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367Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX História Sobre os itens abaixo elabore uma síntese: os movimentos sociais de 1848 na Europa; a Comuna de Paris. PESQUISA Informe-se sobre o significado de “socialismo utópico” e “socialismo científico”, mostrando as dife- renças entre os dois. Analise historicamente o documento 7, observando: tipo; ano; origem; quem fala; tema. ATIVIDADE (1809-1865) e o inglês Robert Owen (1771-1858). Esses primeiros re- formadores sociais ficaram conhecidos como “socialistas utópicos”, no- me atribuído a eles pelos alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), que desenvolveram as bases do que chamavam de “socialismo científico”. Os socialistas utópicos – adeptos das idéias de homens como Owen, Fourier, e Proudhon – projetavam um futuro em que o individualismo da burguesia seria substituído pela cooperação entre todos os homens, prevalecendo uma sociedade igualitária e fraterna. Já os seguidores das teorias de Karl Marx, os socialistas científicos, acreditavam que o pro- letariado (trabalhadores assalariados) faria uma revolução para destruir o capitalismo e construir uma sociedade socialista, na qual não subsis- tiria nem a grande propriedade privada, nem a burguesia. Documento 7 Utopia dos falanstérios no Brasil faz 150 anos. Distrito do Saí lembra projeto de Fourier para uma sociedade igualitária. Uma das primeiras expedições colonizadoras francesas enviadas ao Brasil aportou no território cata- rinense, em 1842. O médico homeopata Benoit Jules Mure trazia, junto com cem franceses, o concei- to de falanstério - onde o socialismo imperava nas colônias - criado pelo francês François Marie Fourier. Seriam fundadas na região do Saí cooperativas de consumo e de produção. A falta de infra-estrutura fez com que a idéia não saísse do papel. “Uma pena. Nossa realidade poderia ser outra”, lamenta Au- rélio Ledoux, fundador da Associação Comunitária do Distrito do Saí, que hoje comemora 150 anos de existência. 368 Relações de poder Ensino Médio Documento 9 Os comunistas não desejam esconder suas opiniões e seus objetivos. Declaram abertamente que seus objetivos só podem ser atingidos com a derrubada pela força de todas as condições sociais exis- tentes. Que a classe dominante trema com a revolução comunista. Os proletários não têm a perder, se- não suas algemas. Têm o mundo a ganhar. Trabalhadores de todos os países uni-vos. (MARX, Karl e ENGELS, Friedrich, Manifesto do Partido Comunista – 1848, p. 99.) Em meados do século XIX, em contrapartida às propostas utópicas de mobilização operária e contra a manipulação do proletariado pe- la burguesia, o “Manifesto Comunista”, elaborado pelo filósofo alemão Karl Marx (1818-1883), conclama o operariado à tomada de consciên- cia de seu papel histórico e da luta contra a opressão da burguesia. No Manifesto, Marx preconiza a união do proletariado e a sua reunião em torno de lutas internacionalizadas, com a criação dos sindicatos e am- plas discussões das formas dessa luta. Os franceses chegaram antes da oficialização do Distrito de Saí, em 5 de abril de 1850. Já em 1842, liderada por Leon Ledoux e Benoit Jules Mure, a expedição trazia uma centena de médicos, ar- tistas e gente qualificada da França para pôr em prática a utopia socialista. Inspiradas nos conceitos de Fourier, o grupo pretendia criar no Saí uma comunidade modelo. Ledoux e Mure tinham o aval do gover- no imperial para a implantação do primeiro falanstério brasileiro. Acompanhava o grupo a jornalista Lou- ise Bacheleth, que escreveu artigos para jornais da Europa. Quando a primeira leva de cem franceses chegou ao Saí - depois vieram mais cem -, veio a decepção. Muitos dos imigrantes não tinham habili- dade com machados, ferraria ou desbravamento. Eram músicos, artistas, médicos. Chegaram em uma terra desconhecida, rodeada de mar e mata. Os poucos que permaneceram, acabaram fazendo a his- tória do lugar. “Houve uma falha grande no projeto. Não trouxeram colonos e, assim, poucos resolve- ram ficar”, explica Ledoux, único descendente de franceses que ainda mora no Saí. De lembrança dos franceses, resta na região a Ponta do Barracão - onde foi construído um barracão para forja e ferraria - e a Ilha do Alvarenga. (Luis Fernando Assunção). (Adaptado de A Noticia Geral. Joinvile, 5 de abril de 2000. FONTE: http://an.uol.com.br/2000/abr/05/0ger.htm Acesso em: 12 dez. 2005.) GIUSEPPE PELLIZZA DA VOLPEDO. O quarto Estado, 1898-1901. Óleo sobre tela, 293 x 545 cm Milão, Civica Galleria d’Arte Moderna. di Milano. n Documento 8 ww w. wi kip ed ia. or g n
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