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Resumo Neurociência

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RESUMO NP2 NEUROCIÊNCIA - AULA 1
SISTEMA NERVOSO
Células que são diferentes estrutural e funcionalmente: 
· Neurônios: processam infos, responsáveis pelo funcionamento do SN, cognição
· Neuróglias (células gliais ou glia): tecido de suporte entre os neurônios
Outras células que dão sustentação ao neurônio: microglia, oligodendrócito, bainha de mielina, sinapse, axônio, astrócito, dendrito
Na célula do neurônio tem diversas estruturas: núcleo, mitocôndria, ribossomos, microtúbulos etc. O que mantém o neurônio vivo e funcionando está no núcleo. 
Núcleo: 
· Há dendritos: terminal de recepção, tudo que o neurônio recebe de info chega por ele. 
· Corpo celular: faz análise das infos chegadas; constituido por DNA, retículo endoplasmático e ribossomos (para construir proteínas) e mitocôndria (para produzir energia). Núcleo celular fica no corpo celular.
· Axônio: a propagação da informação se da atráves dele, que leva tal info para outros neurônios, onde o axônio é revestido pela bainha de mielina (condução mais rápida da info, do impulso nervoso, quando é presente o sinal é mais rápido e quando não se tem é mais lentamente). No final do axônio há o terminal do axônio.
Quando o impulso vai ser transmitido pra outro neurônio há o sinal transmitido atráves da sinapse, entre um terminal do axônio e o terminal do dendrito. A sinapse pode ocorrer de outras formas, como no corpo do neurônio. 
Impulso nervoso sempre ocorre em um sentido do corpo, indo ao próximo neurônio a partir da membrana pré-sináptica/bolsa pré-sináptica se segue no espaço (onde são liberados os neurotransmissores, forma de ser transmitida pro próximo neurônio), onde ocorre a liberação do neurotransmissor, fazendo uma ação no próximo neurônio, podendo gerar ativação (favorece pra um novo impulso nervoso) ou inibição do próximo neurônio. 
3 tipos funcionais de neurônios:
· Sensorias (aferentes): carregam mensagem de todos os receptores do corpo para o sistema nervoso central. Recebem e analisam info, sendo transmitidas ao SNC (onde tem o processamento mais complexo dessa info).
· Interneurônios ou de associação: fazem ligações entre os hemisférios e áreas cerebrais, maioria dos neurônios existentes no SNC. Recebe info de um neurônio ao próximo neurônio, estão confinados no SNC, a info sai do SNC e faz ação num (ex) músculo, indo a um neurônio motor no SNP.
· Motores (eferentes): leva info do SNC para órgãos ou músculos (SNP).
TIPOS DE SINAPSES
· Elétricas: tem um axônio pré-sináptico, tem ligações entre um neurônio e outro, tendo ligação direta. Ação mais rápida. Não tem espaço para necessariamente liberar um neurotransmissor, o que demanda tempo. Ela não modula informação, o sinal que chega de um neurônio passa diretamente para outro neurônio, não consegue frear ou modular, aumentar ou diminuir o prox neuronio. Vantagem: ser mais rápido. 
· Químicas: são a grande maioria das sinapses no ser humano. 
Receptores: recebem informação. A sinapse pré-sinaptica tem receptores, onde ele abre um canal, que proporciona entrada de ions no receptor pós-sinaptico. Podendo ter ação de excitar ou inibir. 
Tem receptores na fenda sináptica pois se cai muito neurotransmissor acontece da prox celula morrer, excesso de excitação entra mt cálcio e ela morre, se n tiver ação nenhuma n haver comunicação, as celulas morrem também. Então é importante ter modulação no pós sináptico e no pré sináptico. 
Além disso tem receptores em volta da célula. 
Célula da glia pode retirar neurotransmissor que pode cair na fenda sináptica. 
Ex de neurotransmissores: 
· Acetilcolina
· Dopamina
· Serotonina
· Adrenalina
· Dorfina
DIVISÃO ANATÔMICA E FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO
SNC > medula espinhal/encéfalo > cérebro, cerebelo e tronco encefálico
SNP > gânglios, nervos e terminações nervosas
Encéfalo: tem 3 divisões - cérebro, cerebelo e tronco encefálico, esse se divindo em mesencéfalo, ponte e bulbo
Encéfalo se divide em hemisfério direito e esquerdo
Divisões importantes dos lobos cerebrais: lobo frontal, lobo pariental, lobo ocippital e lobo temporal.
