Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
15/09/2023 1 CONTABILIDADE RURAL Aspectos Contábeis 2023 Prof. MSC. ADILSON TORRES 15/09/2023 1 Mestre em Administração: Universidade Metodista Piracicaba -UNIMEP - SP. MBA – Gestão Industrial: FGV - RJ. Especialista em Contabilidade & Finanças: FECON –MG Especialista em IFRS e NIAS: FIPECAFI - SP Bacharel em Ciências Contábeis: UNIFAE - SP. Consultor Empresarial certificado pela: Thompson Management Horizons do Brasil (TMH) - São Paulo. Docente Convidado MBA: IPOG, BSSP, BLUE TAX/FAI, FUNDACE USP-FEARP, FBT, FCA – UNICAMP, UNISC. Diretor: Torres Contabilidade Ltda (Capacitadora na PEC / CFC) Instrutor e palestrante: Cursos EaD (conteudista e tutor). Cursos Presenciais e Palestras: CRCMG, CRCSP, CRCRJ, SESCON SP, Sescon Campinas, Sescon Ribeirão Preto, ABAT SP, FIEMG/CIEMG, OCEMG Colunista na área contábil: Revistas e Sites. 15/09/2023 2 Prof. Adilson Torres 15/09/2023 2 Atividade e Empresa Rural (caracterização) 15/09/2023 3 15/09/2023 13:34 5 Dentro da Porteira • Atividade agrícola compreende uma série de atividades (PRODUÇÃO), por exemplo, aumento de rebanhos, silvicultura, colheita anual ou constante, cultivo de pomares e de plantações, floricultura e cultura aquática (incluindo criação de peixes). • Todavia a cadeia da agricultura existe antes da porteira (fertilizantes e equipamentos) e depois da porteira (beneficiamento e armazenagem). 15/09/2023 13:34 6 Características Comuns •CAPACIDADE DE MUDANÇA. Animais e plantas vivos são capazes de transformações biológicas; •GERENCIAMENTO DE MUDANÇA. O gerenciamento facilita a transformação biológica, promovendo, ou pelo menos estabilizando, as condições necessárias para que o processo ocorra (por exemplo, nível de nutrientes, umidade, temperatura, fertilidade, luz). •Tal GERENCIAMENTO é que distingue as ATIVIDADES AGRÍCOLAS de outras atividades. Por exemplo, colher de fontes não gerenciadas, tais como pesca no oceano ou desflorestamento, não é atividade agrícola; e •MENSURAÇÃO DA MUDANÇA. A mudança na qualidade (por exemplo, mérito genético, densidade, amadurecimento, nível de gordura, conteúdo proteico e resistência da fibra) ou quantidade (por exemplo, descendência, peso, metros cúbicos, comprimento e/ou diâmetro da fibra e a quantidade de brotos) causada pela transformação biológica ou colheita é mensurada e monitorada como uma FUNÇÃO ROTINEIRA DE GERENCIAMENTO. 15/09/2023 4 Atividades consideradas rurais A agricultura; a pecuária; a extração e a exploração vegetal e animal; a exploração de atividades zootécnicas; o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou industrialização; a venda de rebanho de renda, reprodutores ou matrizes; A transformação de produtos decorrentes da atividade rural, tais como: beneficiamento de produtos agrícolas; transformação de produtos agrícolas; transformação de produtos zootécnicos; transformação de produtos florestais; produção de embriões de rebanho em geral. 7 TIPOS SOCIETÁRIOS 8 15/09/2023 5 Tipo Societário (Código Civil) • Sociedade Anônima • Sociedade Empresária Ltda • EIRELI • Sociedade Unipessoal (SLU) • Empresário • Pessoa Física CONTRATOS ESPECIAIS 10 15/09/2023 6 Contratos Agrários (Regulamentação) Estatuto da Terra Lei n. 4.504/64 – Regulamentada pelo Decreto n. 59.566/66 e alterada pela Lei n. 11.443/07 Obs. Reflexos no IR e no Funrural • Arrendamento Rural (CC – Lei n. 10.406/2.002) - Locação • Parceria Rural • Empreitada • Comodato • Terceirização (Cessão de Mão de Obra) - Lei n. 13.429/2.017 (Pejotização) • Integração (Vertical) – Lei n. 13.288/2.016 (agroindústria x produtor) • Obs.: IN 971/2009 – empreitada ou cessão de mão de obra – retenção INSS (substituída pela IN RFB n. 2110/2022) Especificidades no Agronegócio - IRPJ Reforço e Complemento 15/09/2023 7 .Benefícios fiscais (Lucro Real) a) depreciação de bens do ativo imobilizado, exceto terra nua, adquiridos para uso nessa atividade, integralmente no ano da aquisição. (Art. 325 do RIR/2018); b) não-sujeição ao limite de 30% do lucro real, para fins de compensação de prejuízos fiscais de períodos-base anteriores, apurados na atividade RURAL. (Art. 583 do RIR/2018). 