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TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

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TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DE 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
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1.
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2
Diego Antonio Custódio
Londrina 
Editora e Distribuidora Educacional S.A. 
2020
TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DE 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
1ª edição
3
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Presidente
Rodrigo Galindo
Vice-Presidente de Pós-Graduação e Educação Continuada
Paulo de Tarso Pires de Moraes
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Mariana Gerardi Mello
Revisor
Hudson Goto
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
_________________________________________________________________________________________ 
Custódio, Diego Antonio
C987t Técnicas de diagnóstico de manifestações patológicas/ 
 Diego Antonio Custódio, – Londrina: Editora e Distribuidora 
 Educacional S.A., 2020.
 42 p.
 ISBN 978-65-5903-096-5
 1. Patologias. 2. Manifestações patológicas. 3. 
Diagnóstico. I. Título. 
 
CDD 571.9 ____________________________________________________________________________________________
Raquel Torres – CRB 6/2786
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A.
4
SUMÁRIO
Técnicas e metodologias de diagnósticos ___________________________ 05
Técnicas de diagnóstico para peças de concreto armado ___________ 21
Técnicas de diagnóstico para peças de aço e madeira _______________ 34
Técnicas de diagnóstico de infiltrações e fundações ________________ 50
TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
5
Técnicas e metodologias 
de diagnósticos
Autoria: Diego Antônio Custódio
Leitura crítica: Hudson Goto
Objetivos
• Conhecer as técnicas qualitativas e quantitativas 
para a análise das manifestações patológicas nas 
edificações.
• Identificar as melhores técnicas de diagnóstico para 
as diversas manifestações patológicas em uma 
edificação.
• Conhecer as principais metodologias de diagnóstico 
para a análise de manifestações patológicas em 
edificações.
6
1. Introdução
As edificações são parte da vida de qualquer pessoa e é onde passamos 
a boa parte do nosso tempo. Muitas delas estão envelhecendo e até 
superando a sua vida útil. Os edifícios, mesmo jovens, precisam de 
manutenções preventivas e corretivas para garantir sua durabilidade.
Segundo Chan e Choi (2015), as edificações mais velhas podem sofrer 
diversos problemas, que, se não forem tratados adequadamente, podem 
trazer consequências desastrosas aos seus usuários. De acordo com 
Ferreira (2010), quando um edifício apresenta um conjunto significativo 
de manifestações patológicas, não é possível iniciar trabalhos de 
reparação imediatamente, sendo necessário um diagnóstico.
Portanto, a seguir vamos estudar os principais conceitos e técnicas 
relacionados ao diagnóstico de manifestações patológicas em 
edificações. É importante lembrar que o diagnóstico adequado, além 
de compreender a primeira fase do processo de reabilitação de uma 
edificação, é fundamental para garantir que os reparos tragam bons 
resultados a ela, evitando retrabalhos e diminuindo os custos gerais 
com manutenções. As técnicas de diagnóstico podem ser divididas em 
dois grandes grupos: qualitativas e quantitativas. Veremos a seguir as 
generalidades de cada um desses grupos.
2. Metodologia de diagnóstico
Pode-se defiinir o diagnóstico como a busca pela explicação das causas 
de uma determinada manifestação patológica em uma edificação. Assim, 
seu grande objetivo é descobrir os mecanismos de ação de um sintoma 
patológico. O diagnóstico incorreto pode levar ao tratamento do sintoma 
e não da causa da manifestação patológica, o que pode resultar em 
danos ainda maiores à edificação.
7
A primeira parte do processo de um diagnóstico inclui a análise dos 
documentos referentes à edificação que se deseja estudar. De acordo 
com Ferreira (2010), pode-se distinguir o recolhimento de informações 
na caracterização de três partes da edificação:
• Construção: seus elementos e materiais. Por exemplo: verificar o 
tipo de estrutura e elementos usados para vedação, os materiais 
utilizados para revestimento etc.
• Do entorno da edificação: refere-se às ações sobre a edificação. 
Aqui, o responsável pelo diagnóstico deve verificar a forma 
como os usuários a utilizam. Por exemplo, uma estrutura que 
foi concebida para ser utilizada como um teatro (carga de 
pessoas), mas foi adaptada para ser utilizada como depósito 
(cargas diversas). É fundamental que seja verificada a finalidade 
da edificação em projeto e efetivamente dada em sua fase de 
ocupação.
• Comportamento da construção: verificar se existem anomalias 
aparentes, ou seja, se a edificação já sinaliza algum problema. 
Por exemplo: existência de fissuras, deformações excessivas, 
desplacamentos etc. 
Ainda na análise documental, de acordo com Ferreira (2010), deve-se 
verificar a análise das informações escritas sob forma de memoriais 
descritivos e de cálculos, justificativas de projeto, soluções técnicas de 
engenharia adotadas e quaisquer outras informações referentes ao 
projeto e à execução das edificações. Inclui-se na análise documental a 
avaliação dos projetos, o que permitirá ao inspetor familiarizar-se com 
a edificação e suas particularidades. É nessa etapa também que será 
possível identificar alguma deficiência no projeto, a fim de verificar se tal 
deficiência foi sanada durante a execução ou não.
Ainda na fase documental, é necessário verificar se foram realizadas 
intervenções na edificação e se projetos de reforma estão disponíveis. 
8
Também é necessário fazer o levantamento de dados climáticos da 
região para verificar em que condições atmosféricas o edifício se 
encontra, os quais podem ser obtidos em órgãos oficiais, como o INMET 
(Instituto Nacional de Meteorologia).
A informação verbal obtida por meio de conversas com usuários 
e administradores das edificações também pode representar uma 
importante fonte de informações. Dependendo da situação, pode ser 
útil realizar um questionário com os moradores (em caso de edificação 
residencial) ou com os usuários (em caso de outras tipologias). Esses 
questionários podem incluir perguntas sobre alguma situação específica 
observada que pode fornecer pistas para o diagnóstico.
Uma metodologia de diagnóstico de edificações sugerida pelo Instituto 
Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE/SP, 2011) é 
apresentada na figura a seguir. Em diversos outros materiais, é possível 
perceber que as metodologias de diagnóstico seguem procedimentos 
similares. Para o profissional, a existência de um conjunto de 
procedimentos auxilia na elaboração de relatórios de maior qualidade e 
no acerto dos diagnósticos e planos de reabilitação dos edifícios.
9
Figura 1 – Metodologia de diagnóstico proposta pelo IBAPE/SP
Fonte: adaptada de IBAPE/SP (2011).
Na metodologia de diagnóstico do IBAPE, é possível perceber alguns 
outros procedimentos para facilitar a execução dos trabalhos pelo 
profissional. Destaca-se a classificaçãodas anomalias por grau de 
10
risco, atividade muito importante, especialmente quando se trata de 
diagnósticos em estruturas. Isso porque, nessas situações, dependendo 
do sintoma, a manifestação patológica pode representar risco de vida 
aos usuários da edificação. Então, é muito importante que o profissional 
defina o grau de risco de uma anomalia. Por exemplo: uma fissura pode 
ser apenas resultado de uma retração da argamassa ou um problema 
estrutural mais grave, que, se não for corrigido a tempo, pode levar 
ao colapso da estrutura. Dessa forma, o conhecimento técnico dos 
mecanismos da manifestação patológica é fundamental para que o 
profissional defina o grau de risco.
Junto com a determinação do grau de risco, o profissional pode elaborar 
uma lista de prioridades do processo de reabilitação da edificação. Por 
exemplo, um reforço na estrutura é muito mais importante do que a 
solução de um problema no revestimento. Essa lista de prioridades 
pode servir para que os responsáveis pela edificação programem os 
desembolsos com os reparos de forma mais conveniente à sua realidade 
financeira.
Um outro documento que pode ser elaborado é uma cartilha com 
orientações técnicas, o que garante que todas as informações 
referentes ao diagnóstico estão sendo repassadas aos responsáveis pela 
edificação. Cabe ao profissional classificar as manutenções e os usos 
da edificação, a fim de que se possa determinar se estão adequados 
ou não às realidades do edifício. Ao final, ele também pode pensar 
em recomendações gerais e futuras para garantir que a vida útil da 
edificação seja alcançada com qualidade.
3. Técnicas de diagnóstico
De acordo com Ferreira (2010), existem muitas técnicas para a obtenção 
das informações necessárias a um diagnóstico, as quais podem ser 
classificadas basicamente em: qualitativas e quantitativas. As qualitativas 
11
estão relacionadas às verificações (em geral visuais) da edificação e 
permitem que o profissional identifique os sintomas aparentes. Já as 
quantitativas estão associadas a testes específicos que podem ser 
feitos no local, por meio de equipamentos e medições, ou ainda em 
laboratório, possibilitando ao profissional obter resultados de índices 
e parâmetros que permitem identificar, em alguns casos, além dos 
sintomas, a sua origem.
Em geral, as técnicas qualitativas estão associadas às inspeções visuais 
da edificação ou mesmo aos checklists para verificar a conformidade, 
ou não, de algum item em relação a uma norma específica. A inspeção 
visual permite que o profissional avalie os sintomas, como os registros 
de uma inspeção predial mostrados na Figura 2.