· Lobo frontal: função do controle voluntário motor dos musculos (ação motora, mexer mão, o impulso elétrico vem do lobo frontal). Participando da personalidade, jeito da pessoa se comportar, processos intelectuais mais complexos, capacidade de concentração, planejamento, tomada de decisão. Além disso comunicação verbal, memória de longo prazo. 
· Lobo parietal: mais responsável pela interpretação sinestésica. Sentir algo quente por ex. A partir da mão você processa tal informação. 
· Lobo temporal: onde chega sensações auditivas e onde se processa a memória semântica.
· Lobo ocipital: onde ocorre a interpretação da visão. Primeiro pelo ocipital e passa pras outras áreas. 
Córtex: córtex é a camada mais externa do cérebro, a camada cinza tem mais corpos de neurônios. E a camada branca tem mais concentração de axiômos, envolvido pela bainha de meliena. 
Funções do cortéx: receber infos de todas as vias sensitivas, integras e interpretar as informações recebidas, enviar infos motoras e fenômenos psíquicos - cognição e consciência. 
Autor Alexander Luria, fundamental na neurociência, propôs divisão de áreas de
· projeção (primária): região onde recebe informação dos órgãos sensoriais, ocipitar e temporal. Primeiro processamento da visão e audição; parietal, que chega do tato; lobo frontal que envia ações e infos pro musculo fazer uma ação; área primaria vai fazer um processamento muito básico da informação dos lobos. Sendo processadas no secundária e terciária.
· Áreas de associação (secundárias e terciárias): Ambas atuam no refinamento dessa informação a partir da área primária. A terciária lida com mais tipos de estímulos, por exemplo: unir visual com auditivo. Múltiplos componentes. Lobo frontal é quase todo de área terciária. 
Sulcos centrais: divide o lobo frontal com o pariental
Vales: giros
Córtex primário da audição, area sensorial da fala (área de Wernicke) 
Outra teoria: Brodmann. Divisão estrutural
Observava estrutura do neurônio, vendo região diferente da outra. Diversas regiões. Não é funcional. Temos 2 maneiras de dividir. Por função ou por estrutura anatômica.
Áreas de linguagem
· Área de Broca: região da expressão da linguagem. (Caso haja lesão, não consegue falar).
· Área de Wernicke: compreensão e percepção da linguagem. (Caso haja lesão, não consegue entender a informação dita).
Todas as regiões estão ativas para uma atividade. Não é uma região a parte sendo usada, existem múltiplas funções cerebrais sendo executadas concomitantemente. 
AULA 2
NEUROPSICOLOGIA
Preocupa-se com a complexa organização cerebral, e as suas relações com o comportamento e a cognição, tanto em quadros patológicos como no desenvolvimento típico.
Funções cognitivas: memória, atenção, inteligência, funções executivas, visuoespaciais e visuoconstrutivas, linguagem, cognição social. 
Aspectos psicológicos: comportamento, aspectos afetivos, emocionais e personalidade.
Neuropsicologia se desenvolve a partir da união da neurologia com a psicologia. A partir de modificações comportamentais resultantes de lesões cerebrais. 
AVC, por exemplo, gera alteração cognitiva do comportamento do indivíduo.
Interface entre as neurociências e as ciências do comportamento.
Uso de testes objetivos para se obter medidas de tal função cognitiva ou comportamento. 
Atuação: avaliação e reabilitação. 
História: desde a antiguidade se identificava a relação cérebro X comportamento.
Mente (espírito/alma) x comportamento. Descartes diz que penso, logo existo. 
António Damásio, livros: o erro de descartes, e o cérebro criou o homem.
Estudos clássicos que demonstra tal relação de cérebro X comportamento: 
Paul Broca começo do Século XIX demonstrou o comprometimento da fala como decorrente de uma lesão no lobo frontal do hemisfério esquerdo – afasia de Broca.
Área de Broca – centro funcional da linguagem.
Carl Wernick – demonstrou que as lesões no córtex temporal do hemisfério esquerdo acarretam em dificuldades na compreensão da linguagem (área de Wernicke) - afasia deWernicke. 
