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Material de apoio _ PROGRAMAS DE SAUDE (1)

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INTERAÇÃO COMUNITÁRIA V 
PROF. Me. Camilla Borges 
 
TEORIZAÇÃO - PROGRAMAS DE SAÚDE 
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas no Sistema Prisional 
Criada após avaliação dos dez anos de aplicação do Plano Nacional de Saúde no 
Sistema Penitenciário (PNSSP), quando se constatou o esgotamento deste modelo, 
que se mostrou restrito por não contemplar em suas ações, entre outras coisas, a 
totalidade do itinerário carcerário – delegacias e distritos policiais, cadeias públicas, 
colônias agrícolas ou industriais e, tampouco, penitenciárias federais. 
Foi instituída por meio da Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 
2014, que disciplina os objetivos, as diretrizes, bem como as responsabilidades do 
Ministério da Saúde, do Ministério da Justiça, dos estados e do Distrito Federal, 
representados pelas secretarias de saúde, de justiça ou congêneres e dos municípios. 
As normas de operacionalização dessa política estão disciplinadas pela Portaria 
GM/MS nº 482, de 1º de abril de 2014, que disciplina os tipos de equipes, os 
profissionais que compõem essas equipes e o financiamento. Adicionalmente, a 
Portaria nº 305, de 10 de abril de 2014, estabelece normas para cadastramento das 
equipes no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). 
Com o objetivo de garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no 
sistema prisional ao cuidado integral no SUS, a PNAISP prevê que os serviços de 
saúde no sistema prisional passem a ser ponto de atenção da Rede de Atenção à 
Saúde (RAS) do SUS, qualificando também a Atenção Básica no âmbito prisional 
como porta de entrada do sistema e ordenadora das ações e serviços de saúde pela 
rede. 
A transferência de recursos financeiros está condicionada à habilitação de 
equipes de Atenção Básica Prisional (EABp) previamente cadastradas no SCNES. A 
EABp apresenta composição multiprofissional e com responsabilidade de articular e 
prestar atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade, devendo realizar 
suas atividades nas unidades prisionais ou nas unidades básicas de saúde a que 
estiver vinculada. O número de pessoas custodiadas e o perfil epidemiológico dessas 
pessoas determinarão as modalidades de equipe, bem como suas respectivas cargas 
horárias. As equipes podem se organizar em cinco modalidades, o que definirá o 
repasse dos recursos financeiros. 
Tipos de equipes na PNAISP: Equipe de Atenção Básica Prisional Tipo I (EABp-I), 
Equipe de Atenção Básica Prisional Tipo I com Saúde Mental (EABp-I com Saúde 
Mental), Equipe de Atenção Básica Prisional Tipo II (EABp-II), Equipe de Atenção Básica 
Prisional Tipo II com Saúde Mental (EABp-II com Saúde Mental) e Equipe de Atenção 
Básica Prisional Tipo III (EABp-III). 
 