Figura 2 – Exemplo de técnica de diagnóstico qualitativa: 
inspeção visual de fachadas
 
(a) Umidade em apartamento no 
térreo de um edifício residencial
(b) Manchas de umidade e 
contaminação atmosférica
Fonte: adaptada de Nicolini (2016, p. 32).
A Figura 3 mostra a execução de um reforço em um pilar localizado no 
sétimo pavimento de um edifício residencial. Ele precisou ser feito, pois 
o FCK (resistência característica) do concreto não atingiu a resistência 
característica de projeto. Assim, o diagnóstico foi realizado de forma 
quantitativa a partir de um ensaio laboratorial, no qual foram obtidos 
12
valores de resistência característica do concreto. O parâmetro numérico 
(FCK) foi utilizado pelo profissional para diagnosticar o problema e 
decidir qual solução deveria ser adotada.
Figura 3 – Exemplo de técnica de diagnóstico quantitativa: reparo 
proposto a partir do diagnóstico após análise do FCK em laboratório
Fonte: acervo do autor.
Podemos classificar as técnicas de diagnóstico em três grandes grupos, a 
saber:
• Inspeção visual: qualitativa.
• Técnicas in loco: podem ser quantitativas ou qualitativas.
• Técnicas de ensaio em laboratório: geralmente quantitativas.
13
A seguir, discutiremos algumas particularidades de cada uma dessas 
técnicas. Vale lembrar que a inspeção visual é sempre considerada como 
preliminar e pode, ou não, ser suficiente para a determinação correta 
do diagnóstico. Não sendo suficiente, procede-se às técnicas in loco e, 
posteriormente, se necessário, aos ensaios em laboratório.
3.1 Inspeção visual
De acordo com Ferreira (2010), durante a inspeção da edificação, o 
profissional deve verificar e classificar todas as anomalias detectadas 
em todas as partes do edifício. Essa inspeção visual permitirá um 
primeiro diagnóstico, em geral baseado na experiência, na intuição 
e na observação. Gonçalves (2004) recomenda que a inspeção visual 
seja conduzida de forma sistemática para evitar erros de avaliação. O 
Quadro 1 apresenta um resumo dos aspectos mais relevantes a serem 
considerados na inspeção visual de uma edificação.
Quadro 1– Aspectos mais relevantes para a inspeção 
visual de uma edificação
Parte do edifício Aspectos a serem considerados
Local de implantação
Terreno de fundação.
Acessos.
Infraestrutura.
Estacionamento e garagem.
Envoltória
Paredes.
Coberturas.
Guarda-corpos.
Interiores Pisos e forros.
Paredes internas.
Fonte: adaptado de Ferreira (2010, p. 47).
14
Cabe ressaltar que, mesmo que a inspeção visual seja parte de uma 
prévia do diagnóstico, durante sua execução o profissional deve se 
atentar às situações que podem ter outros problemas associados. Cóias 
(2006) apresenta as principais situações às quais o profissional deve dar 
atenção durante a inspeção visual e os problemas associados a elas. O 
resumo é mostrado no Quadro 2.
Quadro 2 – Situações a serem tratadas com atenção 
durante a inspeção visual
Situação Problemas associados
Entorno da edificação
Condições climáticas e microclimáticas Umidade, crescimento biológico.
Ambiente marinho
Sais, eflorescências, corrosão de 
armaduras.
Atmosfera poluída Crostas.
Proximidade ao tráfego pesado Vibrações.
Grandes assimetrias à exposição solar Gradientes de temperatura.
Edifício
Sinais de acidentes anteriores (ex.: 
incêndios)
Essas ocorrências degradam a edificação.
Platibandas e parapeitos
As degradações das paredes geralmente 
começam por esses elementos.
Cozinhas e banheiros Ocorrência de umidade.
15
Modificações posteriores à construção
São, frequentemente, causa de 
enfraquecimento ou deterioração 
da estrutura.
Alvenaria
Composição da alvenaria, 
características dos materiais 
constituintes
Determinam a qualidade da alvenaria
Falta de elementos
Causam enfraquecimento e permitem a 
penetração da água.
Sinais de tratamento anteriores 
(desgaste, erosão, desplacamentos)
Efeito estético negativo e facilidade de 
penetração da umidade.
Acumulação de sujeira Surgimento de agentes biológicos.
Penetração da água por meio de juntas 
abertas
Facilita a deterioração do interior da 
parede.
Revestimentos
Estado das juntas
Se abertas, permitem a penetração de 
umidade.
Madeira
Espécie de madeira
A resistência mecânica e a durabilidade 
variam de acordo com a espécie.
Defeitos nos elementos
Nós, fendas de retração, empenos, 
deformações.
Tratamento 
A ausência ou insuficiência de 
tratamento.
Fonte: adaptado de Ferreira (2010, p. 54).
16
Quadro 3 – Situações a serem tratadas com atenção 
durante a inspeção visual
Aço
Tipo de aço 
Influencia o comportamento mecânico 
e a durabilidade.
Inserção de elementos de ferro na 
alvenaria
Possibilidade de corrosão.
Concreto armado
Sinais de reparações anteriores
Aspecto estético deficiente e risco 
acrescido de corrosão.
Falta de recobrimento das armaduras
É causa frequente de deterioração 
precoce da estrutura.
Fonte: adaptado de Ferreira (2010, p. 63).
3.2 Técnicas in loco
De acordo com Ferreira (2010), as técnicas in loco podem ser 
classificadas em termos de:
• Grau de destruição.
• Princípios em que se baseiam (elétricos, mecânicos, magnéticos 
etc.).
• Tipos de resultados obtidos (propriedades).
• Tipo de tecnologia utilizada.
• Objetivos (resistência, durabilidade, geometria).
17
• Elementos aos quais se aplicam.
• Atividades nas quais interferem.
OQuadro 4 apresenta as principais técnicas in loco utilizadas, 
classificadas de acordo com os princípios utilizados em cada uma delas. 
Vale ressaltar que existem muitas outras técnicas disponíveis, as quais 
vão sendo aperfeiçoadas ao longo do tempo.
Quadro 4 – Técnicas in loco de acordo com os princípios 
em que se baseiam
Mecânicas
Pull-off
Tensão de aderência 
(MPa)
Desplacamento.
Esclerômetro Índice esclerométrico Pulverulência.
Sensoriais
Medidor óptico de fissuras
Observação qualitativa 
de defeitos
Caracterização 
do estado de 
superfície.
Termogramas
Temperatura 
superficial
Efeitos de variação 
de temperatura.
Eletroquímicas
Potenciais elétricos Potencial elétrico
Corrosão de 
armadura.
Resistência de polarização Taxa de corrosão
Resistividade
Resistividade do 
concreto
18
Químicas
Indicadores de fenolftaleína Coloração
Carbonatação do 
concreto.
Elétricas e Hidrodinâmicas
Umidímetro
Teor de umidade 
superficial
Infiltrações.
Tubo de Karster Absorção de água
Infiltrações, 
umidades e 
manchas.
Fonte: adaptado de Ferreira (2010, p. 75).
3.3 Técnicas de ensaios de laboratório
Os ensaios laboratoriais geralmente servem para complementar a 
inspeção visual e as técnicas in loco. Em geral, essas técnicas incluem 
ensaios destrutivos, havendo a necessidade de recolher uma amostra 
do que se deseja ensaiar em laboratório. De acordo com Coiás (2006), os 
principais testes de laboratório são:
• Ensaios de tração.
• Absorção.
• Análise de sais solúveis.
• Petrografia.
• Análise química.
• Laser para avaliação de superfície de pedra.
19
• Avaliação de porosidade por meio de comparação de densidades.
• Ensaio de absorção de água por imersão total.
• Microscopia.
• Simulação de efeitos de poluição atmosférica.
• Análise expedita de argamassas.
• Análises térmicas.
• Determinação de consistência (aparelho de Vicat).
• Medição de retenção de água.
• Permeabilidade do concreto.
• Ensaio de vapor de iodo.
Além destes, existem muitos outros ensaios utilizados em laboratório 
para medir índices necessários para o correto diagnóstico. A escolha 
do tipo de ensaio para cada avaliação também deverá levar em 
consideração o tempo, a disponibilidade e o custo. A experiência 
profissional auxiliará na correta prescrição de acordo com a realidade de 
cada situação.
Referências Bibliográficas
CHAN, D. W. M.; CHOI, T. N. Y. Difficulties in executing the Mandatory Building 
Inspection Scheme (MBIS) for existing private buildings in Hong Kong. Habitat 
International, Hong Kong, v. 48, n. 1, p. 97-105, ago. 2015.
CÓIAS, V. Inspeções e Ensaios na Reabilitação de Edifícios. Lisboa: IST Press, 
2006.
20
FERREIRA, J. A. A. Técnicas de diagnóstico de patologias em edifícios. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, 
Porto, 2010.
GONÇALVES, C. Anomalias não estruturais em edifícios correntes. 
