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Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Química PQI 5760 – Corrosão na Indústria Química: Mecanismos e Prevenção Aula 4 – Velocidade de Corrosão, Passivação e Diagramas de Pourbaix Idalina Vieira Aoki 1 VELOCIDADE DE CORROSÃO Idalina Vieira Aoki 2 Medida da velocidade de corrosão Lperda de espessura = 3L Mmassa específica 2L Mperda de massa = corrv .exp A m osiçãoAreaxtempo m vcorr = = Medida de perda de massa – técnica gravimétrica Em projetos de Engenharia, para dimensionar espessura de parede de tanques e tubulações, o que importa é a perda de espessura Perda de espessura Desempenho < 25µm/ano Excelente 500 – 1000 µm/ano Bom 1000 - 5000µm/ano Fraco 3 Medida da velocidade de corrosão Eqg = MA/n0. eletrons M+n + n e = M Idalina Vieira Aoki 4 Idalina Vieira Aoki 5 Medida da velocidade de corrosão Determinação de icorr • ensaios de perda de massa (Faraday) • análise de íons metálicos em solução: espectrofotometria, absorção atômica (Faraday) • evolução de H2 (medir volume) quando for o caso (Faraday) • técnicas eletroquímicas de corrente contínua: • curvas de polarização potenciostáticas – extrapolação das retas de Tafel • curvas de polarizaçao potenciodinâmicas (velocidade de varredura) • polarização linear Idalina Vieira Aoki 6 8Idalina Vieira Aoki Medida da velocidade de corrosão 30 ou 50mV Medidas de icorr a partir de curvas de polarização Idalina Vieira Aoki 9 Medida da velocidade de corrosão Vantagens • mede correntes de corrosão extremamente pequenas • medida rápida • sob condições ideais, precisão igual ou maior que de ensaios de perda de massa • pode-se determinar (nunca medir) io do processo anódico e do processo catódico Desvantagens: • pode haver interferência por polarização de concentração e queda ôhmica • só vale quando se tem um só processo de oxidação ou redução (é preciso desaerar soluções ácidas) • erros para curvas não verdadeiras onde iaplicado não é muito maior que ioxidação • a região de Tafel deve se estender por pelo menos uma ordem de grandeza de corrente A partir de curvas de polarização Idalina Vieira Aoki 10 Medida da velocidade de corrosão Medida da resistência de polarização linear − = ca corraplicado b E b E ii .303,2 exp .303,2 exp Dedução da expressão de Stern-Geary ( ) ( ) − = ccaa corr b E bb E b i Ed id .303,2 exp 303,2.303,2 exp 303,2 ( ) ( ) −= = ca corr E bb i Ed id 303,2303,2 0 ( ) ( ) ( ) ca ca corr i bb bb i id EdRp + = = = 303,211 0 ( ) Rpbb bb i ca ca corr 1 3,2 + = Eq. de Stern-Geary ou de Polarização Linear Equipamento: CORRATER Medidas em tempo real Excelente para monitoramento Idalina Vieira Aoki 11 Idalina Vieira Aoki 12 Idalina Vieira Aoki 13 A partir de medidas de espectroscopia de impedância eletroquímica Diagramas de Impedância (corrente alternada) Impõe-se uma perturbação senoidal (na voltagem ou na corrente) no potencial de corrosão do metal, de pequena amplitude (~10mV). Condições do processo: •Faixa de freqüência = 10-3 a 105Hz •Função transferência = amplitude saída / amplitude entrada •Impedância = z(j) = V(j) / I(j) = R + j.X •Ângulo de fase = = tg-1(X / R) onde R é o termo real e X o termo imaginário complexo, sendo: ІZ = (R2 + X2)1/2 Os resultados obtidos são normalmente apresentados através do diagrama de Nyquist ou do diagrama de Bode. Medida da velocidade de corrosão Idalina Vieira Aoki 14 A partir de medidas de espectroscopia de impedância eletroquímica Circuito elétrico equivalente – célula de Randles Diagrama de Nyquist – quanto maior a quantidade de inibidor, maior o diâmetro dos arcos obtidos ( ) Rpbb bb i ca ca corr 1 3,2 + = Determina-se o valor da Rp e com este, o valor da icorr. Medida da velocidade de corrosão Diagrama de Bode Diagrama de Nyquist Idalina Vieira Aoki 15 PASSIVAÇÃO Idalina Vieira Aoki 16 Fenômeno de Passivação Metal num meio agressivo - podem ocorrer duas possibilidades: Idalina Vieira Aoki 17 HNO3 conc. HNO3 dil HNO3 dil Corrói muito Não corrói Corrói no risco 1843- Faraday demonstrou Que o ferro se passivava em meio muito