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Quando é necessário solicitar o exame FAN para os pacientes

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Quando é necessário solicitar o exame FAN para os
pacientes?
O exame FAN (Fator Antinuclear) é um teste essencial no diagnóstico de doenças autoimunes,
sendo frequentemente solicitado por médicos para ajudar a identificar condições que afetam o
sistema imunológico do paciente. 
Estima-se que 3% a 5% da população mundial seja afetada por doenças autoimunes, tornando a
necessidade de diagnóstico correto e rápido ainda mais crucial. 
O exame FAN é um dos métodos mais utilizados para detectar a presença de anticorpos antinucleares
no sangue, que são produzidos quando o sistema imunológico ataca erroneamente as próprias células
do corpo. 
Isso pode ocorrer em várias doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia e
síndrome de Sjögren. 
Ao compreender as indicações e o momento adequado para solicitar o exame FAN, os profissionais de
saúde podem tomar decisões informadas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados por
essas condições. 
Neste artigo, abordaremos quando é necessário solicitar o exame FAN para os pacientes, a fim de
garantir um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.
Acompanhe conosco neste artigo para aprender mais sobre o exame FAN e seu papel no diagnóstico de
doenças autoimunes.
O que é o exame FAN?
O exame FAN, também conhecido como Fator Antinuclear, é um exame realizado quando há suspeita
de doenças autoimunes, que são condições em que o sistema imunológico do corpo, que normalmente
protege contra infecções e doenças, erroneamente começa a atacar células e tecidos saudáveis.
Na prática, o exame FAN detecta a presença de anticorpos antinucleares no sangue do paciente. 
Esses anticorpos antinucleares são proteínas produzidas pelo sistema imunológico que se ligam a
estruturas dentro do núcleo das células, particularmente quando o sistema imunológico está em
desordem.
A técnica utilizada para realizar o exame FAN é a imunofluorescência indireta. Essa abordagem de
laboratório permite não só identificar a presença desses anticorpos, mas também determinar o seu
padrão de distribuição nas células. 
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Dependendo do padrão identificado, os médicos podem fazer suposições mais precisas sobre o tipo de
doença autoimune que o paciente pode ter. 
Quando solicitar esse exame aos pacientes?
O exame FAN pode ser solicitado pelo médico, sempre que houver a possibilidade do paciente sofrer
de alguma doença autoimune. 
Entre as doenças mais comuns identificadas por esse tipo de exame estão o lúpus eritematoso
sistêmico, esclerodermia e síndrome de Sjögren, que podem afetar diversos sistemas do corpo,
incluindo tecido conjuntivo e órgãos internos.
O teste FAN pode ser solicitado quando os pacientes apresentam alguns dos sintomas mais
comuns dessas doenças, como dor e inchaço nas articulações, fadiga crônica, febre persistente,
erupções cutâneas não explicadas e alterações na pele. 
Estes sinais podem sugerir uma resposta auto-imune anormal, que justifica uma investigação mais
aprofundada.
Além disso, o exame FAN não é apenas útil para diagnóstico inicial, ele também é utilizado no 
monitoramento da evolução ou regressão de pacientes já diagnosticados com doenças autoimunes. 
Isso permite que os médicos monitorem a progressão da doença e avaliem a eficácia dos tratamentos
em curso. 
Quais doenças o exame FAN detecta?
O exame FAN detecta principalmente doenças autoimunes sistêmicas, como:
Esclerose sistêmica (esclerodermia);
Hepatite autoimune;
Lúpus;
Síndrome de Sjögren;
Doença mista do tecido conjuntivo;
Entre outras.
É importante ressaltar que um resultado positivo no exame FAN não confirma necessariamente o
diagnóstico de uma doença autoimune, mas pode ser um indicativo importante para direcionar a
investigação médica.
Categorização de doenças autoimunes no CID
A Classificação Internacional de Doenças (CID) é um sistema padronizado que classifica doenças,
sinais, sintomas e causas de lesões. 
As doenças autoimunes estão categorizadas em diferentes capítulos e seções do CID, de acordo
com o órgão ou sistema afetado. 