Desenvolvimento de um sistema de apoio à inspeção, registo e classificação. 
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 
2004.
IBAPE/SP. Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia. Norma de 
Inspeção Predial. 2011. Disponível em: http://ibape-nacional.com.br/biblioteca/wp-
content/uploads/2012/09/norma_de_inspecao_predial.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.
NICOLINI, L. B. Proposta de uma ficha de inspeção predial para a catalogação de 
problemas em vedações verticais internas e externas. Monografia (Graduação 
em Engenharia Civil) – Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 
2016.
21
Técnicas de diagnóstico para 
peças de concreto armado
Autoria: Diego Antônio Custódio
Leitura crítica: Hudson Goto
Objetivos
• Analisar as técnicas usadas para identificar as 
manifestações patológicas de concreto armado das 
edificações.
• Conhecer o ensaio prévio usado para a identificação 
das manifestações patológicas de concreto.
• Compreender as principais técnicas de ensaios 
não destrutivos e destrutivos usadas na análise de 
estruturas de concreto. 
22
1. Introdução
A utilização do concreto armado na construção civil proporciona 
inúmeras vantagens sobre as demais técnicas e materiais empregados 
nas atividades construtivas, devido a sua versatilidade e durabilidade 
e principalmente à disponibilidade dos materiais que o constituem. 
Entretanto, o uso desse material de forma acelerada também teve como 
consequência inúmeras manifestações patológicas, que são resultantes 
muitas vezes do mau uso dos materiais por falta de conhecimento e 
da mão de obra sem qualificação e devido à ausência de manutenções 
preventivas e de controle sobre as estruturas.
Como toda estrutura, os materiais que compõem o concreto sofrem 
processos de deterioração, os quais causam alterações em suas 
propriedades e no seu comportamento, podendo resultar na perda do 
desempenho estrutural e consequentemente na vida útil da peça de 
concreto, o que pode colocar em risco a saúde e a vida dos usuários 
da edificação. Partindo dessa premissa, é importante conhecer as 
técnicas que podem ser utilizadas para realizar a análise dos fenômenos 
patológicos que ocorrem nas estruturas de concreto armado, pois, 
estudando as origens e os mecanismos dessas manifestações, é possível 
mitigar os problemas.
Portanto, estudaremos as principais técnicas utilizadas para analisar 
e estudar os processos patológicos, as quais devem permitir ao 
investigador a determinação da origem e das características das 
manifestações patológicas e os danos subsequentes, de forma a 
obtermos uma inspeção adequada das patologias das estruturas de 
concreto armado.
23
2. Técnicas usadas para identificar 
manifestações patológicas nas estruturas 
 de concreto armado
Muitas técnicas podem ser utilizadas com o intuito de obter a 
informação necessária para avaliar o estado de uma estrutura de 
concreto armado, desde a mais simples e mais usada, que é a inspeção 
visual, até técnicas de ensaio in loco, que são feitas no próprio local 
da edificação. Além disso, há técnicas laboratoriais, que envolvem a 
retirada de amostras das peças de concreto para serem analisadas com 
equipamentos que permitem a obtenção de resultatos qualitativos e 
quantitativos diretos (VEIGA et al., 2004).
Essas técnicas podem ser classificadas em destrutivas e não destrutivas. 
No entanto, de acordo com Santos (2003), o ideal seria que as técnicas 
utilizadas na análise de estruturas da construção civil fossem todas não 
destrutivas, devido aos danos que os ensaios destrutivos podem causar 
à estrutura.
2.1 Inspeção visual
A inspeção visual das manifestações patológicas permite realizar uma 
primeira análise, com base na intuição e experiência do investigador. 
Essa técnica é utilizada com o intuito de identificar os sintomas, sua 
localização e sua intensidade (TUTIKIAN; PACHECO, 2013).
Muitas vezes, a inspeção visual é suficiente para diagnosticar a 
manifestação patológica da estrutura; entretanto, ela deve ser 
conduzida de forma sistemática, a fim de minimizar os possíveis erros 
de avaliação (GONÇALVES, 2004). Ela pode ser feita a olho nu, ou com 
o auxílio de instrumentos ópticos que aumentem a capacidade visual, 
preferivelmente tendo como documento final um registro fotográfico 
amplo. Durante a aplicação da técnica, deverá estar inclusa uma visão 
24
do conjunto, de forma a abranger todos os aspectos relevantes que 
envolvem a problemática, como o local de implantação da obra, a 
estrutura e os possíveis agentes exteriores e interiores da edificação.
O exame visual da estrutura deve permitir determinar se o problema se 
apresenta de forma generalizada ou localizada. Além disso, devem ser 
registrados os sinais de corrosão, fissuras, regiões de desprendimento 
de material, degradação do concreto, ou qualquer outra anomalia.
Coiás (2006) aponta algumas sugestões que podem ser usadas como 
pontos de partida para a análise visual da estrutura e que devem 
ser procuradas de forma minuciosa, pois as anomalias encontradas 
normalmenteestão associadas à origem desses problemas, conforme 
Quadro 1 a seguir.
Quadro 1 – Origem dos problemas patológicos referentes às 
estruturas de concreto e os problemas associados
Origem dos problemas Problemas associados
Falta de recobrimento das 
armaduras
Causa frequente de deterioração precoce da 
estrutura.
Má compactação do concreto Concreto poroso, pouco durável.
Má qualidade das formas Formação de ninhos.
Cura deficiente Fissuras superficiais.
Fonte: adaptado de Cóias (2006).
De acordo com Helene (1993), após a inspeção visual, pode ser 
necessário que a estrutura seja averiguada de forma mais criteriosa, 
o que depende da natureza das anomalias que foram apontadas pelo 
profissional responsável.
25
2.2 Ensaios não destrutivos
As análises tidas como as mais adequadas para a avaliação de 
estruturas de concreto armado são os ensaios não destrutivos, que 
não geram nenhum dano ou impacto à estrutura analisada. Nesta 
aula, abordaremos as técnicas mais comuns, como elas são feitas e as 
informações que fornecem ao profissional.
2.2.1 Ensaio de Pull-off
O ensaio de Pull-off, também conhecido como ensaio de arrancamento, 
foi desenvolvido na Inglaterra, nos anos 1970, e tem como principal 
objetivo avaliar a resistência do concreto in loco (LONG; MURRAY, 1984). 
No Brasil, ele ainda não é normatizado, mas seus resultados têm se 
mostrado de bastante confiança; além disso, aqueles tidos como não 
satisfatórios à área de que os corpos de prova foram extraídos já são 
visíveis por meio da observação da superfície de ruptura.
O ensaio é simples de ser executado e a técnica é eficiente para ser 
usada em vigas e lajes, pois se mostra adequada para ser feita em 
elementos estruturais de pequena seção. Consiste basicamente em 
realizar o arranque de um disco que foi previamente colado à peça de 
concreto, usando para isso um sistema mecânico portátil, como verifica-
se na Figura 1.
O aumento da força é verificado por meio do equipamento e o seu valor 
é registrado assim que ocorre o arrancamento da peça. Com a força de 
tração obtida, é possível estimar a resistência à compressão do concreto 
(LONG; MURRAY, 1984; CASTRO et al., 2009). O equipamento é o mesmo 
usado na execução dos ensaios de aderência em argamassas, o qual já é 
normalizado no Brasil, o que acaba por facilitar sua realização, além de 
ser um ensaio simples, rápido e de baixo custo.
26
Figura 1 – Ensaio de arrancamento
Fonte: adaptada de Pereira e Medeiros (2012, p. 772)
2.2.2 Ensaio de esclerometria
O ensaio de esclerometria é o ensaio não destrutivo mais usado na 
atualidade e permite obter a resistência à compressão do concreto 
(COIÁS, 2006). O método baseia-se na medição da dureza superficial do 
concreto. Assim, o equipamento é colocado de forma perpendicular na 
superfície a ser ensaiada, e empurra-se o corpo do esclerômetro contra 
ela. Como resposta, obtém-se um índice de reflexão, que é utilizado 
para estimar a resistência à compressão do concreto a partir do uso de 
curvas de correlação.
O equipamento é um aparelho portátil, de fácil manipulação e de baixo 
custo, que gera uma grande quantidade de dados rapidamente. Ele 
é constituído por um tubo cilíndrico, que em seu interior possui uma 
mola, um êmbolo e uma massa. O índice esclerométrico é proporcional 
à distância que foi percorrida pela massa no rebote, enquanto a 
27
resistência do concreto é diretamente proporcional à distância refletida 
pela massa no interior do aparelho após o choque (PEREIRA, MEDEIROS, 
2012).
Figura 2 – Mecanismo de funcionamento do esclerômetro
Fonte: adaptada de Pereira e Medeiros (2012, p. 770).
2.2.3 Ensaio de ultrassom
Estudos demonstram que a velocidade de propagação de uma onda se 
relaciona com as propriedades elásticas e de densidade do material, 
sendo independente da geometria do elemento. O ensaio de ultrassom 
se baseia na medição da velocidade de propagação da onda proveniente 
de ultrassons, constituídos por aparelhos capazes de gerar e registrar 
ondas com frequência entre 20 e 150kHz (BUNGEY, 1989).