13 4. Aspectos Contábeis e Tributário (Lucro Societário – NBCTG 29 versus Lucro Fiscal – RIR/2018) 15/09/2023 8 15/09/2023 13:34 15 Contabilidade do Agronegócio Visão Geral da Contabilidade Atividade Especial Aspectos Anteriores ao IFRS / CPC / NBC 15/09/2023 13:34 16 I. Atividade Rural a. Empresas Rurais (tipos de exploração) b. Conceitos na Agricultura e Pecuária b. Ano Agrícola X Ano Social (Balanço) c. Atividade Agrícola e Atividade da Pecuária d. Formas Jurídicas de Exploração na Agropecuária e Tributação dos Resultados e. Contratos Rurais f. Ativos Biológicos e Produto Agrícola 15/09/2023 9 15/09/2023 13:34 17 II. Fluxo Contábil na Agricultura a. Contabilização de Culturas Temporárias (Ativo Biológico) b. Contabilização de Culturas Permanentes (Planta Portadora) c. Conceitos: custos, despesas e investimentos rurais d. Depreciação e Perdas Extraordinárias: conceitos aplicados ao agronegócio (utilização dos recursos) Cultura Temporária – Lançamentos Contábeis 15/09/2023 10 Cultura Permanente – Lançamentos Contábeis 15/09/2023 13:34 20 III. Depreciação na Atividade do Agronegócio a. Vida útil dos ativos fixos (Representação Fidedigna: NBC 27) b. Aspectos Contábeis e Fiscais (NBC x IRPJ) c. Depreciação da Cultura Permanente e dos Implementos Agrícolas (NBC 27 – custo) d. Depreciação na Pecuária e. Ativos sujeitos a Exaustão e Amortização f. Arrendamentos (Direito de Uso): NBC/CPC n. 06 15/09/2023 11 15/09/2023 13:34 21 IV. Contabilização de Eventos na Agricultura a. Plano de Contas Rural (Unidades de Negócio) b. Apuração do custo e controles de estoques c. Avaliação dos Estoques (Custo x AVJ: Valor Justo) d. Variações na atividade rural e. Contabilização do eventos econômicos: custos, despesas, estoques e ativos fixos (Contab. Custos) 15/09/2023 13:34 22 V. Contabilização de Eventos na Pecuária a. Atividade da Pecuária b. Balanço Patrimonial: classificação do gado (destinação) c. Plano de contas da pecuária: curto e longo prazo (ciclo operacional) d. Variações patrimoniais na atividade da pecuária e. Avaliação dos Estoques pelo Custo X Mercado f. Custo na pecuária (Custos e AVJ – Valor Justo) 15/09/2023 12 CASO: Valor Justo • Para fins contábeis o “Valor Justo” ´é regulado pela NBC T 46 (R2): Mensuração do valor justo. Esse conceito nos remente à ideia de algo que representa uma justiça na mensuração. • Porém, o valor justo seria do ponto de vista de quem? De qual interessado? 15/09/2023 13:34 24 Novas Normas Contábeis Atividade Rural IAS (IFRS) 41 / CPC 29 NBC TG 29 (R2) NBC TG 1000 (R1) PME- Seção 34 15/09/2023 13 15/09/2023 13:34 25 IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO • Este segmento é grande demandante de Crédito (Crédito Rural) • Portanto, é cada vez mais comum observar produtores rurais elaborando Demonstrações Financeira na PESSOA FÍSICA, de acordo com as IFRS, para obter crédito mais facilitado e com taxas de juros menores. Mas, ainda é necessário superar muitas barreiras CULTURAIS. 15/09/2023 13:34 26 NBT TG 29 (R2) Visão Geral 15/09/2023 14 15/09/2023 13:34 27 Objetivo O objetivo desta Norma é estabelecer o tratamento contábil, e as respectivas divulgações, relacionados aos ativos biológicos e aos produtos agrícolas. • (a) ativos biológicos, exceto plantas portadoras; • (b) produção agrícola no ponto de colheita; • (c) subvenções governamentais previstas nos itens 34 e 35. 15/09/2023 13:34 28 Esta Norma não é aplicável em: 1. terras relacionadas com atividades agrícolas (ver NBC TG 27 – Ativo Imobilizado e NBC TG 28 – Propriedade para Investimento). 