Casos clínicos mais importantes na Neurociência: 
1. Phineas Gage: em 1848 trabalhava em mineração e precisava explodir uma rocha, e por conta de um erro, a explosão ocorreu mais cedo, fazendo uma barra atravessar o crânio de Phineas. Mesmo com tal lesão ele sobreviveu, e após melhoria, ele demonstrou alteração de comportamento. Ele sofreu lesão no lobo frontal. Depois dessa lesão ele apresentou comportamento agressivo, tendo dificuldade da própria equipe – de funções executivas e personalidade. A partir dai os estudos mostraram que o lobo frontal tinha relação com tais funções.
2. Caso HM (Henry Molaison), aos 27, em virtude de um quadro de epilepsia grave, passou por uma cirurgia de remoção de parte do seu cérebro que incluiu o hipocampo e parte da amígdala. A epilepsia de Molaison foi, parcialmente, controlada, mas o paciente sofreu um efeito colateral irreversível: perdeu a capacidade de formar novas memórias (memória anterógrada). 
Regiões inespecíficas: ex: cortex frontal, que pode dar déficits que é difícil de identificar lesões. 
Já no caso da memória há regiões específicas: hipocampo por exemplo, que armazena a memória anterógrada. Fixa novas memórias. Mas não é lá que se estocam as memórias antigas. Apesar de HM não se lembrar do que fazia, por 1 ano for a dado diversas vezes quadro pra ele pintar, dos quais ele sempre dizia que “nunca havia pintado”. Apesar de repetir diversas vezes isso, e ele nunca se lembrar de ter pintado, sua pintura melhorou conforme o tempo, sua produção se tornou melhor. 
Neuropsicologia das funções cognitivas
Cognição: atividade mental, várias redes que se interconectam, unindo as funções distintas do encéfalo. É a atividade mental. Permite a apreensão e a interpretação do mundo, a aprendizagem e o armazenamento das informações, a transformação das informações armazenadas e a resposta comportamental. 
Atenção, funções executivas, memória, linguagem, praxia e visuo-construção, cognição social.
· Atenção: não há um consenso, mas é muito importante apesar de suas subdivisões. Existem várias. Permite as demais funções cognitivas. Entrada e saída da informação. Foco em que você orienta seu pensamento. Fênomeno que processa ativamente as informações de forma limitada. Evolve o foco (tornar consciente dada situação, destacar uma situação de outras) seletividade e voluntariedade. Envolve:
· Alerta – tronco encefálico, diencéfalo e cíngulo posterior. 
· Orientação - regiões posteriores (regiões mais traseiras).
· Atenção executiva - córtex pré-frontal e cíngulo anterior. Regiões mais anteriores do cérebro.
· Funções executivas: conjunto de processos cognitivos que permitem que o indivíduo possa se envolver em comportamentos complexos e direcionados às metas. Ações voluntárias, independentes, autônomas, auto-organizadas e direcionadas às metas específicas. Responsáveis pela capacidadde de autorregulação ou autogerenciamento, e o seu desenvolvimento representa um importante marco adaptativo na espécie humana. 
· Intencionalidade/iniciativa: após lesão o paciente pode perder a iniciativa própria
· Controle inibitório: controlar seus impulsos
· Atualização: se manter atualizado do que está ocorrendo
· Planejamento/Criação de estratégias
· Flexiilidade mental
· Memória operacional: manter memória a curto prazo e fazer operação mental
· Tomada de decisões
· Resolução de problemas
· Córtex pré frontal ou frontal como um todo. É onde se encontra as funções executivas
· Memória: envolve o processo: aquisição/condificação (aprender), armazenamento (deixar memória guardada) e recuperação/decodificação. Estruturas envolvidas na memória, interligadas por complexos circuitos neuronais: 
· Hipocampo: especialmente importante na memória em geral
· Córtex pré-frontal
· Tálamo
· Hipotálamo
· Amígdala
· Núcleos da base
· Cerebelo
· Classificação - tempo de armazenamento: 
· Praxia: capacidade de executar os movimentos ou os gestos de maneira precisa, intencional, coordenada e organizada, com vistas à obtenção de um fim ou um resultado específico.
· Apraxia: comprometimento da capacidade de realizar algum gesto motor.
· Visoconstrução: refere-se à habilidade de juntar ou manejar as partes ou os estímulos físicos organizadamente, de maneira que formem uma entidade única ou um objeto. Envolve um processamento visuoespacial (detecção, interpretação, produção de respostas baseadas em estímulos visuais e espaciais), planejamento e execução motora. Ex: pede pra desenhar um elefante, você faz desproporcional. Ou montar lego. 
