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Assistência pré-natal Professora Silvana Tasso Disciplina de Saúde da Mulher no Ciclo Gravídico-puerperal Acho que estou grávida. Diagnóstico de Gravidez CLÍNICO Sinais de presunção Sinais de probabilidade Sinais de certeza LABORATORIAL Ecografia Teste de Urina Exame de sangue O diagnóstico da gravidez pode ser efetuado em 90% das pacientes através dos sinais clínicos, sintomas e exame físico, em gestações mais avançadas. As queixas principais incluem o atraso menstrual, fadiga, mastalgia, aumento da freqüência urinária e enjôos/vômitos matinais [Grau de recomendação D]. O diagnóstico laboratorial de gestação é baseado na detecção de B-HCG urinário ou sérico. Ambos têm alta sensibilidade, porém testes urinários são menos sensíveis do que os séricos. Alguns testes urinários têm baixa taxa de resultados falso-positivos e alguma taxa de falso-negativos. Estes testes tem a facilidade de um resultado quase que imediato, facilitando quando positivo a captação precoce das gestantes. DIRETRIZES DE ASSISTÊNCIA AO PRÉ - NATAL DE BAIXO RISCO 2012 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PORTO ALEGRE 3 Sinais de presunção Atraso menstrual Manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da freqüência urinária, sonolência e aumento da sensibilidade álgica mamária); Alterações cutâneas: Estrias Cloasma gravídico (hiperpigmentação da face), Linha nigra (pigmentação da linha alba) Sinal de Halban(aumento da lanugem nos limites do couro cabeludo). Sinal de Hunter: aumento da pigmentação dos mamilos, que torna seus limites imprecisos (como se fosse um alvo) Tubérculos de Montgomery: glândulas sebáceas hipertrofiadas nas aréolas; Rede de Haller: aumento da vascularização venosa na mama; Sinal de Halban é um sinal clínico que pode surgir devido à intensificação da nutrição dos folículos pilosos com agravidez[1] e refere-se ao aparecimento de pêlos finos e macios (lanugem) geralmente na face e/ou couro cabeludo. 4 Sinais de probabilidade Sinal de Jacquemier (ou Chadwick): coloração violácea do meato urinário e da vulva; Sinal de Kluge: coloração violácea da vagina; Alterações do muco cervical: torna-se viscoso, mais espesso e não se cristaliza; Atraso menstrual (se > 14 dias, é considerado sinal de probabilidade); Sinais de certeza Ausculta dos batimentos cardiofetais Pinard (a partir de 18-20 semanas) ou do Sonar (a partri de 10-12 semanas); Percepção de partes e movimentos fetais PELO EXAMINADOR; Sinal de Puzos: descreve o chamado rechaço fetal intrauterino. Ecografia Exame de sangue – Beta HCG É suficiente para dar indicação positiva de gravidez cerca de três semanas após a concepção, aproximadamente 5 semanas após a DUM. Teste de Urina – Beta HCG Abordar falso-positivos Sim BCF presente DUM maior do que 12 semanas? βHCG urinário, teste rápido Negativo Positivo Repetir HCG β em 15 dias Se Negativo, investigar outras causas de irregularidade menstrual BCF ausente Gravidez confirmada Captação da gestante para o pré-natal Atraso menstrual maior do que 15 dias? Sim 1ª consulta Anamnese e exame físico completo Solicitação de exames do 1º trimestre e ecografia transvaginal (sn) Avaliação de risco gestacional Teste rápido de Sífilis e HIV Preenchimento do SISPRÉNATAL, Cartão da Gestante e Prontuário Avaliação do estado vacinal Suplementação com Sulfato ferroso e Ácido fólico Cálculo de DPP Cálculo da idade gestacional Some o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas); Colocar como exemplo: DUM 20.09.2018 porque o resultado na calculadora é 21,7 13 Cálculo da idade gestacional DUM incerta Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considere como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente; Medida de AFU; A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, este parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade gestacional. Ecografia precoce. ASSOCIAR MÉTODOS! Investigar DUM (Considerar: uso de contraceptivo, irregularidade menstrual e sangramento de implantação) Realizar/fazer leitura do método diagnóstico de escolha Calcular DPP e IG Dados de identificação - (Endereço, Ocupação, Idade, Situação conjugal, Grau de instrução) Vinculação com a maternidade de referência Definir Paridade (GPCA/ nulípara/ primípara- primigesta/ secundípara-secundigesta/ multípara) Antecedentes familiares Antecedentes pessoais e obstétricos e ginecológicos (rastreamento de fatores de risco e patologias pregressas) Gestação atual e exposição a fatores de risco Avaliar estado vacinal, estado nutricional e PA da gestante Realização e solicitação de exames de rotina Classificar gestante de acordo com o risco gestacional Prescrição de Sulfato Ferroso e Ácido Fólico Orientações Gerais