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Cidadania e Participação Política

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225O Estado nos Mundos Antigo e Medieval
História
Documento 4
Quem deve ser o cidadão (Politéen) para Aristóteles? Não todos, mas somente os homens absolu-
tamente justos. Eles, esses poucos eleitos, não devem viver do trabalho trivial de artífices, muito menos 
do negócio (porque são atividades ignóbeis e incompatíveis com as qualidades morais de um cidadão 
virtuoso). Tampouco podem eles serem agricultores, pois esses vivem lavrando a terra sem terem tem-
po para o ócio necessário ao seu aprimoramento. Afinal, “o lazer é indispensável ao desenvolvimento 
das qualidade morais e à prática das atividades políticas” 
(A política, livro 8, cap.VIII, 1329 a). (Disponível em: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/politica1.
Acesso em: 09 nov. 2005).
Texto 5
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, 
ter direitos civis. É também participar do destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. 
Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garan-
tem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à 
saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.
(Adaptado de PINSKY,2003.p. 9).
Faça um debate em sala e baseado nestas considerações conclua com uma narrativa histórica 
coletiva sobre quem deve ser cidadão, o que é cidadania e como exercê-la nos dias atuais.
 DEBATE
Observe as formas de participação política da antigüidade e compare com as dos séculos XX e XXI, 
levando em conta os respectivos contextos sócio-históricos. Construa um quadro comparativo.
 ATIVIDADE
 Relações entre conquistadores e conquistados
Dentre os diversos Estados das sociedades antigas, os impérios per-
sa, macedônico e romano são modelos de monarquias que, por meio 
de conquistas, integraram extensas regiões. Para mantê-las, além da 
estratégia militar, adotaram o respeito à autonomia política e religiosa 
dos conquistados. Constituíram uma confederação, uma aliança po-
226 Relações de Poder
Ensino Médio
 Persas 
Com o aumento demográfico no século VI a.C., os persas realizaram 
uma expansão geográfica. De início conquistaram as colônias gregas e 
posteriormente ocuparam um vasto território em direção à Ásia.
Dario I (521-486 a.C.), um dos mais importantes imperadores per-
sas, usou como estratégia a descentralização da administração entre os 
sátrapas, espécies de governadores de províncias que, apesar de cer-
ta autonomia, eram vigiados por fiscais, conhecidos como “olhos e ou-
vidos do rei”.
Observe como a historiografia destaca a organização do império persa:
Texto 6
Os elementos de unidade do Império são: o aramaico, a língua administrativa do oriente, emprega-
do conjuntamente com as línguas regionais, iraniano, babilônico, egípcio, grego, etc.; o exército, forma-
do de corpos recrutados no lugar, mas organizado em torno de forte guarda real de 15.000 soldados 
de elite, medos e persas; as grandes rotas, ao mesmo tempo administrativas, estratégicas e comer-
ciais; a moeda, o dárico. No conjunto, o império continua espantosamente subadministrado, muito tole-
rante, por vezes mesmo condescendente, desde que sejam satisfeitos os desejos do rei, o que se ex-
plica pela sua imensidão, pela fraqueza numérica dos persas, elemento dirigente, e pela dispersão de 
populações muito desigualmente repartidas.
(Adaptado de PETIT. 1971, p. 100 e 101.)
Produza uma narrativa histórica para explicar que elementos e de que maneira estes elementos co-
laboraram para manter a unidade do Império persa.
 ATIVIDADE
lítica entre o império e as oligarquias locais, mantidas especialmente 
pelo pagamento de tributos e fornecimento de soldados.
Império Persa. n
Mapa 2

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