão sobre a possibilidade de 
a administração não divulgar o orçamento no pregão. A tese decorria do fato de a Lei 10.520/2002 
 
5 No mesmo contexto, o art. 58 prevê que “Art. 58. Os arquivos e os registros digitais relativos ao processo licitatório 
permanecerão à disposição dos órgãos de controle interno e externo”. 
Elaboração estudo 
técnico preliminar e 
termo de referência
Aprovação estudo 
técnico preliminar e 
termo de referência
Elaboração do edital
Definição: habilitação, 
sanções e prazos e 
condições
Designação do pregoeiro 
e equipe de apoio
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simplesmente não exigir a divulgação do orçamento, diferentemente do que ocorre na Lei 8.666/1993. 
Inclusive, o TCU já entendia que não era obrigatória a divulgação do orçamento estimado do pregão.6 
 
O Decreto 10.024/2019 justificou o caráter sigiloso do orçamento do pregão a partir das 
disposições do § 3º do art. 7º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e no art. 20 
do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012. 
Esses artigos, basicamente, dispõem que o direito de acesso aos documentos ou às 
informações neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato 
administrativo será assegurado com a edição do ato decisório respectivo. 
Vou explicar melhor. Uma licitação é um “procedimento” que serve para que uma 
autoridade tome uma decisão. A adjudicação e a homologação são as decisões finais, 
que atestam a escolha da proposta mais vantajosa e a lisura do procedimento. Nesse 
caso, os atos “intermediários” da licitação (como o orçamento) servem de fundamento 
para uma decisão final. Assim, a divulgação dos atos intermediário, seguindo a Lei de 
Acesso á Informação, somente se torna obrigatória com a divulgação da informação 
final. 
Portanto, a administração não tem a obrigação de divulgar informações sobre o 
processo de tomada de decisão enquanto ainda não houver a decisão final. Assim, a 
partir do final da etapa competitiva (lances) do pregão é que a administração tornará 
pública a informação sobre o orçamento estimado. 
Porém, vamos fazer uma ressalva! Essa regra da Lei de Acesso à Informação foi adotada 
na Regulamentação para justificar a ausência de divulgação do orçamento estimado. 
Contudo, ela não serve para justificar “outros sigilos”, uma vez que a regra, na licitação, 
é a publicidade. 
 
Dessa forma, o valor estimado ou o valor máximo aceitável para a contratação será tornado público apenas 
e imediatamente após o encerramento do envio de lances, sem prejuízo da divulgação do detalhamento 
dos quantitativos e das demais informações necessárias à elaboração das propostas. 
Contudo, nas hipóteses em que for adotado o critério de julgamento pelo maior desconto, o valor 
estimado, o valor máximo aceitável ou o valor de referência para aplicação do desconto constará 
obrigatoriamente do instrumento convocatório. É justamente por isso que o caput do art. 15 menciona a 
expressão “se não constar expressamente do edital”, uma vez que há casos em que a informação deverá 
constar no edital. 
 
6 Acórdão 1.513/2013. 
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Existem diversos agentes públicos ligados à realização do pregão. Nessa linha, o regulamento dispõe que 
caberá à autoridade máxima do órgão ou da entidade, ou a quem possuir a competência, designar agentes 
públicos para o desempenho das funções relacionadas ao pregão, observados os seguintes requisitos: 
a) o pregoeiro e os membros da equipe de apoio serão servidores do órgão ou da entidade promotora 
da licitação; e 
b) os membros da equipe de apoio serão, em sua maioria, servidores ocupantes de cargo efetivo, 
preferencialmente pertencentes aos quadros permanentes do órgão ou da entidade promotora da 
licitação. 
Vamos por partes! Primeiro, note que o pregoeiro não precisa ser um servidor efetivo. Ele apenas deve ser 
um servidor do órgão ou entidade que está promovendo a licitação. Além disso, os membros da equipe de 
apoio não serão necessariamente servidores efetivos, mas deve ser em sua maioria servidores efetivos e, 
de preferência, serão pertencentes aos quadros permanentes do órgão ou da entidade promotora da 
licitação.7 
No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser 
desempenhadas por militares. 
Ademais, a critério da autoridade competente, o pregoeiro e os membros da equipe de apoio poderão ser 
designados para uma licitação específica, para um período determinado, admitidas reconduções, ou por 
período indeterminado, permitida a revogação da designação a qualquer tempo. 
 
