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ASMA E BRONQUITE CRÔNICA EM GATOS

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ASMA E BRONQUITE CRÔNICA EM GATOS
Endrigo Tonini Provete Barbos1*, Pedro Francisco Almeida de Aguiar Campos1 e 2Miriã Rodrigues de Oliveira
1Discente no Curso de Medicina Veterinária – Universidade Salgado de Oliveira Belo Horizonte - Universo – Belo Horizonte/MG – Brasil 
2Docente no Curso de Medicina Veterinária – Universidade Salgado de Oliveira Belo Horizonte - Universo – Belo Horizonte/MG – Brasil 
 
 RESUMOS CIENTÍFICOS DO CURSO DE
MEDICINA VETERINÁRIA – UNIVERSO BH
	
INTRODUÇÃO
Asma e bronquite crônica são doenças brônquicas inflamatórias e obstrutivas em felinos. Embora exibam manifestações clínicas semelhantes, ainda não está claro se são duas condições distintas ou se compartilham a mesma fisiopatologia, mas características inflamatórias diferentes. Na asma, os eosinófilos são encontrados em grande número, enquanto na bronquite crônica predominam os eosinófilos, mesmo mistos (eosinófilos e eosinófilos). Portanto, o termo genérico doença respiratória posterior (PRT) tem sido utilizado para ambas as condições (RECHE JUNIOR & CASSIANO, 2015). Os gatos são a única espécie que desenvolve uma síndrome semelhante à asma em humanos, com hipersensibilidade do tipo I caracterizada por inflamação e consequente estreitamento das vias aéreas. Companhias Aéreas (RECHE JUNIOR & CASSIANO, 2015). A asma é uma das doenças respiratórias mais comuns em gatos e é uma causa comum de dificuldade respiratória. A condição é caracterizada por inflamação das vias aéreas induzida por TRP de causa possivelmente alérgica.
METODOLOGIA
Como metodologia aplicada na pesquisa, foi-se abordado os tópicos Como modo de desenvolvimento e conclusão do tema escolhido entre esses tópicos temos a epidemiologia, etiopatogenia, sinais clínicos e exame físico, diagnóstico, tratamento e prognóstico. Com o auxílio essencial dos parâmetros da raça, sexo e idade dos felinos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Acredita-se que a asma felina seja uma reação de hipersensibilidade tipo I ativada por alérgenos inalados (VENEMA & PATTERSON, 2010). Esses alérgenos ativam a resposta T helper 2 (NORSWORTHY, 2009), liberando interleucinas associadas a respostas alérgicas, levando ao recrutamento de eosinófilos e sua degranulação. Esse processo leva a danos e destruição do revestimento epitelial das vias aéreas posteriores e, consequentemente, aumento da produção de muco pelas glândulas mucosas e hipertrofia/hiperplasia da musculatura lisa das vias aéreas, bem como alterações do enfisema distal no pulmão parênquima, levando à constrição das vias aéreas (REINERO et al, 2009; VENEMA & PATTERSON, 2010).
Figura 1: Asma Felina (Fonte: Vetpolima).
Os sintomas clínicos variam de paciente para paciente, variando de leve a grave. Durante uma crise, os gatos podem ser assintomáticos. Tosse, chiado, respiração ruidosa, falta de ar ou dificuldade para respirar são os achados clínicos que mais levam os gatos ao veterinário. Os donos costumam confundir tosse com vômito ou regurgitação devido ao esforço do abdômen do animal e à postura corretiva que o gato adota para o conforto respiratório. Eles também relataram intolerância à atividade física e até letargia, muitas vezes não percebendo alterações na respiração. Alguns casos de bronquite crônica assemelham-se clinicamente a crises de asma, embora apresentem tosse crônica por hipersecreção de muco e broncoconstrição irreversível (LITTLE, 2003; JOHNSON, 2010). Durante os episódios de tosse paroxística, alguns animais podem vomitar (REINERO et al., 2009) sendo a causa de busca por atendimento veterinário, ao invés de causas respiratórias (TRZIL & REINERO, 2014). Os gatos em crise respiratória podem ficar em posição ortopneica, deitando-se em decúbito esternal com o pescoço esticado e a boca aberta, apresentando ruídos respiratórios e sibilos ou chiados. Em alguns casos, a cianose pode ser observada (BORDINI & ZANUTTO, 2018).
 
Figura 2: Posição ortopneica (Fonte: Clinipet).
Embora as doenças brônquicas crônicas não tenham cura, somente o controle, o diagnóstico precoce e o tratamento correto podem beneficiar o prognóstico. Ocasionalmente, mesmo pacientes bem assistidos podem desenvolver sintomas clínicos (WEXLER-MITCHELL, 2018). Em casos extremos, gatos com vários episódios de broncoconstrição grave parecem ter maior probabilidade de morrer repentinamente (NELSON & COUTO, 2015) ou de serem eutanasiados devido aos custos contínuos de cuidados veterinários (JOHNSON, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
À medida que as populações de felinos aumentam e vivam cada vez mais nas cidades, sua saúde deve ser cada vez mais estudada e compreendida, especialmente aqueles com felinos com histórico de alergias. Asma e bronquite crônica são doenças comuns em gatos e são conhecidas por não haver cura, e a identificação dirige ao tratamento precoce, que devem fazer parte da rotina do veterinário. Mesmo que todos os fatores sensibilizantes que podem causar hipersensibilidade sejam removidos, os sintomas clínicos ainda podem ser exacerbados ocasionalmente, muitos pacientes requerem tratamento vitalício. Mesmo assim, é importante que os médicos veterinários clínicos estejam atentos a outras causas de problemas broncopulmonares em felinos, o que é crucial para descartar doenças bacterianas e fúngicas, concomitante ou primária, parasitária e neoplásica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. MORAIS, H. A. Doenças brônquicas em gatos: asma e bronquite crônica. In: SOUZA, H. J. M. Coletâneas em medicina e cirurgia felina. L.F Livros de Veterinária LTDA, Rio de Janeiro, 2003. Cap. 11, p. 147-153.
ROZANSKI, E. Doença de vias respiratórias inferiores em felinos. In: LITTLE, S. E. August Medicina Interna de Felinos, 7 ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2017. Cap 45, p. 447-451.
Decian, A. (2019). ASMA E BRONQUITE CRÔNICA EM GATOS DOMÉSTICOS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, 31.
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