2. plantas portadoras relacionadas com a atividade agrícola (ver NBC TG 27). Contudo, esta norma aplica-se ao produto dessas plantas portadoras; 3.subvenção e assistência governamentais relacionadas às plantas portadoras (ver NBC TG 07) 4. ativos intangíveis relacionados com atividades agrícolas (ver NBC TG 04 – Ativo Intangível 15/09/2023 15 15/09/2023 13:34 29 Limitação da Norma • Esta Norma deve ser aplicada para a produção agrícola, assim considerada aquela obtida no momento e no ponto de colheita dos produtos advindos dos ativos biológicos da entidade. • Após esse momento, a NBC TG 16 – Estoques, ou outra norma mais adequada, deve ser aplicada. • Ela não trata do processamento dos produtos agrícolas após a colheita, como, por exemplo, o processamento de uvas para a transformação em vinho por vinícola, mesmo que ela tenha cultivado e colhido a uva 15/09/2023 13:34 30 Principais Conceitos e Exemplos Ativos Biológicos Planta Portadora 15/09/2023 16 15/09/2023 13:34 31 • Atividade agrícola é o gerenciamento da transformação biológica e da colheita de ativos biológicos para: venda ou para conversão em produtos agrícolas ou em ativos biológicos adicionais, pela entidade. • Produção agrícola é o produto colhido de ativo biológico da entidade. 15/09/2023 13:34 32 • Ativo biológico é um animal e/ou uma planta, VIVOS. • Transformação biológica compreende o processo de crescimento, degeneração, produção e procriação que causam mudanças qualitativa e quantitativa no ativo biológico. • Despesa de venda são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda de ativo, exceto despesas financeiras e tributos sobre o lucro. • Grupo de ativos biológicos é um conjunto de animais ou plantas vivos semelhantes. • Colheita é a extração do produto de ativo biológico ou a cessação da vida desse ativo biológico. 15/09/2023 17 15/09/2023 13:34 33 Definições Adicionais • Ativos biológicos podem ser classificados como maduros ou imaturos. • Os maduros são aqueles que alcançaram a condição para serem colhidos (ativos biológicos consumíveis) ou estão aptos para sustentar colheitas regulares (ativos biológicos de produção). 15/09/2023 13:34 34 Definições Adicionais • Ativos biológicos consumíveis são aqueles passíveis de serem COLHIDOS como produto agrícola ou vendidos como ativos biológicos. Exemplos de ativos biológicos consumíveis são os rebanhos de animais mantidos para a produção de carne, rebanhos mantidos para a venda, produção de peixe, plantações de milho e trigo, produto de planta portadora e árvores para produção de madeira. • Ativos biológicos para produção são os demais tipos como, por exemplo: rebanhos de animais para produção de leite; árvores frutíferas, das quais é colhido o fruto. • Ativos biológicos de produção (plantas portadoras) não são produtos agrícolas, são, sim, mantidos para produzir produtos. 15/09/2023 18 15/09/2023 13:34 35 Definições Adicionais • Ativos biológicos consumíveis como produto Agrícola: • Há a extração total. Ex. Mandioca, milho, soja, trigo, carne in natura. • Produto Agrícola extraído de um ativo biológico: • Ex. leite, lã, etc. Nesse cenário o ativo biológico não é totalmente extraído, e irá proporcionar produções futuras de novos produtos agrícolas. Os gasto com a formação é Ativo Não Circulante. • Produto Agrícola extraído de Planta Portadora: • Ex. Uva, café, laranja, etc. 15/09/2023 13:34 36 Não são Ativos Biológicos 1. Plantações de Milho que servem para fins de pesquisa e melhoramento genético. 2. Plantas Portadoras. 3. Animais de Trabalho. 4. Plantas e animais para fins de ornamento. Motivo: esses ativos não tem finalidade comercial, portanto são imobilizados (CPC 27), e avaliados a custo. 15/09/2023 19 15/09/2023 13:34 37 Transformação biológica • mudanças de ativos por meio de: (i) crescimento (aumento em quantidade ou melhoria na qualidade do animal ou planta), (ii) degeneração (redução na quantidade ou deterioração na qualidade de animal ou planta) ou (iii) procriação (geração adicional de animais ou plantas); ou • produção de produtos agrícolas, tais como: látex, folhas de chá, lã, leite. 