7 Parece redundante ele ser um “servidor efetivo” e “pertencer aos quadros permanentes do órgão ou da entidade 
promotora da licitação”, mas são duas coisas distintas. Ser servidor efetivo é ser concursado. Porém, você pode ser um 
concursado de outro órgão ou entidade¸ que não seja quem está promovendo a licitação. Um exemplo seria um servidor 
cedido de outro órgão. Ele seria efetivo, mas não do quadro permanente do órgão ou entidade que está promovendo o 
processo licitatório. Nesse caso, o Regulamento defende que: (i) a maioria dos servidores sejam efetivos; (ii) 
preferencialmente sejam do quadro permanente de quem está realizando a licitação. No caso do pregoeiro, ele deve ser 
do órgão, mas pode, por exemplo, ser um ocupante de cargo em comissão. Nesse caso, ele seria do órgão, mas não seria 
efetivo ou do quadro permanente. 
Valor estimado ou 
valor máximo 
aceitável
Regra
Não precisa ser divulgado no edital
Será divulgado após o 
encerramento dos lances
Maior desconto A informação constará no edital
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O pregoeiro é o servidor com poder de decisão em relação aos trabalhos da licitação pública, especialmente 
em relação às fases de julgamento, classificação e habilitação. Ele ainda se encarrega de decidir as 
impugnações e pedidos de esclarecimentos sobre o edital e faz a análise inicial dos recursos, podendo 
decidi-los, se os acatar, ou deverá remetê-los à autoridade competente caso não os dê provimento. 
Veja bem: o pregoeiro tem poder de decisão, individualmente. Nesse ponto, o seu trabalho é diferente do 
que ocorre nas licitações regidas pela Lei 8.666/1993. Nesta, em regra, os trabalhos são decididos mediante 
deliberação dos membros da comissão de licitação. No pregão,por outro lado, cabe ao pregoeiro adotar 
as decisões individualmente, ou seja, de forma “singular”. 
Aí você vai se perguntar: e a equipe de apoio? A equipe de apoio não tem poder de decisão, mas apenas 
emite opiniões, auxiliando o pregoeiro no processo de decisão. 
Mas vamos lá, quais são as competências do pregoeiro? O art. 17 do Regulamento descreve as atribuições 
do pregoeiro em rol exemplificativo, ou seja, trata-se de uma lista não exaustiva de atribuições, uma vez 
que normas internas de cada órgão ou entidade podem instituir outras atribuições ao pregoeiro. 
Nessa linha, caberá ao pregoeiro, em especial: 
a) conduzir a sessão pública; 
Agentes públicos 
do pregão
Pregoeiro e 
equipe de apoio
Designados pela autoridade máxima ou outra 
autoridade com competência
Servidores do órgão ou entidade promotor da 
licitação
Podem ser militares, no MD
Equipe de apoio
Maioria servidor efetivo
Preferencialmente do quadro permanente
Designação
Licitação específica
Período determinado + reconduções
Período indeterminado
Revogável a qualquer tempo
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b) receber, examinar e decidir as impugnações e os pedidos de esclarecimentos ao edital e aos anexos, 
além de poder requisitar subsídios formais aos responsáveis pela elaboração desses documentos; 
c) verificar a conformidade da proposta em relação aos requisitos estabelecidos no edital; 
d) coordenar a sessão pública e o envio de lances; 
e) verificar e julgar as condições de habilitação; 
f) sanear erros ou falhas que não alterem a substância das propostas, dos documentos de habilitação e 
sua validade jurídica; 