28
O equipamento usado é constituído por uma unidade central, que gera 
impulsos elétricos; um par de transdutor com emissor e receptor; um 
amplificador; e um dispositivo eletrônico para a medição do tempo de 
geração do pico (amplitude máxima) do pulso gerado no transdutor 
emissor e sua chegada até o transdutor receptor (PEREIRA; MEDEIROS, 
2012), conforme verifica-se na Figura 3.
Figura 3 – Execução do ensaio de ultrassom
Fonte: adaptada de Chies (2014, p. 63)
A velocidade do pulso das ondas longitudinais geradas é tida em função 
das propriedades elásticas do material, como módulo de elasticidade, 
coeficiente de Poisson e sua densidade. Essa velocidade de propagação 
pode ser influenciada pelas dimensões da peça ensaiada, pela presença 
de armadura e pela temperatura e umidade do concreto. A técnica tem 
como principais aplicações: análise da homogeneidade do concreto, 
detecção de falhas internas da peça e profundidade de fissuras e outras 
anomalias.
29
2.3 Ensaios destrutivos
Em algumas ocasiões, os ensaios não destrutivos não permitem obter 
uma avaliação precisa e segura das propriedades do material. Nesses 
casos, é necessário que ocorra a retirada de amostras, chamadas de 
testemunhos. Os testemunhos, obtidos diretamente da estrutura, são 
usados para que sejam realizados posteriormente ensaios de forma 
direta. Essas técnicas são conhecidas como ensaios destrutivos de 
extração e ruptura de testemunhos.
2.3.1 Extração de testemunhos e ensaio de compressão
Os testemunhos são extraídos utilizando-se uma máquina extratora, 
que é composta por uma coroa rotativa de diamante na extremidade. 
Esses corpos de prova podem ser submetidos a ensaios de resistência 
à compressão, à tração, ao módulo de elasticidade (FIGUEIREDO, 2005), 
à profundidade da frente de carbonatação, ao teor de cloretos, à 
expansão decorrente de reações álcali-agregado, entre outros.
De acordo com Figueiredo (2005), as amostras retiradas devem possuir 
as características da estrutura, com o objetivo de serem obtidos corpos 
de prova similares à estrutura maior. Elas não devem conter materiais 
contaminantes, como barras de aço e madeira.
No Brasil, o processo de extração de testemunhos é regido pela NBR 
7680-1 (ABNT, 2015), cujo intuito é padronizar o procedimento de 
extração de testemunhos e estabelecer o desempenho do equipamento 
de extração e as dimensões das amostras, que devem ser de preferência 
três vezes o diâmetro do agregado graúdo usado na confecção do 
concreto. Deve-se ainda buscar não cortar a armadura e sempre sazonar 
os testemunhos ao ar por 48h antes da ruptura deles, sempre que a 
estrutura não estiver submersa.
30
Figura 4 – Extração de testemunho utilizando sonda rotativa 
diamantada em bloco de concreto
Fonte: adaptada de Filho (2007, p. 114).
O principal ensaio realizado sobre os testemunhos que são extraídos 
de peças de concreto armado é o de resistência à compressão, tido 
como o mais confiável e preciso entre os métodos de inspeção de 
estruturas de concreto. O parâmetro obtido, que nesse caso é a 
resistência à compressão, é fundamental para que o profissional possa 
identificar problemas estruturais originados a partir de uma resistência 
característica inferior àquela prevista em projeto. Além disso, em 
muitas situações, os projetos estruturais das edificações não estão mais 
disponíveis, fazendo com que o responsável pelo diagnóstico tenha de 
recorrer a esse tipo de ensaio para identificar a resistência característica 
dos elementos estruturais e posteriormente indicar o processo de 
reabilitação mais adequado.
As resistências obtidas em corpos de provas decorrentes de 
testemunhos extraídos de estruturas de concreto geralmente são 
31
menores do que aquelas encontradas nos corpos de provas moldados 
em laboratório. Isso acontece porque a moldagem dos corpos de prova 
costuma ser realizada por mão de obra especializada, enquanto o 
concreto que é aplicadoem obra é submetido a condições adversas não 
ideais, como transporte, lançamento, adensamento e cura (FIGUEIREDO, 
2005).
2.3.2 Ensaio de profundidade de carbonatação
O ensaio de carbonatação é utilizado para verificar a profundidade de 
carbonatação das peças de concreto e é tido como um ensaio simples, 
de resultado imediato e baixo custo.
Na primeira etapa, realiza-se um furo no local do ensaio, seguido de sua 
limpeza. Na sequência, aplica-se por aspersão uma mistura de 1g de 
fenolftaleína dissolvido em 50g de álcool etílico, diluídos em 50g de água 
(DIN, 2007). É preciso esperar então alguns minutos até que o indicador 
altere sua cor. Assim, caso seja incolor, infere-se um pH em torno de 
9 e a peça está carbonatada; porém, quando a coloração é vermelho-
carmim, o pH se encontra mais elevado, por volta de 13, indicando a não 
carbonatação da peça. Por fim, caso haja presença de carbonatação, 
realiza-se a leitura da espessura carbonatada com o auxílio de uma 
trena com a precisão de milímetros, como verifica-se na Figura 5 a 
seguir.
32
Figura 5 – Etapas da realização do ensaio de profundidade de 
carbonatação do concreto
Fonte: adaptada de Farias e Silva (2019, p. 6).
Referências Bibliográficas
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7680: extração, preparo, 
ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto – Procedimentos. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2015.
BUNGEY, J. H. The Testing of Concrete in Structures. 2. ed. Glasgow: Surrey 
University Press, 1989.
CASTRO, A. L. et al. Métodos de ensaios não destrutivos para estruturas de concreto. 
Revista de Tecnologia da Construção – Téchne, São Paulo, v. 17, p. 56-60, 2009.
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de estruturas de concreto com o uso de ultrassom. Dissertação (Mestrado em 
Engenharia Civil) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
33
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2006.
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FARIAS, G. C.; SILVA, D. S. Análise da evolução da profundidade de carbonatação 
em estruturas de concreto ao longo do tempo. Monografia (Graduação em 
Engenharia Civil) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2019.
FIGUEIREDO, E. P. Inspeção de Estruturas de Concreto com problemas de 
Resistência, fissuras e deformações. São Paulo: IBRACON, 2005.
FILHO, J. O. V. Avaliação da resistência à compressão do concreto através de 
testemunhos extraídos: contribuição à estimativa do coeficiente de correção 
devido aos efeitos do bronqueamento. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – 
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
GONÇALVES, C. Anomalias não estruturais em edifícios correntes. 
Desenvolvimento de um sistema de apoio à inspeção, registo e classificação. 
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 
2004.
HELENE, P. Contribuição ao estudo da corrosão em estruturas de concreto 
armado. Tese (Livre docência em Engenharia Civil) – Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 1993.
LONG, A. E.; MURRAY, A. The Pull-off Partially Destructive Test for Concrete. 
Symposium Paper, [s.l.], v. 82, 1984.
PEREIRA, E.; MEDEIROS, M. H. F. Ensaio de “Pull Off” para avaliar a resistência 
à compressão do concreto: uma alternativa aos ensaios normalizados no Brasil. 
Revista Ibracon de Estruturas e Materiais, [s.l.], v. 5, p. 757-780, 2012.
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TUTIKIAN, B; PACHECO, M. Boletim Técnico – Inspección, Diagnóstico y 
Prognóstico em la Construcción Civil. 2013. Disponível em: http://alconpat.org.
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edifícios antigos. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 2004.
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34
Técnicas de diagnóstico para 
peças de aço e madeira
Autoria: Diego Antônio Custódio
Leitura crítica: Hudson Goto
Objetivos
• Conhecer as técnicas qualitativas e quantitativas 
para a análise das manifestações patológicas nas 
edificações.
• Identificar as melhores técnicas de diagnóstico em 
peças de aço e madeira.
• Conhecer as principais manifestações patológicas 
em peças de aço e madeira.
35
1. Introdução
Tem-se notado nos últimos anos uma tendência da construção civil em 
se industrializar. Porém, no Brasil, o processo construtivo de edificações 
ainda é extremamente artesanal.
Essa tendência de industrialização revela a necessidade de diversificar 
os materiais utilizados na construção civil. Entre as possibilidades, 
podemos destacar os elementos de concreto pré-moldado ou 
estruturas de aço, que possibilitam um processo industrializado para 
os sistemas estruturais. No entanto, de acordo com Sacchi (2016), a 
falta de conhecimento técnico dos sistemas construtivos em aço e dos 
componentes que os acompanham são fortes oponentes a sua aplicação 
no Brasil. Essa falta de conhecimento aliada à falta de planejamento 
na execução de estruturas de aço pode dar origem a diversas 
manifestações patológicas nesse sistema construtivo.
