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Racismo na Educação e Saúde

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Racismo na educação
Desigualdade no acesso à 
educação
O racismo na educação se 
manifesta de diversas formas, 
desde a falta de 
representatividade étnico-
racial nos currículos e 
materiais didáticos até a 
disparidade no acesso e 
desempenho acadêmico entre 
alunos brancos e não-brancos. 
Essa realidade reflete as 
profundas raízes históricas do 
racismo estrutural no Brasil, 
que perpetuam barreiras 
significativas para a população 
negra e indígena no sistema 
educacional.
Impactos do racismo no 
ambiente escolar
O racismo no ambiente escolar 
pode se manifestar em forma 
de discriminação, preconceito, 
baixas expectativas em relação 
ao desempenho de estudantes 
negros e indígenas, além de 
microagressões sutis, que 
corroem a autoestima e o 
senso de pertencimento 
desses alunos. Esse cenário 
prejudica o desenvolvimento 
integral dos estudantes, 
afetando seu rendimento, 
saúde mental e oportunidades 
futuras.
Importância da 
representatividade e do 
currículo antirracista
Para combater o racismo na 
educação, é fundamental a 
implementação de políticas de 
representatividade e de um 
currículo que valorize e celebre 
a diversidade étnico-racial, 
reconhecendo a contribuição 
de pensadores, líderes e 
personalidades negras e 
indígenas ao longo da história. 
Além disso, é preciso investir 
na formação de professores e 
na criação de um ambiente 
escolar acolhedor e inclusivo, 
que promova a equidade e a 
justiça social.
Racismo na saúde
O racismo no sistema de saúde brasileiro é um problema grave e 
persistente, com impactos significativos na qualidade de vida e na 
saúde da população negra. Estudos demonstram que pessoas negras 
enfrentam barreiras de acesso aos serviços de saúde, recebem um 
atendimento de pior qualidade e têm suas doenças e sintomas muitas 
vezes negligenciados ou subdiagnosticados pela equipe médica. Essa 
realidade reflete um racismo estrutural e institucional que permeia 
todo o sistema de saúde, desde a formação dos profissionais até a 
organização e gestão dos serviços.
Um exemplo claro dessa dinâmica é a alta taxa de mortalidade materna 
entre mulheres negras, que é quase três vezes maior do que entre 
mulheres brancas. Isso se deve a diversos fatores, como o acesso 
precário a cuidados pré-natais de qualidade, a não escuta das queixas e 
sintomas das pacientes pelas equipes de saúde, e uma postura de 
menor empatia e paternalismo no atendimento a esse público. Estudos 
apontam que essa realidade reflete um viés racial presente na formação 
e atuação dos profissionais de saúde.
Essa situação é ainda mais crítica quando se trata de doenças crônicas 
como hipertensão e diabetes, que afetam de forma desproporcional a 
população negra. Isso se deve a uma combinação de fatores 
socioeconômicos, ambientais e de acesso aos serviços, bem como a 
uma abordagem clínica muitas vezes insensível às especificidades dessa 
população. Essa realidade reforça a necessidade urgente de promover 
uma transformação profunda no sistema de saúde, combatendo o 
racismo institucional e institucionalizado.
https://www.scielo.br/j/csp/a/sXvFH9Ky9cwVr3BXFgwHCwj/?lang=pt

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