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PARASITOLOGIA - 1 BIMESTRE

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PARASITOLOGIA 
Plano de ensino: 
 Protozoário (unicelular – protista); 
 Helmintos (vermes – Fita ou arredondados); 
 Artrópodes (pulga, carrapato, piolho); 
 
 
Programa: 
 Introdução; 
 Caraterização dos helmintos; 
 Caracterização dos protozooses; 
 Doenças causadas por artrópodes; 
 Laboratório de parasitologia clínica; 
 Métodos de diagnóstico das parasitoses; 
RELAÇÃO ENTRE OS SERES VIVOS: 
Objetivo: 
 Obtenção de alimento; 
 Proteção (abrigo). 
AS RELAÇÕES PODEM SER: 
» Relação harmônica: relação nas quais não se verifica nenhum tipo de prejuízo entre os organismos associados, 
ou quando há benefícios mútuos. Ex: Comensalismo. 
» Relação desarmônica: relações nas quais pelo menos uma espécie participante é prejudicada. Ex: Parasitismo. 
COMENSALISMO: é uma associação interespecífica harmônica na qual uma espécie obtém vantagens (o hospedeiro) 
sem prejuízo para outra espécie associada (o hospedeiro). Essas vantagens podem ser: proteção, transporte e 
nutrição. 
A palavra comensal deriva do latim “comensale” que significa “aquele que come junto com” ou “convidado à mesa”. 
Ex: Entamoeba coli, protozoário que vive no intestino grosso humano. 
PARASITISMO: consiste na interação ecológica estabelecida entre uma espécie denominada parasito e outra 
denominada hospedeiro. É uma associação onde existe uniteralidade de benefícios: 
 O hospedeiro é espoliado* pelo parasito, pois fornece alimento e abrigo para este. 
*privar/tirar/lesar/extrair. 
O parasitismo consisti um fator limitante e debilitante da população humana, principalmente em regiões 
subdesenvolvidas. 
 
INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO 
Quando um parasita tenta estabelecer uma infecção, o hospedeiro responde por meio da mobilização de um conjunto 
de mecanismos de defesa. A ocorrência de uma doença depende do desequilíbrio na interação do micróbio parasita 
e de seu hospedeiro. 
Resistência: habilidade para repelir a doença por meio de seus mecanismos de defesa. 
Susceptibilidade: é a falta de resistência. 
RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO NA SAÚDE E NA DOENÇA: a balança entre resistência e susceptibilidade. 
Excesso de fatores de resistência sobre fatores de resistência sobre fatores de susceptibilidade, significa boa saúde, 
excesso de fatores de susceptibilidade sobre os fatores de resistência fica doença. 
FATORES DE RESISTÊNCIA E SUSCEPTIBILIDADE DO HOSPEDEIRO 
A relação ecológica desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes, em que ocorre uma associação intima 
e duradoura e uma dependência metabólica. (Contaminação quando há ingestão de ovo) 
JECA TATU: o escritor Monteiro Lobato, já nos anos 30, nos privilegia com sua compreensão da problemática de 
nossos endemias rurais, descrevendo nosso homem do campo não como indivíduo preguiçoso por natureza, e 
sim em realidade, um parasitado crônico, triste verdadeira expressão social da omissão de nossas autoridades 
médica-sanitaristas. 
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Sobre Entamoeba Histolytica: Diagnótico deste protozoário pode indicar a infestação por outros organismos que podem ser prejudicados (parasitos) ao hospedeiro devido à contaminação ser semelhante, por via orofecal.
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 Hospedeiros naturalmente resistente não favorecem alguns fatores nutricionais essenciais de que os organismos 
necessitam para o crescimento ou apresentam outros mecanismos de defesa para resistir a infecção por parasito. 
 Certos fatores ambientais dos hospedeiro humano também contribuem para a resistência ou susceptibilidade do 
hospedeiro a infecção. 
IMPORTANTE: para existir uma doença parasitária, há necessidade de alguns fatores: 
» Inerentes ao parasito: número de exemplares, tamanho, localização, virulência, metabolismo, etc. 
» Inerentes ao hospedeiro: idade, nutrição, nível de resposta imune, intercorrência de outras doenças, hábitos, etc. 
Assim da combinação destes fatores podemos ter: “doente”, “portadores assintomáticos” e “não parasitado”. 
PARASITOLOGIA: é a ciência que estuda a relação entre dois seres, o parasito e o outro hospedeiro. 
Parasitos: é a relação entre a ação do parasito (causa danos) e a relação do hospedeiro. 
 
HOPEDEIROS: 
Hospedeiro é um organismo que alberga o parasito. Ex: o parasito do Ascaris lumbricoides é o homem. 
 
 
INTERMEDIÁRIO: 
 Ser que ativa como intermediário entre o parasito e o hospedeiro definitivo; 
 Alberga o parasito durante parte do seu ciclo evolutivo (fase larvária ou assexuado); 
 Também chamado de vetor ou transmissor. 
DEFINITIVO: 
 Organismo que alberga o parasito na fase adulta e no qual passa parte ou toda a existência. 
 Fase de maturidade ou fase de atividade sexual. 
TIPOS DE HOSPEDEIROS: 
Exemplo: Doença de chagas – causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, tendo como seu hospedeiro 
intermediário o Triatoma infestans, que é o barbeiro, e o seu hospedeiro definitivo o homem. 
 Hospedeiro paratênico ou de transporte: 
» É um ser vivo que serve de refúgio temporário e de veículo até que o parasita atinja o hospedeiro definitivo. 
» O parasita não evolui neste hospedeiro; 
» Esse hospedeiro não é imprescidivel para completar o ciclo vital. 
» Exemplo: peixes maiores, que ingerem peixes menores contaminados com larvas de Diphyllobothrium 
transportam essas larvas até o ser humano ingerir o peixe maior, geralmente cru. 
PARASITOS: 
» Parasito é um agressor na relação de parasitismo. 
» Esses grupos, que a ciência conhece pelo nome de parasitos. 
TIPOS: 
Endoparasito: 
“Os portadores assintomáticos são os mais perigosos, pois eles não têm sintomas, mas transmite a doença. Ex: 
cozinheiro (se estiver contaminado, e for assintomático, pode transmitir ao seus consumidores).” – Anotações 
“Pacientes aidéticos se tornam mais suscetível a várias doenças, sendo as parasitárias, uma delas. Ex: 
Toxoplasmose, giardíase, entre outras” 
 