Além do aço, outro tipo de sistema estrutural que tem ganhado força, 
e já é um velho conhecido na construção civil, é a madeira. Ela é 
extremamente versátil e pode ser utilizada para uma série de tipologias 
estruturais. Porém, assim como qualquer outro elemento da construção, 
ela também está sujeita a manifestações patológicas que precisam ser 
avaliadas e corrigidas com cuidado, para que se garanta segurança aos 
usuários da edificação. Dessa forma, iremos apresentar as principais 
técnicas de diagnóstico para manifestações patológicas em peças de aço 
e de madeira, por serem importantes sistemas estruturais.
2. Inspeção visual de peças de aço
Como em qualquer processo de diagnóstico, a investigação em 
estruturas metálicas inicia-se pela inspeção visual. Nesse aspecto, 
o engenheiro responsável deverá inspecionar cuidadosamente os 
36
elementos da estrutura de aço em busca de anormalidades. Nessa 
etapa, será feita uma classificação primária dos defeitos, considerando: 
a causa, a causa e o efeito, ou apenas o efeito. O critério deverá ser 
escolhido de acordo com a experiência do profissional. Segundo Costa 
(2019), as principais anomalias que podem ser identificadas são:
• Contaminação: os indícios de contaminação das peças de 
aço podem ser qualquer tipo de sujidades ou crescimento de 
vegetação.
• Deformação: alteração geométrica significante, que seja visual e 
que possa comprometer o desempenho da estrutura.
• Deslocamento: alteração da localização de elementos estruturais; 
posicionamento incorreto, que pode ter sido originado da 
montagem inadequada ou do uso da estrutura.
• Descontinuidade: o responsável pela inspeção pode avaliar o 
aspecto dos materiais, se há sinais de descontinuidade, como 
pequenas fissuras ou trincas.
• Deteorioração: verificar se existe algum indicativo de alteração de 
características físicas e/ou químicas das peças de aço.
• Perda de material: verificar o tamanho das seções transversais, se 
existe perda aparente de material na estrutura.
O crescimento de vegetação no aço indica a existência de material 
orgânico na peça, o que pode ser um sinalde que o material está 
contaminado. A Figura 1 mostra parte da treliça de uma ponte com 
crescimento de vegetação.
37
Figura 1 – Crescimento de vegetação: possível contaminação do aço
 
Fonte: adaptada de Costa (2019, p. 18)
A Figura 2 mostra parte de uma estrutura de aço com deformação em 
elementos de ligação.
Figura 2 – Deformação em estrutura de aço
 
Fonte: adaptada de Costa (2019, p. 18).
38
A Figura 3 mostra um aparelho de apoio de uma estrutura metálica 
deslocado da sua posição original.
Figura 3 – Deslocamento aparente em aparelho de apoio
 
Fonte: adaptada de Costa (2019, p. 18).
A Figura 4 mostra um elemento de aço com uma pequena fissura, 
indicando descontinuidade do material.
Figura 4 – Descontinuidade do aço
 
Fonte: adaptada de Costa (2019, p. 18).
39
A Figura 5 mostra um elemento de aço com deterioração avançada 
causada pela oxidação do material.
Figura 5 – Deterioração do aço
 
Fonte: adaptada de Costa (2019, p. 18).
A Figura 6 mostra um elemento de aço com partes vazadas, indicando 
perda de material.
Figura 6 – Perda de material
 
Fonte: adaptada de COSTA (2019, p. 18).
40
3. Ensaios em peças de aço
Após a inspeção visual, o responsável deverá avaliar a necessidade 
de execução de ensaios nas peças para que se obtenha alguma outra 
informação importante, a qual normalmente está relacionada a um 
parâmetro quantitativo. Os ensaios em peças de aço podem ser 
classificados em destrutivos ou não destrutivos.
3.1 Ensaios não destrutivos em peças de aço
Há uma infinidade de ensaios que podem ser realizados para a obtenção 
de parâmetros quantitativos sobre as manifestações patológicas em 
estruturas de aço. O Quadro 1 apresenta os principais ensaios não 
destrutivos existentes. As técnicas marcadas com “x” referem-se às 
técnicas de ensaio que podem ser utilizadas em estruturas metálicas; 
enquanto as marcadas com “-” são usadas para ensaios em concreto.
Quadro 1 – Ensaios não destrutivos
ENSAIO Vigas Pilares Lajes
Líquido penetrante x x x
Ultrassom x x x
Partícula magnética x x x
Correntes parasitas x x x
Pacometria - - -
Esclerometria - - -
Radiógrafos x x x
41
Emissão acústica x x x
Frequência de ressonância x x x
Termografia infravermelho x x x
Permeabilidade - - -
Estanqueidade x x x
Revestimento protetor x x x
Uniformidade do 
revestimento por Holiday 
Detector
x x x
Prova de carga elástica x x x
Réplica Metalográfica x x x
Prova de Carga Dinâmica 
(PDA – Pile Driving Analyzer)
x x x
Arrancamento com Carga 
Controlada–Chumbadores e 
Tirantes
x x x
Fonte: adaptado de Costa (2019, p. 32).
O Quadro 2 apresenta um resumo dos cinco principais ensaios não 
destrutivos aplicados às peças de aço.
42
Quadro 2 – Principais características dos ensaios não 
destrutivos mais usados
ENSAIO CARACTERÍSTICAS VANTAGENS DESVANTAGENS
Líquido 
penetrante
Descontinuidades 
superficiais em 
materiais não 
porosos, metálicos 
e não metálicos. 
Materiais que 
podem ser 
ensaiados: aços 
carbonos em geral, 
aços inoxidáveis, 
alumínio, bronze, 
titânio e vidros.
Aplicável em 
materiais 
magnéticos ou 
não magnéticos. 
Fácil visualização e 
caracterização da 
descontinuidade. 
Aplicável em peças 
de geometrias 
complexas. 
Custo 
relativamente 
reduzido.
Detecção exclusiva 
de descontinuidades 
abertas à superfície. 
Necessidade de 
limpeza rigorosa 
antes da execução 
do ensaio. Com 
as técnicas 
convencionais, 
não é aplicável em 
materiais porosos.
Partículas 
magnéticas
Utilizado na 
detecção de 
descontinuidades 
superficiais e 
subsuperficiais em 
peças de materiais 
ferromagnéticos.
Simplicidade de 
aplicação, fácil 
execução, rápido e 
de baixo custo de 
operação. 
Alta sensibilidade 
na detecção de 
descontinuidades 
superficiais. 
Detecção de 
descontinuidades 
pouco 
subsuperficiais 
da peça. Pode 
ser realizado em 
peças de geometria 
complexa.
Pode ser aplicado 
apenas em materiais 
ferromagnéticos. 
Forma e orientação 
das descontinuidades 
em relação ao campo 
magnético interferem 
fortemente no 
resultado do ensaio, 
sendo necessária, 
em muitos casos, a 
realização de mais de 
um ensaio na mesma 
peça.
43
ENSAIO CARACTERÍSTICAS VANTAGENS DESVANTAGENS
Ensaio 
radiográfico
Pode ser aplicado 
durante as etapas 
de fabricação 
ou em serviços 
de manutenção. 
Defeitos como 
vazio e inclusões 
que apresentam 
uma espessura 
variável em 
todas as direções 
são facilmente 
detectados, desde 
que não sejam 
muito pequenos em 
relação à espessura 
da peça.
Registro 
permanente por 
meio de filme 
ou imagem 
digitalizada de 
fácil compreensão, 
facilitando a 
situação de 
análise, laudo e 
documentação, 
inclusive no 
acompanhamento 
por meio de 
auditagem. 
Inspeciona o 
interior das peças.
Difícil aplicação 
em peças de 
geometria complexa. 
Necessidade de 
acesso às duas faces 
da peça. Limitações 
na detecção de 
descontinuidades 
planares (trincas) 
mais graves em 
relação à integridade 
estrutural. Exige 
cuidados de 
radioproteção, 
que incluem o 
isolamento da área. 
Relativamente caro.
44
ENSAIO CARACTERÍSTICAS VANTAGENS DESVANTAGENS
Ultrassom
Pode ser aplicado 
durante as etapas 
de fabricação 
ou em serviços 
de manutenção. 
Verifica defeitos 
como vazio e 
inclusões, que 
apresentam uma 
espessura variável 
em todas as 
direções.
Elevado poder 
de penetração 
que permite 
a detecção de 
descontinuidades 
existentes no 
interior das 
peças, em uma 
vasta gama 
de espessuras 
e materiais. 
Sensibilidade 
elevada na 
detecção de 
descontinuidades 
muito pequenas. 
Precisão na 
determinação 
da localização, 
dimensão e 
forma das 
descontinuidades. 
Não necessita de 
acesso a ambos os 
lados da superfície 
a ser ensaiada.
Exige operadores 
muito experientes. 
Difícil de aplicar em 
peças de geometria 
complexa e/ou de 
espessuras muito 
pequenas. O registro 
permanente do teste 
não é facilmente 
obtido.
Fonte: adaptado de Sacchi e Souza (2017, p. 72).