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-das-pessoas-privadas-de-liberdade-no-sistema-prisional-pnaisp
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/pri0001_02_01_2014.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/pri0001_02_01_2014.html
Força Nacional do SUS 
É um programa de cooperação criado em novembro de 2011 e voltado à 
execução de medidas de prevenção, assistência e repressão a situações 
epidemiológicas, de desastres ou de desassistência à população quando for esgotada 
a capacidade de resposta do estado ou município. 
Desde a sua criação, a Força Nacional do SUS realizou mais de 4 missões de 
apoio a situações de desastres naturais (enchentes e deslizamentos), no apoio a 
gestão de grandes eventos (Rio+20 e eventos como Círio de Nazaré, Copa do Mundo 
e Olimpíadas 2016), desassistência (apoio a reorganização da Rede de Atenção à 
Saúde, como migração de haitianos e assistência indígena) e atuação relacionada a 
tragédias (incêndio em boate em Santa Maria/RS). 
Criada pelo mesmo decreto que dispões sobre a declaração de Emergência em 
Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), a FN-SUS pode ser convocada pelo 
Ministro de Estado da Saúde nas seguintes hipóteses: Em caso de declaração de 
ESPIN, por solicitação do Comitê Gestor da FN-SUS, por solicitação dos entes 
Federados e para integrar ações humanitárias e em resposta internacional 
coordenada, quando solicitada pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) e/ou 
Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS). 
A Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) é a situação 
que demande o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de 
riscos, danos e agravos à saúde pública nas seguintes situações: 
 situações epidemiológicas - surtos e epidemias que: apresentem risco de 
disseminação nacional; sejam produzidos por agentes infecciosos inesperados; 
representem a reintrodução de doença erradicada; apresentem gravidade elevada; 
ou extrapolem a capacidade de resposta da direção estadual do Sistema Único de 
Saúde; 
 situação de desastre: evento que configure situação de emergência ou estado de 
calamidade pública reconhecido pelo Poder Executivo federal nos termos da Lei nº 
12.340, de 1º de dezembro de 2010, e que implique atuação direta na área de 
saúde pública; 
 situação de desassistência à população: evento que, devidamente reconhecido 
mediante a decretação de situação de emergência ou calamidade pública pelo 
ente federado afetado, coloque em risco a saúde dos cidadãos por incapacidade ou 
insuficiência de atendimento à demanda e que extrapolem a capacidade de 
resposta das direções estadual, distrital e municipal do SUS. 
 
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares 
Criada no Brasil em 2006, após aprovação unânime pelo Conselho Nacional de 
Saúde. Objetivo é implementar tratamentos alternativos à medicina baseada em 
evidências na rede de saúde pública do Brasil, através do Sistema Único de 
Saúde (SUS). A princípio contava com apenas 5 procedimentos. Mas em 2017 foram 
implementados 14 tipos de procedimentos. Em 2018 houve uma nova expansão do 
programa, quando foram incluídos 10 novos procedimentos. 
O campo das práticas integrativas e complementares (PICs) contempla os 
sistemas médicos complexos e os recursos terapêuticos, também chamado de 
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/forca-nacional-do-sus
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/politica-nacional-de-praticas-integrativas-e-complementares-pnpic
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Nacional_de_Sa%C3%BAde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Nacional_de_Sa%C3%BAde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_%C3%9Anico_de_Sa%C3%BAde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_%C3%9Anico_de_Sa%C3%BAde
medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA) pela Organização Mundial 
da Saúde (OMS). As categorias "medicina alternativa" e "medicina tradicional" de 
certo modo se sobrepõem. No contexto do processo histórico de formação 
da medicina baseada em evidências, quando alguma conquista ou prática específica 
passa a dispor de evidências de eficácia ela tende a ser incorporada à chamada 
"medicina hegemônica ou convencional", perdendo o status de "medicina alternativa" 
ou "tradicional". 
O Sistema Único de Saúde do Brasil oferece os seguintes 29 tratamentos 
alternativos: Acupuntura, Antroposofia, Apiterapia, Aromaterapia , Arteterapia, 
Ayurveda, Biodança, Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia, Dança 
circular, Fitoterapia, Florais, Geoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Imposição de 
mãos, Ioga, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Ozonoterapia, 
Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e 
Termalismo. 
Política Nacional de Saúde Bucal (Brasil Sorridente) 
O Brasil Sorridente constitui-se a partir 2003 uma série de medidas que visam a 
garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros, 
fundamental para a saúde geral e qualidade de vida da população. 
Seu principal objetivo é a reorganizaçãoda prática e a qualificação das ações e 
serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal voltada para os 
cidadãos de todas as idades, com ampliação do acesso ao tratamento odontológico 
gratuito aos brasileiros por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 
As principais linhas de ação do programa são a reorganização da atenção básica 
em saúde bucal (principalmente com a implantação das equipes de Saúde Bucal eSB na 
Estratégia Saúde da Família ESF), a ampliação e qualificação da atenção especializada 
(especialmente com a implantação de Centros de Especialidades Odontológicas CEO e 
Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias) e a viabilização da adição de flúor nas 
estações de tratamento de águas de abastecimento público. Também, o Brasil 
Sorridente articula outras ações intraministeriais e interministeriais. 
 