oxidante (ácido concentrado) e era fortemente atacado em ácido diluído Risco no cp Fenômeno de Passivação Idalina Vieira Aoki 18 Fenômeno de Passivação Características desejáveis do filme passivador c) Espessura - a espessura mínima pra garantir uma eficiente passivação varia muito de metal apra metal. Ex: Au, Pt, Ni ou Fe – monocamada de óxido Cu e Ag – quatro camadas de óxido em solução alcalina Pb – camada visível branca, em sol. H2SO4 a) Estabilidade termodinâmica - deve ser estável numa longa faixa de potenciais, garantindo uma maior região de passividade para o metal b) Baixa solubilidade – garantindo sua ação de barreira física protetora d) Aderência – deve ser elevada pois é a propriedade fundamental para a camada conferir proteção, estando solidária ao metal Idalina Vieira Aoki 19 E V d cte= = . e se V aumenta, d aumenta Fenômeno de Passivação Curva de polarização anódica do metal que pode se passivar num meio Corrente passiva é constante porque: campo elétrico é constante Idalina Vieira Aoki 20 Fenômeno de Passivação Curva de polarização mostrando transpassivação – destruição da camada passiva em elevados potenciais ou desprendimento de O2 Potencial de transpassivação Idalina Vieira Aoki 21 Fenômeno de Passivação 1) Teoria de formação de um filme de óxido ou produtos de corrosão – Esse filme tem uma espessura de várias camadas moleculares (equivalente a uma cela unitária) e é encarado como uma fase de óxidos (tridimensional). Quanto mais perfeita a estrutura do óxido e menor o número de defeitos ou trincas dessa camada, melhores qualidades do filme em relação à proteção oferecida. A validade dessa teoria é provada pelo fato de que para vários metais como o cobre, chumbo, prata e platina, os potenciais de passivação estão próximos dos valores de potencial de eletrodo metal/óxido. Os dados analíticos de difração eletrônica, XPS e investigação ótica confirmam a existência do filme 2) Teoria da adsorção O filme passivo é uma camada monomolecular (bidimensional), quimicamente adsorvida, de oxigênio ou outra espécie passivante (inibidores). As espécies passivantes desalojam moléculas de água ou íons OH- necessários para a dissolução anódica (solvatação), retardando o processo corrosivo. Teorias para a formação dos filmes passivos finos Idalina Vieira Aoki 22 Influência do poder oxidante do meio A concentração cresce de a) para c) passivo Ativo Fenômeno de Passivação Idalina Vieira Aoki 23 Fenômeno de Passivação Outras formas de se obter passivação de metais e ligas a) Uso de inibidores de corrosão: chamados de inibidores anódicos, que são substâncias fortemente oxidantes cromo cromatos, nitritos e molibdatos que passivam o metal a ser protegido, isto é, levam-no para potenciais dentro da região passiva. b) Anodização: tratamento de superfície que promove o crescimento da película passiva naturalmente formada ao ar, através da imersão do metal em soluções oxidantes e imprimindo um potencial anódico (bstante positivo) na peça, fazendo-a funcionar como ânodo, numa cuba eletrolítica. Ex.: anodização de Al, aço inoxidávle e Ti. Pode-se agregar cor ao anodizado, antes de sua selagem. Camada de anodização do Al Idalina Vieira Aoki 24 Fenômeno de Passivação Outras formas de se obter passivação de metais e ligas c) Ligando um metal passivável (ativo-passivo) com outro nobre como Pt, Rh ou Pd que apresentam altos valores dedensidade de corrente de troca, i0 para a reação catódica de liberação de hidrogênio. Ex.: Ti grau 7 ligado à Pt em H2SO4 (figura abaixo) Idalina Vieira Aoki 25 Fenômeno de Passivação Idalina Vieira Aoki 26 Fenômeno de Passivação Idalina Vieira Aoki 27 Fenômeno de Passivação Idalina Vieira Aoki 28 DIAGRAMAS DE POURBAIX Idalina Vieira Aoki 29 Diagramas de Pourbaix São diagramas constituídos de linhas verticais que representam o equilíbrio de reações químicas (equilíbrios de solubilidade que só dependem do pH) Também são constituídos de linhas horizontais que representam equilíbrios eletroquímicos (equilíbrios que só dependem do potencial do metal) e que são calculados