Lesões: 
· Hemisfério direito - fragmentação dos estímulos e heminegligência. 
· Hemisfério esquerdo – perda de detalhes dos estímulos. 
· Regiões posteriores: córtex associativo parietotemporal
· Região frontal: áreas de associação secundárias motoras. 
AULA 3
ALTERAÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS
· Transtornos do neurodesenvolvimento: transtornos em que a primeira manifestação se dá antes da criança ingressar na escola. Ocorrência de déficits no desenvolvimento, que acarretam em prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional. Os déficits de desenvolvimento variam desde as limitações muito específicas na aprendizagem ou no controle de funções executivas, até os prejuízos globais em habilidades sociais ou inteligência. Sendo eles (pelo DSM):
· Deficiência Intelectual
· Transtornos da Comunicação
· Transtorno do Espectro Autista
· TDAH
· Transtornos Específicos da Aprendizagem
· Transtornos Motores
· TDAH
· Definido por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividadeimpulsividade, excessivos para a idade ou o nível de desenvolvimento. 
· Desatenção e desorganização: incapacidade de permanecer em uma tarefa, aparência de não ouvir e perda de materiais.
· Hiperatividade-impulsividade: atividade excessiva, inquietação, incapacidade de permanecer sentado, intromissão em atividades de outros e incapacidade de aguardar.
· Costuma persistir na vida adulta.
Critérios diagnósticos (DSM-5):
· Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade, que interfere no funcionamento e no desenvolvimento, conforme caracterizado por (1) e/ou (2):
1. Desatenção: seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por, pelo menos, seis meses em um grau que é inconsistente com o nível do desenvolvimento e têm um impacto negativo, diretamente, nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais:
a. Frequentemente, não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades;
b. Frequentemente, tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
c. Frequentemente, parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra, diretamente;
d. Frequentemente, não segue as instruções até o fim e não consegue terminar os trabalhos escolares, as tarefas ou os deveres no local de trabalho;
e. Frequentemente, tem dificuldade para organizar as tarefas e as atividades;
f. Frequentemente, evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam um esforço mental prolongado;
g. Frequentemente, perde as coisas necessárias para as tarefas ou as atividades;
h. Com frequência, é, facilmente, distraído por estímulos externos;
i. Com frequência, é esquecido em relação às atividades cotidianas.
2. Hiperatividade e Impulsividade: seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por, pelo menos, seis meses em um grau que é inconsistente com o nível do desenvolvimento e têm impacto negativo, diretamente, nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais:
a. Frequentemente, remexe ou batuca as mãos ou os pés, ou se contorce na cadeira;
b. Frequentemente, levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado;
c. Frequentemente, corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado;
d. Com frequência, é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente;
e. Com frequência, “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado”;
f. Frequentemente, fala demais;
g. Frequentemente, deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenhasido concluída;
h. Frequentemente, tem dificuldade para esperar a sua vez;
i. Frequentemente, interrompe ou se intromete;
j. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estavam presentes antes dos 12 anos de idade;
k. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estão presentes em dois ou mais ambientes;
l. Há evidências claras de que os sintomas interferem no funcionamento social, acadêmico ou profissional, ou de que reduzem a sua qualidade;
m. Os sintomas não ocorrem, exclusivamente, durante o curso de esquizofrenia ou outro transtorno psicótico, e não são mais bem explicados por outro transtorno mental.
· TEA: Critérios diagnósticos
a. Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos:
1. Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa normal ao compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto, a dificuldade para iniciar ou responder às interações sociais;
2. Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para a interação social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco integrada à anormalidade no contato visual e linguagem corporal, ou déficits na compreensão e no uso de gestos, a ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal;
3. Déficits para desenvolver, manter e compreender os relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar aos contextos sociais diversos à dificuldade em compartilhar as brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos, a ausência de interesse por pares.
b. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades:
1. Movimentos motores, uso de objetos, ou fala estereotipados ou repetitivos; 
2. Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível às rotinas ou aos padrões ritualizados, de comportamento verbal ou não verbal;
3. Interesses fixos e, altamente, restritos, que são anormais em intensidade ou foco (p. ex., forte apego aos/ou preocupação com objetos incomuns, interesses, excessivamente, circunscritos ou perseverativos);
4. Hiper ou hiporreatividade aos estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente.
c. Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do desenvolvimento.
d. Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo no presente.
e. Essas perturbações não são mais bem explicadas por deficiência intelectual ou por atraso global do desenvolvimento. Deficiência intelectual ou transtorno do espectro autista costumam ser comórbidos; para fazer o diagnóstico da comorbidade de transtorno do espectro autista e deficiência intelectual, a comunicação social deve estar abaixo do esperado para o nível geral do desenvolvimento.