“Ex: doença de chagas, que se dava mais comumente pelo hospedeiro (Trypanossoma). Pode afetar os músculos, 
o cardíaco, afeta também o intestino e o esôfago. Nosso corpo ao tentar manter o funcionamento normal, hipertrofia 
esses órgãos e musculo, sendo chamado mega esôfago e intestino.” – Anotações 
“O paciente aidético se torna mais susceptível as doenças e também as parasitárias. Ex: Toxoplasmose, giardíase.” 
- Anotações 
 
Ciclo: ingestão do ovo (L3), chega ao intestino e o ovo eclode e sai a L3, que vai para corrente sanguínea até se 
tornar L5 voltando ao intestino e se mantendo lá. 
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 Que vivem dentro do corpo do hospedeiro; 
 Dependem totalmente do seus hospedeiros como fonte de nutriente. 
 Determinam o chamado endoparasitismo (parasitose interna). 
 Exemplo: Ancylostoma duodenale (anemia) e Enterobius vermiculares (oxirus – coceira na região anal, sai 
nas fezes). 
Ectoparasito: 
 Que vivem externamente ao corpo de hospedeiro; 
 Podem obter oxigênio diretamente do meio exterior; 
 Determinam o chamado ectoparasitismo (parasitose de superfície) 
 Exemplos: Pediculus humanus (piolho); Tunga penetrans (pulga de bicho-de-pé) 
 Sarna: sarcoptes scabiei; 
 Carrapato estrela: Amblyomma cajem; 
 Berne: Stomoxys calcitrans (sai para fora da pele); 
 Berne: Dermatobia hominis (ficana pele, só sai para respirar – larva da mosca varejeira – feridas prévias, 
come tecido necrosado). 
CLASSIFICAÇÃO DOS CICLOS BIOLÓGICOS DOS PARASITOS; 
De acordo dom a necessidade de hospedeiro intermediários ou não, são classificados em: 
1. Ciclo Monóxeno (monoxênico). Ex: Ascaris lumbricoides; 
2. Ciclo Heteroxeno (Heteroxênico). 
1. Parasito que necessitam de um só hospedeiro para completar seu ciclo vital. Ex: Enterobius vermiculares 
2. O parasito só completa seu desenvolvimento passando sucessivamente e sempre na mesma ordem por dois ou 
mais hospedeiros. Ex: Taenia solium e schitosoma mansoni. 
Antivermico – para Helmintos (Metronidazol) 
Albendazol – para protozoários 
 
PROTOZOÁRIOS 
1. AMEBÍASE 
(Desinteria Amebiana, Diarréia Sanguinolenta, Enterocolite Amebiana) 
Caracterização 
A amebíase é definida como a infecção do homem pela Entamoeba histolytica, com ou sem manifestações 
clínicas. 
Agente infestante 
Entamoeba histolytica, classificados no Subfilo Sarcodina (Rizópodes). 
Biologia do agente 
Por ser patogênica, apresenta-se em diferentes fases: 
a. Trofozoítos ou forma vegetativa (forma invasiva) 
 - mede de 20 até 40 µm, mas pode atingir 60 µm nas formas obtidas de lesões tissulares (forma invasiva); 
 - geralmente tem um só núcleo, bem nítido nas formas coradas e pouco visível nas formas vivas; 
 - apresenta emissão contínua e rápida de pseudópodes; 
“Os médico muito raramente pedem exames parasitários, sendo já indicado um remédio para matar o parasita, 
mesmo sem as vezes saber qual é, e qual seria o mais indicado. 
O remédio vem sendo usado como algo preventivo e não como tratamento. 
Os casos de parasitose estão inteiramente ligados a situações sanitárias as quais as pessoas estão inseridas na 
população.” – Anotações 
 
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 - apresentam em seu citoplasma as substâncias englobadas como: eritrócitos, bactérias, grãos de amido ou 
outros detritos; 
 - aparecem raramente nas fezes, apenas em casos de diarréia ou de disenteria. 
b. Pré-cisto 
 - fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto; 
 - é oval ou ligeiramente arredondado, menor do que o trofozoíto; 
 - núcleo semelhante ao do trofozoíto; 
 - surgem a partir da forma não-invasiva, na luz intestinal. 
c. Metacisto (forma não-invasiva) 
 - é uma forma multinucleada que emerge no intestino delgado, onde sofre sucessivas divisões dando origem 
aos trofozoítos-mestacísticos. Deve ser considerada a forma normal do parasito, sendo a única capaz de 
produzir cistos e completar o ciclo biológico da espécie. 
d. Cistos 
 - são esféricos ou ovais, medindo de 8 a 20 µm de diâmetro; 
 - em preparações a fresco, eles aparecem como corpúsculos hialinos, claros, às vezes de coloração palha, 
com as paredes refringentes. Os núcleos são pouco visíveis; 
 - quando corados pelo lugol ou hematoxilina férrica, os núcleos tornam-se bem visíveis e variam de 1 a 4, 
tomando a cor castanho escuro. 
Habitat 
o Os trofozoítos normalmente vivem na luz ou na mucosa do intestino grosso (não invasivo), podendo, 
ocasionalmente, penetrar na mucosa e produzir ulcerações intestinais ou em outras regiões do organismo, como 
fígado, pulmão, rim e mais raramente, no cérebro (invasivo). Atingem ainda, em certas circunstâncias, a pele e a 
região anal ou vaginal (períneo). 
Ciclo Biológico 
o É do tipo monoxênico e relativamente simples. 
o Podem ser observados durante o ciclo 4 estágios consecutivos: trofozoítos, pré-cistos, cistos e metacistos. 
Ciclo não-patogênico 
o O ciclo inicia-se pela ingestão dos cistos maduros, através dos alimentos ou da água contaminada. 
o O cisto passa pelo estômago, resistindo à ação do suco gástrico. Ao atingir a posição terminal do intestino delgado 
se dá o desencistamento, que pode ser influenciado pelas enzimas intestinais, bactérias e baixa tensão de oxigênio. 
O desencistamento se dá através de uma fenda ou poro existente na parede cística, pondo em liberdade uma 
ameba com 4 núcleos chamada metacisto. 
o Em seguida, o metacisto sofre sucessivas divisões citoplasmáticas dando origem, inicialmente, a 4 e depois a 8 
pequenas amebas, denominadas trofozoítos-mestacísticos. Esses trofozoítos migram para o intestino grosso, onde 
colonizam, crescendo e multiplicando-se aderidos à mucosa, alimentando-se de detritos e bactérias. 
o Em condições de trânsito intestinal normal, e sob certas condições, os trofozoítos sob a ação de desidratação podem 
suspender suas funções vegetativas, expulsar os alimentos contidos em seu citoplasma, deixar de emitir 
pseudópodes, diminuir de tamanho, arredondar-se e transformar-se em pré-cistos. Em seguida secretam a parede 
cística, dando origem aos cistos, inicialmente mononucleados e depois tetranucleados, sendo eliminado juntamente 
com as fezes normais ou formadas. Os cistos podem ser ingeridos propagando dessa forma a espécie. 
o (Não patogênico – exclusivo intestinal, fica somente no intestino) 
Ciclo Patogênico 
o Em certas situações, o equilíbrio parasito-hospedeiro pode 
ser rompido, e os trofozoítos invadem a mucosa intestinal, 
multiplicando-se ativamente no interior da úlceras; através 
da circulação porta, podem atingir outros órgãos como 
fígado, posteriormente o pulmão, a pele e mais raramente o 
cérebro, causando a amebíase extra-intestinal. Os 
trofozoítos, neste caso, são chamados de invasivos e 
virulentos. Na integridade dos tecidos, os trofozoítos são 
muito ativos e hematófagos, não formando cistos. 
o (Patogênico – ‘circula’ para fora do intestino) 
 