Por exemplo, o lúpus eritematoso sistêmico pode ser classificado como:
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L 93.0 — Lúpus eritematoso discoide;
L 93.1 — Lúpus eritematoso cutâneo subagudo;
M 32.1 — Lúpus eritematoso disseminado [sistêmico] com comprometimento de outros órgãos e
sistemas;
M 32.8 — Outras formas de lúpus eritematoso disseminado [sistêmico]. 
Como é a realização do exame FAN no laboratório?
Depois de receber a prescrição médica para o exame FAN, o paciente é submetido a um procedimento
bastante simples.
Ele consiste apenas na coleta de uma quantidade pequena de sangue, que posteriormente é enviado a
um laboratório para análise. 
Quando a amostra chega ao laboratório, ela recebe um corante fluorescente que vai marcar todos os
anticorpos que existem no sangue. Em seguida, o sangue é misturado em um recipiente com células
humanas, que são chamadas de HEp-2.
Ao final desse processo, os especialistas conseguem analisar o padrão de fluorescência com o
auxílio de um microscópio. 
Se nenhuma parte da célula estiver na cor fluorescente, significa que não há a presença de anticorpos
que atacam as células do próprio corpo. Podemos chamar esse resultado, então, de FAN não reativo. 
Se alguma parte da célula ficar fluorescente, significa que há autoanticorpos, o que pode sugerir a
presença de algumas doenças autoimunes. Isso vai sempre depender da relação entre o quadro
clínico e o padrão encontrado em cada caso. 
Como analisar e interpretar o resultado do exame FAN dos
pacientes?
Os resultados do exame FAN são relatados em termos de título e padrão de fluorescência. 
O título refere-se à maior diluição do soro na qual a fluorescência ainda é observada, enquanto o padrão
de fluorescência é determinado pela distribuição dos anticorpos antinucleares nas células.
Tipos de reagente do exame FAN
Os principais padrões de fluorescência observados no exame FAN são:
Nuclear pontilhado centromérico: comum em esclerose sistêmica(esclerodermia);
Nuclear homogêneo: associado à artrite reumatoide e lúpus;
Nuclear tipo membrana nuclear contínua: encontrado em pacientes com lúpus eritematoso
sistêmico;
Nuclear pontilhado fino: associado a lúpus e Síndrome de Sjögren; 
Nuclear pontilhado grosso: associado a artrite reumatóide, lúpus e Síndrome de Sjögren; 
Nucleolar pontilhado: comum em esclerose sistêmica(esclerodermia);
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Citoplasmático pontilhado reticulado: comum em esclerose sistêmica (esclerodermia).
Sensibilidade do exame FAN
A sensibilidade do exame FAN é a capacidade do exame positivar quando o paciente realmente possui a
doença, essa sensibilidade varia de acordo com a doença autoimune investigada. 
Por exemplo, o exame FAN apresenta alta sensibilidade para o lúpus eritematoso sistêmico, sendo
positivo em mais de 95% dos pacientes. 
Ou seja, a cada 100 pacientes que possuem a doença e realizam o exame, 95 deles apresentarão um
resultado positivo. 
Algumas outras sensibilidades são: 
Artrite reumatoide: 52% de sensibilidade;
Esclerodermia: entre 60 e 80% de sensibilidade;
Lúpus discoide: 15% de sensibilidade; 
Tireoidite de Hashimoto: 46% de sensibilidade.
Por isso, é fundamental considerar o resultado do exame FAN em conjunto com outros exames
laboratoriais e avaliações clínicas para estabelecer um diagnóstico preciso e conduzir o tratamento 
adequado. 
Além disso, é importante lembrar que alguns pacientes saudáveis podem apresentar resultados positivos
no exame FAN em concentrações baixas, sem que isso indique necessariamente a presença de uma
doença autoimune.
Portanto, a interpretação do exame FAN deve ser feita em conjunto com outros testes, como exames de
anticorpos específicos (por exemplo, anti-DNA, anti-Sm, anti-Ro/SSA e anti-La/SSB) e análises clínicas. 
O médico responsável deve avaliar os resultados e sintomas apresentados pelo paciente e, se
necessário, solicitar exames adicionais para confirmar ou excluir o diagnóstico de doenças autoimunes.
Exame FAN positivo, como o médico deve proceder?
