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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI PAULA ANDREA CINTRA PRADO LIMA AS ARTES VISUAIS COMO PRODUÇÃO CULTURAL E HISTÓRICA: A ARTE DO CROCHÊ INCONFIDENTES 2023 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI PAULA ANDREA CINTRA PRADO LIMA AS ARTES VISUAIS COMO PRODUÇÃO CULTURAL E HISTÓRICA: A ARTE DO CROCHÊ INCONFIDENTES 2023 Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de 2ª LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS. AS ARTES VISUAIS COMO PRODUÇÃO CULTURAL E HISTÓRICA: A ARTE DO CROCHÊ Paula Andrea Cintra Prado Lima1, Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- O crochê é obra de arte produzida manualmente e utilizada como decoração, vestuário, brinquedos. De origem incerta, o crochê é uma técnica produzida, inicialmente com as mãos para confecção de redes de pesca, sendo mais tarde aprimorada com a utilização de agulhas compridas terminadas por gancho, para fabricação de diversos objetos. O presente trabalho pretende apresentar as técnicas desse artesanato com seus materiais e fins, bem como apresentar a cidade de Inconfidentes localizada no sul de Minas Gerais, considerada a capital nacional do crochê. O crochê, que para muitos pode ser considerado apenas um artesanato, para algumas famílias dessa cidade é considerado um meio de vida. Na cidade há, na rua principal, um corredor de árvores decoradas com crochê, além de, a partir de 2021, contar com o Natal em crochê e também um festival intitulado “Crochemalhas” que, neste ano está em sua 15ª edição. A cidade também possui uma associação denominada MOCA (Mulheres Organizadas Crochetando Autonomia) na qual 50% das crocheteiras são provedoras do seu lar. Finalizando, em 2018 foi decretado a lei ordinária nº 22896 declarando o modo de fazer o crochê em Inconfidentes como patrimônio cultural. PALAVRAS-CHAVE: Crochê. Inconfidentes. Cultura. Arte. Artesanato. (3 a 5 palavras, separadas e terminadas por ponto). 1 paula.cintraplima@gmail.com 1 INTRODUÇÃO O presente artigo irá abordar a temática das artes visuais, especificamente o crochê, artesanato apreciado por meio da visão. Trata-se de uma arte datada da antiguidade, passada de geração a geração. A história das agulhas também é comentada, pois, levando em consideração o longo percurso dessa forma artística, há de se concluir que elas, as agulhas, precisaram evoluir. A origem do crochê ainda é incerta, de acordo com Marcela Novaes (2020), mas o município de Inconfidentes, cidade situada no sul das Minas Gerais, é considerada a capital nacional do crochê. Com uma população de estimada em 7.358 habitantes, Inconfidentes possui o crochê como ponto forte em seu artesanato, meio de vida e cultura. Essa arte, que, para muitos, pode parecer simples, é rica em detalhes e delicadeza e, em Inconfidentes, muito difundida e praticada. O crochê pode ser considerado como um trabalho, serviço alternativo com geração de renda extra para muitas famílias, entretanto, nesta cidade, essa arte pode ser considerada um meio de vida para muitos profissionais. A cidade promove vários eventos no qual essa técnica é altamente utilizada, como o “Crochê Malhas”, o “Natal em Crochê”, árvores decoradas com crochê, entre outros. A cidade apoia de maneira prioritária a arte do crochê, com decretos; processos de credenciamento de artesãs para festividades; prestação de serviço de instrutor de artesanato em crochê; além de leis e editais sobre decorações em crochê. O objetivo dessa pesquisa é estabelecer a técnica do crochê como uma ferramenta essencial para o resgate histórico e cultural. Como objetivos específicos pode-se apresentar a história da técnica de crochê, bem como ilustrar com técnicas e objetos utilizados nessa arte; mostrar as relações entre a técnica do crochê e a economia da população local do município de Inconfidentes, Minas Gerais; apresentar e divulgar o artesanato como resgate até os dias atuais. Inconfidentes, cidade sul-mineira possui basicamente economia agropecuária, entretanto as técnica e obras de crochê têm relevância para o sustento e economia desse município. Como metodologia, foram aplicadas as pesquisas bibliográficas e de campo com o contato com produtores de artigos de crochê, funcionários da Prefeitura de Inconfidentes responsáveis pela cultura, turismo e economia da cidade. O presente trabalho apresentará um histórico da arte do crochê com os materiais utilizados e as técnicas mais marcantes até os dias atuais. Após essa etapa a arte do crochê na cidade, considerada capital nacional do crochê, o município de Inconfidentes no sul de Minas Gerais. 