3.2 Ensaios destrutivos para peças de aço
Os ensaios destrutivos provocam a inutilidade da peça avaliada e 
devem ser utilizados em casos muito particulares, quando houver a 
45
real necessidade de realizá-los. Seu principal objetivo é avaliar alguma 
propriedade mecânica do material. Entre os principais existentes, 
podemos citar: tração, compressão, dureza, fratura, flexão, torção, 
fadiga e fluência. A escolha do ensaio por parte do profissional deverá 
levar em conta qual propriedade mecânica se deseja determinar 
para cada situação, sendo necessário que ele conheça a fundo as 
propriedades mecânicas dos materiais. A seguir são apresentados os 
três ensaios principais, de acordo com Zolin (2011):
• Ensaio de tração: aplica-se uma carga sobre a peça a ser ensaiada 
e, utilizando os princípios da Lei de Hooke, determina-se a tensão 
de escoamento do material, a tensão de ruptura, o módulo de 
elasticidade, entre outras propriedades mecânicas. A Figura 7 
mostra o equipamento utilizado.
• Ensaio de dureza Brinell: consiste em uma esfera de aço de 
diâmetro conhecido que é colocada sobre a peça a ser ensaiada 
e depois pressionada com uma força conhecida durante 
30 segundos. Após a aplicação, uma marca em formato de 
calota esférica ficará sobre a peça ensaiada, sendo a dureza 
inversamente proporcional ao diâmetro dessa calota esférica. 
É importante ressaltar que existem diversos outros ensaios de 
dureza.
• Ensaio de fratura frágil (impacto): consiste na aplicação de uma 
carga repentina sobre o material ensaiado para se determinar 
o comportamento do material às cargas dinâmicas, como o aço 
usado em pontes.
46
Figura 7 – Equipamento para o ensaio de tração
Fonte: adaptada de Zolin (2011, p. 36).
4. Inspeção visual em peças de madeira
Muitas das manifestações patológicas em peças de madeira são visíveis. 
Assim, a inspeção visual deverá ser realizada com muita atenção. 
De acordo com Brito (2014, p. 42), é possível classificar os agentes 
deterioradores da madeira em bióticos ou abióticos.
• Agentes abióticos: valem asrecomendações para outros tipos 
de estrutura (como visto em aço), tais como: verificação de 
deformações excessivas; deslocamentos em apoios; excesso de 
sobrecargas; alterações de capacidade estrutural; mudanças no 
uso da edificação ou falhas de projeto; e concepção estrutural. 
Ainda se destacam os agentes químicos, basicamente a corrosão 
em elementos de ligação metálicos, que podem ter efeitos 
47
degradantes na madeira. Outros agentes abióticos são: ação de 
raios ultravioleta e intemperismo.
• Agentes bióticos: fungos e insetos. A maioria dos fungos e insetos 
que atacam a madeira são extremamente nocivos. A boa notícia é 
que a ação degradante por parte desses agentes, na maioria das 
vezes, é visível, o que leva a uma rápida detecção, logo no início da 
manifestação.
De acordo com DJIK (2014, p. 7), na inspeção visual, é possível identificar 
o estado atual ou o potencial de degradação da estrutura. Esse tipo de 
inspeção é adequado para a constatação de danos superficiais e falhas 
estruturais. É importante que tudo seja fotografado para que se possa 
acompanhar o plano de reabilitação.
5. Ensaios em peças de madeira
Assim como nos ensaios de peças de aço, os ensaios em peças de 
madeira podem ser classificados como destrutivos e não destrutivos. A 
seguir, apresentaremos os principais ensaios utilizados para determinar 
características importantes para a elaboração de um diagnóstico em 
edificações com esse tipo de estrutura.
5.1 Ensaios não destrutivos
Um dos principais ensaios não destrutivos em estruturas de madeira 
é usando um aparelho de ultrassom. De acordo com Santos (2017, p. 
70), a análise pode ser realizada por meio de métodos distintos: eco 
pulsado, ressonância, transmissão e imersão. O ensaio por ressonância 
é mais adequado para materiais mais homogêneos, podendo os demais 
métodos serem escolhidos de acordo com a disponibilidade na região.
48
O principal objetivo de todos os ensaios de ultrassom é determinar 
se existem pontos de podridão no interior da peça. Sua existência 
basicamente fará com que a velocidade do som propagado no interior 
da peça seja menor do que se ela estivesse em perfeito estado. De 
acordo com Machado e Feio (2014, p. 9), a perda de 10% a 20% na 
velocidade de propagação do som na madeira representa cerca de 
10% de podridão no interior da peça. A Figura 8 apresenta o ensaio de 
ultrassom em peça de madeira.
Figura 8 – Equipamento para o ensaio de ultrassom em madeira
 
Fonte: adaptada de Machado e Feio (2014, p. 13).
5.2 Ensaios destrutivos
Os principais ensaios destrutivos em madeira são: tração, compressão, 
flexão e impacto, sendo similares àqueles descritos na seção de 
estruturas de aço. A grande diferença está na preparação dos 
corpos de prova. No caso da madeira, os corpos de prova devem ser 
49
acondicionados em câmaras climatizadas para atingirem a umidade de 
equilíbrio, que depende do tipo de madeira utilizado.
Um método bastante utilizado é o de dureza de Piazza e Turrini, que 
mede a resistência média para cravar uma esfera de 10mm de diâmetro 
até sua metade na peça de madeira. A partir de um coeficiente relativo 
à espécie, é possível identificar o módulo de elasticidade da madeira, 
que é fundamental para verificar condições de projeto estrutural, como 
deformações excessivas, por meio da lei de Hooke.
Referências Bibliográficas
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técnicas de reabilitação. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Universidade 
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SANTOS, L. I. Ensaios não destrutivos aplicados à estruturas de madeira no museu 
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ZOLIN, I. Curso técnico em automação industrial: Ensaios Mecânicos e 
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2021.
https://www.gomesteceng.com.br/wp-content/uploads/2020/03/Inspe%C3%A7%C3%A3o-e-Avalia%C3%A7%C3%A3o-n
https://www.gomesteceng.com.br/wp-content/uploads/2020/03/Inspe%C3%A7%C3%A3o-e-Avalia%C3%A7%C3%A3o-n
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http://repositorio.lnec.pt:8080/jspui/bitstream/123456789/1006841/1/item1007827.pdf
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https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/11/15_ensaios_mecanicos_analises_falhas.pdf
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50
Técnicas de diagnóstico de 
infiltrações e fundações
Autoria: Diego Antônio Custódio
Leitura crítica: Hudson Goto
Objetivos
• Identificar as principais causas dos problemas 
associados às patologias das edificações devido à 
infiltração e às fundações.
• Identificar as principais manifestações patológicas 
relacionadas à infiltração, seu diagnóstico, sua 
prevenção e sua correção.
• Identificar as principais manifestações patológicas 
relacionadas às fundações, seu diagnóstico, sua 
prevenção e sua correção.
51
1. Introdução
O termo patologia pode ser definido como a ciência que estuda a 
origem, os sintomas e a natureza das doenças. Na engenharia civil, ele 
relaciona-se ao desempenho insatisfatório dos elementos da edificação, 
decorrendo de falhas que afetam aspectos estruturais ou estéticos 
da construção, devido ao não cumprimento ou à inexistência de 
normas técnicas, mal planejamento, erros durante a construção ou sua 
utilização, eventos naturais ou até mesmo acidentes (ZUCHETTI, 2015).
A resolução de um problema patológico envolve um conjunto complexo 
de procedimentos e depende de um diagnóstico, que irá identificar 
as causas do problema, e da proposição de uma terapia, que trata 
da correção dos problemas patológicos. Para que se tenha êxito nas 
medidas terapêuticas, é fundamental que o diagnóstico tenha sido bem 
executado. Para tanto, ele deve abordar: (a) os sintomas ou lesões; (b) os 
mecanismos; (c) suas origens (qual fase do processo construtivo); e (d) 
as causas (agente causador, como cargas, umidade etc.) e as principais 
consequências. Para cada diagnóstico, é elaborada uma terapia mais 
adequada e eficiente, corrigindo o problema na raiz e com o menor 
dispêndio econômico possível. A Figura 1 apresenta um organograma de 
atividades a serem realizadas na solução de um processo patológico.
52
Figura 1 – Etapas da solução de um processo patológico
Fonte: adaptada de Paula e Silva e Jonov (2019, p. 13).
53
São muitas as patologias encontradas nas construções, estando entre 
as mais comuns: fissuras e trincas, deformações na estrutura, manchas, 
corrosão das estruturas etc. Neste Tema, vamos aprender um pouco 
mais sobre as patologias de edificações relacionadas a problemasde infiltração e fundações e elaborar um diagnóstico a partir do 
conhecimento de suas origens, como se manifestam, danos que podem 
causar e formas de correção e prevenção.
2. Patologias devido a problemas de infiltração
A infiltração é uma das piores patologias que uma edificação pode 
sofrer, pois pode causar danos e desencadear diversas outras 
patologias, como eflorescências, bolor, mofo, corrosão das estruturas, 
ferrugens, deterioração da pintura e rebocos, entre outras (JONOV; 
NASCIMENTO; PAULA E SILVA, 2013). Em todas as situações, ela 
representa um cenário problemático. Entretanto, com um diagnóstico 
precoce, é possível identificar sua origem com segurança e determinar a 
correção adequada, evitando trabalho e despesas desnecessárias.