 
Transmissão 
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o É direta, não envolvendo um vetor. 
o - ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos infectantes da ameba patogênica: 
o ∗ uso de água sem tratamento, contaminada por dejetos humanos; 
o ∗ alimentos contaminados (verduras cruas, frutas); 
o ∗ alimentos podem ser contaminados por cistos veiculados nas patas de baratas e mosca. 
o - falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação dos cistos dentro de casa; 
o - “portadores assintomáticos” que manipulam alimentos são os principais disseminadores desta protozoose. 
Sintomas 
o O período de incubação é muito variável, de 7 dias até 4 meses e bastante difícil de determinar. 
o A sintomatologia da amebíase varia de acordo com a intensidade da infecção e o local em que a mesma se 
manifesta: intestina e extra-intestinal. 
Intestinal 
a. Forma assintomática 
Grande maioria das infecções humanas: 80 a 90% são infecções assintomáticas e a infecção é detectada pelo 
encontro de cistos nos exames de fezes. 
b. Forma sintomática intestinal 
1. Colites não-desintéricas 
o - manifesta-se por 2 a 4 evacuações diarréicas ou não, por dia,com fezes moles ou pastosas, às vezes contendo 
muco ou sangue; 
o - pode apresentar desconforto abdominal ou cólicas e raramente manifestação febril. 
2. Colites amebianas – forma desintéricas 
o - dores abdominais, em forma de cólicas violentas, bem como diarréia mucosanguinolenta escura e febre 
moderada; 
o – tenesmo (sensação de querer evacuar, mas não evacua) e tremores de frio; - pode haver de 8 a 10 evacuações 
por dia. 
o A liberação de sangue é conseqüência de ruptura de vasos sanguíneos nas ulcerações e abscessos amebianos 
da mucosa intestinal. 
Extra-Intestinal 
o Caso a ameba consiga atravessara parede intestinal, pode, através da corrente sanguínea, alojar-se em órgãos 
como pulmões, fígado, cérebro, provocando graves lesões. 
o Em circunstâncias mais graves determina ulcerações hepáticas (abscessos hepáticos) que ocasionam a hepatite 
amebiana, fatal quando não tratada a tempo e adequadamente. 
o Podem ocorrer abscessos amebianos pulmonares, encefálicos, cutâneos e retais (fístulas retais – são pequenos 
canais dentro do tecido). 
Profilaxia 
Consiste em: 
o - evitar a contaminação fecal de alimentos e água; 
o - educação sanitária; 
o - hábitos de higiene pessoal; 
o - lavagem cuidadosa dos alimentos (frutas e verduras); 
o - uso de instalações sanitárias adequadas (caso tenha uma fossa séptica, seguir a legislação de instalações 
sanitárias); 
o - observar a origem dos alimentos (devido a irrigação e adubação com dejetos humanos). 
o Observação: nas regiões em que dejetos humanos e lixo não tem destino sanitário adequado, a amebíase 
encontra condições de alastramento. Em locais bem saneados e limpos, geralmente, é baixa a incidência de 
amebíase. 
Tratamento 
o O tratamento de escolha para a amebíase intestinal é o metronidazol (Flagil) 
 