2 DESENVOLVIMENTO O crochê é uma arte considerada por muitos por popular, entretanto pelo lado das Artes Visuais é algo que pode ter outras considerações. De acordo com o dicionário brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis, o crochê é um artesanato manual realizado com agulhas que terminam em ganchos, as quais tecem linhas em forma de rendas ou malhas. Dizem que seu início era apenas para vestuário masculino, realizado somente pelas mãos e fios e usados para caça e pesca. O crochê, assim como qualquer forma de artesanato, transmite ideias, paixões, sentimentos de pessoas e suas comunidades. Assim, o artesanato não se trata de enfeites, objetos, ferramentas, mas também formas de comunicar suas inspirações, ideais, sua fé. Baudrillard destaca: Admitamos que nossos objetos cotidianos sejam, com efeito, os objetos de uma paixão, a da propriedade privada, cujo investimento afetivo não fica atrás em nada àquele das paixões humanas. [...] os objetos nesse sentido são, fora da prática que deles temos, num dado momento, algo diverso, profundamente relacionado com o indivíduo, não unicamente um corpo material que resiste, mas uma cerca mental onde reino, algo de que sou o sentido, uma propriedade, uma paixão (BAUDRILLARD, 2000, p. 93-94). 2.1 ORIGEM DA ARTE DE CROCHETAR De acordo com Marcela Novaes, redatora da Escola de Artes Manuais, a origem do crochê ainda é incerta. Há quem diga que essa arte teve início na pré-história e outros que acreditam que iniciou em 1.500 a.C. Entretanto, o crochê conhecido atualmente teve início no século XVI e outras teorias sobre a localização indo da Arábia até a China, passando pela América do Sul. Em seguida, espalhou-se pelo mundo por volta do século XIX. O considerado primeiro livro de receitas foi elaborado pela francesa Riego de La Branchardière que resolveu desenhar inúmeros padrões posteriormente publicados em mais de 100 livros com o intuito de propagar a técnica. Foi então que surgiu o “crochê no ar” o qual era realizado em um “tambour”, como se faz um bordado. (fig.1) Figura 1 - Francesa Riego de La Branchardière Fonte: História do crochê: da origem à atualidade (2020) Por serem produzidos por pessoas mais humildes, essa técnica acabousendo desvalorizada até o momento em que a rainha da Inglaterra, rainha Vitória, comprou peças e começou a reproduzi-las, elevando o crochê a patamares mais altos. Com a Revolução Francesa, as elites da nobreza passaram a crochetar como forma de passatempo. Essa arte foi muito difundida na Irlanda devido ao Período da Grande Fome, decorrente da impossibilidade de plantio, levando a população a buscar outras formas de sobrevivência. O trabalho com o crochê ao longo das décadas sofreu mudanças e seguiu tendências. Com o objetivo de vendas os artesãos buscam oferecer ao público-alvo produtos autênticos e atuais, mesclando materiais variados com técnicas antigas. Segundo Canclini: Sabemos que para que ocorram mudanças na produção e na circulação devem ter atualizações correlatas na esfera do consumo. O crescimento da produção artesanal depende de um novo tipo de demanda motivada pela avidez turística, pelo pitoresco, por um certo nacionalismo que é mais simbólico do que efetivo e pela necessidade de se renovar, oferecendo variação e rusticidade dentro da padronização industrial. (CANCLINI, 1982, p.100) Pode-se resumir que o crochê, como é hoje conhecido, teve início na Inglaterra, com nome de origem francesa (crochê significa gancho) e popularização na Irlanda, independentemente de sua origem, o crochê é uma arte manual transmitida, geralmente, de geração em geração. 