15/09/2023 13:34 38 Planta portadora Planta portadora é uma planta viva que (é um imobilizado, como se fosse uma máquina) : • (a) é utilizada na produção ou no fornecimento de produtos agrícolas; • (b) é cultivada para produzir frutos por mais de um período; e • (c) tem uma probabilidade remota de ser vendida como produto agrícola, exceto para eventual venda como sucata. • Quando as plantas portadoras que não são mais utilizadas para a produção de produtos, elas podem ser cortadas e vendidas como sucata, por exemplo, para uso como lenha. 15/09/2023 20 15/09/2023 13:34 39 Não são plantas portadoras • (a) plantas cultivadas para serem colhidas como produto agrícola (por exemplo, árvores cultivadas para o uso como madeira); • (b) plantas cultivadas para a produção de produtos agrícolas, quando há a possibilidade maior do que remota de que a entidade também vai colher e vender a planta como produto agrícola, exceto as vendas de sucata como incidentais (por exemplo, árvores que são cultivadas por seus frutos e sua madeira); e • (c) culturas anuais (por exemplo, milho e trigo). 15/09/2023 13:34 40 15/09/2023 21 15/09/2023 13:34 41 Reconhecimento e mensuração Ativo Biológico Produto Agrícola 15/09/2023 13:34 42 •A entidade deve RECONHECER um ativo biológico ou produto agrícola quando, e somente quando: • controla o ativo como resultado de eventos passados; • for provável que benefícios econômicos futuros associados com o ativo fluirão para a entidade; e •o valor justo ou o custo do ativo puder ser mensurado confiavelmente. 15/09/2023 22 15/09/2023 13:34 43 Valor Justo: limitação • Há uma premissa de que o valor justo dos ativos biológicos pode ser mensurado de forma confiável. • Contudo, tal premissa pode ser rejeitada no caso de ativo biológico cujo valor deveria ser cotado pelo mercado, porém, este não o tem disponível e as alternativas para mensurá-los não são, claramente, confiáveis. Talvez, nem possa ser reconhecido. • Em tais situações, o ativo biológico deve ser mensurado ao custo, menos qualquer depreciação e perda por irrecuperabilidade acumuladas. • Obs.: pode ser rejeitada somente no reconhecimento inicial 15/09/2023 13:34 44 • Em atividade agrícola, o CONTROLE PODE SER EVIDENCIADO, por exemplo, pela propriedade legal do gado e a sua marcação no momento da aquisição, nascimento ou época de desmama. • Os BENEFÍCIOS ECONÔMICOS FUTUROS são, normalmente, determinados pela mensuração dos atributos físicos significativos. E termina, por exemplo quando o animal morre. • O ATIVO BIOLÓGICO deve ser MENSURADO ao valor justo menos a despesa de venda no momento do reconhecimento inicial e no final de cada período de competência, exceto para os casos descritos no item 30, em que o valor justo não pode ser mensurado de forma confiável. • O PRODUTO AGRÍCOLA colhido de ativos biológicos da entidade deve ser mensurado ao valor justo, menos a despesa de venda, no momento da colheita. O valor assim atribuído representa o custo, no momento da aplicação da NBC TG 16 – Estoques, ou outra norma aplicável. 15/09/2023 23 15/09/2023 13:34 45 Exemplo de reconhecimento: • Quando deve ser reportada a existência de um bezerro, por nascimento? • No nascimento ou no desmame? • Resp.: como somente no desmame ocorre a independência do bezerro e relação a vaca, e o controle do proprietário, que pode vender o animal. Portanto: esse é o momento apropriado. 15/09/2023 13:34 46 • A mensuração do valor justo de ativo biológico ou produto agrícola pode ser facilitada pelo agrupamento destes, conforme os atributos significativos reconhecidos no mercado em que os preços são baseados, por exemplo, por idade ou qualidade. 