g) receber, examinar e decidir os recursos e encaminhá-los à autoridade competente quando mantiver 
sua decisão; 
h) indicar o vencedor do certame; 
i) adjudicar o objeto, quando não houver recurso; 
j) conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e 
k) encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade competente e propor a sua 
homologação. 
É importante reforçar que o pregoeiro poderá ser encarregado de adjudicar, se não houver recursos. 
Porém, se houver recurso, a competência para adjudicar caberá à autoridade competente. 
Outro ponto relevante é que não se insere, expressamente, nas atribuições do pregoeiro ou da equipe de 
apoio, a competência para elaborar o edital da licitação. Na verdade, a legislação não define quem terá a 
competência de elaborar o edital. Tal competência, portanto, será desempenhada, em cada caso, conforme 
atos normativos ou situações de cada órgão ou de cada licitação. 
Por fim, o pregoeiro poderá solicitar manifestação técnica da assessoria jurídica ou de outros setores do 
órgão ou da entidade, a fim de subsidiar sua decisão. 
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E quais são as atribuições da equipe de apoio? Segundo o Regulamento, caberá à equipe de apoio auxiliar 
o pregoeiro nas etapas do processo licitatório. 
O regulamento também cuida de definir as atribuições dos licitantes. Basicamente, o licitante deve se 
credenciar no Sicaf ou no sistema eletrônico utilizado para a realização do pregão (art. 19). 
Além disso, ele deverá enviar, exclusivamente via sistema, os documentos de habilitação, a proposta e, 
quando necessário, os documentos complementares. Perceba que os documentos não devem ser enviados 
“fisicamente”, mas somente por meio do sistema do pregão. 
Outras atribuições do licitante envolvem a responsabilização pelas transações realizadas em seu nome e o 
acompanhamento das operações no sistema eletrônico durante o processo licitatório. 
Ademais, o licitante deverá cuidar da chave de identificação e da senha de acesso, devendo comunicar o 
provedor do sistema sobre qualquer problema que possa comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso 
da senha, para imediato bloqueio de acesso. 
Pregoeiro
conduzir a sessão pública
decidir impugnações e pedidos de esclarecimentos sobre o edital
decidir sobre a conformidade da proposta
coordenar a sessão e o envio de lances
julgar a habilitação
sanear erros formais
decidir os recursos enviar à autoridade se mantiver sua decisão
adjudicar, se não houver recurso
conduzir os trabalhos da equipe de apoio
enviar o processo instruído para a autoridade competente homologar
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Por fim, caso o fornecedor seja descredenciado no Sicaf, a sua chave de identificação e a senha serão 
suspensas automaticamente. 
A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos interessados por meio 
da publicação do aviso do edital no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico oficial do órgão ou da 
entidade promotora da licitação. Perceba que não se exige a publicação do edital, mas sim do aviso do 
edital, que é um extrato com as principais informações sobre o certame. 
Com efeito, nas licitações realizadas pelos demais entes da Federação, para aquisições com recursos da 
União, a publicação ocorrerá na imprensa oficial do respectivo estado, do Distrito Federal ou do município 
e no sítio eletrônico oficial do órgão ou da entidade promotora da licitação. 
 