2.1 Causas
As infiltrações podem ocorrer devido a diversas causas, estando entre as 
mais importantes:
• A partir de fachadas e coberturas na ocorrência de chuvas, ou por 
não terem recebido impermeabilização ou por conterem falhas de 
projeto e execução.
• Por meio de vapores de água, como o produzido durante banhos, 
resultando em mofo nas paredes e no forro.
54
• A partir da umidade do solo, que é absorvida pela edificação desde 
as fundações até as paredes.
• A partir de vazamentos nas instalações hidrossanitárias, que 
atingem paredes, forros e até mesmo pisos.
• Por problemas de impermeabilização de piso e paredes em áreas 
molhadas, como banheiros e área de serviço.
Outros fatores, como idade da construção, clima, materiais, práticas 
construtivas e nível de controle da qualidade durante a execução, são 
igualmente influentes nesse tipo de patologia (JONOV; NASCIMENTO; 
PAULA E SILVA, 2013).
Storte (2011) divide as principais manifestações patológicas em dois 
grupos:
• Grupo 1: manifestações provocadas pela infiltração d’água devido 
à ausência ou falha de impermeabilização.
• Grupo 2: manifestações originárias do processo construtivo, que 
podem provocar danos à impermeabilização.
No Grupo 1, temos:
• Corrosão das armaduras: é uma das manifestações mais comuns 
e perigosas resultantes da infiltração. Pode estar relacionada ao 
recobrimento das armaduras abaixo do recomendado; concreto 
mal executado, que acarretou alta porosidade e fissuras de 
retração; ou mesmo deficiências na cura do concreto, causando 
fissuras devido à diminuição de sua resistência.
• Carbonatação do concreto: é resultado da reação do cimento 
com a água, que gera compostos hidratados, ao combinar o 
hidróxido de cálcio com os hidróxidos ferrosos do aço. Quando em 
55
presença de água, oxigênio e diferença de potencial da armadura, 
inicia-se o processo de corrosão.
• Eflorescência: acontece a partir da dissolução de sais, que vão 
para a superfície, cuja evaporação da água resulta na formação de 
depósitos salinos, o que altera a aparência do elemento onde se 
deposita, podendo até causar sua degradação.
No Grupo 2, destacam-se as trincas e as fissuras em estruturas de 
concreto. Essas manifestações podem acontecer devido a:
• Variações térmicas.
• Deformação excessiva das estruturas.
• Recalques diferenciais.
• Retração hidráulica.
• Falhas de concretagem.
• Recobrimento das armaduras.
• Chumbamento das peças.
2.2 Diagnóstico
Um correto diagnóstico depende do conhecimento do tipo de umidade 
que causa a infiltração (OLIVEIRA, 2013). Lersch (2003) classifica os tipos 
de umidade para fins de diagnóstico como:
• Umidade de infiltração: quando a umidade passa da parte 
externa da edificação para a parte interna, por meio de trincas ou 
porosidade do material.
56
• Umidade ascensional: a umidade presente no solo é absorvida 
pelos elementos da construção, podendo subir até as paredes.
• Umidade por condensação: ocorre quando o ar possui alta taxa 
de umidade e encontra uma superfície com temperatura baixa.
• Umidade de obra: diz respeito à umidade já existente durante a 
execução da construção, como em argamassas e concreto.
• Umidade acidental: manifestação gerada por falhas nos sistemas 
hidrossanitários.
A avaliação das patologias na construção devido à infiltração é 
comumente realizada por métodos destrutivos. Entretanto, a fim de 
evitar trabalho e gastos desnecessários, pode-se recorrer a técnicas 
não destrutivas. Essa opção é mais interessante em diversos aspectos, 
em especial se a construção já estiver em uso (ROCHA, 2018). Para isso, 
podem ser adotados equipamentos de diagnóstico complementar mais 
avançados, como termógrafos, humidimetros, psicrômetros, câmeras 
de inspeção, entre outros (AQUARYS H2O, 2017), os quais, quando 
associados a ensaios específicos, auxiliam na identificação de forma 
precisa da origem da infiltração sem necessariamente um contato 
direto com a estrutura, minimizando riscos e a interferência na vida dos 
moradores (OH et al., 2013).
2.3 Métodos de prevenção
Ao determinar o tipo e a origem da umidade, as condições da 
construção e o cumprimento das normas, é possível determinar a 
terapia ideal para a manifestação patológica em questão. Conforme 
apontado por Hussein (2013), deve-se levar em conta a diversidade e 
disponibilidade de produtos no mercado, custos, desempenho e mão 
de obra especializada, de forma a garantir bons resultados e a não 
reincidência da patologia. Righi (2009) complementa dizendo que o 
57
controle da execução da impermeabilização é imprescindível para a 
eficácia, sendo responsabilidade da equipe executora e do encarregado 
pela obra.
Conforme defendido por Carmo (2003), prevenir é o melhor 
remédio, sendo importante especificar corretamente os sistemas de 
impermeabilização para cada elemento, de acordo com cada material, 
e fiscalizar a adequada execução dos trabalhos. A infiltração é uma 
patologia que tende a apresentar reincidências, devido a falhas 
sistemáticas, que vão desde a fase de projeto até a sua execução.
3. Patologias devido a problemas na fundação
As fundações são responsáveis pela transmissão das cargas de uma 
construção ao solo. Seu comportamento pode ser afetado por diversos 
motivos: de estrutura, de solos, de procedimentos de execução, de 
materiais utilizados etc. (PAULA E SILVA; JONOV, 2019).
A estabilidade de uma construção depende diretamente da escolha 
adequada da fundação, assim como de sua boa execução e de seu 
atendimento às normas técnicas. De acordo com Zuchetti (2015), a 
execução de uma fundação que atende aos padrões mínimos a partir de 
investigações geotécnicas provavelmente não acarretará o surgimento 
de grandes problemas de desempenho estrutural. Do contrário, pode 
haver inúmeros problemas decorrentes de um projeto inadequado das 
fundações e de sua má execução (MARCELLI, 2007).
3.1 Tipos de fundação
Há diversos tipos de fundação e cada uma delas visa atender a 
diferentes necessidades, de acordo com os requisitos da NBR 6122 – 
Projeto e execução de fundações (ABNT, 2019). As fundações podem 
58
ser classificadas em superficiais (blocos, sapatas, radiers) ou profundas 
(estacas, tubulões, com pelo menos 3 m de profundidade).
3.2 Manifestações patológicas associadas às fundações 
para diagnóstico
Do Carmo (2003) classifica os danos provenientes de uma execução 
inadequada para fins de diagnóstico em três tipos:
• Danos arquitetônicos: comprometem a estética da arquitetura, 
como trincas nas paredes e acabamentos.
• Danos funcionais: comprometem diretamente o desempenho e a 
funcionalidade da edificação, necessitando de reforços estruturais.
• Danos estruturais: comprometem a vida útil da edificação, 
reduzindo sua durabilidade e seu desempenho e necessitando de 
reforço imediato.
3.2.1 Recalques na fundação
O recalque é uma deformação do solo quando este é submetido a 
cargas, podendo ter como consequência a movimentação da fundação. 
Com ele, a resistência ao deslizamento diminui, movimentando a 
estrutura e gerando fissuras. Além disso, dependendo da intensidade, 
pode comprometer a estrutura (PAULA E SILVA; JONOV, 2019).
Quando há um deslocamento vertical, configura-se o recalque 
absoluto. A diferençaentre os recalques absolutos de dois elementos 
da fundação chama-se recalque diferencial, que é uma das principais 
patologias em edificações. O Quadro 1 apresenta diferentes tipos de 
erros que podem levar ao recalque diferencial em uma construção.
59
Quadro 1 – Erros relacionados ao aparecimento 
de recalque diferencial
Fase/ etapa Tipos de erros 
Problemas no solo
•	Falta de homogeneidade do solo.
•	Consolidação distinta do aterro.
•	Fundação entre corte e aterro.
Erros de projeto
•	Erro na previsão de recalques.
•	 Insuficiência nos levantamentos, nas sondagens e nos ensaios.
•	Não consideração da heterogeneidade do solo.
•	Não consideração da presença de aterro, entulhos ou fossas.
•	Não consideração das variações no nível do lençol freático. 
Erros na execução
•	Fundações profundas com terra solta na base.
•	Desvio da ponta da estaca devido à presença de matacões.
•	Falta de alargamento na base de tubulões.
Fonte: adaptado de Paula e Silva e Jonov (2019, p. 54).
A norma técnica ABNT NBR 6122/2019 – Projeto e execução de 
fundações (ABNT, 2019) exige análises prévias do solo a partir de uma 
quantidade mínima de sondagens por área edificada, com análises de 
ensaios de campo e laboratoriais. Ela também indica ensaios axiais de 
cone para reconhecimento da resistência de ponta e tensão horizontal 
do solo, conhecimento do perfil estratigráfico e análises de laboratório, 
a fim de conferir níveis de contaminação (CBIC, 2013). Além disso, é 
fundamental conhecer o tipo do solo em questão e seu módulo de 
deformação.