15/09/2023 24 15/09/2023 13:34 47 Valor a Custo e Valor Justo • A mensuração a valor justo é importante no setor agrícola, que é forte na negociação de produtos com mercados ativos (commodities). • Exemplo: boimagro adquirido para engorda, e avaliado ao custo. A riqueza não pode ser capturada nas oscilações de preço e peso. 15/09/2023 13:34 48 Assimetria da Informação Contábil • Objetivo de Investidores e Credores: • Informação para tomada de decisão , com elementos futuros, com o uso de Estimativas. • Objetivo do Governo (Fisco): • Informação do passado, o valor do lucro para cobrar impostos. 15/09/2023 25 15/09/2023 13:34 49 Exemplo: Valor do Plantel de Bois •Representação da riqueza do produtor rural: •Valor da cotação da arroba do boi no Mercado X •a Quantidade de arrobas que o plantel possui no momento da avaliação. 15/09/2023 13:34 50 Ciclo do Ativo Biológico Desreconhecimento • Todo animal e todo vegetal enquanto estiverem vivos são ativos biológicos, se estiverem ligados a atividade agrícola. • Exemplo: boi, bezerro, soqueira de cana-de-açúcar, plantação de milho, eucalipto em pé (vivos). • Todavia, quando deixam de estar vivos, por abate ou colheita, deixam de ser ativos biológicos e PASSAM A SER CLASSIFICADOS: produto agrícola (estoques CPC 16) ou são baixados. 15/09/2023 26 15/09/2023 13:34 51 Exemplo Práticos de Reconhecimento 1. Nasceu bezerro (corte): não reconhece, apenas no desmame. 2. Compra vaca leiteria, mas não vende leite: não ativo biológico e sim estoque. 3. Pés de café florescem: já é planta portadora, agora, com início da produção, reconhece o ativo biológico: fruto. 4. Colheita do milho: reconhece o produto agrícola e baixa o ativo biológico (planta). 5. Plantio de mudas de eucalipto para colheita única daqui a sete anos: não será planta portadora (imobilizado), porque haverá apenas um corte, neste caso será ativo biológico. 15/09/2023 13:34 52 Exemplo Práticos de Reconhecimento 6. Plantio de soja – preparo solo: ainda não pode reconhecer o ativo biológico. 7. Compra e marcação de cabeças de gado – engorda: serão reconhecidos ativos biológicos. 8. Compra de colmeias de abelha – para polinização de árvores: serão ativos biológicos. 9. Touro alugado para cobrir fêmeas – aluguel será pago com bezerros desmamados: não há ativo biológico porque falta o controle. 15/09/2023 27 15/09/2023 13:34 53 Diferenciação: Ativo Biológico e Planta Portadora 15/09/2023 13:34 54 MENSURAÇÃO DE ATIVOS BIOLÓGICOS (NBC TG 29 - Agricultura) Os Ativos Biológicos devem ser mensurado ao Valor Justo (-) Despesas com Vendas. Valor obtido no Mercado onde a empresa vende seus ativos (valor de venda) sempre na DATA DO BALANÇO. Mercado em condições normais e sem haver pressões significativas. Ou com base em Ajustes e Estimativas. Todavia, em termos de mercado, pode não haver preço de mercado para todas as fases de vida do ativo biológico. Em Casos EXCEPCIONAIS e apenas no Reconhecimento Inicial: pode alternativamente adotar o Custo Histórico (-) Depreciação e Impairment. Na Compra, No Nascimento, Na Doação ou Na Aquisição do Controle. 15/09/2023 28 15/09/2023 13:34 55 MENSURAÇÃO DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS (Estoque NBC TG 29 Agricultura e NBC TG Estoque) 1. De acordo com o item 13 da NBC TG 29: o Produto Agrícola colhido de Ativos Biológicos deve ser mensurado ao Valor Justos (-) Despesas de Vendas, no momento da Colheita. 2. A partir da Colheita o Produto Agrícola recebe o tratamento da NBC TG 16 – Estoques. 3. Caso a produtora adquirisse o produto de terceiros (ex. saca café), este produto seria classificado direto com Estoque (ao custo). 4. No caso de existir Contrato de Venda definido hoje para Venda Futura, esse valor não é o Valor Justo, ou seja Preço a Vista. 15/09/2023 13:34 56 MENSURAÇÃO DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS 4. Se não haver benefícios futuros associados com produto agrícola, como por exemplo, praga ou deterioração do produto, o produto agrícola não poderá ser reconhecido, e uma perda dever ser reconhecida nas DESPESAS. 