Programa Academia da Saúde 
Estratégia de promoção da saúde e produção do cuidado para os municípios 
brasileiros, lançado em 2011. Seu objetivo é promover práticas corporais e atividade 
física, promoção da alimentação saudável, educação em saúde, entre outros, além 
de contribuir para a produção do cuidado e de modos de vida saudáveis e 
sustentáveis da população. Para tanto, o Programa promove a implantação de polos 
do Academia da Saúde, que são espaços públicos dotados de infraestrutura, 
equipamentos e profissionais qualificados. 
A ideia do programa surgiu inspirada em algumas inciativas que vinham sendo 
desenvolvidas em Recife, Curitiba, Vitória, Aracaju e Belo Horizonte. Essas 
experiências locais tinham em comum a prática da atividade física e outras práticas 
corporais, a presença de profissionais orientadores, o uso e a potencialização de 
espaços públicos como espaços de inclusão, de participação, de lazer, de promoção 
da cultura da paz, além de serem custeadas e mantidas pelo poder público. A 
avaliação positiva dessas experiências reforçou a ideia do fortalecimento de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_alternativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_tradicional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_medicina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_baseada_em_evid%C3%AAncias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evid%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Efic%C3%A1cia_medicinal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acupuntura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antroposofia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apiterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aromaterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arteterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ayurveda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodan%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bioenerg%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constela%C3%A7%C3%A3o_familiar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromoterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7a_circular_sagrada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7a_circular_sagrada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fitoterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ess%C3%AAncia_floral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Geoterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipnoterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Homeopatia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposi%C3%A7%C3%A3o_de_m%C3%A3os
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposi%C3%A7%C3%A3o_de_m%C3%A3os
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ioga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medita%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Musicoterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Naturopatia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Osteopatia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ozonoterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quiropraxia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reflexoterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reiki
https://pt.wikipedia.org/wiki/Shantala
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Terapia_Comunit%C3%A1ria_Integrativa&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Termalismo
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/politica-nacional-de-saude-bucal
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/academia-da-saude
iniciativas semelhantes em todo o país na forma de um programa nacional no âmbito 
do Sistema Único de Saúde. 
O Programa Academia da Saúde atualmente é regido pelas Portarias 
nº 1.707/GM/MS, de 23 de setembro de 2016, e nº 2.681/GM/MS, de 7 de 
novembro de 2013. 
O Programa Academia da Saúde adota uma concepção ampliada de saúde e 
estabelece como ponto de partida o reconhecimento do impacto social, econômico, 
político e cultural sobre a saúde. Eixos em torno dos quais as atividades do polo 
devem ser desenvolvidas: práticas corporais e atividades físicas, promoção da 
alimentação saudável, mobilização da comunidade, educação em saúde, práticas 
artísticas e culturais, produção do cuidado e de modos de vida saudável, práticas 
integrativas e complementares, e planejamento e gestão. 
 
Programa De Volta Para Casa 
O programa De Volta para Casa, do Ministério da Saúde, é voltado à reintegração 
social de pessoas acometidas por transtornos mentais e com história de longa 
internação psiquiátrica. Seus objetivos principais são assegurar o bem-estar global e 
estimular o exercício pleno da cidadania. 
Depois de incluído no programa, o beneficiário (ou seu representante legal) 
passa a receber, mensalmente, o auxílio de R$ 412,00. O benefício é pago por meio de 
crédito em conta, durante o período de um ano. Esse prazo pode ser renovado, caso 
isso se mostre necessário à reintegração social do paciente, necessidade esta que será 
avaliada pela equipe médica que acompanha o paciente. 
O pagamento do auxílio financeiro é feito pela Caixa, por meio de crédito na 
conta do favorecido ou de seu representante legal. 
Têm direito ao benefício as pessoas acometidas de transtornos mentais, com 
internação psiquiátrica em hospitais cadastrados no SIH-SUS por período igual ou 
superior a dois anos e cuja situação clínica e social não justifique sua permanência em 
ambiente hospitalar. 
O programa também é destinado a pessoas residentes em moradias 
caracterizadas como serviços residenciais ou terapêuticos, ou egressas de hospitais de 
custódia e tratamento psiquiátrico, em conformidade com decisão judicial – Juízo de 
Execução Penal –, por período ininterrupto igual ou superior a dois anos. 
 