2.2 AGULHAS Tratando-se de arte antiga de, mais ou menos, 1.500 a.C., as agulhas iniciais eram rudimentares, sendo as primeiras peças sendo produzidas entrelaçando linhas com as próprias mãos. Mas segundo Marcela Novaes (2020), as agulhas existentes na antiguidade eram feitas de ossos e madeira. Com o passar dos anos, devido à modernidade tecnológica, foram surgindo outras formas de agulhas, até mesmo com pontas removíveis, fabricadas com outros materiais, como aço, bambu, alumínio, acrílico e seus formatos também diferenciaram e há modelos inclusive com cabo ergonômico. (fig.2) Figura 2 – Modelos de agulhas de crochê Fonte: História do crochê: da origem à atualidade (2020) 2.3 TÉCNICAS MARCANTES Devido a sua longa história, há de convir que diversas técnicas foram criadas, aperfeiçoadas e utilizadas até os dias atuais. Como primeira técnica temos o crochê grampo: uma espécie de trançado com pontos mais leves e soltos, usado para confecção de vestimentas. Em seguida, podemos mencionar o “Granny square”, ou os famosos quadradinhos da vovó. Essa técnica era utilizada para produzir colchas, almofadas e objetos de decoração, entretanto, com o movimento hippie, começou a ser usada para fabricação de peças de roupas. Atualmente, essa técnica voltou à moda e é muito produzida em Inconfidentes, cidade no sul de Minas Gerais cujo artesanato de crochê é seu forte. Outro estilo de crochê é o Clothesline no qual os pontos são trabalhados com fios mais grossos para confecção de cestas, tapetes e enfeites de parede. O crochê Bruges é conhecido por suas semelhanças às rendas, produzido com fios mais finos e usados como enfeites em roupas, caminhos de mesa e xales intrincados. Há também o crochê tunisiano o qual combina técnicas de crochê e tricô, a agulha é mais longa e a crocheteira trabalha com vários pontos ao mesmo tempo na agulha. Finalizando com a técnica mais atual e consequentemente mais famosa, tem-se o crochê amigurumi. Essa técnica surgiu no Japão e permite a criação de peças tridimensionais para confecção de bonecos variados (fig. 3) Figura 3 – Pinguins em amigurumi Fonte: https://www.vivadecora.com.br/ (2023) 3 O CROCHÊ NO BRASIL Quando se fala em artesanato, há uma imensa gama de técnicas e formas, como por exemplo: tricô, cerâmica, cartonagem, bordado, entre outras. O crochê é uma delas e de acordo com a Base Conceitual do Artesanato Brasileiro, o crochê é: Técnica desenvolvida com o auxílio de agulha especial terminada em gancho e que produz um trançado semelhante a trama de uma renda. Os trabalhos podem ser realizados com fios ou outros materiais, com mínimo de 50 por cento da técnica aplicada na peça a ser executada. É usada na confecção de vestuário, mantas, tapetes e acessórios artesanais. (BRASIL, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 2012, p. 41) O artesanato no Brasil é uma combinação de lugares, povos e suas culturas. Para o SEBRAE: A relevância do artesanato também se dá na medida em que se apresenta como contrapartida à massificação e uniformização de produtos globalizados, promovendo o resgate cultural e o fortalecimento da identidade regional. Com um custo de investimento relativamente baixo, o setor artesanal utiliza, em grande parte das categorias existentes, matéria-prima natural; promove a inserção da mulher e do adolescente em atividades produtivas; estimula a prática do associativismo e fixa o artesão rural no seu local de origem, evitando o crescimento desordenado dos centros urbanos. Além disso, a característica de ocupar mão de obra sem qualificação formal, onde muitas pessoas buscam um meio alternativo de sobrevivência, especialmente em comunidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), dá ao setor um papel estratégico para a diminuição da desigualdade social no país. (SEBRAE, 2010, p.08) 3.1 O CROCHÊ EM INCONFIDENTES, A “CAPITAL NACIONAL DO CROCHÊ” Inconfidentes, cidade mineira localizada no sul das Minas Gerais, tendo como vizinhos os municípios de Ouro Fino, Bueno Brandão, Tocos do Moji, Pinhalzinho dos Góes. De acordo com o censo de 2022, a cidade conta com aproximadamente 7.000 pessoas e densidade demográfica em torno de 40 habitantes por quilômetro quadrado em uma área territorial de 149,611 km². Em se tratando de cidade interiorana, sua economia é basicamente agrícola, porém o turismo ecológico e religioso também oferece muita contribuição. A cidade faz parte do famoso “Caminho da fé”. Além desse, há outros como: “Caminhe de Nhá Chica”; “Caminho Graças e Prosas”; “Caminho das Capelas” e “Caminho da Prece. Por esse motivo, Inconfidentes atrai muitos turistas que aproveitam seus tempos livres para apreciar