· Transtornos neurocognitivos: Condições adquiridas que representam uma patologia cerebral subjacente, resultando em um declínio nas faculdades mentais. Não são condições esperadas do desenvolvimento. As principais condições associadas com o transtorno neurocognitivo são: lesão cerebral causada por trauma, condições anômalas de respiração, transtornos cardiovasculares, transtornos degenerativos, demência por causas metabólicas, condições relativas às drogas e ao álcool, infecções e complicações do câncer.
Abrange o grupo de transtornos em que o déficit clínico primário está na função cognitiva, sendo transtornos adquiridos em vez de transtornos do desenvolvimento. Tem como características centrais os déficits cognitivos, apesar dos mesmos estarem presentes em muitos transtornos mentais (p. ex., esquizofrenia, transtornos bipolares etc.). 
Caracterizam-se pelo fato de que a cognição prejudicada não estava presente ao nascimento ou muito no início da vida, representando, assim, um declínio a partir de um nível de funcionamento alcançado anteriormente.
· Doença de Alzheimer: Evidências de declínio cognitivo importante a partir de nível anterior de desempenho em um ou mais domínios cognitivos. Há o surgimento insidioso e a progressão gradual do prejuízo nos domínios cognitivos. Os déficits cognitivos interferem na independência em atividades da vida diária. A perturbação não é mais bem explicada por doença cerebrovascular, outra doença neurodegenerativa, efeitos de uma substância ou outro transtorno mental, neurológico ou sistêmico.
Atualização em 2018 (JACK et al., 2018) diz que precisa ter pro diagnóstico de Alzheimer: alterações biológicas
· Acúmulo da proteína beta-amiloide (necessário); 
· Acúmulo da proteína Tau, que gera degeneração cerebral; 
· Neurodegeneração. 
Cognição como forma de estadiamento, estágios: Pré-clínico – queixa cognitiva subjetiva – comprometimento cognitivo leve – demência.
· Os sintomas amnésicos iniciais estão estreitamente relacionados ao acometimento de regiões temporais mediais, em especial, o hipocampo e o córtex entorrinal; 
· Tem o seu início em áreas temporais mediais (córtex entorrinal e formação hipocampal) e, posteriormente, atingem o neocórtex, localizado em áreas temporais, parietais e frontais.
· Apresentação característica: amnéstica, com o prejuízo da memória e da aprendizagem, comumente acompanhado de deficiências nas funções executivas. 
· Na fase de demência, outras funções cognitivas estão alteradas também.
Além dos sintomas cognitivos, há a presença de uma série de sintomas comportamentais – neuropsiquiátricos. Os mais frequentes são: 
· Apatia; 
· Depressão; 
· Agitação/agressividade.
· A presença dos sintomas neuropsiquiátricos na DA relaciona-se com maior sobrecarga de cuidadores e, consequentemente, com maior probabilidade de institucionalização desses pacientes.
· Diagnóstico definitivo – exame anatomopatológico (biópsia ou após a morte por necropsia).
Diagnóstico provável – critérios clínicos: 
· Documentado pelo Miniexame do Estado Mental (MEEM) ou por exame similar e confirmado por avaliação neuropsicológica; 
· Comprometimento progressivo da memória e de, no mínimo, mais uma função cognitiva, afetando o desempenho nas atividades de vida diária (AVDs); 
· Biomarcadores fisiopatológicos, como os biomarcadores no liquor (Tau, Fosfo-Tau, Betaamiloide) e os marcadores amiloides em neuroimagem (PET-PiB).
Avaliação neuropsicológicas: A metodologia, atualmente, utilizada em avaliação neuropsicológica envolve os inúmeros recursos que foram desenvolvidos em laboratórios de Neuropsicologia, Neurologia e Psicometria. Estes testes neuropsicológicos são organizados em baterias que podem ser flexíveis ou fixas.
