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145Urbanização e Industrialização no Brasil História Texto 15 No lugar dos tradicionais ramos de tecidos, vestuário e produtos alimentícios, cresceriam, doravante, setores como a metalurgia, mecânica, cimento, material elétrico e transportes, além das indústrias quími- cas e farmacêuticas. Uma série de bens industriais que até aquele momento eram importados pelo país passariam a ser produzidos internamente. A esse processo damos o nome de substituição de importações. Esta seria a marca registrada da história da industrialização brasileira até meados da década de 1950. O Estado seria o principal agente desta transformação, isto é, um setor de indústrias de base ou pe- sadas. Somente com sua criação haveria chances de êxito para o processo de substituição de impor- tações, sem o país precisar importar do exterior tudo o que necessitasse em matérias-primas e equi- pamentos. O empresariado voltou-se para o Estado e dele exigiu uma postura intervencionista naqueles seto- res onde a iniciativa privada fosse insuficiente. (Adaptado de MENDONÇA, 1996, p.40-44.) Companhia Siderúrgica Nacional, 1946. n Refinaria de Petróleo, 1953. n travam muito interesse em abrir empresas por aqui. Sem poder contar com o capital privado nacional, nem com o multinacional, o desenvol- vimento industrial se deu mediante a intervenção do capital estatal. Foram criadas empresas estatais (que pertencem ao governo) nos setores de indústria de base e de infra-estrutura, por exemplo: a Com- panhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda para forjar tone- ladas de aço; a Companhia Vale do Rio Doce, de mineração; a Com- panhia Hidrelétrica de São Francisco (que constituiu a usina de Paulo Afonso); a Companhia de Álcalis (produtos químicos); e a Petrobrás, voltada para a exploração e refino de petróleo. Documento 15Documento 14 Ar qu ivo N ac io na l. n Ar qu ivo N ac io na l. n 146 Relações de Trabalho Ensino Médio A partir da leitura e discussão do texto 15, caracterize: política de substituição de importações; bens de produção; indústria de base; postura intervencionista do Estado na indústria. Relacione as imagens dos documentos 14 e 15 com os objetivos da política industrial do período de 1930 a 1955. Registre suas conclusões. ATIVIDADE Em 1955, tomou posse o recém eleito Juscelino Kubitschek, lançan- do seu Programa de Metas, cujo principal objetivo era ampliar signifi- cativamente a produção industrial brasileira. Em apenas cinco anos de governo, o Brasil deveria deixar de ser um país basicamente agroex- portador e se tornar predominantemente industrial. Segundo o Programa de Metas, a indústria de base, a construção de estradas, de hidrelétricas e a extração de petróleo cresceriam, e graças ao investimento do Estado. Os industriais brasileiros continuariam in- vestindo nos setores tradicionais: tecidos, móveis, alimentos, roupas e construção civil. Além disso, JK daria todas as facilidades para o capital estrangeiro. Em seu governo, várias multinacionais acabaram abrindo filiais no Brasil, na sua maioria para produzir bens de consumo. Das realizações industriais desse período (1956-1968), a mais im- pressionante, sem dúvida, foi a implantação da indústria automobilís- tica. O governo ofereceu às empresas uma série de incentivos, desde que implantassem fábricas de veículos capazes de produzir no Brasil, até 1961, 98 a 99% do peso dos veículos. Fábrica do fusca no Brasil em 1959. n Texto 16 Uma das mudanças que ocorreram entre o período de 1933-55 e o período 1956-67 foi precisa- mente esta: enquanto no primeiro a implantação das indústrias de caráter monopolista se deu basica- mente sob a égide do capital estatal, no segundo este processo foi essencialmente dominado pelo ca- pital internacional. (SINGER apud HOLLANDA, 2004, t.3, v.4, p.226) Documento 16 ww w. ca rro an tig o. co m n Produza uma narrativa histórica utilizando o tema apresentado no fragmento historiográfico presente no texto 16. ATIVIDADE
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