Programa Farmácia Popular do Brasil 
O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado com o objetivo de oferecer à 
população mais uma alternativa de acesso aos medicamentos considerados 
essenciais. Nesse sentido, o Programa cumpre uma das principais diretrizes 
da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. 
Atualmente, o Programa “Aqui tem Farmácia Popular" funciona por meio do 
credenciamento de farmácias e drogarias comerciais, aproveitando a dinâmica da 
cadeia farmacêutica (produção x distribuição x varejo). São oferecidos medicamentos 
gratuitos para hipertensão (pressão alta), diabetes e asma, além de medicamentos 
com até 90% de desconto indicados para dislipidemia (colesterol alto), rinite, 
Parkinson, osteoporose e glaucoma. Ainda pelo sistema de copagamento, o 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/academia/Portaria%201707%20de%2023%2009%202016%20-%20Redefine%20regras%20Academia%20da%20Sade.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2681_07_11_2013.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2681_07_11_2013.html
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-de-volta-para-casa
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/farmacia-popular
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/16/Resolucao-338.pdf
Programa oferece anticoncepcionais e fraldas geriátricas. 
Criado em 13 de abril de 2004, pela Lei nº 10.858, e regulamentado 
pelo Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004. A legislação autoriza a Fundação 
Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) a disponibilizar medicamentos mediante ressarcimento, 
através de unidades próprias. 
Funcionava em parceria com governos estaduais, prefeituras municipais e 
instituições públicas, para o atendimento de projetos de implantação e manutenção 
dessas unidades. As unidades próprias contavam com um elenco de 112 itens, entre 
medicamentos e o preservativo masculino, os quais são dispensados pelo seu valor 
de custo,representando uma redução de até 90% do valor de mercado. A condição 
para a aquisição dos medicamentos disponíveis nas unidades, nesta modalidade do 
Programa, era a apresentação de documento com foto, no qual conste seu CPF, 
juntamente com uma receita médica ou odontológica. 
Em 31 de março de 2017, a Comissão Intergestores Tripartite (CIT) decidiu pelo 
fim do repasse de manutenção a essas unidades, sendo pactuado que o Ministério da 
Saúde irá repassar integralmente as verbas que eram destinadas à manutenção 
destas unidades para o financiamento da Assistência Farmacêutica Básica em 100% 
dos municípios brasileiros, gerando, assim, um maior investimento para compra de 
medicamentos considerados essenciais à população e otimização dos recursos gastos 
na Assistência Farmacêutica. Em função desta decisão, gradualmente as unidades de 
Rede Própria foram desabilitadas, tendo seu funcionamento encerrado no fim do ano 
de 2017. 
 
Programa Nacional de Controle do Tabagismo 
Criado no final da década de 1980, sob a ótica da promoção da saúde, cujo 
objetivo é reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade 
relacionada ao consumo de derivados do tabaco. Além do tratamento do fumante, em 
um modelo lógico de ações intersetoriais educativas, assistenciais, legislativas e 
econômicas, o PNCT potencializa ainda, a prevenção da iniciação ao tabagismo, 
principalmente entre crianças, adolescentes e protege a população da exposição à 
fumaça ambiental do tabaco. 
A Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco é o primeiro tratado 
internacional de saúde pública da história e visa conter a epidemia global do 
tabagismo. Com a ratificação do tratado pelo Brasil em 2005, a implantação do PNCT 
passa então a fazer parte da Política Nacional de Controle do Tabagismo e sua 
implementação ganha o status de Política de Estado sendo o cumprimento das 
medidas e diretrizes uma obrigação legal do Governo brasileiro. 
 
Programa Nacional de Gestão de Custos 
O Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC) é formado por um conjunto de 
ações que visam promover a gestão de custos no âmbito do Sistema Único de Saúde 
(SUS), a partir da geração, aperfeiçoamento e difusão de informações relevantes e 
pertinentes a custos, utilizadas como subsídio para otimização do desempenho de 
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/16/lei-10858.pdf
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/16/decreto-5090.pdf
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/pngc
serviços, unidades, regiões e redes de atenção em saúde do SUS. 
 