a cidade com suas árvores forradas de crochê, que, de acordo com o jornal Terra do Mandu (2021), as árvores dos canteiros centrais estão forradas de crochê desde 2014, bem como lojas e feiras repletas de produtos desse artesanato. A decoração dica a cargo de empresas de comércio locais que “adotam” árvores e cuidam da decoração (fig.4). Figura 4 – Árvores dos canteiros centrais de Inconfidentes Fotos: Jornal “Terra do Mandu” (2021) Desde o ano de 2021, a cidade faz toda a decoração de Natal com objetos de crochê, desde grandes árvores de Natal como outras peças de adorno da casa do Papai Noel, enfeites no coreto da praça Tiradentes (fig. 5). Figura 5 – Enfeites natalinos de 2022. Foto: Instagram Visite Inconfidentes (2022) Inconfidentes; graças a um Projeto de Lei nº 5.105/2023 no Congresso Nacional pedido pelo vereador de Ouro Fino, Paulo Henrique Chiste, ao senador Carlos Viana (Podemos-MG); está a caminho de se tornar a Capital Nacional do Crochê. No que se refere à legislação, o modo de fazer crochê em Inconfidentes foi decretado, através da Lei Ordinária Nº 22896, de 11 de janeiro de 2018, como patrimônio cultural do estado: Art.1º Fica declarado patrimônio cultural do Estado o modo de fazer crochê do Município de Inconfidentes; Art.2º Compete ao Poder Executivo a adoção das medidas cabíveis para o registro do bem cultural de que trata esta lei, nos termos da legislação em vigor. Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. (MINAS GERAIS, 2018, p.1) Inconfidentes, além das crocheteiras que produzem peças para suas lojas ou para os lojistas há também um grupo intituladoMOCA (Mulheres Organizadas Crochetando Autonomia). Legalmente aberta em 18 de setembro de 2023, situada à rua Sargento Mor Toledo Piza, 178 e número de CNPJ 52.223.226/0001-55, esse grupo visa dar oportunidade a mulheres que, muitas vezes, sustentam sua família com artigos confeccionados em crochê. DANTAS, Caroline Silva, em sua dissertação “Mulheres, crochê e desenvolvimento local: um olhar para a sustentabilidade da vida”, afirma: Das mulheres que compõem o grupo MOÇA, 50% delas são provedoras do lar, 41% delas têm como única atividade de geração de renda o crochê, uma possui emprego formal e 50% restantes conciliam o crochê com outra prática informal (cuidadora, faxineira ou venda de produtos diversos). Das 12 participantes, apenas duas delas têm filhos menores de 10 anos de idade, as demais possuem filhos adultos, e apenas uma crocheteira tem uma filha que seguiu o ofício, ou seja, que também trabalha com o crochê atualmente. Uma delas é negra e as demais brancas, 41,67% (cinco) delas possuem renda familiar menor ou igual a meio salário mínimo, 41,67% (cinco) possuem até dois salários mínimos, 8,33% (uma) possui renda de um salário e 8,33% (uma) possui renda familiar maior que dois salários mínimos. Apenas uma delas estudou até o ensino médio, uma não foi alfabetizada e as demais estudaram até o ensino fundamental, completo ou incompleto. (DANTAS, 2022, p.59) No ano de 2023, a famosa feira de crochê e malhas da região voltou a ser realizada na cidade, a “15ª edição da Crochemalhas”, promovida entre os dias 07 a 11 de junho. O evento contou com a presença de artistas famosos como Toni Garrido e Vanessa da Mata, além de desfiles de modas em crochê e malhas e estandes com produtos de artesanato em crochê, malha, teares e peças de artesanato (fig. 6). Figura 6 - 15ª edição da Crochemalhas Foto: Prefeitura de Inconfidentes (2023) Esse ano de 2023, a comemoração com enfeites natalinos confeccionados em crochê voltou com algumas novidades. Além da árvore em frente à igreja, há também árvores menores iluminadas e a casa do Papai Noel recebeu novos enfeites. (fig. 7) Figura 7 – Natal de 2023 Foto: Fonte própria (2023). Inconfidentes, além de tudo o que foi comentado, apresenta um rico turismo rural que deveria ser apreciado, vale a pena conhecer. 