ANAMNESE Roteiro das consultas subsequentes Anamnese: enfatizar as queixas mais comuns na gestação e os sinais de intercorrências clínicas e obstétricas; Reavaliar o risco gestacional; Exame físico direcionado; Verificação do calendário de vacinação; Resultado dos exames complementares; Orientação nutricional e o acompanhamento do ganho de peso gestacional; Revisão e atualização do Cartão da Gestante Calendário de consultas – Risco Habitual No mínimo 6 consultas Acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma: Até 28ª semana – mensalmente; Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente; Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente Teste de gravidez TR de sífilis e HIV Testes em papel filtro Toxoplasmose Hepatite B e C HTLV Rubéola Citomegalovírus TSH Hemoglobina S Chagas Análises clínicas convencionais Hemograma completo Glicemia em jejum EAS Urocultura e antibiograma Análises imunohematológicas Tipagem sanguínea Fator Rh Coombs indireto nas Rh (-) > 24s Entrada da mulher no Pré-natal Testes em papel filtro EPF – se anemia ou outras manisfestações sugestivas em qualquer momento. TESTE RÁPIDO TR de sífilis Toxoplasmose nas susceptíveis Análises clínicas convencionais TTOG 75g (24-28ªs) Gestantes sem DM Análises imunohematológicas Coombs indireto nas Rh – (4-4semanas) 2° TRI (24-26s) TR de sífilis (28s) e HIV Testes em papel filtro Toxoplasmose nas susceptíveis Análises clínicas convencionais Hemograma completo Glicemia em jejum EAS Urocultura HBSAg Análises imunohematológicas Coombs indireto nas Rh – (4-4 semanas) 3° TRI (34-36s) Teste em papel filtro* Teste rápido Suscetível? Rastreamento e orientações IgG +? / Anti Hbs Positivo? Orientações amamentação IgG +? Encaminhamento Anemia? < 11g/dl DMG? >85mg/dl / TTOG: > 95-180-155 Contaminado? Infeccioso? Orientações para coleta de amostra Verificar Rh neg Verificar coombs indireto (anticorpos) Toxoplasmose Hepatite B e C HTLV Rubéola Citomegalovírus TSH Hemoglobina S Hemograma completo Glicemia em jejum Se necessário: TTOG 75g EAS Tipagem sanguínea Fator Rh Coombs indireto nas Rh - Interpretação de exames Citomegalovírus Vírus da família herpesviridae frequente em seres humanos Infecção primária geralmente assintomática Causa mais comum de infecção congênita viral (1%) Latência e reativação (infecção materna primária ou secundária) Transmissão: Fluidos coporais Infecção congênita gera: icterícia, hepatoesplenomegalia, anomalias no sistema nervoso central e crescimento intrauterino restrito Tratamento ainda ineficaz Como não há iimunidade nem existe tratamento efetivo disponível, não há evidências de melhora do prognóstico perinatal com o rastreamento, estando atualmente as orien- tações voltadas à prevenção da contaminação Infecção materna primária ou secundária, esta última causada pela reativação endógena dovírus ou exposição à nova cepa viral de origem exógena5 (D). A primo-infecção materna durante a gestação está associada a um maior risco de transmissão intrauterina, podendo alcançar até 40%. 25 Rubeola Doença benigna - Rubivirus Transmissão – via aérea, urina, líquido amniótico e placenta Não existe tratamento disponível e o rastreamento é caro IMPORTÂNCIA - defciência auditiva severa infantil Campanhas de vacinação Contra-indicação da imunização da rubéola em gestantes HTLV Vírus infecta os linfócitos T (família do HIV) Em 90% é assintomática Transmissão: Sexual, sanguínea e amamentação Teste do pezinho: positivo (anticorpos presentes no RN) Amamentação contraindicada Avaliação nutricional Avaliação nutricional Avaliação do estado vacinal Imunobiológicos Recomendação Esquema dT (Difiteria e tétano) dTPa – Pertusses acelular (Difiteria, tétano e coqueluche) Em qualquer período da gestação, até 20 dias antes da DPP. A partir da 20 semana de gestação. Ou vacinação no puerpério até 45 dias após o parto Dtpa deve ser repetida a cada gestação Não vacinada/desconhecido: 2 doses de dT 1 dose de dTPa Esquema incompleto: Somente 1 dose 1 dose dT 1 dose dTPa Somente 2 doses 1 dose dTPa Registro de 3 doses (DTP, dT e DT) Reforço de dT após 5 anos Realizar dTPa Influenza Em qualquer idade gestacional. Dose única durante a Campanha Anual contra Influenza. Hep B Após o primeiro trimestre de gestação. Não vacinada/anti-HBs neg. Esquema incompleto 1 ou 2 doses – completar ( 30-180 dias) Esquema completo Não vacinar Investigar DUM (Considerar: uso de contraceptivo, irregularidade menstrual e sangramento de implantação) Realizar/fazer leitura do método diagnóstico de escolha Calcular DPP e IG Dados de identificação - (Endereço, Ocupação, Idade, Situação conjugal, Grau de instrução) Vinculação com a maternidade de referência Definir Paridade (GPCA/ nulípara/ primípara- primigesta/ secundípara-secundigesta/ multípara) Antecedentes familiares Antecedentes pessoais e obstétricos e ginecológicos (rastreamento de fatores de risco e patologias pregressas) Gestação atual e exposição a fatores de risco Avaliar estado vacinal, estado nutricional e PA da gestante Realização e solicitação de exames de rotina Classificar gestante de acordo com o risco gestacional Prescrição de Sulfato Ferroso e Ácido Fólico Orientações Gerais ANAMNESE Gravidez confirmada Avaliação de risco gestacional Encaminhe a gestante para o serviço de pré-natal de alto risco Pré-natal de baixo risco Avaliação do risco gestacional pelo médico Confirmado o risco Pré-natal de alto risco Afastado o risco AVALIAÇÃO DO RISCO GESTACIONAL Avaliação de risco gestacional Cardiopatias; Pneumopatias graves Nefropatias graves Endocrinopatias Ginecopatias Doenças hematológicas Neuropatias Psicopatias Doenças autoimunes Alterações genéticas maternas; Antecedente de TVP ou embolia Câncer Mal passado obstétrico (DHEG, abortamento habitual) ITU de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite Hipertensão arterial crônica (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de IG); ou Proteinúria Anemia grave (ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso;) DMG Portadoras de doenças infecciosas (ex. Sífilis terciária); Desnutrição materna severa Rubéola ou citomegalovirus adquiridas na gestação Obesidade mórbida e baixo peso Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; CIUR Oligo/polidrâmnio Malformações fetais Gemelaridade Avaliação de risco gestacional Cardiopatias; Pneumopatias graves Nefropatias graves Endocrinopatias Ginecopatias Doenças hematológicas Neuropatias Psicopatias Doenças autoimunes Alterações genéticas maternas; Antecedente de TVP ou embolia Câncer Mal passado obstétrico (DHEG, abortamento habitual) ITU de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite Hipertensão arterial crônica (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de IG); ou Proteinúria Anemia grave (ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso;) DMG Portadoras de doenças infecciosas (ex. Sífilis terciária); Desnutrição materna severa Rubéola ou citomegalovirus adquiridas na gestação Obesidade mórbida e baixo peso Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; CIUR Oligo/polidrâmnio Malformações fetais Gemelaridade PATOLOGIAS CRÔNICAS CONDIÇÕES PATOLÓGICAS DA GESTAÇÃO AGRAVAMENTO DE PATOLOGIAS Suplementação Profilaxia da anemia Sulfato ferroso 200mg/dia (Contém 40mg de ferro elementar) A partir do conhecimento da gravidez até o 3 mês pós parto Orientações Formação do tubo neural Ácido fólico (0,4mg/dia) Período pré-concepcional (30 dias) até o final da gestação Prescrição de Suplementação Orientações Relações Sexuais Alimentação Amamentação Direitos da gestante Atividade física Desenvolvimento da gestação Alterações encontradas Queixas comuns Sinais de trabalho de parto e Sinais de risco Exame físico direcionado Controles maternos: Determinação do peso e cálculo do IMC: anote no gráfico e realize a avaliação nutricional; Medida da PA; SSVV e Ausculta cardiopulmonar Avaliação de pele, mucosas e palpação da tireoide; Exame das mamas, observação do mamilo; Palpação obstétrica e medida da AFU (gráfico); Exame ginecológico, sn; Pesquisa de edema. Controles fetais: Ausculta do BCF; Avaliação dos MF e registro; EXAME FÍSICO Exame das mamas – inspeção e orientação Palpação obstétrica: Manobra de Leopold 1º 2º 3º 4º Delimitação do fundo do útero Palpar o dorso fetal e os membros. Explorar a mobilidade do pólo fetal Reconhecer o pólo cefálico ou o pélvico Situação (Longitudinal, Transversa, Oblíqua) Posição (esquerda ou direita) Apresentação (cefálica, pélvica e córmica) Medida de Fundo Uterino Acompanhamento do crescimento fetal Detecção precoce de alterações. Mede-se da borda superior da sínfise púbica até o fundo uterino (determinado por palpação com a gestante em decúbito dorsal) Medido a partir da 12º semana de IG Use como indicador a medida da altura uterina e sua relação com o número de semanas de gestação Borda cubital da mão Decúbito dorsal Entre os dedos indicador e médio Ausculta de BCF Pesquisa de edema image1.jpg image2.jpg image3.jpg image4.jpg image5.jpg image6.jpg image7.jpg image8.png image9.jpg image10.jpg image11.jpg image12.jpg image13.jpg image14.png image15.png image16.png image17.png image18.jpg image19.png image20.png image21.jpg image22.jpg image23.png image24.png image25.jpg image26.png image27.png image28.jpg image29.jpg image30.png image31.png image32.png image33.png image34.jpg image35.png image36.png image37.png image38.jpg image39.jpg image40.png image41.png image42.png image43.png
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