 
“Amebíase – ciclo evolutivo (ingestão de cistos prematuros). 
Mosca hospedeiro de transporte” - Anotações 
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2. GEARDÍASE 
Agente infectante 
o Giardia lamblia (sinonímia: Giardia intestinalis, Giardia duodenalis e Lamblia intestinalis). 
o Classificação: Filo Sarcomastigophora, subfilo Mastigophora (que possuem flagelos). É um pequeno protozoário 
flagelado, que parasita o homem e vários animais domésticos ou silvestres. 
Epidemiologia 
o É um parasito cosmopolita que atinge ambos os sexos, sendo mais comum em grupos etários inferiores a 10 anos. 
o Em muitos países é o parasito intestinal mais freqüente no homem, estimando-se que a incidência mundial seja 
da ordem de 500.000 casos por ano. No Brasil, o último levantamento multicêntrico das parasitoses intestinais, 
em 1998, revelou uma prevalência de 28,5% em escolares com faixa etária entre 7 e 14 anos. Cimerman, em 
1998, mostrou prevalência de 16% em pacientes aidéticos. 
Biologia do agente 
o A Giardia lamblia apresenta duas formas: o trofozoíto e o cisto. 
Trofozoítos: 
o Mede de 2,1 a 9,5 µm de comprimento por 5 a 15 µm de largura; possui forma de pêra, apresentando a 
extremidade anterior dilatada e a posterior afilada. 
o Na superfície ventral encontra-se de cada lado o disco suctorial, com função de fixação do parasito às células 
intestinais. Dividindo o parasito ao meio, estabelecendo uma simetria bilateral, são visíveis duas formações 
lineares, negras, chamadas axonemas. Possui dois núcleos ovóides, próximos dos quais estão os blefaroplastos, 
dos quais saem 8 flagelos. No meio do corpo, cruzando os axonemas, existem 2 corpúsculos negros, em forma 
de vírgula, chamados corpos parabasais. 
Cistos: 
o O cisto mede de 8 a 12 µm de comprimento por 7 a 9 µm de largura; possui forma ovalada, parede cística incolor 
e no seu interior observa-se a presença de 2 ou 4 núcleos, flagelos, axonemas e corpos parabasais. 
o Os cistos são as formas infectantes, sendo, portanto, responsáveis pela disseminação da moléstia. 
o São muito resistentes, permanecendo viáveis durante 2 meses no meio exterior. A cloração da água e o seu 
aquecimento até 60ºC, não são suficientes para sua destruição. A água fervida por 5 minutos é efetiva na 
inativação dos cistos, porém o congelamento não os destrói. 
o Observação: nas evacuações líquidas (diarréias) os trofozoítos aparecem em grande número, porém em fezes 
formadas predominam os cistos. Milhões e até bilhões de cistos podem ser eliminados diariamente por um 
indivíduo infectado. 
Habitat 
o O parasito pode ser encontrado em todo o intestino delgado, e excepcionalmente no intestino grosso. Localiza-se 
com maior freqüência nas porções mais altas do intestino, sendo o duodeno seu habitat preferencial. Eles se 
aderem em grande número na superfície da mucosa pelo disco suctorial e chegam a formar um revestimento 
extenso a tal ponto que, seria capaz de interferir na absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis, especialmente 
a vitamina A. 
Ciclo Biológico 
o É um parasito monoxeno de ciclo biológico direto. A via normal de infecção do homem é a ingestão de cistos. 
o Ao serem ingeridos, os cistos passam pelo estômago e chegam ao duodeno, onde perdem sua membrana cística, 
transformando-se em trofozoítos, que podem ficar livres na luz intestinal ou fixar-se a parede duodenal. 
o As formas trofozoítas multiplicam-se ativamente por um processo de divisão binária longitudinal, surgindo grande 
número de novos elementos em pouco tempo. Em certo momento, sob a influência de fatores, acredita-se que 
possam ser: pH intestinal, estímulos de sais biliares e o deslocamento do trofozoíto da mucosa, o trofozoíto se 
retrai, condensa e secreta uma membrana cística (resistente e formada de quitina), transformando-se em cisto. 
o O ciclo se completa pelo encistamento do parasito e sua eliminação para o meio exterior. 
Transmissão 
 - água contaminada; sem tratamento ou deficientemente tratada; 
 - verduras, legumes e frutas cruas contaminadas pelos cistos; 
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 - alimentos contaminados por manipuladores parasitados; 
 - contato direto pessoa a pessoa, principalmente em creches, escolas, asilos, orfanatos e clínicas psiquiátricas, 
por meio de mãos contaminadas; 
 - artrópodes, pois os cistos podem permanecer vivos durante 24 horas no intestino de moscas e 7 dias na barata. 
 Estes são capazes de disseminar o parasito através de dejeto ou regurgitamento; 
 - sexo anal-oral; 
 - riachos e reservatórios contaminados pela presença de animais parasitados. (Esse fato levou a OMS a considerar 
a giardíase como uma zoonose). 
Sintomas 
o O período de incubaçãocostuma ser de 1 a 3 semanas, mas pode prolongar-se até 6 semanas. 
o Os sintomas mais freqüentes são: evacuações líquidas ou pastosas; número aumentado de evacuações; mal-
estar; cólicas abdominais (esteatorreia: gordura nas fezes – localiza-se no duodeno), fraqueza e perda de peso. 
o Os sintomas menos freqüentes são: diminuição do apetite, náuseas, vômitos, flatulência, distensão abdominal, 
ligeira febre, cefaléia e nervosismo. 
o A diarréia é a manifestação mais constante e são malcheirosas, geralmente claras e acinzentadas. 
o Em pacientes com deficiência imunológica pode-se encontrar diarréia persistente, má absorção e perda acentuada 
de peso. 
o Em crianças, a sintomatologia é a mesma, constituindo por vezes uma síndrome de diarréia crônica, dor abdominal 
e abdome distendido, anorexia, perda de peso e crescimento retardado. 
o (O indivíduo infectado pode continuar eliminando cistos nas fezes.) 
 Diagnóstico 
1. Método direto de pesquisa de cistos e trofozoítos nas fezes diarréicas e busca de cistos nas fezes formadas. Como 
a eliminação de cistos não contínua, ocorrendo períodos de 7 a 10 dias durante os quais estão presentes em 
pequenas quantidades ou desaparecem, exames falsos-negativos são comuns. Sugere-se então, a realização de 
3 exames, preferencialmente realizados um a cada 3 dias. 
2. Os parasitos podem ser vistos também no conteúdo duodenal aspirado por meio de sonda, onde se encontram as 
formas vegetativas (trofozoítos). 
3. Enterotest: conhecido como da “corda encapsulada” ou teste do barbante. A finalidade deste teste é obter suco 
duodenal a partir do qual se pesquisa os trofozoítos. 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
o O tratamento até recentemente era feito com grande sucesso empregando-se furazolidona (Giarlam), entretanto, 
em vista da resistência ao medicamento, novos produtos tem sido indicados: metronidazol (Flagyl), tinidazol 
(Flasigyn), ornidazol (Tiberal) e secnidazol (Secnidazol). 
Profilaxia 
 - Fervura da água para uso doméstico, pois a cloração é ineficiente para destruição dos cistos; 
 - Saneamento básico; 
 - Educação sanitária e higiene pessoal; 
 - Combate aos artrópodes. 
 
3. TRICOMONÍASE OU TRICOMONOSE 
Agente infectante 
o Trichomonas vaginalis. Classificação: Filo Sarcomastigophora, subfilo Mastigophora (que possuem flagelos). 
 Biologia do agente 
o A forma típica é alongada, ovóide ou piriforme (forma de pêra), medindo de 10 a 30 µm de comprimento por 5 a 
12 µm de largura. Possui 4 flagelos livres que partem de uma depressão do pólo anterior, denominada canal 
periflagelar, e se dirigem para a frente. Um 5º flagelo, recorrente, emerge fora desse canal e fica voltado para trás, 
Clinico: 
» História de diarréria prolongada, sem muco, pus ou sangue; 
» Perda ponderal; 
» História epidemiológica; 
Método de Faust e Ritchie (laboratorial) 
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mantendo-se aderente em toda a sua extensão ao corpo celular por uma prega que constitui a membrana 
ondulante, mas que não chega até a extremidade posterior. O núcleo celular é relativamente grande e situado na 
metade anterior do corpo celular. 
 