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Instituído pela Portaria GM/MS nº 529/2013, objetiva contribuir para a 
qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do 
território nacional. 
As ações do PNSP articulam-se com os objetivos da Aliança Mundial e 
comtemplam demais políticas de saúde para somar esforços aos cuidados em redes 
de atenção à saúde. 
A RDC/Anvisa nº 36/2013 institui ações para a segurança do paciente em 
serviços de saúde e dá outras providências. Esta normativa regulamenta aspectos da 
segurança do paciente como a implantação dos Núcleos de Segurança do Paciente, a 
obrigatoriedade da notificação dos eventos adversos e a elaboração do Plano de 
Segurança do Paciente. 
Os protocolos básicos de segurança do paciente são instrumentos para 
implantação das ações em segurança do paciente. A Portaria GM/MS nº 1.377, de 9 
de julho de 2013 e a Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 aprovam os 
protocolos básicos de segurança do paciente. 
 
Programa Nacional de Triagem Neonatal 
É uma agenda transversal às políticas, coordenações e áreas técnicas (Sangue e 
Hemoderivados, Saúde da Criança, e Saúde da Pessoa com Deficiência e) e às Redes 
Temáticas do SUS (Rede Cegonha e Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência). 
Missão: "Promover, implantar e implementar as ações de Triagem Neonatal no 
âmbito do SUS, visando o acesso universal, integral e equânime, com foco na 
prevenção, na intervenção precoce e no acompanhamento permanente das pessoas 
com as doenças incluídas no Programa". 
Este programa tem como objetivo geral identificar distúrbios e doenças no 
recém-nascido em tempo oportuno para intervenção adequada, garantindo 
tratamento e acompanhamento contínuo às pessoas com diagnóstico positivo, 
conforme estabelecido nas Linhas de Cuidado, com vistas a reduzir a 
morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas com doenças previstas 
na política. É realizada através de testes capazes de detectar precocemente um 
grupo de doenças e alterações, geralmente assintomáticas no período neonatal, 
porém, potencialmente causadoras de danos durante o crescimento e 
desenvolvimento das crianças acometidas. 
 
Programa Saúde na Escola 
Política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007. As políticas 
de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação 
pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral. A articulação 
entre Escola e Rede Básica de Saúde é à base do Programa Saúde na Escola. O PSE é 
uma estratégia de integração da saúde e educação para o desenvolvimento da 
cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras. 
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-seguranca-do-paciente-pnsp
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1377_09_07_2013.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1377_09_07_2013.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2095_24_09_2013.html
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-da-triagem-neonatal
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-saude-na-escola
O objetivo do programa é contribuir para a formação integral dos estudantes por 
meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao 
enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de 
crianças e jovens da rede pública de ensino. 
Desde 2013, todos os municípios do país estão aptos a participar do Programa 
Saúde na Escola. Podem participar todas as equipes de Atenção Básica e as ações 
foram expandidas para as creches e pré‐escolas, assim, todos os níveis de ensino 
passam a fazer parte do programa. 
 