3.2.2 Trincas e fissuras
As trincas e fissuras podem aparecer quando, sob o efeito de cargas 
externas, os solos em maior ou menor proporção se deformam. 
“Se estas deformações forem diferenciadas ao longo do plano 
60
das fundações de uma obra, tensões de grande intensidade serão 
introduzidas na estrutura da mesma, podendo gerar o aparecimento de 
trincas” (PAULA E SILVA; JONOV, 2019, p. 105).
Normalmente, trincas provocadas por recalque diferencial são inclinadas 
e confundidas com as fissuras provocadas por deflexão de componentes 
estruturais. Entretanto, apresentam aberturas maiores, “deitando-se em 
direção ao ponto de maior recalque” (PAULA E SILVA; JONOV, 2019, p. 
106). Elas surgem nas duas faces da parede e tendem a se estender até 
o terreno de apoio das fundações.
3.3 Origem das manifestações patológicas associadas às 
fundações
As manifestações patológicas em fundações podem ter sua origem em 
diversas fontes, tais como: ausência ou insuficiência de investigações 
geotécnicas; interpretação equivocada de dados de ensaios; erro nos 
cálculos dos esforços provenientes da estrutura; adoção inadequada 
de tensão admissível do solo; modelos matemáticos defasados para 
cálculo de fundações; problemas na execução; erros provocados pela 
adoção de mão de obra não especializada; fatores externos (clima, 
movimentações do solo, sobrecarga provinda de construções novas em 
terreno adjacente etc.); entre outras (DO CARMO, 2003). Além disso, 
conhecer o histórico do terreno é vital, como a ocorrência de aterros 
sanitários, processos de contaminação e/ou descontaminação do solo, 
contenções etc., fatores que podem impactar sobremaneira no custo 
final da construção (CBIC, 2013).
Zuchetti (2015) sugere a divisão das causas das patologias em fundações 
em três grupos:
• Fase congênita: quando as patologias se originam na fase de 
planejamento e projeto. Pode incluir ausência ou ineficiência de 
61
investigação do solo e o próprio projeto das fundações, como erros 
de cálculo ou a consideração de uso inadequada.
• Fase construtiva: quando as patologias têm origem na etapa 
de construção, seja por falta de mão de obra qualificada ou por 
materiais de baixa qualidade.
• Devido ao uso: quando as patologias têm origem no uso 
inadequado da estrutura projetada e na falta de manutenção 
apropriada.
O Quadro 2 apresenta um resumo geral das principais causas de 
patologias em cada uma das fases.
62
Quadro 2 – Principais causas de patologias em fundações.
Fase Principais causas
Congênita
Topografia da área:
•	 Levantamento planialtimétrico.
•	 Dados sobre taludes e encostas.
•	 Dados sobre erosões.
Dados geológicos:
•	 Investigação do subsolo.
•	 Mapas, fotos aéreas.
•	 Estudos sobre experiências anteriores na área.
Dados da estrutura a construir:
•	 Tipo e uso da nova obra.
•	 Sistema estrutural.
•	 Estacas de tipo inadequado ao subsolo.
•	 Cargas (ações sobre as fundações).
Dados relativos a construções vizinhas:
•	 Tipo de estruturas e fundações.
•	 Número de pavimentos e existência de subsolos.
•	 Possíveis consequências de escavações e vibrações provo-
cadas pela nova obra.
63
Construtiva
•	 Escavação da obra abaixo das fundações vizinhas.
•	 Desconfinamento das fundações e colapso parcial ou total 
da estrutura.
•	 Ruptura de tubulações de drenagem e esgoto.
•	 Envio de efluentes ao solo.
•	 Faixas de erosão no terreno.
•	 Recalques ou colapso da construção.
Uso
•	 Alteração no uso das edificações.
•	 Ampliações não previstas no projeto original.
•	 Alteração no uso de terrenos vizinhos.
•	 Execução de grandes escavações próximas a construções.
Fonte: adaptado de Paula e Silva e Jonov (2019, p. 62).
Do Carmo (2003) afirma que um plano de recuperação adequado 
depende de um bom diagnóstico do problema, o qual permite 
compreender as origens da patologia e os danos ocorridos, para assim 
interpretar o comportamento mecânico das movimentações geradas. Ele 
deve trazer um quadro da situação, com o local das patologias encontradas, 
suas possíveis origens e a estratégia de reparação adequada àquela 
situação, o que pode incluir a necessidade de novas sondagens e ensaios 
geotécnicos (ZUCHETTI, 2015).
De forma a complementar a inspeção visual, é comum a realização de 
ensaios laboratoriais para verificar tanto as condições de resistência e 
ruptura dos componentes da estrutura quanto para o aprofundamento das 
64
condições do solo, ficando a decisão a cargo do engenheiro responsável 
pelo diagnóstico. Os ensaios quanto à estrutura podem ser destrutivos 
(resistência à compressão axial ou à tração em testemunhos retirados 
da estrutura, módulo de deformação, entre outros) ou não destrutivos 
(esclerometria; carbonatação; controle de fissuras com selos de gesso 
ou vidros; ultrassonografia; medições de deformações e recalques; entre 
outros). Quanto aos solos, são comuns os seguintes ensaios: sondagem 
de reconhecimento à percussão; sondagens rotativas (rochas); ensaios 
de caracterização da capacidade de suporte; determinação do nível de 
agressividade da água do subsolo (VITÓRIO, 2003).
3.4 Prevenção
Paula e Silva e Jonov (2019) sugerem as seguintes ações para prevenir 
problemas nas fundações:
• Analisar terreno e vizinhança.
• Realizar sondagens e ensaios com bases em conhecimentos 
geotécnicos e normas da ABNT.
• Adensar camadas profundas (solo mais mole).
• Considerar situações de corte e aterro.
• Avaliar o rebaixamento do lençol freático.
• Especificar corretamente as cargas, os materiais, os locais de 
implantação, os recalques admissíveis.
• Executar as fundações mais adequadas ao empreendimento com 
base nas cargas solicitantes e na capacidade de carga do terreno.
• Acompanhar sinais patológicos ao longo da vida útil da estrutura, 
como trincas e fissuras.
65
• Observar o carregamento desbalanceado na estrutura e/ou a 
influência do bulbo de pressão da obra maior.
• Observar a construção de anexo em época diferente da construção 
do prédio original.
3.5 Métodos de reparo
Os métodos atuais para corrigir problemas de fundação recaem na 
execução de reforços, ou seja, adaptação dos sistemas já existentes, de 
forma a permitir que as fundações originais trabalhem com o reforço 
como um sistema único (PAULA E SILVA; JONOV, 2019). De acordo com 
Marcelli (2007), o reforço das fundações se dá por meio de vários processos 
e técnicas, como reforço com estacas de reação; reforço por estaca raiz; 
reforçopor meio da injeção de calda de cimento no solo; reforço com 
brocas; e reforço com sapatas. Todos eles têm a intenção de diminuir a 
ordem dos valores de recalque para estabilizar a edificação.
O método mais utilizado para o reforço do solo é o Jet Grouting, que 
é um processo em que se introduz no terreno uma calda de cimento 
com alta pressão a partir de um jato, capaz de desagregar o solo. Dessa 
forma, a calda mistura-se com o solo, formando colunas de solo-cimento 
de alta resistência mecânica e baixa permeabilidade (PAULA E SILVA; 
JONOV, 2019).
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fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.
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2. ed. Brasília: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013.
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DO CARMO, P. O. Patologia das construções. Santa Maria: CREA, 2003.
HUSSEIN, J. S. M. Levantamento de patologias causadas por infiltrações devido 
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LERSCH, I. M. Contribuição para a identificação dos principais fatores de 
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http://www.demc.ufmg.br/adriano/Patologia%20das%20Construcoes.pdf
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703
67
BONS ESTUDOS!
	Sumário
	Técnicas e metodologias de diagnósticos
	Objetivos
	1. Introdução
	2. Metodologia de diagnóstico 
	3. Técnicas de diagnóstico 
	Referências Bibliográficas 
	Técnicas de diagnóstico para peças de concreto armado
	Objetivos
	1. Introdução 
	2. Técnicas usadas para identificar manifestações patológicas nas estruturas de concreto arm
	Referências Bibliográficas 
	Técnicas de diagnóstico para peças de aço e madeira
	Objetivos
	1. Introdução 
	2. Inspeção visual de peças de aço 
	3. Ensaios em peças de aço 
	4. Inspeção visual em peças de madeira 
	5. Ensaios em peças de madeira 
	Referências Bibliográficas 
	Técnicas de diagnóstico de infiltrações e fundações
	Objetivos
	1. Introdução 
	2. Patologias devido a problemas de infiltração 
	3. Patologias devido a problemas na fundação 
	Referências Bibliográficas

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