 Trofozoíto 
 
 
 
Habitat 
o O Trichomonas vaginalis vive habitualmente sobre a mucosa vaginal, podendo ser observado em outros locais do 
aparelho geniturinário. No homem já foi encontrado no prepúcio, na uretra e na próstata. 
o Observação: não há formação de cistos de propagação e o Trichomonas vaginalis sobrevive, entretanto, várias 
horas em uma gota de secreção vaginal e, na água, resiste 2 horas a 40ºC. Usualmente não sobrevive fora do 
sistema urogenital. 
Transmissão 
o É incontestável que a tricomoníase é uma doença venérea. O Trichomonas vaginalis é transmitido por relação 
sexual e pode sobreviver por mais de uma semana sob o prepúcio do homem sadio, após o coito com mulher 
infectada. O homem é o vetor da doença, com a ejaculação, os tricomonas presentes na mucosa da uretra são 
levados à vagina pelo esperma. 
o Pode ocorrer contaminação por: assentos de vasos sanitários, roupas de cama, roupas mal lavadas, toalhas de 
uso comum, roupas íntimas, artigos de toalete, água de banho e de piscina, instrumentos ginecológicos 
contaminados. 
o A via não venérea constitui-se o único caminho para explicar tricomoníase em crianças e virgens. 
Sintomas 
Perturbações genito-urinárias. 
Em mulheres: 
o - ocorre um corrimento aquoso abundante, de cor amarelo-esverdeado, bolhoso e com odor fétido, acompanhado 
por coceira e ardência; 
o - ocorre dor e dificuldade para as relações sexuais; - desconforto nos genitais externos; 
o - freqüência miccional; 
o - dor ao urinar; 
o - a vagina apresenta pontos hemorrágicos. 
o Observação: a tricomoníase é mais sintomática durante a gravidez ou entre mulheres que tomam medicação 
anticoncepcional oral. 
Em homens: 
o A infecção é usualmente assintomática, mas cerca de 10% dos homens infectados apresenta uretrite. 
o A uretrite se apresenta com fluxo leitoso ou purulento e uma leve sensação de prurido na uretra. Pela manhã, 
antes da passagem da urina, pode ser observado um corrimento claro, viscoso e pouco abundante, com 
desconforto ao urinar. Durante o dia a secreção é escassa. 
o Nos portadores assintomáticos, o parasito permanece na uretra e na próstata, mas pode se localizar ainda na 
bexiga, na vesícula seminal e nos testículos. 
o Observação: o parasito desenvolve-se melhor no trato urogenital do homem, em que o glicogênio é mais 
abundante. 
Tratamento 
o A droga de escolha é o metronidazol (Flagyl) para ambos os parceiros, a fim de evitar ou prevenir a reinfecção. 
o Outros fármacos usados são tinidazol (Flasigyn), ornidazol (Tiberal), nimorazol (Nagoxin), carnidazol, secnidazol, 
etc. 
Profilaxia 
o - Higiene do trato genito-urinário; 
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o - Preservativos, que limitam a transmissão. 
 
 
4. TRIPANOSSOMÍASE AMERICANA 
– Doença de Chagas (Tripanossomose Americana) – (pode durar + de dez anos se não cuidado na fase aguda da 
doença) 
Aspectos históricos 
o A Doença de Chagas é assim denominada em homenagem ao seu descobridor, o médico brasileiro Dr. Carlos 
Justiniano Ribeiro das Chagas. Foi descoberta em 1909, quandoCarlos Chagas realizava uma campanha contra 
a malária que atingia operários que trabalhavam na construção de um trecho da Estrada de Ferro Central do Brasil, 
na região norte do Estado de Minas Gerais. Carlos Chagas descreveu o agente etiológico, o transmissor e o modo 
de transmissão da doença. 
Agente infestante 
o É o Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado (Filo Sarcomastigophora), da ordem kinetoplastida, família 
Trypanosomatidae, caracterizado pela presença de um flagelo e uma única mitocôndria. 
o No sangue dos vertebrados, o Trypanosoma cruzi se apresenta sob a forma de tripomastigota e, nos interior das 
células de diversos tecidos, como amastigotas. 
o Nos invertebrados (insetos vetores), ocorre um ciclo com a transformação dos tripomastigotas sanguíneos em 
epimastigotas, que depois se diferenciam em tripomastigotas metacíclicos, que são as formas infectantes 
acumuladas nas fezes do inseto. 
Caracterização geral 
o A Doença de Chagas era, primitivamente, uma enzootia que afetava exclusivamente animais silvestres, 
transmitida por triatomíneos também silvestres. O homem, ao invadir estes ecótopos naturais, possibilitou que os 
triatomíneos se instalassem em seus domicílios, transformando a tripanosossomíase americana em uma 
antropozoonose. 
o Doença infecciosa parasitária crônica e generalizada, transmitida ao homem por um protozoário que é encontrado 
nas fezes do barbeiro. 
o Esses insetos vivem geralmente, no interior de casas pobres que tem paredes e tetos com buracos, frestas ou 
rachaduras, por onde esses insetos podem esconder-se de dia, e sair à noite para picar o homem de preferência 
no rosto. 
o Quando a doença afeta a criança na primeira infância o prognóstico é mais reservado, porque a criança pode 
sofrer um ataque agudo do coração como também pode acarretar alterações no sistema nervoso. 
o Nos adultos infectados que não tiveram tratamento raramente conseguem sobreviver além dos 50 anos. 
Biologia do Agente 
o Os tripanossomas apresentam uma alternância de formas celulares em seus ciclos biológicos, graças à 
diferenciação celular. Esse polimorfismo é particularmente evidente na transição entre os hospedeiros 
invertebrados e vertebrados. O cinetoplasto presente em todas as formas é uma mitocôndria modificada, rica em 
DNA. 
o Conseqüentemente, as formas celulares mais importantes dos ciclos são: 
 Promastigota: forma alongada com cinetoplasto anterior ao núcleo; o flagelo torna-se livre a partir da porção 
anterior da célula; 
 Epimastigota: forma alongada com cinetoplasto justanuclear e anterior ao núcleo, possui pequena membrana 
ondulante lateralmente disposta (hospedeiro intermediário); 
 Tripomastigota: forma alongada com cinetoplasto posterior ao núcleo; o flagelo forma uma extensa membrana 
ondulante e torna-se livre na porção anterior da célula. Tripomastigotas sanguícolas (humano) são as que ficam 
nadando no sangue periférico dos mamíferos. Muito ágil, medindo em média 20 µm de comprimento por 2 µm 
de largura. 
 Amastigota: forma arredondada ou oval, com flagelo curto que não se exterioriza (humano). 
 