Além disso, os órgãos ou as entidades integrantes do Sisg e aqueles que aderirem ao Sistema Compras do 
Governo federal disponibilizarão a íntegra do edital no endereço eletrônico 
www.comprasgovernamentais.gov.br e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade promotora do pregão. 
Portanto, a publicação oficial deverá ocorrer apenas em relação ao aviso do edital, mas a íntegra desse 
documento será disponibilizada na internet, tanto no Sistema de Compras do Governo federal – o 
“comprasgovernamentais”, como no sítio eletrônico do órgão ou entidade. 
Por outro lado, o órgão ou entidade que esteja realizando aquisições com recursos da União, mas que não 
tenha aderido ao Sistema de Compras do Governo federal, deverá disponibilizar a íntegra do edital no sítio 
eletrônico do órgão ou da entidade promotora do pregão e no portal do sistema utilizado para a realização 
do pregão. 
Publicação 
do aviso do 
edital
Dá início à fase externa
Regra
(licitações na União)
Diário Oficial da União
Sítio eletrônico do órgão ou entidade
Demais entes, com 
recursos da União
Imprensa oficial do estado, DF ou município
Sítio eletrônico do órgão ou entidade
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As modificações no edital serão divulgadas pelo mesmo instrumento de publicação utilizado para 
divulgação do texto original e o prazo inicialmente estabelecido será reaberto, exceto se, 
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas, resguardado o tratamento 
isonômico aos licitantes (art. 22). 
Por exemplo: se um pregão foi divulgado utilizando o prazo mínimo para a sessão pública (oito dias úteis), 
mas a administração percebe que houve um erro na especificação do objeto; se for realizada a retificação 
após quatro dias úteis desde a divulgação, a administração terá que reiniciar o prazo. Veja, os quatro dias 
que já se passaram serão “perdidos”, porque a administração terá que “devolver” o prazo, ou seja, terá 
que contabilizá-lo novamente. Além disso, a divulgação da modificação seguirá os mesmos requisitos da 
publicação original, ou seja, divulgação do aviso na internet e no diário oficial, além de disponibilização na 
íntegra nos portais na internet. 
Por outro lado, se a alteração for meramente formal, como, por exemplo, um erro de digitação em uma 
palavra, que não comprometa oentendimento do edital, não haverá necessidade de reabrir o prazo. 
Às vezes, os licitantes podem ficar em dúvida sobre algum trecho do edital. Nesse caso, eles poderão enviar 
os pedidos de esclarecimentos, que são perguntas relativas à licitação. 
Nesse caso, os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório serão enviados ao pregoeiro, 
até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, por meio eletrônico, na forma 
do edital (art. 23). O pregoeiro responderá aos pedidos de esclarecimentos no prazo de dois dias úteis, 
contado da data de recebimento do pedido, e poderá requisitar subsídios formais aos responsáveis pela 
elaboração do edital e dos anexos. 
Essas respostas aos pedidos de esclarecimentos serão divulgadas pelo sistema e vincularão os 
participantes e a administração. Calma aí, vamos explicar! Primeiro, as respostas serão tornadas públicas, 
para que todos os licitantes tenham conhecimento do conteúdo, em respeito à publicidade e à isonomia. 
Além disso, o conteúdo da resposta vai vincular todos os participantes da licitação, incluindo a 
administração. É como se a resposta fosse um “adendo” ao edital. Imagine que uma empresa perguntou 
se o objeto poderia ter “determinada característica” e o pregoeiro responde dizendo que “sim”. Então, 
Divulgação da 
íntegra do 
edital
Órgãos ou entidades do 
Sisg ou que aderirem 
ao Sistema federal
www.comprasgovernamentais.gov.br 
Sítio eletrônico do órgão ou entidade
Demais entes, quando 
não aderirem ao 
Sistema federal
portal do sistema utilizado
Sítio eletrônico do órgão ou entidade
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depois, a empresa não poderá ser desclassificada se apresentar a proposta nas condições da resposta do 
pregoeiro. 
 