4 CONCLUSÃO A técnica do crochê é algo maior do que se imaginava, por sua história antiga, suas agulhas e suas técnicas variadas. Passada de geração em geração, o crochê pode ser considerado um ramo das Artes Visuais por se tratar de artesanato apreciado por meio da visão. De origem incerta, constatou-se que pode datar de 1.500 a. C. com técnicas pré- históricas de confecção de redes de pesca crochetadas com as mãos. Em sua história, o crochê nem sempre foi visto apenas como uma renda extra, como foi observado no Período da Grande Fome, na Irlanda. O mesmo ocorre em Inconfidentes que conta com uma associação de mulheres que produzem suas peças de crochê para sustento de suas famílias. A cidade apresenta diversas lojas desse artesanato, bem como estabelecimentos para adquirir matéria-prima (fios, agulhas). Com esse trabalho foi estabelecida a técnica do crochê como resgate cultural e histórico, além da apresentação das técnicas do crochê e sua relação com a economia da população local do município. Observou-se que, apesar de Inconfidentes ser uma cidade basicamente agropecuária, o crochê auxilia o município em sua economia local, além de atrair turismo devido as belas decorações nas árvores da rua principal. Esse artigo é apenas uma pequena explanação da rica cultura artística que a cidade possui, com isso, considera-se interessante uma abordagem mais aprofundada sobre o tema em questão. 5 REFERÊNCIAS ARTESANATO E DIY. O que é, Como Fazer e +88 Modelos Lindos. Equipe Viva Decora. 11 Mar. 2020. Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/revista/amigurumi/> Acesso em: 09 nov. 2023. BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. Tradução de Zulmira Ribeiro Tavares. São Paulo: Perspectiva, 2000. BRASIL, Minas Gerais, Inconfidentes. Sobre o Município. 2021. Disponível em: <https://inconfidentes.mg.gov.br/o-municipio/sobre-o-municipio/> Acesso em: 02 ago 2023. BRASIL, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 2012 BUENO, José Valmei. Árvores em Inconfidentes recebem novos revestimentos em crochê. CANCLINI, Néstor García. As culturas populares no capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1982. CROCHÊ. In: Michaelis, Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2023. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno- portugues/busca/portugues- brasileiro/croche#:~:text=1%20Trabalho%20manual%2C%20feito%20com,e%20banho %20ou%20em%20decora%C3%A7%C3%A3o> Acesso em: 23 nov 23. DANTAS, Caroline Silva, Mulheres, crochê e desenvolvimento local: um olhar para a sustentabilidade da vida. Tese pós-graduação em Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade, Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, p. 66-82. 2022. Disponível em: <https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/bitstream/123456789/3382/1/Disserta%c3%a 7%c3%a3o_2022130.pdf> Acesso em 20 nov 2023. IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Panorama de 2023. Minas Gerais, Inconfidentes: IBGE, 2023. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/inconfidentes/panorama> Acesso em: 04 nov 2023. MASCÊNE, Durcelice Cândida. Termo de referência: atuação do Sistema SEBRAE no artesanato / Durcelice Cândida Mascêne, Mauricio Tedeschi. -- Brasília: SEBRAE, 2010. MELO, Andressa. Características do crochê. Clube Paineiras do Morumby, 2022. Disponível em: <https://clubepaineiras.org.br/caracteristicas-do-croche/> Acesso em: 09 nov 2023. MINAS GERAIS. Lei nº 22.896, de 11 de janeiro de 2018. Declara patrimônio cultural do Estado o modo de fazer crochê do Município de Inconfidentes. Belo Horizonte: Palácio Tiradentes. Disponível em: <https://www.almg.gov.br/legislacao- mineira/texto/LEI/22896/2018/> Acesso em: 09 nov 2023. NOVAES, Marcela. História do crochê: da origem à atualidade. Escola de Artes Manuais, 2020. Disponível em: <https://escoladeartesmanuais.com.br/blog/a-historia- do-croche#:~:text=J%C3%A1%20o%20croch%C3%AA%20como%20conhecemos,tribo s%20na%20Am%C3%A9rica%20do%20Sul>. Acesso: 23/10/2023. ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Francesa Riego de La Branchardière, História do crochê: da origem à atualidade (2020), p. 5. Figura 2 - Modelos de agulhas de crochê, História do crochê: da origem à atualidade (2020), p. 7. Figura 3 - Pinguins em amigurumi, https://www.vivadecora.com.br/ (2023), p. 8. Figura 4 - Árvores dos canteiros centrais de Inconfidentes, Jornal “Terra do Mandu” (2021), p. 10. Figura 5 - Enfeites natalinos de 2022, Instagram Visite Inconfidentes (2022), p. 10. Figura 6 - 15ª edição da Crochemalhas, Prefeitura de Inconfidentes (2023), p. 12. Figura 7 - Natal de 2023, Fonte própria (2023), p. 12.
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