 
 
 
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Habitat 
o No homem e nos animais o Trypanosoma cruzi, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente 
as cardíacas e digestivas e no inseto transmissor, vive no tubo digestivo. 
Reservatório natural do Protozoário (Hospedeiro-reservatório) 
 - Homem, 
 - Mamíferos domésticos e silvestres têm sido naturalmente encontrados infectados pelo Trypanosoma cruzi, tais 
como: gato, cão, porco doméstico, rato de esgoto, rato doméstico, macaco de cheiro, sagüi. tatu, gambá, cuíca, 
morcego, dentre outros. 
 - Os mais importantes epidemiologicamente são aqueles que coabitam ou estão muito próximos do homem, como 
o cão, o rato, o gambá, o tatu, e até mesmo o porco doméstico. 
 - As aves e animais de sangue frio (lagartos, sapos, outros) são refratários à infecção. 
Vetores 
o Insetos da sub-família Triatominae: Triatoma infestans, Triatoma brasiliensis, Panstrongylus megistus, Triatoma 
pseudomaculata, Triatoma sordida, dentre outros. 
o Destaque para: Triatoma infestans e Panstrongylus megistus. 
o Uma descrição sucinta do Triatoma: inseto com perto de 2 centímetros de comprimento, asas achatadas, largas 
e listradas nas bordas, não muito diferente de uma barata doméstica comum, mas com um ferrão comprido. Ao 
contrário da barata, porém, é hematófago, ou seja, alimenta-se de sangue. 
o É conhecido popularmente também como: barbeiro, chupança, chupão, fincão, bicudo, procotó, bicho-de-parede. 
o No Estado de São Paulo, por exemplo, a principal espécie foi Triatoma infestans, hoje eliminado do nosso meio. 
Persistem ainda as espécies de menor importância como Triatoma tibiamaculata, Rhodnius neglectus, 
Panstrongylus megistus e Triatoma sordida amplamente distribuídos. 
o Este inseto tem hábitos peculiares. Durante o dia, esconde-se no madeirame e nas frestas das paredes de barro 
de casebres, choças de pau-a-pique e parede de choupanas rurais. De noite, valendo-se da escuridão, sai de seu 
esconderijo e vai picar os moradores que se encontram dormindo. E além de chupar o sangue das pessoas, 
defeca, também, ao mesmo tempo. E é pelas fezes que transmite a doença de Chagas. Ele pica 
preferencialmente ao redor da boca e dos olhos, daí o nome “chupão”. (Antigamente o hospedeiro interm. 
Picava/chupava o humano na região da face, mas especificadamente, onde ficava a barba, sendo correlacionado 
ao barbeiro que é nome mais comumente utilizado) 
Ciclo Biológico 
o O ciclo biológico do T. cruzi é do tipo heteroxênico, passando o parasito por uma fase de multiplicação intracelular 
no hospedeiro vertebrado (homem e mamíferos) e extracelular no inseto vetor (triatomíneos). 
o O ciclo no barbeiro (macho e fêmea) começa com a ingestão de tripomastigotas do sangue do hospedeiro 
reservatório. No intestino do inseto, eles se multiplicam e se diferenciam primeiramente em epimastigotas e, em 
seguida, em tripomastigotas. 
o Quando os insetos picam novamente, o local é contaminado com fezes contendo tripomastigotas, os quais 
penetram na corrente sanguínea, os quais penetram na corrente sanguínea da pessoa (ou outro reservatório) e 
formam amastigotas não flagelados nas células do miocárdio e reticuloendoteliais são os locais mais freqüentes. 
Para completar o ciclo, amastigotas se diferenciam em tripomastigotas, os quais são liberados para o sangue e 
ingeridos pelo barbeiro. 
Transmissão 
a. Pela fezes do barbeiro 
 Depois que pica e suga o sangue humano, o barbeiro contamina o local da picada com seus dejetos, as fezes 
contaminadas pelos protozoários penetram no organismo pelo local da picada, principalmente quando o indivíduo 
coça o local por causa da irritação (comichão) causada pela picada, ocasionando uma porta de entrada para o 
protozoário. 
 A porta de entrada pode ser a pele ou os parasitas podem penetrar pela conjuntiva do olho, pelo nariz e pela boca, 
caso a pessoa coce estas regiões com os dedos contaminados pelas fezes do barbeiro. 
b. Por transfusão de sangue: caso o banco de sangue não faça os testes exigidos por lei. Esta forma tem ganhado 
importância em virtude da migração dos indivíduos infectados para áreas urbanas. 
c. Transmissão congênita: caso a mãe esteja infectada, ela pode transmitir a doença para criança ou pelo sangue 
durante a gravidez (placenta) ou pelo leite materno após a gravidez, mas muitosbebês tem morte prematura. 
d. Manipulação de caça (ingestão de carne contaminada). 
e. Acidentalmente em laboratório. 
Período de incubação e transmissibilidade 
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o Período de incubação - De 5 a 14 dias após a picada do vetor, quando existe sintomatologia. Por transfusão, o 
período é mais longo, de 30 a 40 dias. As formas crônicas se manifestam mais de dez anos após a infecção inicial. 
o Período de transmissibilidade - A maioria dos portadores do T. cruzi alberga o parasito no sangue e nos tecidos 
por toda a vida. Entretanto, a infecção só passa de pessoa a pessoa através do sangue (transfusão ou placenta) 
e através da forma tripomastigota do parasito. 
Sintomas 
Descrevem-se na literatura três fases da doença de Chagas: 
o Fase aguda: é a fase inicial, caracterizada por febre, linfadenopatia e hepato-esplenomegalia. Quando a porta de 
entrada dos tripanosomas é a conjuntiva ocular, pode ocorrer um edema bipalpebral, unilateral, denominado "sinal 
de Romaña-Mazza". Quando o parasita penetra por outros locais da superfície corporal, a lesão produzida recebe 
o nome de "chagoma de inoculação". Com freqüência, a fase aguda passa despercebida, pois seus sintomas 
podem confundir-se com os de diversas outras infecções. 
o Fase de latência ou indeterminada: não apresenta sintomatologia importante do ponto de vista clínico e pode 
durar vários anos. Um paciente nessa fase pode desconhecer sua condição de portador assintomático da doença 
de Chagas e transmitir involuntariamente a infecção por mecanismos diversos. É aceita a idéia de que a maior 
parte dos chagásicos persiste nessa fase pelo resto de suas vidas. 
o Fase crônica: do conjunto dos infectados, uma proporção pequena de indivíduos evolui para a fase denominada 
crônica, durante a qual são identificáveis sintomas de comprometimento cardíaco (miocardite grave), com aumento 
do volume do coração (cardiomegalia) ou digestivo, com aumento do diâmetro de regiões do trato digestivo, os 
"megas": megaesôfago, megacolo, etc. Há, nesta fase, gradativa redução da qualidade de vida e da capacidade 
de trabalho dos doentes, que passam a necessitar de atenção médica constante. E que pode levar o indivíduo à 
morte. Nesta fase crônica os sintomas que aparecem depois de vários anos ou décadas, sendo que em alguns 
casos pode chegar a 20 anos após a infecção, podem ser melhor explicados: •alterações cardíacas: arritmia extra-
sistólica, taquicardia,cardiomegalia acentuada, hipotensão, insuficiência cardíaca, miocardiopatia inflamatória; 
•alterações digestivas: dificuldade de deglutição, regurgitação, dor epigástrica, tosse, disfagia, obstipação 
intestinal grave, hepatomegalia, megaesôfago, megacólon, megaduodeno, emagrecimento; dispnéia e soluços. 
Diagnóstico 
o Os principais meios para o diagnóstico da doença de Chagas: 
o Em sua forma aguda - é o exame microscópico de uma gota de sangue do paciente, para a eventual identificação 
do Trypanosoma cruzi , ou a biopsia de um gânglio linfático. Ainda se pode realizar a Reação de ELISA, que 
detecta anticorpos, mediante a pesquisa de IgM. 
o Na forma crônica - os parasitos tornam-se raros na corrente sangüínea e, então, o diagnóstico deve basear-se em 
método indireto: verifica-se se o organismo está produzindo anticorpos contra o Trypanosoma cruzi. Para isso faz-
se uma prova imunológica com o soro sangüíneo do doente, denominada "reação de fixação do complemento 
para a doença de Chagas" ou "reação de Guerreiro e Machado", ou de "Machado Guerreiro" como é mais 
comumente conhecida e o Xenodiagnóstico, que permite que um barbeiro não-infectado criado em laboratório se 
alimentar no paciente (colocado geralmente no braço) e, após várias semanas, examinar o conteúdo intestinal do 
inseto para encontrar o parasito. 
Tratamento 
o As drogas hoje disponíveis (benzonidazol, nifurtimox) são eficazes apenas na fase inicial da enfermidade, daí a 
importância da descoberta precoce da doença. 
o O tratamento sintomático é feito com as mesmas drogas das outras cardiopatias (cardiotônicos, diuréticos, 
antiarrítmicos, vasodilatadores, entre outros). Por vezes é necessária a colocação de marcapasso. Nas formas 
digestivas, pode-se indicar tratamento conservador (dietas, laxativos, lavagens) ou cirurgias, na dependência do 
estágio da doença. 
Profilaxia 
Medidas Sanitárias: 
 - Notificação Obrigatória às Autoridades Sanitárias; 
 - Profilaxia da transmissão por transfusão de sangue é feita pela rejeição de candidatos a doadores com sorologia 
positiva para a doença de Chagas; 
 - Campanhas de prevenção à população em locais endêmicos; 
 - Combate ao vetor nos domicílios através de inseticidas com a ajuda de uma bomba aspersora; 
 - Borrificação das casas com inseticidas em áreas endêmicas. 
Medidas Gerais: 
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 - Uso de telas em janelas e portas; 
 - Uso de mosquiteiro; 
 - Substituir casas de "pau-a-pique" por casas de alvenaria e rebocar as paredes. 
 - Manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores; 
 - Construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro , depósito afastados das casas e mantê-los limpos; 
 - Retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas; 
 - Eliminar animais domésticos infectados. 
Prevenção da transmissão em laboratório: 
o - rigoroso uso das normas de biossegurança. 
o Observação: - Não existe forma de prevenção da forma congênita; 
o -Ainda não se dispõe de vacina. 
Incidência 
o No Brasil a doença se encontra mais concentrada na zona rural, principalmente em casas construídas com barro 
"pau-a-pique" ou cobertas de sapé. Quanto mais ocorre precariedade das habitações maior a incidência de adquirir 
a doença. Os Estados de Minas Gerais, Mato Grosso, e os Estados da região Nordeste são os que tem mais casos 
da doença. No Brasil calcula-se que existam mais de 5 milhões de pessoas infectadas. É uma doença mais 
disseminada na população de baixo nível socioeconômico. 
 