Os pedidos de esclarecimentos, mencionados acima, são apenas questionamentos, ou seja, dúvidas sobre 
o edital. Porém, também teremos casos em que os licitantes ou outras pessoas não concordarão com 
alguma disposição do edital. Nesse tipo de caso, eles deverão impugnar os termos do edital do pregão. 
Assim, a impugnação é como se fosse um “recurso” contra o próprio edital. 
Nesse contexto, qualquer pessoa poderá impugnar os termos do edital do pregão, por meio eletrônico, 
na forma prevista no edital, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública. 
Não precisa ser licitante para realizar a impugnação, uma vez que “qualquer pessoa” terá o poder de 
impugnar. 
Entretanto, a impugnação não possui efeito suspensivo. Isso significa que ela não impede o 
prosseguimento da licitação. Por exemplo: “João” impugnou o edital porque entendeu que a especificação 
do objeto estava restrita demais. A administração terá o dever de responder a impugnação, mas a licitação 
poderá seguir normalmente. 
Em regra, não teremos problemas com a ausência do efeito suspensivo, uma vez que o pregoeiro, auxiliado 
pelos responsáveis pela elaboração do edital e dos anexos, deverá decidir sobre a impugnação no prazo 
de dois dias úteis, contado da data de recebimento da impugnação. Assim, a resposta do pregoeiro, 
seguindo os prazos regulamentares, ocorrerá antes da data da sessão pública. 
Mesmo assim, é possível que seja concedido efeito suspensivo à impugnação. De acordo com o 
Regulamento, a concessão de efeito suspensivo à impugnação é medida excepcional e deverá ser motivada 
pelo pregoeiro, nos autos do processo de licitação. 
Mas vamos lá! E se a impugnação for acolhida contra o edital? Por exemplo: o pregoeiro reconhece a 
existência de uma cláusula restritiva no edital. Nesse caso, será definida e publicada nova data para 
realização do certame. Isso acontecerá porque o edital terá que “sofrer” as retificações adequadas. 
Pedidos: até três dias úteis 
antes da sessão
Resposta: até dois 
dias úteis
Respostas devem ser 
divulgadas e vinculam todos
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O prazo fixado para a apresentação das propostas e dos documentos de habilitação não será inferior a oito 
dias úteis, contado da data de publicação do aviso do edital (art. 25). Trata-se, portanto, de um prazo 
mínimo. Nada impede que a administração, por exemplo, fixe prazo maior. Contudo, para fins de prova, 
guarde o prazo mínimo entre a divulgação e a data da sessão pública para apresentação das propostas e 
da documentação de habilitação: oito dias úteis. 
Mas como ocorre a apresentação da proposta e dos documentos? 
É simples! Após a divulgação do edital no sítio eletrônico, os licitantes encaminharão, exclusivamente por 
meio de sistema, concomitantemente (art. 26): 
a) proposta com a descrição do objeto ofertado e o preço; 
b) os documentos de habilitação exigidos no edital. 
Perceba que a documentação de habilitação é enviada, no sistema, juntamente com a proposta. Mesmo 
que a habilitação somente seja realizada em momento posterior ao julgamento e, em regra, apenas com o 
licitante vencedor, a documentação é enviada desde já. Nesse caso, os documentos apenas ficarão “ali”, 
para análise em momento futuro, após a fase de julgamento. 
Os documentos e a proposta devem ser enviados pelo sistema até a data e o horário estabelecidos para 
abertura da sessão pública. 
Impugnações
Quem
Qualquer pessoa
Não precisa ser licitante
Prazo
Impugnação: até três dias úteis antes da 
sessão
Resposta: até dois dias úteis
Condições
Sem efeito suspensivo (regra)
Pode ter efeito suspensivo mediante 
justificativa
No caso de provimento 
contra o edital
Publicada nova data para o 
certame
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Essa etapa de envio da proposta e da documentação encerra-se com a abertura da sessão pública, ou seja, 
a partir da abertura da sessão não será mais possível enviar a documentação ou a proposta (calma aí, não 
confunda proposta com o lance, que vamos analisar logo mais). Porém, enquanto não houver iniciado a 
sessão, será possível retirar ou substituir a proposta e os documentos de habilitação anteriormente 
inseridos no sistema, até a abertura da sessão pública. 
Vale lembrar que os licitantes não são obrigados a remeter todos os documentos, uma vez que podem 
deixar de apresentar aquela documentação que já conste no Sicaf ou, quando a licitação for realizada por 
outro ente da Federação, pelo sistema equivalente. 
Além disso, esse ainda não é o momento do julgamento nem da habilitação, mas apenas de entrega da 
documentação. Isso gera algumas “consequências”. 
Primeiro que todos os licitantes devem declarar, em campo próprio do sistema, que atendem aos requisitos 
para a habilitação e que a sua proposta está em conformidade com as exigências do edital. É como se fosse 
aquela “caixinha” de sistema em que você “declara” que está “tudo certo”. No caso de falsidade da 
declaração, o licitante poderá ser penalizado. 
Outra consequência é que, nessa etapa, não haverá ordem de classificação das propostas, o que ocorrerá 
somente após o procedimento de julgamento. Por enquanto, as propostas somente serão apresentadas, 
mas não haverá uma classificação. 
Ademais, os documentos do licitante melhor classificado somente serão disponibilizados para avaliação 
do pregoeiro e para acesso público após o encerramento do envio de lances (art. 26, § 8º). Também será 
possível que, após o encerramento do envio de lances, sejam exigidos documentos complementares8 do 
licitante mais bem classificado. 
 