Quando um pacienteapresenta um exame FAN positivo, o médico deve considerar o contexto clínico
e os sintomas apresentados para determinar os próximos passos. 
Um exame FAN positivo não é diagnóstico por si só, mas pode indicar a necessidade de investigação
adicional. 
Algumas etapas a serem seguidas incluem:
1. Revisar o histórico médico e os sintomas do paciente para identificar possíveis sinais de
doenças autoimunes;
2. Solicitar exames adicionais, como outros testes de anticorpos específicos (anti-DNA, anti-Sm,
anti-Ro/SSA e anti-La/SSB) e exames de imagem, para ajudar a confirmar ou excluir o diagnóstico
de uma doença autoimune;
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3. Considerar outras condições que possam causar um resultado FAN positivo, como infecções,
neoplasias, ou uso de determinados medicamentos;
4. Discutir os resultados com o paciente e esclarecer o significado do exame FAN positivo no
contexto de sua saúde geral;
5. Estabelecer um plano de acompanhamento e tratamento conforme necessário, com base nos
resultados dos exames e na avaliação clínica.
Como realizar um laudo médico com mais segurança e
facilidade?
A tecnologia tem um papel fundamental na melhoria dos processos médicos, incluindo a elaboração de
laudos. 
Nem sempre as clínicas podem contar com os serviços de médicos de diferentes especialidades para
analisar os resultados de exames. Além de ser uma opção cara mantê-los no quadro de funcionários,
nem todos estão disponíveis para um vínculo.
Sendo assim, quando a clínica adota o laudo feito a distância, ela pode contar com um médico
altamente especializado, mas sem a necessidade de mantê-lo fisicamente presente na clínica
diariamente. 
Com o laudo médico a distância o médico é capaz de fazer o diagnóstico sobre a situação do paciente
mesmo estando distante da sua clínica na qual o exame foi feito. Ou seja, tudo por meio da tecnologia.
Essa facilidade na troca de informações também possibilita que médicos e especialistas possam
discutir casos complexos de forma remota, compartilhando ideias, opiniões e conhecimentos
específicos. 
Isso enriquece a análise clínica e pode levar a diagnósticos mais precisos e tratamentos mais
eficazes, melhorando significativamente a qualidade do atendimento médico oferecido aos pacientes.
A iClinic oferece soluções de Telemedicina que facilitam sua prática médica a distância, proporcionando
maior segurança e facilidade tanto para os pacientes, quanto para sua clínica.
Algumas vantagens da solução incluem:
Acesso rápido e fácil aos registros dos pacientes, incluindo histórico médico, exames e resultados
anteriores;
A possibilidade de compartilhar informações de forma segura e eficiente entre médicos e
especialistas, permitindo discussões e consultas colaborativas;
Redução do risco de erros humanos, como perda de documentos ou informações, graças ao
armazenamento digital seguro dos dados;
Acesso remoto aos laudos, permitindo aos médicos analisá-los de qualquer lugar, a qualquer
momento;
Maior comodidade para os pacientes, que podem receber seus laudos eletronicamente, evitando
deslocamentos desnecessários.
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Ao utilizar os serviços de Telemedicina da iClinic, os médicos podem elaborar laudos eletrônicos com
mais segurança e facilidade, otimizando o tempo e melhorando a qualidade do atendimento aos
pacientes. 
Conclusão
O exame FAN é uma ferramenta essencial no diagnóstico e acompanhamento de doenças autoimunes,
auxiliando na detecção de anticorpos antinucleares no sangue dos pacientes. 
É importante lembrar que um resultado FAN positivo por si só não é diagnóstico, mas serve como
um indicativo para investigação adicional e para orientar o tratamento.
Os médicos devem estar atentos aos sinais e sintomas clínicos dos pacientes e considerar os resultados
do exame FAN em conjunto com outros testes e exames de imagem para estabelecer um diagnóstico
preciso. 
Logo, o exame FAN é uma importante ferramenta no contexto de doenças autoimunes. 
A compreensão de suas indicações, interpretação dos resultados e integração com outras avaliações
clínicas é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento adequado aos
pacientes.
Além disso, o uso de tecnologias como as soluções de Telemedicina e laudos eletrônicos da iClinic pode
ajudar a melhorar a eficiência e a qualidade do atendimento médico.
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