Avaliação compreensiva e abrangente:
· Funções cognitivas
· Aspectos emocionais
· Personalidade
· Comportamento social e adaptativo
Demandas: Diagnóstico ou detecção precoce de sintomas. A avaliação e a reavaliação para o acompanhamento de tratamentos cirúrgicos, medicamentosos e de reabilitação. Direcionada ao tratamento, visando à programação de reabilitação neuropsicológica. Voltada para os aspectos legais, gerando as informações e os documentos, sobre as condições ocupacionais ou incapacidades mentais.
Adultos e idosos:
· Declínio cognitivo
· Demências
· AVE
· Histórico de abuso de substâncias
· Déficits cognitivos secundários a outros transtornos
· Pré e pós-cirúrgico
Infantil: Identificar precocemente as dificuldades no desenvolvimento cognitivo e comportamental.
· Problemas de aprendizagem
· Queixas de comportamento
· Cautela: cérebro em desenvolvimento, envolvimento de fatores ambientais
Processo: 
I. Formulação de hipóteses: Perguntas levantadas a partir do encaminhamento para a avaliação, cujas respostas se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas, ou não, por meio da avaliação. Parte das informações levantadas na entrevista inicial (coleta da queixa, motivo do encaminhamento).
II. Planejamento dos instrumentos: Necessário dispor de instrumentos precisos, válidos e normatizados para determinada população SATEPSI: www.pol.org.br
III. Aplicação das técnicase instrumentos: Técnicas: entrevista; observação. Instrumentos: psicológicos, neuropsicológicos, escalas/investários. Levantamento quantitativo e qualitativo. 
IV. Cotação e análise dos dados: Analisar o desempenho do examinando nos instrumentos considerando os aspectos quantitativos e qualitativos. Analisar a performance completa do examinando em todo o processo e a sua combinação com outros exames. Estabelecer a relação entre a função/disfunção e a área cerebral. Atentar para os fatores que possam interferir em uma tarefa. Conhecimento teórico.
V. Conclusões: Perfil neuropsicológico do examinando, com ênfase sobre as principais áreas de habilidade, as dificuldades e os possíveis déficits cognitivos. Hipóteses sobre o funcionamento emocional e a sua relação com a queixa. Fornecer um diagnóstico compreensivo e/ou nosológico. Recomendações e condutas ao programa de reabilitação.
VI. Devolutiva oral e por escrito: Entrevista devolutiva – comunicar os resultados da avaliação neuropsicológica: Transmitir, apenas, o que for necessário para a tomada de decisões que afetam o sujeito; Orientar a quem é de direito sobre os encaminhamentos apropriados; Fornecer o relatório ou o laudo psicológico a quem é de direito.
Reabilitação neuropsicológica: Conjunto de práticas que tem, como objetivo, reduzir os efeitos de déficits cognitivos, alterações comportamentais, emocionais e mudanças decorrentes de insultos neurológicos como TCE, tumores cerebrais, AVEs, epilepsias, doenças neurodegenerativas, entre outras (WILSON, 2008). Visa habilitar o paciente com a disfunção neurológica a se adaptar ao seu novo contexto psicossocial.
Plasticidade cerebral é limitada: Tirar o foco de “voltar ao normal” para a “melhora gradual” e a “adaptação”. Em geral, a noção de “cura” não se aplica.
Variáveis relacionadas à recuperação: 
1. Demográficas: idade, escolaridade, sexo, bagagem cultural, abuso de drogas. 
2. Fatores relacionados à lesão: período desde a lesão, extensão e gravidade da lesão, recuperação de diferentes funções em diferentes graus. 
3. Fatores psicológicos: características pré-mórbidas de personalidade, alterações e oscilações de humor, raiva e resistência, falta de consciência/insight.
Melhor prognóstico: indivíduos sem antecedentes psiquiátricos, que apresentem alterações comportamentais leves, bom nível intelectual prévio e que disponham de um familiar participante do tratamento.
Recomendável iniciar um programa de reabilitação até, aproximadamente, 6 a 9 meses após o acometimento cerebral.
Objetivos: Independência e qualidade de vida dos pacientes. Aproveitamento das capacidades preservadas (habilidades residuais), estratégias compensatórias e aquisição de novas habilidades, auxílio na adaptação às perdas permanentes.
Em resumo: avaliação - reabilitação - alta
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