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223O Estado nos Mundos Antigo e Medieval
História
 Em dicionários e na obra de Aristóteles, A 
política, o conceito de tirania, oligarquia e 
demagogia. Feito isso, responda: Por que, 
para Aristóteles, a Tirania, Oligarquia e De-
magogia eram degenerações dos sistemas 
de governo Monarquia, Aristocracia e Demo-
cracia?
 Realize uma pesquisa na escola ou na co-
munidade sobre o que as pessoas sabem a 
respeito das formas de governo, sistema e ti-
po de governo, da política e de quem deve 
ser político. (sugestão www.wikipedia.org)
 PESQUISA
Faça um debate em sala sobre os 
resultados da pesquisa - contrastan-
do com o pensamento aristotélico so-
bre política. 
 DEBATE
Fo
to
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xc
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u
n
Construa uma narrativa histórica expli-
cando as diferenças entre o conceito de 
política e as concepções prévias que as 
pessoas possuem sobre ela. 
 ATIVIDADE
Na Grécia, também durante o período arcaico, VIII e VI a.C., havia muitos estados - eth-
nos, estados que ocupavam grande parte do território, dividido em numerosas aldeias, mas 
que não tinham um centro urbano. Porém, foi a pólis grega (normalmente considerada uma 
cidade-estado), que demonstrou que os gregos experimentaram várias formas de governo: 
monarquia (governo de um só), aristocracia (governo dos nobres) e democracia (governo do 
povo). 
Entre várias pólis, Atenas é um bom exemplo, pois, vivenciou todas as formas de gover-
no da Grécia Antiga, tinha centro urbano e foi o berço da democracia. 
 Atenas
Diversos povos ocuparam a região onde se desenvolveu a civilização grega. Entre eles, 
predominaram os jônios como ancestrais da cidade de Atenas. Nela, a primeira forma de go-
223
História
224 Relações de Poder
Ensino Médio
verno foi a monarquia: o rei, chamado de basileu, detinha poder mili-
tar e religioso, mas, politicamente, era controlado pelo Areópago e pe-
lo Arcontado, uma espécie de conselho de aristocratas formados por 
eupátridas (homens nascidos em Atenas).
O controle do poder político pelos aristocratas gerou conflitos e re-
formas políticas em Atenas.
 621 a.C. - Dracon elaborou as primeiras leis escritas para Atenas;
 594 a.C. – Sólon reformou as leis de Dracon; 
 560 a.C. – tiranos exerceram o poder à força
 508 a.C. – Clístenes obteve prestígio por liderar a resistência militar 
de Atenas numa invasão dos espartanos. Garantiu direitos políticos 
para todos os cidadãos, criando assim a democracia. Esta se tornou 
um modelo de organização para os Estados que se formaram des-
de então, até os dias atuais.
Conheça as considerações da historiografia sobre a democracia ate-
niense:
Texto 4
O caso mais exemplar foi o de Atenas. Modelo para muitas cidades-estado, onde a participação es-
tendeu-se ao conjunto da população masculina cidadã e a democracia se manteve por quase dois sé-
culos. É importante conhecer melhor Atenas, pela relevância que possui no imaginário político até hoje. 
Em primeiro lugar, uma ressalva: a democracia ateniense nunca foi absolutamente includente: dizia res-
peito apenas aos cidadãos masculinos, e excluía, de qualquer forma de participação política, as mulhe-
res, os imigrantes e os escravos. Em contrapartida, no âmbito restrito dos cidadãos, representou uma 
experiência notável de participação direta no poder de todas as camadas sociais, independentemente 
da riqueza ou posição social. Criaram-se os mecanismos de indenização pecuniária que facilitavam aos 
mais pobres o acesso à participação na vida comunitária, não apenas nas assembléias e tribunais, mais 
até mesmo nas festividades cívicas, como a assistência às competições teatrais. Os ricos, que se aco-
modaram como puderam ao sistema democrático, foram obrigados a contribuir com a comunidade de 
várias formas, construindo naves de guerra, financiando espetáculos e festas religiosas.
(Adaptado de GUARINELLO apud PINSKY e PINSKY. 2003, p. 40 e 41.)
Em Atenas, a democracia era o poder exercido pela maioria dos ci-
dadãos, muito embora, não mais que, aproximadamente, 10% da po-
pulação fosse considerada cidadã. 
Os cidadãos tinham direito ao voto e representavam-se a si mes-
mos, sem a noção de partidos políticos ou Constituição, como ocorre 
atualmente, quando elegemos pessoas que representam e tomam de-
cisões em nome de todos.
Observe estes dois fragmentos referentes ao documento 4 e ao tex-
to 5 sobre quem devia ser cidadão na antigüidade e o que é cidadania 
no mundo contemporâneo:

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