 
5. ESQUISTOSSOMOSE 
Sinonímia: 
o Esquistossomíase; bilharioze intestinal; bilharíaze. No Brasil, a doença é conhecida popularmente como “xistose”, 
“barriga d`água” ou “mal-do-caramujo”. 
Agente infestante: 
o Schistosoma mansoni (Filo Platyhelminthes, classe Trematoda, família Schistosomatidae) 
Biologia do agente 
o São vermes esbranquiçados, alongados e dióicos, isto é, há indivíduos machos e fêmeas e o dimorfismo sexual é 
acentuado. 
o O macho é foliáceo, enrolado sobre si mesmo no sentido da largura,com cerca de 1 cm de comprimento; 
ventralmente apresenta um sulco longitudinal, o canal ginecóforo, onde se aloja a fêmea durante a fecundação. 
o A fêmea é cilíndrica, afilada nas extremidades; mais longa que o macho, mede cerca de 1,2 a 1,6 cm de 
comprimento. 
o O ovo mede cerca de 150 µm de comprimento por 60 µm de largura, com formato oval e na parte mais larga 
apresenta um espículo voltado para trás. O que caracteriza o ovo maduro é a presença de um miracídio formado, 
visível pela transparência da casca. O ovo maduro é a forma usualmente encontrada nas fezes. 
 