pela equação de Nernst Para ferro em água contendo várias concentrações de Fe+2 Idalina Vieira Aoki 30 Diagramas de Pourbaix Passivação Imunidade Corrosão São diagramas constituídos de linhas verticais que representam o equilíbrio de reações químicas (equilíbrios de solubilidade que só dependem do pH) Também são constituídos de linhas horizontais que representam equilíbrios eletroquímicos (equilíbrios que só dependem do potencial do metal) e que são calculados pela equação de Nernst Para ferro em água contendo 10-6M de Fe+2 Idalina Vieira Aoki 31 Diagramas de Pourbaix Passivação Imunidade Corrosão São diagramas constituídos de linhas inclinadas que representam equilíbrios de reações químicas e eletroquímicas (equilíbrios de que dependem do pH e do potencial do metal) O traçado e o encontro de linhas de equilíbrio determinam alguns domínios onde algumas espécies são termodinamicamente estáveis.l Estado metálico estável – domínio de imunidade Espécies iônicas do metal estáveis - domínio de corrosão Compostos insolúveis do metal – domínio de passivação Para ferro em água contendo 10-6M de Fe+2 Idalina Vieira Aoki 32 Diagramas de Pourbaix O diagrama completo para várias concentrações das espécies iônicas: 100M, 10-2M, 10-4M e 10- 6M. Aparecem várias linhas paralelas. Estabilidade da água Figura 14 – Diagrama de Pourbaix para o sistema ferro-água a 25ºC Condições oxidantes Condições redutoras Condições ácidas Condições alcalinas Idalina Vieira Aoki 33 para se chegar na linha horizontal nº23. Essa linha representa o equilíbrio: FeeFe + −+ 22 O potencial de equilíbrio é dado pela equação de Nenrst: + + + += 2 2 2 log 2 059,0 / 0 / Fe Fe FeFe FeFe a a EE como a(Fe)=1,então : )(log0295,0440,0 22 / VaE EeFeFe ++ +−= Assim esse equilíbrio independe do pH e apenas do potencial que variará com diferentes +2Fe a . Para +2Fe a = 10 -6 M: VE FeFe 617,0177,0440,0)6(0295,0440,0 /2 −=−−=−+−=+ Diagramas de Pourbaix Idalina Vieira Aoki 34 No diagrama para ferro-água, a linha vertical nº20 representa o equilíbrio químico abaixo: ++ ++ HOFeOHFe 632 322 3 Sua constante de equilíbrio é dada por: ( ) ( ) ( ) ( )32 6 2 32 3 OH OFe Fe H a a a a K = + + e como a(H2O) = a(Fe2O3) = 1, então: ( ) ( ) ( ) 6 6243,1 10 log2643,1 log2log6log log 63 2 6 3 3 3 +− = = −−= −= =− = −+ + + ++ + + pH MFefixando apH aaK pHe a a K Fe FeH a Fe H h 76,1=pH Diagramas de Pourbaix Idalina Vieira Aoki 35 A linha inclinada nº28 representa o equilíbrio: OHFeeHOFe 2 2 32 3226 +++ +−+ A constante de equilíbrio para essa reação é expressa por: ( ) ( ) ( ) ( ) 32 2 2 3 6 2 OFe OH H Fe a a a a K = + + e como a(H2O) = a(Fe2O3) = 1, então: ( ) ( ) ( ) ( ) +++ + + +++ + + + −+= −=−= = HFeFeOFe H Fe FeOFeFeOFeFeOFe H Fe aaE a a EKEE a a K log 2 059,06 log 2 059,02 728,0 log 2 059,0 log 2 059,0 22 32 2 2 32 2 32 2 32 2 / 6 2 / 0 / 0 / 6 2 pHaE FeFeOFe 177,0log059,0728,0 22 32 / −−+= ++ Diagramas de Pourbaix Idalina Vieira Aoki 36 A linha (a) representa o equilíbrio: 222 HeH + −+ ( )2 20 // log 2 059,0 22 + ++ −= H HHHH a pH EE pHpHE HH 0590,0log0295,00,0 2/ 2 −−=+ A linha (b) representa o equilíbrio: ( ) ( ) + + ++= −= ++ −+ H H OH OHOOHO apO apO a EE OHeHO log 4 059,0.4 log 4 059,0 228,1log 4 059,0 244 24 2 2 0 // 2 2 2222 2/ log0147,0059,0228,1 22 pOpHE OHO +−= Diagramas de Pourbaix Abaixo da linha a) pode ocorrer desprendimento de H2 Acima da linha b) pode ocorrer desprendimento de O2 Idalina Vieira Aoki 37 Diagrama de Pourbaix de cromo em água O cromo apresenta boa faixa de passividade, mas não resiste a meios muito ácidos ou muito básicos. Idalina Vieira Aoki 38 Diagramas de Pourbaix para diferentes metais em água Idalina Vieira Aoki 39 Slide 1 Slide 2 Slide 3: Medida da velocidade de corrosão Slide 4: Medida da velocidade de corrosão Slide 5 Slide 6: Medida da velocidade de corrosão Slide 7 Slide 8 Slide 9: Medida da velocidade de corrosão Slide 10: Medida da velocidade de corrosão Slide 11: Medida da velocidade de corrosão Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39
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