 
Apresentação das propostas e dos documentos 
Prazo mínimo ▪ Oito dias úteis 
Forma de 
apresentação 
▪ Exclusivamente por sistema 
▪ Apresentação concomitante: 
▪ Habilitação 
▪ Proposta 
▪ Atéabertura da sessão 
 
8 Esses documentos complementares não podem “inovar” nas exigências do edital. São apenas documentos que servem 
para confirmação daqueles exigidos no edital e que já foram apresentados no momento oportuno. Por exemplo: imagine 
que o edital exigiu a apresentação de um documento e o pregoeiro não conseguiu ler adequadamente uma informação, 
então ele poderia solicitar a remessa de uma nova cópia para ter certeza do conteúdo do documento. 
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Outras 
informações 
▪ Licitantes devem declarar que atendem aos requisitos do edital 
▪ Não há ordem de classificação 
▪ Os documentos somente serão liberados ao pregoeiro após a fase de lances 
▪ Após a fase de lances, podem ser exigidos documentos complementares do 
licitante mais bem classificado. 
 
 
A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será aberta pelo pregoeiro com a 
utilização de sua chave de acesso e senha (art. 27). Os atos serão realizados todos pelo sistema eletrônico, 
na internet. Assim, os licitantes poderão participar da sessão pública na internet, mediante a utilização de 
sua chave de acesso e senha. Ademais, o sistema disponibilizará campo próprio para troca de mensagens 
entre o pregoeiro e os licitantes. 
Vale observar que os horários estabelecidos no edital, no aviso e durante a sessão pública observarão o 
horário de Brasília, Distrito Federal, inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e 
na documentação relativa ao certame (art. 53). 
No começo da sessão, o pregoeiro verificará as propostas apresentadas e desclassificará aquelas que não 
estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos no edital (art. 28). Essa fase, portanto, serve 
para evitar que propostas fora das condições do edital acabem prejudicando o andamento da fase de 
lances. 
Por exemplo: imagine que a administração lançou um edital de licitação para compra de monitores de 
computador, de 27 polegadas e com resolução em 4k. Porém, um licitante apresentou uma proposta de 
preço para um monitor Full HD de 21 polegadas, ou seja, um monitor com configurações inferiores ao que 
foi exigido no edital. Nesse caso, se esse licitante pudesse participar da fase de lances, ele acabaria 
prejudicando a etapa competitiva, já que a sua proposta poderia ter um preço bastante inferior, mas seria 
desclassificada ao final do certame. 
Logo, antes da fase de lances, as propostas que não estejam em conformidade com o edital serão 
desclassificadas. 
A desclassificação da proposta será fundamentada e registrada no sistema, acompanhada em tempo real 
por todos os participantes. 
Após a análise da conformidade das propostas, o sistema ordenará automaticamente as propostas 
classificadas pelo pregoeiro (art. 29). Nesse caso, somente as propostas classificadas pelo pregoeiro 
participarão da etapa de envio de lances. 
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Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, oportunidade em que os licitantes 
poderão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico (art. 30). 
É a partir desse momento que o “bicho pega”, com os licitantes apresentando os seus lances. Nesse caso, 
o licitante será imediatamente informado do recebimento do lance e do valor consignado no registro. 
Além disso, os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observados o horário fixado para abertura da 
sessão pública e as regras estabelecidas no edital. 
O Regulamento, porém, apresenta algumas condições para a oferta de lances. 
O licitante somente poderá oferecer lance de valor inferior ou maior percentual de desconto ao último 
lance por ele ofertado e registrado pelo sistema. Isso quer dizer que a proposta do licitante sempre será 
melhor do que a sua proposta anterior. Por exemplo: se a empresa A apresentou uma oferta de R$ 10,00, 
a sua próxima proposta terá que ser inferior a R$ 10,00. Se for por maior desconto, se ofertou um desconto 
de 4%, a próxima terá que ter um desconto maior do que este. 
Isso não quer dizer que a proposta terá que ser melhor do que as dos demais licitantes, mas sim que deverá 
ser melhor do que a própria proposta. No meu exemplo acima, se a empresa B tiver uma oferta de R$ 9,00, 
nada impedirá, em regra, que a empresa A oferte R$ 9,50, já que a empresa A tem que melhorar a sua 
própria proposta e não, necessariamente, a proposta dos demais. Esses são os chamados lances 
intermediários. 
Mas temos mais uma observação: o edital poderá estabelecer intervalo mínimo de diferença de valores 
ou de percentuais entre os lances, que incidirá tanto em relação aos lances intermediários quanto em 
relação ao lance que cobrir a melhor oferta. O objetivo dessa medida é evitar descontos ou lances inferiores 
apenas irrisoriamente. Por exemplo: uma empresa poderia ofertar um desconto de “0,001%” melhor do 
que o seu lance anterior ou do que o lance da melhor proposta. Para evitar esse tipo de coisa, o edital 
poderá colocar uma diferença mínima. 
Ainda sobre os lances, não serão aceitos dois ou mais lances iguais e prevalecerá aquele que for recebido 
e registrado primeiro. 
Além disso, durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do menor 
lance registrado, vedada a identificação do licitante. 
 
 
Abertura da sessão e envio dos lances 
Abertura ▪ no horário previsto no edital, pela internet, pelo pregoeiro, com chave e senha 
de acesso 
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Conformidade 
das propostas 
▪ o pregoeiro desclassificará as propostas em desconformidade com o edital 
▪ o sistema ordenará as propostas classificadas pelo pregoeiro para participar da 
etapa de lances 
Fase competitiva ▪ lances serão enviados exclusivamente pelo sistema 
▪ o lance terá que ser de valor inferior ou de maior percentual de desconto do que 
a proposta do próprio licitante (pode ser lance intermediário) 
▪ o edital poderá estabelecer uma diferença mínima tanto para os lances 
intermediários como para cobrir a melhor proposta 
▪ não são permitidos dois ou mais lances iguais (prevalece o primeiro) 
▪ o sistema informará o valor do menor lance registrado, sendo vedada a 
identificação do licitante. 
 