 
 
 
o O miracídio apresenta forma cilíndrica, com dimensões médias de 180 µm de comprimento por 64 
µm de largura. Apresenta cílios, que permitem o movimento no meio aquático, até que encontrem os 
moluscos. 
o As cercárias apresentam comprimento total de 500 µm e cauda bifurcada. Apresentam ventosas através das 
quais fixa-se na pele do hospedeiro no processo de penetração. A cauda é uma estrutura que se perde no 
processo de penetração e serve apenas para a movimentação da larva no meio líquido. 
Etapas evolutivas consistem no verme adulto (macho e fêmea), ovo, miracídio, 
esporocisto, cercaria e esquistossômulo. 
Habitat: 
o Os vermes adultos vivem no sistema porta, principalmente na veia mesentérica inferior (um dos ramos da veia 
porta), quando os esquistossômulos atingem o fígado e começam a se desenvolver. Com a maturação sexual, em 
torno de 25 dias, migram para os ramos terminais da veia mesentérica inferior, principalmente na altura da parede 
intestinal do plexo hemorroidário, onde se acasalam e, em torno do 35º dia, as fêmeas iniciam a postura dos ovos. 
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ovo - miracídio - molusco - cercária - homem - adultos machos e fêmeas - ovos 
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Hospedeiro definitivo: 
o Homem e outros mamíferos. 
Hospedeiro intermediário: 
o Os mais comuns são os moluscos do gênero Biomphalaria, com três espécies representativas: B. glabrata; B. 
tenagophila e B. straminea. São moluscos de água doce e dotados de concha. (libera cercária) 
Ciclo evolutivo do Schistosoma mansoni: 
o Esta espécie desenvolve sua fase adulta como parasito na luz dos vasos sanguíneos do homem e de outros 
mamíferos, habitando preferencialmente as vênulas do plexo hemorroidário e os ramos das veias mesentéricas, 
onde põe os ovos. 
o Depois de atravessarem a mucosa intestinal, os ovos são eliminados com as fezes e, quando chegam em tempo 
útil a uma coleção de água doce superficial (riachos, rios, córregos, açudes e barragens), liberam suas larvas, os 
miracídios, que nadam durante algum tempo até encontrarem os moluscos do gênero Biomphalaria. 
o Penetrando nos tecidos do moluscos de uma espécie adequada, o miracídio transforma-se em um novo tipo 
larvário, o esporocisto, que, por poliembrionia, gera esporocistos-filhos e, depois, larvas infectantes para os 
hospedeiros vertebrados, as cercarias. Várias gerações de esporocistos podem suceder-se, todas elas produzindo 
durante algum tempo suas cercarias. 
o Voltando ao meio líquido, as cercarias que abandonaram o hospedeiro invertebrado ficam nadando na água (no 
máximo 60 horas), quase sempre em direção à superfície, até que tenham a oportunidade de entrar em contato 
com a pele do hospedeiro vertebrado (homem ou outro animal suscetível), através do qual penetram ativamente. 
Aí a cercaria que consegue sobreviver transforma-se logo em esquistossômulos, última forma larvária do parasito. 
o Os esquistossômulos que não forem destruídos na pele ganham a circulação geral e vão ter ao coração, depois 
aos pulmões (onde também podem ser retidos e destruídos) e, em seguida ao fígado. 
o Somente os que chegam ao sistema porta hepático podem completar seu desenvolvimento e alcançar a fase 
adulta. Os vermes adultos acasalam-se e migram para as vênulas da parede intestinal. 
Sintomas: 
o A esquistossomose caracteriza-se por perturbações gástricas (diarréia, prisão de ventre), circulatórias, 
sanguíneas (anemias) e pulmonares (obstrução da rede arteriolar, determinando insuficiência respiratória e, 
conseqüentemente, problemas cardíacos); hepato e esplenomegalia, determinando aumento do volume do 
abdome (“barriga d`água”) 
o São freqüentes as obstruções de vasos sanguíneos, determinadas por parasitos adultos mortos. A evolução rápida 
da moléstia, provocando a morte, não é comum. 
o Normalmente a esquistossomose evolui em três etapas clínicas: 
 1. Fase de infestação: Penetração das cercárias na pele, determinando lesão e prurido que termina por 
caracterizar-se em dermatite urticariforme. 
 2. Fase aguda: Migração dos parasitos ao fígado onde atingem a maturidade. Acasalamento nas veias 
mesentéricas e posturas dos ovos. Febre, dores musculares, prostração, falta de apetite, hemorragias, discreta 
hepato e esplenomegalia. 
 3. Fase crônica: Acentua-se a sintomatologia da fase aguda; hepato e esplenomegalia bem evidentes (“barriga 
d`água”), profundas perturbações circulatórias, pulmonares e digestivas. 
o Observações: Os indivíduos parasitados vão gradativamente perdendo sua vitalidade e a capacidade de trabalho; 
- a esquistossomose, não tratada a tempo, leva o doente à morte. 
Contaminação: 
o Ocorre de duas maneiras: 
 Pela ingestão de água e alimentos contaminados; 
 Penetração ativa das cercárias na pele e mucosas; 
o As cercarias penetram mais freqüentemente nos pés e nas pernas por serem áreas do corpo que mais ficam em 
contato com águas contaminadas. 
o Os locais onde se dá a transmissão mais freqüente são os focos peridomiciliares: valas de irrigação de horta, 
açudes (reservatórios de água e local de brinquedo de crianças), reservatórios para pesca. 
Profilaxia: 
 - Condições adequadas de saneamento básico (água tratada, instalações sanitárias, tratamento dos esgotos 
sanitários, dentre outras); 
 - Saneamento das zonas de infestação; 
 - Medicina sanitária e campanhas de esclarecimento; 
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 - Exterminar os moluscos que atuam como hospedeiros intermediários. 
Distribuição geográfica e prevalência: 
o O número de casos tem sido estimado entre 5 e 6 milhões de pessoas infectadas, variando as taxas de prevalência 
de estado para estado e no decorrer do tempo. A esquistossomose continua a expandir geograficamente, em 
função da extensão das zonas agrícolas e das áreas irrigadas, sem que melhorem as condições de vida dos 
trabalhadores rurais. 
o As áreas endêmicas importantes são: Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas 
Gerais e Espírito Santo. Focos isolados são encontrados noPará, Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, 
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
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