Programa Telessaúde Brasil Redes 
Telessaúde, como componente da Estratégia e-Saúde (Saúde Digital) para o 
Brasil, tem como finalidade a expansão e melhoria da rede de serviços de saúde, 
sobretudo da Atenção Primária à Saúde (APS), e sua interação com os demais níveis 
de atenção fortalecendo as Redes de Atenção à Saúde (RAS) do SUS. 
Após a publicação do Decreto nº 9795, de 17 maio de 2019 o Ministério da 
Saúde, por meio do Departamento de Saúde Digital, estabelecerá as Diretrizes para a 
Telessaúde no Brasil, no âmbito do SUS: transpor barreiras socioeconômicas, culturais 
e, sobretudo, geográficas, para que os serviços e as informações em saúde cheguem a 
toda população; maior satisfação do usuário, maior qualidade do cuidado e menor 
custo para o SUS; atender aos princípios básicos de qualidade dos cuidados de saúde: 
segura, oportuna, efetiva, eficiente, equitativa e centrada no paciente; reduzir filas de 
espera; reduzir tempo para atendimentos ou diagnósticos especializados; evitar os 
deslocamentos desnecessários de pacientes e profissionais de saúde. 
Campos de atuação da Telessaúde: 
INOVAÇÃO EM SAÚDE DIGITAL E TELESSAÚDE 
A Inovação em Saúde Digital é transversal às iniciativas de Telessaúde e busca 
nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), explorar novas ideias para a 
resolução de problemas crônicos, de difícil solução pelos métodos usuais e devem 
partir de necessidades em saúde da população. 
TELECONSULTORIA 
Consultoria registrada e realizadaentre trabalhadores, profissionais e gestores 
da área de saúde, por meio de instrumentos de telecomunicação bidirecional, com o 
fim de esclarecer dúvidas sobre procedimentos clínicos, ações de saúde e questões 
relativas ao processo de trabalho em saúde, podendo ser em tempo real ou por meio 
de mensagens offline. 
A linha de atendimento, 0800 644 6543, oferece consultorias gratuitas por 
telefone para profissionais da APS/AB, esclarecendo dúvidas, baseadas nas melhores 
evidências científicas, em todo o Brasil. 
TELEDIAGNÓSTICO 
Consiste em serviço autônomo que utiliza as TICs para a realização de serviços 
de Apoio ao Diagnóstico, como a avaliação de exames à distância, facilitando o 
acesso a serviços especializados. 
Busca reduzir o tempo de diagnóstico possibilitando tratamento para 
complicações previsíveis por meio do diagnóstico precoce. 
TELEMONITORAMENTO 
Monitoramento a distância de parâmetros de saúde e/ou doença de pacientes 
https://www.saude.gov.br/telessaude
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/exames-de-imagem
por meio das TICs. O monitoramento pode incluir a coleta de dados clínicos, a 
transmissão, o processamento e o manejo por um profissional de saúde utilizando 
sistema eletrônico. 
TELERREGULAÇÃO 
Conjunto de ações em sistemas de regulação com intuito de equacionar 
respostas adequadas às demandas existentes, promovendo acesso e equidade aos 
serviços, possibilitando a assistência à saúde. Inclui também a avaliação e o 
planejamento das ações, fornecendo à gestão uma inteligência reguladora 
operacional. 
A teleregulação visa fortalecer o atendimento na Atenção Primária em Saúde, 
permitindo qualificar e reduzir as filas de espera no atendimento especializado. 
TELEDUCAÇÃO 
Disponibilização de objetos de aprendizagem interativos sobre temas 
relacionados à saúde, ministrados a distância por meio de TICs, com foco na 
aprendizagem no trabalho, que por sua vez, ocorre transversalmente em seus 
campos de atuação. 
 
Rede de Bancos de Leite Humano 
O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz criaram a Rede Brasileira de 
Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) em 1998, com a missão de promover, proteger e 
apoiar o aleitamento materno, coletar e distribuir leite humano com qualidade 
certificada e contribuir para a diminuição da mortalidade infantil. 
Parte da Política Nacional de Aleitamento Materno, a rBLH é uma ação 
estratégica. Além de além de coletar, processar e distribuir leite humano a bebês 
prematuros e de baixo peso, os Bancos de Leite Humano (BLHs) realizam 
atendimento de orientação e apoio à amamentação. 
Atualmente, a Rede possui mais de 200 Bancos de Leite Humano distribuídos 
em todos os estados do território nacional, alguns com coleta domiciliar. A rBLH-BR 
conta ainda com mais de 300 Postos de Coleta (PCs) de leite humano. 
O modelo brasileiro é reconhecido mundialmente pelo desenvolvimento 
tecnológico inédito, que alia baixo custo à alta qualidade, além de distribuir o leite 
humano conforme as necessidades específicas de cada bebê, aumentando a eficácia 
da iniciativa para a redução da mortalidade neonatal. Em 2001, a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a rBLH como uma das ações que mais 
contribuíram para redução da mortalidade infantil no mundo, na década de 1990. De 
1990 a 2012, a taxa de mortalidade infantil no Brasil reduziu 70,5%. 
 
 
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/banco-de-leite

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