 
Serão adotados para o envio de lances no pregão eletrônico os seguintes modos de disputa (art. 31): 
a) aberto - os licitantes apresentarão lances públicos e sucessivos, com prorrogações, conforme o 
critério de julgamento adotado no edital; ou 
b) aberto e fechado - os licitantes apresentarão lances públicos e sucessivos, com lance final e fechado, 
conforme o critério de julgamento adotado no edital. 
Vamos esclarecer, porque essa parte é muito importante para nós! Primeiro, não se admite um sistema 
“fechado”, como ocorre, por exemplo, na concorrência. Só para você entender: o sistema fechado é aquele 
em que são apresentadas as propostas em envelopes (ou outra forma sigilosa) e, na data e hora marcadas, 
as propostas são reveladas. Nesse sistema, quem tiver a melhor proposta ganha e “acabou”. Logo, a fase 
competitiva basicamente envolve a apresentação de uma única proposta de cada licitante, sem a realização 
da etapa de lances. É o clássico sistema adotado na Lei 8.666/1993. Porém, esse sistema é incompatível 
com o pregão, por não contar com a fase de lances. 
Logo, ou se adota o sistema aberto, ou o sistema aberto e fechado. 
Vamos explicar, agora, como funcionam esses modos de disputa. 
Modo de disputa aberto 
No modo de disputa aberto, a etapa de envio de lances na sessão pública durará dez minutos e, após isso, 
seráprorrogada automaticamente pelo sistema quando houver lance ofertado nos últimos dois minutos 
do período de duração da sessão pública. 
Assim, teremos um prazo inicial mínimo de dez minutos e, após isso, sempre que houver uma nova 
proposta o sistema prorrogará o período da sessão por mais dois minutos. Portanto, a prorrogação 
automática da etapa de envio de lances será de dois minutos e ocorrerá sucessivamente sempre que 
houver lances enviados nesse período de prorrogação, inclusive quando se tratar de lances intermediários. 
Porém, se não houver novos lances, a sessão pública será encerrada automaticamente. 
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Para evitar que sejam adotados lances “irrisoriamente” melhores do que os anteriores, no modo de disputa 
aberto, o edital preverá intervalo mínimo de diferença de valores ou de percentuais entre os lances, que 
incidirá tanto em relação aos lances intermediários quanto em relação ao lance que cobrir a melhor oferta 
(art. 31, parágrafo único). Assim, no modo de disputa aberto, é obrigatório o estabelecimento de diferença 
mínima. 
Porém, imagine que o valor obtido com o encerramento automático não seja tão bom como esperado pela 
administração. Nesse caso, encerrada a sessão pública sem prorrogação automática pelo sistema, o 
pregoeiro poderá, assessorado pela equipe de apoio, admitir o reinício da etapa de envio de lances, em 
prol da consecução do melhor preço, mediante justificativa (art. 32, § 3º). 
Nessa situação, o reinício da etapa de lances decorrerá de decisão discricionária do pregoeiro, assessorado 
pela equipe de apoio. 
Modo de disputa aberto e fechado 
No modo de disputa aberto e fechado, a etapa de envio de lances da sessão pública terá duração de quinze 
minutos (art. 33). Encerrado o prazo, o sistema encaminhará o aviso de fechamento iminente dos lances 
e, transcorrido o período de até dez minutos, aleatoriamente determinado, a recepção de lances será 
automaticamente encerrada. 
Nesse caso, o pregão terá um período obrigatório de pelo menos 15 minutos e um segundo período de até 
10 minutos, mas em que a fase poderá ser encerrada a qualquer momento. Vale dizer: o segundo período 
(até 10 minutos) pode ser encerrado a qualquer momento. 
Mas não termina por aí! Encerrado o prazo do encerramento iminente (período de até dez minutos), o 
sistema abrirá a oportunidade para que o autor da oferta de valor mais baixo e os autores das ofertas com 
valores até dez por cento superiores àquela possam ofertar um lance final e fechado em até cinco minutos, 
que será sigiloso até o encerramento deste prazo. 
Assim, nesse período final de cinco minutos, os demais licitantes não sabem qual lance está vencendo. Por 
isso que o sistema é chamado de “fechado”. O objetivo dessa medida é fazer com que os licitantes 
apresentem os seus lances conforme a sua capacidade, independentemente do valor dos lances dos demais 
licitantes. Somente ao final do prazo de cinco minutos é que será possível identificar o licitante vencedor. 
Nesse período, o licitante poderá ofertar um único lance, que é o seu lance final. 
Assim, teremos dois momentos em que o procedimento será aberto (15 minutos iniciais + até 10 minutos 
aleatórios) e um momento em que o procedimento será fechado (cinco minutos finais). 
Nem todos os licitantes, todavia, participarão do procedimento fechado. De acordo com o Regulamento, 
somente participarão do procedimento fechado: 
a) o autor da oferta de valor mais baixo; e 
b) os autores das ofertas com valores até dez por cento superiores ao valor da oferta mais baixa. 
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Exemplo: participaram da fase de lances sete empresas, sendo que ao final do procedimento aberto foram 
identificadas as seguintes propostas: 
Empresa Lance 
A 100,00 
B 103,00 
C 104,00 
D 110,00 
E 111,00 
F 114,00 
G 116,00 
Nessa situação, a melhor oferta é de 100,00. Então, poderão participar do procedimento fechado quem 
tiver uma oferta até 10% superior a esta. No caso, até 110,00. Com isso, além da empresa A, as empresas 
B, C e D poderão participar da disputa fechada, porque estão dentro do limite de 10%. 
Por outro lado, as empresas E, F e G não poderão participar da etapa fechada, porque não possuem um 
lance dentro do limite de 10%, em comparação à proposta de A (melhor proposta). 
 
