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1/3 3 passos para alcançar o controle emocional no atendimento ao paciente Os profissionais da área da saúde desempenham suas rotinas diárias sem refletirem sobre seu estado emocional e assim, estão sujeitos a verdadeiras catástrofes no atendimento ao paciente. Recentemente vemos vários casos de médicos estressados com as condições de trabalho, que perderam o controle das próprias emoções, negaram-se a atender um caso grave, colocando em risco a vida do paciente e sua própria liberdade. O controle emocional no atendimento médico, extremamente necessário diante das situações difíceis, foi definido e explicado pelo psicólogo PhD da Universidade de Harvard, Daniel Golemam como consequência da Inteligência Emocional: “É uma forma diferente e composta de auto conhecimento, controle de impulsos, persistência, auto motivação, habilidade social e capacidade de perceber os sentimentos alheios.” Trata-se de uma competência individual, mas que pode e deve ser exercitada. Embora todo ser humano deva buscar o autoconhecimento e as demais características, os profissionais da saúde como médicos, enfermeiras, e até a secretária que recepciona o paciente no consultório, precisam compreender a importância da capacidade de perceber os sentimentos alheios – a Empatia. Quantas pessoas ficam magoadas pela maneira como recebem o diagnóstico de uma doença grave, comunicada por um médico insensível? Quantos pacientes revoltam-se com a indiferença da enfermeira diante da queixa de dor ? Quantos clientes resolvem mudar de médico pela falta de educação de uma secretária? Quais emoções experimentam as pessoas sem se darem conta das consequências de seus atos e palavras? Somos regidos pelas emoções que sentimos e, segundo, Golemam: “Não é possível afastar as emoções das pessoas, o desafio é entendê-las e gerenciá-las em nós mesmos e nos outros.” Se é difícil gerenciar nossas próprias emoções, como controlar as emoções dos outros? O ponto de partida é reconhecer algumas emoções negativas como raiva, medo e tristeza, e positivas como alegria e afeto. E o quanto nossos atos e palavras são motivados por elas. http://www.harvard.edu/ 2/3 É preciso compreender que, a todo instante, sempre que duas pessoas se encontram, o atendimento é norteado pelas emoções que sentem. Num segundo momento, reconhecida a emoção, isolá-la se for negativa, cultivá-la se for positiva. Vamos imaginar uma situação: Dois médicos dão plantão num hospital. Um é excelente profissional embora desorganizado com seus pertences, o outro médico é ordeiro, pontual, meticuloso, e tem capricho com seus objetos e do local de trabalho. Um dia após muito pedir que o colega mantivesse a sala em ordem, ele se irrita pelas condições que a encontra e diz gritando: “Você é muito desorganizado, ninguém consegue trabalhar nessa bagunça que você deixou!” Instalou-se o conflito pois a crítica coloca o homem na defensiva, fere o orgulho e gera ressentimento. Uma boa relação pessoal e profissional ficaria abalada pelas palavras duras mas principalmente pelos gestos e expressões faciais de ambos. Como agir para impedir o descontrole emocional? 1º) Identifique a emoção negativa. Tenha percepção do sentimento no exato momento. Pergunte-se sempre: O que estou sentindo agora? 2º) Avalie a consequência dos atos e das palavras, se suas atitudes forem movidas somente pela emoção; 3º) Gerencie, administre seus pensamentos, buscando emoções positivas e ações racionais. Portanto como ocorreria esse processo na situação vivida pelos médicos? O médico identifica a emoção que sente: raiva ao ver a desordem na sala. Então avalia que a emoção é pela bagunça no local, não se trata de sentir raiva do colega, ótima pessoa e profissional, portanto há uma mudança de foco, o motivo de sua emoção negativa é o ato, não o agente. Imediatamente ele administra a emoção negativa, e comunica que a bagunça poderá prejudicá-los, fala educada e calmamente quais as consequências da sala desorganizada. Tão importante quanto exercitar o corpo, é preciso exercitar a mente, os próprios pensamentos, reconhecer as emoções e controlá-las no ambiente de trabalho, especialmente na área da saúde. 3/3
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