5. Produto Agrícola em Processo (etapa pós colheita): os custos devem ser alocados pelo Sistema de Custeio por Absorção: custo de aquisição + custo de transformação, o rateio de custos comuns. E ainda, os todos os gastos para formar LOTES mínimos de venda. 6. Não faz parte do custo as despesas: perdas anormais, gastos com armazenagem, administrativas e comerciais. 15/09/2023 29 15/09/2023 13:34 57 MENSURAÇÃO DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS Caso Especial de Cooperativas de Produtores e Comerciantes de Commodities (Broker- traders) São os comerciantes que compram ou vendem commodities para terceiros ou por conta própria. Neste caso, não se aplica a NBC TG 16 (Estoque), e sim a NBC TG 29 (Agricultura), e são avaliados ao Valor Justo (VER EXEMPLO) No caso de Cooperativas, os estoques em depósito são controlados em Contas de Compensação, e devem ser divulgados em N.E., e ainda assim, estão sujeitas ao Valor Justo. Contabilização: D. Recebimento em Depósito de Associado (A) C. Depósito de Associado a Liquidar (P) 15/09/2023 13:34 58 MENSURAÇÃO DE PLANTA PORTADORA (Imobilizado NBC TG 27) • Plantas portadoras são ativos biológicos não consumíveis, sendo mantidas unicamente para gerar ou produzir outros ativos (produção agrícola). • Normalmente não pode ser vendido e no final de vida útil, o valor residual é madeira, para ser usada como lenha. • A “construção do ativo”, plantas portadoras, ocorre pela contabilização das atividades voltadas ao desenvolvimento da planta, e devem ser mensuradas ao CUSTO. • Ex.: preparo do solo, adubação e preparo, plantio, irrigação, tratamento fitossanitário e manutenção para crescimento. 15/09/2023 30 15/09/2023 13:34 59 NBC TG 46 – Valor Justo Hierarquia e Limitações • Mensurações de Nível 1: são mais objetivas e partem sempre de observações no mercado ativo. • Mensurações de Nível 2: começam a ter uma carga de subjetividade, pois ajustes às variáveis de mercado são necessárias na cotação. • Mensurações de Nível 3: são bastante subjetivas e sujeitas ao Gerenciamento de Resultado, por serem basicamente informações de Valuation. • Portanto demandam muitas divulgações qualitativas. 15/09/2023 13:34 60 Exemplo Prático Avaliação e Contabilização Ativo Biológico, Planta Portadora e Produto Agrícola 15/09/2023 31 15/09/2023 13:34 61 15/09/2023 13:34 62 15/09/2023 32 15/09/2023 13:34 63 15/09/2023 13:34 64 •Detalhes da Memória de Cálculo • 1) Depreciação Anual • R$ 10.000,00 / 50 anos = R$ 200,00 • 2) Cálculo do AVJ – Uva • 200 Kg X R$ 10,00 Kg = R$ 2.000,00 (mercado) • Valor do Custo: R$ 1.500,00 + R$ 200,00 = R$ 1.700,00 • AVJ: R$ 2.000,00 – R$ 1.700,00 = R$ 300,00 15/09/2023 33 DEPRECIAÇÃO Gasto para o Período •Despesa 65 Composição de Produto •Custo 66 Depreciação, Exaustão e Amortização • Conceitos - Lei 6.404/76 alterada pela Lei 11.941, de 2009: • Art. 183 - § 2: A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: • • a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; • b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado; • c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 15/09/2023 34 15/09/2023 13:34 67 Definição • A legislação do Imposto de Renda considera como encargos de depreciação, amortização ou exaustão do Ativo Não Circulante as perdas que a pessoa jurídica suporta em decorrência da diminuição do valor dos bens do Imobilizado, da diminuição de valor dos elementos decorrente da exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestaise da recuperação contábil do capital aplicado em despesas que contribuam para a formação do resultado de mais de um período de apuração. • A Lei 11.638/2007 e a Lei 11.941/2009 introduziram, a partir de 1-1-2008, o processo de harmonização das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais de contabilidade. • Coma introdução dessas novas práticas contábeis, as depreciações e amortizações devem ser efetuadas com base em estimativas de vida útil econômica dos bens que podem acarretar diferenças em relação àquelas fixadas pela legislação do Imposto de Renda (Arts 317 a 338 do RIR/2018). 