Porém, na ausência de, no mínimo, três ofertas nas condições indicadas acima, os autores dos melhores 
lances subsequentes, na ordem de classificação, até o máximo de três, poderão oferecer um lance final e 
fechado em até cinco minutos, que será sigiloso até o encerramento do prazo. 
Vamos voltar a um exemplo: 
Empresa Lance 
A 100,00 
B 109,00 
C 113,00 
D 114,00 
E 115,00 
F 116,00 
G 117,00 
Nesse caso, somente duas empresas estão nas condições indicadas no Regulamento: a empresa A, com a 
proposta mais baixa, e a empresa B, com a oferta de 109,00. As demais estão fora do limite de 10%. Assim, 
participarão do procedimento fechado o número máximo de três empresas, na ordem de classificação. Com 
isso, poderão participar da etapa fechada as empresas A, B e C. 
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Ok, agora você já entendeu o que é o modo de disputa aberto e fechado. Mas vamos agora analisar alguns 
casos especiais. 
A primeira pergunta é: e se ninguém ofertar o lance final e fechado? 
De acordo com o Regulamento, na ausência de lance final e fechado classificado, haverá o reinício da 
etapa fechada para que os demais licitantes, até o máximo de três, na ordem de classificação, possam 
ofertar um lance final e fechado em até cinco minutos, que será sigiloso até o encerramento deste prazo. 
Nesse caso, os demais licitantes, ou seja, aqueles que não participaram da disputa fechada, poderão ofertar 
um lance final e fechado. No nosso primeiro exemplo, as empresas E, F e G seriam convocadas para, no 
prazo de até cinco minutos, apresentarem o lance final e fechado. 
O objetivo dessa medida é impedir o conluio entre os licitantes donos dos melhores lances. Se eles, em 
conluio, não apresentarem um novo lance, no procedimento fechado, correrão o risco de serem 
surpreendidos por um lance final e fechado dos demais licitantes. 
A reabertura, nesse caso, é obrigatória, pois o próprio Regulamento dispõe que “haverá o reinício”. 
Outro fato curioso que poderá ocorrer é não haver licitante classificado na etapa de lance fechado que 
atenda às exigências para habilitação. Imagine, no nosso primeiro exemplo novamente, que as empresas 
A, B, C e D, que participaram da disputada fechada, acabaram sendo desabilitadas na licitação. Nesse caso, 
o pregoeiro poderá, auxiliado pela equipe de apoio, mediante justificativa, admitir o reinício da etapa 
fechada com a participação dos demais licitantes (E, F e G). 
 
Temos dois casos em que o reinício da disputa é discricionário e um em que ele é vinculado, vejamos: 
a) reinício discricionário: 
i) no modo de disputa aberto, quando encerrada a sessão sem prorrogação automática: admite-se 
o reinício da etapa de envio de lances em prol do melhor preço (art. 32, § 3º); 
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ii) no modo de disputa aberto e fechado, quando todos os licitantes que participaram da disputa 
fechada forem desabilitados: o pregoeiro poderá reabrir a disputa fechada com os demais 
licitantes (art. 33, § 6º); 
b) reinício vinculado (automático): se não houver lance final e fechado no modo

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