67 15/09/2023 13:34 68 INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO • A empresa pode iniciar o cômputo dos encargos de depreciação a partir do mês em que o bem for instalado, posto em serviço ou em condições de produzir. • TAXAS ANUAIS • A Secretaria da Receita Federal, por intermédio das Instruções Normativas 162/98 e 130/99, divulgou relação de bens e respectivos prazos de vida útil e taxa de depreciação, para fins de determinação da quota a ser registrada na escrituração da pessoa jurídica. • (Anexo III da IN RFB n. 1700/2017, art 124) alterações pela INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1881, DE 03 DE ABRIL DE 2019 68 15/09/2023 35 DEPRECIAÇÃO VIDA ÚTIL VALOR RESIDUAL LAUDO TÉCNICO 70 70 15/09/2023 36 71 Critérios para depreciar: 71 A VIDA ÚTIL DE UM ATIVO É DEFINIDA EM TERMOS DA UTILIDADE ESPERADA do ativo para a entidade. A política de gestão de ativos da entidade pode considerar a alienação de ativos após um período determinado ou após o consumo de uma proporção específica de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. POR ISSO, A VIDA ÚTIL DE UM ATIVO PODE SER MENOR DO QUE A SUA VIDA ECONÔMICA. A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com ativos semelhantes. Terrenos e edifícios são ativos separáveis e são contabilizados separadamente, mesmo quando sejam adquiridos conjuntamente. 72 15/09/2023 37 73 Vida Útil e Taxas Fiscais IFRS X IRPJ Depreciação Incentivada Rural Valor Residual 73 74 74 15/09/2023 38 75 75 15/09/2023 13:34 76 76 15/09/2023 39 77 Impairment Valor Justo x Valor Contábil Laudo Contabilização Perda Reversão da Perda 77 Identificação de ativo que pode estar desvalorizado • O ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor recuperável. • Os itens 12 a 14 (da norma) descrevem algumas indicações de que essa perda possa ter ocorrido. • Se qualquer dessas situações estiver presente, a entidade deve fazer uma estimativa formal do valor recuperável. Exceto conforme descrito no item 10 (da norma), este Pronunciamento Técnico não requer que a entidade faça uma estimativa formal do valor recuperável se não houver indicação de possível desvalorização. • A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo. 78 15/09/2023 40 Mensuração do valor recuperável • Este Pronunciamento define valor recuperável como o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor em uso. Os itens 19 a 57 estabelecem as exigências para mensuração do valor recuperável. Essas exigências usam o termo “um ativo”, muito embora se apliquem igualmente a um ativo individual ou a uma unidade geradora de caixa. • É possível mensurar o valor justo líquido de despesas de alienação, mesmo que não haja preço cotado em mercado ativo para ativo idêntico. • Entretanto, algumas vezes não é possível mensurar o valor justo líquido de despesas de alienação porque não há base para se fazer estimativa confiável do preço pelo qual uma transação ordenada para a venda do ativo ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração sob condições atuais de mercado. Nesse caso, o valor em uso pode ser utilizado como seu valor recuperável 79 80 Redução ao Valor Recuperável de Ativos • A perda por desvalorização ocorre quando o valor contábil de ativo EXCEDE SEU VALOR RECUPERÁVEL. • se, o valor recuperável do ativo for menor que seu valor contábil, a entidade deve reduzir o valor contábil do ativo para seu valor recuperável. Essa redução é uma perda por desvalorização. • NOVA AVALIAÇÃO: REVERSÃO é limitada ao valor da perda por desvalorização original 80 15/09/2023 41 81 ano 1 Ano 2 Ano 3 Imobilizado 500 500 500 Depreciação -100 -200 -300 saldo 400 300 Estimativa de Perda -40 -40 260 160 Reversão Perda 10 170 81 Referências Básicas • NAKAO, Sívio Hiroshi (org.). REZENDE, Amaury José et al. Contabilidade Financeira no Agronegócio (Prof. da FEARP USP), Atlas- Gen. São Paulo, 2017. • PLANALTO. Decreto. 9580 - RIR/2018, 2021 • STICCA, Ralph Melles (org) et. al. AGRONEGÓCIO SEM FRONTEIRAS: Temas Atuais de Gestão, Financiamento e Tributação. Ed. Max Limonad. São Paulo, 2021. 15/09/2023 42 Referências Complementares • CPC e CFC. CPC 29/NBC TG 29 - Ativo Biológico E Produto Agrícola , 2021. • RODRIGUES, Alenir Ortiz et. al. Contabilidade Rural: agrícola, agropecuária, zootécnica, pecuária, agroindústria. 5ª. Ed. JHMIZUNO, 2020. Slide 1: CONTABILIDADE RURAL Aspectos Contábeis 2023 Slide 2: Mestre em Administração: Universidade Metodista Piracicaba -UNIMEP - SP. MBA – Gestão Industrial: FGV - RJ. Especialista em Contabilidade & Finanças: FECON –MG Especialista em IFRS e NIAS: FIPECAFI - SP Bacharel em Ciências Contábeis: UNIFAE - Slide 3: Atividade e Empresa Rural (caracterização) Slide 4 Slide 5 Slide 6: Características Comuns Slide 7: Atividades consideradas rurais A agricultura; a pecuária; a extração e a exploração vegetal e animal; a exploração de atividades zootécnicas; o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou in Slide 8: TIPOS SOCIETÁRIOS Slide 9: Tipo Societário (Código Civil) Slide 10: CONTRATOS ESPECIAIS Slide 11: Contratos Agrários (Regulamentação) Estatuto da Terra Lei n. 4.504/64 – Regulamentada pelo Decreto n. 59.566/66 e alterada pela Lei n. 11.443/07 Obs. Reflexos no IR e no Funrural Slide 12: Especificidades no Agronegócio - IRPJ Slide 13: .Benefícios fiscais (Lucro Real) a) depreciação de bens do ativo imobilizado, exceto terra nua, adquiridos para uso nessa atividade, integralmente no ano da aquisição. (Art. 325 do RIR/2018); b) não-sujeição ao limite de 30% do lucro real, Slide 14: 4. Aspectos Contábeis e Tributário Slide 15: Contabilidade do Agronegócio Slide 16 Slide 17 Slide 18: Cultura Temporária – Lançamentos Contábeis Slide 19: Cultura Permanente – Lançamentos Contábeis Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23: CASO: Valor Justo Slide 24: Novas Normas Contábeis Atividade Rural Slide 25 Slide 26: NBT TG 29 (R2) Slide 27: Objetivo Slide 28: Esta Norma não é aplicável em: Slide 29: Limitação da Norma Slide 30: Principais Conceitos e Exemplos Slide 31 Slide 32 Slide 33: Definições Adicionais Slide 34: Definições Adicionais Slide 35: Definições Adicionais Slide 36: Não são Ativos Biológicos Slide 37: Transformação biológica Slide 38: Planta portadora Slide 39: Não são plantas portadoras Slide 40 Slide 41: Reconhecimento e mensuração Slide 42 Slide 43: Valor Justo: limitação Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47: Valor a Custo e Valor Justo Slide 48: Assimetria da Informação Contábil Slide 49: Exemplo: Valor do Plantel de Bois Slide 50: Ciclo do Ativo Biológico Desreconhecimento Slide 51: Exemplo Práticos de Reconhecimento Slide 52: Exemplo Práticos de Reconhecimento Slide 53: Diferenciação: Ativo Biológico e Planta Portadora Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59: NBC TG 46 – Valor Justo Hierarquia e Limitações Slide 60: Exemplo Prático Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65: DEPRECIAÇÃO Slide 66: Depreciação, Exaustão e AmortizaçãoSlide 67: Definição Slide 68: INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO Slide 69: DEPRECIAÇÃO Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73: Vida Útil e Taxas Fiscais Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77: Impairment Slide 78: Identificação de ativo que pode estar desvalorizado Slide 79: Mensuração do valor recuperável Slide 80: Redução ao Valor Recuperável de Ativos Slide 81 Slide 82: Referências Básicas Slide 83: Referências Complementares
Compartilhar